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Constituem o Grupo do Bário-Magnésio (ou Grupo Solúvel) os seguintes cátions: Ba2+, Ca2+,
Mg2+, Na+, K+ e NH4+. Estes íons por não precipitarem como cloretos, sulfetos, ou hidróxidos, são
deixados em solução após a separação de todos os outros cátions. Os íons deste grupo, quase não
formam compostos insolúveis. Como conseqüência, na identificação destes cátions as reações de
precipitação são de menor importância que os testes de chama e outros tipos de testes
confirmatórios. Os cátions do Grupo do Bário-Magnésio formam um número pequeno de complexos
estáveis, não são facilmente oxidados ou reduzidos, e suas soluções bem como as maiorias de
seus compostos são incolores. O íon amônio, por apresentar a mesma carga e quase o mesmo raio
iônico que os íons sódio e potássio, é quimicamente similar a estes íons e, por esse motivo,
estudado no Grupo do Bário-Magnésio. Na Figura 6.1 é dado o esquema de análise sistemática do
Grupo do Bário-Magnésio.
Como durante a análise dos cátions dos grupos precedentes se adicionaram sais de
amônio, a identificação deste íon deve ser realizada em uma porção em separado da amostra
original. Portanto, o íon amônio não está incluído no esquema sistemático de análise do Grupo do
Bário-Magnésio. O íon amônio é identificado convertendo-o em amônia por meio de um excesso de
base forte:
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Identificação do magnésio
BaSO4
branco Ca2+, Mg2+, Na+, K+ e NH4+
Ba+2 presente
[(NH4)2C2O4 0,2 mol/L]
CaC2O4
branco Mg2+, Na+, K+, NH4+
[HCl 12 mol/L ]
Identificação do NH4+
Chama vermelha [NH3, Na2HPO4] Evaporar a secura
Amostra original Ca+2 presente
MgNH4PO4
[HCl 12 mol/L ]
branco
[H2O, NaOH] Mg+2 presente Mg2+, Na+, K+
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Todos os cátions estudados até agora formam numerosos compostos muito insolúveis;
vários deles formam íons complexos de colorações características. Por este motivo, suas
separações e identificações foram relativamente fáceis. O caso do íon sódio e do íon potássio é
bastante diferente por que cada um desses íons forma só um ou dois compostos suficientemente
insolúveis para serem considerados em sua separação e identificação. Além disso, estes
compostos insolúveis não são altamente insolúveis para que os ensaios que proporcionam sejam
tão sensíveis como os utilizados para os cátions já estudados. Assim, a identificação de sódio e
potássio mediante testes de precipitação não é muito satisfatório. Afortunadamente, estes
elementos dão teste de chama que são muito sensíveis e característicos e que podem ser usados
na sua identificação. A despeito disso, consideraremos alguns ensaios por via úmida que são
empregados na detecção de sódio e potássio.
A solução neste estágio da análise contém íons sódio, potássio e amônio como constituintes
da amostra original, e uma quantidade elevada de íons amônio introduzidos na precipitação dos
íons bário e cálcio. Além do mais, por causa do grande volume da solução, a concentração de
sódio e potássio é relativamente baixa. Como os precipitados usados na identificação de sódio e
potássio não são muito insolúveis é necessário concentrar a solução por evaporação. Outro fator a
ser considerado é que a solubilidade dos sais de amônio é quase idêntica a dos compostos de
potássio, por causa da similaridade de raios iônicos entre K+ e NH4+. Portanto, o íon amônio deve
ser removido antes da detecção do potássio. A interferência do íon amônio é eliminada por
decomposição térmica.
NH4Cl
NH3(g) + HCl(g)
(NH4)2SO4
2 NH3(g) + SO3(g) + H2O(g)
(NH4)2C2O4
2 NH3(g) + CO2(g) + H2O(g)
O teste de chama para o sódio dá uma coloração amarelo-ouro persistente, causada pela
emissão de luz de comprimento de onda entre 589,0 e 589,6 nm. Este teste é altamente sensível e
permite detectar concentrações de sódio tão baixas como 1 μg/ml (< 5.10-5 mol/L). No caso de um
teste de chama não conclusivo, o íon sódio pode ser identificado precipitando-o como
NaZn(UO2)3(C2H3O2)9.6H2O, amarelo pálido, pelo reagente de sódio (uma solução saturada de
acetato de zinco e acetato de uranila, em ácido acético):
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Como os íons Mg2+, K+ e NH4+ não formam precipitados com o reagente de sódio, o teste de
identificação pode ser efetuado na presença destes cátions.
O potássio dá uma chama levemente violeta no teste de chama, como resultado da emissão
de duas linhas, uma a 404 nm (violeta) e outra a 768 nm (vermelha), que é facilmente mascarada
pela chama do sódio em 589,0 nm. Felizmente, a cor da chama devido ao íon sódio não é
transmitida pelo vidro azul de cobalto que absorve luz de comprimento de onda entre 500 e 670 nm,
enquanto a cor da chama do íon potássio é transmitida. Assim, vista através deste vidro a chama
do potássio aparece vermelha.
Embora existam vários sais de potássio pouco solúveis com ânions de grande massa, o íon
potássio é preferentemente identificado precipitado-o como K2NaCo(NO2)6.H2O, amarelo, pelo íon
hexanitrocobaltato (III).
e reduz o cobalto (III) a cobalto (II), róseo; (c) o OH- de uma base forte, que precipita o Co(OH)3,
negro e (d) os agentes oxidantes ou redutores, que destroem o reagente.
Transfira 6 gotas da solução amostra original para uma caçarola de porcelana. Umedeça
uma tira de papel de tornassol vermelho com água destilada e fixe-a na parte convexa de um vidro
de relógio pequeno. Adicione 6 gotas de NaOH 6 mol/L à solução na caçarola, e imediatamente
cubra a caçarola com o vidro de relógio, pelo lado contendo o papel de tornassol. Uma mudança de
cor do papel de tornassol para azul confirma a presença do íon amônio Figura 6.2 (nota 1).
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Transfira 8 gotas da solução amostra para um tubo de centrífuga, adicione uma gota de
(NH4)2SO4 0,2 mol/L e misture bem. Um precipitado branco de sulfato de bário (BaSO4) indica a
presença de Ba2+. Continue adicionando (NH4)2SO4 0,2 mol/L, gota a gota e com agitação, até
precipitação completa do BaSO4. Centrifugue a mistura, transfira o decantado para outro tubo e
guarde-o para o procedimento 3.
Ao decantado proveniente do procedimento 2 (que pode conter Ca2+, Mg2+, Na+, K+ e NH4+)
adicione NH3 6 mol/L gota a gota e com agitação, até reação básica ao papel de tornassol. Então
adicione uma gota de (NH4)2C2O4 0,2 mol/L e misture bem. Um precipitado branco de oxalato de
cálcio (CaC2O4.H2O) indica a presença de Ca2+ (nota 2). Continue adicionando (NH4)2C2O4 0,2
mol/L, gota a gota e com agitação, até precipitação completa do CaC2O4. Centrifugue a mistura,
transfira o decantado para outro tubo e guarde-o para o procedimento 4.
Divida o decantado proveniente do procedimento 3 (que pode conter Mg2+, Na+, K+ e NH4+)
em duas frações, reservando uma delas para a análise de sódio e potássio segundo o
procedimento 5. Trate a outra fração com uma gota de NH3 15 mol/L e 4 gotas de Na2HPO4 0,5
mol/L, misture e friccione internamente as paredes e o fundo do tubo, com um bastão, para induzir
a precipitação. Aqueça o tubo por 30 segundos no banho-maria e deixe-o em repouso por um
minuto. O aparecimento de um precipitado branco cristalino de fosfato de magnésio e amônio
(MgNH4PO4.6H2O) indica a presença de magnésio.
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NOTAS
1. Ao ensaiar o desprendimento de NH3 gasoso, o papel de tornassol não deve tocar a caçarola (ou
cápsula, pois pode contaminar-se com NaOH).
2. O oxalato de cálcio devido ser um sal de um ácido moderadamente fraco, é solúvel em ácidos
fortes. Portanto, a solução deve ser básica quando se precipita o CaC2O4.H2O.
3. Efetue o teste de chama da seguinte maneira: limpe um fio de platina (ou de Nicrômio)
mergulhando-o em HCl 12 mol/L e, em seguida, aquecendo-o na chama até ficar ao rubro. Repita o
tratamento até o fio não colorir mais a chama não luminosa do bico de gás. Em seguida, introduza o
fio de platina na solução-problema, recoloque-o na chama não luminosa e observe o aparecimento
de alguma coloração.
4. Se a solução começar a salpicar, retire-a da chama por alguns segundos. Mantenha a caçarola
bem acima da chama e rodopie-a com firmeza.
5. A não remoção total dos sais de amônio levará a um falso teste para o potássio, mas se for
usada temperatura demasiadamente elevada, os sais de metais alcalinos fundem-se com o esmalte
da porcelana acarretando perdas.
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Ao término desta unidade, após estudar o texto atentamente, o aluno deverá ser capaz de:
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