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Escola de Educação Básica Marina Vieira Leal

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ALUNO(A): DATA:
DISCIPLINA: História - Trilha Mundos do Trabalho no NOTA:
Território Catarinense.
PROFESSOR: Marcela Adriana Grandi AVALIAÇÃO:Interseccionalidade
TURMA: ASS. RESP.:

1) “O conceito de interseccionalidade foi cunhado por Kimberlé Crenshaw no final da década de 80


dentro dos marcos da luta feminista, mas, ao mesmo tempo, num contexto de crítica às noções
homogeneizantes desta luta (CRENSHAW, 1989). Em princípio, sua formulação surge apoiada nas
dimensões de raça e de gênero, no contexto da violência contra mulheres de cor (utilizando o
conceito da autora). Nesse momento, cresciam as análises das contradições entre políticas de
identidade e políticas de justiça social nos EUA, ao mesmo tempo em que se criticava o silêncio sobre
as diferenças internas dentro de grupos de sujeitos. Um silêncio que excluía as mulheres negras do
feminismo; um feminismo que, em sua origem, sempre considerou apenas a vida e as experiências
das mulheres brancas.”
DE MORAES, Eunice L. & DA SILVA, Lucia I. C. Feminismo Negro e a Interseccionalidade de Gênero, Raça e Classe. Cadernos de Estudos Sociais e
Políticos, Rio de Janeiro, vol. 7, nº 13, 2017.

A partir do conceito de interseccionalidade apresentado no texto, é correto afirmar que o


movimento feminista negro se pauta

a) A pela luta contra o patriarcalismo e as múltiplas formas de desigualdade nas sociedades


escravocratas.
b) pela busca da justiça social e por uma sociedade fundada no sexismo.
c) pelo estabelecimento de condições igualitárias entre as mulheres, independentemente das
distinções de classe.
d) pelo reconhecimento dos efeitos da desigualdade de gênero sobre a mulher negra.

2) Sobre a interseccionalidade e a perspectiva do feminismo interseccional, importante tema que permeia


o trabalho do(a) assistente social com as diferentes expressões da questão social, analise as assertivas
abaixo:

I. O feminismo interseccional é uma abordagem teórica que tem sido utilizada por muitas teóricas negras
feministas.

II. O cruzamento entre raça e gênero, tal qual formulado pela abordagem interseccional, ainda é periférico na
produção do Serviço Social.

III. A perspectiva do feminismo interseccional permite a ampliação do olhar sobre específicas opressões
vivenciadas pelas mulheres, cujas identidades e experiências sociais são marcadas por exclusivos marcadores
sociais de gênero e raça/etnia.

IV. A proposta do feminismo interseccional possibilita uma análise dos marcadores sociais de gênero e de
raça/etnia através do seu entrecruzamento, não sendo vistos de forma isolada, ou através de uma visão
somatória ou aditiva de opressões.

Quais estão corretas?

a) Apenas I e II. b) Apenas II e IV. c) Apenas II e III. d) Apenas I, II e III. e) Apenas I, II e IV.
3) Quando o conceito de interseccionalidade é usado por Crenshaw:

a) Há uma nova fase no feminismo, uma vez que é a primeira vez em que uma teórica apresenta os
atravessamentos de raça, gênero e classe
b) A autora rompe com expoentes do feminismo negro, uma vez que apresenta uma visão radical sobre o
peso de questões raciais em comparação a pautas dos movimentos das mulheres
c) Estabelece um termo para uma análise já presente no texto de diversas autoras anteriores a
Crenshaw, propondo uma sistematização analítica que consolidada trabalhos realizados dentro e
fora do espaço acadêmico
d) Introduz pautas até então ignoradas por feministas brancas e negras, tais como o lugar de mulheres
imigrantes e refugiadas nos estudos de gênero
e) Traz, pela primeira vez, a institucionalização de pautas já abordadas por ativistas e intelectuais
negras anos anteriores à publicação de Kimberley

4) “A associação de sistemas múltiplos de subordinação tem sido descrita de vários modos:


discriminação composta, cargas múltiplas ou como dupla ou tripla discriminação. A
interseccionalidade é uma conceituação do problema que busca capturar as consequências estruturais
e dinâmicas da interação entre dois ou mais eixos da subordinação. Ela trata especificamente da forma
pela qual o racismo, o patriarcalismo, a opressão de classe e outros sistemas discriminatórios criam
desigualdades básicas que estruturam as posições relativas de mulheres, raças, etnias, classes e outras”.
CRENSHAW, Kimberlé W. “Documento para o Encontro de Especialistas em Aspectos da Discriminação Racial Relativos ao Gênero”. Estudos Feministas, ano 10, nº 1/2002.

O texto da professora e jurista estadunidense Kimberlé Crenshaw define o conceito de


interseccionalidade para o estudo das múltiplas discriminações. A partir dessa definição, é possível dizer
que os dados do Dieese sobre o mercado de trabalho brasileiro em 2021 indicam que:

a) a interseccionalidade de discriminações de gênero, de raça e de classe faz com que homens negros
sejam o grupo social mais vulnerável.
b) as discriminações de raça e gênero não se relacionam; assim, mulheres negras e homens negros
sofrem as mesmas discriminações no mercado de trabalho.
c) a interseccionalidade de discriminações atinge de maneira igual mulheres brancas e negras
pertencentes às classes trabalhadoras.
d) a interseccionalidade de discriminações de gênero e raça explica o fato de as mulheres negras
ocuparem as posições menos valorizadas e mais mal pagas no mercado de trabalho.
e) as situações de gênero e de raça não têm impacto no mercado de trabalho. Trabalhadores e
trabalhadoras são discriminados igualmente em virtude da desigualdade de classe social.

BOA PROVA!

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