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A “Guerra de Secessão” ou “Guerra Civil Americana” foi uma guerra civil ocorrida nos
Estados Unidos da América, entre 1861 e 1865.
Esta foi a primeira guerra moderna onde foram empregados rifles de repetição,
trincheiras, encouraçados e submarinos, bem como balões de reconhecimento aéreo.
Escravidão
A principal causa do conflito está ligada à questão escravista, pois o Norte defendia a
abolição da escravatura e o Sul era contrário a tal medida.
Colonização diferenciada
Por outro lado, no Sul, o clima quente favoreceu a agricultura sob o sistema
de Plantation. Este consistia em grandes propriedades monocultoras, mão de obra
escrava e voltada ao mercado externo, favorecendo um estilo de vida rural e
aristocrático.
O Norte desejava uma política econômica protecionista e abolicionista. Por sua parte, os
latifundiários escravistas e aristocratas confederados preferiam manter a escravidão.
Entretanto, os sulistas, comandados pelo General Robert Lee, tinham tradição militar e
comandantes experimentados, o que os tornava um adversário difícil de derrotar.
No Norte, onde viviam cerca de 22 milhões de pessoas, foi possível recrutar, mais de
dois milhões de soldados sendo 180 mil afro-americanos. Destes, aproximadamente
1,12 milhão integravam o exército da União ao fim do conflito.
Já a Marinha, podemos dizer que a União foi hegemônica do início ao fim, pois contava
com 56 mil marinheiros e 626 navios, sendo 65 encouraçados. Por outro lado, as forças
navais confederadas eram menores, dependiam da compra de navios europeus e da
captura dos navios da União.
Desde 1850 era possível perceber a hostilidade entre o Norte e o Sul sobre a questão
escravista.
Houve uma tentativa de resolvê-la através do “Compromisso de 1850” que abria uma
exceção para o trabalho livre na Califórnia, embora o estado estivesse no Sul.
Já em 1854, o Ato de Kansas-Nebraska autoriza o trabalho escravo nestes estados ainda
que eles se encontrassem no norte. Dois anos mais tarde, a população do Kansas votou
contra a escravidão, contudo, o Senado, dominado pelos sulistas, não aceitou a decisão
popular.
No mesmo ano, a Carolina do Sul se retira da União, seguida por Alabama, Flórida,
Geórgia, Louisiana e Mississípi. No início dos combates, Arkansas, Carolina do Norte,
Tennessee, Virgínia e Texas também se desligam da União.
Calcula-se que as baixas militares ultrapassam os 600 mil mortos e 400 mil feridos,
entre ambos os lados. A maioria dessas baixas (cerca de três quintos) foi causada por
doenças contraídas devidas à falta de higiene alimentar e médica.
Sem a quantidade de indústrias que possuía o norte, a derrota do sul foi inevitável e
seguiu-se por uma forte recessão político-econômica. Os campos e cidades sulistas
foram destruídos pelos exércitos do Norte e os estados perderam sua influência política
nos Estados Unidos.
Apesar do fim da escravidão, a população negra viveria segregada durante muito tempo.
Em alguns estados sulistas, foram criadas organizações racistas como a Ku Klux Klan a
fim de combater a integração dos afro-americanos à sociedade americana.
Por outro lado, a região Norte foi beneficiada pela Guerra de Secessão, pois houve uma
grande expansão do setor industrial. Após a guerra, os territórios do Oeste foram
incorporados ao novo Estado unificado e possibilitaram a construção de estradas de
ferro, linhas de telégrafo e cidades.