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SLIDE 3- DAVI

Professor de Geografia no Ensino Médio. Graduado com Licenciatura Plena em Geografia,


História e Sociologia. Pós-Graduado em Metodologia no ensino de História e Geografia pela
Uninter e Pós-Graduado no Ensino de Geografia pela UNESP. Complementação em Pedagogia
Plena pela Unimes.

Slide 2- DAVI

A Guerra de Secessão, ou Guerra Civil Americana, aconteceu nos Estados Unidos entre os
estados do Norte e os estados do Sul, de 1861 a 1865. Esse conflito foi iniciado quando os
estados do Sul se separaram da União e formaram os Estados Confederados da América. A
Guerra de Secessão foi motivada pela divergência que havia entre os dois grupos a respeito da
abolição da escravatura e da extensão dos novos territórios que estavam sendo ocupados no
Oeste, após o clima de tensão gerado pelas eleições de 1860, que elegeram o presidente
Abraham Lincoln – representante do Norte.

Veja mais sobre "Guerra de Secessão" em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/guerra-


secessao.htm

SLIDE 4- ANTECEDENTES DA GUERRA (BIA)

"Durante a década de 1850, os Estados Unidos eram uma “nação dividida” entre os estados do
Norte e os estados Sul. Apesar de haver algumas concordâncias e similaridades entre os lados a
respeito da política imperialista dos Estados Unidos, havia também uma enorme discordância
acerca do modelo de sociedade com o qual os novos territórios seriam povoados.

O Norte era caracterizado pelo desenvolvimento de uma forte indústria, defensor do trabalho
livre assalariado e composto por uma forte classe média urbana. O Sul, por outro lado, possuía
uma economia basicamente agrícola, voltada para a produção de algodão no sistema de
plantation, com utilização extensa do trabalho escravo.

Os estados na região Norte concentraram-se no desenvolvimento da indústria e, para tanto,


necessitavam de mão de obra livre e assalariada que operasse o trabalho dentro das fábricas. A
formação do operariado e da burguesia industrial no Norte produziu também uma forma
específica de se encarar a atividade política e os direitos civis.

Os estados do Sul, ao contrário, tiveram um desenvolvimento agrário baseado na grande


propriedade e no modelo da plantation, isto é, grandes propriedades rurais que praticavam a
monocultura (cultivo de uma ou poucas espécies de planta para o mercado) do algodão. O
modelo da plantation valia-se da mão de obra escrava negra, já que, além de não ter o custo do
trabalho assalariado, o tráfico transatlântico de escravos também gerava bastante lucro.

Apesar de os dois modelos seguirem caminhos opostos, eles se complementavam ao menos


em um ponto: as indústrias têxteis (que fabricavam tecido) do Norte necessitavam do algodão
do Sul, que, por sua vez, voltava para o Sul na forma de produto, como roupas. Apesar de tal
complementaridade econômica, incomodava às lideranças do Norte (que possuíam uma
perspectiva política voltada para as liberdades individuais, para o direito à pequena
propriedade etc.) a existência do regime escravista nos estados do Sul. Não era compreensível
que um país, uma República Federativa, fosse unido politicamente por duas perspectivas
completamente antagônicas.

Os estados do Sul, por sua vez, também não viam com bons olhos o modelo nortista, que a
cada ano se impunha como o mais eficaz (a população do Norte era bem superior e mais
desenvolvida que a do Sul). Os sulistas, ainda no ano das eleições (1860), já falavam em
secessão, isto é, em separação entre as duas regiões e na criação de outro país, os Estados
Confederados da América, em oposição ao Norte.

Em dezembro de 1860, os sulistas conceberam uma nova Constituição e oficializaram os


Estados Confederados, elegendo como presidente Jefferson Davis, do Mississippi, e como
capital a cidade de Montgomery, no Alabama.

A grande divergência entre os dois lados durante a década de 1850 girava em torno da questão
da política a ser adotada nos novos territórios que haviam sido conquistados. O Sul defendia a
extensão do modelo escravista para os novos territórios, e o Norte defendia que os novos
territórios deveriam ser constituídos com a proibição da escravidão.

Essa disputa entre Norte e Sul relacionada ao uso da mão de obra escrava intensificou-se a
partir da ocupação do Nebraska e do Kansas. O presidente americano Franklin Pierce mostrou-
se favorável à extensão da escravidão para o Kansas, e isso gerou grande insatisfação na ala
abolicionista. A disputa no Kansas, inclusive, levou a pequenos conflitos armados entre milícias
de abolicionistas e escravocratas no final da década de 1850."

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ABRAHAM LINCON

A rivalidade entre a ala abolicionista e a ala escravocrata alcançou o debate presidencial nas
eleições de 1860. O principal representante dos democratas era Stephen Douglas, e os
republicanos estavam representados por Abraham Lincoln. A vitória de Abraham Lincoln nas
eleições de 1860 gerou grande insatisfação no Sul.

O presidente Abraham Lincoln mantinha uma postura ambígua a respeito da escravidão, pois
era um defensor da abolição da escravatura, porém acreditava que a “raça branca” era
naturalmente “superior”. Além disso, Lincoln afirmava que não aboliria a escravidão nos locais
em que ela já existisse e defendia a sua manutenção exclusivamente no Sul, ou seja, era
contrário a sua expansão para os novos territórios, como o Kansas. A postura de Lincoln
recebeu críticas dos dois lados: os nortistas consideravam-no muito conservador, enquanto os
sulistas consideravam-no um abolicionista radical, mesmo Lincoln adotando medidas
conciliatórias.

A insatisfação dos estados sulistas com a presidência de Abraham Lincoln relacionava-se à


questão da escravidão e motivou-os a rebelarem-se contra o governo americano. Os sulistas
passaram a defender um discurso separatista, e, como consequência, o Sul acabou declarando
sua desvinculação da União e formação de uma nova nação, conhecida como Estados
Confederados da América. A eleição de Lincoln e a separação dos estados sulistas foram,
portanto, os estopins para o início da Secessão em 1861."

"O primeiro estado sulista a separar-se da União foi Carolina do Sul, que foi seguido por
Alabama, Flórida, Mississipi, Geórgia, Texas e Luisiana. O ataque que marcou o princípio da
guerra civil também foi realizado pelos sulistas contra um forte da União (Forte Sumter),
instalado em Charleston, na Carolina do Sul. Lincoln – que afirmava que não aceitaria nenhum
tipo de separatismo – convocou os exércitos para lutar contra os separatistas e reintegrá-los à
nação."

"A convocação dos exércitos da União por Lincoln fez com que outros estados sulistas
declarassem sua secessão e se vinculassem com os confederados: Virgínia, Arkansas, Carolina
do Norte e Tennessee. A resposta de Lincoln ao ataque no Fort Sumter, em Charleston, veio
com o envio de 80 mil soldados. A partir disso, a Guerra Civil Americana espalhou-se pela
nação."

"No início do conflito, o Norte possuía uma larga vantagem em relação ao Sul: os nortistas
possuíam maior contingente militar, uma economia muito mais desenvolvida e melhor
infraestrutura. Apesar disso, os sulistas alimentavam um forte otimismo em suas capacidades.
Além disso, os sulistas contavam com a liderança de importantes estrategistas militares, como
o general Robert E. Lee.

A Guerra Civil Americana foi o pior conflito da história dos Estados Unidos. As batalhas
realizadas em campo aberto transformaram-se em verdadeiros massacres, com milhares de
soldados morrendo, por exemplo, na Batalha de Gettysburg, na qual cerca de 30 mil sulistas
morreram em poucos dias de confronto."

SLIDE 5- DESENVOLVIMENTO DO CONFLITO

Com a secessão e a formação dos Estados Confederados, o conflito tornou-se inevitável.


Lincoln, como presidente da União, isto é, dos Estados Unidos como um todo, não reconheceu
a independência dos estados sulistas e optou pela reincorporação deles.

Uma das estratégias mais importantes elaboradas por Lincoln para vencer a guerra foi a
aprovação da chamada Lei de Terras, em 1862, também conhecida como Homestead Act. Essa
lei autorizava novos colonos a ocuparem as terras do Oeste americano, ainda pouco povoado,
e a adotarem o modelo da pequena propriedade – contrário ao do latifúndio sulista. O objetivo
de Lincoln era manter o território ainda não ocupado fiel à União. Os sulistas, que já haviam
começado a expandir suas plantations para o Oeste, tiveram que frear o processo.

SLIDE 6- FIM DO CONFLITO

Os sulistas foram derrotados pelos nortistas à medida que sua economia foi sendo sufocada
pelas ações impostas por Abraham Lincoln. A falta de apoio estrangeiro e o embargo marítimo,
que impediu a entrada de mercadorias no Sul, acabaram destruindo a economia sulista. A
crescente precariedade dos Confederados fez com que cerca de um terço do exército
desertasse.

Além disso, a partir da “Lei do Confisco”, os nortistas foram reavendo o controle sobre
territórios anteriormente controlado pelos sulistas. Isso fez com que propriedades de sulistas
fossem confiscadas por nortistas, o que favoreceu a fuga de escravos (que eram libertados caso
fossem resgatados pelos nortistas). A fuga dos escravos intensificou o desmoronamento do
sistema escravista e da economia sulista.

Assim, a guerra que havia começado em nome da integridade territorial da União acabou
tomando novo significado na luta pelo fim da escravidão. A nova postura de Lincoln, então, foi
motivada principalmente por fins políticos, ao perceber que a defesa da abolição poderia
aumentar sua popularidade tanto nos Estados Unidos como na Europa.

A abolição da escravidão nos Estados Unidos foi decretada em 1º de janeiro de 1863 com a Lei
de Emancipação dos Escravos e foi reafirmada com a promulgação da 13ª Emenda
Constitucional em 1865, após o fim da guerra. A Secessão oficialmente terminou em maio de
1865, com a derrota dos sulistas, sua reintegração à União e com a abolição definitiva da
escravidão no país.

A Guerra de Secessão custou aos Estados Unidos mais de 600 mil vidas – mais do que qualquer
outra guerra na história americana – e gerou grande destruição no Sul do país. A respeito dessa
guerra, também se pode afirmar que:

O conflito também serviu para criar o mito de Lincoln como grande estadista defensor da
liberdade, forjar certo sentimento de identidade nacional baseada na superioridade do
“mundo” do Norte, abrir caminho para o surgimento de determinadas leis comuns e definir a
trilha histórica de um país unificado a partir das armas

CURIOSIDADE

1) O exército da União era mais numeroso e organizado, mas o Sul contava com militares
experientes que saíram da União e tornaram-se fiéis aos Confederados. Foi o caso do
general Robert E. Lee, veterano na guerra contra o México.

O general Lee foi o principal comandante dos sulistas na Guerra Civil. Ele possuía um
conhecimento estratégico que poucos tinham àquela altura e que dava vantagem ao Sul.
Entretanto, Lincoln tinha a seu favor a tecnologia. Duas armas tecnológicas foram decisivas
para o Norte: o telégrafo e a locomotiva a vapor.

Por meio do telégrafo, Lincoln e seus generais podiam integrar, em questão de minutos, as
informações dispersas sobre a movimentação das tropas sulistas. Se isso fosse feito por
mensageiros a cavalo, o tempo seria de sete dias. As locomotivas a vapor, em vez de
transportarem mercadorias, serviram para transportar soldados, armas e munição do Norte
para o Sul. Em questão de horas, os exércitos da União eram abastecidos no Norte, fato que
demoraria semanas se fosse feito a pé.

2) . A Guerra Civil Americana, ao lado da Guerra do Paraguai, foi uma das mais sangrentas
guerras já travadas no continente americano. Tantos os soldados do Sul quanto os do Norte
usavam em seus rifles as balas minié, um tipo de bala capaz de estraçalhar facilmente braços e
pernas e esmigalhar os ossos do corpo humano. O rifle, por sua vez, tinha que ser recarregado
após cada disparo. O recarregamento era feito manualmente, colocando-se pólvora no cano e
depois a bala, que era pilada com uma vareta. Em uma única batalha morriam de 10 a 30 mil
homens, como diz o historiador Leandro Karnal:

As batalhas tornaram-se verdadeiros palcos de horror. Numa delas, os nortistas, com cerca de
30 mil homens a mais que os sulistas, obrigaram o general Lee a se refugir na Virgínia e cerca
de 12 mil homens morreram em cada um dos lados dos conflitos. Em outra, os confederados
lançaram-se com mais de 150 mil homens contra as trincheiras da União próximas a
Gettysbury, na Pensilvânia. Os confederados acabaram dizimados pelas tropas federais e cerca
de mil soldados sulistas morreram nesse conflito. [1]

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