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→ Tentar explicar e entender a passagem dos EUA de colônia (fim do séc. XVIII) a hegemonia (fim
do séc. XIX)
- curta marcha para hegemonia.
- representação da águia: “poder! É a que voa mais rápido, mais alto”
→ Destino Manifesto: é uma ideologia que fazia dos americanos como novo povo eleito, como se
houvesse uma divindade sobre os colonos. É um dogma de autoconfiança e ambição. Eles tentaram
fazer uma analogia dos americanos aos hebreus. Tal ideologia, incentivará os colonos a ultrapassar
o apalaches. Era, de certa forma, uma adaptação americanizada de algo que já ocorria na Europa, a
ideologia do imperialismo providencialista.
KARNAL
- os puritanos acreditavam que constituíam a nova canaã, novo povo de Israel, povo escolhido por
Deus. Procuravam pela bíblia referências para se dizerem similares aos hebreus. Isso também
motivo de os norte americanos se sentirem superiores ao resto do mundo.
→ Pressuposto da independência dos EUA (1763-1783)
- governo inglês: reestabelece pacto colonial, ameaçando a autonomia das colônias. Vota leis
intoleráveis. Com isso há um prejuízo econômico aos colonos.
- guerra da independência: 4 de julho de 1776. Aliança de colonos com franceses e espanhóis
(represália dos franceses por terem sido derrotados pelo exército britânico). ING só irá reconhecer a
independência em 1783 com o Tratado de Paris (Versalhes).
- construção de um sistema federalista nos EUA composto por 13 estados que tem autonomias mas
todos estão subordinados ao estado nacional.
- Congresso de Filadélfia: meio de busca por direitos e combate às restrições impostas pela
metrópole. Eleições restritas a brancos com grande poder econômico. Institui um sistema federalista
com autonomia dos estados, os quais tinham suas próprias constituições, mas estavam subordinados
a um presidente, o que inicialmente foi George Whashington.
CONQUISTA DA FRONTEIRA
- A fronteira para o colono seria o limite entre eles, civilizados, e os barbarizados, os indígenas.
- Oeste: associado ao ideal, ao sonho. O oeste é mais que um lugar, o oeste é paraíso, é liberdade. O
oeste é uma página em banco. Wilderness é o caminho para o sonho – caminho perigoso, de
desafios e mistérios.
→ Jackson Turner
- rele a história americana. Para ele os homens comuns da fronteira (frontierman) que, de fato, são
os heróis americanos.
- Para ele o wilderness (região selvagem) é estabelecido a partir da noção de que o homem pode
dominar a natureza.
- no embate natureza x colonizador há um sincretismo e surge um novo homem – o americano,
representando a ruptura com a Europa e caracterizando a identidade norte-americana.
→ Expansão americana
1. Por colonização
2. Por acordos e tratados:
- acordo com a ING do território do origon
3. Por compra de territórios:
- Flórida: Comprada da ESP
- Louisiana: Comprada da FRA
- Alaska: Comprado da RUS.
4. Por Guerras:
- Guerra do Texas: em 1829 o Texas já havia abolido a escravidão mas os colonos norte-americanos
ocuparão a região e farão escravidão. Texas era catolicismo, colonos eram protestantes. Essa série
de fatores influenciarão aos colonos a desejar independência do Texas em relação ao México. Nesse
contexto haverá o Corolário: criado no governo de John Knox Polk, foi uma força militar que tende
a atuar fora das fronteiras dos Estados Unidos para anexar territórios. Independência do Texas: 1836
mas só é anexado aos Estados Unidos em 1845.
- Califórnia: descoberta de ouro gera um fluxo migratório para essa região.
- 1848: Tratado de Guadalupe-Hidalgo: marca o fim dos conflitos entre México e Estados Unidos e
estabelece as fronteiras entre eles.
O SIGNIFICADO DA FRONTEIRA
→ É muito mais do que um limite, é uma força que diz e determina o tipo de regime existente na
América, a democracia e seu funcionamento.
→ Análise de Turner:
LESTE → área conservadora, antidemocrática, onde nasceu os Estados Unidos. Há uma elite
contrária a expansão das fronteiras.
OESTE → área democrática, uma página em branco que está sendo escrita com a história do país.
Há a partir disso, por exemplo, a criação do modelo western, baseados nas características dos
cowboys americanos, o frontierman.
*democracia pra quem? Para os BRANCOS. Nas narrativas de Turner não há espaço às outras
raças!!!!! MCP → branca!!!
O CINEMA AMERICANO
→ Os filmes dos cinemas americanos retratam os heróis como sendo os melhores, os mais fortes, os
salvadores de todos, os perfeitos. Retratavam as paisagens norte-americanas em espetáculo,
enfatizando-as, engrandecendo-as e é essa visão que queriam mostrar ao mundo.
→ Oeste: representado como o sonho, liberdade, uma página em branco, a igualdade. O cinema
utilizava o oeste para a representatividade dos Estados Unidos como um país ímpar, de modo a
caracterizá-los como a cultura a ser seguida, como representatividade de mundo, expandindo a
influência norte-americana pela cultura, como no caso do soft power. Disso surge, por exemplo o
American Way of Life. → Oeste é POLICROMIA!!!!
→ Sul: representado como o lado B dos Estados Unidos, é um lado que deve ser ocultado, evitado.
O sul, portanto, pouco é citado pelos autores, de modo a escondê-lo. A fantasmagoria seria,
portanto, uma representação melancólica, sendo um local interpretado como se estivesse parado no
tempo. O Sul é a negação do que os historiadores queriam mostrar ao mundo dos Estados Unidos.
→ Berutti:
Para Berutti, as representações do Sul quase sempre são as mesmas, uma leitura pautada no estigma
(resquícios, lembranças) da escravidão, ou seja, é uma representação que, através da escravidão, se
torna homogênea, monolítica e que se mantêm mesmo com o fim da escravidão. O Sul, portanto, é a
negação do sonho, é a ruptura, sendo o causador de uma guerra civil e de muitas discussões e
conflitos. O direito civis dos negros não é garantido com as leis, fazendo com que eles tenham que
se organizar para lutar por seus direitos, é “A luta pelos direitos civis no Sul”. → Sul é
MONOCROMIA (uma cor só).
→ Filmes: “Tomates Verdes Fritos” que mostra a vivência, o cotidiano no sul. “O vento levou” em
que o enredo é dentro da guerra civil americana.
→ Barbosa:
- Apresenta o sul como sendo a negação do mito do sonho americano. O sul era escravidão,
aristocracia arrogante, negando a terra livre e a liberdade. O oeste é a página em branco, futuro sem
passado para os homens, livres e iguais. O oeste é a utopia do “self-made man”, o sul a negação do
sonho.
→ Vimos que os Estados Unidos é dividido em norte e sul, com características diferentes. A guerra
civil americana será o divisor de águas, pondo fim em um desses lados.
→ Martin:
- Duas linhas de interpretação
1. Tese sociológica:
2. Tese geopolítica: faz uma leitura como a relação de norte e sul como se fossem dois países. O
norte, como potência invasora, invade o sul.
- Progressistas são mais afinados com a tese da geopolítica da guerra civil. Para eles a Guerra Civil
americana foi mais pautada nos interesses do norte, a campanha abolicionista seria um pretexto
utilizado para a industrialização dos Estados Unidos, ampliando seus mercados, seus lucros. Ou
seja, a guerra civil americana para eles é muito mais de defesa dos interesses dos nortistas do que de
defesa dos interesse dos negros.
- Conservadores são mais afinados com a tese sociológica, defendendo que já havia igualdade entre
brancos e negros com a guerra civil americana, dizendo que os movimentos em busca pelos direitos
dos negros representam na verdade um anacronismo, ou seja, retomam a essa questão que, segundo
eles, já foi resolvida.
- Theodoro Roosevelt: assume o governo americano em 1901, presidente de palavras fortes → Big
dick
- Interferência dos Eua na América Latina: os Estados Unidos prioriza a América central e somente
vai intervir na América do sul após a crise da hegemonia inglesa.
- Revolução mexicana não é bem vista pelos Estados Unidos pois defendia o direito aos mais
pobres, etc. O governo norte-americano vai procurar inibir esse movimento sem entrar diretamente
no território, apenas aliando-se ao governo mexicano. Não interessa aos Estados Unidos nenhum
movimento que coloque em risco as intenções dos EUA. → Havia o temor que ocorresse
novamente algo parecido com a revolução haitiana, a maior revolta de escravos que já ocorreu.
- Bloqueio econômico de Cuba pelos Estados Unidos por terem se aliado a URSS.
→ Corolário Roosevelt
- apoiava a Doutrina Monroe e a complementava, proibindo ações na América Latina que não
partissem dos EUA. Esse corolário fortaleceu a indústria, o comércio, o exército e a marinha, pois
acreditava que apenas os países fortes sobreviveram.
→ Emenda Platt
- Incorporada à constituição cubana em1902, a emenda dava direito aos Estados Unidos de intervir,
se necessário nos assuntos domésticos e na política externa de Cuba. E ainda dava o direito da
construção de bases americanas na costa cubana, como a de Guatánamo.
→ Entre 1900 e 1920 os Estados Unidos continuaram intervindo nos assuntos externos de pelo
menos 6 países do hemisfério. Sob William Taft, sucessor de Roosevelt, o intervencionismo
assumiu uma conotação econômica, ao passo que mais tarde, sob Woodrow Wilson, adquiriu a
forma de “imperialismo missionários” (ajudar os estados com soldados, médicos e etc mas as
intenções são controlar o estado, é dominar um estado por meio de um discurso humanitário): os
norte-americanos se reservavam de esclarecer e elevar povos, pela força, se necessário. O presidente
Wilson fazia discursos anti-colonialistas mas interveio em Cuba, estabeleceu protetorados no Haiti e
República Dominicana e ainda apoiou uma ditadura na Nicarágua.
→ Outras explicações das atuações dos estados unidos ressaltam a reafirmação do destino
manifesto, sob a forma de anglo-saxonismo: a crença de que a nação norte-americana anglo-
teutônica era superior do ponto de vista racial e tinha uma missão civilizatória a realizar nesse
sentido.
motivacional: “QUEM DORME NÃO VAI PRA ESCOLA” – MESTRE BRAGA
Obs.: não é mito!
→ Códigos geopolíticos
TAYLOR E FLINT, 2002
- todos os estados possuem política externa, todos atuam no meio externo, uns mais outros menos,
mas todos atuam.
- Para isso eles precisam organizar seus códigos geopolíticos → “quais suas intenções? Interesses?
Como irei me comportar no meio externo? Como minhas empresas devem agir?”.
- Códigos geopolíticos se modificam de acordo com as conjunturas, as intenções, o que está
acontecendo e etc. → OBS: política de estado x política de governo: a de estado é mais estável.
- Os estados elaboram seu código geopolítico buscando, por exemplo:
a) influenciar seus parceiros acerca da justeza de suas intenções geopolíticas → EX: EUA invade
Iraque, por interesses próprios, porém para “disfarçar” diz que o Iraque tem armas em massa. EUA
então faz isso para tornar suas intenções políticas justas, usa as questões do terrorismo para
justificar isso
b) dominar estados mais fracos de modo a produzir ou consolidar uma determinada assimetria de
poder e dela beneficiar-se → exercer domínio sobre estado mais fraco e usar de sua superioridade
para conseguir vantagens.
c) adequar-se estrategicamente à presença de um vizinho mais poderoso e belicoso → EX: No
último governo, Brasil abandona essa política de autonomia e vai se aliar ao EUA, buscando tirar
vantagens da aliança com os EUA. → OCDE: Organização de Cooperação e Desenvolvimento
Econômico: Grupo de países que se beneficiam entre si. O Brasil era cotado a ser chamado para a
org., ou seja, acreditava-se que os Estados Unidos apoiará a entrada do Brasil na OCDE, o que não
aconteceu, os Estados Unidos apoiou a Argentina. Com essa política equivocada, o Brasil ficou
isolado no sistema internacional, ficando ao lado da foto.
d) projetar sua nova condição política, econômica ou militar num sistema interestatal já consolidado
segundo interesses de potências dominantes → EX: Atuação da China no sistema internacional.
→ Taylor e Flint dirão que durante a guerra-fria os Estados Unidos colocava o código geopolítico
de contenção da União Soviética, de contenção do comunismo. A Teoria da Contenção é feita por
George Kennan, em 1947. União Soviética começa a avançar no mundo, e os Estados Unidos então
mudará seu código geopolítico para inibir esse avanço. Como exemplos podemos citar a criação da
OTAN, o estabelecimento de bases militares no leste asiático, na América latina há a revolução
cubana em 1959, onde os Estados Unidos isola Cuba quando eles se aliam a União Soviética, para
que esse movimento não se torne exemplo em meio a sua área de influência, é necessário resguardar
a sua área de influência norte-americana. Cuba chega a ser expulso da OEA em um momento, sendo
a votação totalmente influenciada pelo governo norte-americano. Os Estados Unidos ainda apoiará
as políticas separatistas na América de modo que quando os estados se tornassem independentes,
adotassem uma política que fosse favorável aos Estados Unidos.
→ Terminado a guerra fria e após os ataques ao pentágono e às torres gêmeas, os Estados Unidos
continua se empenhando em expor o terrorismo, o fundamentalismo, o narcotráfico, e os Estados
“bandidos” ou “párias” como candidatos a representar o papel de inimigo da maior potência militar
da história. Os Estados Unidos implementa a Doutrina Brusch que complementará o código de
prevenção, preventivamente eles usarão medidas para deter as ameaças do século 21. EX: as
pessoas chegarão 3 horas antes no aeroporto para ser revistadas. Vai entrar num prédio público
todos devem ser revistados.
→ Mapa da Cortina de ferro ou Cordão Sanitário: União Soviética ajuda na expulsão de comunistas
do leste europeu e vai estabelecendo governos favoráveis a si mesmo. Disso, pode-se analisar a
frase dita por Churchel: “desceu sobre leste europeu uma cortina de ferro”, com isso associa os
governos do leste europeu ao totalitarismo, ou seja, refere-se a união soviética como um estado
totalitário e ainda esta estabeleceu no leste europeu regimes totalitários, limitando-os do resto do
mundo, da democracia. União Soviética cria o COMECOM, um conselho de ajuda mútua, no qual a
União Soviética apoiaria países socialistas. A União Soviética, por exemplo, comprará açúcar para
manter a economia da União Soviética. OBS: Os Estados Unidos liberam dinheiro para Europa
Ocidental não porque é bomzinho, e sim para ter uma área de influência e depois estabelecer bases
militares.
→ Os Estados Unidos apresenta o narcotráfico como ameaça ao mundo. Com isso os Estados
Unidos irá se utilizar disso para justificar o investimento em massa em armamentos e o aumento de
impostos. Os ataques do 11 de Setembro serviram, portanto, como um elemento que apoiou essa
política dos Estados Unidos. Antes a ameaça era a União Soviética, agora a ameaça é o narcotráfico,
eles não tem cara, não tem local previsível, eles usam da internet, etc. Com isso os Estados Unidos
mudará seu código geopolítico de contenção para prevenção. Preventivamente, eu devo estar
preparado para combater as novas ameaças, preventivamente devo ampliar milha logística militar,
preventivamente devo me desenvolver militarmente, preventivamente devo comprar mais armas. É
a Política das Armas. Analisando um mapa abordado em aula, percebe-se um grande fluxo em
Colômbia, Venezuela, Equador,…, região andina no geral, como grandes produtores de cocaína,
maconha,… Em 1980, o então presidente Reagen, define as drogas como um “problema de
segurança nacional”. Os Estados Unidos chega à conclusão de que deve combater esse problema na
fonte, na produção. Há a assinatura do Plano Colômbia em 2007, por exemplo, no qual a Colômbia
permite a extração de 7 bases militares americanas dentro do território colombiano. A Colômbia,
portanto, abre mão de parte de sua soberania para permitir que os Estados Unidos implante novas
bases militares. A cocaína vem da folha coca, que é um elemento de cultura indígenas. Os cocaleros
eram quem comercializavam essas plantas. Esses cocaleros vão começar a ser aliciados para que
suas plantações fossem usadas nos laboratórios e transformadas nas drogas. Com isso, os Estados
Unidos buscará acabar com as plantações de cocas, através da formigação. Porém com isso, eles
atingem os cocaleros que já é uma população pobre e que se sustenta nisso. O comércio mesmo
assim não diminui, ou seja, o problema não é só na produção é no consumo também.
Em 89, os Estados Unidos invade o Panamá, acusando o presidente Manuel Noriega como promotor
das drogas, dentro desse contexto de “tolerância zero” com as drogas.
Obs: formação de cartéis que se enriquecem com o narcotráfico