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ESCOLA ZONA SUL EIRELI – EPP

ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CAIO FERNANDO


ABREU – SEG
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


RISCOS NA LAVAGEM AUTOMOTIVA
Francine Minuzzi Dos Santos
TSTP 03
Professora Orientadora: Luciana Pereira

Santiago, maio de 2016.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


1. TEMA:

A lavagem automotiva parece ser um processo simples e sem muitas


preocupações em relação à saúde e segurança do trabalhador. Ao se aprofundar
mais nos estudos foram descobertos vários problemas e riscos a que estão expostos
trabalhadores que exercem essa função.

Foram avaliados os riscos de agentes químicos, bem como dos Agentes


Físicos Ruídos, Agentes Físicos Umidade; Risco ergonômico de iluminamento,
Riscos ergonômicos, através da observação in loco. Com os resultados foi possível
observar que os trabalhadores do sistema de lavagem a úmido estão expostos a
vários riscos químicos, físicos e ergonômicos, além de comprometer o meio
ambiente e os recursos naturais em consequência de práticas irresponsáveis e/ou
inadequadas.

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2. JUSTIFICATIVA DO TEMA:

O tema foi escolhido com interesse de aprofundar os perigos a que estão


expostos os trabalhadores da área de lavagem automotiva, pois na maioria das
vezes não há preocupação por parte dos donos dessas empresas e até mesmo dos
órgãos de fiscalização com a saúde e quais são os riscos e condições de trabalho a
que seus funcionários estão expostos.

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3. OBJETIVOS QUE NORTEARÃO O TRABALHO:

3.1. OBJETIVO GERAL

O objetivo desse trabalho é realizar uma análise dos riscos em lavagens


automotivas, desenvolver um breve estudo das principais causas e riscos de
acidente, considerando as pesquisas sobre o assunto e as informações obtidas em
aula. Em seguida, sugerir as medidas de prevenção, minimização, neutralização e
de controle dos riscos encontrados.

3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

 Analisar os riscos de acidentes;


 Analisar as fontes geradoras / causas de acidentes;
 Expor medidas preventivas e de controle adequadas;

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4. AÇÕES:

Para o desenvolvimento e conclusão deste trabalho, foi feita uma pesquisa


incluindo uma análise de perigos e riscos juntamente com suas medidas preventivas
e de controle, com o auxílio da NR que traz parâmetros para trabalhar com a saúde
e segurança, além de pesquisas feitas através de meios de comunicação como a
internet e noticiários televisivos.

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5. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES

2015 2016
ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
Nov Dez Fev Mar Abr Mai

1. Escolha do tema X

2. Revisão de literatura X

3. Justificativa X

4. Formulação do problema X

5. Determinação de objetivos X

6. Metodologia X

7. Coleta de dados X X

8. Análise e discussão dos resultados X X

9. Conclusão da análise dos resultados X X

10. Redação e apresentação do trabalho científico X

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6. REFERENCIAL TEÓRICO:

6.1. LAVAGEM AUTOMOTIVA

Essa atividade é caracterizada por prestar de serviços de lavagem e higienização


de veículos automotivos.

As principais atividades realizadas em lava-jatos, são higienização interna,


externa, de motores e polimento.

A lavagem de veículos utiliza produtos químicos, que podem ser considerados


perigosos. Estes produtos podem causar desgaste dos automóveis, assim como
danos graves à saúde humana e também ao meio ambiente. Os principais produtos
utilizados são: Mekacil, Solupan, Xampu Automotivo, Renovador de Pneus e Cera
automotiva.

Também deve-se ressaltar a presença de vírus e bactérias que encontram


condições adequadas de proliferação.

6.2. AGENTES DE RISCO

Na função de lavador de carros é onde o trabalhador está mais exposto aos


riscos ambientais e por isso onde se deve ter maior atenção na questão de
segurança e proteção.

A presença do compressor de ar, equipamento que dá pressão para aplicar


os produtos químicos no carro, gera altos níveis de ruído. Outro problema da
utilização do compressor é a própria pulverização do produto que faz com que o

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trabalhador fique exposto à grande quantidade do mesmo. Há também, a utilização
de grande quantidade de água, e também se observa o grande período de tempo
em que os trabalhadores dessa área ficam em pé, muitas vezes em posições
desconfortáveis e sem intervalos para descanso, isso inclui a umidade e o risco
ergonômico aos agentes de risco.

Na atividade de limpeza, os produtos utilizados podem expor o trabalhador á


agentes químicos e a grande utilização de água que torna o ambiente propício à
proliferação de fungos e bactérias, expõe o trabalhador á agentes biológicos.

A utilização dos equipamentos de proteção e a conscientização dos


colaboradores protegem os mesmos destes agentes.

6.1. AGENTES QUÍMICOS:

Conforme NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais –


Consideram-se agentes químicos toda substância ou produtos que possam ser
inaladas nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que,
14 pela exposição da atividade, possam ter contato ou ser absorvidos pelo
organismo através da pele ou por ingestão.

Doenças causadas por:

 Solventes halogenados:
Quando em exposição maior, também podem causar sonolência, torpor e até
a morte, se a dose absorvida for muito alta (efeito anestésico geral).
A exposição ocupacional a estes solventes causa lesões no fígado e nos nervos
periféricos, irritação pulmonar, e, em alguns casos de solventes como tetracloreto de
carbono, pode ocasionar o aparecimento de câncer de fígado.

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 Óleos e Graxas
O contato prolongado com óleos e graxas causam uma lesão de pele
conhecida como elaioconiose. Os óleos e graxas também podem causar câncer de
pele, pelo contato constante por muitos anos. O mais perigoso, ponto de vista
cancerígeno, são os óleos de corte ou os solúveis, pois contém nitrosaminas, que
são potentes cancerígenos.

 Gases irritantes
Gases irritantes são aqueles que causam irritação na mucosa ocular e nasal,
nos pulmões, na pele, etc. Os resultados de sua irritação são congestão, edema,
inflamação e às vezes necrose.

 Aerodispersóides
É uma dispersão de partículas sólidas ou líquidas no ar.
Ou seja, é uma espécie de mistura de substâncias sólidas ou líquidas com o ar que
respiramos.

 Aerodispersóide do tipo névoa:


A névoa é composta por partículas que são produzidas por substâncias
líquidas que sofreram ruptura, tornando-se pequenas partículas que acabaram por
se dispersar no ar.

Um exemplo de névoa que pode ser prejudicial à saúde do trabalhador, é a


névoa ocasionada quando o trabalhador está aplicando produtos em uma lavagem
automotiva.

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6.2. AGENTES FÍSICOS:

Conforme Norma Regulamentadora nº 9 – Programa de Prevenção de Riscos


Ambientais agentes físicos são diversas formas de energia a que possam estar
expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o
infrassom e o ultrassom.

6.2.1. AGENTES FÍSICOS – RUÍDO:

Na lavagem externa do veículo são utilizadas pistolas de pulverização de ar


comprido, produzido por compressor de ar, água pressurizada por uma bomba,
gerando assim ruído, como na parte de limpeza interna, indiferente do processo de
lavagem o aspirador de pó, podendo comprometer a saúde do trabalhador.

Segundo Bistafa (2006, 368 p.) o ruído está sendo apontado como umas das
principais causas de prejuízo à qualidade de vida. Perda da audição, stress,
hipertensão, perda do sono, baixa produtividade (BISTAFA, 2006), e ainda segundo
Mattos e Másculo (2011, p.244), o ruído pode causar distúrbios na concentração e
memória do indivíduo, comunicação perturbada, isolamento profissional, e efeitos
indiretos como: ansiedade, agressividade, perturbação do sono, hipertensão arterial,
problemas digestórios, perda da imunidade das células auditivas, e problemas na
vida social do indivíduo.

O ruído é responsável por uma série de alterações auditivas e não auditivas


(um som desagradável que incomoda). É uma sensação que afeta com intensidade
diferente os indivíduos, porém, mesmo que algumas pessoas não se perturbem com
esses ruídos, seu órgão auditivo e seu organismo estão sendo atingidos.

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Doenças Ocupacionais Causadas pelo Ruído:

 Agressividade.  Aumento do Tônus


 Anorexia; Muscular;
 Aumento da pressão  Efeitos Irreversíveis
arterial;  Enxaquecas
 Aumento das Glândulas  Fadiga Geral;
suprarrenais;  Taquicardia;
 Tonturas;

Problemas Causados pelo Ruído:

 Aumento do risco de acidentes ao impedir que sinais de aviso sejam


ouvidos;
 Perda de audição por interação com a exposição a determinados
produtos químicos;
 Fator causal no stress relacionado com o trabalho;
 Perda de audição (Surdez Profissional ou Trauma Acústico);
 Efeitos fisiológicos;
 Stress relacionado com o trabalho;

6.2.2. AGENTES FÍSICOS – UMIDADE:

Durante a lavagem a úmido de veículo o trabalhador fica em contato direto


com a água de maneira indiscriminada, sem cuidados que possam impedir que
permaneça molhado a maioria do seu expediente de trabalho, situação que pode
gerar danos à saúde do trabalhador, como doenças do aparelho respiratório,
dermatites, quedas e doenças circulatórias, que podem se tornar doenças crônicas

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dependendo de cada caso. E Conforme Anexo nº 10 da Norma Regulamentadora
15, o excesso de umidade é considerado uma atividade insalubre.

Segundo Norma Regulamentadora nº 15 no anexo 10 - Umidade, as


atividades executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva,
capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas
insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.

A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar doenças no:


 Aparelho respiratório,
 Doenças de pele,
 Doenças circulatórias,
 Quedas, entre outras.

A Umidade traz efeitos Metabólicos e Endocrinológicos para a saúde.

6.3. RISCOS ERGONÔMICOS:

Conforme a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) Ergonomia é o


conjunto de conhecimentos relacionados ao homem e necessário para os
engenheiros conceberem ferramentas, máquinas e conjuntos de trabalhos que
possam ser utilizados com máximo conforto. E ainda, a ergonomia é o estudo da
adaptação do trabalho às características fisiológicas e psicológicas do ser humano.

Visando regulamentar a ergonomia no Brasil o Ministério do Trabalho e


Emprego através da Portaria MTPS n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990 altera a
Norma Regulamentadora 17 – Ergonomia, aonde estabelece parâmetros que
permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas

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dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente.

Buscando melhorar o entendimento da norma o Ministério do Trabalho em


seu Manual de Aplicação NR 17 (2003), define que as características
psicofisiológicas dizem respeito a todo o conhecimento referente ao funcionamento
do ser humano. Buscando evidentemente, todo o conhecimento antropológico,
psicológico, fisiológico que está incluído em cada trabalhador, e não podemos fazer
uma listagem completa de todas essas características. Ainda não se tem um
conhecimento acabado sobre o homem. Mas todas as aquisições dos diversos
ramos do conhecimento devem ser utilizadas na melhoria das condições de
trabalho. Sendo citadas algumas dessas características na redação Norma
Regulamentadora 17.

Os riscos ergonômicos envolvem os esforços necessários para realização da


tarefa e a iluminação, os equipamentos utilizados, que devem ser adaptados ao
trabalhador, às condições ambientais do setor de trabalho e a organização do
trabalho, os quais devem proporcionar o máximo de conforto para o trabalhador,
respeitando assim as características psicofisiológicas dos trabalhadores, conforme
NR 17 – Ergonomia.

A ergonomia consegue prevenir muitas doenças ocupacionais!

As causas que levam às doenças do trabalho são variadas. No entanto,


grande parte dos casos são ocorridos devido ao uso excessivo e repetitivo de
determinadas articulações do corpo.

Outros fatores que contribuem para o aparecimento de lesões podem ser


destacados: ausência de pausa durante a jornada de trabalho, postura inadequada,

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bem como móveis e equipamentos inadequados, jornada prolongada de trabalho,
sustentação de peso, dentre outros.

Podemos citar como doenças ocupacionais:

 Bico de papagaio;  Espondilólise;


 Bursites;  Espondilolistese;
 Cifose;  Hérnia de disco;
 Cistos sinoviais;  LER/DORT;
 Dor ciática;  Lombalgia;
 Dor nas costas;  Protrusão Discal;
 Epicondilites;  Tendinites, dentre outras.
 Escoliose;

6.4. RISCOS AO MEIO AMBIENTE:

O modo como as lavagens de veículos funcionam colocam em risco as


futuras gerações, por fazer a utilização de recursos naturais sem o menor cuidado,
não praticar a reutilização da água, não tratar corretamente os efluentes e não ter o
devido conhecimento sobre os danos ambientais causados por sua atividade
comercial.

Não existe absorção alguma do conceito de educação ambiental, os


empreendedores deste setor apenas fazem o uso do recurso natural mais
imprescindível à existência da vida: a água. E todo o resíduo químico de sua
atividade é devolvido à rede de esgoto sem maiores preocupações, isso quando não
é devolvido a rede de águas pluviais. E comprometendo a qualidade de vida de
todos nós, os donos dos estabelecimentos até reconhecem que existe a

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necessidade de realizar o tratamento da água com resíduos que resultam do
processo de lavagem, mas não se encontram sensibilizados o suficiente para agirem
de maneira proativa em relação a esta situação.

Para as empresas receberem o licenciamento, devem possuir empresa aberta


com CNPJ e Alvará de funcionamento municipal, adquirido com a junta comercial e
devem possuir: sistema adequado de caixas separadoras de areia e óleo ligado na
galeria de águas pluviais (GAP) ou na rede de esgoto.

6.4.1. ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS:

A análise dos aspectos e consequentes impactos ambientais é extremamente


importante para o desenvolvimento sustentável de qualquer organização. Menos
prejudiciais no curto prazo, mas talvez com consequências mais importantes em
longo prazo, é o impacto ambiental de produtos que não podem ser reciclados e
processos que consomem grandes quantidades de energia, sendo parte das
responsabilidades mais amplas da administração da produção.

Nesse cenário, o grau de comprometimento de empresários e


administradores é cada vez maior na busca de soluções ambientalmente adequadas
para os problemas da produção, distribuição e consumo de bens e serviços.

6.4.2. REQUISITOS DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL:

 Requisitos Gerais:
Na Lavagem automotiva será estabelecido, documentado e implementado o
Sistema de Gestão Ambiental que deverá ser mantido sempre em conformidade
com os requisitos da norma NBR ISO 14001:2004.

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6.4.3. POLÍTICA AMBIENTAL:

Existem em alguns países restrições ao uso da água para diversas


atividades, entre elas a lavagem de carros. Na Alemanha, a legislação chega a
proibir que os automóveis sejam lavados nas ruas, obrigando os motoristas a
utilizarem lava-rápidos que, por sua vez, devem obedecer às severas normas
locais sobre dispensa e reuso da água utilizada (à qual se agregaram óleos,
graxas, combustível, etc.).

No Brasil, a Lei 3.812/06 do Distrito Federal, tornou obrigatório o


reaproveitamento da água utilizada nos postos de lavagem de veículos. O reuso e o
controle de contaminação dessa água pode ser feito de uma só vez através de
sistemas similares aos de separação de areia e óleo, comuns em oficinas e postos
de combustível. A água que é canalizada para separação desses resíduos pode ser
reutilizada na lavagem de outros veículos, enquanto os poluentes ficam retidos em
filtros para serem descartados adequadamente. Estima-se um índice de
reaproveitamento de aproximadamente 80% dessa água, sem causar danos aos
automóveis lavados com ela. Porém, dificilmente uma norma isolada modifica um
comportamento. É preciso que as políticas públicas acompanhem a intenção da lei,
e que seja promovida a conscientização da população que está sujeita a ela.

A lavagem automotiva tem como política ambiental o seu comprometimento


com a minimização dos impactos causados por suas atividades no meio, buscando o
bem estar de seus funcionários e proporcionando a sociedade garantias de um
futuro onde tenha equilíbrio entre o homem e o meio ambiente, fazendo valer a
constituição vigente, onde todos tem o direito de obter qualidade do ar, água e solo,
cabe ainda dizer que a empresa adota como princípios básicos as seguintes
práticas:

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I. Estar de acordo com a legislação vigente da Lei 6.938/81 no seu Art. 10 que
concerne ao licenciamento ambiental e amparadas com as Resoluções nº 273, de
29/11/2000, e nº 319, de 4/12/2002, ambas do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama), tratam do licenciamento prévio para localização, construção, instalação,
modificação, ampliação e operação do empreendimento;

II. Buscar melhoria contínua do desempenho ambiental através do


cumprimento de objetivos e metas;

III. Adquirir bens e serviços de fornecedores que atribuíram boas práticas


ambientais em seu empreendimento, respeitando o tripé da sustentabilidade, assim
como os que são praticados na empresa;

IV. Buscar comunicação efetiva com as partes interessadas tanto a interna


quanto as externas sobre as questões ambientais;

V. Utilizar novas tecnologias e métodos de trabalho que previnam, reduzam,


ou controlem impactos negativos;

VI. A lavagem automotiva aplicará novas ideias de projetos de pesquisa e


inovações tecnológicas que resultem o seu uso eficiente dos recursos naturais.

6.4.4. ASPECTO AMBIENTAL:

De acordo com a ISO 14001:2004 o empreendimento deve estabelecer,


implementar e manter procedimentos para identificar os aspectos ambientais de
suas atividades, produtos e serviços, dentro do escopo definido de seu sistema da
gestão ambiental, que a organização possa controlar e aqueles que ela possa
influenciar, levando em consideração os desenvolvimentos novos ou planejados, as

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atividades, produtos e serviços novos ou modificados, e determinar os aspectos que
tenham ou possam ter impactos significativos sobre o meio ambiente (isto é,
aspectos ambientais significativos).

6.4.5. REQUISITOS LEGAIS E OUTROS:

As leis e normas regulamentadoras têm como fim auxiliar o empreendimento


de modo que este em suas atividades proporcione ao colaborador e a sociedade um
bem estar, e ainda dizer na contribuição ao meio ambiente, tendo em vista que o
mesmo é responsável por atividade de grande potencial poluidor, explicando a
necessidade de estar amparado a normas e leis, para conduzir as operações da
melhor forma possível gerando menos impacto.

6.5. DOENÇA OCUPACIONAL E DOENÇA DO TRABALHO:

Doença profissional, ou ocupacional é aquela produzida ou desencadeada


pelo exercício do trabalho contínuo à determinada profissão, ou função, ou seja, está
diretamente ligada a profissão do trabalhador.
Ex: O soldador que desenvolveu catarata.

Já a doença do trabalho está mais ligada ao meio ambiente de trabalho, é


aquela que tem ligação com o ambiente onde o trabalho é exercido.
Ex: Um trabalhador que está exposto ao ruído excessivo, em um galpão de
solda, e desenvolve surdez. Esse é um caso típico de doença do trabalho.

A Fundamentação tanto da Doença do Trabalho quanto da Doença


Ocupacional está na Lei 8213 de 24/07/91, artigo 20, itens 1 e 2. Esse mesmo item

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da lei garante que tanto a Doença do Trabalho como a Doença Ocupacional são
considerados acidente de trabalho.

6.6. MEDIDAS PREVENTIVAS E DE CONTROLE:

AGENTES QUÍMICOS:

 Conceber e organizar métodos de trabalho adequados;


 Substituir os agentes químicos perigosos por outros menos perigosos
ou isentos de perigo, reduzindo ao mínimo a quantidade de agentes químicos
perigosos usados;
 Utilizar equipamento adequado para trabalhar com agentes químicos;
 Utilizar, nas operações de manutenção, processos que garantam a
saúde e segurança dos trabalhadores;
 Reduzir ao mínimo o número de trabalhadores expostos;
 Reduzir ao mínimo a duração e o grau de exposição;
 Adotar medidas de higienização adequadas;
 Utilizar processos de trabalho adequados durante o manuseamento, a
armazenagem e o transporte dos agentes químicos perigosos e respetivos resíduos;

 Conceber processos de trabalho e controlos técnicos que permitam


evitar ou reduzir a libertação dos agentes químicos perigosos;
 Aplicar medidas de proteção coletiva na fonte do risco (ventilação
adequada e medidas organizativas apropriadas);
 Adotar medidas de proteção individual se não for possível evitar a
exposição por outros meios (luvas, máscaras e roupa de trabalho apropriadas), de
acordo com as informações disponibilizadas nas fichas de dados de segurança;

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 Promover a armazenagem, manuseamento e separação dos agentes
químicos incompatíveis, ou se tal não for possível, evitar a presença de fontes de
ignição que possam provocar incêndios e explosões ou de condições adversas que
possam fazer com que substâncias ou misturas químicas instáveis provoquem
efeitos físicos nocivos;
 Assegurar que os equipamentos de trabalho e os sistemas de proteção
aos trabalhadores satisfaçam as disposições legais sobre segurança e saúde
relativas à sua concepção, fabrico e comercialização;
 Assegurar que os aparelhos e os sistemas de proteção destinados a
serem utilizados em atmosferas potencialmente explosivas obedeçam às regras de
segurança e saúde em vigor;
 Assegurar que os efeitos de explosões sejam reduzidos ou sejam
adotadas medidas para reduzir a pressão;

AGENTES FÍSICOS:

Ruído:
 Proteção coletiva: isolamento de máquinas; isolamento de ruído.
 Proteção individual: EPI - protetor auricular.
 Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do
local de trabalho, revezamento.
 Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI,
campanha de conscientização.
 Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu
uso.
 A prevenção do ruído só deve passar pela utilização de proteção
auricular se não houver forma de eliminar ou reduzir, ou como medida de segurança
complementar.

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Umidade:
Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas
medidas de proteção coletiva tais como o estudo de modificações no processo do
trabalho, colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento, medidas de
proteção individual (luvas de borracha, botas, avental, etc.).

RISCOS ERGONÔMICOS:

As medidas de prevenção baseiam-se na aplicação e cumprimento de boas


práticas e no respeito pelos princípios ergonômicos, na movimentação manual de
cargas, na adopção de posturas de trabalho corretas e na redução dos esforços
repetitivos.
Regras de Boas Práticas:
 Antes de iniciar o trabalho fazer exercícios de aquecimento durante
cerca de 10 minutos;
 Estabelecer pausas no trabalho e aproveitar para alongar os músculos
das costas, braços e pernas;
 Evitar trabalhar com os braços esticados. Aproximar o corpo da zona
de trabalho.
 Utilizar ferramentas adequadas ao trabalho a realizar e
ergonomicamente adaptadas às características pessoais;
 Levantar corretamente as cargas, utilizando sempre que necessário, a
ajuda de outra pessoa;
 Proporcionar a rotatividade das tarefas, alternando tarefas com
movimentos repetitivos com tarefas mais descansadas;
 Nos trabalhos efetuados em pé manter uma postura correta da coluna
e membros, colocar tapetes anti-fadiga ou cadeiras que permitam alternar a posição
em pé e sentada;

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 Evitar colocar e trabalhar com ferramentas acima do nível dos ombros.
Ao guardar as ferramentas colocá-las sempre em locais facilmente acessíveis;
 Manter o local de trabalho arrumado e organizado, colocando os
objetos de trabalho facilmente acessíveis;
 Respeitar as regras e princípios ergonómicos;

RISCOS AO MEIO AMBIENTE:

 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA);


O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais ou PPRA é um programa
estabelecido pela Norma Regulamentadora NR-9, da Secretaria de Segurança e
Saúde do Trabalho, do Ministério do Trabalho.

RISCOS BIOLÓGICOS:

Saneamento básico (água e esgoto), controle médico permanente, uso de


EPI, higiene rigorosa nos locais de trabalho e pessoal, uso de roupas adequadas,
vacinação, treinamento, sistema de ventilação/exaustão.

As medidas de prevenção incidem quer a nível intrínseco (na aquisição de


equipamentos que possuam sistemas de segurança integrados) quer através do
cumprimento de procedimentos de trabalho seguros e do estabelecimentos de
regras de boas práticas:

 Reduzir a utilização de aerossóis;


 Manter os níveis de humidade em locais abaixo dos 80% (reduz a
quantidade de microrganismos em suspensão);
 Proporcionar uma correta ventilação dos locais de trabalho;

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


 Proceder à desinfestação;
 Limpar e desinfetar com regularidade os locais de trabalho;
 Retirar o lixo e os dejetos que se encontrem perto dos locais de
trabalho para contentores ou locais próprios;
 Proteger-se adequadamente contra picadas de insetos ou mordeduras
de animais (aplicar repelentes nas roupas, junto às mãos e aos pés);
 Assegurar a vigilância médica e a vacinação dos trabalhadores;
 Não fumar, comer ou beber durante o trabalho;
 Utilizar EPI´s adequados durante o trabalho (proteção respiratória,
roupa de trabalho e luvas);

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


7. CONCLUSÃO:

Após o estudo conclui-se que é necessário ter mais dedicação por parte de
donos de postos de lavagem automotiva quanto á condições de trabalho a que seus
funcionários estão expostos, a fim de minimizar ou extinguir possíveis danos à
saúde a qualidade de vida dos mesmos.

Conclui-se também que os órgãos de fiscalização precisam dar mais atenção


a esta área de trabalho, observa-se certo descaso por parte do Ministério do
Trabalho quanto aos funcionários da área de lavagem automotiva pois não são
efetuadas fiscalizações para verificar se as empresas estão cumprindo as normas de
segurança do trabalho, se estão fornecendo equipamentos de proteção e materiais
adequados para a execução desta função que está muito exposta a riscos e
doenças.

E ressaltar a importância da implementação de medidas para controle de


contaminação ao meio ambiente para assim cumprir com as leis e normas que
permitem seu funcionamento, proporcionando assim uma melhor qualidade de vida
para gerações futuras.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


8. REFERÊNCIAS:

 ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Comitê


Brasileiro de eletricidade. NBR 5413: Iluminância de Interiores. Rio de Janeiro, 1992.
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA (ABERGO).
Desenvolvido pela ABERGO. Disponível em: <www.abergo.org.br>. Acesso em: 10
jan. 2015.
 BISTAFA, Sylvio R.. Acústica Aplicada ao Controle do Ruído. 1ª ed.
São Paulo: Edgard Blücher, 2006.
 BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Normas
Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho. NR 9 – Programa de
Prevenção de Risco Ambientais. Brasília, dez. de 1994.
 Lei 3.812/06 do Distrito Federal
 MATTOS, Ubirajara; MÁSCULO, Francisco (organizadores). Higiene
Saúde e Segurança do Trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus/ABEPRO, 2011.
 NORMA REGULAMENTADORA 15 – Atividades e Operações
Insalubres.
 NORMA REGULAMENTADORA 17 – Ergonomia.
 NORMA REGULAMENTADORA 6 – Equipamento de Proteção
Individual – EPI.
 NORMA REGULAMENTADORA 7 – Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional.
 Disponível em:
<http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/Publicacoes/Documents/AF_quimicos.pdf> Acesso em
03 de abril de 2016.
 Disponível em :
<http://www.jfrs.jus.br/sjrs/smaadm/pericias/LA_015.pdf> Acesso em 03 de abril de
2016.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


 Disponível em: < http://portalcodgdh.min-saude.pt/index.php/1_-_Doen
%C3%A7as_provocadas_por_agentes_qu%C3%ADmicos> Acesso em 03 de abril
de 2016.
 Disponível em:
<http://riscozerotreinamentos.blogspot.com.br/2008/08/doenas-
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 Disponível em: <http://segurancadotrabalhonwn.com/doenca-
ocupacional-ou-doenca-do-trabalho/> Acesso em 03 de abril de 2016.
 Disponível em: <http://segurancadotrabalhonwn.com/risco-ocupacional-
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 Disponível em:
<http://www.academia.edu/6246149/SISTEMA_DE_GEST
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 Disponível em:
<http://www.coshnetwork.org/sites/default/files/caderno2%20risco%20quimico.pd>
Acesso em 29-03-2016.
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<http://www.demlurb.pjf.mg.gov.br/files/PPRA_DEMLURB_2012.pdf> Acesso em 30-
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 Disponível em:
<http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI82213,41046-
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<http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/17854/ergonomia-e-as-
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 Disponível em:
<http://www.unoeste.br/site/enepe/2012/suplementos/area/Exactarum/Engenharias/
Engenharia%20Ambiental/AN%C3%81LISE%20DOS%20RISCOS%20AMBIENTAIS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


%20EM%20POSTO%20DE%20REVENDA%20DE%20COMBUST
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Acesso em 29-03-2016.
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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

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