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RESUMO
ABSTRACT
In summary, the following econometric analysis aims to understand, from a social and
economic point of view, the possible variables that influence the crime rate in the
metropolitan region of Belo Horizonte. In general terms, crime covers a wide variety of fields
of study, however in this article in question a socioeconomic measurement will be carried out
on the subject. This study aims to quantify it through a comprehensive econometric analysis,
exploring complex relationships between economic and social variables, in relation to the
incidence of crime in the region.
Keywords: crime, Belo Horizonte, analysis, econometrics, measurement.
1. INTRODUÇÃO
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Segurança pública é uma das áreas da política que os brasileiros mais se preocupam.
Sendo um assunto comum nas campanhas eleitorais, já que existem diversos aspectos a serem
considerados ao se pensar sobre segurança pública e ao fazer um planejamento a nível federal
sobre essa área, segundo a revista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada:
Há uma série de aspectos a serem considerados, por exemplo: a redução da
proporção da população jovem nas próximas décadas; as altas taxas de
criminalidade violenta no Brasil; o contínuo crescimento da taxa de
encarceramento; o crescente mercado de segurança privada; a permanente
corrupção de agentes do Estado; as possíveis mudanças nas legislações
penais, processuais penais e de execução penal; o processo de integração das
políticas públicas de segurança pública com outras políticas; as principais
apostas dos governos federal, estaduais e municipais nas políticas públicas
de segurança; a cobertura da mídia sobre crime e justiça criminal; o dissenso
político sobre as reformas das legislações.(IPEA, 2015, p. 17-18).
Um dos aspectos que o instituto enfatiza é a questão sobre as altas taxas de
criminalidade violenta no Brasil, sendo um indicador que chama atenção tanto da população
quanto do governo. Em 2002, o Instituto Cidadania em parceria com a Fundação Djalma
publicaram o Projeto Segurança Pública para o Brasil, onde buscaram elaborar propostas de
política pública que tinham como meta “a redução daquelas modalidades da violência que se
manifestam sob a forma da criminalidade”.
No projeto publicado em 2002, fica claro que a criminalidade e violência são assuntos
de extrema complexidade e os estudos não apresentavam na época (o que se mantém para os
dias atuais) nenhum tipo de consenso sobre as causas e como reduzir ambas as taxas.
Buscando definir o termo criminalidade encontra-se no dicionário AURÉLIO (2008):
“1. Estado de criminoso; 2. O conjunto dos crimes”. Como já mencionado anteriormente
entre os pesquisadores não existe um consenso sobre quais as causas da criminalidade, porém
existem duas correntes de pensamento nesse campo de pesquisa. Segundo Frade (2007), cada
uma das teorias enfatiza um aspecto específico da cauda do problema. A primeira tem como
foco o indivíduo, ou seja, cabe ao indivíduo o motivo de cometer o crime é uma decisão
individual que pode ter relação biológica ou psicológica. A segunda teoria foca em aspectos
sociológicos, ou seja, o crime tem forte relação com o contexto cultural e social que o
indivíduo vive.
O Projeto de Segurança Pública (2002) segue um raciocínio mais parecido com a
segunda linha teórica ao apontar alguns fatores que estimulam a prática de violência, sendo
eles:
De acordo com Frade (2007) existem críticas para ambas as correntes teóricas, mas
nenhuma delas encontra uma resposta definitiva quanto a causa da criminalidade, o que se
sabe é que as análises e estudos sobre o tema têm trazido mais os aspectos sociológicos, do
que os individualistas.
No Brasil, de acordo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2023), no ano de
2022 foram registradas 47.398 mortes violentas intencionais (vítimas de homicídio doloso,
roubos seguidos de morte, lesão corporal seguida de morte e as mortes decorrentes de
intervenções policiais).
Quanto à região de Belo Horizonte, Contagem e São Joaquim das Bicas, foco deste
artigo, as três cidades apresentaram as maiores taxas de crimes violentos, por 100 mil
habitantes, da região metropolitana de Belo Horizonte, como é destacado pelo gráfico abaixo.
Por este motivo serão objeto de estudo neste trabalho.
Gráfico 1: Taxa de Crimes Violentos por 100 mil habitantes na região metropolitana
de Belo Horizonte.
3. METODOLOGIA
Sendo assim, formulamos uma equação base para estimar os modelos econométricos:
4. MÉTODOS E ANÁLISE
O modelo de Efeitos Fixos (FE) é uma forma de trazer mais individualidade para a
análise dos dados, visto que, o intercepto varia entre os valores das unidades amostrais mas
os coeficientes angulares são constantes, dessa maneira, por mais que intercepto varie de
acordo com as diferenças das unidades amostrais não varia de acordo com o tempo, por
exemplo, nesse modelo a densidade populacional pode alterar de acordo com a região/bairro
entretanto não com os anos.
xtreg y x2 x3, fe
xtreg y x2 x3, re
Além disso, primeiramente fizemos o teste de Husman para saber qual dos Modelos
Efeito Fixo ou Efeito Aleatório foi melhor aplicado para os dados que extraímos e, em
seguida, o teste LM de Breusch-Pagan para induzir também entre o Efeito Aleatório e o
Pooled, assim, determinados pelo P-valor e o nível de significância, rejeitando ou não a
Hipótese Nula. Logo depois, também realizamos os testes para determinar se existe a
Autocorrelação e Heterocedasticidade nos modelos, por meio do Teste de Wooldridge e Teste
de Wald, e, realizando a correção se necessário.
5. RESULTADOS
5.1 POOLED
O Teste Breusch e Pagan compara os teste de Efeitos Aleatórios com o Pooled e sua
Hipótese Nula (H0) é de que o modelo Pooled é o mais adequado. A probabilidade mostrada
no teste é de 1, portanto, maior que o nível de significância de 0,05, o que indica que não
deve-se rejeitar H0 e que o modelo Pooled é mais adequado para a análise do que o modelo
de Efeitos Aleatórios.
Ao analisar o teste Hausman acima, como 0,9986 é maior que 0,05, não rejeita-se a
Hipótese Nula (H0), portanto o Efeito Aleatório é melhor do que o Efeito Fixo. Uma vez que
o Polled é considerado mais adequado do que o Efeito Aleatório, já é possível concluir que o
Pooled é o melhor efeito para a análise do modelo em questão.
Através do teste foi possível confirmar presença de autocorrelação, pois rejeita-se H0,
que admite ausência de autocorrelação.
Por ter sido encontrada presença de autocorrelação, o teste a seguir mostra o modelo
de Efeito Aletório corrigido (pois é quase idêntico ao modelo Pooled):
6. CONCLUSÃO
Com base nos testes realizados, é evidente que, inicialmente, as variáveis que
apresentam significância e exercem influência sobre a taxa de crimes violentos são os
investimentos destinados à segurança pública e à educação. Os resultados obtidos
demonstram satisfação, em contraste com a abordagem adotada por Hamberger (2019). Ao
adotar a recomendação de aplicar o modelo log-log às variáveis do estudo e incluir a variável
de investimento em segurança pública, obtivemos melhorias substanciais nos resultados.
É importante ressaltar também que o tema criminalidade não tem suas causas
definidas dentro do âmbito acadêmico e como foi explicitado anteriormente existem duas
linhas de pensamento sobre suas causas e uma delas leva em conta variáveis intrínsecas ao
indivíduo.
Dessa forma podemos concluir que é necessário atribuir novas variáveis ao estudo
sobre criminalidade, e fazer uma abordagem de comparação de períodos antes e depois de
políticas públicas e até mesmo trazer recortes raciais sobre o tema.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BEATO F., Claudio C. Determinantes da criminalidade em Minas Gerais. Rev. bras. Ci. Soc.,
São Paulo, v.13, n.37, 1998. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-4&lng=en&nrm=iso>.
Acesso em: 09 Jul 2011.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua
portuguesa. 3 Curitiba: Editora Positivo, 2008.
FRADE, Laura. O que o Congresso Nacional brasileiro pensa sobre a criminalidade. 2007.
271 f. Tese (Doutorado em Sociologia)-Universidade de Brasília, Brasília, 2007. Disponível
em: <http://icts.unb.br/jspui/bitstream/10482/1450/1/Tese_Laura%20Frade.pdf>. Acesso em
25 Out 2023.