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https://sicnoticias.pt/cultura/2023-03-12-Star-Wars-o-que-se-sabe-
sobre-as-filmagens-na-Madeira--4e0fa2b2
1. Para cada item, seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o sentido do
texto.
(A) é certo que se está a rodar uma série que irá para o streaming.
(B) acredita-se que se está a rodar uma série que irá para o streaming.
(C) soube-se que se está a rodar um filme que irá para o streaming.
- Foi em 1923 que Walt e Roy, dois irmãos norte-americanos, decidiram oficializar os
- desenhos que vinham sendo criados numa garagem em Chicago. Às portas de comemorar o
- centenário, fomos em busca de histórias que falem pela própria Disney. Estivemos à conversa
- com Sara e Luís, responsáveis pelo maior grupo de fãs em Portugal.
5 Um inocente e banal convite para jantar parte de Luís para a namorada, Sara. Parece
- estranho o restaurante estar quase vazio, mas deve fazer parte, afinal, é dia de semana. O
- jantar decorre como tantos outros ao longo de sete anos de namoro. Até que, com a
- sobremesa, vem algo mais. As luzes apagam-se. O que será? Ouve-se “Can you feel the love
- tonight”, música do filme original do Rei Leão e que tem a versão portuguesa com o título “Esta
10 noite o amor chegou”. E chegou mesmo. Assim que as primeiras notas se fazem ouvir, um
- holofote incide sobre Sara, que nem uma superestrela a atuar num grande palco. Entretanto,
- Luís já se ajoelhou. A voz de Elton John continua a fazer-se ouvir. Até que surge a esperada
- pergunta: “Queres casar comigo?”. Poderíamos estar a descrever o argumento de um filme da
- Disney. Mas ainda que as referências à marca de entretenimento estejam lá (e em muitos mais
15 pontos da vida de Sara e Luís), trata-se da vida real. Este foi um dos momentos “mágicos” do
- casal que provam que a Disney não é só (nem sobretudo, mas já lá iremos) para crianças.
- Comecemos por contextualizar Sara Pedro e Luís Pinto. São eles os responsáveis pelo maior
- grupo de fãs da Disney em Portugal. Na rede social Facebook, o grupo já caminha para os 23 mil
- membros. O gosto pela animação do renomado Walt, tal como a grande parte das crianças,
20 começou desde cedo. Mas o “fanatismo” surgiu muito mais tarde, já em adultos. Antes do já
- descrito pedido de casamento ao som de Rei Leão, houve também disfarces de Carnaval, os
- primeiros bonecos comprados para a coleção e, claro, o primeiro filme em casal. Era 2008 e
- estreava no cinema a longa-metragem de animação Wall-E. Com poucos meses de namoro, a
- ida ao cinema foi dos primeiros encontros do casal. No mês seguinte, em setembro, era o
25 aniversário de Sara, a quem Luís ofereceu uma “Eva”, um peluche da personagem feminina do
- filme, o qual ainda hoje permanece guardado, entre a coleção que se foi avolumando.
- A vida do casal, por todas as referências e momentos criados a partir ou inspirados na magia
- da Disney dariam, por si só, um filme. E o grande momento, como se de um argumento
- pensado ao detalhe se tratasse, foi o casamento. Houve um castelo a três dimensões,
30 construído pelos dois, houve um topo do bolo inspirado na Cinderela, um porta-alianças que
- era um coche de princesas. Poderíamos ficar a enumerar todos os detalhes – até ao ponto em
- que não houve ramo de flores atirado, mas antes um sapo (de peluche) que, do avesso, se
- tornava um príncipe. Com tudo isto, a pergunta que poderá surgir – mas que Pedro e Sara
- garantem que nunca surgiu – é: não será demasiado infantil? Envergando uma camisola do
35 Mickey e da Minnie enquanto conversa com a Notícias Magazine, Sara Pedro chega-se à frente
- e responde: “A magia da Disney é exatamente essa. Os filmes, as séries e todo o
- entretenimento não ser pensados para as crianças, mas antes para todos. Há espaço para uma
- criança de cinco anos, mas há sobretudo espaço para um adulto de 40, por momentos, sentir
que tem cinco outra vez”.
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1. Numera os tópicos de 1 a 5, de acordo com a ordem pela qual o autor organiza as ideias ao
longo do texto.
O primeiro tópico já se encontra numerado.
2. Assinala com X, nos itens 2.1. a 2.3., a opção que completa cada afirmação, de acordo com
o texto.
2.1. A palavra “Entretanto” (linha 11) é usada para indicar que o Luís se ajoelhou
(A) nome.
(B) adjetivo.
(C) advérbio.
(D) verbo.
Bolota é uma menina de 8 anos que conta a história da sua família. A sua imaginação é
tão fértil que a leva a dar nomes criativos aos que a rodeiam: o pai é o Alce Negro; a mãe é a
Blanche; a irmã a Miss Kitty; o cão é o Malik.
- Quando vivíamos numa casa com jardim, podíamos sentir a Terra a estremecer por baixo
- de nós.
- Aprendi na escola que as placas tectónicas estão sempre em movimento, dando origem a
- montanhas, sismos e vulcões por todo o planeta. Li uma vez que a superfície da Terra se pode
5 mover até doze centímetros por ano − tanto quanto eu cresci ultimamente. Evito pensar nisso
- quando estou a estudar para um teste importante, porque é difícil concentrar-me no meu
- futuro se começo a imaginar o chão a fugir-me debaixo dos pés.
- Uma das memórias que tenho da nossa antiga casa, quando ainda era miúda, é a de
- ouvir a relva a palpitar e a fazer-me cócegas nas pernas e nos braços. Atribuía isso aos poderes
10 das formigas e outros bichos que construíam cidades subterrâneas sem o nosso conhecimento.
- Era profundamente influenciada pela minha vida enciclopédica.
- Lembro-me também de um dia de verão em que uma vespa me picou e chorei como uma
- Madalena. Desatei num berreiro que deixou o Malik nervoso e o pôs a ganir e a correr em
- círculos no jardim, para desespero de toda a família.
15 − O diabo do cão! Cala-te, Malik!
- − Vais de castigo p'rà casota! Ai vais, vais!
- Foi a Miss Kitty quem pôs ordem na situação e conseguiu calar toda a gente:
- − Deixem o animal em paz, é a fala dele!
- Voltaram a concentrar-se na picadela da vespa. Alce Negro insistiu em pôr uma das novas
20 moedas de euro em cima do vulcão cor-de-rosa que rompia a pele do meu joelho inchado.
- − A minha avó atava um escudo com um lenço e era remédio santo contra as vespas −
- contou-nos.
- Garantiu que a moeda não só me faria bem como daria sorte, ideia que a Blanche
- classificou como mais um dos seus “acessos de pensamento mágico”.
25 − Que parvoíce. Um bocado de álcool e isso passa.
- Chorei ainda mais, ao toque do algodão da Blanche.
- Não só a grande medicina de Alce Negro falhou, como a moeda não trouxe sorte, porque
- dali a pouco tempo tivemos de mudar de casa.
- Em quinze dias, a Blanche limpou, arrumou e empacotou as nossas vidas. A coleção de
30 discos de vinil do pai. O serviço de chá Old Country Roses que as tias lhes tinham dado pelo
- casamento. A guitarra elétrica do Fóssil e o candeeiro com o Rato Mickey da Miss Kitty.
- Deitou fora a minha roupa de bebé, decretando que estava demasiado gasta e que
- ninguém iria nascer na família nos próximos tempos:
- − Quem são os loucos que vão querer pôr crianças neste mundo?
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35 O pai e o Fóssil ajudavam-na, enquanto a Miss Kitty tomava conta de mim. Isto é,
- tolerava-
- -me no quarto dela, bufando e revirando os olhos como uma gata enjoada.
- Quando a casa ficou transformada num labirinto de sacos e caixotes, vieram os homens
- das mudanças e levaram tudo em duas horas, sob as ordens implacáveis da Blanche:
40 − Despachem-se, não estou a pagar esta fortuna para andarem a pastar.
- A grande preocupação de Alce Negro não era o dinheiro, mas que os vizinhos não nos
- vissem. Parecia que estávamos a fugir de alguma coisa ou que a mobília era roubada. Não sei
- como, conseguiu fazer com que essa e outras mudanças acontecessem sempre à noite, como
- se fossemos uma família de foras da lei. Com um cartaz pregado na porta, a dizer: “Procuram-
se, vivos ou mortos. Recompensa: um milhão de dólares. Tratar com o xerife.”
Carla Maia de Almeida, Irmão Lobo, Planeta Tangerina, 2013, pp. 35-37.
1. Explica por que razão a narradora refere que a sua antiga casa tinha um jardim, tendo em
conta as situações referidas no primeiro e segundo parágrafos.
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5. Assinala com X, nos itens 5.1. a 5.3., a opção que completa cada afirmação, de acordo com
o sentido do texto.
(A) comparação.
(B) enumeração.
(C) metáfora.
(D) personificação.
5.3. A passagem que melhor comprova a importância das aparências para o Alce Negro
encontra-se na(s) linha(s)
(A) 21.
(B) 23.
(C) 40-41.
(D) 43-44.
GRAMÁTICA
Coluna A Coluna B
3. Assinala com X, nos itens 3.1. e 3.2., a opção que completa cada afirmação.
3.1. A única frase cujo constituinte sublinhado não tem a função de predicativo do sujeito é
3.2. A única frase cujo constituinte sublinhado tem a função sintática de complemento
indireto é
ESCRITA
1. As histórias que lemos ou os filmes a que assistimos contribuem para a nossa criatividade.
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FIM
COTAÇÃO DO TESTE
Item
Total
Grupo
Cotação (em pontos)
1. 2 3.1. 3.2. 4.
Gramática
4 6 2 2 6
20
(4 x 1) (3 x 2) (3 x 2)
Total 100
PROPOSTAS DE CORREÇÃO
COMPREENSÃO DO ORAL
1.1. (A)
1.2. (B)
1.3. (B)
1.4. (C)
LEITURA
1. 3, 2, 5, 1, 4
2.1. (C)
2.2. (B)
2.3. (B)
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
1. A narradora refere que a casa tinha jardim, porque isso permite compreender a razão pela qual ela podia sentir
tremer o chão, o que se devia à proximidade entre a casa e a terra, tal como refere no primeiro parágrafo. Por ter
jardim podia também aí ouvir a relva palpitar, o que descreve no segundo parágrafo.
2. (B)
3. Blanche considera que Alce Negro é um sonhador, uma pessoa pouco prática e afastada da realidade. Por isso ela
diz que ele tem “acessos de pensamento mágico” (linha 24).
4. Blanche é uma personagem muito objetiva e pouco sonhadora, tal como se observa na forma como ela procura
resolver a situação da picada de vespa. Por outro lado, é uma personagem também muito despachada,
organizada e com sentido prático. Isso fica claro na forma como organiza os caixotes para a mudança de casa e
como abdica de coisas que já não são necessárias. Tem também espírito de liderança tal como se observa na
forma como trata as pessoas encarregadas de fazer o transporte para a nova casa.
5.1. (A)
5.2. (C)
5.3. (C)
GRAMÁTICA
1. a) – 3); b) – 2); c) – 4); d) – 1)
2. a) tinham sido; b) parecíamos; c) ladraria
3.1. (D)
3.2. (C)
4. a) por baixo de; b) profundamente; d) demasiado
ESCRITA
ESCRITA
As histórias e os filmes representam histórias, reais ou imaginadas, e, do meu ponto de vista, podem
efetivamente, contribuir para desenvolver a nossa criatividade.
Em primeiro lugar, os livros e os filmes, ao criarem um mundo de fantasia, com as suas histórias de heróis e
aventuras, possibilitam que a nossa imaginação se abra a outras realidades, permitindo-nos criar os nossos próprios
mundos imaginários. Isso acontece, por exemplo, às crianças, quando assistem a um filme ou ouvem ou leem uma
história, que são levadas a brincar, imitando essas histórias e esses mundos de fantasia.
Em segundo lugar, os filmes e os livros permitem, também, que fiquemos mais atentos à realidade que nos
envolve e aos seus problemas e que, consequentemente, procuremos soluções criativas para os resolvermos. Se
lermos, por exemplo, um livro que aborde problemas com o meio ambiente, esse tema pode motivar a nossa
atenção para o que nos rodeia e para a tentativa de melhorar o mundo onde vivemos.
Em conclusão, quer os livros que lemos quer os filmes a que assistimos são uma fonte inesgotável de ideias,
soluções, aventuras que podem levar a que a nossa imaginação e a nossa criatividade se desenvolvam com mais
facilidade.
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PORTUGUÊS 7.º
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(198 palavras)