Você está na página 1de 206

ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL

Disciplinas: Estruturas Metálicas


Prof. Dr Celso Antonio Abrantes
2017
ENGENHARIA CIVIL

Disciplinas: Estruturas de Madeiras


Estruturas Metálicas
Prof. Dr Celso Antonio Abrantes
2017
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

BARRAS TRACIONADAS AXIALMENTE:

1. Análise dos Estados limites últimos aplicáveis no dimensionamento a tração:

1.1. Comportamento de uma peça tracionada axialmente:

( Diagrama tensão x deformação )


F

fu

fy
L

L
0 r 
F

Da Resistência dos Materiais, vem:

F = força de tração axial aplicada

F
 , onde: e
A

A = área da seção da peça, perpendicular à força F.

L
 = deformação  L   . L ;  r = deformação residual
L

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 2


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

1.2.Tensões atuantes numa barra de seção furada, tracionada axialmente:

F
Na seção sem furo Na seção do furo
A A (seção bruta) (seção líquida)

B B
corte B-B corte A-A

A = Ag = área bruta A = Ae = área líquida


efetiva

F F
B  A 
Ag Ae

Como Ae< Ag ,  A B

1.2.1. Situações a partir das quais a peça se torna imprópria para o uso

(estados limites)

Comparando as tensões atuantes nas seções A-A e B-B:

1.2.1. Do ponto de vista de ruptura das diversas seções da barra:

Fazendo   fu , como  A   B , a seção líquida atinge a ruptura e a


seção bruta não. Assim, por tornar a peça imprópria para o uso, a ruptura
da seção líquida é um estado limite último.

1.2.1.1 Do ponto de vista de plastificação (escoamento) da seção líquida:

Como  A   B , enquanto a seção bruta ainda se encontra no regime


elástico, sem comprometimento da segurança, a seção líquida pode atingir
a tensão de escoamento. Neste caso, a deformação da peça por plastificação
da seção líquida, por ocorrer num trecho muito pequeno, apenas ao
longo do diâmetro do furo, é insignificante, não comprometendo a segurança
da peça.

Assim, escoamento da seção líquida não é um estado limite último.

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 3


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

1.2.1.2. Do ponto de vista de plastificação (escoamento) da seção bruta:

Após a seção líquida atingir a tensão de escoamento, aumentando-se gradativa-


mente a força aplicada, dois casos podem ocorrer :

- a seção líquida atingir a tensão de ruptura antes da seção bruta atingir a tensão
de escoamento. É o caso do estado limite de ruptura da seção líquida, descrito
no item 1.2.1.

- a seção bruta atingir a tensão de escoamento antes da seção líquida


atingir a tensão de ruptura. Neste caso, o alongamento por escoamento da seção
bruta ocorre ao longo de toda a peça, causando deformações excessivas que a
tornam imprópria para o uso. Assim escoamento da seção bruta é um estado
limite último.

1.3. Estados limites últimos aplicáveis no dimensionamento a tração:


F
fu A   f u A  f u
Ae

fy
F
B  f y B  f y
Ag

0 r  Ruptura da seção liquida Escoamento da seção bruta

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 4


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

1.4. Resistência de cálculo de barras tracionadas:

Os procedimentos de cálculo a seguir, aplicam-se ao dimensionamento de


barras prismáticas, tracionadas por cargas estáticas agindo segundo o eixo que
passa pelos centros de gravidade das seções transversais, incluindo barras ligadas
por pinos e barras com extremidades rosqueadas.

1.4.1. Resistência de cálculo a tração axial:

N t,Sd ≤ N t,Rd

Onde: N t,Sd = Força axial de tração solicitante de cálculo (ver ações e


combinações das ações, respectivamente nas páginas 15 e 21
da NBR 8800:2008) ;
N t,Rd = Força axial resistente de cálculo.

1.4.2. Barras ligadas por pinos:

Para estes casos, consultar o item 5.2.6, pag 41 da NBR 8800 : 2008.

1.4.3. Barras de ferro redondo, com extremidades rosqueadas:

Estas barras são verificadas para os seguintes estados limites


últimos ( EL):

EL nº 1 : Escoamento da seção bruta ( item 5.2.2.a. da NBR 8800 : 2008) e


EL nº 2 : Ruptura da parte rosqueada ( item 6.3.3. da NBR 8800 : 2008 )

Tais verificações serão estudadas adiante, no capítulo “Ligações parafusadas”.

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 5


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

1.4.4. Demais barras tracionadas:

Estados limites últimos para dimensionamento a tração:

EL nº 1 : Escoamento da seção bruta (item 5.2.2.a., pag 37 da NBR 8800 : 2008 )


Ag f y
N t , Rd  ,
 a1

Onde:
Ag = área bruta da seção transversal da barra;
fy = tensão de escoamento do aço.(pag 108 e pag 109 da NBR 8800:2008)
 a 1 = coeficiente de ponderação da resistência a Escoamento;

Para combinações Normais e Especiais ou de Construção,  a 1 = 1,1

Para combinações Excepcionais,  a 1 = 1,0

EL Nº 2: Ruptura da seção líquida efetiva:


(item 5.2.2.b. pag 37 da NBR 8800:2008)

Ae f u
N t , Rd  ,
a2

Onde:
Ae = Ct . An = área liquida efetiva da seção transversal da barra;
fu = tensão de ruptura do aço. ( pag 108 e pag 109 da NBR 8800:2008 )
 a 2 = coeficiente de ponderação da resistência a Ruptura;

Para combinações Normais e Especiais ou de Construção,  a 2 = 1,35

Para combinações Excepcionais,  a 2 = 1,15

Obs: Os valores dos coeficientes  a 1 e  a 2 foram obtidos na tabela 3, pag 23 da

NBR 8800:2008.

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 6


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

2. Condições específicas para o dimensionamento de barras tracionadas :

2.1 .Área bruta da seção de uma peça:

Ag = Área bruta da seção transversal, medida no plano normal ao eixo da barra.

É obtida pela soma das espessuras pelas larguras brutas de cada elemento.

Ag = bf.tf + bf.tf + h.tw = 2bf.tf + h.tw

Exemplo: z = eixo da barra  eixo baricêntrico

Os esforços estão aplicados no eixo

baricêntrico x-x e y-y, definem um

plano perpendicular ao eixo z

2.2. Furos para ligações com conectores (rebites ou parafusos):

As furações para ligações com conectores, além de enfraquecerem as


seções transversais das peças, são executadas por processos muito caros. Para
baratear tais custos, padronizam-se os espaçamentos, diâmetros dos furos e
empream-se processos de furação de ferramentas muito simples e execução
rápida.

2.1: Processo de furação por puncionamento:

O processo de furação mais econômico é o puncionamento no diâmetro definitivo,


e também o que mais danifica o material ao redor do furo.

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 7


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

2.2: Tipos de furos e diâmetros

Furo padrão e alargado: Furo alongado e muito alongado:

d = db = diâmetro do conector (parafuso ou rebite)

d’ = d + f = diâmetro do furo, onde f = folga

Dimensões máximas dos furos para parafusos e barras rosqueadas.

db furo
D furo furo pouco furo muito
Dimensões
em: (conector) padrão alargado alongado alongado

 24 db + 1,5 db + 5 (
( db +1,5) x (d+6) ( db +1,5) x 2,5 db
M
mm 27 28,5 33 28,5 x 67,5
28,5 x 35

 30 db + 1,5 db + 8 (
( db +1,5) x(d+9,5) ( db d+1,5) x 2,5 db

 7/8 db + 1/16 d + 3/16” (


(db+1/16”)x(db+1/4”) (db +1/16”) x 2,5db
p
polegadas 1 1 1/16 1 1/4" 1
1/16” x 1 5/16” 11/16” x 2 1/2"

 1 1/8 db + 1/16 d + 5/16” (


(db+1/16”)x (db+3/8”) (db+1/16”)x 2,5db

(tabela 12, pag 83 da da NBR 8800 : 2008)

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 8


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Segundo a tabela 12, pag 83 da NBR 8800:2008, para furos padrão tem-se os
seguintes diâmetros:

1"
d’ = db + para parafusos ou rebites com diâmetros nominais em
16
polegadas
Furo padrão:
d’= db +1,5 mm para parafusos ou rebites com diâmetros nominais em
milímetros

2.3: Diâmetro de cálculo do furo padrão: (segundo 5.2.4.1.a, pag. 38 da NBR


8800:2008)

Como visto anteriormente, o puncionamento danifica o material ao redor do


furo, reduzindo assim a sua capacidade mecânica Para se levar em conta tal
efeito, nos cálculos adotar-se-á um diâmetro fictício (d"), maior que o do furo
executado (d'), chamado diâmetro de cálculo .

O diâmetro de cálculo do furo (d”) é igual ao diâmetro do furo padrão, acrescido


de 2mm, para furos executados com puncionadeiras.

 d” = d’ + 2 mm

Para os furos executados com brocas, dispensa-se o acréscimo de 2 mm.

 d” = d’

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 9


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Para o furo padrão, teremos:

d” = d’+ 2,0 mm d” = db + 1,5 + 2,0  d" = db + 3,5 mm

d’ = db + 1,5 mm. ( para db em milímetros)

1"
d” = d’+ 2,0 mm d” + d + + 2,0 mm ; como 1” = 25,4 mm, vem:
16

1" 1"
d’ = db + d” = db + x 25,4 + 2,0 = d + 3,588  d”  db + 3,6 mm
16 16

(para db em polegadas)

3. .Larguras efetivas das peças.

3.1 : Série de furos com distribuição transversal ao eixo da peça:

d” = diâmetro de cálculo dos furos.

Seção crítica = seção 1-1 = seção 2-2 (perpendicular ao eixo da peça).

bef = b – 2 x d” = largura efetiva.

s = espaçamento, medido entre os eixos dos furos, paralelamente ao eixo da peça

(na linha de furos)

g = gabarito dos furos, medido entre os eixos dos furos, perpendicularmente ao

eixo da peça.

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 10


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

3.2: Série de furos com distribuição em diagonal ao eixo da peça ou em

zigue-zague: ( item 5.2.4.1 b, pag 38 da NBr 8800:2008)

Neste caso, deve-se determinar a largura líquida crítica (a menor dentre as


larguras líquidas das seções líquidas possíveis). Para o seu cálculo, deduz-se da
largura bruta a soma dos diâmetros nominais de todos os furos em cadeia e
acrescenta-se, para cada linha ligando os centros de dois furos, a quantidade
s2
.
4g

3.2.1: Para barras chatas

Seções líquidas possíveis:

Seção 1-2-3: 1 furo, nenhum desvio

bef 1= b – d”

Seção 1-2-4-5: 2 furos, 1 desvio

bef2 = b – 2d” + s2

4g

bef = bef1 ou bef2, o menor dos valores.

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 11


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

3.2.2. Para cantoneiras

No caso de cantoneiras, o gabarito g dos furos em

abas opostas é calculado da seguinte maneira: g = g1 + g 2 – t

Seção líquidas possíveis:

Seção 1-2-3-4: 1 furo, nenhum desvio

bef1 = (b1 + b2 – t ) – d”

Seção 1-2-5-6-7: 2 furos, 1 desvio

bef2 = (b1 + b2 – t ) – 2d” + s2 .

4(g1 + g2 – t )

Adota-se bef = bef1 ou bef2, o menor dos valores.

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 12


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

3.3: Para seção que compreenda soldas de tampão ou soldas de filete em furos:

Nestes casos, desprezam-se as áreas do metais das soldas para o cálculo das
larguras líquidas.

3.4: Para seções onde não existem furos:

Neste caso: bef = b

4.Área Líquida An:

An = área líquida

n
An   bef ,i .t i = somatória dos produtos das larguras líquidas efetivas de
i 1

cada elemento da seção ,pela sua espessura.

Exemplo:

d1” e d2” são os diâmetros de cálculo dos furos

An = bef1 x tf1 + hef x tw + bef2 x tf2

An = (bf1 –2 x d1” ) tf1 + (h – 2 d2” ) tw + bf2 x tf2

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 13


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

5. Exercícios Resolvidos:

Assunto: cálculo da área líquida An

5.1.Calcular a área líquida nominal da barra da ligação abaixo esquematizada,


considerando:
a) furos do tipo padrão;

b) parafusos com diâmetro nominal d  1 "


2
c) 1” = 2,54cm = 25,4mm

Solução:

db = 1” ; d’ = 1” + 1” = 9” (para furo padrão em polegadas)


2 2 16 16
d’ = 9” x 2,54 = 1,429 cm  1,43 cm
16
d” = d’ + 2 mm = d + 0,2 cm = 1,43 + 0,2
d” = 1,63 cm
b = 3” = 3” x 2,54 = 7,62cm
Ag = b x t , onde:
(área bruta) t = 3” = 3” x 2,54 = 0,953cm
8 8

Ag = 7,62 x 0,953 = 7,262 cm²  7,26 cm²

d"
An = (b – d”) x t

An = (7,62 – 1,63) x 0,953

An = 5,708 cm²  5,71 cm²

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 14


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

5.2.Calcular a área líquida nominal da barra da ligação abaixo esquematizada,


considerando parafusos com diâmetro nominal de 16mm e furos do tipo padrão.

Solução:
db = 16 mm ; d’ = db + 1,5 mm = 16 + 1,5 = 17,5 mm (furo padrão em mm)
d” = d’ + 2 mm = 17,5 + 2 = 19,5 mm = 1,95 cm

b = 11,4cm
área bruta = Ag = b x t , com:
t = 1” x 2,54 = 1,27 cm
2

Ag = 11,4 x 1,27 = 14,478  14,48 cm

Área líquida nominal (An):

Neste caso, a área líquida é a área de qualquer seção


perpendicular ao eixo da peça, passando pelo centro de
dois furos.

An = bef x t = (b – 2d”) x t

An = (11,4 – 2 x 1,95) x 1,27

An = 9,53cm²

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 15


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

5.3. Determinar a área líquida nominal para o arranjo de furos da peça abaixo
esquematizada, adotando parafusos com diâmetro nominal 20mm e furos do tipo
padrão:

1 2 3

4 5
b

6 7 8

t = 12 mm

Solução:
db = 20 mm ; d’ = 20 + 1,5 = 21,5 mm ; d” = d’ + 2 mm = 23,5 mm

Determinação da área liquida nominal crítica de ruptura:


Nos arranjos de furos em zigue-zague, parafusos situados entre a linha de ruptura
considerada e o inicio da chapa, não trabalham, com será visto a seguir.
Assim, com a finalidade de escolha da menor área liquida como critica, é
necessário que todas as áreas calculadas apresentem em comum a mesma força
de ruptura, para o mesmo número de parafusos.
Assim, uma ruptura provocada por oito parafusos, só pode ser comparada com
outra ruptura provocada também por oito parafusos. Caso a linha de ruptura
considerada seja causada por um número menor de parafusos, um fator de
homogeneização (N) deve ser introduzido para transformar tal ruptura numa
equivalente a oito parafusos.
número de parafusos que trabalham
N
número total de parafusos

Linha 1-6: 2 furos, nenhum desvio:


1
bef 1 = b – 2d”
bef 1= 140 – 2 x 23,5 = 93 mm = 9,3 cm 6

bef 1 . t 9,3 . 1,2


An 1    11,16 cm 2 (nenhum parafuso fora)
N 8
8

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 16


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Linha 1-4-6: 3 furos, 2 desvios:


1
4
s2
bef 2 = b – 3d” + 2  6
4g
40 2
bef 2 = 140 – 3 x 23,5 + 2 (nenhum parafuso fora)
4 . 40
bef 2 = 89,5 mm = 8,95 cm
bef 2 . t 8,95 . 1,2
An 2    10,74 cm 2
N 8
8

Linha 1-4-7: 3 furos, 2 desvios:


1
4
s2
bef 3 = b – 3d” + 2  6 7
4g
40 2
bef3 = 140 – 3 x 23,5 + 2 (parafuso nº 6 fora)
4 . 40
bef 3 = 89,5 mm = 8,95 cm
bef 2 . t 8,95 . 1,2
An 3    12,27 cm 2 (equivalente a 8 parafusos)
N 7
8

Linha 1-4: 2 furos, 1 desvio:


1
4
s2
bef 4 = b – 2d” + 1  6
4g
40 2
bef3 = 140 – 2 x 23,5 + (parafuso nº 6 fora)
4 . 40
bef 3 = 103,0 mm = 10,3 cm
bef 2 . t 10,3 . 1,2
An 4    14,12 cm 2 (equivalente a 8 parafusos)
N 7
8
Portanto, a linha de ruptura critica é a linha 1-4-6, com:
An = An 2 = 10,74 cm2

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 17


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

6. Barras Tracionadas:

6.1.Área Líquida efetiva Ae: (item 5.2.3 da NBr 8800:2008)

Quando a ligação de um perfil tracionado é feita por apenas alguns dos seus
elementos, o fluxo de tensão fica perturbado e nem toda a seção líquida resiste ao
carregamento.

Assim, a área líquida efetiva da seção, no ponto onde é introduzido o esforço de tração

na barra, é menor que a área líquida. De acordo com a NBR 8800 / 2008, a área
líquida efetiva ( Ae ) é calculada da seguinte forma:

Ae = ct . An

Onde Ct  1,0 , é o coeficiente de redução da área líquida, que leva em conta o


fato de apenas parte da seção resistir ao esforço de tração.

6.1.1.Valores do coeficiente Ct : (item 5.2.5, pag 39 da da NBr 8800:2008)

a) Quando uma solicitação de tração for transmitida a uma barra, diretamente para
cada um dos elementos de sua seção, por soldas ou parafusos:

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 18


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Ct = 1,0

b) Determinação do C - Forças transmitida por parafusos longitudinais


t
em partes dos elementos da seção

ec
Ct  1  , com 0,60 ≤ C t ≤ 0,9
lc
ec = excentricidade da ligação, distância do centro de gravidade até o plano
de cisalhamento;
lc = comprimento da solda ou distância entre o primeiro e o último parafuso
medida na linha de furação.
Obs: Consultar item 5.2.5, pag 39 da NBR 8800:2008.

= yG

lC

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 19


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

c) Determinação do C - Forças transmitidas por soldas longitudinais em


t
partes dos elementos da seção

Quando a carga for transmitida a uma chapa por soldas longitudinais ao


longo de ambas as bordas, na extremidade da chapa, o comprimento das soldas
não pode ser nferior à largura da chapa.

Neste de caso, os valores ct são:

Para lw  2,0 b , Ct = 1,00


Para 1,5 b  lw < 2,0 b , Ct = 0,87
Para b  lw < 1,5 b , Ct = 0,75

lW

lW = comprimento da solda,
b = largura da chapa (distância entre as soldas)

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 20


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

d) Determinação do C - Forças transmitidas por soldas transversais em


t
partes dos elementos da seção I, H, U e cantoneiras

Td Td

Ac Solda Ag

Ac
Ct 
Ag

A - área da seção transversal dos elementos conectados


c

Ag - área bruta da seção transversal da barra

Obs: Consultar item 5.2.5 da NBR 8800:2008

7. Excentricidade nas ligações parafusadas:

Sempre que possível, na execução de ligações parafusadas, as linhas de furações


devem ser executadas de maneira que o seu eixo de simetria coincida com o eixo de
simetria da peça.

Mas, como no caso das cantoneiras, nem sempre é possível a coincidência de tais
eixos. A introdução da excentricidade “e”, distância entre o eixo da peça e o eixo de
simetria da ligação, provoca o surgimento de tensões devidas ao momento T.e =
M, a serem acrescidas a tensão devida à carga de tração T, passando a barra
tracionada a trabalhar a flexão composta (flexo-tração).

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 21


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Para barras de estruturas de edifícios com pequenas excentricidades e sujeitas a


carga estáticas, as tensões de flexão devidas aos momentos M = P e são baixas e
podem ser desprezadas no dimensionamento de peças tracionadas, desde que no
cálculo da área líquida efetiva seja considerado o coeficiente de redução da área
líquida Ct.

No caso de barras de pontes e de outras estruturas que não as de edifícios,


deverão ser consultadas as normas próprias.

8. Peso Próprio das Barras:

O peso próprio das barras pode provocar o aparecimento de momentos fletores,


devendo a barra ser dimensionada a flexão composta. Entretanto, para barras
curtas e obedecendo a limitação do índice de esbeltez, o efeito dessa flexão torna-
se desprezível, podendo a barra ser dimensionada apenas para a carga axial.

9. Limitações do Índice de Esbeltez:

9.1.Uma peça tracionada, não sofre o efeito da flambagem pois tende a ter o seu eixo
retificado.
Mesmo assim, as normas técnicas estabelecem valores máximos para os índices
de esbeltez das peças tracionadas, com a finalidade de evitar vibrações
e / ou deformações excessivas.

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 22


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

9.2. Limitações do índice de esbeltez ( IE = λ ) de barras tracionadas ( NBR


8800: 2008) :

Segundo a NBR 8800 / 2008, exceto para tirantes de barras redondas pré-
tracionadas, os valores limites dos índices de esbeltez são:

kl
IE = λ =  300
r

onde: L = comprimento real não contraventado da barra


r = raio de giração da seção da peça, no plano considerado.
K= 1 (por norma, para barras de tesouras)
IE = λ = índice de esbeltez

Para barras compostas tracionadas, a NBR 8800:2008 nos da as seguintes limitações


dos índices de esbeltez dos elementos componentes:

9.2.1. Perfis ou chapas separadas por chapas espaçadoras e interligadas por


estas chapas:
O maior índice de esbeltez (IE1 = λ1) a cada perfil simples que compõe o perfil
composto, não deve ultrapassar o limite de 300.

L1 L L
1  IE1   1  z  300
r1 rmin rz

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 23


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

9.2.2. Barras compostas tracionadas, interligadas por chapas contínuas com


aberturas ou intermitentes de ligação, soldados ou parafusadas:

Restrições:

L1 L
 z  300
rmin rz

Onde: b =distância entre linhas de parafusos ou soldas

b
t = espessura das chapas
50

9.2.3. Disposições construtivas de chapas ou perfis, ligados a um perfil


laminado tracionado, através de soldas ou parafusos:

Consultar a NBR 8800 : 2008.

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 24


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

10. Exercícios resolvidos:


Assunto: Verificação da esbeltez de barra composta tracionada.
10.1. Empregando as limitações da NBR 8800:2008 para barras tracionadas de
tesouras de telhados, verificar a esbeltez da barra composta abaixo esquematizada,
adequadamente contida nas suas extremidades (A e B), por sistema estrutural não
representado, conhecidos:
a) Barra principal, com esforço de tração atuando no eixo da peça;
b) Perfil empregado:   2” x 2” x 3/16”;
c) Espaçadores e chapas de ligações com t = ¼” (6,35 mm);
d) Medidas em milímetros.

Solução:
Pontos contraventados nos planos x-x e y-y = A e B.

Portanto Lx =K. lx = 1. lx = 360cm e Ly = K . Ly = 1. Ly = 360cm (por norma K = 1


para barras de tesouras de telhados)

Da tabela de cantoneiras duplas, vem: (   2” x 2” x 3/16” )


rx = 1,58cm e ry = 2,38 cm para t = ¼”
K lx 360
Assim, λx = = = 228 < λmáx = 300 (passa ! )
rx 1,58
K ly 360
λy = = = 151 < λmáx = 300 (passa ! )
ry 2,38

Da tabela de cantoneiras simples, vem: rmin. = rzmin. = 1,02cm


L1 90
λ1 = = = 88 < λmáx = 300 (passa!)
rz 1,02
Assim, a barra em questão obedece as restrições da NBR 8800: 2008 referente ao
índice de esbeltez de barras tracionadas.

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 25


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Verificação da suficiência a tração axial em cantoneiras

10.2..Verificar a suficiência a tração axial da barra com ligações parafusadas nas


extremidades, abaixo representada.:
a) Aço ASTM A36 com: fy = 250 MPa e fu = 400 MPa;
b) Ações nominais: G = 90 kN (estrutura metálica + adição de elementos in loco )
(Situação normal) Q = 120 kN (sobrecarga de uso : equipamento);
c) Perfil empregado:   2½” x 2½” x ¼”;
d) Furos do tipo padrão, distanciados entre si de 2,7. d b;
e) Parafusos com diâmetro nominal db=16mm, 3 parafusos na ligação.

Solução:

- Parafusos: db = 16mm
- furo padrão: d’ = 16 + 1,5 = 17,5 mm
- furo de cálculo: d” = d’ + 2 = 17,5 + 2 = 19,5 mm
- da tabela de perfis, para   2 1/2” x 2 1/2” x 1/4”, vem:
Ag = área bruta = 15,34 cm² e
ec = yG = 1,83 cm (posição do CG)

An = área líquida = Ag – A furos


An = 15,34 – 2.d”.t, onde:
t= ¼” = 0,635cm ( espessura do perfil)
 An = 15,34 – 2 x 1,95 x 0,635 = 12,864  12,86cm²

Ae = Área líquida efetiva: Ae = Ct . An


ec 1,83
Ct  1   1  0,79 ,  0,60 ≤ C t ≤ 0,9
lC 2 . 2,7 . 1,6

 Ae = 0,79 x 12,86 = 10,16 cm²

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 26


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Resistência de Cálculo (Rd):

E.L.Nº1: Escoamento da seção bruta

kN
Ag f y 15,34 cm2 . 25
N t , Rd   cm2  348,6 kN ,
 a1 1,1

EL Nº 2: Ruptura da seção líquida efetiva:

kN
Ae fu 10,76 cm2 . 40
N t , Rd   cm2  318,1 kN
 a2 1,35

Assim, o estado limite mais desfavorável é o E.L.Nº2, com :

Nt,Rd = 318,1 kN

Solicitações de cálculo (F d) :

g1 = 1,4 ; q1 = 1,5 (tabela 1, pag 18 da NBR 8800:2008)

Fd = 1,4 x 90 + 1,5 x 120 (Combinação: ver pag 18 da NBR8800 : 2008)

 Fd = 306 kN

Conclusão:

como Fd < Nt,Rd , aceita-se o perfil.

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 27


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Verificação da suficiência a tração axial em perfil “U”.

10.3. Determinar o máximo valor da ação nominal variável Q, decorrente de


equipamento, a ser aplicada na barra tracionada abaixo esquematizada, considerando:
a) Perfil empregado: U 6” x 12,2 kg /m (laminado) em aço de baixa liga e alta
resistência mecânica ASTM A-242, grupo 2, com f y =315 MPa e fu =460 MPa;
b) Parafusos com diâmetro nominal db  7 8 ;
"

c) Ação permanente nominal devido ao peso próprio de estrutura metálica, situação


normal: G = 50 kN,
d) Furos do tipo padrão, espaçados entre si de 3. d b. medidos na linha de furação;
e) Supor a ligação adequadamente dimensionada para a solicitação de cálculo;
f) 1” = 2,54 cm

Solução:

Diâmetro do furo padrão:


"
7
Parafusos: db    ;
8
" '
 7 1   15  15
furo padrão com: d         d ' 
'
. 2,54  2,38 cm
 8 16   16  16
furo de cálculo: d” = d’ + 0,2cm = 2,38 + 0,2
 d”= 2,58cm

Área líquida:
da tabela de perfis, para  6” x 12,2, vem:
Ag = 15,5 cm² e tw = 5,08mm = 0,508cm e ec= 1,3 cm

An = Ag – 2 x d” x tw = 15,5 – 2 x 2,58 x 0,508  An = 12,88cm²

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 28


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

ec 1,3
Ct  1   1 ""
 0,81 ,  0,60 ≤ C t ≤ 0,9
lc 7
3. . 2,54
8
Área líquida efetiva Ae = Ct . An = 0,81 x 12,88 = 10,43cm²

Resistência de cálculo ( Rd ):

E.L.Nº1: Escoamento da seção bruta

kN
Ag f y 15,5 cm2 . 31,5
N t , Rd   cm2  443,86 kN ,
 a1 1,1

EL Nº 2: Ruptura da seção líquida efetiva:


kN
Ae fu 10,43 cm2 . 46
N t , Rd   cm2  355,39 kN
 a2 1,35

Solicitações de cálculo ( Sd ):

g = 1,25 ; q1 = 1,5;

Fd = Nt,Sd = 1,25 x 50 + 1,5 . Q = 62,5 + 1,5Q (em kN )

- Máxima ação nominal variável Q:

Fazendo Fd = Nt,Sd = Nt,Rd , vem:

62,5 + 1,5Q = 355,39

 Q  195,0 kN

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 29


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Verificação da suficiência a tração axial em tirante pendural de piso.


10.4. Dispondo de uma cantoneira simples, com o intuito de usá-la temporariamente
(durante a obra ) como pendural de um piso e aproveitando a furação existente,
determinar o valor da máxima carga nominal variável (Q) decorrente de uso, a ser
aplicada no mesmo em função de sua resistência a tração, considerando:
a) Furos do tipo padrão;
b) Espaçamento dos furos da ligação superior: 60 mm;
Espaçamento dos furos da ligação inferior: ver detalhe;
c) Aço ASTM A-36 com fy = 250 MPa e fu = 400 MPa;
d) Ação axial permanente de tração: G=20 kN, devida ao peso próprio dos
elementos construtivos industrializados com adições in loco;
e) Perfil L 101,6 x 101,6 x 6,35 mm = L 4” x 4” x ¼”
f) Supor as ligações adequadamente dimensionadas para receber as cargas a
serem aplicadas.

( Ligação superior)

( Furo intermediário)

( Ligação inferior)

Solução:
1) Combinações das ações de cálculo:
g1 = 1,4 ; q1 = 1,3 (Tabela 1, pág 18 da NBR 8800:2008, durante a
construção) G = 20 kN
Pendural: 1,33 Q = sobrecarga variável em pisos, considerando o impacto
(item b. 4.5. da NBR 8800:2008)

Fd = 1,4 x 20 + 1,3 x (1,33Q)  Fd = 28 + 1,729 Q em kN.

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 30


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

2) Determinação da área líquida efetiva crítica:

2.1) Ligação superior do tirante com a viga de concreto:

d’ = 23,5 mm = diâmetro do furo padrão

d” = 23,5 + 2 = 25,5 mm = diâmetro de cálculo

Da tabela, para L 101,6 x 101,6 x 6,35 mm = L 4” x 4” x ¼” 4” x 4” x ¼” , vem:


Ag = 12,51cm2 e eC = 2,77 cm

An = Ag –d” x t = 12,51 – 2,55 x 0,635 = 10,89 cm2

ec 2,77
Ct  1   1  0,77 ,  0,60 ≤ C t ≤ 0,9
lC 2.6

An = 10,89 cm2
Ae = ct . An = 0,77 . 10,89  Ae = 8,39 cm2
ct = 0,77

2.2) Furo intermediário (seção do furo no centro da barra) :

d’ = 30mm (furo padrão)


"
1
d” = 30 + 2 = 32 mm (de cálculo) , t =   = 0,635 cm
 4
An = 12,51 – 3,2 x 0,635 = 10,48cm2

Observação importante:

Neste caso, não se usa o coeficiente de redução de seção C t , por não se tratar
de seção por onde é introduzida a carga axial de tração na barra.

Assim, Ae = An = 10,48cm2

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 31


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

2.3) Ligação inferior, do tirante com a viga do piso:

L 4” x 4” x ¼” = L 101,6 x 101,6 x 6,35mm  t = ¼” = 6,35mm

g = 50 - (6,35 / 2 ) - (6,35 / 2 ) = 93,5 mm

Diâmetro do furo padrão:

d’ = 13,5mm (furo padrão)


d” = 13,5 + 2 = 15,5mm (furo de cálculo)

Prováveis linhas de ruptura:

1 furo, nenhum desvio:

6,35 6,35
b = (101,6 – ) + (101,6 – )
2 2
b = 196,85 cm  19,7 cm
lef 1 = 19,7 – 1,55

lef 1 = 18,15 cm

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 32


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

2 furos, 1 desvio:

g = 2 x 98,4 = 196,8 mm

b  19,7cm

lef 2 = 19,7 – 2 x 1,55 + 42

lef 2 = 16,8 cm

Assim, a linha de ruptura critica é a lef 2 = 16,8 cm.

An = 16,8 x t = 16,8 x 0,635


An = 10,67cm2

Como a cantoneira está ligada por todos os seus elementos, ct = 1,0

Ae = ct . An = 1 x 10,67

Ae = 10,67cm2

Assim, a ligação crítica é a superior, ligação com a viga de concreto, com:

Ae = 8,39 cm2

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 33


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

3) Determinação da resistência de cálculo na seção critica ( R d ) :

E.L.Nº1: Escoamento da seção bruta:

kN
Ag f y 12,51cm2 . 25
N t , Rd   cm2  243,32 kN ,
 a1 1,1

EL Nº 2: Ruptura da seção líquida efetiva:


kN
Ae fu 8,39 cm2 . 40
N t , Rd   cm2  248,59 kN
 a2 1,35

Assim, o estado limite mais desfavorável é o E.L.Nº1, com :

Nt,Rd = 243,32 kN

4) Determinação da carga Q máxima:

Fazendo Fd = Nt, Rd , vem:

28 + 1,729 Q = 243,32,

donde:

Q = Qmáx. = 124,53 kN

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 34


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

10.5. Determinar o valor da máxima carga axial de tração Td = N t,Sd a ser aplicada no perfil U
abaixo, considerando:
a) Aço de baixa liga ASTM A242, grupo 2;
b) Perfil laminado padrão americano U 6” x 12,2 kgf / m;

Td Td

CORTE B-B

Ligação soldada
B ( milímetros)
lw -= 90 mm

Solução:

Da tabela do anexo A da NBr 8800:2008, vem:


fy=315 MPa , fu=460 MPa e E = 205.000 MPa.
Da tabela de perfis U, vem: Para U 6” x 12,2 kgf / m, Ag = 15,5 cm2 e xG = 13 mm;

kN
Ag f y 15,5 cm2 . 31,5
E.L.Nº1: Escoamento da seção bruta: N t , Rd   cm2  443,86 kN ,
 a1 1,1

EL Nº 2: Ruptura da seção líquida efetiva:


ec 13
Ct  1   1  0,80 ,  0,60 ≤ C t ≤ 0,9 ; An = AG (neste caso)
lC 90

Ae = ct . An = Ae = ct . AG = 0,80 . 15,5  Ae = 13,33 cm2


kN
Ae f u 13,33 cm 2 . 46
N   cm 2  454,21 kN
t , Rd
 a2 1,35

Adota-se Td = Nt,Sd = 394,96 kN ( ok )

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 35


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

11. Exercícios propostos:

Assunto: Cálculo de áreas líquidas efetivas

11.1. Determinar as áreas líquidas efetivas das barras marcadas com A , nos nós abaixo
esquematizados, considerando furos do tipo padrão onde for o caso .

a) A
B

Td Td
50

Ligação soldada
( milímetros) ¼” ¼”
B CORTE B-B

lw -= 50 mm

Resp: Ct = 0,75 ; Ae = 2,38 cm2

b) B
A

Td Td

1 3 /4” X 3 / 16”
B
Parafusos com d=1/2”

Distância entre eixos de parafusos = 38 mm

Resp: Ct = 0,66 ; Ae = 5,28 cm2

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 36


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

c)
A

Parafusos ASTM A 325 com d = 16 mm

Resp: l 1 =12,66 cm
l 2 =11,27 cm , Ct = 1
Para cantoneira dupla,
Ae = 14,32 cm2

d) A

30

30 Td 120
Td
30

30
6,35
38 38
A
Corte A-A

Parafusos com diâmetro nominal d b = ½ “ e furos do tipo padrão

Resp: l 1 =10,37 cm ; l 2 =8,74 cm ; l 3 = 9,94 cm ; l 2 = 9,52 cm ; Ct = 1 ; Ae = 5,55 cm2

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 37


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Linha critica de ruptura em arranjo de furos.

11.2. Determinar a linha critica de ruptura para os arranjos de furos abaixo,


considerando parafusos com diâmetro nominal d b = 16 mm e furos do tipo padrão.

30

40
Td Td 180
40

40
30

38 38 38 38

Resp: 2 furos e nenhum desvio: L1 = 141,0 mm


3 furos e um desvio: L2 = 130,5 mm
4 furos e dois desvios : L3 = 120,0 mm = linha critica

Assunto: Verificação da suficiência a tração em estados limites últimos .

11.3. Verificar a suficiência a tração simples da barra abaixo, considerando:


a) Aço ASTM A-36 com fy=250 MPa e fu = 400 MPa;
b) Parafusos com diâmetro nominal db =19 mm, espaçados 3 db , furos do tipo padrão;
c) Perfil empregado: U 100 x 80 x 6 (chapa dobrada) com Ag=14.88 cm2 e eC = 2,83 cm;
d) Esforços nominais de tração: Ng=30,0 kN e Nq=70,0 kN;
e) Adotar g=1.4 e q=1.5 80
6

Td Td 100 6

Resp: Td = 147,0 kN ; Ct = 0,75 , An = 12,18 cm2 ,


E.L.: escoamento da seção bruta: Nt,Rd = 338,20 kN
E.L.: ruptura da seção liquida.....: Nt,Rd = 270,80 kN ;
Como Nt,Sd < Nt,Rd = 270,80 kN , aceita-se.

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 38


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Verificação da suficiência a tração em estados limites últimos .

11.4.Verificar a suficiência a tração simples da barra com ligação parafusada nas extremidades,
abaixo esquematizada, considerando:
a) Aço ASTM A36;
b) Furos do tipo padrão; Td Td

c) Parafusos com diâmetro nominal d b = 16 mm;


d) Perfil empregado: dupla cantoneira de abas
iguais 3” x 3” x 3/ 16”,
e) Combinação de ações de cálculo: Td -= 320 kN
f)

Resp: Ct = 0,759 , E.L.: Escoamento da seção bruta: Nt,Rd = 319,55 kN


E.L.: Ruptura da seção liquida.....: Nt,Rd = 274,67 kN ;
Como Td = 320,0 kN > Nt,Rd = 274,67 kN , não se aceita.

Assunto: Determinação da máxima carga axial de tração, em estados limites


últimos. Td
11.5. Determinar o valor da sobrecarga característica ”QK “ axial de tração,
a ser aplicada na barra ao lado. nas seguintes situações:
a) Tirante comum;
b) Pendural suporte de piso.
Dados:
1) Aço baixa liga com f y=315 MPa e fu=480 MPa ;
2) Parafusos com diâmetro nominal d b = 1”, espaçados de 2,5 db;
3) Furos do tipo padrão; Td
4) Esforços axiais característicos de tração:
G=50 kN, com ᵞg = 1,4;

QK = sobrecarga de uso a se determinar, com ᵞq = 1,5 ;


5) Seção dupla cantoneira abas iguais 3” x ¼”

Resp: Ct = 0,83 , E.L.: escoamento da seção bruta: Nt,Rd = 532,0 kN


E.L.: Ruptura da seção liquida..: Nt,Rd = 439,50 kN ; Adota-se Td = Nt,Rd = 439,50 kN
a) Nt,Sd = 1,4 . 50 + 1,5 . QK = 439,50; portanto QK = 246,30 kN;
b) Nt,Sd = 1,4 . 50 + 1,33 . 1,5 . QK = 439,50; portanto QK =185,20 kN ok

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 39


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

11.6. Questão do Provão 2003.

Autor: Celso Antonio Abrantes Capítulo: Dimensionamento a tração axial - 40


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL

Disciplinas: Estruturas de Madeiras


Estruturas Metálicas
Prof. Dr Celso Antonio Abrantes
2016 - 1º sem

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 1


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

ENGENHARIA CIVIL

Disciplinas: Estruturas de Madeiras


Estruturas Metálicas
Prof. Dr Celso Antonio Abrantes
2016 - 1º sem

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 2


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Barras comprimidas

1.Definições:
1.1. Elementos de uma seção:
São considerados elementos de uma seção, as suas partes componentes, tais como as mesas,
almas e abas.
1.2. Elementos comprimidos não enrijecidos = elementos AL (apoiados-livres)
São aqueles que apresentam uma borda livre , paralela a direção da tensão normal de
compressão, tais como: mesas de perfis I , H e U, abas de cantoneiras e enrijecedores
(nervuras).
A L

1.3. Elementos comprimidos enrijecidos = elementos AA (apoiados-apoiados)


São aqueles que apresentam duas bordas suportadas lateralmente em toda a sua extensão,
paralelamente a direção da tensão normal de compressão, tais como: almas de perfis I, U e H,
mesas de perfil caixão.
A A

1.4. Elementos comprimidos esbeltos e não esbeltos (Tabela F.1 da NBR 8800:2008):
Em função do valor da sua relação largura / espessura (b / t)lim , o elemento componente da
seção será considerado esbelto ou não esbelto.
Elementos com relações (b / t), iguais ou inferiores aos valores (b / t) lim da tabela F.1 da
NBR 8800:2008, são ditos não esbeltos ,
Elementos com relações (b/t) superiores aos valores (b/t) lim da tabela F.1 da NBR 8800:2008, são
ditos esbeltos.

2. Força axial resistente de cálculo (segundo 5.3.2 da NBR 8800:2008):


 Q Ag f y
N C , Rd  , onde:
 a1
Q = fator de redução total associado a flambagem local, definido no Anexo F da NBR
8800:2008;
Ag = área bruta da seção transversal da barra;
fy = tensão de escoamento do aço;
 = fator de redução associado à resistência à compressão, associado a flambagem elástica.

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 3


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

3.Determinação dos valores de Q para elementos comprimidos esbeltos e não esbeltos:


Q = fator de redução total associado a flambagem local dos elementos componentes da seção
transversal do perfil, sendo:
Q = Qs .Qa , onde:
Qs = fator de redução para elementos comprimidos AL;
Qa = fator de redução para elementos comprimidos AA;

3.1.Determinação dos valores de Q para elementos comprimidos não esbeltos:


Elementos com relações (b / t), iguais ou inferiores aos valores (b / t) lim da tabela F.1 da
NBR 8800:2008, são ditos não esbeltos e atingem a flambagem elástica sem sofrer flambagem
local (Q=1).

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 4


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

4
Segundo F.2. : kc  , com 0,35  kc  0,76
h
tw

3.2.Determinação dos valores de Q para elementos comprimidos esbeltos:

Elementos com relações (b/t) superiores aos valores (b/t) lim da tabela F.1 , são ditos esbeltos e
atingem a flambagem local antes de atingir a flambagem elástica (Q < 1). Nestes casos, os
valores de Q são determinados no Anexo F da NBR 8800:2008, a saber:
Anexo F2 para elementos comprimidos esbeltos AL;
Anexo F3 para elementos comprimidos esbeltos AA e
Anexo F4 para paredes de elementos circulares comprimidos esbeltos.

4. Determinação dos valores do fator de redução associado à resistência à compressão (  ).

O fator de redução associado à resistência à compressão (  ), definido em 5.3.3 da NBR


8800:2008, é definido em função do índice e esbeltez reduzido 0 , definido em 5.3.3.2 da

referida norma, a saber:


Q . Ag . f y
0 
Ne

Onde:
Q, Ag e fy definidos em 2 e 3 deste capitulo;
Ne = força axial de flambagem elástica, especifica para cada tipo de simetria apresentada
pela seção do perfil e inversamente proporcional ao comprimento de flambagem por
flexão ( Kx lx ou Ky ly) e/ou ao comprimento de flambagem por torção ( Kz lz),
definidos em E.2.2 da NBR 8800:2008.

Para 0  1,5 :   0,658 


2
0
e

0,877
Para 0  1,5 :  , ou
0 2

Empregando a tabela 4 NBR8800:2008, a seguir.

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 5


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

TABELA 4: Valores de  em função do índice de esbeltez 0 (transcrita da NBR 8.800:2008)

0 0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0
0,0 1,000 1,000 1,000 1,000 0,999 0,999 0,998 0,998 0,997 0,997 0,0
0,1 0,996 0,995 0,994 0,993 0,992 0,991 0,989 0,988 0,987 0,985 0,1
0,2 0,983 0,982 0,980 0,978 0,976 0,974 0,972 0,970 0,968 0,965 0,2
0,3 0,963 0,961 0,958 0,955 0,953 0,950 0,947 0,944 0,941 0,938 0,3
0,4 0,935 0,932 0,929 0,926 0,922 0,919 0,915 0,912 0,908 0,904 0,4
0,5 0,901 0,897 0,893 0,889 0,885 0,881 0,877 0,873 0,869 0,864 0,5
0,6 0,860 0,856 0,851 0,847 0,842 0,838 0,833 0,829 0,824 0,819 0,6
0,7 0,815 0,810 0,805 0,800 0,795 0,790 0,785 0,780 0,775 0,770 0,7
0,8 0,765 0,760 0,755 0,750 0,744 0,739 0,734 0,728 0,723 0,718 0,8
0,9 0,712 0,707 0,702 0,696 0,691 0,685 0,680 0,674 0,669 0,664 0,9
1,0 0,658 0,652 0,647 0,641 0,636 0,630 0,625 0,619 0,614 0,608 1,0
1,1 0,603 0,597 0,592 0,586 0,580 0,575 0,569 0,564 0,558 0,553 1,1
1,2 0,547 0,542 0,536 0,531 0,525 0,520 0,515 0,509 0,504 0,498 1,2
1,3 0,493 0,488 0,482 0,477 0,472 0,466 0,461 0,456 0,451 0,445 1,3
1,4 0,440 0,435 0,430 0,425 0,420 0,415 0,410 0,405 0,400 0,395 1,4
1,5 0,390 0,385 0,380 0,375 0,370 0,365 0,360 0,356 0,351 0,347 1,5
1,6 0,343 0,338 0,334 0,330 0,326 0,322 0,318 0,314 0,311 0,307 1,6
1,7 0,303 0,300 0,296 0,293 0,290 0,286 0,283 0,280 0,277 0,274 1,7
1,8 0,271 0,268 0,265 0,262 0,259 0,256 0,253 0,251 0,248 0,246 1,8
1,9 0,243 0,240 0,238 0,235 0,233 0,231 0,228 0,226 0,224 0,221 1,9
2,0 0,219 0,217 0,215 0,213 0,211 0,209 0,207 0,205 0,203 0,201 2,0
2,1 0,199 0,197 0,195 0,193 0,192 0,190 0,188 0,186 0,185 0,183 2,1
2,2 0,181 0,180 0,178 0,176 0,175 0,173 0,172 0,170 0,169 0,167 2,2
2,3 0,166 0,164 0,163 0,162 0,160 0,159 0,157 0,156 0,155 0,154 2,3
2,4 0,152 0,151 0,150 0,149 0,147 0,146 0,145 0,144 0,143 0,141 2,4
2,5 0,140 0,139 0,138 0,137 0,136 0,135 0,134 0,133 0,132 0,131 2,5
2,6 0,130 0,129 0,128 0,127 0,126 0,125 0,124 0,123 0,122 0,121 2,6
2,7 0,120 0,119 0,119 0,118 0,117 0,116 0,115 0,114 0,113 0,113 2,7
2,8 0,112 0,111 0,110 0,110 0,109 0,108 0,107 0,106 0,106 0,105 2,8
2,9 0,104 0,104 0,103 0,102 0,101 0,101 0,100 0,099 0,099 0,099 2,9
3,0 0,097 - - - - - - - - - 3,0

4.1 Determinação do força axial de flambagem elástica (Ne) (segundo o Anexo E da NBR 8800:2008).

a) Para seções com dupla simetria ou simétricas em relação a um ponto:

Adota-se para Ne, o menor dos valores dentre Nex, Ney ou Nez definidos em E.1.1;

b) Para seções monossimétricas, exceto o de cantoneiras simples previsto em E.1.4:

b-1) Para uma barra com seção transversal monossimétrica, cujo eixo y é o eixo de simetria:
Adota-se para Ne, o menor dos valores dentre Nex definido em E.1.2 a) ou Neyz definido em
E.1.2 b) da NBR 8800:2008.

b-2) Para uma barra com seção transversal monossimétrica, cujo eixo x é o eixo de simetria:
Adota-se para Ne, o menor dos valores dentre Ney e Nexz , obtidos conforme nota no item
E.1.2 b) da NBR 8800:2008.

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 6


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

c) Para seções assimétricas, exceto o de cantoneiras simples previsto em E.1.4:

Adota-se para Ne, a menor das raízes da equação cúbica definida em E.1.3.

d) Para cantoneiras simples de abas iguais ou desiguais, conectadas por uma aba:

Adota-se para Ne, os valores calculados conforme E.1.4.1, E.1.4.2, E.1.4.3 ou E.1.4.4 da NBR
8800:2008.

4.2 Determinação dos valores dos coeficientes de flambagem por flexão (K x ou Ky)
(segundo E.2.1 da NBR 8800:2008).

Os valores teóricos dos coeficientes de flambagem por flexão (Kx ou Ky) de elementos isolados,
são dados na tabela E.1 abaixo, para condições ideais de contorno, ou seja, rotações ou
translações totalmente livres ou totalmente impedidas. Caso não se possa garantir tais condições,
deve-se usar os valores recomendados.

Conforme E.2.1.2, nos elementos contraventados (definidos em 4.9.5.2), adota-se Kx = 1,0 ou


Ky = 1,0, a menos que se demonstre que pode ser utilizado um valor menor.

Conforme E.2.1.3, nas barras de subestruturas de contraventamento (definidas em 4.9.5.1),


analisadas de acordo com as prescrições de 4.9.7, adota-se Kx = 1,0 ou Ky = 1,0.

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 7


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

4.3 Determinação dos valores dos coeficientes de flambagem por torção (K z)


z

Rotação
O coeficientes de flambagem por torção (Kz) deve ser determinado impedida
por análise estrutural ou, simplificadamente tomado igual a:
Empenamento
livre lz
a) Kz = 1,0 quando as extremidades da barra possuírem
Rotação
rotação em torno do eixo longitudinal impedida e impedida
empenamento livre;
Assim, kz . lz = 1. lz = lz
z
b) Kz = 2,0 uma das extremidades da barra possuir rotação Rotação e empenamento
em torno do eixo longitudinal e empenamento livres e, livres
a outra extremidade, rotação e empenamento impedidos.
lz
Assim, kz . lz = 2. lz Rotação e empenamento
impedidos

4.4 Constantes de Empenamento (Cw) e dos Momentos de Inércia Torção (IT)

De uma maneira geral, seções transversais de barras sujeitas a torção perdem a planicidade
(empenam).

Vista lateral Seção Vista superior da barra empenada

Nas figuras abaixo:

C = (xc ,yc) = centro de cisalhamento;


G = (xg ,yg) = centro de gravidade;
x0 = distância entre xc e xg ;
y0 = distância entre yc e yg .

4.4.1 Seções transversais com constante de empenamento Cw = 0:

Existem alguns tipos de seções transversais que não estão sujeitas a empenamentos, com
Cw = 0, tais como:

- Seções circulares planas ou vazadas (Cw = 0 ):

C C

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 8


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

- Seções abertas formadas de retângulos de espessura pequena em relação a largura, cujas


linhas médias concorrem num ponto C. (Cw = 0 ):

- Seção em cruz, seção Tê e seção em L: (Cw = 0 ):


C

- Seções caixão, com lados de pequena espessura, quando as resultantes das espessuras
concorrem em um ponto C (Cw = 0 ):
t1
)α1 α2( tg α1 = t4 / t1
t4 t2 tg α2 = t2 / t1
C tg α3 = t4 / t3
tg α4 = t2 / t3
)α3 α4 (
α1 t4

Casos Particulares:

Retângulo de lados a e b, espessuras iguais a ta e tb ;

ta
b

tb C tb ( a / t a ) = ( b / tb )

a ta

Quadrado de lado a e espessurata constante igual a t.

t
a
C
t t

a t

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 9


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

4.4.2 Constantes de torção (momento de inércia a torção) It e módulo resistente a torção Wt


de algumas seções:

a) Seções circulares maciças ou vazadas:

 D4 2 It It
It  , Wt  
32 D R

  D4  d 4  2 It It
It  , Wt  
32 D R

b) Seções abertas formadas por n elementos retangulares de pequena espessura:

b1

t1 n

t2 b t 3
i i
It
b2 It  i 1
; Wt 
3 tmax
t3
b3

Exemplo:

c) Seções caixão:

ta

4 a 2 b2
It  e Wt  2 a b tmin
tb tb b  b a
2   
 tb ta 
ta

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 10


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

d) Seções abertas em geral, de pequena espessura:

Neste caso, as expressões do item anterior podem ser generalizadas para seção aberta de
pequenas espessuras.
1 I
I t   t 3 ds e Wt  t
3 A tmax

No caso de espessura constante igual a t:


1 3 t2 l
It  t l e Wt 
3 3

4.4.3 Constantes de torção (momento de inércia a torção) It e constante de empenamento


Cw de algumas seções mais usuais:

Onde:
G = ( xg , xg ) = centro de gravidade da seção
C = ( x0 , y0 ) = centro de torção da seção, onde x0 e y0 são medidos a partir do centro de
gravidade G, paralelamente aos eixos x e y respectivamente.

1
It 
3
 
2 b f t 3f  b tW3 , onde b = d - tf.

b
C=G
I
CW  y d  t f 2

4
G  0,0
C  x0 , y0   0,0

C t1
1
It 
3

b1 t13  b2 t23 , 
G

b2 CW 
1 3 3
36

b1 t1  b23 t23 
C  x0 , y0  onde: x0  xG 
t2 t1
t2 b1 e y 0  yG 
2 2

tf
It 
1
3

2 b1 t 3f  b2 tW3 
C G b2
CW 
t f b f  0,5 tW   b   3b  0,5t t  2b t
3 2
2 f W f 2 W

 
 6 b  0,5 t t  b t
tW
12 f W f 2 W 
C  x0 , 0 , onde y0  yG  0
tf
b1

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 11


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

5. Exercícios resolvidos:

Assunto: Compressão em seção com dupla simetria.

5.1. Determinar o valor da máxima carga axial de cálculo ( Nd = Nc,sd ), que pode ser aplicada na peça
comprimida abaixo, considerando:
a) Aço ASTM A-36 com :
fy=250 MPa, fu=400 MPa, E=200.000 MPa e G=77.000 MPa;
b) Coluna articulada e contraventada nos nós A e B, para flexão
em torno dos dois eixos principais centrais de inércia,
c) Rotação em torno do eixo longitudinal z impedida em A e B;
d) l = 8.000 mm;
e) Combinação normal;
f) Características do perfil empregado:
Ag = 142,8 cm2 ; d = 300,0 mm
rx = 13,0 cm ; ry = 7,7 cm
bf = 300,0 mm ; tf = 19,0 mm
h = 262,0 mm ; tw = 11,0 mm
Ix = 24.186,8 cm ; Iy = 8.552,9 cm4
4

Perfil soldado
Solução :

Verificação da estabilidade local: Relações b / t da tabela F1 da NBr 8800:2008:

(FLA) Flambagem local da alma: Elementos comprimidos AA, grupo 2.


b E 200.000
   1,49  1,49  42
 t  lim fy 250
b h 262 b
   23,8     42 , portanto não há FLA, Qa = 1,0.
t tW 11  t  lim
(FLM) Flambagem local da mesa: Elementos comprimidos AL, grupo 5.
b E 4
   0,64 , com kc  e 0,35  kc  0,76
 t lim fy h
kc tw
4
kc   0,82 > 0,76. Portanto adota-se kc =0,76.
262
11
bf 300
b
 2  2  7,9 <  b   0,64 200.000
= 15,8 .
t tf 19  t  lim 250
0,76

Portanto não há FLM, Qs = 1,0.


Assim, Q= Qs.Qa = 1,0

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 12


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Determinação da estabilidade global (flambagem elástica) : seção com dupla simetria.


Força axial de flambagem elástica (Ne), em seção com dupla simetria:
Segundo E.1.1 da NBR 8800:2008, adota-se para Ne o menor dos valores abaixo;
Segundo E.2.1.2 da NBR 8800:2008, para barras contraventadas, adota-se Kx = Ky =1,0;
Segundo E.2.2 da NBR 8800:2008, para barras com rotação impedida nas extremidade, Kz=1,0
 2 E I x  2 x 20.000 x 24.186,8
Ne x    7.459,8 kN
( kx lx )2 (1 x 800 ) 2
 2 E Iy  2 x 20.000 x 8552,9
Ne y    2.637,9 kN
( k y l y )2 (1 x 800 ) 2
1 2 E CW 
Ne z    GJ  onde:
 K z lz 
2
r02 
J = I t   2 b f t 3f  b tW3  =  2 . 30 . 1,93  28,1 . 1,13  onde: b = d - tf = 30 - 1,9 = 28,1 cm
1 1
3 3
4
J = It =149,65 cm

CW  y  d  t f  =
I 2 8.552,9
 30 1,9 2  CW = 1.688.363,84 cm6
4 4
r0  r x
2

 ry2  x02  y02 = 132

 7,72  02  02 = 15,1 cm

1  2 x 20.000 x 1.688.363,84 
 Ne z  2 
 7.700 x 149,65 = 7.335,25 kN
15,1  1 x 8002

Adota-se N E  N Ey  2.637,9 kN (o menor)

Índice e esbeltez reduzido:


Q . Ag . f y 1 x 142,8 x 25
0  =  1,16 < 1,5
Ne 2.637,9
Portanto 0  1,5    0,658 
2
0
ou

com o uso da tabela 4: 0  1,16  1,10  0,06    0,569

Determinação da Força axial resistente de cálculo:

 Q Ag f y 0,569 x 1 x 142,8 x 25
N C , Rd  =  N C , Rd  1.847 kN
 a1 1,1

Máxima combinação das ações de compressão de cálculo:

Do dimensionamento em estados limites últimos, fazendo Nd = Fd = NC , Rd , vem:


Nd = Nc,sd =1.847 kN

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 13


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Compressão em seção monossimétrica em relação ao eixo y.

5.2. Para a barra comprimida 8-10 do trecho de tesoura abaixo, pede-se:


1) Verificar a sua esbeltez, pelos limites da NBR 8800:2008;
2) Determinar o valor da máxima ação nominal característica "Q K", devida a sobrecarga, a ser apli-
cada nessa barra, em função da sua capacidade a compressão simples.
Dados:
a) 50 MPa, fu=400 MPa, E=200.000 MPa e G= 77.000 MPa;
b) Perfil empregado: 3"x 3" x 1/4" = 76 x 76 x 6,35 mm, com: Ag = 18,58 cm2,
rx = 2,36 cm; ry = 3,37cm; rz min = 1,50 cm; yg = 2,13 cm ; Ix = 100 cm4 e Iy = 207 cm4 ;
c) Nós contraventados no plano perpendicular à treliça: 1, 2, 5, 6, 9, e 10;
d) Combinação normal: Fd = G GK + Q QK, com: G = 1,4, Q = 1,5 e GK = 24,5 kN;
e) Chapas de ligação com t = 1/4" = 6,35 mm;
f) Adotados 2 (dois) espaçadores (presilhas) entre nós (mínimo de norma);
g) As barras estão travadas contra rotação nos nós.

Solução:

1) Verificação da esbeltez: ( por norma, K = 1 para barras de tesouras ).

Trecho de duplas cantoneiras entre nós contraventados:

K .l x 1 . 208
x    88  200  OK
rx 2,36
K .l y 1 . 193  208
y    119  200  OK
ry 3,37

Trecho de cantoneiras simples entre presilhas:

208
2 presilhas  3 espaços  l1   l1 = 69,3 cm.
3

K l1 1 . 69,3 1 k l 1
1    46,2 <    . 119  59,5  OK ,
rz min 1,5 2  r  max 2

(não sofre flambagem elástica como cantoneira simples)

O perfil adotado verifica as limitações de esbeltez da NBr 8800:2008. Aceita-se.

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 14


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

2) Capacidade a compressão simples:

Verificação da estabilidade local (Anexo F)

(neste caso, há apenas abas, portanto elementos comprimidos AL)

b E 200.000
Tabela F 1, elementos AL, grupo 3:    0,45  0,45  12,73  13
 t lim fy 250
b 3" 76 b
t

  
1 " 6,35
4
 12     13 ; assim, não há perda de estabilidade local
 t  lim

 Q = Qa = 1

Flambagem elástica:

Força axial de flambagem elástica (Ne) em seção com simetria em relação ao eixo y.

Segundo E.1.2 da NBR 8800:2008, adota-se para Ne o menor dos valores abaixo dentre e
Nex e Neyz .

 2 E Ix
Ne x 
( kx lx )2

 2 x 20.000 x 100
onde: N E x   N E x  455,79 kN
( 1 x 208 ) 2

   y 2  
 4 N ey N ez  1  0   
N ey  N ez    r0   
ou Ne y z   1 1 
  y 2   N ey  N ez  2

2  1  0    
  r0    
 

onde:
 2 E Iy  2 x 20.000 x 207
Ne y   NE y 
( k y l y )2 (1 x 401 ) 2

N E y  253,85 kN

1   2 E CW 
Ne z  2  K l  2  GJ 
r0  z z 

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 15


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

com:
y C

Cw = 0 t y0 yG
G
A
x0 = 0
t 0,635
y0  yG  = 2,13  y
2 2
y0  1,81 cm

 C = ( x0 , y0 ) = ( 0 ; 1,81 )

r0  rx
2

 ry2  x02  y02 =  2,36 2

 3,37 2  0 2  1,812 = 4,5 cm

J = 2. I t  2
1
3
 
b1 t13  b2 t 23 onde:

t 6,35
b1 = b2  A  =  76 
2 2
b1 = b2 = 72,8 mm  7,3 cm

J = 2. I t  2
1
3
 
7,3 . 0,635 3  7,3 . 0,635 3 = 2,5 cm4

Kz = 1,0 ,

lZ = 208 cm

1  2 x 20.000 x 0 
 Ne z    7.700 x 2,5 = 950,62 kN
4,52  1 x 208
2

Assim,
   1,81  2  
 4 x 253,85 x 950,62  1    
253,85  950,62    4,5   
Ne y z   1 1 
  1,81  2   253,85  950,622 
2  1     
  4,5    

N e y z  240,65 kN

Portanto, dentre Nex e Neyz , adota-se: N e y z  240,65 kN (o menor)

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 16


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Índice de esbeltez reduzido:

Q . Ag . f y 1 .x 18,58 x 25
0  =  1,39 < 1,5
Ne 240,65

Portanto 0  1,5    0,656 0


2

ou com o uso da tabela 4:

0  1,39  1,30  0,09    0,445

Determinação da Força axial resistente de cálculo:

 Q Ag f y
N C ,Rd 
 a1

0,445 x 1 x 18,58 x 25
N C , Rd 
1,1

N C ,Rd  187,91 kN

Máxima combinação das ações de compressão de cálculo:

Do dimensionamento em estados limites últimos:

NC,Sd =1,4 . 24,5 + 1,5 . Qk  N C , Rd

Na condição limite, a máxima combinação das ações de cálculo corresponde a:

NC,Sd = NC,Rd

 NC,Sd = 1,4 x 24,5 + 1,5 x Qk = 187,91 kN,

donde : QK = 102,41 kN

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 17


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Compressão em seção monossimétrica em relação ao eixo x.

5.3. Para a coluna axialmente comprimida ao lado esquematizada, pede-se determinar, pelo critério da
NBR 8800:2008 o valor da máxima carga axial de compressão NC,Sd ,a ser suportada pela mesma.
Dados:
a) Aço ASTM A-36, com: fy = 250 MPa, fu = 400 MPa;
E = 200.000 MPa, G = 77.000 MPa;
b) Para o plano A-A, adotar LA= 1.200 mm, para o plano B-B,
adotar LB = 5.400 mm, onde LA e LB são distâncias entre
pontos contraventados nos respectivos planos, através de
sistema estrutural não representado;
c) No plano A-A, o perfil é articulado no topo e na base, com
translação impedida.
No plano B-B, o perfil é engastado na base e no topo, apre-
sentando translação livre nesse ponto;
d) A rotação em torno do eixo longitudinal está impedida no
topo e na base da coluna, por sistema estrutural não repre-
sentado;
e) Medidas em milímetros;
f) Perfil laminado U 8” x 24,2 kg/m,
empregado como coluna:

Ag= 20,8 cm2 = xG


r x = 7,4 cm Ix = 1.667,0 cm4 x h
d
ry = 1,5 cm Iy = 72,9 cm4 CT CG

bf = 61,8 mm IT = J = 10,1 cm4 x0


tf = 9,9 mm CW = 5.910,8 cm6
d = 203,2 mm xG = 1,4 cm
tw = 10,0 mm x0 = 13,3 cm
h = d - 2 tw = 183,4 mm Plano A-A Plano B-B

Solução:

Verificação da estabilidade local: Relações b / t da tabela F1 da NBr 8800:2008:

(FLA) Flambagem local da alma: Elementos comprimidos AA, grupo 2.


b E 200.000
   1,49  1,49  42
 t  lim fy 250

b h 183,4 b
   18,34     42,1
t tW 10  t  lim

b b
Como    , não há FLA, Qa = 1,0.
t  t  lim

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 18


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

(FLM) Flambagem local da mesa: Elementos comprimidos AL, grupo 5.

b E 200.000
   0,56  0,56  15,8
 t  lim fy 250

b b f 61,8 b
   6,24 <   = 15,8
t tf 9,9  t  lim

Portanto não há FLM, Qs = 1,0.

Assim, Q = Qs . Qa = 1,0

Flambagem elástica:

Determinação dos planos de flambagem:

Flambagem por flexão no plano y-y (em torno do eixo x-x):

Plano A-A = plano y-y

LA = Ly = 120 cm;

KA = Ky = 1 ;

 2 E Iy  2 x 20.000 x 72
Ne y   NE y   N E y  998,3 kN
( k y l y )2 (1 x 120 ) 2

Flambagem por flexão no plano x-x (em torno do eixo y-y ):

Plano B-B = plano x-x

LB = Lx = 540 cm ;

KB = Kx = 1,2 ;

 2 E Ix  2 x 20.000 x 1.667
Ne x   NE x   N E x  782,84 kN
( kx lx )2 (1,2 x 540 ) 2

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 19


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Flambagem por torção em torno do eixo longitudinal z: (segundo E 1.1.c da NBR)


z
Segundo E 2.2 da NBR:
Rotação
impedida
Kz = 1 (duas extremidades co rotação impedida)

LA = 120 cm A favor da segurança, por constar no denominador da fórmula de


LB = 540 cm NEz , adota-se o menor dentre os valores de LA e LB.
Assim, Lz = LA= 120 cm .

Rotação
impedida 1  2 E CW 
Ne z  2 
 GJ 
r0  K z lz 2

r0  rx2  ry2  x02  y02 = 7,4 2  1,52  13,32  0 2  r0  15,29 cm

1  2 x 20.000 x 5.910,8 
Ne z    7.700 x 10,10   N e z  678,9 kN
15,29 2  1 x 120 2 

Força axial de flambagem elástica (Ne) em seção com simetria em relação ao eixo x.

Segundo E.1.2 da NBR 8800:2008, adota-se para Ne o menor dos valores abaixo dentre Nex e Neyz .

 2 E Iy
Ne y  = 998,3 kN (calculado na página anterior)
( k y l y )2
ou
N e x z , calculado, conforme item E 1.2.b da NBR 8800:2008 para seções com simetria em relação
ao eixo x, a partir da fórmula:
   y 2  
 4 N ey N ez  1  0   
N ey  N ez    r0   
Ne y z   1 1  , trocando-se y por x e y0 por x0.
  y 2   N ey  N ez 2 
2  1  0    
  r0    
 

   x 2  
 4 N ex N ez  1  0   
N ex  N ez    r0   
Portanto: N e x z   1 1 
  x 2   N ex  N ez 2 
2  1  0    
  r0    
 

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 20


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

   13,3  2  
 4 x 782,84 x 678,9  1    
782,84  678,9    15, 29   
Ne x z   1 1 
  13,3  2   782,84  678,92 
2  1     
  15,29    

N e x z  388,75 kN

Assim, dentre N e y = 998,3 kN e N e x z  388,75 kN , adota-se o menor

Portanto N E  N e x z  388,75 kN

Índice de esbeltez reduzido:

Q . Ag . f y
0 
Ne

1 x 20,8 x 25
0   1,16 < 1,5
388,75

0  1,16 < 1,5

Com o uso da tabela 4, para 0  1,16    0,569

Determinação da Força axial resistente de cálculo:

 Q Ag f y
N C , Rd 
 a1

0,569 x 1 x 20,8 x 25
N C , Rd 
1,1

N C ,Rd  268,8  269 kN

Assim, a máxima carga axial e compressão a ser aplicada no perfil é:

NC,Sd = N C , Rd  269 kN

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 21


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Compressão em seção cantoneira simples de abas iguais.

5.4. Da cantoneira de abas iguais comprimida, ao lado esquematizada, com as duas abas fixadas por
parafusos nas suas extremidades, pede-se:
a) Verificar a esbeltez pelo critério da NBR 8800:2008;
b) Verificar pelo critério da NBR 8800:2008 a estabilidade local;
c) Determinar o valor da máxima carga axial de compressão a ser aplicada no
centro de gravidade da seção;
Dados:
1) Aço COS-AR-COR-500, com fy = 375 MPa e fu = 490 MPa, E = 200.000 MPa e
G = 77.000 MPa;
2) Lx = Ly = Lz = 4.000 mm (distância entre pontos contraventados)
3) Adotar Kx = 1,2 , Ky = 0,65 e Kz = 1;
4) Perfil empregado: antigo perfil de fabricação da Companhia Siderúrgica
Nacional (CSN):
L A x A x t = L 4” x 4” x 3/8” = L 101,6 x 101,6 x 9,52 mm
Características da seção, segundo catálogo da CSN:
Ag = 18,45 cm2
Ix = Iy = 183,00 cm4
rx = ry = 3,12 cm
rz min = 2,00 cm
xG = yG = 2,90 cm Detalhe das extremidades da barra:
As duas abas a cantoneira estão
ligadas por parafusos.
Solução:

K l z 1 . 400
a) z    200 = max  200 OK
rz min 2,0
b) Flambagem local de aba de cantoneira simples: Elementos comprimidos AL, grupo 3.

b E 200.000
   0,45  0,45  10,39
 t lim fy 375

b A 101,6 b
   10,67 >   = 10,39 , há flambagem local, Qs < 1,0.
t t t 9,52  t  lim
Segundo o anexo F, Item F2:
E b E
Para elementos comprimidos AL com 0,45  10,39   10,67  0,91  23,09 ;
fy t fy

b fy
vem: Qs  1,34  0,76
t E
101,6 375
Qs  1,34  0,76  0,989
9,52 200.000

Assim, Q = Qs = 0,989

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 22


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

c) Neste caso tem-se cantoneira simples conectada pelas duas abas. Assim, segundo E.1.3, para
seções assimétricas , exceto cantoneiras simples previstas em E.1.4 (conectadas por ma aba),
vem:

A força axial de flambagem Ne é dada pela menor das raízes da equação cúbica abaixo:

2 2

Ne  Nex  Ne  Ney  N e  N ez  - N Ne  Ney   x0  - Ne2 Ne  Nex   y0  = 0
2
e
 r0   r0 
ou na forma geral (simplificado pela disciplina):
  x 2  y 2   x  2  y0 
2

1        N e    N ey    N ex  N ex  N ey  N ez  N e2 
0 0 3 0

  r0   r0    r0   r0  
 
N ex N ey   N ex N ez   N ey N ez  N e   N ex  N ey  N ez  = 0
Onde:
t 0,952
x0  xG  = 2,9  = 2,43 cm
2 2

t 0,952
y 0  yG  = 2,9  = 2,43 cm
2 2

r0  rx
2

 ry2  x02  y02 =  3,12 2

 3,12 2  2,432  2,432 = 5,59 cm

Flambagem por flexão:

Lx = 400 cm ; Kx = 1,2 ;
 2 E Ix  2 x 20.000 x 183
Ne x   NE x   N E x  156,62 kN
( kx lx )2 ( 1,2 x 400 ) 2

Ly = 120 cm; Ky = 0,65 ;


 2 E Iy  2 x 20.000 x 183
Ne y   NE y   N E y  533,82 kN
( k y l y )2 ( 0,65 x 400 ) 2

Flambagem por torção:

1  2 E CW 
Ne z  2 
 GJ 
r0  K z lz 2

lz = 400 cm ; Kz = 1,0 ;
1

J = I t  b1 t13  b2 t 23
3

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 23


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

t t
b1  b2  A  = b1  b2  A  = 9,68 cm
2 2
J = It 
1
3
 
9,68 x 0,952 3  9,68 x 0,952 3 = 5,57 cm4

CW 
36

1 3 3
b1 t1  b23 t23 
CW 
1
36

9,683 x 0,952 3  9,683 x 0,952 3 = 43,48 cm6 

1  2 x 20.000 x 43,48 
Ne z    7.700 x 5,57   N e z  1374,24 kN
5,59 2  1 x 400 2 

Assim, na expressão:

  x 2  y 2   x  2  y0 
2

1        N e    N ey    N ex  N ex  N ey  N ez  N e2 
0 0 3 0

  r0   r0    r0   r0  
 
N ex N ey   N ex N ez   N ey N ez  N e   N ex  N ey  N ez  = 0
Vem:

  2,43  2  2,43  2 
1       N e3 
  5,59   5,59  
 
 2,43  2  2,43 
2

  533,82    156,62  156,62  533,82  1374,24 N e2 
 5,59   5,59  

 156,62 x 533,82  156,62 x 1374,24  533,82 x 1374,24 N e 

  156,62  533,82  1374,24  0

donde: 0,622 Ne3 + (-1.934,209) Ne2 + 1.032.437,154 Ne + (-2.064,68) = 0

ou: Ne3 + (-3.109,661) Ne2 + 1.659.866,81Ne + (-3.319,42) = 0

Raizes:
r1 = 0 kN; r2 = 2425,25 kN; r3 = 684,41 kN (calculadas por método não aqui demonstrado)

r1 = 0 kN, não tem significado.

Adota-se r3 = Ne = 684,41 kN (o menor)

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 24


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Índice de esbeltez reduzido:

Q . Ag . f y
0 
Ne

0,989 x 18,45 x 37,5


0   0,999 < 1,5
684,41

0  0,999 < 1,5

Com o uso da tabela 4, para 0  0,99989 = 1,00    0,658

Determinação da Força axial resistente de cálculo:

 Q Ag f y
N C , Rd 
 a1

0,658 x 0.989 x 18,45 x 37,5


N C , Rd 
1,1

N C ,Rd  409,3 kN

Assim, a máxima carga axial e compressão a ser aplicada no perfil é:

NC,Sd = N C ,Rd  409,3 kN

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 25


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

6. Exercícios propostos para aula:

Assunto: Compressão em seção monossimétrica em relação a y.

6.1 Da tesoura de um telhado em duas águas abaixo esquematizada, pelos critérios da


NBR8800:2008, pede-se verificar a esbeltez da diagonal 11-14 considerando-a comprimida.
Dados:
1) Perfil empregado na barra 11-14:
Cantoneira dupla de abas iguais 2 1/2”x 2 1/2”x1/4” = 64 x 64 x 6,3 mm com:
rx = 1,98 cm; ry = 2,90 cm;
2) Cantoneira simples de abas iguais entre presilhas (espaçadores)
2 1/2”x 2 1/2”x 1/4”= 64 x 64 x 6,3 mm, com: r z min = 1,24 cm;
3) Usar dois espaçadores (presilhas) entre nós;
4) Esquema estrutural de meia tesoura de um telhado em duas águas.

14
12
10

) 14,73780 8
6
4 13 3385
2
9
500

1 3 5 7 11 15
500 1828 1828 1828 1828 1828 1828

11468

(Sem escala, medidas em milímetros )

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 26


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Dimensionamento a compressão de barras comprimidas duplamente simétricas

Ex 6.2: Para o segmento AB de coluna do trecho de pórtico abaixo representado, pede-se verificar a
sua suficiência a compressão axial pelos critérios da NBR 8800:2008.
Dados:
1) Carga axial de cálculo de compressão: NC,Sd = 2.121,0 kN;
2) Material: Aço ASTM A-572, grupo 3, grau 50 com:
E = 200.000 MPa, fy =345 MPa, fu = 450 MPa, e G=77.000 MPa;
3) Seção soldada empregada: CVS 350 x 87 kg/m, com:
d = 350,0 mm ; h = 318,0 mm ; t w = 9,5 mm ; bf = 250 mm ; tf = 16 mm;
Ag= 110,2 cm2 ; Cw = 1.162.675 cm6 ; It = 78 cm4
r x = 15,02 cm; Ix = 24.874,00 cm4 ; Wx = 1.421,0 cm3 ; Zx = 1.576,0 cm3
ry = 6,15 cm ; Iy = 4.169,00 cm4 ; Wy = 333,4 cm3 ; Zy = 507,0 cm3
4) Condições de extremidades da barra:
A coluna é engastada na base para momentos atuando em torno dos dois eixos principais
centrais de inércia;
No plano do pórtico, a viga é restringida na rotação na coluna no ponto B, porém o ponto B
está livre para sofrer translação;
No plano perpendicular ao do pórtico, a coluna apresenta continuidade e o ponto B está
contraventado;
5) Na determinação dos comprimentos de flambagem, usar os valores recomendados pela
norma;
6) Distância da base (ponto A) ao eixo da viga (ponto B): L = 6.300 mm.

B B
seção empregada

L
contraventos

A A

Plano do pórtico Plano perpendicular ao do pórtico


(Parcial) (Parcial)

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 27


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Compressão em seção esbelta, monossimétrica em relação a y-y.

Ex 6.3. Para o trecho de tesoura de telhado abaixo representada, considerando o seu banzo superior sujeito
a esforços de compressão, pede-se:
a) Usando duplas cantoneiras de abas iguais, pré-dimensionar pelo critério do índice prático de esbel-
tez, a barra C-D.
b) Determinar o valor da resistência de cálculo NC,Rd da barra A-B, em dupla cantoneira de abas
desiguais 3 1 / 2” x 2 1 / 2” x 3 / 16”, unidas pela menor aba;
E
D
C
B
A

Dados:

a) Distância entre os nós do banzo superior: 1.000 mm;


b) Aço ASTM A-36 com fy = 250 MPa, fu = 400 MPa , E=200.000 MPa e G = 77.000 MPa;
c) Chapas de ligação com t = 1/4" = 6,35 mm;
d) Nós contraventados no plano do telhado: A, C e E;
e) Adotar espaçadores (presilhas ) a cada 250 mm;
f) Perfil empregado:
A1 x A2 x t = 3 1 / 2” x 2 1 / 2” x 3 / 16” = 88,9 x 63,5 x4,76 mm
com:
Ag = 14,06 cm2 ; yG = 1,50 cm A1 y
Ix= 49,94 cm4 ; Iy= 249,53 cm4 ;
yG
rx = 1,88 cm ; ry = 4,22 cm A2
x x
b1 = 3 1 / 2” = 88,9 mm;
b2 = 2 1 / 2” = 63,5 mm ; yG = 1,50 cm
y

Cantoneira simples com:


Ag = 7,03 cm2 e rz min = 1,40 cm

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 28


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Compressão em seção monossimétrica em relação ao eixo x.


Ex 6.4: Para a coluna P1do pórtico abaixo representado, pede-se:
a) Verificar a esbeltez pelo critério da NBR 8800/2008;
b) Determinar, pelo critério da NBR 8800/2008 o valor da máxima carga axial de compressão
NC,Rd , a ser suportada pela mesma.
Dados:
1) Aço ASTM A-36, com fy =250 MPa e fu = 400 MPa, E = 200.000 MPa e G = 77.000 MPa;
2) Para o plano perpendicular ao pórtico, adotar LA= 1.300 mm;
para o plano do pórtico, adotar LB = 2.600 mm;
onde LA e LB são distâncias entre pontos contraventados nos respectivos planos e a base da
coluna, através de sistema estrutural não representado;
3) Colunas engastadas nas bases;
4) Colunas contraventadas por sistema estrutural não representado, nos seguintes pontos: C no
plano do pórtico; B e C no plano perpendicular ao pórtico;
5) Medidas em milímetros;
6) Perfil laminado U 6” x 15,6 kg/m, empregado como coluna:

1300
P1
B 2600

1300

Plano do pórtico = plano BB

= xG
d x h
CT CG

x0

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 29


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

7. Exercícios propostos para casa:


Assunto: Compressão em seção com dupla simetria, perfil soldado.
Ex 7.1. No pórtico abaixo, determinar o valor da máxima carga de compressão de cálculo NC,Rd a ser
aplicada no trecho C-D da coluna P3.
Dados:
a) Aço ASTM A-36, com: fy = 250 MPa, fu = 400 MPa; E =200.000 MPa, G = 77.000 MPa;
b) As colunas são contínuas e as vigas são rigidamente ligadas às colunas metálicas;
c) Em todos os nós da estrutura, a rotação das colunas em torno dos seus eixos longitudinais
está impedida por sistema estrutural não representado;
d) A viga do plano perpendicular ao pórtico, no ponto C tem a rotação e translação impedidas
por sistema estrutural não representado;
e) Perfil laminado empregado no trecho CD da coluna P3: W 250 x 44,8 kg/m.

Bases das colunas Ligação viga-concreto

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 30


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Compressão em seção monossimétrica em relação ao eixo y.

Ex 7.2: Para o trecho de tesoura de telhado abaixo esquematizado, considerando o seu banzo superior
comprimido, pede-se determinar o valor da resistência a compressão de cálculo NC,Rd da barra
A-B.
Dados:
1) Aço ASTM A-36, com fy =250 MPa , fu = 400 MPa e E = 20.000 MPa;
2) Distância entre nós do banzo superior: 1000 mm;
3) Usadas duas presilhas (espaçadores) equidistantes entre nós;
4) Nós contraventados no plano do telhado: A, C e E;
5) Chapas de ligação e presilhas com espessura t=1/4”;
6) 1” = 25,4 mm;
7) Perfil empregado: dupla cantoneira de abas iguais 2” x 2” x ¼”, com:
Ag = 12,12 cm2; rx = 1,55 cm ; ry = 2,39 cm; Ix = 29,20 cm4; Iy = 129,14 cm4 ;
rz min = 1,24 cm (da cantoneira simples)

E
D
C
B
A

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 31


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Dimensionamento a compressão de barra comprimida monossimétrica em relação ao


eixo y.

Ex 7.3: Da tesoura de um telhado em duas águas abaixo esquematizada, pelos critérios da NBR
8800/2008, pede-se determinar a resistência a compressão do banzo superior (linha de A até E);
Dados:
1) Aço ASTM A-572 grau 65, com fy =405 MPa , fu =550 MPa, E= 200.000 MPa e G =77.000 MPa
2) Nós contraventados no plano perpendicular à tesoura, por sistemas estruturais não representados:
A, C, E e G;
3) Chapas de ligação e presilhas com espessura t=1/4” = 6,35 mm;
4) 1” = 25,4 mm;
5) Perfil empregado nas barras do banzo superior (barras da linha de A até E):
Dupla cantoneira de abas iguais
2 1/2” x 2 1/2” x 3/16” = 64 x 64 x 4,76 mm, com: Ag = 11,60 cm2,
rx = 1,98 cm ; ry = 2,87 cm ; yG = 1,75 cm ; Ix = 46,00 cm4 ;
Iy = 95,70 cm4 ; Cw = 0 ; x0 = 0 ; y0 = 1,51 cm ; J = 0,886 cm4 ;
Cantoneira simples de abas iguais entre presilhas (espaçadores)
2 1/2”x2 1/2”x 3/16”= 64 x 64 x 4,76 mm, com: r z min = 1,24 cm;
6) Presilhas (espaçadores): empregadas três presilhas entre nós do banzo superior ;
7) Esquema estrutural de meia tesoura de um telhado em duas águas

1600

1600 E

1600 D
1600 C
I 3200
B

(medidas em milímetros).
A G
F
1847 1848 924 924

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 32


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Compressão em seção monossimérica em relação a y.

Ex 7.4. Para a tesoura abaixo representada, pelos critérios da NBr 8800:2008, pede-se:
a) Pré-dimensionar, pelo critério do índice de esbeltez, o seu banzo superior, empregando duplas
cantoneiras de abas iguais;
b) Para a seção adotada no item anterior, projetar os espaçadores e verificar a suficiência quanto
a esbeltez;
c) Dimensionar a barra 4-6, empregando dupla cantoneira de abas iguais.

Dados:

a) Aço ASTM A-36, com fy = 250 MPa, fu = 400 MPa , E=200.000 MPa e G = 77.000MPa;
b) Pontos contraventados no plano perpendicular à tesoura:
1,2,5,6,9,10,13,14,17 e 18;
c) Inclinação do telhado:  = 27º;
d) Esforços nominais de compressão na barra 4-6:
NG,K = 12,5 kN , NQ,K = 26,3 kN , g = 1,4 e q = 1,5.

2000 1900 1840 1990 1990 1840 1900 2000

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 33


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 34


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 35


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 36


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 37


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 38


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 39


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 40


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Material didático registrado Capítulo: Dimensionamento a compressão axial / 41


Autor dos exercícios: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL

Disciplinas: Estruturas de Madeiras


Estruturas Metálicas
Prof. Dr Celso Antonio Abrantes
2016

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 1


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

ENGENHARIA CIVIL

Disciplinas: Estruturas de Madeiras


Estruturas Metálicas
Prof. Dr Celso Antonio Abrantes
2016

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 2


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

1. Perdas de estabilidade:
1.1. Perda de estabilidade geral:
Instabilidade Lateral ou Flambagem lateral com torção ( F.L.T. )

A instabilidade lateral, também chamada de flambagem lateral por flexo-torção ou flambagem


lateral por torção, ocorre nas vigas sem contenções laterais ou com contenções laterais isoladas,
muito espaçadas. Corresponde a uma perda de estabilidade global da viga,
p
quando sujeita a flexão em torno do eixo de maior inércia. p

Vista superior

Mesa comprimida

( F.L.T. )
L = Lb ( trecho sem contenção lteral )
contenção lateral apenas nos apoios

1.1.1. Como surge a flambagem lateral com torção (F.L.T.):


A borda comprimida tende a flambar no plano de menor inércia da seção, gerando um
deslocamento lateral; a borda tracionada tende a ter o seu eixo retificado, impedindo o seu
deslocamento lateral. A combinação desses efeitos opostos, gera o inicio da torção da seção, que é
agravada pelo aparecimento da excentricidade "e" e respectivo momento de torção M T, conforme
figura abaixo.

Mesa comprimida contida lateralmente

Mesa comprimida compressão p e p

p
L.N.

Mesa tracionada tração


M
Tensões no regime elástico MT = p e
Solicitação : momento fletor
F.L.T.

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 3


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

1.1.2. Como evitar o aparecimento da F.L.T.:


Para evitar a instabilidade lateral (Flambagem Lateral com Torção) das bordas comprimidas
das vigas fletidas em relação ao eixo de maior inércia, devem ser criadas contenções laterais (apoios
laterais ou travamentos laterais), de forma a impedir o seu deslocamento..

Mesa comprimida
Contenção lateral
x x

Flexão em torno do eixo de maior inércia

Os travamentos (contenções) laterais podem ser contínuos ou isolados e a distância entre


dois pontos travados lateralmente (distância entre contenções laterais), denomina-se “Lb”.

1.1.3. Travamentos laterais contínuos:

No caso de travamentos laterais contínuos, a distância entre duas contenções laterais é tão
pequena, que se pode considerar todos os pontos da mesa comprimida como contidos lateralmente,
com Lb= 0.
Na prática, este tipo de contenção é obtido pelo emprego de conectores soldados às mesas
comprimidas das vigas, mergulhados em lajes maciças de concreto armado ou, por pisos de chapas de
aço, soldadas às mesas comprimidas das vigas.
Piso metálico soldado

Laje maciça

conectores

1.1.4. Travamentos laterais isolados:


São obtidos através do emprego de vigas secundárias contraventadas, ligadas perpendicularmente
às mesas comprimidas da viga que se quer travar, ou através de contraventamentos.
Nestes casos, Lb > 0.

Lb Lb
Vigas secundárias de travamento

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 4


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

1.2. Perdas de estabilidade localizadas:

Seções cujos parâmetros de esbeltez = b/t dos seus elementos componentes, são inferiores às
relações da tabela Gl da NBR 8800 / 2008, não sofrem flambagem local de seus elementos.
Tais seções são ditas não esbeltas e, em caso contrário, esbeltas.

1.2.1 Flambagem local da mesa (F.L.M.)


b
Seção esbelta, com mesas com relações    p especificado na tabela G1 da
t
NBR 8800 / 2008, sofrem Flambagem Local da Mesa (FLM).

1.2.2. Flambagem local da alma (F.L.A)


h
Seção esbelta, com alma com relações     p especificadas na tabela G1 da NBR
tW
8800 / 2008, sofrem Flambagem Local da Alma (FLA)

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 5


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

1.2.3. Tabela G1 da NBR 8800 / 2008

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 6


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 7


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 8


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

2. Condições de segurança a flexão simples, em estados limites últimos:

2.1. Estado Limite: Flambagem Lateral por Torção (FLT).


Para resistência de cálculo a momento fletor, para seções não esbeltas fletidas em torno do
eixo de maior inércia, adota-se o menor dos valores abaixo:

Parâmetro de esbeltez Momento Fletor Resistente


(λ) ( Mrd )

M pl
M Rd 
  p  a1

 p    r Cb    p  M pl
M Rd   M pl  M pl  M r  
 a1  r  p   a1

  r M cr M pl
M Rd  
 a1  a1

2.2. Estados Limites:

Flambagem Local da Mesa (FLM) e Flambagem Local da Alma (FLA)

Para resistência de cálculo a momento fletor, para seções não esbeltas fletidas
em torno do eixo de maior inércia, adota-se o menor dos valores abaixo:

Parâmetro de esbeltez Momento Fletor Resistente


(λ) ( Mrd )

M pl
M Rd 
  p  a1

 p    r 1    p  M pl
M Rd   M pl  M pl  M r  
 a1  r  p   a1

  r M cr M pl
M Rd  
 a1  a1

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 9


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Onde:
Mu
P = Regime plástico
EP = Regime elasto-plástico
Mpl E = Regime elástico

Mr
P EP E

λp λr
λb
MRd = momento fletor resistente de cálculo;
Mcr = momento fletor de flambagem elástica;
Mpl = momento fletor de plastificação;
Af = bf tf = Área da mesa comprimida
d = altura da seção (distância entre as faces externas das mesas)
IT = Momento de inércia da seção Tê comprimida;
AT = Àrea da seção Tê comprimida;
ry = raio de giração da seção transversal, relativo ao eixo de menor inércia (y-y).
rT = raio de giração relativo ao eixo de menor inércia, da seção Tê formada pela mesa comprimida
mais 1/3 da região comprimida da alma ( que corresponde a 1/6 da altura da alma em perfis
simétricos)
Z = módulo resistente plástico

bf
y fc
tf tf
1 h h
. 
3 2 6
x x h d y

tW

tf

bf ft
y

t f b3f h tw3 h h IT
IT  IT y   ; AT  Af  tW  b f t f  tw ;  rT 
12 6 12 6 6 AT

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 10


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

2.2.1. Coeficiente de modificação para diagrama de momento fletor não uniforme (C b), para
vigas com travamentos laterais distanciados Lb:

12,5 M max A B C
Cb  Rm  3,0
2,5 M max  3M A  4M B  3M C

Mmax
Onde: L/4 L/4 L/4 L/4
MA , MB e MC são momentos fletores solicitantes de
cálculo nos quartos de vão;
Mmax é o momento fletor máximo solicitante de cálculo.

(ver item 5.4.2.3. da NBR 8800 / 2008)

2.2.1.1. Casos em que o coeficiente Cb deve ser tomado igual a 1,0:

No caso de balanços: Cb =1,0

2.2.1.2. Parâmetro de monossimetria ( Rm)

a) Para seções com um eixo de simetria, fletidas em relação ao eixo que não é de simetria,
sujeita a curvatura reversa.
2
I 
Rm  0,5  2  yc 
 Iy 
 
Onde:
Iyc = momento de inércia da mesa comprimida em relação ao eixo de simetria. No caso refere-
se à mesa de menor momento de inércia pois a curvatura é reversa;
Iy= momento de inércia em relação ao eixo de simetria.

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 11


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

b) Para demais seções: Rm = 1,0

2.2.2. Coeficiente de modificação para diagrama de momento fletor não uniforme (C b), para
vigas com travamentos laterais continuos numa das mesas, a outra livre para se
deslocar.

Para vigas de seção I, H e U, fletidas em relação ao eixo central de inércia perpendicular à


alma,

Para vigas de seção caixão e tubulares retangulares, fletidas em relação ao eixo central de
inércia, simétricas em relação ao eixo de flexão

a) Quando a mesa com contenção lateral contínua estiver tracionada em pelo menos uma
extremidade do comprimento destravado:

2 M1 8 M2
Cb  3,00  
3 M 0 3 M 0  M1 
Onde:

M0 = valor do maior momento fletor solicitante de cálculo, tomado com sinal negativo em
pelo menos uma extremidade do comprimento destravado;

M1 = valor do momento fletor solicitante de cálculo, na outra extremidade do comprimento


destravado. Se esse momento comprimir a mesa livre, deve ser tomado com sinal negativo no
segundo e terceiro termo da equação. Se tracionar a mesa live, deve ser tomado com sinal
positivo no segundo termo da equação e igual a zero no terceiro.

M2 = valor do maior momento fletor solicitante de cálculo na seção central do comprimento


destravado, com sinal positivo se tracionar a mesa livre e sinal negativo se tracionar a mesa
com contenção lateral contínua.

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 12


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

3.Resistência de cálculo a força cortante (cisalhamento):

3.1. Generalidades:

Os procedimentos abaixo se aplicam a barras fletidas prismáticas, cujas seções transversais


apresentam um ou dois eixos de simetria, sujeitas a forças cortantes agindo nos seus eixos de
simetria.

3.2. Resistência de cálculo a força perfis I, H , U e caixão, fletidos em torno do


eixo de maior inércia:
A resistência de cálculo a força cortante de perfis I, H ,U e caixão ,fletidos em torno do eixo de
maior inércia, é:

Caso Cortante de cálculo Regime de dimensionamento


V
  p Vrd  pl P= Plástico
 a1
 p V pl
 p    r Vrd  EP= Elasto-plástico
  a1
  V
2

  r Vrd  1,24  p  pl E= Elástico


    a1

h
Onde:  
tW Vu

KV E
 p  1,08 Vpl
fy
Vr
P EP E
KV E
 r  1,37 λp λr
λ
fy
2
 
a a  260 
Para:  3 ou para  , KV = 5,0
h h h  h tW
 tW 
Nervura (enrijecedor)

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 13


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

2
 
a a  260  5
Para:  3 ou para  , KV  5 
h h h  a
2
 tW   
h
a a
Vpl  0,60 A W f Y , onde: AW = d tW

a = distância entre enrijecedores (nervuras)

Nota: para os enrijecedores, ver notas do item 5.4.3.1.3. da NBr 8800 : 2008.

4. ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO;

4.1. Estados limites de serviço a considerados nas estruturas metálicas:

-Deslocamentos excessivos nas estruturas (flechas);

-Vibrações excessivas.

4.2 Verificação da suficiência em estados limites de serviço:

Neste curso, as verificações em estados limites de serviço ficarão restritas a verificação de


deslocamentos excessivos nas estruturas (flechas).

4.3 Combinações de serviço a serem empregadas no cálculo dos deslocamentos:

Segundo o item C22 do anexo C composto com o item 4.9.8 da NBR 8800:2008, para a
determinação das respostas em estados limites de serviço devem se empregadas as combinações de
serviço especificadas no seu item 4.7.7.3. Neste caso, as combinações de ações são classificadas de
acordo com a sua permanência na estrutura em: quase permanentes, frequentes e raras.

4.3.1 Combinações quase permanentes de serviço :

São combinações de ações que podem atuar durante grande parte da vida útil da estrutura, da
ordem de metade desse período.

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 14


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Nestas combinações, todas as ações variáveis são consideradas com seus valores quase
permanentes  2 Fj , K

São utilizadas para o controle das deformações excessivas para que não provoquem danos a outros
componentes da construção.
m n
Fser   FGi, K    2 j FQj , K
i 1 j 1

4.3.2 Combinações frequentes de serviço:


São aquelas que se repetem muitas vezes durante o período de vida da estrutura, da ordem de 5 %
desse período ou da ordem de 105 vezes em 50 anos.

Nestas combinações, a ação variável principal FQ1 é tomada com o seu valor frequente  1 FQ1, K

e todas as demais ações variáveis com seus valores quase permanentes  2 Fj , K

São utilizadas para o controle das deformações em estados limites reversíveis, ou seja, os que não
causam danos permanentes à estrutura ou a outros componentes da construção.
m n
Fser   FGi, K   1 FQ1, K   ( 2 j FQj , K )
i 1 j 2

4.3.3 Combinações raras de serviço:

São aquelas que podem atuar no máximo algumas horas durante o período de vida da estruitura.

Nestas combinações, a ação variável principal FQ1 é tomada com o seu valor característico FQ1, K

e todas as demais ações variáveis com seus valores frequentes  1 FQ , K

São utilizadas para o controle das deformações em estados limites irreversíveis, ou seja, os que
causam danos permanentes à estrutura ou a outros componentes da construção.
m n
Fser   FGi, K  FQ1, K   ( 1 j FQj , K )
i 1 j 2

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 15


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

4.4 Deslocamentos verticais a serem considerados:

1 0

2  max tot
3

L
Onde:

 0 = contraflecha, até o valor da do deslocamento vertical  1 ;

 1 = deslocamento vertical devido às ações permanentes, sem efeitos de longa duração;

 2 = deslocamento vertical devido aos efeitos de longa duração das ações permanentes (se houver) ;

3 = deslocamento vertical devido às ações variáveis, incluindo, se houver, os efeitos de longa


duração devido aos valores quase permanentes dessas ações;

 max   1   2   3   0 = deslocamento máximo da viga no estágio final de carregamento, levando-


se em conta a contraflecha, constantes na tabela C1 do anexo C da NBR 8800/2008;

tot =  1   2   3 = deslocamento máximo da viga no estágio final de carregamento, não se levando


em conta a contraflecha;

4.5 Combinações de deslocamentos verticais , em estados limites de serviço:

Como as deformações são diretamente proporcionais às cargas, a partir das combinações de


ações dos itens 4.3.1 a 4.3.3, pode-se escrever:

4.5.1 Flechas devidas a combinações quase permanentes de serviço


m n
   Gi    2 j Q j   max
i 1 j 1

4.5.2 Flechas devidas a combinações frequentes de serviço


m n
   Gi,  1 Q1   ( 2 j Qj , )   max
i 1 j 2

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 16


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

4.5.3 Flechas devidas a combinações raras de serviço


m n
   Gi,  Q1,   ( 1 j Qj, )   max
i 1 j 2

4.6 Fatores de combinação ( 0) e de redução (1 e  2) para as ações variáveis

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 17


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

4.7. Valores limites recomendados para as deformações:

Tabela C1 – Deslocamentos máximos (transcrita da NBr 8800/208)

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 18


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

5. Formulário para cálculo de momentos e flechas:

carga momento flecha

p p L2
M 5 p L4
L 8 
384 E I

P
P L3
= = PL 
M 48 E I
L 4

P P

c L-2c c M Pc 

P c 3L2  4c 2 
24 E I
L

P P

c L-2c c
M
pc
 Lc  

P c 2 3L3  4c3 
L 2 48 E I

P P L3
M PL 
3E I
L

p L4
´ p
M
P L2 
8EI
2
L

p P L2 p L4
M 
6 30 E I
L

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 19


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

6. Ilustrações:

Vigas secundárias em formato de semi-arcos, funcionando como travamentos laterais


contra flambagem lateral com torção ( F.L.T.) , em pontos isolados.

Detalhe: Nervura , viga em perfil laminado I 12” x 60,6 kgf / m ASTM A-36, calha e
passagem para munutenção e limpeza do telhado em chapa xadrez t= 1 / 4 “, em
aço COS AR COR.
Cobertura do páteo do Colégio Sion, Rua Mere Amedea – S.P.
Construção: Potenza Engenharia e construção LTDA
Fotos: Engº Paulo Pereira Ignácio

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 20


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Contraventos entre os arcos do viaduto Santa Ifigênia.

Contraventos entre os arcos de um viaduto em Osasco.

Contraventos entre as vigas de um piso.

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 21


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

7. Exercícios:

Assunto: Dimensionamento de peças a momento fletor, no regime plástico.

7.1. Dimensionar a viga de piso abaixo, para a hipótese de ação simultânea da carga permanente
uniformemente distribuida "g" e sobrecarga concentrada "Q", considerando a borda comprimida da
seção continuamente travada contra perda lateral de estabilidade.
Dados:
a) Perfil empregado: I laminado da série IP, fletido
Q =7,2 kN Q =7,2 kN
em torno do eixo de maior momento de inércia;
b) Aço ASTM A-36 com: E = 200000 MPa, g = 1 kN/ m

fy = 250 MPa, fu = 400 Mpa, e G=77000 MPa;


1 2
c) Flecha admissível: Ulim = L / 350 (tabela C1, L/3 L/3 L/3

anexo C da NBR 8800/2008); L=5,4m

d) L = 5400 mm; nervuras nos apoios e nos pontos 9 m

de cargas concentradas;
Nervura
e) Carregamento:
Ações características, situação normal:
Carga permanente uniformemente distribuída, devida ao peso próprio de estruturas pré-moldadas:
g =1 kN/m;
Sobrecarga de uso concentrada no terço do vão, devida a equipamento fixo (quase permanente):
Q = 7,2 k N.

a) Solução para travamento lateral contínuo ( Lb = 0 ):


a-1) Solicitações:
Solicitações características:
1 x 5,4 2 1 x 5,4
Para g = 1 kN/m : Mg = = 3,645 kN.m ; Vg1 = -Vg2 = = 2,7 kN
8 2
L 5,4 7,2
Para Q = 7,2 kN: Mq = Q c = Q = 7,2 = 12,96 kN.m ; Vq1 = - Vq2 = 2 = 7,2 kN
3 3 2
a-2) Solicitações de cálculo:
Da tabela 1, item 4.7.6 da NBR 8800/2008, vem: g = 1,3 e q = 1,5
MSd = 1,3 x 3,645 + 1,5 x 12,96 = 24,18 kN.m = 2418 kN.cm
VSd = 1,3 x 2,7 + 1,5x 7,2 = 14, 31 kN

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 22


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

b) Pré- dimensionamento:
Como Lb = 0 (travamento lateral contínuo), vem:

Lb M Pl Zx fy Z x 25
  0  p  M Rd    = 22,727 . Zx kN.cm
ry  a1  a1 1,1

Fazendo: M d  M Rd  2418  22,727 Z x  Z x  106,4 cm 3


Adota-se perfil W 150 x 18 kg/m , com:
d =153 mm; bf = 102 mm; tf =7,1 mm; h=139 mm; t W= 5,8 mm; CW = 6683 cm6; Ag= 23,4 cm2 ;
Ix =939 cm4; Wx=122,8 cm3; Zx=139,4 cm4 ; rx = 6,34 cm; Iy =126 cm4; ry =2,32 cm; It = 4,34 cm4

c) Verificação da suficiência em estados limites últimos:


c.1 Verificação da estabilidade local: ( Parâmetros de esbeltez  da tabela G1 )
c.1.1. Estado Limite nº 1: Flambagem Local da Alma (FLA)
h 139 E
   23,96 <  p  3,76 = 106,3  não há F.L.A.
tW 5,8 fy

M pl Zx f y 139,4 x 25
Assim, M R , d     M R, d  3168,2 kN .cm
 a1  a1 1,1
c.1.2. Estado Limite nº 2: Flambagem Local da Mesa (FLM)
b f 102
E
  2  2  7,18 <  p  0,38 = 10,7  não há F.L.M.
tf 7,1 fy

M pl Zx f y 139,4 x 25
Assim, M R , d     M R, d  3168,2 kN .cm
 a1  a1 1,1

c.2 Verificação da estabilidade geral (F.L.T).


c.2.3 Estado limite no3:
Mu
Flambagem Lateral com Torção (FLT):
Para travamento lateral contínuo, Lb = 0. Mpl

Portanto dimensiona-se no regime plástico. Mr


Lb P EP E
Como    0  p 
ry
Lp Lr
Lb
M pl Zx f y 139,4 x 25
M R,d   
 a1  a1 1,1

M R, d  3168,2 kN .cm

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 23


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

c.3 Conclusão:
Dos três estados limites acima, adota-se o menor dos valores de MR,d. Como, neste caso são
iguais, adota-se M R, d  3168,2 kN .cm .

Como M S , d  2418 kN .cm  M R, d  3168,2 kN .cm , aceita-se a peça.

d) Verificação a força cortante:


L
a= = 1800 mm; h = 139 mm;
3
a 1800
  12,95  3  K= 5,0
h 139
h 139
   23,96 ;
tW 5,8

KE 5,0 x 200000
 p  1,08 = 1,08  68,3
fy 250

Vpl
Como   < p  VR , d 
 a1
Vpl = 0,6 Aw.fy = 0,6 d tW fy = 0,6 . 15,3 . 0, 58 . 25 = 133,11 kN
Vpl 133,11
VR , d    121 kN
 a1 1,1
Como VSd = 14, 31 kN < VRd = 133,11 kN, aceita,se a peça.

e) Verificação da flecha:
g = 1,0 kN/m = 0,01 kN/cm ;
E = 20000 kN/cm2 ;
L = 540 cm , com 2 = 0,4
m n
Combinações quase permanentes de serviço:     Gi    2 j  Q j   max com 2 = 0,4
i 1 j 1

5 g L4 5 x 0,01 x 540 4
G    0,59 cm
384 E I 384 x 20000 x 939

Q 
  
Q c 3L2  4c 2 7,2 x 180 3 x 540 2  4 x 180 2
  2,14 cm

24 E I 24 x 20000 x 939
540
Como   0,59  0,4 x 2,14  1,45 cm   max   1,54 cm
350 aceita-se a peça.

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 24


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Dimensionamento de peças a momento fletor, no regime elasto-plástico.

7.2. Verificar a suficiência da seção adotada no exercício anterior, considerando sua borda
comprimida travada lateralmente nos apoios e a cada um terço do vão.

Solução:
a) Verificação da suficiência em estados limites últimos:
a.1) Verificação da estabilidade local: ( Parâmetros de esbeltez  da tabela G1 )
a.1.1. Estado Limite nº1: Flambagem Local da Alma (FLA)
Do exemplo anterior, não há FLA.
M pl Zx f y 139,4 x 25
Assim, M R , d     M R, d  3168,2 kN .cm
 a1  a1 1,1
a.1.2. Estado Limite nº2: Flambagem Local da Mesa (FLM)
Do exemplo anterior, não há FLM.
M pl Zx f y 139,4 x 25
Assim, M R , d     M R, d  3168,2 kN .cm
 a1  a1 1,1
a.2 Verificação da estabilidade geral (F.L.T).
Estado limite no3:
Flambagem Lateral com Torção (FLT):
Verificação a momento fletor, para travamentos laterais a cada um terço do vão:
L 540
Lb = = = 180 cm (distância entre pontos travados)
3 3
Lb 180 E
Como     77,6   p  1,76  15,74  calcula  se r
ry 2,32 fy

1,38 Iy J 27 CW  2
f   r W
r  1 1 , 1  e J  It
1 y

ry J  1 Iy EJ

Da tabela de características de perfis para o perfil W 150 x 18 kg/m , vem:


d =153 mm; bf = 102 mm; tf =7,1 mm; h=139 mm; t W= 5,8 mm; CW = 6683 cm6;
Ag=23,4cm2 ; Ix =939 cm4; Wx=122,8 cm3; Zx =139,4 cm4; rx = 6,34 cm; Iy = 126 cm4;
ry =2,32 cm; It = 4,34 cm4

1 
 250  0,3 x 250  x 122,8  0,025
200000 x 4,34

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 25


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

1,38 126 x 4,34 27 x 6683 x 0,025 2


r  1 1  197,6
2,32 x 4,34 x 0,025 126

Como  p     r ,

Cb    p  M pl
M Rd   M pl  M pl  M r  
 a1  r  p   a1

M pl  Z x f y  139,4 x 25  3485 kN .cm

M r   f y   r  Wx  ( 25  0,3 . 25 ) 122,8  2149,0 kN .cm

12,5 M max
Cb  Rm  3,0
2,5 M max  3M A  4M B  3M C
Onde: A B C
MA , MB e MC são momentos fletores solicitantes

Mmax
de cálculo nos quartos de vão;
Mmax é o momento fletor máximo solicitante de cálculo.
Neste caso, para carregamentos simétricos, vem: L/4 L/4 L/4 L/4

2
L
 
1,352
M gA  Vg1  g K    2,7 x 1,35  1
L 4
 2,734 kNm
4 2 2 gK= 1 kN/m
L
M qA  Vq1  7,2 x 1,35  9,72 kNm A
4
L/4 = 1,35m
MdA = 1,3 x 2,734 + 1,5 x 9,72 = 18,134 kN.m
Vg1 = 2,7 kN
Vq1 = 7,2 kN
Assim, MA = MC = MdA = 18,134 kN.m
MB= Mmax = 24,18 kN.m

RM = 1,0
12,5 x 24,18
Cb  1,0  1,136  3,0
2,5 x 24,18  3 x 18,134  4 x 24,18  3 x 18,134

1,136  77,6  15,74 


 M Rd   3485  3485  249    2462,3 kN .cm
1,1  197,6  15,74 

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 26


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

M pl 3485
Como M Rd  2462,3 kN .cm    3168,2 kN .cm ,
 a1 1,1
adota-se M Rd  2462,3 kN .cm

a.3 Conclusão:

Dos três estados limites acima, adota-se o menor dos valores de MR,d. Neste o menor é
M Rd  2462,3 kN .cm

Como: MSd = 24,18 kN.m = 2418 kN.cm < M Rd  2462,3 kN .cm ,

aceita-se a seção a flexão.


.

b) Verificação a força cortante: Idem exeríicio 7.1. Portanto acita-se.

c) Verificação da flecha: Idem exeríicio 7.1. Portanto aceita-se.

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 27


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Dimensionamento de peças a momento fletor, no regime elastico

7.3 Verificar a suficiência da seção adotada no exercício anterior, considerando sua borda
comprimida travada lateralmente apenas nos apoios.

Solução:
a) Do exercício anterior, dos estados limites de FLA e FLM, vem: M R, d  3168,2 kN .cm

b) FLT: Lb = L = 540 cm (distância entre pontos travados)


Lb 540 M
Como     232,8  r  197,6 , M R , d  CR
ry 2,32  a1

Cb  2 E I y CW  J Lb 
2

M cr   1  0,039 
Lb
2
Iy  C 
 W 

1,136  2 20.000 x 126 6.683  4,34 x 540 2 


  2.043,53 kN cm
M cr  1  0,039
540 2 126  6.683 

M CR 2.043,53
M R,d  =  1.857,76 kN.cm
 a1 1,1

Portanto adota-se M R, d  2.043,53 kN .cm ( o menor)

Como:

MSd = 24,18 kN.m = 2418 kN.cm > M R, d  2.043,53 kN .cm , rejeita-se a seção a flexão.

c) Verificação a força cortante: Idem exeríicio 7.1. Portanto aceita-se.

d) Verificação da flecha: Idem exeríicio 7.1. Portanto aceita-se.

8. Exercícios propostos:

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 28


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

assunto: Dimensionamento de peças a momento fletor, no regime plástico:

8.1. Verificar pelos critérios da NBR 8800:2008, a suficiência da viga de piso abaixo para a hipótese
da ação conjunta da carga permanente devida a elementos industrializados com adição in loco e
da sobrecarga de uso devida a equipamento fixo, para as seguintes hipóteses:
1) Travamento lateral da mesa comprimida contínuo;
2) Travamento lateral da mesa comprimida no centro do vão;
3) Travamento lateral da mesa comprimida apenas nos apoios.
Dados:
a) Material: Aço ASTM A-36 com fy=250 MPa, fu=400 MPa e E=200.000 MPa;
b) Seção empregada:
Perfil I soldado VS 325 x 46, fletido em torno do eixo de maior inércia ;
c) Enrijecedores (nervuras): nos pontos de cargas concentradas e apoios;
d) Cargas características:
gk = 1,4 kN / m ( permanente )
qk = 4,0 kN / m ( sobrecarga)
e) Flechas: seguem as limitações da NBR 8800:2008.

q
g

L =9000 mm

Autor: Prof. Dr Celso Antonio Abrantes Dimensionamento a flexão simples / 29


Material didático registrado Direitos autorais reservados .
ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL

Disciplinas: Estruturas Metálicas


Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes
2015
ENGENHARIA CIVIL

Disciplinas: Estruturas Metálicas


e de Madeiras
Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes
2015
Flexão composta e flexão composta oblíqua

A verificação da suficiência de elementos sujeitos a flexão composta, envolve três etapas, a saber:
a) Verificação a tração axial ou compressão simples;
b) Verificação a flexão;
c) Verificação a efeitos combinados de flexão e tração ou compressão.

Nsd
ex

Plano x-x x Nsd

CG
MSd,x
x
CG
x

b/2

h/2 h/2 b/2


b

h O plano x-x é perpendicular ao eixo x-x

(a) (b)
Figura 01: Flexão composta (Flexo-compressão ou flexo-tração)

Nsd Nsd
ex
MSd,y
Plano x-x
x
MSd,x
x
y CG y
y y
Plano y-y ey
CG
x

b/2
h/2 h/2 b/2

b O plano x-x é perpendicular ao eixo x-x;


h O plano y-y é perpendicular ao eixo y-y.

(a) (b)
Figura 02: Flexão composta oblíqua

2
Verificação a efeitos combinados de força axial de tração ou de compressão e de
momentos fletores (segundo 5.5.1.2 da NBR 8800:2008)

Segundo o item 5.5.1.2, pag 54 da NBR 8800:2008, para a atuação simultânea da força axial de
tração ou de compressão e de momentos fletores, deve ser obedecida a limitação fornecida pelas
seguintes expressões de interação:

N Sd
a) Para  0,2
N Rd

N Sd 8  M x, Sd M y , Sd 
 1
 
N Rd 9  M x, Rd M y , Rd 

N Sd
b) Para  0,2
N Rd

N Sd M M y , Sd 
  x, Sd   1
2 N Rd  M x, Rd M y , Rd 

Onde:

NSd = Força axial solicitante de cálculo de tração ou de compressão;


NRd = Força axial resistente de cálculo de tração ou de compressão;
Mx,Sd e My,Sd são momentos fletores solicitantes de cálculo, respectivamente em relação aos eixos x e y
da seção transversal;
MRd,x e MRd,y são momentos fletores resistentes de cálculo, respectivamente em relação aos eixos x e y
da seção transversal;

Obs: Na verificação do estado limite de Flambagem Lateral com Torção dos elementos sujeitos a
esforços combinados, adotar Cb = 1,0.

3
Análise elástica de segunda ordem – Efeito global P   e local P   , Anexo D da
NBR 8800:2008:

Método da amplificação dos esforços solicitantes:

Este método é aplicado para a execução de análise elástica aproximada de segunda ordem, levando em
conta os efeitos global P∆ e local Pδ.
Neste método, consideram-se combinações das ações de cálculo de forças verticais e, se houverem,
horizontais (item 4.7.7.2), considerando-se o efeito das imperfeições geométricas iniciais e das
imperfeições iniciais e material conforme 4.9.7.

Uso do método:
Em cada andar das estruturas analisadas momento fletor e a força axial solicitantes de cálculo, M sd e Nsd,
devem ser determinados por (figura D1):

Figura: Anexo D da NBR 8800:2008

M Sd  1 M nt   2 M lt e

N Sd  N nt   2 N lt

Mnt e Nnt são, respectivamente, momento fletor e força axial solicitantes de cálculo, obtidos por análise
elástica de 1ª (primeira) ordem, com os nós da estrutura impedidos de se deslocar horizontalmente
(figura D1-b da NBR 8800:2008);

Mlt e Nlt são, respectivamente, momento fletor e força axial solicitantes de cálculo, obtidos por análise
elástica de 1ª (primeira) ordem, correspondente apenas ao efeito os deslocamentos horizontais dos nós da
estrutura (efeito das reações das contenções fictícias aplicadas em sentido contrário , nos mesmos pontos
onde tais contenções foram colocadas - Estrutura lt Figura D.1-c).

4
O coeficiente 1 é dado por:

- Se a força axial solicitante de cálculo for de tração: 1  1,0 ;

- Se a força axial solicitante de cálculo for de compressão:


C m, x Cm , y
1 , x   1,0 e 1 , y   1,0 ,
N Sd1 N Sd1
1 1
N e, x N e, y

com: Ne,x e Ne,y calculados com (KL) = (1L);


Trecho do pórtico
N Sd 1  N nt  N lt

Valores de Cm Diagramas de momentos fletores


L1
- Se houver forças transversais na
barra entre as suas extremidades,
no plano de flexão: M2 M2

L2
Cm  1,0
M1 M1

-Se não houver forças transversais na barra


curvatura reversa curvatura simples
entre as suas extremidades, no plano de flexão:
M1
Cm  0,6  0,4 , onde:
M2

M1 = Mnt1, é o menor momento numa das extremidades da barra, no plano de flexão.


M2 = Mnt2, é o maior momento na outra extremidade da barra, no plano de flexão.
M1
A relação  0 (positiva) quando os momentos provocarem curvatura reversa;
M2

M1
A relação  0 (negativa) quando os momentos provocarem curvatura simples.
M2
Curvatura reversa: Curvatura simples:
M1 M1
M1 M1
Linha elástica da peça
Linha elástica da peça

M2 M2
M2 M2
M1 M1
0 0
M2 M2
5
1
O coeficiente  2 : 2 
1
1 h N sd

Rs h H sd

Para estudo pormenorizado de  2 , ver item D.2.3, pag. 119 da NBR 8800:2008.

Aplicação do Método da amplificação dos esforços solicitantes:

Pela facilidade de cálculo, considerando apenas o efeito de segunda ordem local Pδ, com boa
aproximação, vem:

M Sd  1 M nt   2 M lt  1 M nt

e
N Sd  N nt   2 N lt = Nnt β1Mnt
Mnt
β1 Mnt
β1 Mnt
Para β1 < 1,0

Para β1 > 1,0 (Não se adota)

N Sd
a) Para  0,2
N Rd

N Sd 8  M x, Sd M y , Sd 
 1
   1 y
N Rd 9  
1 x
M x, Rd M y , Rd 

N Sd
b) Para  0,2
N Rd

N Sd  M M y , Sd 
  1x x, Sd  1 y  1
2 N Rd  M x, Rd M y , Rd 

6
Exercícios resolvidos:

1. Do trecho A-B da coluna abaixo, para as solicitações de cálculo indicadas, empregando-se os


procedimentos da NBR 8800:2008, pede-se:
a) Verificar a suficiência a compressão simples, para o mais desfavorável plano de flambagem dentre o
plano do desenho e o plano perpendicular ao mesmo (não representado);
b) Verificar a suficiência a flexão simples no plano do desenho, para a ação de momentos fletores
representados no Diagrama de Momentos Fletores (DMF);
c) Verificar a suficiência a flexão simples no plano perpendicular ao do desenho, para a ação de
momentos fletores não representados;
d) Verificar a suficiência a flexão composta;
e) Determinar o valor da máxima força cortante de cálculo VSd a ser aplicada na seção transversal da
coluna;
Dados:
1) Aço ASTM A-36 com: fy = 250 MPa, fu = 400 MPa; E = 200000 MPa
e G=70000 MPa. D.M.F.
2) Pontos travados lateralmente contra a perda de estabilidade, no
plano perpendicular ao pórtico : A e B, com comprimento de
flambagem K.L = 1 L;
3) No plano do pórtico os nós apresentam rotação rotação impedida;
4) No nó de apoio (A) a translação é impedida no plano do pórtico
e no nó B, é livre, com KL=1,2 L;
5) A rotação nos planos horizontais, em torno do eixo longitudinal B
z da barra é impedida nos nós A e B por esquema estrutural MdB
não representado; 200
6) Adotar Cb = 1;
7) Estrutura não sujeita a cargas transversais entre apoios;
8) Na base, a coluna está engastada nos dois planos principais
de inércia;
9) Nervuras (enrijecedores): Placa de base no nó A e as 4700
representadas no nó B;
10) Considerar a coluna suficiente a deformações (deslocamentos
do pórtico);
11) Resistência de cálculo da coluna a momento fletor, no plano
perpendicular ao do pórtico do desenho: Msd = 18,41 kN.m;
12) Solicitações de cálculo:
Carga axial de compressão: Ncs,d = 300 kN; A MdA
Momentos fletores no plano do pórtico (desenho):
MdA = -9 kN.m, MdB = +17 kN.m,
Momentos fletores no plano perpendicular ao do pórtico (não representado):
MdA = +2 kN.m, MdB = +2,5 kN.m,
13) Características geométricas da seção empregada:
d = 250,0mm bf = 160,0 mm
tf = 9,5 mm t W = 4,75 mm
Ag = 41,4 cm2 Ix = 4.886,0 cm4
Iy = 649,0 cm4 Zx = 429,0 cm3
Wx= 391,0 cm3 Wy= 81,0 cm3
rx = 10,87cm ry = 3,96 cm
rT = 1,5 cm IT = J= 9,59 cm4
Zy = 123,0 cm3 Cw = 93.808,0 cm6
12) A altura da viga que chega no nó B é d= 400 mm.

7
Solução:

a) Suficiência a compressão simples:

a.1. Verificação da estabilidade local: Relações b / t da tabela F1 da NBr 8800:2008:

(FLA) Flambagem local da alma: Elementos comprimidos AA, grupo 2.


b E 200.000
   1,49  1,49  42
 t  lim fy 250
b h 231 b b b
   48,63     42 , como    , calcula-se bef.
t t W 4,75  t  lim t  t  lim

 
E  ca E 
Segundo F.3.2: bef  1,92 t 1 b
fy  b fy 
 t 
200.000  0,34 200.000 
ca = 0,34 e bef  1,92 x 0,475  1   23,1 cm
250  48,63 250 
Aef  2 b f t f  bef tW
Aef  2 x 16 x 0,95  20,7 x 0,475  Aef  40,23 cm 2

Aef 40,23
Qa    Qa  0,972
Ag 41,4

(FLM) Flambagem local da mesa: Elementos comprimidos AL, grupo 5.


b E 4
   0,64 , com kc  e 0,35  kc  0,76
 t lim f y h
kc tw
4
kc   0,57  0,35  kc  0,76 . Portanto adota-se kc =0,57
231
4,75
bf 160
b
 2  2  8,42 <  b   0,64 200.000 = 13,7 .
t tf 9,5  t  lim 250
0,57
Portanto não há FLM, Qs = 1,0.

Assim, Q= Qs.Qa = 1 x 0,972  Q = 0,972

a.2. Verificação da estabilidade global:

Força axial de flambagem elástica (Ne) em seção com dupla simetria.

Segundo E.1.1 da NBR 8800:2008, adota-se para Ne o menor dos valores abaixo;
Segundo E.2.1.2 da NBR 8800:2008, para barras contraventadas, adota-se Kx = 1,2 e Ky =1,0;
Segundo E.2.2 da NBR 8800:2008, para barras com rotação impedida nas extremidade, Kz=1,0.

8
 2 E Ix  2 x 20.000 x 4.886
Ne x    3.028,89 kN  3029 kN
( kx lx )2 ( 1,2 x 470 ) 2

 2 E Ix  2 x 20.000 x 649
Ne y    579,35 kN  579 kN
( k y ly )2 ( 1 x 470 ) 2

1  2 E CW 
Ne z  2   GJ  onde:
 K z lz 
2
r0 

kz = 1 ; Perfil I: como G = C, x0 = y0 = 0

r0  r x
2

 ry2  x02  y02 = 10,87 2

 3,96 2  0 2  0 2 = 11,57 cm

1  2 x 20.000 x 93.808 
 Ne z    7.700 . x 9,59  = 1127 kN
11,57 2  1 .x 470 2 

Adota-se N E  N Ey  579 kN (o menor)

Índice e esbeltez reduzido:

Q . Ag . f y 0,972 x 41,4 x 25
0  =  1,32 < 1,5
Ne 579

Portanto 0  1,5    0,658 


2
0
ou com o uso da tabela 4:

0  1,32  1,30  0,02    0,482

Determinação da Força axial resistente de cálculo:

 Q Ag f y 0,482 x 1 .x 0,972 x 25
N C , Rd  =
 a1 1,1

N C , Rd  440,81 kN

a.3. Conclusão:

Como Ncs,d = 300,00 kN < N C , Rd  440,81 kN , aceita-se a compressão simples.

9
b) Suficiência a flexão simples em estados limites últimos, para flexão no plano do desenho (neste
caso, em torno do eixo de maior inércia = eixo x-x):

b.1. Verificação da estabilidade local: ( Parâmetros de esbeltez  da tabela G1 )


b.1.1. ) Estado Limite nº 1: Flambagem Local da Alma (FLA)

h 231 E
   48,63 <  p  5,70 = 161,2  não há F.L.A.
tW 4,75 fy

M pl Zx fy 429,0 x 25
Assim, M R , d     M R , d  9.750,0 kN .cm
x
 a1  a1 1,1

b.1.2) Estado Limite nº 2: Flambagem Local da Mesa (FLM)


bf
160
E
  2  2  8,42 <  p  0,38 = 10,74  não há F.L.M.
tf 9,5 fy

M pl Zx fy 429,0 x 25
Assim, M R , d     M R , d  9.750,0 kN .cm
x
 a1  a1 1,1

b.1.3) Verificação da estabilidade geral (F.L.T).


Estado limite no3: Flambagem Lateral com Torção (FLT):
Verificação a momento fletor, para travamentos laterais apenas nos apois:
Lb = L = 470 cm (distância entre pontos travados)
Lb 470 E
Como     118,7   p  1,76  49,78  calcula  se r
ry 3,96 fy

1,38 Iy J 27 CW  2

r  1 1
1
com:
ry J  1 Iy

f   r W x  250  0,3 x 250  x 391


1   1   2,636 . 10 4
y

EJ 200.000 x 1297,9
3 3
bf t f h t3 1,6 x 0,95 3 23,1 x 0,475
J  IT  2  w  J  IT  2  = 9,59 cm4
3 3 3 3

r 
1,38 649 x 1297,9
1 1

27 x 93.808 x 2,636 . 10  4 2

 1.322,09
3,96 x 1.297,9 x 2,636 . 10  4 649

 r  1.322,0 cm
Como  p     r , dimensiona-se no regime elasto-plástico com:

10
Cb    p  M pl
M Rd   M pl  M pl  M r  
 a1  r  p   a1

M r   f y   r Wx  ( 25  0,3 . 25 ) 391,0  6.842,5 kN .cm ;


Cb = 1,0 (dado)

1,0  118,7  49,78 


 M Rd x   10.725,0  10.725,0  6.842,5  1322,0  49,78 
1,1  
M Rd x  9.558,8 kN .cm  95,59 kN .m

M pl 10.725,0
Como M Rd x  9.558,8 kN .cm    9750,0 kN .cm ,
 a1 1,1
1,5 W x f y 1,5 x 391 x 25
e M Rd x  9.558,8 kN .cm    13.329,5 kN .cm
 a1 1,1

Aceita-se M Rd x  9.558,8 kN .cm  9.559,0 kN .cm

b.2) Conclusão:
Dos três estados limites acima, adota-se o menor dos valores de MR,d x.
Neste caso, o menor é M Rd x  9.559,0 kN .cm .

Como: MSdx = 1.700,0 kN.cm < M Rd x  9.559,0 kN .cm ,

Aceita-se a seção a flexão simples, para flexão em torno do eixo de maior inércia.

c) Suficiência a flexão simples em estados limites últimos, para flexão no plano perpendicular ao do
desenho (neste caso, em torno do eixo de menor inércia = eixo y-y):

Msd y = MdB = + 2,5 kN.m < M Rd y  18,41 kN m (dado)

Aceita-se a seção a flexão simples, para flexão em torno do eixo de menor inércia.

d) Verificação da suficiência a efeitos combinados. (flexão composta oblíqua), segundo anexo D.


M Sd  1 M nt   2 M lt  1 M nt e N Sd  N nt   2 N lt = Nnt

Obs: Desprezando  2 , vem: M Sd  1 M nt e N Sd  N nt

C m, x Cm , y
1 , x   1,0 e 1 , y   1,0 , com Ne,x e Ne,y calculados com (KL) = (1L)
N Sd1 N Sd1
1 1
N e, x N e, y

NS,d = 300,0 kN (dado)


Ne,y = 579 kN calculado para Ky = 1,0 no item a.2);

11
Calculando-se Ne,x para Kx = 1,0, vem:
 2 E Ix  2 x 20.000 x 4.886
Ne x    4.361,6 kN
( kx lx )2 ( 1,0 x 470 ) 2
MdB,x = 17,0 kNm
M1 x
C m x  0,6  0,4 , onde:
M2x

M 1x M dA, x 9
   0 (curvatura reversa)
M 2 x M dB, x 17

9
C m x  0,6  0,4  0,388 MdA,x = -9,0 kNm
17
C m, x Plano x-x
0,388
1 , x    0,417  1,0 Curvatura reversa
N Sd1 300
1 1
N e, x 461,6

Adota-se 1 , x  1,0

M1 y MdB,y = 2,5 kNm


Cm y  0,6  0,4 , onde:
M2y

M 1y M dA, y 2
   0 (curvatura simples)
M2y M dB, y 2,5

 2 
C m y  0,6  0,4     0,92
 2,5  MdA,y = 2,0 kNm

Cm y 0,92 Plano y-y


1 , y    1,91  1 Curvatura simples
N Sd1 300
1 1
N e, y 579

Adota-se 1 , y  1,91

N Sd 300,0 N Sd 8  M x,S d M y ,Sd 


 1
Assim,   0,69  0,2     
N Rd 9  
1, x 1, y
N Rd 440,81 M x, Rd M y , Rd 

300 8  17 2,5 
 1  1,91   1,07  1,0 ,
440,81 9  95,59 18,41 

Portanto não passa, rejeita-se a peça.

12
e) Máxima força cortante de cálculo VSd a ser aplicada na seção transversal da coluna;

h 231
   48,63
tW 4,75

a = 4700 - 200 = 4500 mm (vide figura);

a 4.500
  19,4  3  KV= 5,0
h 231

KV E
 p  1,1
fy

5,0 x 200.000
 p  1,1  69,9
250

Vpl
Como  < p  VR , d 
 a1

Vpl = 0,6 Aw.fy = 0,6 d tW fy

Vpl = 0,6 . 25,0 . 0,475 . 25

Vpl = 178,5 kN

V pl 178,5
VR,d  
 a1 1,4

V R , d  162,27 kN

Fazendo VdA = VRd = VSd = 162,27 kN ,

Vem: VSd = 162,27 kN

13
Exercícios propostos:

1. Da coluna abaixo, pelos critérios da NBR 8800:2008 ,pede-se :


a) Determinar a resistência a compressão simples do trecho AC; (valor: 2,0 pontos)
b) Verificar no trecho AC, a suficiência a efeitos combinados de carga axial de compressão de cálculo e momentos
fletores de cálculo de primeira e segunda ordem, nos dois planos representados. (valor: 2,0 pontos)
Dados:
1) Considerar verificados e atendidos os estados limites últimos de Cisalhamento e Flambagem Local da Mesa (FLM)
e Flambagem Local da Alma (FLA) para flexão e compressão axial;
2) Considerar verificado e atendido o estado limite último de serviço referente a deformações (flechas);
3) Aço ASTM A-572, grupo 3, grau 50 com:
E = 200000 MPa, fy =345 MPa e fu = 450 MPa;  R  0,3 f y e G=77000 MPa;
4) Coluna engastada na base nos planos x-x e y-y; adotar os valores recomendados de kx e ky;
5) Pontos travados contra a torção axial: A,B,C e D;
6) Solicitações de cálculo no trecho AC:
Carga axial de compressão: NC,Sd = 253,70 kN;
Momentos fletores no pórtico do plano A-A: MSd,A-A = ............................ kN.m; (ver DMF) y
tf
Momentos fletores no pórtico do plano B-B: MSd,B-B = ............................ kN.m; (ver DMF)
x x
7) Resistências de cálculo: h
Resistência a compressão axial: NC,Rd =......................... (a determinar) ( kN); d
Resistência a momento fletor no plano x-x: MRd,x = 1259,83 kN.m; tf
Resistência a momento fletor no plano y-y: MRd,y = 563,80 kN.m; tw tw
8) Considerar análise de segunda ordem para efeitos locais;
9) Desprezar os efeitos de  2 x e  2 y nos cálculos das solicitações; bf
10) Características geométricas do perfil caixão empregado:
Ag = 162,57 cm2 ; d = 720,00 mm; h = 695,00 mm ; t W = 6,30 mm
bf = 300,00 mm ; tf = 12,50 mm ; Ix = 129112,80 cm4 ; Wx = 3586,47 cm3
Zx= 4016,85 cm3 ; rx = 28,18 cm ; Iy = 24512,30 cm4 ; Wy = 1634,20 cm3 ; Cw = 0
Zy= 1634,20 cm3 ; ry = 12,29 cm ; rt = cm ; J = 63591,00 cm4 ; x0 = y0 = 0
11) Não existem forças transversais entre as extremidades das barras nos planos de flambagem;
12) Planos perpendiculares entre si (pórticos parciais) e respectivos diagramas de momentos fletores de
primeira ordem (DMF).
MSd,A-A (kN.m) D D MSd,B-B (kNm)
210,0 186,0

L=3500 mm

420,0 C C 186,0
210,0 186,0

720 300

L=3500 mm
B
186,0
186,0

L=3500 mm

contraventos
210 A A 93,0

022 Plano do pórtico = Plano A-A Plano perpendicular ao do pórtico = Plano B-B
14
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL

Disciplinas: Estruturas Metálicas


Prof. Dr Celso Antonio Abrantes
Outubro - 2015

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 1


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

ENGENHARIA CIVIL

Disciplinas: Estruturas de Madeiras


Estruturas Metálicas
Prof. Dr Celso Antonio Abrantes
Outubro - 2015

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 2


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

LIGAÇÕES SOLDADAS - SOLDAS DE FILETE


(segundo o item 6.2.6.2 da NBR 8800:2008

1. Disposições aplicáveis:

lW

2 dW

dW

dW lW

Raiz da solda

gr = garganta real;

g = dW .cos 45º = garganta efetiva;

dW = tamanho da perna do filete de solda; lW


dW
t1 e t2 = espessuras dos elementos da ligação;

tmin= espessura mínima equivalente a menor espessura das chapas soldadas (t 1 ou t2);

lW = comprimento efetivo do filete de solda (incluindo o retorno = 2 dW)


lW 2
2 dW = retorno
Td Td
Aw = g . lW = dW. cos 45º. lW = área de solda b

lW  40 mm e lW 1
Restrições: lW  4 d W
lW 1  lW 2  b apenas no caso de barra chata;

AMB = dW . lW = Área do metal base.

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 3


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

2. Adoção da dimensão “dW ” da perna da solda:

Definir dimensões máxima (dW max ) e mínima (dW min ) da perna de solda, em função das espessuras
das chapas a serem soldadas, é necessário para garantir que a penetração do metal da solda no metal
base não rompa a chapa mais fina da ligação e garanta penetração suficiente na chapa mais grossa
para transmissão de esforços.

dW min  dW  dW max

2.1 Dimensão máxima da perna de solda (dW max)


(pag 74 da NBR8800:2008)

Se tmin  6,35 mm , dW max = tmin ou se tmin  6,35 mm , dW max = tmin - 1,5 mm

Onde: tmin = menor espessura de chapa na ligação.

2.2 Tamanho mínimo da perna de uma solda de filete ( dW min )


(pag 74 da NBR8800:2008)

Tabela 10 da NBR 8800:2008: Tamanho mínimo da perna de uma solda de filete ( dW min )
Menor espessura do metal-base na junta (tmin ) Tamanho mínimo da perna da solda de filete, (dW min ) 1)
(mm) (mm)
Abaixo de 6,35 até 6,35 3
Acima de 6,35 até 12,5 5
Acima de 12,5 até 19,0 6
Acima de 19,0 8
1)
Executadas somente com um passe.

2.3 Compatibilidade do metal-base com o metal da solda

Ver tabela 7 da NBR 8800:2008.

3 Força resistente de cálculo FRd,W dos diversos tipos de solda

As forças resistentes de cálculo FRd,W dos diversos tipos de solda, estão indicadas na tabela 8 da NBR
8800:2008.

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 4


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

3.1 Resistências de cálculo de soldas filete (item 6.2.6.2 da NBR 8800:2008)

3.1.1 Resistência a tração ou compressão paralelas ao eixo da solda.


Não precisa ser considerado.

3.1.2 Resistência a cisalhamento do metal da solda (ruptura da solda)


(item 6.2.5 da NBR 8800:2008, pag 71)

AW fW
FW ,R d  0,6
W2

Aw = g. lW = dW. cos 45º.lW = área de solda ;


dW
fw = resistência a tração do metal da solda;
g
 W 2 = 1,35 para combinações normais ou de construção ou
dW Aw
 W 2 = 1,15 para combinações excepcionais.

Resistência à tração do metal da solda. Tabela A.4 da NBR 8800:2008, pag 110.
Metal da solda fw ( MPa )
Todos eletrodos com classe de resistência 6 ou 60 415
Todos eletrodos com classe de resistência 7 ou 70 485
Todos eletrodos com classe de resistência 8 ou 80 550

3.1.3 Resistência a escoamento do metal base


(item 6.5.5- a da NBR 8800:2008, pag 87)
AMB
Para o estado limite de escoamento: dW
g
0,60 . Ag . f y 0,60 . AMB . f y
FR d   FMB , R d 
 a1  W1 dW AMB

AMB = dW. lW = Área do metal base.

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 5


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

4) Área liquida efetiva (Ae) de barras tracionadas soldadas, em função dos


comprimentos dos cordões de solda:

Quando a carga for transmitida a uma chapa por soldas longitudinais ao longo de ambas as
bordas, na extremidade da chapa, o comprimento das soldas não pode ser inferior a largura da
mesma.

lW = comprimento da solda
Td b Td
b = largura da chapa = distância entre
os cordões de solda
lW t = espessura da chapa

Da verificação da suficiência a tração da barra, vem:

Ag = área bruta = b.t

An= área líquida = Ag - Afuros

No caso, para barras soldadas, An =Ag

Ae= área líquida efetiva

Ae = ct An
lW  2,0 b, ct = 1,00
Valores de ct para: 1,5 b  lW < 2,0 b , ct = 0,87
b  lW < 1,5 b , ct = 0,75

Recordação: Estados limite últimos aplicáveis ao dimensionamento de barras tracionadas:


(item 5.2.2 da NBR 8800:2008)

Ag . f y .
E.L. nº1: Escoamento da seção bruta: N t R d 
 a1

Ae . f u .
E.L. nº2: Ruptura da seção liquida: Nt Rd 
 a2

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 6


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

5) Símbolos básicos de soldagem e sua localização:

Ilustrações do livro: Edifícios Industriais em Aço.

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 7


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

6. Exercícios :
6.1 Dimensionar a ligação soldada da tira de ferro chato à chapa de ligação, considerando:
1) Aço ASTM A-36, com fy = 250 MPa e fu = 400 MPa, ;
2) A tira e a chapa de ligação são suficientes para a carga aplicada.
3) Carga axial de cálculo: Td = N t S d = 70 kN;
4) Eletrodos E 70 XX; A
dW lW

100
Td b = 100 Td

6 12,5

A
Corte A-A dW lW
Solução:
1- Esforços nos cordões de solda:

Td solda 1
Barra simétrica, Td aplicada no eixo de simetria,
2 Td
portanto: RS1 = RS2
Td Td N tS ,d 70
RS1  RS 2     35,0 kN
2 solda 2 2 2 2

2 -Adoção da perna de solda:


(pag 66 da NBR 8800:2008)

tmin = 6,0 mm < 6,35 mm  dW,max = tmin = 6,0 mm


tmin = 6,0 mm < 6,35 mm  
tabela 10
dW,min = 3,0 mm
Assim, dW,min = 3,0 mm  dW  dW,max = 6,0 mm 
Adota-se dW = 6,0 mm = 0,6 cm

3- Resistência da ligação:
A resistência da ligação é o menor dentre os valores da resistência a cisalhamento do metal da
solda (ruptura da solda) ou resistência a escoamento do metal base.

3.1 Resistência a cisalhamento do metal da solda (ruptura da solda)


dW
Aw = g. lW = dW. cos 45º.lW = área de solda g

kN
fw  485 MPa  48,5 (Tabela A-4 - Eletrodos E 70 XX ) dW Aw
cm 2

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 8


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Aw = 0,6 . cos 45º. lW = 0,4242 . lW


AW fW 0,4242 . lW. . 48,5
FW ,R d  0,6  0,6 = 9,145 . lW (kN)
W2 1,35

3.2 Resistência a escoamento do metal base:


AMB = dW. lW = 0,6 . lW AMB
kN
fy  250 MPa  25 (Aço ASTM A-36) dW
cm 2 g

AMB . f y 0,6 . lW . 25
FMB ,R d  0,6  0,6  8,182 . lW (kN ) dW AMB
 W1 1,1

3.3 Conclusão
Adota-se FMB,Rd = 8,182 . lW ( o menor, com lW em centímetros)

4- Determinação dos comprimentos dos cordões de solda:


Fazendo Td 2  Rn , vem: 35 = 8,182. lW  lW = lW1 = lW2 = 4,28 cm = 43 mm
Restrições: lW = 43 mm > 4 dW = 4 . 0,6 = 24 mm  OK
lW = 43 mm > 40 mm  OK
lW = 43 mm < b =100 mm  adota-se lW = lW,min = b = 100 mm (Apenas no
caso de barra chata)
-Observação:
Como lW foi adotado pelo valor mínimo e não pelo valor necessário, poder-se-ia a favor da
economia, adotar para o valor de dW um número inteiro inferior a 6 mm, contido no intervalo
dW,min = 3,0 mm  dW  dW,max = 6,0 mm .

5- Representação da solução:
Adota-se lW = 100 mm (incluindo retorno de 2 dW =12 mm )

A E 70 XX
6 100

Td Td
b = 100

A E 70 XX
6 100

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 9


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

6.2 Dimensionar a ligação soldada da cantoneira à chapa de ligação, considerando:


1) Carga axial de tração de cálculo na barra: Td = N t S d = 100 kN;

2) Aço MR 250; dW lW
3) Eletrodos E 60 XX;
A
4) Seção empregada: dupla cantoneira de
abas iguais 3” x 3” x 3/8”, com y = 2,26cm;
5) Espessura da chapa de ligação: t = 5/16”.

y A
y
Td y
dW lW
y
Corte A-A
Solução:

1- Esforços nos cordões de solda ( RS1 e RS2 ):


solda 2 - O problema é resolvido como uma
Rs2
Td cantoneira simples, submetida a
3” = 7,62 cm 2
 Td 
metade do esforço   .
Rs1 y = 2,26 cm  2 
solda 1 - A barra é assimétrica, fazendo com
que a força ao longo do eixo baricêntrico da cantoneira, gere esforços diferentes nas soldas
(RS1  RS2 ).
O cálculo de RS1 e RS2 , é feito como se a cantoneira fosse uma viga bi-apoiada de vão
igual a dimensão da aba, submetida a uma carga concentrada aplicada fora
do centro do vão.

Td 100 2,26
  50,0 kN  RS 2  50,0  14,83 kN (para uma cantoneira)
2 2 7,62
 RS1  50  RS 2  35,17 kN (para uma cantoneira)

2 -Adoção da perna de solda:


5" 5
tmin = tchapa = = . 25,4 = 7,94 mm > 6,35 mm  dW,max = 7,94 – 1,5mm = 6,44 mm
16 16
tmin = 7,94 mm  
tabela 10
dW,min = 5,0 mm
Assim, dW,min = 5,0 mm  dW  dW,max = 6,44 mm  adota-se dW = 6,0 mm = 0,6 cm

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 10


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

3) Resistência da ligação:

3.1 Resistência a cisalhamento do metal da solda (ruptura da solda)


Aw = g. lW = dW . cos 45º. lW = 0,6 cos 45º lW
Aw = 0,4242 . lW dW
g
kN
fw  415 MPa  41,5 (Tabela A-4 - Eletrodos E 60 XX )
cm 2 dW Aw
AW fW 0,4242 . lW. . 41,5
FW ,R d  0,6  0,6 = 7,824 . lW (kN)
W2 1,35

3.2 Resistência a escoamento do metal base:


AMB
AMB = dW . lW  AMB = 0,6 . lW
kN dW
fy  250 MPa  25 (Aço MR 250 – tabela A1)
cm 2 g

AMB . f y 0,6 . lW . 25 dW AMB


FMB ,R d  0,6  0,6  8,182 lW
 W1 1,1

3.3 Conclusão
Adota-se FMB,Rd =7,824. lW ( o menor, com lW em centímetros)

4- Determinação dos comprimentos dos cordões de solda:


Solda 1: Fazendo RS1  FMB ,Rd , vem: 35,17 = 7,824. lW1  lW1 = 4,49 cm = 45 mm

Restrições: lW1 = 45 mm > 4 . dW = 4 . 0,6 = 24 mm , (oK)


lW1 = 45 mm > 40 mm (oK)
Assim, adota-se lW1 = 45 mm.

Solda 2: Fazendo RS 2  FMB ,Rd , vem: 14,83 = 7,824 . lW2  lW2 = 1,90 cm = 19 mm
Restrições: lW2 = 19 mm < 4 dW = 4 . 0,6 = 2,4 cm = 24 mm , (não oK)
lW2 = 19 mm < 40 mm (não oK)
Assim, adota-se para lW2 o valor mínimo: lW2 = 40 mm.
-Observação:
Como lW2 foi adotado pelo valor mínimo e não pelo valor necessário, poder-se-ia a favor da
economia, adotar para o valor de dW2 o número inteiro inferior a 6 mm contido no intervalo
dW,min = 5,0 mm  dW  dW,max = 6,44 mm, ou seja, dW2 = 5 mm.

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 11


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

5- Representação da solução: E 60 XX
6 40

Obs: Os comprimentos indicados lW1 e l W2 incluem


retorno de 2 dW =12mm.

6 45
E 60 XX

6.3 No nó abaixo, em função da resistência dos cordões de solda existentes, determinar o valor do
máximo esforço axial de tração de cálculo Td = N t S d a ser aplicado na barra. Dados:

1) Aço ASTM A-36, com fy = 250 MPa ;


2) Chapa de ligação com espessura t = 6,35 mm ( ¼” );
3) Seção empregada: dupla cantoneira 76 x 76 x 4,8 mm (3”x 3” x 3 / 16”), com y = 2,08 cm;
4) Considerar a chapa e as cantoneiras, suficientes ao esforço aplicado.

3 45 3 45
E 70 XX E 70 XX

Td Td
y = 2,08

4 100 4 100
E 70 XX E 70 XX
Solução:

1- Esforço Td em função dos esforços RS1 e RS2 suportados pelos cordões de solda:
2
solda 2
Rs2
Td
3” = 7,6 cm 2

y = 2,08 cm
Rs1
solda 1

Td2
RS 2 .7,6  . 2,08  Td2  7,308 RS 2 kN (para uma cantoneira)
2
OU

.  7,6  2,08 
Td1
RS1 .7,6   Td1  2,754 RS1 kN (para uma cantoneira)
2

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 12


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Observação: Neste caso, Td não pode ser considerado como as soma dos esforços Rs1 e Rs2 ,
pois estes serão determinados em função das resistências das áreas das soldas
existentes.

2- Resistências dos cordões de soldas da ligação:

2.1 Solda 1: (dW,1 = 4 mm e lW,1 =100 mm = 10 cm)

- Resistência a cisalhamento do metal da solda 1 ( ruptura da solda 1 )


Aw,1 = g. lW1 = dW,1 . cos 45º. lW,1 = 0,4 cos 45º . 10
dW
Aw,1 = 7,07 cm2
g
kN
fw  485 MPa  48,5 (Tabela A-4 - Eletrodos E 70 XX ) dW Aw
cm 2
AW ,1 fW 7,07 . 48,5
FW , R d ,1  0,6  0,6 = 152,4 (kN)
W 2 1,35

- Resistência a escoamento do metal base da solda 1:


AMB,1 = dW . lW,1  AMB,1 = 0,4 . 10 = 4,0 cm2
AMB
kN
fy  250 MPa  25 (Aço ASTM A36 – tabela A1)
cm 2 dW
AMB . f y 4 . 25
FMB , R d 1  0,6  0,6  54,55 kN
 W1 1,1 dW AMB

- Resistência da solda 1:
Adota-se para a solda 1, FMB,Rd 1 = 54,55 kN (o menor)

2.2 Solda 2: (dW,2 = 3 mm e lW,2 =45 mm)

- Resistência a cisalhamento do metal da solda 2 ( ruptura da solda 2 )


Aw,2 = g. lW,2 = dW,2 . cos 45º. lW,2 = 0,3 . cos 45º . 4,5
Aw,2 = 0,96 cm2
dW
kN
fw  485 MPa  48,5 (Tabela A-4 - Eletrodos E 70 XX ) g
cm 2
dW Aw
AW ,2 fW 0,96 . 48,5
FW , R d ,2  0,6  0,6 = 20,69 (kN)
W 2 1,35

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 13


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

- Resistência a escoamento do metal base da solda 2:


AMB,2 = dW2 . lW,2  AMB,2 = 0,3 . 4,5 = 1,35 cm2 AMB

kN
fy  250 MPa  25 (Aço ASTM A36 – tabela A1) dW
cm 2
AMB, 2 . f y 1,35 . 25 dW AMB
FMB,R d , 2  0,6  0,6  18,41 kN
 W1 1,1

- Resistência da solda 2:
Adota-se para a solda 2, FW , R d ,2  18,41 kN (o menor)

3) Valor do máximo esforço axial de tração de cálculo Td = N t S d em função da resistência dos


cordões de solda existentes na ligação:

Fazendo RS1= FMB,Rd 1 = 54,55 kN em Td1  2,754 RS1 kN , vem:

Td 1  2,754 . 54,55  Td 1  150,23 kN

Fazendo RS2= FW , R d ,2  18,41 kN em Td2  7,308 RS 2 kN , vem:

Td2  7,308 . 18,41  Td 2  134,54 kN

Adota-se para uma cantoneira, Td 1  134,54 kN (o menor)

Portanto, para dupla cantoneira vem:


Td = N t S d = 2 . Td 1  2 x 134,54  Td = 269,1 kN

4) Resposta:

3 45 3 45
E 70 XX E 70 XX

Td = 269,1 kN Td = 269,1 kN
y = 2,08

4 100 4 100
E 70 XX E 70 XX

(incluindo o retorno = 2 dW)

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 14


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

6.4 No nó abaixo, em função da resistência dos cordões de solda existentes, determinar o


valor do máximo esforço axial de tração de cálculo Td = N t S d a ser aplicado na barra.

Dados:
1) Chapa de ligação com espessura t = ¼”,
2) Cantoneira simples de abas iguais 2” x ¼”, com y = 1,50 cm e Ag = 6,06 cm2 ;
3) Aço ASTM A-36, com fy = 250 MPa e fu = 400 MPa.

E 70 XX - solda 2
4 52

Td Td

E 70 XX – solda 1
4 83

(incluindo o retorno = 2 dW = 2 . 4 = 8 mm)


Solução:

1- Esforço “Td” em função dos esforços RS1 e RS2 suportados pelos cordões de solda:

solda 2
Rs2
Td
2” = 5,08 cm

y = 1,50 cm
Rs1
solda 1

RS 2 .5,08  Td . 1,50  Td2  3,387 RS 2 kN (Para cantoneira simples)


OU
RS1 5,08  Td .  5,08  1,50   Td1  1,419 RS1 kN (Para cantoneira simples)

Observação: Neste caso, Td não pode ser considerado como as soma dos esforços
Rs1 e Rs2 , pois estes serão determinados em função das resistências
das áreas das soldas existentes.

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 15


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

2) Resistências dos cordões de soldas da ligação:

2.1 Solda 1: (dW,1 = 4 mm e lW,1 =83 mm = 8,3 cm)

- Resistência a cisalhamento do metal da solda 1 ( ruptura da solda 1 )

Aw,1 = g. lW1 = dW,1 . cos 45º. lW,1 = 0,4 . cos 45º. 8,3
Aw,1 = 2,35 cm2
kN dW
fw  485 MPa  48,5 (Tabela A-4 - Eletrodos E 70 XX )
cm 2 g

AW ,1 fW 2,35 . 48,5 dW Aw
FW , R d ,1  0,6  0,6 = 50,66 (kN)
W 2 1,35

- Resistência a escoamento do metal base da solda 1:

AMB,1 = dW . lW,1  AMB,1 = 0,4 . 8,3 = 3,32 cm2 AMB


kN
fy  250 MPa  25 (Aço ASTM A36 – tabela A1) dW
cm 2
AMB . f y 3,32 . 25 dW
FMB ,R d 1  0,6  0,6  45,27 kN AMB
 W1 1,1

- Resistência da solda 1:
Adota-se para a solda 1, FMB,Rd 1 = 45,27 kN (o menor)

2.2 Solda 2: (dW,2 = 4 mm e lW,2 = 52 mm = 5,2 cm)

- Resistência a cisalhamento do metal da solda 2 ( ruptura da solda 2 )

Aw,2 = g. lW,2 = dW,2 . cos 45º. lW,2 = 0,4 cos 45º . 5,2
Aw,2 = 1,47 cm2 dW
kN g
fw  485 MPa  48,5 (Tabela A-4 - Eletrodos E 70 XX )
cm 2
dW Aw
AW ,2 fW 1,47 . 48,5
FW , R d , 2  0,6  0,6 = 31,69 (kN)
W 2 1,35

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 16


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

- Resistência a escoamento do metal base da solda 2:


AMB,2 = dW . lW,2  AMB,2 = 0,4 . 5,2 = 2,08 cm2 AMB
kN
fy  250 MPa  25 (Aço ASTM A36 – tabela A1) dWmin
cm 2
AMB, 2 . f y 2,08 . 25
FMB,R d , 2  0,6  0,6  28,36 kN dWmin AMB
 W1 1,1

- Resistência da solda 2:
Adota-se para a solda 2, FW , R d ,2  28,36 kN (o menor)

4) Valor do máximo esforço axial de tração de cálculo Td = N t S d em função da resistência dos


cordões de solda existentes na ligação:

Fazendo RS1= FMB,Rd 1 = 45,27 kN em Td1  1,419 RS1 kN , vem:

Td 1  1,419 . 45,27  Td 1  64,24 kN

Fazendo RS2= FW , R d ,2  28,36 kN em Td2  3,387 RS 2 kN , vem:

Td2  3,387 . 28,36  Td 2  96,06 kN

Adota-se o menor: Td = N t S d = Td 1  64,24 kN , para cantoneira simples.

5) Resposta: E 70 XX - solda 2
4 52

Td = 64,24kN Td = 64,24kN

E 70 XX – solda 1
4 83

(incluindo o retorno = 2 dW = 2 . 4 = 8 mm)

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 17


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

6.5 No nó do exemplo anterior abaixo representado, para uma carga axial de tração Td aplicada no
centro de gravidade da cantoneira, igual a sua capacidade a tração axial Nt,Rd, pede-se

dimensionar os comprimentos dos cordões de solda lW,1 e lW,2 , mantendo as dimensões das suas
pernas, perfis e materiais empregados.
E 70 XX - solda 2
4 lW,2

Td = N t,Rd Td = N t,Rd
d

E 70 XX – solda 1
4 lW,1
Solução:
1) Cálculo da capacidade a tração axial Nt,Rd da cantoneira.
Cantoneira simples de abas iguais 2” x ¼”, com Ag = 6,06 cm2:
Aço ASTM A-36, com fy = 250 MPa = 25 kN/cm2 e fu = 400 MPa = 40 kN/cm2

E.L. nº1: Escoamento da seção bruta:


Ag . f y . 6,06 . 25
Nt Rd    137,73 kN
 a1 1,1

Ae . f u .
E.L. nº2: Ruptura da seção liquida: N t R d 
 a2
- No caso, para barras soldadas, An =Ag = 6,06 cm2
Ae = Ct An
- Para máxima carga na cantoneira, adota-se Ct = 1,0 , que corresponde a lW 1  2 b e

lW 2  2 b , onde b = largura da cantoneira.

- Como b = 2” = 50,8 mm  51 mm , lW 1  l w min  2 . 51  102 mm e

lW 2  l w min  2 . 51  102 mm .

Ae = ct An = ct Ag = 1,0 . 6,06  Ae = 6,06 cm2


Ae . f u . 6,06 . 40
Nt R d    179,66 kN
 a2 1,35
Conclusão: Adota-se Td = Nt,Rd = 137,73 kN (o menor)

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 18


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

2) Cálculo dos esforços nos cordões de solda lW,1 e lW,2

solda 2
Rs2
Td
2” = 5,08 cm

y = 1,50 cm
Rs1
solda 1

RS 2 .5,08  Td . 1,50  RS 2  0,2953 . Td kN  RS 2  0,2953 . 137,73 kN


 RS 2  40,67 kN

RS1 5,08  Td .  5,08  1,50   RS1  0,7047 . Td kN  RS1  0,7047 . 137,73 kN


 RS1  97,06 kN

3) Verificação da perna de solda adotada:

1" 1
tmin = tchapa = tcantoneira = = . 25,4 = 6,35 mm  dW,max = 6,35 – 1,5mm = 4,85 mm
4 4
tmin = 6,35 mm  
tabela 10
dW,min = 3,0 mm
Assim, dW,min = 3,0 mm  dW = 4 mm  dW,max = 4,85 mm  atende as restrições.

4) Resistência da ligação:

4.1 Resistência a cisalhamento do metal da solda (ruptura da solda)


Aw = g. lW = dW . cos 45º. lW = 0,4 cos 45º lW  Aw = 0,2828 . lW dW
g
kN
fw  485 MPa  48,5 2 (Tabela A-4 - Eletrodos E 70 XX )
cm dW Aw
AW fW 0,2828 . lW. . 48,5
FW , R d  0,6  0,6 = 6,096 . lW (kN)
W 2 1,35

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 19


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

4.2 Resistência a escoamento do metal base:


AMB
AMB = dW . lW  AMB = 0,4 . lW
kN dW min
fy  250 MPa  25 (Aço ASTM A-36 – tabela A1)
cm 2
AMB . f y 0,4 . lW . 25 dW min
FMB , R d  0,6  0,6  5,455 . lW AMB
 W1 1,1

4.3 Conclusão: Adota-se FMB,Rd = 5,455 . lW ( o menor, com lW em centímetros)

5) Pré-dimensionamento dos comprimentos dos cordões de solda:

Solda 1: Fazendo RS1  FMB ,Rd , vem: 97,06 = 5,455 . lW1  lW1 = 17,8 cm = 178 mm

Restrições: lW1 = 178 mm > 4 dW = 4 . 0,4 = 16 mm (oK)


lW1 = 178 mm > 40 mm (oK)
l W1  178 mm  lW min  102 mm para Ct = 1,0.
Assim adota-se lW1 = 178 mm

Solda 2: Fazendo RS 2  FMB ,Rd , vem: 40,67 = 5,455 . lW2  lW2 = 7,46 cm = 75 mm

Restrições: lW2 = 75 mm > 4 dW = 4 . 0,4 = 16 mm (oK)


lW2 = 75 mm > 40 mm (oK)
lW 2  75 mm  lW min  102 mm para Ct = 1,0.
Assim adota-se lW2 = 102 mm

6) Representação da solução:
E 70 XX - solda 2
4 102

Td = 137,73 kN Td = 137,73 kN

E 70 XX – solda 1
4 178

(incluindo o retorno = 2 dW = 2 . 4 = 8 mm)

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 20


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

7, Exercícios propostos:

7.1.Dimensionar a ligação soldada do montante à chapa


de ligação do nó ao lado, indicando a resposta no
desenho através de convenção apropriada.
Dados:
1) Metal base: aço ASTM A-36 com: fy=250 MPa
e fu=400 MPa ;
2) Metal da solda: eletrodos E 70-XX;
3) Tração de cálculo no montante: T d = 280 kN = Nt,sd ;
y
4) Espessura da chapa de ligação: t = 8 mm;
5) Perfil dupla cantoneira 3"x3"x 5/16", com Ag=31,0 cm2 e y=2,21 cm;
6) Adotar 1"=2,54 cm;
E 70 XX
6 50
Resposta:

E 70 XX
6 122

7.2. No exemplo anterior ( exercício 7.1), dimensionar a ligação soldada da diagonal á chapa de
ligação, para uma carga axial Td igual à capacidade a tração da barra Nt,Rd , adotando Ct = 1,0 e
considerando dupla cantoneira de abas iguais 1 ¾” x 1 ¾” x ¼”, com com Ag=10,44 cm2 e
y=1,35 cm.
E 70 XX
6 101

Resposta:

Td = Nt,Rd =
237,27 kN
E 70 XX
Obs: lW min  90 mm para Ct = 1,0. 6 90

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 21


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

7.3. Na ligação soldada abaixo, pede-se:


a) Determinar o valor da máxima carga de tração de cálculo "Td" = Nt,Sd , a ser aplicada na barra
abaixo, em função única e exclusivamente da resistência da ligação soldada;
b) Determinar o comprimento mínimo dos cordões de solda, para que o perfil possa trabalhar
com a totalidade da sua capacidade a tração, adotando inicialmente ct=0,75.
Dados:
1) A carga de tração está aplicada no centro de gravidade da peça;
2) Eletrodos E 70- XX;
3) Metais base:
- Chapa de ligação em aço ASTM A-500 grau A, com = xG
d x h
fy=230 MPa, fu=310 MPa e espessura t=8,0 mm; CG

- Perfil laminado 6" x 12,2 kgf/m em aço ASTM A-36,


com fy=250 MPa e fu=400 MPa;
4) Características do perfil 6" x 12,2 kgf/m
Ag= 15,50 cm2
5 200
bf = 48,80 mm
tf = 8,70 mm tf = 8,7 mm
Td Td
d = 152,40 mm
tw = 5,08 mm
U 6" x 12,2 kgf/m
h = d - 2 tw = 142,24 mm
t = 8 mm
5 180
Resposta a):
Resistência a cisalhamento do metal da solda (ruptura da solda)
FW , R d = 137,1 (kN)

Resistências a escoamento dos metais base:


Para perfil laminado em aço ASTM A-36 : FMB,R d  122,73 (kN )

Para chapa em aço ASTM A-500 grau A: FMB,R d  112,91 (kN ) ===

1 Adota-se FMB,Rd = 112,91 kN ( o menor ), para um filete de solda.


Como Td = 2 . FMB,Rd = 2 .112,91 = 225,82 kN

Resposta b): Td = 352,27 kN, para ct =0,87 e lW = 281 mm.

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações soldadas 22


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL

Disciplinas: Estruturas Metálicas


Prof. Dr Celso Antonio Abrantes
Outubro - 2016

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 1


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

ENGENHARIA CIVIL

Disciplinas: Estruturas de Madeiras


Estruturas Metálicas
Prof. Dr Celso Antonio Abrantes
Outubro - 2016

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 2


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Ligações:

1.Partes componetes

- Elementos da ligação: são os elementos a serem unidos.

- Meios de ligação: são os elementos usados para unir as peças.


Ex.: rebites, parafusos e soldas.

2.Ligações por conectores:

Há 3 tipos de conectores:

Rebites, parafusos comuns e parafusos de alta resistência.

2.1: Rebites:

São conectores instalados a quente. A partir de 1950, foram substituídos por


parafusos ou soldas.

2.2 Parafusos comuns:

São fabricados em aço carbono com rosca


padronizada tipo métrica.
No Brasil utiliza-se também a rosca padrão
americano.

2.3 Parafusos de alta resistência:


São fabricados com aços tratados térmica-
mente.
O esforço de protensão aplicado ao seu
fuste pelo aperto da porca, gera forças
resistentes de atrito entre as chapas da li-
gação.

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 3


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

2.4 Formas de trabalho:

2.4.1 Rebites e parafusos comuns:


Trabalham a tensões de corte
e tensões de apoio. Despreza-
se o atrito entre aschapas, ge-
rado pelo resfriamento do re-
bite ou aperto do parafuso.

2.4.2 Parafusos de alta resistência:

Além de trabalharem a tensões


de corte e tensões de apoio
como os parafusos comuns,
podem também trabalhar a
esforços de tração axial míni-
mos, que garantem a transmis-
são de esforços por atrito entre
as peças.

P = força de protensão no parafuso


.
3. Tipos de ruptura em ligações com conectores:

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 4


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

4 Processo de furação

A execução de furações é muito cara. Para baratear tal processo ,é conveniente


padronizar os espaçamentos e as dimensões dos furos.
O processo de furação mais econômico é o puncionamento no diâmetro definitivo.

5 Tipos de furos

Furo padrão e alargado: Furo alongado e muito alongado:

d = db= diâmetro do conector


d’ = db + f = diâmetro do furo, onde f = folga

5.1 Dimensões máximas de furos para parafusos e barras rosqueadas:


(tabela 12 da NBR 8800-2008)
Dimensões Diâmetro do Diâmetro Diâmetro Dimensões do furo Dimensões do furo
em: parafuso ou barra do furo do furo pouco alongado muito alongado
rosqueada db padrão alargado
 24 db + 1,5 db + 5 (db +1,5) x (db +6) (db +1,5) x 2,5 db
milímetros 27 28,5 33 28,5 x 35 28,5 x 67,5
 30 db + 1,5 db + 8 (db +1,5) x (db +9,5) (db +1,5) x 2,5 db
 7/8” db + 1/16” db + 3/16” (db +1/16”) x (db +1/4”) (db +1/16”) x 2,5 db
1“ 1 1/16” 1 1/4" 1 1/16” x 1 5/16” 1 1/16” x 2 1/2"
polegadas  1 1/8” db + 1/16” db + 5/16” (db +1/16”) x (db +3/8”) (db +1/16”) x 2,5 db

5.2 Distâncias entre eixos de furos e entre eixos de furos e bordas das chapas

5.2.1 Representação gráfica das distâncias:

2,7 d

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 5


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

5.2.2 Espaçamentos mínimos entre conectores

Entre eixos de parafusos: s = 2,7db, medido na linha de furação.


(recomendável s = 3db).

5.2.3 Distância mínima do centro de um furo padrão à borda (a) :


Não pode ser inferior ao valor indicado na tabela 14 da NBR 8800-2008.

(tabela 14 da NBR 8800-2008)


Diâmetro db Borda cortada com Borda laminada ou cortada
(pol) (mm) serra ou tesoura com maçarico
a (mm) a (mm)
1/2" 22 19
5/8” 16 29 22
3/4" 32 26
20 35 27
7/8” 22 38 3) 29
24 42 3) 31
1” 44 32
1 1/8” 27 50 38
30 53 39
1 1/4" 57 42
36 64 46
> 1 1/4" >36 1,75 db 1,25 db
1) São permitidas distâncias inferiores às desta Tabela, desde que a equação aplicável de 6.3.3 seja satisfeita.
2) Nesta coluna, as distâncias podem ser reduzidas de 3 mm, quando o furo está em um ponto onde a força solicitantede
cálculo não exceda 25% da força resistente de cálculo.
3) Nas extremidades de cantoneiras de ligação de vigas e de chapas de extremidade para ligações flexíveis, esta dist ância
pode ser igual a 32 mm.

5.2.4 Distância máxima do centro de um furo padrão à borda:

a  12 t onde t = espessura da chapa


ou
a  150 mm

5.2.5 Distância entre bordas de furos padrão:

d’ lf d’ lf d’

Td Td

s  3 db s

lf  db

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 6


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

6. Resistências de Cálculo

6.1 Resistência de cálculo a tração axial (Segundo 6.3.3.1 da NBR 8800-2008) :

E.L. nº 1: Escoamento da seção bruta:


Td
Ag f yb Ab f y b
FRd ,t  
 a1  a1

Ab
onde: Ag  Ab  0,25  d b = área bruta
2
E d =d b
f yb  tensão de escoamento

Abe
E
E.L.nº 2: Ruptura da parte rosqueada:

A be f u b A b f yb
FRd ,t  
 a2  a1 Td

onde: Abe  0,75 Ab = área líquida


f ub  tensão de ruptura

6.2 Resistência de cálculo a cisalhamento (Segundo 6.3.3.2 da NBR 8800-2008) :

a) Para parafusos de alta resistência e barras redondas rosqueadas, quando o


plano de corte passa pela rosca;
Para parafusos comuns em qualquer situação.

0,4 Ab f ub
FRd ,V 
 a2

b) Para parafusos de alta resistência e barras redondas rosqueadas, quando o


plano de corte não passa pela rosca;

0,5 Ab f ub
FRd ,V 
 a2

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 7


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

6.3 Resistência a pressão de contato nas paredes de um furo:

A força resistente a pressão de contato na parede de um furo, já levando em conta


o rasgamento entre dois furos consecutivos ou entre um furo e a borda, é dado por:

d = db

a) No caso de furos padrão, furos alargados, furos pouco alongados em qualquer


direção e furos muito alongados nas direção da força:

a-1) Quando a deformação no furo para forças de serviço for uma limitação de
projeto

l f t fu db t fu
FRd ,c  1,2  2,4
 a2  a2

a-2) Quando a deformação no furo para forças de serviço não for uma limitação
de projeto

l f t fu db t fu
FRd ,c  1,5  3,0
 a2  a2

b) No caso de furos muito alongados na direção perpendicular à força:

l f t fu db t fu
FRd ,c  1,0  2,0
 a2  a2

onde: lf = distância livre, na direção da força, entre a borda do furo e a borda


do furo adjacente ou a borda da parte ligada,
db = diâmetro do parafuso;
t = tmin = menor espessura da parte ligada;
fu = resistência a ruptura do aço da parede. do furo.

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 8


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

6.4 Tração e cisalhamento combinados:

Além das verificações a esforços de tração e força cortante isoladas (itens 6.3.3.1 e
6.3.3.2 da NBR 8800-2008), o parafuso ou barra rosqueada submetida a tal
combinação, deve também atender as exigências abaixo:

6.4.1 Equação de interação para a ação simultânea de tração e cisalhamento;

2 2
 FSd ,t  F 
    Sd ,v   1,0
F  F 
 Rd ,t   Rd ,v 

onde: FSd,t é a força de tração solicitante de cálculo por parafuso ou barra


redonda rosqueada;
FSd,v é a força de cisalhamento solicitante de cálculo no plano
considerado do parafuso ou barra redonda rosqueada;
FRd,t e FRd,v são dados respectivamente em 6.3.3.1 e 6.3.3.2 da NBR
8800-2008.

6.4.2 Exigências alternativas ao uso da equação de interação (item 6.3.3.4 , tabela


11 da NBR 8800-2010)

Tabela 11 da NBR 8800-2010


Meio de ligação: Limitação adicional do valor da força de tração solicitante
de cálculo por parafuso ou barra redonda rosqueada 1)
f ub Ab
Parafusos ASTM A307 FSd ,t   1,90 FSd ,V
 a2
f ub Ab
FSd ,t   1,90 FSd ,V 2)

 a2
Parafusos ASTM A325
f ub Ab
FSd ,t   1,50 FSd ,V 3)

 a2
f ub Ab
FSd ,t   1,90 FSd ,V 2)

 a2
Parafusos ASTM A490
f ub Ab
FSd ,t   1,50 FSd ,V
 a2
f ub Ab
Barras rosqueadas em geral FSd ,t   1,90 FSd ,V
 a2
1)
f ub é a resistência a ruptura do material do parafuso ou barra rosqueada especificada no
Anexo A; Ab é a área bruta, baseada no diâmetro do parafuso ou barra redonda rosqueada,
db dada em 6.3.2.2, e FSd,V é a força de cisalhamento solicitante de cálculo no plano
considerado do parafuso ou barra rosqueada.
2)
Plano de corte passa pela rosca.
3)
Plano de corte não passa pela rosca.

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 9


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

7 Materiais usados em parafusos e barras redondas rosqueadas

As especificações indicadas na tabela 23 são aplicáveis a parafusos e a barras redondas rosqueadas


usadas como tirantes ou como chumbadores.
Elementos fabricados de aço temperado não devem ser soldados, nem aquecidos para facilitar a
montagem.

Tabela A.3 da NBR 8800/2008


fyb fub Diâmetro db
Especificação (MPa) (MPa) mm pol
ASTM A 307 - 415 - 1/2  db  4
ISO 898-1Classe 4.6 235 400 12< db  36 -
ASTM A 325 1) 635 825 16  db  24 1/2  db  1
560 725 24 < db 36 1 < db  1 1/2
ISO 4016 Classe 8.8 640 800 12< db  36 -
ASTM A 490 895 1035 16  db  36 1  db  1 1/2
ISO 4016 Classe 10.9 900 1000 12  db  36 -
1)
Disponíveis também com resistência à corrosão atmosférica comparável à dos aços AR350 COR ou
à dos aços ASTM A 588.

8 Efeito de alavanca em parafusos e barras redondas rosqueadas (item 6.3.5 da NBR).

Nota: O texto abaixo é cópia do item 6.3.5 da NBR 8800-2008.

8.1 Cópia do item 6.3.5.1 NBR 8800-2008.


Na determinação da força de tração solicitante de cálculo em parafusos ou barras
redondas rosqueadas, deve-se levar em conta o efeito de alavanca, produzido pelas
deformações das partes ligadas (Figura 17).

8.2 Cópia do item 6.3.5.2 NBR 8800-2008.


Caso não se façam analises mais rigorosas, pode-se considerar que o efeito de
alavanca tenha sido adequadamente considerado se for atendida pelo menos uma das
exigências a seguir:

a) Na determinação das espessuras das partes ligadas (t1 e t2 – ver Figura 17), for
empregado o momento resistente plástico (Zfy) e a força de tração resistente de
cálculo dos parafusos ou barras redondas rosqueadas for reduzida em 33%;

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 10


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

b) Na determinação das espessuras das partes ligadas (t1 e t2 – ver Figura 17), for
empregado o momento resistente elástico (Wfy) e a força de tração resistente de
cálculo dos parafusos ou barras redondas rosqueadas for reduzida em 25%;

Adicionalmente, a dimensão a não pode ser inferior à dimensão b (Figura 17).

Ao se determinarem as espessuras das chapas das partes ligadas, deve-se tomar a


força atuante em um parafuso e a sua largura de influência na chapa, p, obtida conforme
na figura 17.

Figura 17 da NBR 8800-2008 – Efeito e alavanca

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 11


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

9. Exercícios resolvidos:

Assunto: Tração axial em parafusos ou barras redondas rosqueadas.

9.1 Para o tirante de ferro redondo ao lado, pede-se:


a) Determinar a máxima combinação das ações de
cálculo entre as ações nominais NG,K e NQ,K, axiais de
tração, para o dimensionamento em estados limites
últimos.
b) Verificar a suficiência a tração axial do mesmo, para
a combinação das ações de cálculo determinada no
item anterior.
Dados:
1) Aço ASTM A-36
2) Diâmetro nominal da barra: d = 7/8”
3) Ações axiais nominais, situação normal:
NG,K = 20 kN (peso próprio de elementos construtivos
com adição in loco) ;
NQ,K = 50 kN (sobrecarga de uso)
4) Adotar 1" = 25,4 mm.

Solução:

a) FSd,t = G. NG,K + Q. NQ,K = 1,4 .20 + 1,5 . 50


FSd,t = 103,0 kN

E.L. nº 1: Escoamento da seção bruta:

db = 7/8" = (7/8).25,4 = 22,2 mm = 2,22 cm

Ab  0,25  d b  0,25  2,22 2 = 3,88 cm2


2

Ag f yb A b f yb 3,88 . 25
FRd,t =    FRd,t = 88,18 kN
 a1  a1 1,1

E.L.nº 2: Ruptura da parte rosqueada:

Abe  0,75 Ab  0,75 x 3,88 = 2,91 cm2

A be f u b 2,91 . 40 Ab fy
FRd,t =  = 86,22 kN <  88,18 kN  FRd,t = 86,22 kN
 a2 1,35  a1

Portanto adota-se o mais desfavorável: FRd,t = 86,22 kN (o menor)

Conclusão: Como FSd,t = 103,0 kN > FRd,t = 86,22 kN , rejeita-se a seção.

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 12


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: Parafusos sujeitos a força cortante.

9.2 Para a ligação parafusada abaixo esquematizada, pede-se:


a) Verificar a sua suficiência para a ação da carga axial Td, combinação de cálculo
das ações características permanente (G) e sobrecarga (Q), considerando quatro
parafusos;
b) Reprojetar e desenhar a ligação abaixo, para a ação da solicitação Td.

Dados:

1) Chapa do nó e cantoneiras em aço ASTM A-36, bordas laminadas;


2) Ações características atuantes no CG da barra: G = 150 kN, Q = 230 kN;
3) Combinação de cálculo: Td = g G + q Q , com g = q = 1,4 ;
4) Parafusos empregados: uma linha de furação para parafusos ASTM A-307 com
rosca fora do plano de corte , d  3 " e fub = 415 Mpa;
4
5) Furos do tipo padrão.
6) A deformação no furo para forças de serviço não é uma limitação de projeto.

a) Solução:

1) Diâmetro do furo padrão: d’ = db + 1/16” (tabela 12)


d’ = (3/4” + 1/16”) . 25,4 = 20,6 mm

2) Combinações das ações de cálculo:


Td = 1,4 . 150 + 1,4 . 230 = 532 kN

3) Resistência de cálculo:
l f t fu db t fu
3.1) Pressão de contato: FRd,c = 1,5 < 3,0
 a2  a2
fU = 400 MPa = 40 kN/cm² (aço ASTM A 36) , d b= 3 "  1,905 cm
4
tmin : menor espessura - tchapa = t1 = 3/8” = 0,953 cm
- tcantoneira = t2 = 2 . 5/16” = 1,590 cm (2 cantoneiras)
Assim, menor t = tchapa = 0,953 cm,

lf = 60 – d’ = 60 – 20,6 = 39,4 mm = 3,94 cm


3,94 . 0,953 . 40 1,905 . 0,953 . 40
FRd,c = 1,5  166,9 kN > 3,0  161,4 kN
1,35 1,35

Adota-se: FRd,c = 161,4 kN para cada parafuso.

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 13


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

3.2) Força cortante: (parafusos ASTM A 307, rosca fora de plano de corte)

d = 3/4" = (3/4).25,4 = 19,05 mm = 1,905 cm

Ab  0,25  d b  0,25  1,905 2 = 2,85 cm2


2

0,4 Ab f ub 0,4 . 2,85 . 41,5


FRd,v = = = 35,04 kN para 1 parafuso, 1 plano de corte.
 a2 1,35

Para 1 parafuso, 2 planos de corte: FRd,v = 2 . 35,04 = 70,08 kN

3.3) Conclusão:

Mais desfavorável é a resistência à força cortante, com FRd,v = 70,08 kN

Para 4 parafusos: FRd,v = 4 . 70,08  FRd,v = 230,3 kN

Como Td = 532 kN > FRd,v = 230,3 kN, não passa!

4) Disposições construtivas:

- parafusos com d  3 " = 1,905 cm.


4

- distância entre eixos de furos padrão (item 6.3.9)


Mínima = 2,7 d = 2,7 . 1,905 = 5,14 cm < 6 cm  OK (tabela 12)

- distâncias dos centros dos furos às bordas da chapa e cantoneiras:

- distância mínima entre os centros dos furos e as bordas:


condição: a  26 mm (borda laminada, tabela 14)
como a = 40 mm > 26 mm  OK

- distância máxima entre os centros dos furos e as bordas: (item 6.3.12)


amáx = 150 mm > 40 mm ,  OK
ou a  12 t - chapa: a = 4,0 cm  12 . 0,953 = 11,95 cm  OK
- perfil: a = 4,0 cm  12 . 0,790 = 9,48 cm  OK
- distâncias entre bordas dos furos: U = 60 – 19 = 41 mm > db  OK

b) Solução:

parafusos  3/4”, ASTM A 307


Td 532,0
n=   7,59 = 8
FRd ,v 70,08

distâncias mínimas:
-entre eixos = 2,7 .19 = 51,3 = 52 mm
-das bordas ao centro do furo: a = 26 mm (tabela 14). Adotado a = 28 mm.

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 14


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Assunto: tração e força cortante combinados.

9.3 Na ligação abaixo, pede-se:

a) Determinar o valor da máxima tração axial de cálculo “Td”, em estados limites últimos, a
ser aplicada no centro de gravidade da barra diagonal de contraventamento abaixo
esquematizada, em função da resistência da ligação parafusada da mesma à chapa de
ligação (1);

b) Verificar a suficiência da ligação parafusada da chapa de ligação (2) à mesa da coluna


(3), considerando a ação de uma carga axial de tração de cálculo Td = 309,40 kN,
aplicada no centro de gravidade da barra.

Dados:

1) Elementos da ligação em aço ASTM A-36 com: fy=250 MPA e fu=400 MPa ;
2) Furos do tipo padrão; as deformações nos furos são limitantes do projeto;
3) Parafusos ASTM A 325, com db = 24 mm, rosca fora do plano de corte;
5) Espaçamentos dos parafusos da ligação da diagonal à chapa (1): s = 3 db;
6) Bordas laminadas;
7) Dispensada a verificação do efeito de alavanca nas chapas (2) e (3);
8) Diagonais em perfis dupla cantoneira 3"x 3"x 1/4";
9) Espessuras das chapas na ligação:
Chapa de ligação (1): t1 = 1/4" = 6,35 mm;
Chapa de ligação (2): t2 = 5/8"  16,00 mm;
Mesa da coluna... (3): t3 = 5/8"  16,00 mm;.
10) Adotar: 1"=25,4 mm = 2,54 cm;
11) 1 kN/cm2 = 10 MPa
Td

) 60°
46 50 50 46

A
B 3
40
A
120
2
120

120

1 40 1
CORTE A-A

B
2 (milímetros)

CORTE B-B
3

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 15


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Solução a)
Determinação de Td, em função da resistência da ligação da diagonal à chapa de ligação (1)

a-1) Resistência a pressão de contato:


(furo padrão, deformação limita o projeto)
l f t fu db t fu
FRd,c = 1,2 < 2,4 (furo padrão, deformação limita o projeto)
 a2  a2
fU = 400 MPa = 40 kN/cm² ,
db = 24 mm = 2,4 cm ; d’ = 24 + 1,5 = 25,5 mm = 2,55 cm (tabela 12)
tmin : menor espessura
- tchapa = t1 = 6,35 mm = 0,635 cm
- tcantoneira = t2 = 2 . 6,35 = 12,6 mm = 1,26 cm (2 cantoneiras)
Assim, menor t = tchapa = 0,635 cm,
lf = 3db – d’ = 3 . 2,4 – 2,55 = 4,65 cm
4,65 . 0,635. 40 2,4 . 0,635 . 40
FRd,c = 1,2  104,99 kN  105,0 kN < 2,4  108,3 kN
1,35 1,35
Adota-se: FRd,c = 105,0 kN para cada parafuso.

a.2) Força cortante:


(parafusos de alta resistência ASTM A 325, rosca fora de plano de corte)
d b = 24 mm = 2,4 cm
Ab  0,25  d b  0,25  2,42 = 4,52 cm2
2

Para parafuso de alta resistência, rosca fora do plano de corte, vem:


0,5 Ab fub 0,5 . 4,52 . 82,5
FRd,v = = = 138,1 kN para 1 parafuso, 1 plano de corte.
 a2 1,35
Onde fub = 825 MPa = 82,5 kN/cm2
Para 1 parafuso, 2 planos de corte: FRd,v = 2 . 138,1 = 270,93 kN

a.3) Conclusão:
Mais desfavorável é a resistência pressão de contato, com :
FRd,c = 105,0 kN para cada parafuso.
Para 3 parafusos: FRd,c = 3 . 105,0 = 315,0 kN

Assim, fazendo Td = FRd,c , vem: Td = 315,0 kN

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 16


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Solução b)

Ligação da chapa (2) à mesa da coluna (3), para Td = 309,40 kN atuando em 8 parafusos:

b.1 Solicitações de tração de cálculo (FSd,t) e cortante de cálculo (FSd,v) em cada parafuso.

8 FSd,v Td = 309,40 kN
(para 8 parafusos)
8 FSd,v = 309,4 . cos 30°  FSd,v = 33,49kN
30°
8 FSd,t = 309,4 . cos 60°  FSd,t = 19,34 kN
60°

8 FSd,t

b.2 Suficiência a esforços tangenciais.

b.2.1 Resistência a força cortante


Para parafusos de alta resistência, rosca fora do plano de corte.
0,5 Ab fub
FRd,v = = 138,1 kN para 1 parafuso, 1 plano de corte (ver item a-2)
 a2
b.2.2 Resistência a pressão de contato:
Para furo padrão, as deformações nos furos são limitantes do projeto:
l f t fu db t fu
FRd,c = 1,2 < 2,4
 a2  a2
fU = 400 MPa = 40 kN/cm² ,
d b = 24 mm = 2,4 cm ; d’ = 24 + 1,5 = 25,5 mm = 2,55 cm (tabela 12)
tmin : menor espessura
- t chapa 2 = t2 = 5/8"  16,00 mm
- t chapa 3 = t3 = 5/8"  16,00 mm
Assim, menor t = tmin = t2= t3 = 5/8"  16,00 mm
lf = 120 – d’ = 120 – 25,5 = 94,5 mm = 9,45 cm
9,45 . 1,6 . 40 2,4 . 1,6 . 40
FRd,c = 1,2  537,6 kN > 2,4  273,1 kN
1,35 1,35
Assim, FRd,c = 273,1 kN para cada parafuso.

b.2.3 Verificação da suficiência de cada parafuso a esforços tangenciais:

Adota-se: FRd,c = 138,1 kN para cada parafuso.


Portanto FSd,v = 33,49kN < FRd,c = 138,1 kN , aceita-se.

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 17


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

b.3 Verificação da suficiência a tração axial:

Para parafusos ASTM A 325, com db = 24 mm, rosca fora do plano de corte, da tabela
A3, vem: fyb 635 MPa = 63,5 kN/cm² e fub 825 MPa = 82,5 kN/cm²

E.L. nº 1: Escoamento da seção bruta:

db = 24,0 mm = 2,4 cm ; Ab  0,25  d b = 4,52 cm2


2

Ag f yb A b f yb 4,52 . 63,5
FRd,t =    FRd,t = 260,93 kN
 a1  a1 1,1

E.L.nº 2: Ruptura da parte rosqueada:

Abe  0,75 Ab  0,75 x 4,52 = 3,39 cm2

A be f u b 3,39 . 82,5 A b f yb
FRd,t =  = 207,17 kN <  260,93 kN
 a2 1,35  a1

FRd,t = 207,17 kN

Portanto adota-se o mais desfavorável: FRd,t = 207,17 kN (o menor)

Conclusão: Como FSd,t = 19,34 kN < FRd,t = 207,17 kN , aceita-se a seção.

b.4 Efeitos combinados ( tração e cisalhamento)

b.4.1 Equação de interação para a ação simultânea de tração e cisalhamento


2 2
 FSd ,t  F   19,34 
2
 33,49 
2
    Sd ,v   1,0       0,068  1,0 , aceita-se.
F  F   207,17   138,1 
 Rd ,t   Rd ,v 

b.4.2 Exigência alternativa ao uso da equação de interação(tabela 11 da NBR 8800-2010)

Para parafusos ASTM A325, rosca fora do plano de corte, vem:

f ub Ab 82,5 . 4,52
FSd ,t   1,50 FSd ,V  19,34   1,50 x 33,49  225,99 kN , aceita-se
 a2 1,35

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 18


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

10. Exercícios propostos:

10.1 No nó de tesoura abaixo representado, pede-se:


a) Determinar o valor da máxima carga axial de tração de cálculo (Td) a ser aplicada na diagonal e
no montante;
b) Para a carga calculada no item anterior, verificar a suficiência da ligação parafusada da
diagonal à chapa de ligação com três parafusos;
c) Para a máxima carga axial de tração de cálculo (Td) calculada no item a), dimensionar e detalhar
a ligação parafusada do montante à chapa de ligação, adotando parafusos ASTM A-325 de maior
diâmetro possível, trabalhando como parafusos comuns;
Dados:
1) Aço ASTM A-441 com fy= 345 MPa e fu= 485 MPa;
2) Considerar parafusos de alta resistência por atrito
ASTM A-325 com d= 16mm, trabalhando como
parafusos comuns, rosca fora do plano de corte;
3) Furos do tipo padrão com: d"=d'+2mm e d’=d +1,5mm;
4) As deformações dos furos são limitantes de projeto;
4) Bordas da chapa de ligação e das cantoneiras, laminadas;
6) Chapa de ligação com t = 1/4" ( 6,35 mm)

Resp:

10.2.Dimensionar a ligação parafusada do montante à chapa de ligação do nó abaixo,


indicando a resposta num desenho através de convenção apropriada e considerando:
1) Aço ASTM A-36 com fy=250 MPA e fu=400 MPa;
2) Parafusos ASTM A 307 com db = 22 mm e rosca
no plano de corte;
3) Tração de cálculo no montante: Nts,d = Td = 280 kN;
4) Perfil dupla cantoneira 3"x3"x 5/16";
5) Espessura da chapa de ligação: t = 8 mm;
6) Furos do tipo padrão com:
d"=d'+2mm e d’=db +1,5mm;
7) As deformações nos furos são limitantes do projeto;
8) Bordas da chapa de ligação e das cantoneiras, cortadas com serra.

Resp: FR,d,V = 2 x 46,7 = 93,4 kN (2 planos de corte)


db
FR,d,C = 96,43 < 125,15 kN ; adota-se NtR,d = 93,4 kN ( o menor)
n = 280/93,4 = 2,99 = 3 parafusos
s = 2,7 db = 60 mm; a = 8 mm (tabela 14)

10.3 Determinar o valor da máxima carga axial de tração Td = Nts,d


a ser aplicada na barra rosqueada ao lado.
Dados:
1) db = 1”;
2) Aço com fy = 250 MPa e fu= 400MPa;
3) O esticador apresenta resistência superior à da barra.

Resp: Escoamento da seção bruta : NtR,d = 115,2 kN;


Ruptura da seção liquida : NtR,d = 112,6 kN;
Adota-se Td = Nts,d = NtR,d = 112,6 kN ( o menor)

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 19


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

10.4 Na ligação abaixo, pede-se:


a) Determinar o valor da máxima tração axial de cálculo “Td”, em estados limites últimos, a ser
aplicada no centro de gravidade da barra diagonal de contraventamento abaixo esquematizada,
em função da resistência da ligação parafusada da mesma à chapa de ligação (1);
b) Verificar a suficiência da ligação parafusada da chapa de ligação (2) à mesa da coluna (3),
considerando a ação de uma carga axial de tração de cálculo Td = 254,0 kN, aplicada no
centro de gravidade da barra.
Dados:
1) Elementos da ligação em aço ASTM A572 grupo1, grau 55 com: fy=380 MPA e fu=485 MPa ;
2) Furos do tipo padrão; as deformações nos furos são limitantes do projeto;
3) Parafusos comuns ISO 898-1 classe 4.6, com db = 25 mm, rosca fora do plano de corte;
4) Espaçamentos dos parafusos da ligação da diagonal à chapa (1): s = 2,7 db;
5) Bordas laminadas;
6) Dispensada a verificação do efeito de alavanca nas chapas (2) e (3);
7) Diagonais em perfis dupla cantoneira 3"x 3"x 3/16";
8) Espessuras das chapas na ligação:
Chapa de ligação (1): t1 = 1/4" = 6,35 mm;
Chapa de ligação (2): t2 = 1/2"  12,50 mm;
Mesa da coluna... (3): t3 = 3/4"  19,00 mm;.
9) Adotar: 1"=25,4 mm = 2,54 cm;
10) 1 kN/cm2 = 10 MPa

46 52 52 46
) 50°
Td
B A
3
42
A
90
2
90

90
90
42 1

B (milímetros)

CORTE A-A CORTE B-B

Resp:

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 20


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

RASCUNHOS

Verificar a suficiência a tração axial da corrente frechal ( cf ) em ferro redondo, abaixo


representada, para a mais desfavorável combinação de cálculo das ações indicadas
(Nd ), considerando:
a) Aço ASTM A-36;
b) Adotar:
1 kN / cm2 = 10 Mpa
1 “ = 2,54 cm
=3
c) Perfis empregados:
-Terça em chapa
dobrada [ 127x50x 3 mm;
-Suporte de terça em
cantoneira simples
Planta do telhado:
3” x 3” x 3/16”;
d) Ferro redondo com diâmetro nominal d =1 / 2 “, plano de corte pela rosca;
e) Ações características de tração, situação normal:
Ng,K = 1,5 kN, ação permanente de grande variabilidade;
Nq,K = 3,0 kN; ação devida a sobrecarga de uso no telhado;
NW,K=4,5 kN; ação devida ao vento.

Ligação da corrente (cf) nas extremidades

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 21


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

Td

) 60°
CORTE B-B
40 50 50 40

B
A
3
B
40

120 2
120

1 120
1
40
A
2
(milímetros)
3 CORTE A-A

Td
) 60°
A

Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Corte A-ALigações parafusadas / 22


Material didático registrado Direitos autorais reservados
Estruturas Metálicas Engenharia Civil

A A

Td

Corte A-A

) 60°

Corte A-A
Autor: Prof. Dr. Celso Antonio Abrantes Ligações parafusadas / 23
Material didático registrado Direitos autorais reservados
EXERCÍCIOS DE ESTRUTURAS METÁLICAS
LISTA 01 – TRAÇÃO UNIAXIAL
1) Verificar a suficiência a tração simples da barra abaixo, considerando:

 Aço ASTM A-36 com fy=250 MPa e fu = 400 MPa;


 Parafusos com diâmetro nominal db =19 mm, espaçados 3 db, furos do tipo
padrão;
 Perfil empregado: C 100 x 80 x 6 (chapa dobrada) com Ag=14.88 cm2 e C=2,83cm;
 Esforços nominais de tração: Ng=30,0 kN e Nq=70,0 kN;
 Adotar g=1.4 e q=1.5

2) Verificar a suficiência a tração simples da barra com ligação parafusada nas


extremidades, abaixo esquematizada, considerando:

 Aço ASTM A36;


 Furos do tipo padrão;
 Parafusos com diâmetro nominal db = 16 mm;
 Perfil empregado: dupla cantoneira de abas iguais 3” x 3” x 3/ 16”;
 Combinação de ações de cálculo: Td -= 320 KN
3) Determinar o valor da sobrecarga característica ”QK “ axial de tração, a ser
aplicada na barra abaixo, nas seguintes situações:

a) Tirante comum;
b) Pendural suporte de piso.

Dados:

1) Aço baixa liga grupo e com fy=315 MPa e fu=480 MPa ;


2) Parafusos com diâmetro nominal db = 1”, espaçados de 2,5 db;
3) Furos do tipo padrão;
4) Esforços axiais característicos de tração: G=50 kN, com g = 1,4;
QK = sobrecarga de uso a se determinar, com q = 1,5 ;
5) Seção dupla cantoneira abas iguais 3” x ¼”
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19

Você também pode gostar