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Impactos dos modelos agrícolas de produção

Adailson Cavalcante Costa, Anderson Torres De Sousa, Carlos Alberto Reyes Maldonado
Junior, Emanuelle Cristine Amorim Souza Zanatta, Valkiria Aires das Neves Cruz,
Walmir C S Garcia

O presente trabalho de seminário, propõe apresentar, resumidamente, os impactos


ocasionados pelos principais modelos de produção atual e alternativas de práticas adotadas
para redução dos danos ao meio ambiente, preservando, contudo, a produtividade, de
modo que a atividade seja economicamente viável.
A agricultura, sem dúvidas, é uma das principais atividades econômicas de
importância mundial. Sua atuação impacta diretamente a base da sociedade, pois, é meio
para produção dos alimentos básicos das mais variadas sociedades, além de produzir
matéria prima para confecção de vestuário, medicamentos, fontes de energia renováveis,
entre diversas outras opções.
Nesse sentido, a cada ano, aumenta a demanda pelo aumento na produção, em
meio ao crescente aumento populacional e a pressão por fontes alternativas a componentes
não renováveis, como por exemplo: o petróleo. Assim sendo, numa corrida desenfreada por
conquista de mercado, a primeira decisão foi a abertura de novas áreas, novas fronteiras
agrícolas, a fim de atender a demanda ora posta. No entanto, esse processo tem gerado, de
modo majoritário, o desequilíbrio na produção com a sustentabilidade ambiental.
A sociedade consciente da necessidade da preservação ambiental, tem sido cada
vez mais criteriosa nas exigências da produção. Não basta mais produzir em quantidade, é
necessário, produzir e preservar.
Práticas antigas, como queimadas, apesar de ainda continuarem, estão entrando em
desuso no manejo atual de produção. Parte pela exigência do mercado e somado aos
apontamentos de pesquisas e dados históricos de áreas, que o solo é mais que um meio de
substâncias químicas onde a planta extrai a sua nutrição. Mas sim, o solo é visto como um
meio vivo, permeado de interações de microrganismos, pois nele ocorre uma série de
processos vivos e dinâmicos essenciais à saúde das plantas (Embrapa, 2007).
O modelo predominante de produção é o plantio convencional, caracterizado por,
dentre outros exemplos: Cultivo intensivo do solo, monocultura, alta demanda por irrigação,
fertilização inorgânica (dependência de adubos químicos), controle químico de pragas e
doenças, manipulação genética de plantas cultivadas, etc. O sistema apresenta como
objetivo principal, a maximização da produtividade e lucro por área. Porém, com uma alta
dependência de fertilizantes químicos, defensivos agrícolas, constante revolvimento do solo,
entre outros fatores que aumentam o custo de produção.
Considerando os princípios da agroecologia, alternativamente a esse modelo de
produção, temos o modelo de produção orgânica, que tem se destacado em relação aos
modelos agroecológicos similares (biodinâmica, biológica, natural, regenerativa,
permacultura).
A agricultura orgânica propõe a colocar o solo como um protagonista no sistema de
produção, pois ele é a base para o sistema e nele ocorrem diversas interações biológicas
entre solo-planta-microrganismos, responsáveis pelo equilíbrio ecológico e sustentabilidade
da atividade.
Entre as principais características que compõem esse sistema, tem-se: busca pela
sustentabilidade econômica e ecológica, uso de práticas conservacionistas do solo e
preservação ambiental, eliminação de organismos geneticamente modificados, preservação
da Matéria Orgânica do Solo, busca pelo equilíbrio ecológico, maior diversificação do cultivo
por área plantada, eliminação da utilização de defensivos agrícola: busca por alimentos sem
possíveis resíduos químicos.
Para isso, diversas práticas de manejo são adotadas, como: sistema de Plantio
Direto, práticas conservacionistas de solo: Implantação de terraços, curvas de nível;
adubação Verde, manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIP/MID), cultivos consorciado:
ILPF, ILP e Silvipastoril; rotação de Culturas.
As pesquisas apontam que a adoção dessas e outras práticas auxiliam o sistema de
produção a ganhos de produtividade a longo prazo, como por exemplo, plantas que
sofreram estresse hídrico, em sistemas com um solo bem estruturado, conseguiram manter
ou reduzir muito pouco o potencial produtivo, quando comparado ao manejo convencional.
Com isso, podemos concluir que o modelo de produção baseado em princípios
agroecológicos, que procuram manter o ambiente em equilíbrio, é uma alternativa
economicamente viável, desde que, seja adotado corretamente os manejos integrados
exigidos.

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