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perspectiva de um androide
No filme “AI Inteligência Artificial” dos diretores Steven Spielberg e Stanley Kubrick,
lançado em 2001. É apresentado a história do protagonista David, um robô humanoide capaz de
amar incondicionalmente, que busca ser reconhecido como filho por sua mãe adotiva e, para isso,
inicia sua jornada em se tornar um menino humano, até mesmo depois de milênios de procura e
extinção da humanidade.
No início do filme é mostrado que as pessoas adquiriram tanto conhecimento sobre a criação
de robôs com aparência artificial que era difícil identificar um androide de qualquer outro indivíduo
na sociedade. Porém, havia a necessidade de equilibrar a inteligência artificial da máquina, já que
perguntas como “o que era amor?” eram respondidas com definições pré estabelecidas, ou em
conceitos formados sem vivenciarem ou praticarem, tal como espanto, raiva, dor entre outras
reações esperadas.
A proposta do Professor Hobby foi a criação de um novo modelo alimentado por neurônios
– capaz de verdadeiramente amar, sonhar, pensar e ter comportamentos humanos – propôs um “robô
filho”, com o objetivo de ajudar os casais que esperam uma licença de adoção, ou que sirvam para
suprir a necessidade de um filho. Porém, três grandes questões foram levantadas:
A problemática do filme está pautada na identidade do robô em ser humano, em ser aceito como
igual. O que significaria estar vivo? O que é ser um ser vivo? Quando começa a vida? O que é a vida?
David não era de carne e osso, mas era real. Ele agia e reagia como qualquer outra pessoa comum,
desejava afeto, demonstrava segurança, acreditava em algo, receava por reciprocidade, carinho e
demonstração. Acreditava no amor de sua mãe porque em toda sua existência esse era seu sonho. Ele
tinha um sistema tão complexo quanto um cérebro humano, e até na semelhança: neurônios se
comunicam por impulsos elétricos. Tinha esperança em se tornar um menino humano, tinha fé que a Fada
Azul poderia trazer sua mãe de volta, e trouxe. Desde o início do filme foi abordado que os humanos
eram seres quase divinos, capazes de criar vida artificial e, depois de milênios, os robôs se tornaram seres
capazes de criar vida.
Ainda mais, outra questão é “vale a pena ser humano?”, já que no início do filme os humanos
disseram que elevariam os mecas aos níveis deles, dando a capacidade de amar. Mas foram os humanos
incapazes de dar amor a quem é diferentes deles. Foi um robô capaz de amar incondicionalmente por 2
mil anos sem jamais perder a força.
Por fim, é entendido no filme que o ser humano possui dificuldades de amar o que é diferente de
si, seja um robô ou o desconhecido. Que é importante haver responsabilidade em ter compromissos, como
na adoção de um filho ou, até mesmo, ter um filho de sangue; em se comprometer com algo ou levar a
sério as decisões tomadas na vida. David persistiu até o final em seu sonho; amou sua mãe, mesmo que
tenha sido abandonado, além de demonstrar o verdadeiro compromisso com suas decisões.