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PSICOLOGIA

Família

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
PSICOLOGIA
Família
Ariete Bittencourt Pinto

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Família.....................................................................................................................................................................................4
1. Transformações Modernas e Contemporâneas da Família..................................................................4
1.1. Considerações Gerais sobre Família...............................................................................................................4
1.2. Aspectos Históricos da Família. . ......................................................................................................................5
2. Metodologia de Natureza Qualitativa.............................................................................................................9
2.1. História Recente da Família. . ..............................................................................................................................9
2.2. Família Tradicional.. ............................................................................................................................................. 10
2.3. Família Moderna (Conjugal Burguesa ou Nuclear). .............................................................................11
2.4. Família Contemporânea (ou Pós-Moderna). ...........................................................................................12
2.5. A Família no Contexto Brasileiro.. .................................................................................................................15
2.6. Direito de Família no Brasil e as Composições Familiares na Contemporaneidade. . ......18
2.7. Família e Desenvolvimento da Personalidade. .................................................................................... 22
3. A Família no Discurso Jurídico: Tipos de Processo; Perícia; Orientação..................................25
3.1. Processo.....................................................................................................................................................................25
3.2. Perícia..........................................................................................................................................................................27
Resumo................................................................................................................................................................................29
Mapa Mental......................................................................................................................................................................31
Exercícios............................................................................................................................................................................32
Gabarito...............................................................................................................................................................................45
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................46
Referências........................................................................................................................................................................65

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Apresentação
Olá!
É uma satisfação fazer parte da sua preparação profissional. Na aula de hoje, estudare-
mos sobre as transformações modernas e contemporâneas da família; o direito de família no
Brasil e as composições familiares na contemporaneidade; a família e o desenvolvimento da
personalidade; e a família no discurso jurídico: tipos de processo; perícia; orientação. A aula
foi elaborada visando explanar aspectos que permitem compreender de forma detalhada o
conteúdo. Em caso de dúvidas, estarei à disposição.
Ótimo estudo!
Prof. Ariete

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FAMÍLIA
1. Transformações Modernas e Contemporâneas da Família

1.1. Considerações Gerais sobre Família

A despeito dessa diversidade de perspectivas de estudo, uma vez que a família é com-
posta por indivíduos, seres biopsicossociais, inseridos no ambiente e parte da cultura com
suas particularidades e modos de vincularidade, ela deve ser compreendida a partir dos con-
textos históricos, econômicos, sociais e culturais, e dos valores e costumes característicos
destes contextos.
Neste sentido, mudanças na sociedade têm impacto nas famílias; modificações nas re-
gras, funções e papéis que influenciam os relacionamentos entre os membros de uma família,
causam impacto nas formas e arranjos familiares e, consequentemente, na dinâmica familiar.
De modo semelhante, as mudanças na estrutura e dinâmica familiares também afetam a so-
ciedade de modo mais amplo.

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1.2. Aspectos Históricos da Família

Até a década de sessenta do século XIX, não havia estudos que adentrassem a história da
família a partir da era primitiva. Os termos usados pela antropologia e outras áreas de conheci-
mento para dividir os períodos históricos (“Idade da Pedra”, “do Bronze” e do “Ferro”), úteis para
diferentes classificações, não eram aplicáveis à compreensão da família, a qual necessitava de
novas perspectivas.
Baseado na literatura clássica antiga, o jurista e antropólogo suíco Jakob Bachofen, propôs
que houve um momento na história no qual o domínio feminino era absoluto (ginecocracia).
Todavia, em decorrência de modificações no pensamento religioso e aquisição de novas con-
cepções sobre as divindades, transformações históricas na situação social recíproca do ho-
mem e da mulher se inverteram.
Na Inglaterra, John Ferguson McLennan (1827 - 1881) publicou Studies in Ancient History:
comprising a reprint of primitive marriage (1876) – “Estudos em História Antiga: compreen-
dendo uma reimpressão do casamento primitivo” - e reconheceu como primitiva a ordem de
descendência baseada no direito materno, concordando, assim, com a proposta de Bachofen.
Adicionalmente, defendeu que famílias primitivas eram exogâmicas e endogâmicas. Segundo
McLennan, na exogamia era proibido o casamento entre as pessoas da mesma tribo, por isso,
sugeriu que havia o rapto de mulheres de tribos adversárias. Na endogamia, inversamente, o
casamento entre membros de tribos diferentes era proibido. Foi considerado, na Inglaterra e
em lugares que seguiam as diretrizes inglesas, como o fundador da história da família e a pri-
meira autoridade nessa área (Engels, 2019; Lubbock, 1873; McLennan, 2012).

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A história familiar também foi contemplada por Lewis Henry Morgan (1818 – 1881), cien-
tista americano e historiador. Morgan (2014) investigou a família a partir de uma linha histórica
que iniciava na selvageria, atravessava a barbárie, até chegar à civilização. Sua principal obra,
Ancient Society (1877) – “Sociedade Antiga” - foi considerada por Friedrich Engels (1820 - 1895)
como a primeira a conceber história da família na América de uma perspectiva materialista,
tomando como ponto de partida a gens (clãs) de direito materno antecedendo a gens de direito
paterno (Engels, 2019). Morgan estudou cinco diferentes povos (os aborígenes australianos, os
índios iroqueses, os astecas, os gregos e os romanos) e concluiu que a história da raça huma-
na é uma só. Esta, por sua vez, está atrelada às invenções e descobertas que registram seus
sucessivos estágios, tendo como estrutura as gentes (gens), fratrias, tribos e a confederação
de tribos, que constituíam um povo ou nação (populus), ilustrando a ideia de governo na mente
humana que foi se aperfeiçoando até o estabelecimento da sociedade política (Morgan, 2014).
Friedrich Engels (1820 – 1895), filósofo alemão, empresário, industrial e teórico revolucio-
nário, era amigo de Karl Marx (1818 - 1883), estudou a origem da família moderna e seu percur-
so histórico baseando-se nas premissas lançadas por Morgan. Escreveu “A origem da família,
da propriedade privada e do Estado” (1884), obra na qual abordou a formação da sociedade
moderna. Para Engels, a estrutura familiar sofreu grande alteração, porém subsistiu o molde
primitivo no qual a família se organizava em grupos de interesse comum. Adicionalmente,
abordou as funções e gênese da família monogâmica a partir de uma perspectiva materialista
dialética, concluindo que foi no contexto familiar que se estabeleceu a divisão social do tra-
balho, resultado do surgimento da propriedade privada, da produção de bens de consumo, do
comércio (com seus atravessadores) e do poder do Estado (Engels, 2019: Mayer, 2020).
Bronislaw Kasper Malinowski (1884 – 1942), antropólogo polonês e um dos fundadores da
antropologia social, discordou dos autores que se ancoravam nas ideias evolucionistas no estu-
do do parentesco primitivo e do casamento. Para Malinowski, cada instituição social deveria ser
estudada de acordo com suas peculiaridades, em suas complexas funções sociais, tais como:

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O autor associava a estrutura, o sistema e a função para compreender o trabalho real do


mecanismo social envolvido em determinada tribo, delineando o esquema básico da vida tribal
(Lage, 2009; Malinowisk, 1913, 1922).
Ariès (1914 - 1984), historiador francês, abordou a história da família através da observa-
ção da iconografia presente na arte medieval até o século XVIII, sob a perspectiva da história
social da criança e sua família. Seu livro - é considerado como um importante canal de infor-
mações sobre a criança em seu contexto histórico e sociocultural ao demonstrar o percurso
da família através da sociabilidade aldeã até a privacidade isolada (Ariès, 2017; Poster, 1979).
Claude Lévi-Straus (1908 – 2009), antropólogo e filósofo francês, foi considerado o funda-
dor da antropologia estruturalista na década de 1950. Em seu livro “Les structures élémentai-
res de la parenté” (1949) – “As Estruturas elementares do parentesco” - (1982), considerado
um dos maiores clássicos da antropologia do século XX (Beauvoir, 1960; Lévi-Strauss, 1982;
Poster, 1979), fez um contraponto entre natureza e cultura, considerando que os fatos da na-
tureza são universais enquanto os fatos da cultura estão sujeitos a normas. Identificou a proi-
bição do incesto como uma interdição social universal, o que o levou a considerá-la a regra
primordial que transforma o grupo de criaturas biológicas numa sociedade humana. Para o
autor, em um mesmo período podem estar presentes culturas diversas em estágios diferentes
e que as analisar sob o prisma ocidental é colocar em prática o etnocentrismo (visão de mun-
do característica de quem considera o seu grupo étnico, nação ou nacionalidade socialmente
mais importante do que os demais).
No livro, “Teoria Crítica da Família” (1979) – do historiador norte-americano Mark Poster (1941
– 2012), são analisandos os pontos vulneráveis de algumas teorias existentes sobre a família,
onde há críticas às proposições de Engels sobre a família, por considerar que a família do proleta-
riado não tinha autonomia e que uma revolução a libertaria do jugo dos opressores (capitalistas).

Destaca ainda que não se deve considerar a família como um fenômeno unitário que pas-
sou por um processo de transformação linear. Para o autor, a história da família apresenta
descontinuidade, envolvendo numerosas estruturas distintas e sem correlação simplista com
qualquer variável singular.
As mudanças na estrutura da família ocorrem de forma indireta e inconsciente e é neces-
sário que haja uma comunidade democrática para que múltiplos padrões maritais possam en-
contrar fontes de apoio para evitar sobrecargas e expectativas difíceis de serem alcançadas.

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Ao focar nas estruturas emocionais das famílias, em determinados momentos de sua his-
tória, Poster apresentou quatro modelos de famílias:

Segundo o autor:

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2. Metodologia de Natureza Qualitativa


Este estudo fundamentou-se na metodologia de pesquisa bibliográfica sistemática que é de-
finida “como uma síntese de estudos primários que contém objetivos, materiais e métodos cla-
ramente explicitados e que foi conduzida de acordo com uma metodologia clara e reprodutível”.
Neste estudo, justifica-se esta opção dado que, a revisão bibliográfica sistemática neces-
sita de métodos que possibilitem trazer à tona discrepâncias, transformando-as em conheci-
mento. Nesta perspectiva, este estudo foi desenvolvido utilizando-se produções acadêmico
científicas, plataformas e bancos de dados de artigos científicos, teses e dissertações.
Utilizou-se também a Constituição Federal do Brasil, assim como, tratados, leis e decretos
que regularizam e determinam a matéria e/ou ordem jurídica. Ressalta-se que, após a leitura
analítica, seleção dos estudos e extração dos dados, foram elencadas as respectivas seções:
família tradicional, família moderna, família contemporânea.

2.1. História Recente da Família


Ao abordar a história recente da família, percebe-se três fases pelas quais a instituição
familiar passou:

Cada uma destas fases deve ser compreendida a partir das influências e contextos diversi-
ficados a depender da classe social, das políticas vigentes e dos poderes em vigor. Em todas
elas existiram a coexistência de modelos diversos aos propostos socialmente, cercando-se de
ambiguidades e polimorfismos.

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2.2. Família Tradicional

A ordem estabelecida para os papeis no lar são baseadas nessas premissas. Ao homem
cabia o suprimento das necessidades materiais bem como o direcionamento sobre as de-
cisões a serem tomadas para a organização e dinâmica familiar. À mulher, a obediência às
regras estabelecidas pelo marido e as tarefas consideradas do lar, tais como: cuidado com os
filhos e os afazeres domésticos.

Os casamentos ocorriam em idades precoces e prescindiam do amor para se realizarem.


Havia a submissão dos filhos às vontades dos patriarcas de ambas as famílias e não havia a
proximidade afetiva entre pais e filhos.

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2.3. Família Moderna (Conjugal Burguesa ou Nuclear)

A mulher ainda era considerada frágil e intelectualmente inferior. Sua vida ficava restrita ao
ambiente doméstico. O homem, vinculado à esfera da produção, voltava-se para a vida públi-
ca, tendo mínima participação nas atividades relacionadas ao ambiente privado. As mulheres
permaneciam responsáveis pela organização familiar, exercendo o trabalho não remunerado
como, por exemplo, provisão básica dos cuidados das crianças e demais membros da família.
Nesse modelo, mantinha-se o distanciamento entre as gerações. O pai, firmando o seu
poder de mando, aproximava-se dos filhos por meio de rituais formais e distantes, as mani-
festações de afeto eram contidas, os assuntos relacionados à família não contavam com a
participação dos filhos e a palavra final era sempre do pai, que controlava todos os membros
da família. Na figura masculina centravam-se os valores familiares, alicerçados em seu desem-
penho profissional, na parte econômica e em suas qualidades morais. A ele era assegurada a
liberdade sexual ampla e estimulada socialmente. membros, estão sujeitos às necessidades e
aos valores dominantes na sociedade e de acordo com o farol ideológico que a ilumina.

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2.4. Família Contemporânea (ou Pós-Moderna)

A família na sociedade ocidental passou por importantes transformações, na segunda me-


tade do século XX, resultantes de diversas mudanças sociais. Essas novas questões que emer-
giram, suscitaram novas questões familiares, como a flexibilização de posições hierárquicas e
a valorização da subjetividade e individualidade de seus membros.
As duas guerras mundiais e a revolução industrial impulsionaram a saída da mulher de seu
lugar cativo na vida privada e a levaram a exercer atividades produtivas no âmbito público. Na
vigência das guerras, os homens tiveram que sair de casa ao serem arregimentados para as
batalhas, alguns não voltaram e outros apresentaram as consequências físicas pós-guerra, le-
vando à escassez de mão-de-obra masculina. Coube, então, à mulher a substituição do homem
no trabalho em busca do sustento da família.
Com a industrialização, diante da proliferação de novos produtos, houve o aumento de con-
sumo nas famílias e a busca de complementação da renda familiar. A mão de obra feminina
começou, então, a ser utilizada como meia-força de trabalho, ocupando postos mais sacrifica-
dos, mal remunerados e sem perspectivas de ascensão profissional.

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Nas décadas de 50 e 60, movimentos sociais levaram à necessidade de novos arranjos


familiares. O movimento feminista, impulsionado pela busca na igualdade de gêneros, exaltou
a necessidade de modificações na dinâmica familiar. O surgimento da pílula anticoncepcional
também trouxe à mulher a liberdade de exercer sua sexualidade sem a preocupação com a
gravidez, permitindo-lhe a conquista de novos espaços, incluindo o mercado de trabalho.
Diante desse panorama, onde a mulher passa a exercer diferentes papeis, além dos de
âmbito doméstico, compartilhando despesas e exigindo uma divisão mais igualitária nas ta-
refas domésticas e cuidado com os filhos, o homem passa a ter que assimilar novos modos
de atuação, ideias, sentimentos, conceitos e valores e a rever os condicionamentos de gênero
impostos socialmente.
Na contemporaneidade, não se consegue enquadrar a família em um único paradigma con-
ceitual. A sociedade vem mudando a cada década e assimilando novos valores e destituindo
outros que antes a guiavam. Ainda com nichos que permanecem alinhados a culturas tradicio-
nais, surgem par a par modelos vanguardistas e progressistas. A definição baseada na famí-
lia monogâmica, constituída por homem mulher através do casamento ou união estável, que
convivem em um mesmo domicílio, com integrantes ligados por laços de consanguinidade e
parentesco, vem passando por evoluções e diferenciações, nem sempre lineares.

Contudo, qualquer que seja a forma de apresentação da família, ela sempre foi e seguirá
sendo família, composta por pessoas que estabelecem vínculos importantes (vínculos familia-
res) e exercem algumas funções:

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Portanto, não há como pensar a família baseando-se exclusivamente em conceitos pré-


-estabelecidos e firmados em premissas descontextualizadas da realidade social vigente em
cada momento da história da humanidade. Além disso, deve-se considerar o descompasso
existente entre os comportamentos ocorridos em diferentes classes sociais e os contextos
relacionados a determinadas comunidades específicas de uma localidade que mantêm costu-
mes e valores rígidos não facilmente mutáveis.
Novas configurações familiares, diferentes do modelo clássico nuclear, foram ganhando
espaço na sociedade contemporânea, e a pluralidade de arranjos familiares eclodiu nas últi-
mas décadas, como, por exemplo:

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Em paralelo a essas tendências modernizadoras, ainda subsistem famílias que persistem


aliadas a modelos culturais tradicionais, particularmente em camadas pobres da sociedade,
tendo o homem como provedor e a mulher como a cuidadora principal da casa e dos filhos.
Contudo, apesar de todas as conquistas na luta pela igualdade de gênero e a expansão
da democracia política na sociedade, ainda há muitos desafios e contradições na busca por
relações mais igualitárias nas relações familiares. A depender da cultura, região, segmentos
sociais e nível educacional, o homem pode ou não compartilhar o cuidado da casa e das crian-
ças. De modo geral, ainda cabe à mulher o ônus pelo exercício de múltiplos papeis, gerando um
descompasso entre velhos e novos modelos de vida familiar.

2.5. A Família no Contexto Brasileiro

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No Brasil, ainda se vislumbra modelos centrados na família nuclear como predominante


em algumas classes sociais. Contudo, iniciativas para que haja a transformação social que
resulte em mudanças nos paradigmas que cercam os conceitos vinculados à família surgem
através de iniciativas governamentais, fomentadas pelos apelos de entidades não-governa-
mentais e civis, bem como por grupos minoritários.
Na década de 70, a luta por igualdade de direitos políticos, social e econômico entre homens
e mulheres foi liderada pelo movimento feminista no Brasil e, nesse processo, a mulher tem sido
a grande revolucionária, com influência incontestável na transformação de valores, crenças, rela-
ções e práticas sociais e familiares. Houve uma maior articulação entre as mulheres e a busca por
conquista de direitos políticos, civis, econômicos e trabalhistas foi intensificada nesse período.

Revisando a condição da mulher na sociedade, percebe-se que os seus direitos como ci-
dadã foram adquiridos aos poucos, com lutas e reivindicações. O voto feminino somente foi
permitido em 1934, desde que a mulher fosse alfabetizada. Até 1960, a mulher ainda era consi-
derada relativamente capaz. Essa condição foi formalmente modificada apenas em 1962, com
alterações no Código Civil de 1916, promovidas pelo Estatuto da Mulher Casada (Lei n. 4.121
de 27 de agosto de 1962) o qual garantiu, também, o direito da mulher de trabalhar fora sem
necessidade de permissão do marido, mas somente se o homem não tivesse como prover o
sustento da família com a sua renda.
A Constituição Federal de 1988, Constituição Cidadã, foi elaborada durante o processo de
redemocratização do Brasil após o fim da Ditadura Militar e trouxe avanços no que tange à
igualdade de gêneros. Houve uma participação ativa das mulheres e a elaboração da Carta da
Mulheres Brasileiras aos Constituintes, que sumarizava as principais reivindicações femininas,
foi muito importante para as mudanças sociais proporcionadas pela nova Constituição.
Algumas conquistas foram as seguintes:

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Desde então, os direitos da mulher vêm sendo reiteradamente reivindicados (ONU Mulhe-
res, 2014). Os avanços alcançados repercutem nas famílias, promovendo mudanças em sua
dinâmica e acertos entre os cônjuges. Contudo, nem sempre as transformações ocorrem no
ritmo necessário para a configuração de uma relação mais igualitária entre homens e mulheres.
Atualmente, a mulher ainda se encontra em desvantagem em relação à rotina doméstica.
Ela ainda é a cuidadora principal dos filhos e principal responsável pelos cuidados com a casa,
mesmo que exerça trabalho em ambiente público, ficando o pai, muitas vezes, no papel de aju-
dante da mãe nessas tarefas. Portanto, ainda há diversas dimensões a serem superadas para
que a igualdade na divisão de tarefas domésticas e cuidados com os filhos seja efetivada.
O Brasil, com sua dimensão e diversidade econômica e social, apresenta estruturas fami-
liares que vão das mais tradicionais às mais contemporâneas em decorrência da existência de
diferenças entre as famílias das classes altas, médias e populares.

Nela há o compartilhamento de vários aspectos das referências socioculturais e exige dos


membros novas formas de atuação e adaptação. Portanto, não se pode mais pensar a família
em termos de modelos e sim de dinâmicas, com diversos fatores exercendo influência na sua
constituição, funcionalidade e simbolização.

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2.6. Direito
de Família no Brasil e as Composições Familiares na
Contemporaneidade

Em relação ao pátrio poder, definido como o conjunto de responsabilidades e obrigações


dos pais relativas ao filho ainda não emancipado, o Código Civil de 1916, Lei n. 3.071 atribuía
exclusivamente ao pai esta responsabilidade, a qual era irrenunciável podendo contar apenas
com a colaboração da mãe, dentro do contexto da família nuclear.
A mulher poderia exercer a chefia da família apenas na ausência ou impossibilidade de o
pai assumi-lo, entretanto, se ficasse viúva e decidisse casar-se novamente, perderia a guarda
dos filhos até que ficasse novamente viúva.
Posteriormente, através do decreto Lei n. 5.213 de 21 de janeiro de 1943, o filho menor
ainda ficaria sob o poder do pai, porém, havia a ressalva de que o juiz poderia decidir a favor da
mãe, levando em conta o interesse do menor.

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O Estatuto da Mulher Casada, de 1962, revogou artigos que impediam o exercício da chefia
na sociedade conjugal e o pátrio poder à mulher e garantiu a esta a condição de pessoa plena-
mente capaz. Contudo, em caso de divergências entre os progenitores, prevaleceria a vontade
do pai, podendo a mãe recorrer ao judiciário.

Porém, o paradigma da família tradicional somente foi enfraquecido com a Constituição


de 1988, que garantiu a isonomia entre homens e mulheres em relação aos direitos e deveres
conjugais e estabeleceu o foco no melhor interesse dos filhos menores. A atual Constituição
legitimou novas formas de configurações familiares, além da tradicional família nuclear, que
passaram a obter reconhecimento e proteção estatal, não havendo o estabelecimento de hie-
rarquia entre elas, consagrando a pluralidade familiar.
Outro importante documento que assegura o pátrio poder de forma igualitária entre ho-
mens e mulheres, como um poder-dever, é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei n.
8.069, de 13 de julho de 1990. Este documento estabelece, também, diretrizes para a atenção
integral e melhor interesse da criança e do adolescente e responsabiliza os pais pela garantia
de direitos de seus filhos.
Ao tornar-se plenamente capaz, a mulher passou a adquirir, junto ao homem, tratamento
legal isonômico dos filhos, dando novo significado ao pátrio poder, com isso, houve a neces-
sidade de alteração na nomenclatura para poder familiar. Outros países optaram por adotar o
termo autoridade parental ao invés de poder familiar, como a França e os Estados Unidos da
América (EUA), por entenderem que poder poderia soar como coação física ou psíquica.
Contudo, a conotação de poder familiar, na legislação brasileira, adquire mais o sentido
de responsabilidade e dever que propriamente o de poder coação, avançando no conceito em
decorrência de novos fatos sociais, atendendo aos interesses e dignidade humanos.
Novas premissas passaram a valer para que houvesse o reconhecimento de diferentes mo-
delos familiares a partir da Constituição Federal de 1988 (Brasil, 1988). Nesse sentido, o termo
poder familiar não mais ficou restrito à figura do pai ou da mãe, mas da pessoa ou pessoas que
exercem essa função na família.

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Caracterizado por vínculos gerados pelo afeto e não pela obrigatoriedade de responsabi-
lidades, a parentalidade já não é mais definida apenas pelo aspecto biológico, mas, também,
pelo aspecto relacional entre as pessoas, que deve ser desprovido de discriminações frente
aos diversos arranjos familiares possíveis.
Convive-se, portanto, com a possibilidade de uma família alargada, com novas estruturas
e personagens:

A Constituição Federal de 1988 (Brasil, 1988) quebrou o paradigma de um único modelo


familiar e permitiu que novas configurações fossem contempladas pelo Direito de Família e
Previdenciário. A união estável, antigo concubinato, passou a ter os mesmos direitos do casa-
mento civil. Dentro dessa premissa, houve a campanha para o reconhecimento do casamento
homoafetivo no Brasil.

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Socioafetividade

O termo possui a finalidade de abarcar os inúmeros vínculos de parentesco, não neces-


sariamente consanguíneos, presentes em muitos lares brasileiros, permitindo aos menores a
posse do estado de filiação e conferindo tutela a situações práticas do cotidiano social. Deste
modo, a parentalidade socioafetiva passa a ser reconhecida em casos como:

O reconhecimento da parentalidade socioafetiva implica responsabilidade e zelo pelo bem-


-estar da criança ou adolescente, gerando os fins de direito, valores e princípios na vida prática,
nos limites da lei civil.
Nessa perspectiva, Maria Rita Kehl, psicóloga e psicanalista brasileira, cunhou o termo fa-
mília tentacular para representar esses múltiplos arranjos familiares após sucessivos recasa-
mentos e surgimento de novos vínculos afetivos e outros modelos que emergiram na socieda-
de atual, em oposição à família nuclear que, aos poucos, perdeu a hegemonia.

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A família atual é caracterizada pela diversidade e alicerçada nos princípios da afetividade


e da dignidade humana. Nesse sentido, a multiparentalidade tem sido reconhecida em ca-
sos biológicos, presumidos ou afetivos, possibilitando mais de um vínculo paterno ou ma-
terno, ou seja, dois pais e uma mãe ou duas mães e um pai, como também a biparentalidade
homoafetiva.
A parentalidade, portanto, extrapola a função biológica de pai ou mãe e se define pelo
contexto sociocultural, pela história do sujeito na sua família e pela subjetividade envolvida no
processo de cada um dos participantes. Pois, as relações familiares e as funções parentais
vêm apresentando constantes mudanças, acompanhando as transformações em curso na so-
ciedade, estando em constante mutação.

2.7. Família e Desenvolvimento da Personalidade

Todo indivíduo forma sua personalidade e identificação se espelhando nas pessoas mais
próximas, com isso o grupo familiar exerce uma decisiva influência na estruturação do emo-
cional da criança assim tendo grande influência na personalidade do adulto que será formado.
Quando falamos de família na educação e influência do ser, não nos referimos somente
aos pais, mas também irmãos, os agregados a família de inter-relacionamento e também pelos
que passam grande parte com as crianças como tios, avós, cuidadores.
As transformações da família nas últimas décadas têm sofrido grandes transformações.
Desde o nascimento das crianças, existe ainda uma falta de segurança por ausência de vín-
culos sólidos do ambiente familiar que contribuem para o processo de inversão de valores
sofridos no decorrer do tempo.
Hoje existe uma emancipação da mulher na figura de mantenedora do lar, essa que vive
uma ginástica entre as funções materna e profissionais. Em contrapartida temos também o
perfil do homem com maior participação nos cuidados precoces dos filhos e com a divisão de
deveres do lar.

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É real que esses fatos ajudaram na inversão de valores familiares e que inconscientemente
o contexto familiar teve uma variável na estruturação de educar os filhos, junto com as mu-
danças contínuas temos o avanço da tecnologia, a internet, as redes sociais que confundem a
socialização e na hora de educar e dar disciplina, as vezes esse dinamismo nos dá a sensação
contrária quando pensamos valores familiares.
As famílias adquiriram um perfil que o “ter” passou a significar “ser”, deixando alguns mem-
bros da família com fobias, depressão e paranoias. É muito comum vermos crianças mesqui-
nhas, obsessivas, narcisistas, que gostam de ver a dor física, o sofrimento, a humilhação dos
colegas e daqueles que não são submissos aos seus caprichos, porque aprenderam apenas a
ganhar e querer o que o outro tem a qualquer preço.
Alguns pais estimulam essas atitudes quando passam a achar que o filho necessita o que
os amigos têm! É necessário saber que nossas condições emocionais são diferentes das pes-
soas do nosso convívio social, então quando pais agem assim sobrecarregam e estimulam
essas características de forma negativa.

É importante lembrar que pais que confiam em si mesmo corrigem, orientam, frustram, dei-
xam de castigo e dão provas de amor verdadeiro, educando sem medo. Pais que têm autoesti-
ma não culpam a sociedade pelas falhas de seus filhos e sabem que o meio social tem grande
participação, sim, mas que o alicerce familiar é essencial para o desenvolvimento.

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Os pais devem estimular o desenvolvimento da autoestima dos filhos desde os primeiros


meses. É imprescindível oferecer afeto e carinho, estimular, elogiar, motivar, para que essas
crianças construam sua personalidade tendo como base o amor-próprio.
Os filhos podem e devem ter a liberdade de se expressar com emoções, demonstrando
alegria, amor, raiva, afeto, tristeza, medo, entre tantas outras emoções.

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3. A Família no Discurso Jurídico: Tipos de Processo; Perícia; Orientação

3.1. Processo

Nada mais razoável, portanto, que existam procedimentos específicos para esse tipo de
processo, delineados no Código de Processo Civil de 2015 (CPC/15) a partir do artigo 693
para as ações de família de forma contenciosa (em que não há acordo prévio) e do art. 733 em
diante para as ações de forma voluntária/sem litígio.
a) SURGIMENTO DO CONFLITO E TENTATIVA DE RESOLUÇÃO EXTRAJUDICIAL
Em primeiro lugar, é importante entender que tipo de conflito será resolvido numa vara de
família. A definição de tais matérias é feita pelo CPC e pelo Código de Organização Judiciária
do seu estado.

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No caso do Espírito Santo, diz o artigo 61 da Lei Complementar n. 234:

Art. 61. Compete aos Juízes de Direito, especialmente em matéria de Família:

Sabendo disso, é importante buscar defensor (a) público (a) ou advogado (a) atuante na área
de Direito de Família, que tenha sensibilidade para as peculiaridades exigidas pelas situações.
Também importante lembrar que o melhor profissional não necessariamente será aquele
(a) que cegamente “compra” sua briga e parte para a Justiça, mas o (a) que se preocupa com
a situação de uma forma geral e busca resolver o caso gerando o mínimo de danos possível à
relação afetiva que ao menos outrora existiu.

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3.2. Perícia

O trabalho do psicólogo judiciário em Vara de Família se configura institucionalmente a


partir da determinação judicial para a realização de uma perícia psicológica. É importante es-
clarecer do que se trata quando se fala em perícia, uma vez que não é uma prática regular ou
bem conhecida do psicólogo.
Em processos judiciais de Vara de Família, a sequência dos atos processuais é codificada
pelo Código de Processo Civil. O rito formal tem que ser obedecido sob o risco de se considerar
inválido o seu resultado final. A entrada do psicólogo em tais casos é formalizada pelo instituto
da perícia, entendida como forma de trazer subsídios específicos ao caso em julgamento. Esta
situação leva a uma dinâmica específica entre o psicólogo e as pessoas com quem irá interagir.

Ressalta-se as diferenças que caracterizam o trabalho do psicólogo que é feito na Vara da


Família. Em primeiro lugar, o psicólogo não é procurado pela família em busca de uma solução
psicológica (autocompreensão, compreensão do outro, entendimento de uma dinâmica con-
flituosa etc.). O que é buscado é uma solução jurídica legal para um conflito interpessoal, por
exemplo, quem fica com a guarda do filho disputada entre o pai e a mãe.

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O psicólogo é demandado a realizar uma intervenção nesta família pela autoridade judici-
ária que procura por meio das conclusões desta intervenção adequar a sua sentença àquela
família em particular. O psicólogo faz as vezes de um “detector de mentiras” que fornecerá
“provas”, “verdades” sobre as quais se fundamentará a sentença judicial.

A dinâmica que se estabelece entre os membros da família e o psicólogo possui caracte-


rísticas próprias da instituição em que se pratica tal intervenção. A relação não é de ajuda com
fins terapêuticos, mas sim investigativa, em que a preocupação do interlocutor é controlar as
informações que passa para não se prejudicar.

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RESUMO

Ao abordar a história recente da família, percebe-se três fases pelas quais a instituição
familiar passou:

Cada uma destas fases deve ser compreendida a partir das influências e contextos diversi-
ficados a depender da classe social, das políticas vigentes e dos poderes em vigor. Em todas
elas existiram a coexistência de modelos diversos aos propostos socialmente, cercando-se de
ambiguidades e polimorfismos.
A Família Tradicional é:

A Família Moderna (conjugal burguesa ou nuclear), é compreendida:

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A Família Contemporânea (ou pós-moderna), foi marcada por novas questões familiares,
como a flexibilização de posições hierárquicas e a valorização da subjetividade e individua-
lidade de seus membros. A entrada da mulher no mundo do trabalho em busca do sustento
da família.
Contudo, qualquer que seja a forma de apresentação da família, ela sempre foi e seguirá
sendo família, composta por pessoas que estabelecem vínculos importantes (vínculos familia-
res) e exercem algumas funções:

Denota-se que:

Observa-se que somos seres sociais e que a Família exerce influência significativa na edu-
cação e formação da personalidade de seus membros.

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EXERCÍCIOS
001. (INÉDITA/2022) A família é uma estrutura estática.

002. (UNICENTRO/2010) “A instituição familiar é essencialmente dinâmica, e este dinamismo


tornou-se muito visível na segunda metade do século XX, não só no Brasil, mas em praticamen-
te todo o mundo ocidental. A família tradicional foi adquirindo contornos nunca antes imagina-
dos. As novas configurações da família levaram a sociedade, e inclusive os cientistas sociais,
a anunciarem a falência desta instituição social. Mas, não era o fim, e sim a prova da imensa
capacidade criativa do ser humano de adequar-se a novas necessidades e novos valores.” (PA-
RANÁ. Livro didático de Sociologia. Curitiba, 2006, p.110). Segundo o texto é correto afirmar que
a) a instituição familiar se caracteriza por ser, essencialmente, matrilinear, dinâmica e imutável.
b) atualmente, as famílias se configuraram de maneiras distintas.
c) existe uma estrutura familiar que deve ser seguida por toda sociedade tida como correta.
d) não se configura como família onde não há a presença de um pai ou de uma mãe.
e) a família tradicional é imutável e estática.

003. (INÉDITA/2022) A família como instituição que faz a mediação entre o indivíduo e a so-
ciedade, tem sido estudada sob diferentes olhares:
I – ora complementares, ora antagônicos, porém, todos, de alguma maneira, contribuem para
a ampliação da compreensão dessa complexa entidade.
PORQUE
II – qualquer que seja a estrutura ou dinâmica.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas e a II justifica a I
b) I e II estão corretas, mas a II não justifica a I
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

004. (INÉDITA/2022) A diversidade de perspectivas de estudo, uma vez que a família é com-
posta por indivíduos, seres biopsicossociais, inseridos no ambiente e parte da cultura com
suas particularidades e modos de vincularidade, ela deve ser compreendida a partir dos con-
textos ________, econômicos, sociais e _________, e dos valores e costumes característicos des-
tes contextos.
a) Filosóficos/Culturais.
b) Históricos/Valores.
c) Filosóficos/Valores.
d) Históricos/Culturais.
e) Modernos/Espirituais.

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005. (INÉDITA/2022) As mudanças na sociedade têm impacto nas famílias:


I – modificações nas regras.
II – funções e papéis que influenciam os relacionamentos entre os membros de uma família.
III – impacto nas formas e arranjos familiares.
IV – modificações são pouco visíveis.
V – criação de redes de autocuidado.
Estão corretas as alternativas:
a) I, II e III
b) Somente a I
c) Somente a V
d) Somente as alternativas IV e V
e) Somente a alternativa III

006. (INÉDITA/2022) As mudanças na estrutura e dinâmica familiares não afetam a socieda-


de de modo mais amplo.

007. (INÉDITA/2022) Até a década de sessenta do século XIX, não havia estudos que aden-
trassem a história da família a partir da era primitiva.

008. (INÉDITA/2022) Qual jurista e antropólogo suíco, é reconhecido como um dos primeiros
a estudar a história da família primitiva, documentando-a em seu livro Das Mutterrecht (“A mãe
certa”), de 1861.
a) John Ferguson McLennan.
b) Johann Jakob Bachofen.
c) Lewis Henry Morgan.
d) Friedrich Engels.
e) Karl Marx.

009. (INÉDITA/2022) Bachofen propôs que houve um momento na história no qual o domínio
feminino era __________ (ginecocracia).
a) Condicional.
b) Incompleto.
c) Completo.
d) Absoluto.
e) Sincero.

010. (INÉDITA/2022) Segundo John Ferguson McLennan, na _____________era proibido o ca-


samento entre as pessoas da mesma tribo, por isso, sugeriu que havia o rapto de mulheres de
tribos adversárias.

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a) Autogamia.
b) Endogamia.
c) Exogamia.
d) Agamia.

011. (INÉDITA/2022) Na __________, o casamento entre membros de tribos diferentes


era proibido.
a) Autogamia.
b) Endogamia.
c) Exogamia.
d) Agamia.

012. (INÉDITA/2022) Morgan (2014) investigou a família a partir de uma linha __________ que
iniciava na selvageria, atravessava a barbárie, até chegar à civilização.
a) Materialista.
b) Filosófica.
c) Sociológica.
d) Histórica.
e) Tribo.

013. (INÉDITA/2022) Para Engels, a estrutura familiar sofreu grande alteração, porém, subsis-
tiu o molde primitivo no qual a família se organizava em aldeias de interesse incomuns.

014. (INÉDITA/2022) Para Malinowski, cada instituição social deveria ser estudada de acordo
com suas peculiaridades, em suas complexas funções sociais, tais como:
I – o lado emocional das relações familiares.
II – os fatos do cotidiano.
III – relações sexuais e suas implicações na natureza.
IV – costumes organizacionais.
V – além das ideias sociológicas.
Estão corretas as alternativas:
a) I, II e III
b) Somente a I
c) Somente a V
d) Somente as alternativas IV e V
e) Somente a alternativa III

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015. (INÉDITA/2022) O historiador francês Ariès, abordou a história da família através da ob-
servação da iconografia presente na arte medieval até o século XVIII, sob a perspectiva da
história social da(o) _______ e sua família.
a) Adolescentes.
b) Idoso.
c) Criança.
d) Trabalho.
e) Adulto.

016. (INÉDITA/2022) O antropólogo e filósofo francês Claude Lévi-Straus foi considerado o


fundador da __________ estruturalista na década de 1950.
a) Filosofia.
b) Sociologia.
c) Psicologia.
d) Antropologia.
e) Paleontologia.

017. (INÉDITA/2022) Lévi-Strauss fez um contraponto entre natureza e cultura, considerando


que os fatos da natureza são universais enquanto os fatos da cultura estão sujeitos a normas.
Identificou a proibição do ___________ como uma interdição social universal, o que o levou a
considerá-la a regra primordial que transforma o grupo de criaturas biológicas numa socie-
dade humana.
a) Casamento.
b) Incesto.
c) Ter filhos.
d) Trabalhar.
e) Votar.

018. (INÉDITA/2022) O historiador norte-americano Mark Poster, considerou a família


__________ como a que se colocou como o padrão de normalidade, desejável e passível de imi-
tação pela família proletariada.
a) Aristocrática.
b) Burguesa.
c) Camponesa.
d) Proletariada.

019. (INÉDITA/2022) A família proletariada, por sua vez, passou por três estágios antes de
incorporar o modelo familiar burguês (aburguesamento ideológico):

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I – fase de dependência e apoio mútuo entre as famílias.


II – melhoria das condições da vida operária e aproximação com o padrão burguês familiar.
III – mudança da família operária para o subúrbio, valorização da domesticidade e privacidade.
IV – melhoria das condições da vida da burguesia e aproximação com o proletariado.
V – fase de independência entre as famílias.
Estão corretas as alternativas:
a) I, II e III
b) Somente a I
c) Somente a V
d) Somente as alternativas IV e V
e) Somente a alternativa III

020. (AMAUC/PREFEITURA DE ALTO BELA VISTA/PSICÓLOGO/2021) Analise o tre-


cho a seguir:
“A _______ configura-se quando os pais (ou responsáveis) falham em termos de atendimento
às necessidades dos seus filhos (alimentação, vestir, etc.) e quando tal falha não é o resultado
das condições de vida, além do seu controle.”
Assinale a alternativa que completa a lacuna corretamente:
a) Omissão.
b) Violência.
c) Imprudência.
d) Negligência.
e) Negação.

021. (PS CONCURSOS/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO SUL–SC/PSICÓLOGO/2021) Con-


forme o Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever da família, da comunidade, da socieda-
de em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos re-
ferentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. A garantia
de prioridade compreende, EXCETO:
a) Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.
b) Precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.
c) Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.
d) Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à in-
fância e à juventude.
e) As instituições de educação superior ofertarão na perspectiva da educação ao longo da vida
cursos e programas de extensão presenciais ou a distância constituída por atividades formais
e não formais.

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022. (PS CONCURSOS/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO SUL–SC/PSICÓLOGO/2021) A pro-


teção social especial oferece um conjunto de serviços e programas especializados de média e
alta complexidade a famílias e indivíduos, inclusive a pessoas idosas e a pessoas com defici-
ência, em situação de risco ou com direitos violados. A PSE está voltada às famílias e indivídu-
os que se encontram em situação de risco pessoal e social, por violação dos direitos humanos.
Alguns grupos são particularmente vulneráveis à vivência das situações de violência e violação
de direitos, tais como, EXCETO:
a) Crianças adolescentes
b) Pessoas idosas
c) Pessoas com deficiência mulheres
d) Pessoa jurídica
e) Populações LGBT (lésbicas gays bissexuaistravestis e transexuais)

023. (AMEOSC/PREFEITURA DE PRINCESA/PSICÓLOGO/2022) A instituição família vem se


modificando e se reestruturando de acordo com cada contexto histórico e apresentando até
formas variadas numa mesma época e lugar, de acordo com o grupo social que está sendo
advertido. Considerando esse assunto, assinale a alternativa CORRETA.
a) O estabelecimento de fronteiras nítidas possibilita que cada membro do sistema exerça
suas funções de forma apropriada, evitando as interferências indevidas, ao mesmo tempo em
que é permitido o contato entre os membros de um subsistema e de outro.
b) A família reconstituída é uma estrutura mais ampla, que consiste na família nuclear, mais
os parentes diretos ou colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para
avós, pais e netos.
c) Uma família tradicional é normalmente formada pelo pai e mãe, unidos por matrimônio ou
união de fato, e por um ou mais filhos, compondo uma família monoparental.
d) As famílias com fronteiras rígidas lidam com as situações individuais de seus membros
como se fossem de todos, negando as diferenças entre si.

024. (URCA/PREFEITURA DE CRATO/ORIENTADOR EDUCACIONAL-PSICOLOGIA/2021)


Em relação aos novos arranjos familiares, pode-se afirmar que:
a) As mudanças sociais e demográficas na contemporaneidade têm levado ao surgimento de
novos arranjos familiares.
b) As famílias monoparentais, as famílias extensas, as famílias de casais homoafetivos e as
famílias reconstruídas são exemplos de novos arranjos familiares que podem ser considera-
dos como famílias desestruturadas.
c) A compreensão do conceito de família engloba apenas a questão biológica, a questão sim-
bólica não é relevante, podendo ser desconsiderada no trabalho do psicólogo.

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d) A Política Nacional de Assistência Social tem colocado em evidência o trabalho apenas com
o indivíduo, desvinculado do contexto familiar, o que subtrai a relevância do conhecimento dos
novos arranjos familiares.
e) A família pode ser considerada como um sujeito de direitos, desde que ela tenha um arranjo
familiar do tipo nuclear, formada por pai, mãe e filhos, e seja estruturada.

025. (FCC/TJ SC/PSICÓLOGO/2021) O psicólogo depara-se com novas modalidades de fa-


mília no Brasil atual: monoparental, estendidas por consequência de divórcio e novas uniões,
composta por casal homoafetivo, entre outras. Em uma situação hipotética, Bianca, que foi
criada por sua madrinha, quando estava com dez anos reaproximou-se de sua mãe biológica.
A coexistência de vínculos parentais e o reconhecimento do laço afetivo com a madrinha con-
duziram a uma realidade na qual a madrinha foi reconhecida por meio da maternidade
a) adotiva.
b) paralela.
c) dupla.
d) complementar.
e) socioafetiva.

026. (CESPE/CEBRASPE/TJ RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO ASSISTENCIAL-PSICÓLO-


GO/2021) A respeito das transformações da família, assinale a opção correta.
a) As famílias têm o papel de apoiar a construção de projetos de vida, o que ocorre quando
crianças passam a agir segundo a desejabilidade social expressa por esse núcleo e se ajustam
às expectativas dos pais.
b) Sob um ponto de vista histórico, a mulher continua tendo papel central na vida doméstica;
daí a compreensão da maternidade como um atributo necessário da personalidade feminina.
c) O que dá validade às famílias homoparentais é a frequência com que nelas crianças órfãs
são adotadas e mais bem cuidadas, considerando-se o estigma do preconceito por pertence-
rem a esse tipo de família um ônus menor que a vida de abandono.
d) As famílias monoparentais necessitam de especial atenção, pois, nelas, na maioria das ve-
zes, a mulher arca sozinha com as despesas familiares, e é sabido que ela percebe salários
menores do que o homem, via de regra.
e) Permaneceram nos mesmos termos alguns aspectos essenciais nas famílias: o estado de
filiação, a posse do estado de filho, e a valoração do afeto como valor jurídico e formador de
núcleo familiar.

027. (AMAUC/CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DO SERVIÇO SOCIOASSISTENCIAL DE ALTA


COMPLEXIDADE/PSICÓLOGO/2021) Leia com atenção:

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( ) Falar sobre a família como foco de intervenção exige aprofundar a discussão sobre o que
é uma família e como ela pode servir ou não de recurso em programas de intervenção.
( ) Falar sobre a família exige problematizar um elemento básico do processo de interven-
ção: a comunicação entre técnicos que atuam na intervenção e a população-alvo.
( ) Da perspectiva metafísica, redes de parentesco se estendem além do grupo consanguí-
neo e da unidade doméstica para esferas mais amplas.
( ) Da perspectiva temporal, as pessoas se inserem em uma sucessão de gerações, possi-
bilitando projeções para o futuro ou resgates de elementos do passado.

Levando-se em consideração que (V) significa Verdadeiro e (F) significa Falso a sequência
correta das proposições acima é, respectivamente:
a) V – V – V – V
b) V – V – F – V
c) V – V – F – F
d) V – F – F – V
e) F – V – F – V

028. (VUNESP/PREFEITURA DE CANANÉIA/PSICÓLOGO/2020) O eixo sobre o qual se orien-


tam as transformações pelas quais passam as famílias no contexto atual, em consonância
com a evolução da sociedade humana, tem como sustentação
a) a consanguinidade e sua importância para a formação dos vínculos na família.
b) o tipo de apego que se estabelece entre os diversos integrantes de um núcleo familiar.
c) a identidade de gênero proclamada pelas figuras de autoridade no grupo familiar.
d) o tipo de aliança formada entre os membros de diferentes gerações na família.
e) a forma como se estabelecem as relações de poder entre os membros de uma família.

029. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE BETIM/PSICÓLOGO/2020) Informe se é verdadei-


ro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) A centralização familiar do atendimento implica em considerar a família como sujeito


da atenção, e não apenas o indivíduo isolado.
( ) A orientação familiar ocorre quando a avaliação das necessidades para a atenção inte-
gral considera o contexto familiar e sua exposição a ameaças à saúde.
( ) A orientação familiar pressupõe o reconhecimento das necessidades familiares em
função do contexto em que vivem, entretanto o serviço de assistência social não atua
nessas necessidades, caso a queixa seja no âmbito da saúde mental.

a) V – V – F.
b) V – F – V.
c) V – V – V.
d) V – F – F.
e) F – V – V.

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030. (CESPE/CEBRASPE/MPCE/ANALISTA MINISTERIAL-PSICOLOGIA/2020) Acerca da


atuação dos profissionais da psicologia no âmbito familiar, julgue os itens a seguir.
Os profissionais da área de psicologia devem considerar a família como um “sistema aglutina-
do”, que confere certa pseudoautonomia a seus membros.

031. (INÉDITA/2022) Entende-se por família ________ aquela que é exercida sob a égide do
patriarcalismo, ou seja, a autoridade do lar encontra-se centrada na figura do pai, estando a
mulher e filhos sob seu comando, sustento e poder.
a) Matrimonial.
b) Informal.
c) Tradicional.
d) Anaprental.
e) Monoparental.

032. (INÉDITA/2022) A égide do patriarcalismo cabia ao homem o suprimento das necessida-


des materiais bem como o direcionamento sobre as decisões a serem tomadas para a organi-
zação e dinâmica familiar. À mulher não era submissa ao marido.

033. (INÉDITA/2022) O homem no modelo tradicional voltava-se para a vida pública, a mulher
limitava-se à esfera doméstica, subjugada ao marido.
I – Esse modelo centrava-se na transmissão do patrimônio e havia acordos entre as famílias
para os arranjos conjugais.
PORQUE
II – Não havia o afeto envolvido nas negociações, o que predominava eram os interesses finan-
ceiros das famílias.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas e a II justifica a I
b) I e II estão corretas, mas a II não justifica a I
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

034. (INÉDITA/2022) A relação entre pais e filhos era _________), sendo os pais considerados su-
periores aos filhos. O pai tinha o poder de vida ou morte sobre a vida dos filhos, podendo subme-
tê-lo a açoites, prisões ou mesmo à morte, em caso de desobediência ou mal comportamento.
a) Categorizada.
b) Nivelada.
c) Classificada.
d) Hierarquizada.
e) Orientalizada.

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035. (INÉDITA/2022) Com a ascensão da burguesia no século XVIII, surge uma concepção de
família baseada no amor romântico, com maior interesse na educação dos filhos e valorização
da _______.
a) Gravidez.
b) Maternidade.
c) Trabalho.
d) Casamento.
e) Família.

036. (INÉDITA/2022) Mantinha-se a hierarquização nas relações, estando a mulher subjugada


jurídica, moral, econômica e religiosamente ao marido.
I – A mulher ainda era considerada frágil e intelectualmente inferior. Sua vida ficava restrita ao
ambiente doméstico.
PORQUE
II – O homem, vinculado à esfera da produção, voltava-se para a vida pública, tendo mínima
participação nas atividades relacionadas ao ambiente privado.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas e a II justifica a I
b) I e II estão corretas, mas a II não justifica a I
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

037. (INÉDITA/2022) Na figura masculina centravam-se os valores familiares, alicerçados em


seu desempenho profissional, na parte econômica e em suas qualidades morais. A ele não era
assegurada a liberdade sexual ampla e estimulada socialmente.

038. (INÉDITA/2022) No modelo tradicional a mulher não devia manter-se fiel ao marido, ser
obediente, boa dona de casa e cuidar de sua prole com dedicação.

039. (INÉDITA/2022) Na família _______, centrada em valores menos rígidos sobre o amor e o
afeto, surgiu, em algumas classes mais privilegiadas, o sentimento de ternura e intimidade no
âmago da família.
a) Moderna.
b) Informal.
c) Tradicional.
d) Anaprental.
e) Monoparental.

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040. (INÉDITA/2022) O amor materno foi ________ e abordado como inato e inerente à mu-
lher. Exalta-se a maternidade e exige-se da mulher a postura de cuidado e desvelo para com
os filhos.
a) Adquirido.
b) Naturalizado.
c) Compensado.
d) Organizado.
e) Orientado.

041. (INÉDITA/2022) A maternidade exige da mulher a postura de cuidado e desvelo para com
os filhos. A mulher, então, passa a exercer o papel de _________ e ________ dos filhos, buscando
se enquadrar no papel de “boa mãe”.
a) Zeladora/Educadora.
b) Cuidadora/Educadora.
c) Protetora/Professora.
d) Cuidadora/Instrutora.
e) Protetora/Educadora.

042. (INÉDITA/2022) A infância foi construída no decorrer do século XVIII e, com ela, a so-
ciedade e família passaram a ser responsabilizadas pelos cuidados e educação das crianças.

043. (INÉDITA/2022) A família moderna, trazendo à luz a ideia de amor e universalizando a


intimidade na família, com relativa aproximação entre os membros e associação da figura fe-
minina ao papel de mãe. Entretanto, esse modelo ocorreu de forma homogênea em todos os
grupos sociais e em todo o mundo ocidental.

044. (INÉDITA/2022) A família na sociedade ocidental passou por importantes transforma-


ções, na segunda metade do século XX, resultantes de diversas mudanças sociais.
I – Essas novas questões que emergiram, suscitaram novas questões familiares, como a
flexibilização de posições hierárquicas e a valorização da subjetividade e individualidade de
seus membros.
PORQUE
II – surge a família contemporânea ou pós-moderna, caracterizada pelo declínio progressivo
do modelo tradicional de família nuclear e a pluralidade de formatos e dinâmicas familiares.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas e a II justifica a I
b) I e II estão corretas, mas a II não justifica a I
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

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045. (INÉDITA/2022) O que impulsionou a saída da mulher de seu lugar cativo na vida privada
e a levaram a exercer atividades produtivas no âmbito público.
a) Divórcio/Duas Guerras.
b) Duas Guerras/Revolução Industrial.
c) Estudar/Revolução Industrial.
d) Duas Guerras/Empoderamento.
e) Divórcio/Empoderamento.

046. (INÉDITA/2022) Na perspectiva _________, empregar a mulher era vista como melhor
custo-benefício, pois ofereciam baixos salários e obtinham resultados satisfatórios para as
indústrias.
a) Tradicional.
b) Sociológica.
c) Capitalista.
d) Comunista.
e) Socialista.

047. (INÉDITA/2022) O movimento _________, impulsionado pela busca na igualdade de gê-


neros, exaltou a necessidade de modificações na dinâmica familiar. O surgimento da pílula
anticoncepcional também trouxe à mulher a liberdade de exercer sua sexualidade sem a pre-
ocupação com a gravidez, permitindo-lhe a conquista de novos espaços, incluindo o mercado
de trabalho.
a) Emancipação.
b) Igualdade.
c) Sexista.
d) Feminista.
e) Machista.

048. (INÉDITA/2022) A mulher passa a exercer diferentes papeis, além dos de âmbito domés-
tico, tornando-se coprovedora, compartilhando despesas e exigindo uma divisão mais igualitá-
ria nas tarefas domésticas e cuidado com os filhos, o homem passa a ter que assimilar novos
modos de atuação, ideias, sentimentos, conceitos e valores e a rever os condicionamentos de
gênero impostos socialmente.

049. (INÉDITA/2022) O avanço científico tecnológico também exerceu influência na dinâmica


familiar, permitindo a maternidade solo ou que casais homossexuais exerçam a parentalidade,
através de técnicas assistidas de inseminação artificial.

050. (INÉDITA/2022) A família no contexto brasileiro:

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I – Novas matizes e configurações tidas como a base da sociedade e regida por princípios que
visam facilitar a estruturação da família no Estado Democrático de Direito.
PORQUE
II – a família é o lugar onde não apenas se herda o material genético, mas comportamentos,
crenças e ideologias do sistema familiar.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas e a II justifica a I
b) I e II estão corretas, mas a II não justifica a I
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

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GABARITO
1. E 37. E
2. b 38. E
3. a 39. a
4. d 40. b
5. a 41. b
6. E 42. C
7. C 43. E
8. b 44. a
9. d 45. b
10. c 46. c
11. b 47. d
12. d 48. C
13. E 49. C
14. a 50. a
15. c
16. d
17. b
18. b
19. a
20. d
21. e
22. d
23. a
24. a
25. e
26. d
27. b
28. e
29. a
30. E
31. c
32. E
33. a
34. d
35. b
36. a

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GABARITO COMENTADO
001. (INÉDITA/2022) A família é uma estrutura estática.

A família não é uma estrutura estática, a instituição familiar é essencialmente dinâmica.


Errado.

002. (UNICENTRO/2010) “A instituição familiar é essencialmente dinâmica, e este dinamismo


tornou-se muito visível na segunda metade do século XX, não só no Brasil, mas em praticamen-
te todo o mundo ocidental. A família tradicional foi adquirindo contornos nunca antes imagina-
dos. As novas configurações da família levaram a sociedade, e inclusive os cientistas sociais,
a anunciarem a falência desta instituição social. Mas, não era o fim, e sim a prova da imensa
capacidade criativa do ser humano de adequar-se a novas necessidades e novos valores.” (PA-
RANÁ. Livro didático de Sociologia. Curitiba, 2006, p.110). Segundo o texto é correto afirmar que
a) a instituição familiar se caracteriza por ser, essencialmente, matrilinear, dinâmica e imutável.
b) atualmente, as famílias se configuraram de maneiras distintas.
c) existe uma estrutura familiar que deve ser seguida por toda sociedade tida como correta.
d) não se configura como família onde não há a presença de um pai ou de uma mãe.
e) a família tradicional é imutável e estática.

A instituição familiar vem se adequando as mudanças contemporâneas.


Letra b.

003. (INÉDITA/2022) A família como instituição que faz a mediação entre o indivíduo e a so-
ciedade, tem sido estudada sob diferentes olhares:
I – ora complementares, ora antagônicos, porém, todos, de alguma maneira, contribuem para
a ampliação da compreensão dessa complexa entidade.
PORQUE
II – qualquer que seja a estrutura ou dinâmica.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas e a II justifica a I
b) I e II estão corretas, mas a II não justifica a I
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

É dela que partem os valores éticos e morais que introduzem a consciência cidadã, o respeito
à diversidade e consciência social.
Letra a.

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004. (INÉDITA/2022) A diversidade de perspectivas de estudo, uma vez que a família é com-
posta por indivíduos, seres biopsicossociais, inseridos no ambiente e parte da cultura com
suas particularidades e modos de vincularidade, ela deve ser compreendida a partir dos con-
textos ________, econômicos, sociais e _________, e dos valores e costumes característicos des-
tes contextos.
a) Filosóficos/Culturais.
b) Históricos/Valores.
c) Filosóficos/Valores.
d) Históricos/Culturais.
e) Modernos/Espirituais.

Ela deve ser compreendida a partir dos contextos históricos, econômicos, sociais e culturais, e
dos valores e costumes característicos destes contextos.
Letra d.

005. (INÉDITA/2022) As mudanças na sociedade têm impacto nas famílias:


I – modificações nas regras.
II – funções e papéis que influenciam os relacionamentos entre os membros de uma família.
III – impacto nas formas e arranjos familiares.
IV – modificações são pouco visíveis.
V – criação de redes de autocuidado.
Estão corretas as alternativas:
a) I, II e III
b) Somente a I
c) Somente a V
d) Somente as alternativas IV e V
e) Somente a alternativa III

Mudanças na sociedade têm impacto nas famílias; modificações nas regras, funções e papéis
que influenciam os relacionamentos entre os membros de uma família, causam impacto nas
formas e arranjos familiares e, consequentemente, na dinâmica familiar.
Letra a.

006. (INÉDITA/2022) As mudanças na estrutura e dinâmica familiares não afetam a socieda-


de de modo mais amplo.

As mudanças na estrutura e dinâmica familiares também afetam a sociedade de modo mais amplo.
Errado.

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007. (INÉDITA/2022) Até a década de sessenta do século XIX, não havia estudos que aden-
trassem a história da família a partir da era primitiva.

Os termos usados pela antropologia e outras áreas de conhecimento para dividir os períodos
históricos (“Idade da Pedra”, “do Bronze” e do “Ferro”), úteis para diferentes classificações, não
eram aplicáveis à compreensão da família, a qual necessitava de novas perspectivas.
Certo.

008. (INÉDITA/2022) Qual jurista e antropólogo suíco, é reconhecido como um dos primeiros
a estudar a história da família primitiva, documentando-a em seu livro Das Mutterrecht (“A mãe
certa”), de 1861.
a) John Ferguson McLennan.
b) Johann Jakob Bachofen.
c) Lewis Henry Morgan.
d) Friedrich Engels.
e) Karl Marx.

Johann Jakob Bachofen (1815 - 1887), jurista e antropólogo suíco, é reconhecido como um
dos primeiros a estudar a história da família primitiva.
Letra b.

009. (INÉDITA/2022) Bachofen propôs que houve um momento na história no qual o domínio
feminino era __________ (ginecocracia).
a) Condicional.
b) Incompleto.
c) Completo.
d) Absoluto.
e) Sincero.

O domínio feminino era absoluto (ginecocracia).


Letra d.

010. (INÉDITA/2022) Segundo John Ferguson McLennan, na _____________era proibido o ca-


samento entre as pessoas da mesma tribo, por isso, sugeriu que havia o rapto de mulheres de
tribos adversárias.
a) Autogamia.
b) Endogamia.
c) Exogamia.
d) Agamia.

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Cruzamento de indivíduos não aparentados ou com grau de parentesco distante.


Letra c.

011. (INÉDITA/2022) Na __________, o casamento entre membros de tribos diferentes


era proibido.
a) Autogamia.
b) Endogamia.
c) Exogamia.
d) Agamia.

A endogamia é um sistema de acasalamento em que os indivíduos mais aparentados entre si


que a média da população são utilizados como pais da próxima geração.
Letra b.

012. (INÉDITA/2022) Morgan (2014) investigou a família a partir de uma linha __________ que
iniciava na selvageria, atravessava a barbárie, até chegar à civilização.
a) Materialista.
b) Filosófica.
c) Sociológica.
d) Histórica.
e) Tribo.

Investigou a família a partir de uma linha histórica.


Letra d.

013. (INÉDITA/2022) Para Engels, a estrutura familiar sofreu grande alteração, porém, subsis-
tiu o molde primitivo no qual a família se organizava em aldeias de interesse incomuns.

A família se organizava em grupos de interesse comum.


Errado.

014. (INÉDITA/2022) Para Malinowski, cada instituição social deveria ser estudada de acordo
com suas peculiaridades, em suas complexas funções sociais, tais como:
I – o lado emocional das relações familiares.
II – os fatos do cotidiano.

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III – relações sexuais e suas implicações na natureza.


IV – costumes organizacionais.
V – além das ideias sociológicas.
Estão corretas as alternativas:
a) I, II e III
b) Somente a I
c) Somente a V
d) Somente as alternativas IV e V
e) Somente a alternativa III

Os costumes e normas legais, além das ideias mágico-religiosas que permeiam a história da
humanidade.
Letra a.

015. (INÉDITA/2022) O historiador francês Ariès, abordou a história da família através da ob-
servação da iconografia presente na arte medieval até o século XVIII, sob a perspectiva da
história social da(o) _______ e sua família.
a) Adolescentes.
b) Idoso.
c) Criança.
d) Trabalho.
e) Adulto.

Sob a perspectiva da história social da criança e sua família.


Letra c.

016. (INÉDITA/2022) O antropólogo e filósofo francês Claude Lévi-Straus foi considerado o


fundador da __________ estruturalista na década de 1950.
a) Filosofia.
b) Sociologia.
c) Psicologia.
d) Antropologia.
e) Paleontologia.

Fundador da antropologia estruturalista.


Letra d.

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017. (INÉDITA/2022) Lévi-Strauss fez um contraponto entre natureza e cultura, considerando


que os fatos da natureza são universais enquanto os fatos da cultura estão sujeitos a normas.
Identificou a proibição do ___________ como uma interdição social universal, o que o levou a
considerá-la a regra primordial que transforma o grupo de criaturas biológicas numa socie-
dade humana.
a) Casamento.
b) Incesto.
c) Ter filhos.
d) Trabalhar.
e) Votar.

Proibição do incesto como uma interdição social universal, o que o levou a considerá-la a regra
primordial que transforma o grupo de criaturas biológicas numa sociedade humana.
Letra b.

018. (INÉDITA/2022) O historiador norte-americano Mark Poster, considerou a família


__________ como a que se colocou como o padrão de normalidade, desejável e passível de imi-
tação pela família proletariada.
a) Aristocrática.
b) Burguesa.
c) Camponesa.
d) Proletariada.

O autor considerou a família burguesa como a que se colocou como o padrão de normalidade.
Letra b.

019. (INÉDITA/2022) A família proletariada, por sua vez, passou por três estágios antes de
incorporar o modelo familiar burguês (aburguesamento ideológico):
I – fase de dependência e apoio mútuo entre as famílias.
II – melhoria das condições da vida operária e aproximação com o padrão burguês familiar.
III – mudança da família operária para o subúrbio, valorização da domesticidade e privacidade.
IV – melhoria das condições da vida da burguesia e aproximação com o proletariado.
V – fase de independência entre as famílias.
Estão corretas as alternativas:
a) I, II e III
b) Somente a I
c) Somente a V
d) Somente as alternativas IV e V
e) Somente a alternativa III

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Fase de dependência e apoio mútuo entre as famílias (início do século XIX); melhoria das condi-
ções da vida operária e aproximação com o padrão burguês familiar (segunda metade do século
XIX) e mudança da família operária para o subúrbio, valorização da domesticidade e privacidade.
Letra a.

020. (AMAUC/PREFEITURA DE ALTO BELA VISTA/PSICÓLOGO/2021) Analise o tre-


cho a seguir:
“A _______ configura-se quando os pais (ou responsáveis) falham em termos de atendimento
às necessidades dos seus filhos (alimentação, vestir, etc.) e quando tal falha não é o resultado
das condições de vida, além do seu controle.”
Assinale a alternativa que completa a lacuna corretamente:
a) Omissão.
b) Violência.
c) Imprudência.
d) Negligência.
e) Negação.

Guerra afirma que a negligência se configuraria: “quando os pais (ou responsáveis) falham
em termos de alimentar, de vestir adequadamente seus filhos etc., e quando tal falha não é o
resultado das condições de vida além de seu controle” (2001, p. 33).
Letra d.

021. (PS CONCURSOS/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO SUL–SC/PSICÓLOGO/2021) Con-


forme o Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever da família, da comunidade, da socieda-
de em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos re-
ferentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. A garantia
de prioridade compreende, EXCETO:
a) Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias.
b) Precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.
c) Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.
d) Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à in-
fância e à juventude.
e) As instituições de educação superior ofertarão na perspectiva da educação ao longo da vida
cursos e programas de extensão presenciais ou a distância constituída por atividades formais
e não formais.

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Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convi-
vência familiar e comunitária.
Letra e.

022. (PS CONCURSOS/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO SUL–SC/PSICÓLOGO/2021) A pro-


teção social especial oferece um conjunto de serviços e programas especializados de média e
alta complexidade a famílias e indivíduos, inclusive a pessoas idosas e a pessoas com defici-
ência, em situação de risco ou com direitos violados. A PSE está voltada às famílias e indivídu-
os que se encontram em situação de risco pessoal e social, por violação dos direitos humanos.
Alguns grupos são particularmente vulneráveis à vivência das situações de violência e violação
de direitos, tais como, EXCETO:
a) Crianças adolescentes
b) Pessoas idosas
c) Pessoas com deficiência mulheres
d) Pessoa jurídica
e) Populações LGBT (lésbicas gays bissexuaistravestis e transexuais)

Pessoa Jurídica é uma entidade (empresa, sociedade, organização etc.) formada por uma ou
mais Pessoas Físicas, com propósitos e finalidades específicos, e direitos e deveres próprios
e característicos.
Letra d.

023. (AMEOSC/PREFEITURA DE PRINCESA/PSICÓLOGO/2022) A instituição família vem se


modificando e se reestruturando de acordo com cada contexto histórico e apresentando até
formas variadas numa mesma época e lugar, de acordo com o grupo social que está sendo
advertido. Considerando esse assunto, assinale a alternativa CORRETA.
a) O estabelecimento de fronteiras nítidas possibilita que cada membro do sistema exerça
suas funções de forma apropriada, evitando as interferências indevidas, ao mesmo tempo em
que é permitido o contato entre os membros de um subsistema e de outro.
b) A família reconstituída é uma estrutura mais ampla, que consiste na família nuclear, mais
os parentes diretos ou colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para
avós, pais e netos.

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c) Uma família tradicional é normalmente formada pelo pai e mãe, unidos por matrimônio ou
união de fato, e por um ou mais filhos, compondo uma família monoparental.
d) As famílias com fronteiras rígidas lidam com as situações individuais de seus membros
como se fossem de todos, negando as diferenças entre si.

A principal questão é que, a instituição social “família”, é a mais importante. É dela que partem
os valores éticos e morais que introduzem a consciência cidadã, o respeito à diversidade e
consciência social.
Letra a.

024. (URCA/PREFEITURA DE CRATO/ORIENTADOR EDUCACIONAL-PSICOLOGIA/2021)


Em relação aos novos arranjos familiares, pode-se afirmar que:
a) As mudanças sociais e demográficas na contemporaneidade têm levado ao surgimento de
novos arranjos familiares.
b) As famílias monoparentais, as famílias extensas, as famílias de casais homoafetivos e as
famílias reconstruídas são exemplos de novos arranjos familiares que podem ser considera-
dos como famílias desestruturadas.
c) A compreensão do conceito de família engloba apenas a questão biológica, a questão sim-
bólica não é relevante, podendo ser desconsiderada no trabalho do psicólogo.
d) A Política Nacional de Assistência Social tem colocado em evidência o trabalho apenas com
o indivíduo, desvinculado do contexto familiar, o que subtrai a relevância do conhecimento dos
novos arranjos familiares.
e) A família pode ser considerada como um sujeito de direitos, desde que ela tenha um arranjo
familiar do tipo nuclear, formada por pai, mãe e filhos, e seja estruturada.

“A convivência com famílias recompostas, monoparentais, homoafetivas permite reconhecer que


seu conceito se pluralizou. Daí a necessidade de flexionar igualmente o termo que a identifica, de
modo a albergar todas as suas conformações. Expressões como famílias marginais, informais,
extramatrimoniais não mais servem, pois trazem um traço um ranço discriminatório”. (Dias, 2013).
Letra a.

025. (FCC/TJ SC/PSICÓLOGO/2021) O psicólogo depara-se com novas modalidades de fa-


mília no Brasil atual: monoparental, estendidas por consequência de divórcio e novas uniões,
composta por casal homoafetivo, entre outras. Em uma situação hipotética, Bianca, que foi
criada por sua madrinha, quando estava com dez anos reaproximou-se de sua mãe biológica.
A coexistência de vínculos parentais e o reconhecimento do laço afetivo com a madrinha con-
duziram a uma realidade na qual a madrinha foi reconhecida por meio da maternidade

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a) adotiva.
b) paralela.
c) dupla.
d) complementar.
e) socioafetiva.

A filiação socioafetiva aquela que não advêm do vínculo biológico, mas sim do vínculo afetivo.
Possuir o estado de filho significa passar a ser tratado como se filho fosse, inclusive perante
a sociedade. Decorre do ato de vontade, respeito recíproco e o amor construído ao longo do
tempo, dia após dia, com base no afeto, independentemente de vínculo sanguíneo.
Letra e.

026. (CESPE/CEBRASPE/TJ RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO ASSISTENCIAL-PSICÓLO-


GO/2021) A respeito das transformações da família, assinale a opção correta.
a) As famílias têm o papel de apoiar a construção de projetos de vida, o que ocorre quando
crianças passam a agir segundo a desejabilidade social expressa por esse núcleo e se ajustam
às expectativas dos pais.
b) Sob um ponto de vista histórico, a mulher continua tendo papel central na vida doméstica;
daí a compreensão da maternidade como um atributo necessário da personalidade feminina.
c) O que dá validade às famílias homoparentais é a frequência com que nelas crianças órfãs
são adotadas e mais bem cuidadas, considerando-se o estigma do preconceito por pertence-
rem a esse tipo de família um ônus menor que a vida de abandono.
d) As famílias monoparentais necessitam de especial atenção, pois, nelas, na maioria das ve-
zes, a mulher arca sozinha com as despesas familiares, e é sabido que ela percebe salários
menores do que o homem, via de regra.
e) Permaneceram nos mesmos termos alguns aspectos essenciais nas famílias: o estado de
filiação, a posse do estado de filho, e a valoração do afeto como valor jurídico e formador de
núcleo familiar.

A Família Monoparental é o contrário do modelo clássico de família, tendo apenas um dos pais
assumindo o papel de prover todas as necessidades de seus filhos, que convivem com a au-
sência de um dos pais, sofrendo discriminações por parte da sociedade. Por serem formadas
de uma maneira oposta ao modelo clássico essas diferenças causam a marginalização dessa
entidade familiar.
Letra d.

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027. (AMAUC/CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DO SERVIÇO SOCIOASSISTENCIAL DE ALTA


COMPLEXIDADE/PSICÓLOGO/2021) Leia com atenção:

( ) Falar sobre a família como foco de intervenção exige aprofundar a discussão sobre o que
é uma família e como ela pode servir ou não de recurso em programas de intervenção.
( ) Falar sobre a família exige problematizar um elemento básico do processo de interven-
ção: a comunicação entre técnicos que atuam na intervenção e a população-alvo.
( ) Da perspectiva metafísica, redes de parentesco se estendem além do grupo consanguí-
neo e da unidade doméstica para esferas mais amplas.
( ) Da perspectiva temporal, as pessoas se inserem em uma sucessão de gerações, possi-
bilitando projeções para o futuro ou resgates de elementos do passado.

Levando-se em consideração que (V) significa Verdadeiro e (F) significa Falso a sequência
correta das proposições acima é, respectivamente:
a) V – V – V – V
b) V – V – F – V
c) V – V – F – F
d) V – F – F – V
e) F – V – F – V

Da perspectiva espacial, redes de parentesco se estendem além do grupo consanguíneo e da


unidade doméstica para esferas mais amplas. Da perspectiva temporal, as pessoas se inserem
em uma sucessão de gerações, possibilitando projeções para o futuro ou resgates de elemen-
tos do passado. Passa-se então a considerar a contribuição específica de uma teoria da práti-
ca e as implicações metodológicas de uma análise centrada em “modos de vida”, arraigados
numa situação de classe.
Letra b.

028. (VUNESP/PREFEITURA DE CANANÉIA/PSICÓLOGO/2020) O eixo sobre o qual se orien-


tam as transformações pelas quais passam as famílias no contexto atual, em consonância
com a evolução da sociedade humana, tem como sustentação
a) a consanguinidade e sua importância para a formação dos vínculos na família.
b) o tipo de apego que se estabelece entre os diversos integrantes de um núcleo familiar.
c) a identidade de gênero proclamada pelas figuras de autoridade no grupo familiar.
d) o tipo de aliança formada entre os membros de diferentes gerações na família.
e) a forma como se estabelecem as relações de poder entre os membros de uma família.

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O mundo familiar mostra-se dinâmico no que diz respeito ao seu modo de organização, cren-
ças, valores e práticas, que no passar dos séculos foram se adaptando as novas demandas
emergentes da sociedade.
Letra e.

029. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE BETIM/PSICÓLOGO/2020) Informe se é verdadei-


ro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) A centralização familiar do atendimento implica em considerar a família como sujeito


da atenção, e não apenas o indivíduo isolado.
( ) A orientação familiar ocorre quando a avaliação das necessidades para a atenção inte-
gral considera o contexto familiar e sua exposição a ameaças à saúde.
( ) A orientação familiar pressupõe o reconhecimento das necessidades familiares em
função do contexto em que vivem, entretanto o serviço de assistência social não atua
nessas necessidades, caso a queixa seja no âmbito da saúde mental.

a) V – V – F.
b) V – F – V.
c) V – V – V.
d) V – F – F.
e) F – V – V.

As inúmeras transformações pelo qual a família passou e ainda vem passando, o modelo de
família nuclear burguês ainda sobrevive, já que a posição de chefe da família ainda é cultural-
mente vinculada ao homem, mantendo-o hierarquicamente superior à mulher, apesar desta
gradativamente estar assumindo as responsabilidades na maioria das famílias.
Letra a.

030. (CESPE/CEBRASPE/MPCE/ANALISTA MINISTERIAL-PSICOLOGIA/2020) Acerca da


atuação dos profissionais da psicologia no âmbito familiar, julgue os itens a seguir.
Os profissionais da área de psicologia devem considerar a família como um “sistema aglutina-
do”, que confere certa pseudoautonomia a seus membros.

Num sistema aglutinado, as fronteiras são muito difusas, fracas, a diferenciação de seus membros
é extremamente pobre, o indivíduo perde-se no sistema. Devido ao extremo envolvimento entre
os membros, mudanças no comportamento de um dos membros afeta imediatamente o outro.
Errado.

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031. (INÉDITA/2022) Entende-se por família ________ aquela que é exercida sob a égide do
patriarcalismo, ou seja, a autoridade do lar encontra-se centrada na figura do pai, estando a
mulher e filhos sob seu comando, sustento e poder.
a) Matrimonial.
b) Informal.
c) Tradicional.
d) Anaprental.
e) Monoparental.

Família tradicional aquela que é exercida sob a égide do patriarcalismo.


Letra c.

032. (INÉDITA/2022) A égide do patriarcalismo cabia ao homem o suprimento das necessida-


des materiais bem como o direcionamento sobre as decisões a serem tomadas para a organi-
zação e dinâmica familiar. À mulher não era submissa ao marido.

À mulher, a obediência às regras estabelecidas pelo marido e as tarefas consideradas do lar,


tais como: cuidado com os filhos e os afazeres domésticos.
Errado.

033. (INÉDITA/2022) O homem no modelo tradicional voltava-se para a vida pública, a mulher
limitava-se à esfera doméstica, subjugada ao marido.
I – Esse modelo centrava-se na transmissão do patrimônio e havia acordos entre as famílias
para os arranjos conjugais.
PORQUE
II – Não havia o afeto envolvido nas negociações, o que predominava eram os interesses finan-
ceiros das famílias.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas e a II justifica a I
b) I e II estão corretas, mas a II não justifica a I
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

Os casamentos ocorriam em idades precoces e prescindiam do amor para se realizarem.


Letra a.

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034. (INÉDITA/2022) A relação entre pais e filhos era _________), sendo os pais considerados
superiores aos filhos. O pai tinha o poder de vida ou morte sobre a vida dos filhos, podendo
submetê-lo a açoites, prisões ou mesmo à morte, em caso de desobediência ou mal com-
portamento.
a) Categorizada.
b) Nivelada.
c) Classificada.
d) Hierarquizada.
e) Orientalizada.

A relação entre pais e filhos era hierarquizada, sendo os pais considerados superiores aos filhos.
Letra d.

035. (INÉDITA/2022) Com a ascensão da burguesia no século XVIII, surge uma concepção de
família baseada no amor romântico, com maior interesse na educação dos filhos e valorização
da _______.
a) Gravidez.
b) Maternidade.
c) Trabalho.
d) Casamento.
e) Família.

Maior interesse na educação dos filhos e valorização da maternidade.


Letra b.

036. (INÉDITA/2022) Mantinha-se a hierarquização nas relações, estando a mulher subjugada


jurídica, moral, econômica e religiosamente ao marido.
I – A mulher ainda era considerada frágil e intelectualmente inferior. Sua vida ficava restrita ao
ambiente doméstico.
PORQUE
II – O homem, vinculado à esfera da produção, voltava-se para a vida pública, tendo mínima
participação nas atividades relacionadas ao ambiente privado.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas e a II justifica a I
b) I e II estão corretas, mas a II não justifica a I
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

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As mulheres permaneciam responsáveis pela organização familiar, exercendo o trabalho não


remunerado como, por exemplo, provisão básica dos cuidados das crianças e demais mem-
bros da família.
Letra a.

037. (INÉDITA/2022) Na figura masculina centravam-se os valores familiares, alicerçados em


seu desempenho profissional, na parte econômica e em suas qualidades morais. A ele não era
assegurada a liberdade sexual ampla e estimulada socialmente.

A ele era assegurada a liberdade sexual ampla e estimulada socialmente.


Errado.

038. (INÉDITA/2022) No modelo tradicional a mulher não devia manter-se fiel ao marido, ser
obediente, boa dona de casa e cuidar de sua prole com dedicação.

A mulher devia manter-se fiel ao marido, ser obediente, boa dona de casa e cuidar de sua prole
com dedicação.
Errado.

039. (INÉDITA/2022) Na família _______, centrada em valores menos rígidos sobre o amor e o
afeto, surgiu, em algumas classes mais privilegiadas, o sentimento de ternura e intimidade no
âmago da família.
a) Moderna.
b) Informal.
c) Tradicional.
d) Anaprental.
e) Monoparental.

Na família moderna, centrada em valores menos rígidos sobre o amor e o afeto, surgiu, em
algumas classes mais privilegiadas.
Letra a.

040. (INÉDITA/2022) O amor materno foi ________ e abordado como inato e inerente à mu-
lher. Exalta-se a maternidade e exige-se da mulher a postura de cuidado e desvelo para com
os filhos.

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a) Adquirido.
b) Naturalizado.
c) Compensado.
d) Organizado.
e) Orientado.

O amor materno foi naturalizado e abordado como inato e inerente à mulher.


Letra b.

041. (INÉDITA/2022) A maternidade exige da mulher a postura de cuidado e desvelo para com
os filhos. A mulher, então, passa a exercer o papel de _________ e ________ dos filhos, buscando
se enquadrar no papel de “boa mãe”.
a) Zeladora/Educadora.
b) Cuidadora/Educadora.
c) Protetora/Professora.
d) Cuidadora/Instrutora.
e) Protetora/Educadora.

Passa a exercer o papel de cuidadora e educadora dos filhos.


Letra b.

042. (INÉDITA/2022) A infância foi construída no decorrer do século XVIII e, com ela, a so-
ciedade e família passaram a ser responsabilizadas pelos cuidados e educação das crianças.

Segundo Àries (2017), a infância foi construída no decorrer do século XVIII.


Certo.

043. (INÉDITA/2022) A família moderna, trazendo à luz a ideia de amor e universalizando a


intimidade na família, com relativa aproximação entre os membros e associação da figura fe-
minina ao papel de mãe. Entretanto, esse modelo ocorreu de forma homogênea em todos os
grupos sociais e em todo o mundo ocidental.

Entretanto, esse modelo não ocorreu de forma homogênea em todos os grupos sociais e nem
em todo o mundo ocidental. Pelo contrário, o processo de transformação de modelos familia-
res foi, ao longo do tempo, heterogêneo, fragmentado e ambíguo, de acordo com a realidade
de diferentes grupos sociais.
Errado.

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044. (INÉDITA/2022) A família na sociedade ocidental passou por importantes transforma-


ções, na segunda metade do século XX, resultantes de diversas mudanças sociais.
I – Essas novas questões que emergiram, suscitaram novas questões familiares, como a
flexibilização de posições hierárquicas e a valorização da subjetividade e individualidade de
seus membros.
PORQUE
II – surge a família contemporânea ou pós-moderna, caracterizada pelo declínio progressivo
do modelo tradicional de família nuclear e a pluralidade de formatos e dinâmicas familiares.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas e a II justifica a I
b) I e II estão corretas, mas a II não justifica a I
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

Família contemporânea (ou pós-moderna) passou por importantes transformações.


Letra a.

045. (INÉDITA/2022) O que impulsionou a saída da mulher de seu lugar cativo na vida privada
e a levaram a exercer atividades produtivas no âmbito público.
a) Divórcio/Duas Guerras.
b) Duas Guerras/Revolução Industrial.
c) Estudar/Revolução Industrial.
d) Duas Guerras/Empoderamento.
e) Divórcio/Empoderamento.

As duas guerras mundiais e a revolução industrial impulsionaram a saída da mulher de seu


lugar cativo na vida privada.
Letra b.

046. (INÉDITA/2022) Na perspectiva _________, empregar a mulher era vista como melhor
custo-benefício, pois ofereciam baixos salários e obtinham resultados satisfatórios para as
indústrias.
a) Tradicional.
b) Sociológica.
c) Capitalista.
d) Comunista.
e) Socialista.

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Na perspectiva capitalista, empregar a mulher era vista como melhor custo-benefício.


Letra c.

047. (INÉDITA/2022) O movimento _________, impulsionado pela busca na igualdade de gê-


neros, exaltou a necessidade de modificações na dinâmica familiar. O surgimento da pílula
anticoncepcional também trouxe à mulher a liberdade de exercer sua sexualidade sem a pre-
ocupação com a gravidez, permitindo-lhe a conquista de novos espaços, incluindo o mercado
de trabalho.
a) Emancipação.
b) Igualdade.
c) Sexista.
d) Feminista.
e) Machista.

O movimento feminista, impulsionado pela busca na igualdade de gêneros, exaltou a necessi-


dade de modificações na dinâmica familiar.
Letra d.

048. (INÉDITA/2022) A mulher passa a exercer diferentes papeis, além dos de âmbito domés-
tico, tornando-se coprovedora, compartilhando despesas e exigindo uma divisão mais igualitá-
ria nas tarefas domésticas e cuidado com os filhos, o homem passa a ter que assimilar novos
modos de atuação, ideias, sentimentos, conceitos e valores e a rever os condicionamentos de
gênero impostos socialmente.

Essa demanda por um reordenamento mais igualitário de papeis, posições e relações ainda
se encontra em processo de mudança, uma vez que, a cristalização de práticas desiguais no
contexto familiar ainda se encontra arraigada em muitas famílias, principalmente de classes
sociais menos privilegiadas.
Certo.

049. (INÉDITA/2022) O avanço científico tecnológico também exerceu influência na dinâmica


familiar, permitindo a maternidade solo ou que casais homossexuais exerçam a parentalidade,
através de técnicas assistidas de inseminação artificial.

A família pós-moderna ocidental pode apresentar-se sob várias formas e passar por distintos
tipos e ritmos de transformação, manifestando-se de forma híbrida e plural.
Certo.

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050. (INÉDITA/2022) A família no contexto brasileiro:


I – Novas matizes e configurações tidas como a base da sociedade e regida por princípios que
visam facilitar a estruturação da família no Estado Democrático de Direito.
PORQUE
II – a família é o lugar onde não apenas se herda o material genético, mas comportamentos,
crenças e ideologias do sistema familiar.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas e a II justifica a I
b) I e II estão corretas, mas a II não justifica a I
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

No Brasil, ainda se vislumbra modelos centrados na família nuclear como predominante em


algumas classes sociais.
Letra a.

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REFERÊNCIAS
ARIÉS, P. (2017). História social da criança e da família. LTC.

BACHOFEN, J. J. (1861). O matriarcado: Una investigação sobre o caráter religioso y jurídico do


matriarcado no mundo antigo. https://www.infopedia.pt/$johann-jakob-bachofen

BADINTEr, E. (1985). Um Amor Conquistado: O mito do amor materno. Nova Fronteira.

KÜMPEL, V. F. (2015). Do pátrio poder ao poder familiar: O fim do instituto? Migalhas. https://
www.migalhas.com.br/coluna/registralhas/227629/do-patriopoder-ao-poder-familiar--o-fim-
-do-instituto

LAGE, G. C. (2009). Revisitando o método etnográfico: Contribuições para a narrativa antropo-


lógica. Revista Espaço Acadêmico, 9(97), 3-7.

Ariete Bittencourt Pinto


Graduação em Psicologia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc – Joaçaba (1999)
e Mestrado em Ciências da Saúde Humana pela Universidade do Contestado – Campus Concórdia
(2005). É docente na Universidade do Contestado – UnC (há 18 anos). Coordenadora do Núcleo Docente
Estruturante (NDE) do Curso de Psicologia e Coordenadora do Núcleo de Serviços em Psicologia (Clínica
Escola). Anualmente é membro de bancas de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Curso de
Psicologia. É professora-orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso I e II do Curso de Psicologia.
Professora-orientadora de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório de Psicologia Clínica e da Saúde
I e II; e professora-orientadora de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório de Psicologia Escolar I e
II. É psicóloga clínica e psicóloga credenciada pela Polícia Federal para Avaliação Psicológica para Arma
de Fogo. Foi Coordenadora do Curso de Psicologia da Universidade do Contestado (UnC) – Concórdia.
Foi docente na Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc (2010 a 2016). Docente na graduação
e na pós-graduação. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Contestado. Editora
assistente da Revista Interdisciplinar: Saúde e Meio Ambiente da Universidade do Contestado. Parecerista
no I Congresso Catarinense de Psicologia: Ciência e Profissão (2015).

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