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Débora Pires Tavares

PROJETANDO A INFORMAÇÃO:
MAPEAMENTO DE FUNCIONALIDADES DO TUMBLR
VISANDO O DESIGN DE SERVIÇOS WEB

Monografia apresentada ao curso de Bacharelado em


Design Digital da Universidade Federal de Pelotas, como
requisito parcial para conclusão do mesmo, sob orientação
do Prof. Tobias Mülling.

Pelotas, 2011
Banca examinadora
Ana Bandeira
Guilherme da Rosa
Agradecimentos

Aos meus pais, Carlos e Marlene, pelo apoio durante a minha vida e nesta jornada,
principalmente pela consideração de acreditarem em mim, ocultando qualquer
relutância;

Ao meu incrível amigo, Cristiano Lopes, razão de qualquer manifestação de esforço de


minha parte. Agradeço por confiar em mim e me dar forças para que eu fizesse o
mesmo, me motivando e lidando virtuosamente com meus receios e também pelo apoio
e participação nesta pesquisa;

Às amigas, Amanda, Camila e Julia pelo apoio que me concederam, ainda que silentes,
simplesmente por não deixarem que minha ausência desfizesse a amizade existente;

Ao meu amigo e orientador, prof. Tobias Mülling, por enxergar meu potencial e me
fazer ver além das minhas inseguranças, acreditando no meu trabalho e me prestando
total apoio;

À profa Ana Bandeira e ao prof. Guilherme da Rosa pelos conselhos que me


concederam, auxiliando no desdobramento desta trajetória.

Ao Davi e ao William por contribuírem na concepção da proposta prática deste trabalho


e por tornarem possível a futura implementação do serviço desenvolvido;

À todas as pessoas que se dispuseram a responder o questionário, àquelas que


contribuíram com ideias aparentemente absurdas em conversas informais e à todas
aquelas que me toleraram quando, por algum motivo, procuraram por mim e só
encontraram um mar de devaneios inseguros e desconexos.
The world doesn’t owe you anything.
It was here first.
- Mark Twain
TAVARES, Débora Pires. PROJETANDO A INFORMAÇÃO: MAPEAMENTO
DE FUNCIONALIDADES DO TUMBLR VISANDO O DESIGN DE SERVIÇOS
WEB. Pelotas: 2011. Monografia (Bacharelado em Design Digital) – Universidade
Federal de Pelotas, 2011. 100p.

Resumo

Este trabalho objetiva demonstrar o potencial da plataforma de blogs Tumblr, de modo


a gerar recomendações para o design de serviços web, propondo que estes utilizem a
informação da plataforma como suporte a fim de agregarem valor aos seus projetos.
Faz-se uma análise de conceitos acerca do processo de disseminação informacional e a
relevância do design neste sentido, buscando compreendê-los no contexto das
tecnologias de modo que a temática converge para o Tumblr e sua relação com o design
de serviços web. Apresenta-se o mapeamento de funcionalidades da plataforma, bem
como um questionário com o intuito de compreender como os usuários utilizam o
Tumblr, a sistematização de recomendações para o design de serviços web com base na
plataforma e, como proposta prática, apresenta-se o desenvolvimento de um serviço que
concilia a informação colhida nesta pesquisa denotando a viabilidade de sua aplicação.

Palavras-chave: Tumblr, design, serviços web, informação.


TAVARES, Débora Pires. PROJECTING THE INFORMATION: MAPPING OF
TUMBLR’S FUNCTIONALITIES AIMING THE DESIGN OF WEB SERVICES.
Pelotas: 2011. Monograph (Bachelor in Digital Design) – Federal University of Pelotas,
2011. 100p.

Abstract

This work aims to demonstrate the potential of the blogging platform Tumblr, in order
to generate recommendations for the design of web services, suggesting that they use
the information from the platform as a foundation to aggregate value to their projects.
An analysis of the concepts about the process of information dissemination and the
relevance of the design in this matter is made in order to comprehend them in the
context of technology, so that the theme converges to Tumblr and its relation with the
design of web services. It is presented the mapping of the platform‟s functionalities, as
well as a questionnaire in order to understand how users use Tumblr, the
systematization of recommendations for the design of web services based on the
platform and, as a practical proposal, it is presented the development of a service which
combines the information gathered in this research, demonstrating its feasibility of
application.

Keywords: Tumblr, design, web services, information.


Lista de Figuras
Figura 01 – Diagrama de comunicação estética no design ........................................... 25
Figura 02 – Comparativo de funcionalidades do iPod, iTunes e iTunes Store ............. 32
Figura 03 – Página inicial do Flickr .............................................................................. 33
Figura 04 – Página inicial do Tumblr para novos usuários .......................................... 45
Figura 05 – Tela de personalização de um blog Tumblr .............................................. 46
Figura 06 – Dashboard do Tumblr (página principal para os usuários cadastrados) ... 47
Figura 07 – Botão de publicação do Tumblr ................................................................ 50
Figura 08 – Detalhe da interface do Tumblr para postagem de conteúdo .................... 54
Figura 09 – Exemplo de postagem na dashboard ......................................................... 55
Figura 10 – Tags salvas e busca por tags ...................................................................... 56
Figura 11 – Detalhe da lista de blogs seguidos por um usuário .................................... 57
Figura 12 – Formulário de perguntas de um blog do Tumblr ...................................... 59
Figura 13 – Exemplo de pergunta e campo para respostas na dashboard ..................... 60
Figura 14 – Tumblr Theme Garden (galeria de temas) ................................................ 61
Figura 15 – Detalhe da interface do Tumblr para personalização de um tema ............ 62
Figura 16 – Diagrama da experiência ........................................................................... 79
Figura 17 – Página inicial do serviço web Polyvore ..................................................... 83
Figura 18 – Esboço de sitemap ..................................................................................... 86
Figura 19 – Exemplo de wireframe de uma das telas de inspiringme .......................... 87
Figura 20 – Página inicial de inspiringme ..................................................................... 88
Figura 21 – Interface para criação e edição de scrapbooks ........................................... 89
Figura 22 – Painel de atividades dos usuários de inspiringme ..................................... 91
Figura 23 – Tela que mostra os resultados de uma pesquisa ........................................ 92
Lista de Quadros
Quadro 01 – Perguntas do questionário com usuários do Tumblr ................................ 65
Sumário
Introdução ................................................................................................................. 12
Problema de pesquisa .................................................................................................. 15
Objetivos .................................................................................................................... 15
Objetivo geral .......................................................................................................... 15
Objetivos específicos ............................................................................................... 15
Proposta de desenvolvimento metodológico ................................................................ 16
Descrição dos capítulos ............................................................................................... 17

1 Design e comunicação ............................................................................................ 20


1.1 Informação ............................................................................................................ 20
1.1.1 O processo cognitivo do usuário: informação textual, visual e auditiva ............ 22
1.2 A comunicação via novas tecnologias ................................................................... 26
1.3 Design como processo informacional ................................................................... 28
1.4 Design de serviços web ......................................................................................... 30

2 Cibercultura ........................................................................................................... 36
2.1 Definições ............................................................................................................. 36
2.2 Redes sociais ......................................................................................................... 38
2.2.1 Blogs, microblogs e tumblelogs ....................................................................... 40
2.3 A relação do design com a cultura ......................................................................... 42

3 Tumblr.................................................................................................................... 45
3.1 O que é o Tumblr? ................................................................................................ 45
3.2 O Tumblr no contexto das redes sociais ................................................................. 48
3.3 A relação do Tumblr com o design de serviços ...................................................... 51

4 Mapeamento de funcionalidades do Tumblr ........................................................ 54


4.1 Questionário com usuários do Tumblr ................................................................... 64
4.1.1 Apresentação do questionário .......................................................................... 64
4.1.2 Análise do questionário ................................................................................... 65
4.2 Recomendações com base no Tumblr para o design de serviços web ..................... 72
5 Design de um serviço web utilizando o Tumblr .................................................... 77
5.1 Identificação do serviço ......................................................................................... 77
5.2 Metodologia .......................................................................................................... 78
5.3 Desenvolvimento .................................................................................................. 82

Considerações finais .................................................................................................. 96


Recomendações para futuros trabalhos ................................................................... 98
Referências Bibliográficas ........................................................................................ 99
INTRODUÇÃO
Introdução

O presente trabalho tem como objeto o design de serviços web, a partir das
funcionalidades de uma plataforma de blogs diferenciada, o Tumblr. A motivação desta
pesquisa consiste na percepção empírica da pesquisadora quanto ao potencial da
plataforma no que tange à geração e propagação de informação na web e à possibilidade
de mensuração de tendências dentro da plataforma, questões essenciais ao design de
serviços web.
A sociedade vive um período em que o cenário mundial é marcado pela relação
cotidiana do homem com as mais diversas tecnologias, caracterizando a cultura atual
como cibercultura. Um dos mais influentes exemplos é a popularização da internet,
resultado de um número cada vez maior de usuários que buscam transcender os limites
que as mídias clássicas de comunicação permitem (LÉVY, 1999). Novos usuários
passam a consumir e gerar informação constantemente na web, utilizando serviços
como sites de redes sociais, plataformas de blogs, lojas virtuais, entre outros. Esse uso
assíduo e crescente de dispositivos eletrônicos para acessar a internet – característica da
cibercultura - permite o estabelecimento de relações sociais online e facilita a
disseminação de informações na rede, contribuindo para o excesso de conteúdo que
resulta na ansiedade de informação (WURMAN, 1991), visto que não somos capazes de
assimilar todas as mensagens que recebemos.
De acordo com Lemos (2004), esse excesso de informação implica no
desenvolvimento de dispositivos que auxiliem os usuários, ou seja, no desenvolvimento
de serviços na web. Se os serviços são essenciais na rotina das pessoas e o uso da
internet é cada vez mais frequente, os serviços web possuem grande importância na
cultura atual. Quando as pessoas acessam, por exemplo, o internet banking1 do seu
banco, elas esperam conseguir realizar transferências ou consultar extratos de maneira
fácil e agradável. O design de serviços web irá contribuir para projetar uma experiência
satisfatória a estes usuários. Além disso, a expansão dos sites de redes sociais evidencia
a importância da internet como meio de comunicação e, consequentemente, a
necessidade do desenvolvimento de serviços no ambiente virtual que possibilitem essa
interação.

1
Serviço online oferecido por um banco onde o usuário pode acessar dados de sua conta bancária e
realizar atividades como transferências, pagamento de boletos e etc.
13

Desta forma, assim como os serviços que as pessoas utilizam cotidianamente no


mundo físico, os serviços presentes na web precisam prezar pela eficiência, tendo em
vista princípios de usabilidade, arquitetura de informação, padrões de navegação,
interatividade, entre outros. Para tanto, a atividade projetual do designer deve
compreender e solucionar diversas variáveis, sendo uma delas exatamente o contínuo e
desordenado crescimento de informações geradas na web.
Para que tais serviços sejam capazes de atender a imensa e progressiva
quantidade de usuários conectados, precisam pensar no aproveitamento e organização
do conteúdo gerado por estes usuários, além de levar em conta as suas necessidades. A
tecnologia oferece potencial para facilitar e tornar a vida mais agradável, mas além dos
benefícios, também surgem dificuldades que aumentam nossa frustração (NORMAN,
2006) e é exatamente nesse contexto que deve se entender a função do design na web:
encontrar maneiras de eliminar estas dificuldades. Quando as pessoas acessam a
internet, precisam encontrar ferramentas eficientes que lhes possibilitem não só gerar,
mas buscar informações. Esse processo coletivo de geração e consumo do mundo
informacional no meio digital deve ser compreendido dentro do design de serviços e,
para tanto, o designer incumbido de tal tarefa precisa buscar entender os usuários e
como estes manipulam a informação constantemente nos sites que acessam.
Dentre os diversos serviços web nos quais os usuários podem gerar e buscar
informação atualmente - como os blogs, microblogs e demais sites de redes sociais -
destaca-se uma plataforma diferenciada: o Tumblr. Trata-se de um site que permite que
qualquer usuário realize um cadastro, gratuitamente, e comece imediatamente a postar o
que for de seu interesse: textos, imagens, citações, links, vídeos ou áudios. O Tumblr é
um serviço que possibilita a criação de tumblelogs, um formato de blog especialmente
pensado para postagens mistas e mais curtas, com conteúdos menos extensos do que os
blogs tradicionais. Como afirmam Naslund e Giustini (2008), “um tumblelog é uma
variação do blog tradicional, na medida em que reúne diferentes tipos de mídia, como
fotos, vídeos e notas de blog em um espaço central, sem importar onde estes itens de
mídia se originaram” (p. 62).
A principal característica da ferramenta é a facilidade que ela oferece aos
usuários de compartilhar qualquer tipo de informação que desejarem, através da criação
de um blog totalmente personalizável. O usuário pode, inclusive, definir tags, (palavras-
chave) para cada post (postagem) que realizar, facilitando a busca e a organização das
informações. O Tumblr funciona através do sistema de seguidores, com uma estrutura
14

de linha do tempo mostrando os posts dos blogs que cada usuário segue. Cada blog
criado na ferramenta adquire a forma de um perfil, possibilitando o estabelecimento de
relações sociais com outros blogs, outros usuários. Conforme Recuero (2009), “weblogs
não são sites de redes sociais, mas podem ser apropriados como espaços de construção e
exposição dessas redes” (p. 105).
O próprio serviço se identifica como “milhões de pessoas compartilhando as
coisas que fazem, acham, gostam, pensam ou criam” 2. Segundo dados do Tumblr,
metade das postagens diárias são imagens, e o restante divide-se entre textos, links,
vídeos e áudio. Isso demonstra como a plataforma também é usada pelos usuários como
uma forma de expressão através de imagens, denotando um potencial de mensuração de
tendências de comportamento dentro do Tumblr. Este pode ser pensado como uma
comunidade virtual, construída com base nas afinidades, interesses e conhecimentos dos
usuários, através de um processo de cooperação e troca, independentemente da
proximidade física destas pessoas (LÉVY, 1999).
O criador da plataforma, David Karp3, alega que o Tumblr possui um grande
tráfego de informação devido a sua característica de rede social, permitindo que o
usuário acompanhe o que as pessoas estão postando facilmente no seu painel, curtindo
(marcando o conteúdo de seus interesses) e republicando o que gostam com poucos
cliques, resultando num volume maior de posts. Ou seja, além de privilegiar as
postagens de seu interesse, o usuário pode repassar qualquer informação postada pelos
demais, divulgando blogs e conteúdos específicos rapidamente. Essa possibilidade
integrada ao sistema do Tumblr encoraja os usuários a realizarem mais atualizações em
seus blogs, pois não há necessidade de gerar conteúdo original a cada post, já que
republicar é uma das funções congênitas do serviço.
O Tumblr foi criado em 2007 e hoje possui cerca de 37 milhões de blogs, com
um total de aproximadamente 50 milhões de posts por dia, números que indicam um
crescimento contínuo. Sendo assim, entende-se que a plataforma possui um grande
potencial a ser analisado em termos de manipulação da informação e de tendências de
comportamento dos usuários, caracterizando-se como uma boa base de informação para
guiar o design de serviços web, além de fazer parte de uma fatia significante da geração
e propagação de conteúdo na internet.

2
Disponível em <http://tumblr.com/about>. Acesso em setembro de 2011
3
Em entrevista à revista INFO, disponível em <http://info.abril.com.br/noticias/internet/entrevistamos-
david-karp-o-criador-do-tumblr-05042011-3.shl>>. Acesso em agosto de 2011
15

A relevância desta pesquisa consiste em sistematizar recomendações para


auxiliar o design de serviços web propondo, através da compreensão do comportamento
dos usuários dentro do Tumblr e do mapeamento de suas funcionalidades, que utilizem
como suporte a informação da plataforma, contribuindo para que tais serviços alcancem
com eficiência os objetivos aos quais se propuserem.

Problema de pesquisa

Como as funcionalidades do Tumblr agregam valor ao design de serviços web?

Objetivos

Buscando resolver a questão supracitada, a pesquisa deverá percorrer os


seguintes objetivos:

Objetivo Geral

- Identificar as funcionalidades do Tumblr de modo a propiciar o design de serviços


web.

Objetivos específicos

- Pesquisar sobre o processo de comunicação e de disseminação informacional e a


relação do usuário e do designer nos mesmos;
- Pesquisar sobre as características dos serviços web e das redes sociais com foco nos
blogs;
- Identificar como a informação pode ser gerada e manipulada no Tumblr;
- Desenvolver um questionário e aplicá-lo a usuários do Tumblr;
- Analisar os resultados obtidos com o questionário visando compreender como os
usuários utilizam o Tumblr;
- Sistematizar recomendações para o design de serviços web utilizando o conteúdo e as
funcionalidades do Tumblr como suporte;
- Desenvolver um serviço com base nas recomendações estabelecidas.
16

Proposta de desenvolvimento metodológico

A metodologia empregada para a elaboração das etapas expostas consiste,


fundamentalmente, em pesquisas bibliográficas e exploração do objeto de estudo,
buscando, através de uma análise crítica, examinar as questões que compõem o objetivo
proposto. Cabe indicar que, quanto aos objetivos, esta pesquisa pode ser classificada
como exploratória, pois pretende reunir informações sobre um assunto específico,
facilitando a sua delimitação (ANDRADE, 2009).
A fim de alcançar tais objetivos buscou-se, inicialmente, estudar a área proposta
através de uma pesquisa bibliográfica, levantando o conhecimento disponível e
efetuando análises para auxiliar na compreensão do objeto de investigação (KOCHE,
2000). Para tanto, são utilizados conceitos que possam esclarecer a relação dos usuários
e dos profissionais de design no processo cultural hodierno - a cibercultura – visto que o
objetivo deste trabalho é estabelecer recomendações para o design de serviços na web.
Além disso, a pesquisa bibliográfica abrange estudos sobre comunicação e informação,
ressaltando sua importância como processo de transformação de dados em informação
inteligível a públicos específicos, além de definições acerca de redes sociais.
É importante ressaltar que, por tratar-se de uma plataforma recente, não há
bibliografia específica publicada sobre o Tumblr. Por isso, além da pesquisa
bibliográfica supramencionada, foi adotada outra técnica de pesquisa a fim de realizar
um estudo junto aos usuários do serviço buscando identificar como os mesmos utilizam
a plataforma. Este estudo deu-se através da elaboração de um questionário, instrumento
para coleta de dados formado por perguntas ordenadas que devem ser respondidas por
escrito (MARCONI; LAKATOS, 2010). Os usuários foram escolhidos para
participarem desta etapa da pesquisa de acordo com a acessibilidade deles com a autora
deste trabalho e também de acordo com seu perfil de uso da plataforma, de forma a se
obter uma amostra de usuários de blogs diversos, qualificando o resultado da pesquisa.
Estes usuários responderam o questionário proposto online, que foi criado
através de ferramentas próprias disponíveis na internet, como o recurso de formulários
do Google Docs (http://docs.google.com/), facilitando o processo uma vez que a
ferramenta é gratuita e os usuários podem acessar o questionário facilmente de qualquer
lugar e a qualquer hora. Além disso, o serviço disponibiliza planilha de dados
detalhadas para auxiliar na posterior avaliação das respostas. Juntamente com a análise
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dos resultados obtidos com o questionário, as funcionalidades do Tumblr foram


identificadas gerando o mapeamento previsto nos objetivos.
Dando continuidade ao trabalho, retomando as definições esclarecidas pelo
referencial teórico, as funcionalidades identificadas no mapeamento do Tumblr e os
resultados alcançados através do questionário aplicado, foram organizadas
recomendações para o design de serviços web com a finalidade de facilitar seu
desenvolvimento utilizando as funcionalidades e as informações geradas no Tumblr.
Por fim, foi projetado um serviço web utilizando o Tumblr, guiando-se pelas
recomendações estabelecidas e buscando reforçar os pontos estudados através da
aplicação prática dos mesmos. Este serviço consiste em um site com foco na pesquisa e
manipulação de imagens relacionadas à moda.
Agregando o conteúdo do Tumblr (especialmente as imagens) e suas
funcionalidades mais relevantes, foi desenvolvido um serviço que permitie que qualquer
usuário possa acessar o site em questão e buscar por imagens de roupas e acessórios, ou
enviar suas próprias fotos. Estas imagens podem ser manipuladas pelos usuários através
de um editor online que consta no site, permitindo a criação de álbuns virtuais com a
característica dos scrapbooks4, servindo como inspiração de moda e estilo para seus
criadores ou quaisquer pessoas que acessem o serviço. Para o desenvolvimento deste
serviço web foi utilizada a metodologia projetual de Jesse James Garrett (2003) que
valoriza a experiência do usuário no projeto de interfaces.

Descrição dos capítulos

Esta proposta de trabalho de conclusão de curso está dividida em 5 capítulos. Na


introdução é apresentada a base estrutural do trabalho, buscando definir conceitos a
serem utilizados para a definição e compreensão do tema, a indicação do problema e, a
partir disso, a delimitação dos objetivos e da metodologia para seu desenvolvimento.

No capítulo 1 são apresentadas algumas conceituações essenciais para o


entendimento da pesquisa. Buscou-se definir a informação e o processo de
comunicação, relacionando tais definições ao conceito de design como processo de

4
Scrapbooks são álbuns de recorte e colagem. Sua principal característica é a tematização e
personalização das páginas, que incluem fotos, pequenos textos, adesivos, fitas, entre outros enfeites.
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produção e transmissão de informação. Também são apresentadas definições para o


design de serviços web, detalhando a temática da pesquisa.
No capítulo 2 – dando continuidade ao referencial teórico estabelecido no
primeiro capítulo – são explorados conceitos de cibercultura e da relação do usuário e
do designer neste processo cultural. Também são apresentadas definições sobre redes
sociais, buscando contextualizar o objeto da pesquisa dentro de tais conceitos.
O capítulo 3 apresenta o objeto a ser estudado: o Tumblr. Buscou-se explicar o
que é a plataforma e quais são as suas finalidades, relacionando-a às definições
apresentadas no referencial teórico sobre redes sociais e design de serviços web.
No capítulo 4, após a apresentação do objeto, são identificadas as
funcionalidades do Tumblr através de estudo da plataforma e da análise do questionário
que foi desenvolvido e aplicado a 22 usuários, a fim de melhor compreender como o
serviço é utilizado. O desenvolvimento das perguntas e os resultados obtidos são
apresentados neste capítulo, seguidos da sistematização de recomendações com base no
Tumblr para o design de serviços web. As respostas completas de todos os usuários
respondentes se encontram no CD-Rom em anexo a este trabalho.
No capítulo 5 é proposto um aplicativo de mapeamento de tendências focado no
nicho da moda - com a intenção de oferecer ao usuário maneiras de buscar e manipular
imagens - utilizando o Tumblr como suporte. O aplicativo usa as imagens do Tumblr
como principal base de dados para permitir a criação de scrapbooks com fotos de roupas
e acessórios que podem ser acompanhados pelos usuários da plataforma ou
compartilhados nas redes sociais em geral. Este aplicativo foi desenvolvido utilizando-
se das informações pesquisadas e mapeadas por esta pesquisa, tendo como guia as
recomendações estabelecidas no capítulo 4. Utilizou-se a metodologia projetual
proposta por Garrett (2003), que visa a um processo de design centrado no usuário.
Neste capítulo são apresentadas algumas das telas que compõem a interface do site de
modo a ilustrar o seu desenvolvimento, porém todas as telas desenvolvidas para esta
proposta prática da pesquisa se encontram no CD-Rom em anexo.
Na conclusão do trabalho é realizada uma discussão dos resultados da pesquisa
previstos nos objetivos, traçando considerações a respeito do conteúdo gerado e
estabelecendo recomendações para futuros trabalhos.
1. DESIGN E
COMUNICAÇÃO
20

1 Design e comunicação
1.1 Informação

A comunicação é um fenômeno social inerente ao ser humano cujas


possibilidades de manifestação, ao longo das décadas, têm sofrido grandes evoluções
devido ao advento da tecnologia. Com a popularização da internet, a produção de
informação foi intensificada de tal forma que já não é possível controlar sua
propagação. A quantidade de conteúdo gerado a todo o momento por milhares de
pessoas conectadas à internet é, na verdade, um exemplo recorrente da era em que
vivemos, denominada erroneamente como era da informação. Isto se torna evidente se
constatarmos que, no meio digital, não há barreiras que impeçam um conteúdo de ser
difundido, pelo contrário, cada vez mais serviços são desenvolvidos para facilitar o
compartilhamento de qualquer tipo de dado por qualquer usuário na web. Ou seja, a
liberdade que a tecnologia proporciona nos insere em meio a uma explosão da não-
informação, uma explosão de dados (WURMAN, 1991).
Desta forma, é importante ressaltar que nem todo conteúdo gerado pelas pessoas
deve ser tratado como informação. Segundo Wurman (1991), “o que constitui
informação para uma pessoa pode não passar de dados para uma outra. Se não faz
sentido para você, a denominação de informação não se aplica.” (p. 43). Logo, o
acúmulo de dados não implica necessariamente em uma maior geração de novos
conhecimentos. Um dado só passa a ser informação se o receptor compreendê-lo. A
informação é, portanto, uma comunicação que pode ser ativada, mas que precisa de
alguém para decodificá-la e interpretá-la (FRANÇA, 2001).
Esta vasta quantidade de informação, de crescimento contínuo, que
inevitavelmente nos é apresentada diariamente, é um dos fatores responsáveis pela
ansiedade de informação, pois cada vez mais precisamos assimilar diversos níveis de
informação: desde acompanhar notícias, periódicos e sites de diversas áreas até
participar de várias redes sociais na internet. A ansiedade de informação surge nesta
lacuna entre os dados e o conhecimento e se torna evidente quando começamos a ler,
ver ou ouvir sem compreender ou sequer perceber que alguma informação está tentando
nos ser passada (WURMAN, 1991). O autor afirma que “à medida que a tecnologia se
torna mais sofisticada e complexa, o mesmo ocorre com o problema de controlá-la; mas,
ironicamente, à medida que o controle aumenta, cresce também o potencial de perda do
21

controle (...)” (p. 44). Apesar de contraditória, a situação é exatamente esta: as


possibilidades de criação que a tecnologia permite são inúmeras, mas somente àqueles
que conseguirem manipulá-la – e estes terão maior controle de seus projetos devido à
imensa gama de softwares e serviços oferecidos. Porém, o uso destas ferramentas não é
passível de controle, o que acarreta no acúmulo de dados responsável pela ansiedade de
informação.
Além disso, o excesso de informação tornou comum vivenciar situações em que
alguém acaba frustrado por não conseguir encontrar a informação que deseja. Este fato
aumenta ainda mais a ansiedade: a inacessibilidade, a incapacidade que nos priva de
encontrar a informação que procuramos pelo simples fato de não sabermos como ou
onde pesquisar por ela (WURMAN, 1991).

Estamos cercados por materiais de referência. Mas, sem a capacidade de


usá-los, eles são apenas fontes de ansiedade. Penso neles como budas
sentados na minha prateleira, com toda a informação e um sorriso de
sabedoria. Para mim, o desafio é conseguir ter acesso a eles e torná-los mais
acessíveis aos outros (WURMAN, 1991, p. 49)

O desafio que o autor menciona é, de certa forma, uma responsabilidade que os


profissionais de design devem incumbir a si mesmos em seus projetos: manipular a
informação para que esta se torne acessível a seu público-alvo. O Design da Informação
é uma das áreas do conhecimento capaz de lidar com os aspectos dos sistemas de
informação, contextualizando-os a fim de propiciar a produção de interfaces adequadas
ao conteúdo e ao público-alvo, segundo a Sociedade Brasileira de Design da Informação
(SBDI)5. Ou seja, o design de informação é importante por ser a área capaz de qualificar
o processo de disseminação informacional possibilitando a transformação dos dados em
conteúdo inteligível a públicos específicos. Visando tais aspectos em um projeto,
colabora-se para a redução da ansiedade e dá-se o primeiro passo para o
desenvolvimento de um produto ou serviço adequado às necessidades de seus usuários.

Necessitamos de empresas dedicadas a tornar a informação acessível e


compreensível: de novas formas de interpretar os dados que cada vez mais
direcionam nossa vida e de novos modelos para torná-los utilizáveis e
compreensíveis para transformá-los em informação. É preciso reeducar as
pessoas que produzem informação a fim de aumentar sua eficiência, e nós,
como consumidores, devemos ficar mais hábeis como receptores se
quisermos nos livrar da ansiedade de informação (WURMAN, 1991, p. 55)

5
Disponível em <http://www.sbdi.org.br/>. Acesso em novembro de 2011.
22

A necessidade de reeducar as pessoas que produzem informação corrobora a


responsabilidade do designer no processo, principalmente no que tange a criação de
aplicativos para a web. Para que tal atividade seja realizada com destreza, cabe observar
os diferentes tipos de informação e a maneira que estes podem influenciar na
transmissão da mensagem.

1.1.1 O processo cognitivo do usuário: informação


textual, visual e auditiva

Compreender as características humanas no tratamento da informação é


imprescindível para projetar aplicativos interativos cujas interfaces possam agir como
extensões eficazes do cérebro humano (CYBIS, 2010). Segundo Cybis (2010), para
apreender uma informação, a cognição humana vai além do estímulo primário, do
contato com a informação, alcançando a produção de conhecimento simbólico através
de representações mentais que surgem a partir das experiências de cada pessoa com a
realidade. Muitas vezes as pessoas acessam um site, por exemplo, e quando retornam a
ele são capazes de enxergar, mentalmente, a imagem da tela em que se encontra o que
procuram, mas não conseguem recuperar em suas mentes a nomenclatura do link que
devem clicar para acessá-la, até que se deparem com o mesmo.
Isto acontece porque nosso processo de compreensão é fragmentado. De acordo
com Cybis (2010), a percepção humana é formada por diversos processos, dos quais
cabe destacar o processo cognitivo ou de interpretação, que pretende dar significado às
informações. “Por percepção entende-se o conjunto dos mecanismos de organização de
sensações. A cognição se refere aos processos que visam interpretar e dar significado a
essas sensações organizadas” (2010, p. 383).
Destarte, os diferentes tipos de informação – textual, visual e auditiva –
caracterizam diferentes estímulos à nossa percepção e, portanto, são percebidos pela
nossa mente de acordo com os diferentes processos perceptivos que a constituem. Pode-
se, então, depreender que o olho é um instrumento universal, mas o olhar não; este
determina a percepção de cada indivíduo, que irá variar de acordo com as suas
experiências. Faz-se necessário, a fim de compreender a influência das formas de
apresentar uma informação no entendimento da mensagem, observar as características
de nossos sistemas de percepção visual, auditiva e da linguagem, segundo Cybis (2010):
23

 Percepção visual: acontece, inicialmente, pela diferenciação de figura e


fundo. As pessoas entendem a figura como uma forma particular e que está
mais próxima de quem observa. Essa percepção de figuras segue princípios
da Gestalt como proximidade, quando os elementos próximos em uma
composição se agrupam naturalmente, ou similaridade, quando as pessoas
tendem a agrupar objetos semelhantes.
 Percepção auditiva: semelhante ao sistema visual, esse processo inicia
agrupando objetos sonoros de acordo com seu ponto no espaço e no tempo,
resultando em fluxos sonoros. Os objetos e os fluxos sofrem análises
diferenciadas, como de amplitude e frequência, e posteriormente todas as
características vão para uma memória sensorial de curtíssimo termo para que
sejam identificadas, de acordo com os sons e ruídos que as pessoas
possuírem em suas memórias, adequados ao contexto.
 Percepção da linguagem: na linguagem escrita, assim que o indivíduo
identifica uma palavra conhecida, um filtro fonético isola as sílabas de
acordo com os idiomas que a pessoa conhece. Sobre essas unidades silábicas
acontecem vários processos de agrupamento e decodificação que, no
primeiro nível, montam a palavra, no segundo nível (sintático), integram um
significado e, no terceiro (semântico), permitem a identificação da
mensagem.

O fato de que cada pessoa assimila uma informação de maneira única,


juntamente às características evidentemente diferentes de cada um dos processos
perceptivos supracitados, ressalta a necessidade que cada tipo de informação possui de
ser tratada de maneira particular. “O design deve servir a um propósito humano, então o
design exige uma compreensão de como as pessoas vão interagir com o que quer que
seja que você está projetando”6 (MERHOLZ et al, 2008, p. 9). Conhecendo as
discrepâncias de cada tipo de informação e as maneiras pelas quais as pessoas poderão
interpretá-las, o profissional torna-se capaz de manipular a informação de maneira
coerente, adotando um processo de trabalho que visa proporcionar uma boa experiência
a seu público-alvo.

6
Tradução da autora do trecho: “Design must serve a human purpose, and so design requires an
understanding of how people will interact with whatever you‟re designing”
24

Logo, o Design da Informação é fundamental, pois agrega o conhecimento capaz


de tornar o profissional apto a apresentar formas de lidar com determinada mensagem,
uma vez que o único meio que se tem para compreender uma informação é através das
palavras, números, imagens e sons. Isto garante ao designer uma responsabilidade
primordial na maneira em que as pessoas recebem uma informação (WURMAN, 1991).
Além de explorar as características específicas de cada tipo de informação, é
preciso levar em consideração outro fator influente no processo de comunicação: as
emoções do receptor. Conforme afirma Pirauá (2007), “o estado emocional do sujeito
altera sua forma de cognição” (p. 19), ou seja, altera sua receptividade a uma
informação. Ao projetar uma interface deve-se levar em consideração que as emoções
dos usuários influenciam na sua interação com a mesma e, portanto, é importante que o
profissional tenha estes aspectos em vista a fim de melhorar a usabilidade e a
experiência do usuário em seus projetos (CYBIS, 2010).
Sustentado pelos aspectos cognitivos do ser humano, Norman (apud PIRAUÁ,
2007) afirma que quando o julgamento emocional de uma pessoa para com um objeto é
negativo, o cérebro passa a raciocinar, objetivamente, com um comportamento bastante
focado e tenso. Por outro lado, quando a resposta a um objeto é positiva, o cérebro age
de maneira mais relaxada e receptível a informações externas, deixando as pessoas mais
curiosas e criativas. Esse argumento reforça a necessidade do designer em apresentar
informações de maneira a provocar emoções positivas nos usuários.

Resultados de pesquisas mostram que objetos que se movimentam


repentinamente nas telas de computadores (como janelas pop-up e
animações), assim como sons agudos e estridentes, podem desencadear
reações de medo nos usuários. Imagens com conotação sexual ou de
violência podem causar reações de atração ou aversão inicialmente
incontroláveis. (CYBIS, 2010, p. 402).

As pessoas vivenciam diversas emoções em seu cotidiano e estão


constantemente atribuindo valores estéticos aos objetos que as cercam, seja julgando-os
belos e aprazíveis, ou até mesmo desagradáveis. O mesmo julgamento ocorre com os
sites e aplicativos que acessam na web. Muitas vezes, são atribuídos sentimentos que
resultam da experiência com tais objetos e, não raro, ocorre uma generalização com
objetos do mesmo tipo (CYBIS, 2010). Este fenômeno é notório, por exemplo, com
usuários da Apple. Ao adquirir um produto Apple e ter uma experiência
excepcionalmente agradável, é comum desenvolver um sentimento positivo em relação
à marca e, por conseguinte, tornar-se um consumidor fiel da mesma. “A experiência das
25

pessoas com um produto irá definitivamente influenciar sua percepção da marca (...)” 7
(MERHOLZ et al, 2008, p. 29). Devido a este fato, Cybis (2010) afirma que é
fortemente recomendável proporcionar uma boa experiência às pessoas para que elas
desenvolvam sentimentos positivos com relação a uma interface, e atitudes positivas
referentes à marca.
Para alcançar tais objetivos, cabe não somente avaliar os aspectos particulares da
mensagem a ser transmitida, como também os processos que levarão a mesma a ser
compreendida pelo receptor, assim como as emoções subsequentemente suscitadas no
indivíduo. Pirauá (2007) enfatiza a responsabilidade da estética no processo:

É principalmente no sentido de agradar ao usuário que a estética encontra


sua grande missão no campo do design. A indústria exige produtos que
atraiam e agradem, pois estes aumentam as vendas. Um consumidor
dificilmente comprará algo que julgue feio. A beleza, que se constitui na
relação entre sujeito e objeto, é peça chave para o design e matéria-prima
da estética (PIRAUÁ, 2007, p. 33)

A fim de entender as maneiras como a estética influencia na transmissão de uma


informação - já que a forma como esta é apresentada altera sua percepção e, inclusive, a
natureza da informação (WURMAN, 1991) - é pertinente observar o diagrama de
comunicação estética no design, proposto por Löbach (apud PIRAUÁ, 2007).

Figura 1 – Diagrama de comunicação estética no design. Fonte: LOBACH apud PIRAUÁ, 2007

7
Tradução da autora do trecho: “People‟s experience with a product will definitely influence their
perception of the brand (…)”
26

O diagrama baseia-se no modelo básico de comunicação, composto por emissor,


mensagem e receptor, contextualizando tais elementos ao associar o emissor à figura do
designer, a mensagem ao produto e o receptor, ao usuário. Também é apresentado o
processo de design e o processo de uso, caracterizando a produção e o consumo.
Através do diagrama é possível observar que o produto mantém uma relação tanto com
o designer quanto com o usuário, e que a estética divide-se nos seguintes itens:

1. estética do objeto: está relacionada à descrição das características


formais dos objetos;
2. estética do valor: diz respeito à importância das formas para os
usuários como parte de um sistema sociocultural;
3. estética aplicada: é a aplicação da teoria estética na prática,
abrange tanto a produção estética quanto o processo de design;
4. estética da informação: corresponde ao processo de consumo
visual dos objetos, ou seja, à percepção da estética do objeto
enquanto informação;
5. estética empírica: é a realização de pesquisas sobre os valores
estéticos dos usuários para melhoria do processo de design.

A partir desta divisão, pode-se constatar que a estética influencia em inúmeras


maneiras o processo de design. Ela está presente na percepção do usuário junto ao
produto e também nas decisões do designer, sendo que este possui a capacidade de
combinar seus conhecimentos para desfrutar de tais benefícios (PIRAUÁ, 2007).

1.2 A comunicação via novas tecnologias

A realidade é que, não fosse pela comunicação em sua essência, não teríamos
meio algum de trocar experiências, de afirmar nossa racionalidade, pois é dela que cada
indivíduo se apropria para expressar sua identidade e fomentar sua cultura, uma vez que
comunicar-se consiste em transmitir uma informação de uma mente para outra
(WURMAN, 1991). É comunicando-se que as relações sociais podem ser estabelecidas
e que as sociedades podem alcançar a evolução, afinal não há progresso sem diálogo,
sem troca de informação. A comunicação preexiste a nós, mas as maneiras de
27

manifestá-la - de transmitir informação - são uma criação humana, provenientes da


nossa própria necessidade de interação com o mundo.
A comunicação assume o papel de condição para a nossa sobrevivência,
tamanha é sua importância. Deste modo, não é inusitado o fato de que a nossa avidez
resultou no desenvolvimento de tecnologias sofisticadas e cada vez mais avançadas que
nos permitem experimentar inúmeras maneiras de nos comunicarmos. Assim como o
volume de informação, a proliferação de recursos para transmiti-la é crescente
(WURMAN, 1991). Pode-se observar este cenário tomando como exemplo os aparelhos
celulares. Em sua origem, eram dispositivos simples de comunicação, cuja função
básica era efetuar ligações telefônicas. Com o tempo, tornaram-se aparelhos
extremamente populares, adquirindo cada vez mais funções a fim de possibilitar que
qualquer pessoa se comunique através de não somente ligações e mensagens de texto,
mas também, por exemplo, mensagens multimídia, videoconferências e acesso à
internet.
Essa combinação de funções em um só aparelho é um reflexo do avanço
tecnológico sobre o comportamento das pessoas, a necessidade que possuem de
comunicarem-se umas com as outras a qualquer hora e de qualquer lugar. A cultura em
que vivemos nos impinge a estar conectados o tempo inteiro, nos fazendo buscar
alternativas ao computador. O desenvolvimento e sucesso de smartphones e tablets
também ilustram essa demanda, pois são exemplos de como a tecnologia que facilita a
comunicação é bem recebida pela sociedade.
A internet proporciona uma verdadeira infinidade de informações e de serviços
que nos possibilitam gerar e difundir todo o tipo de mensagem, compartilhando
informações com qualquer pessoa rapidamente. Lemos (2004) diz que “(...) as novas
tecnologias estão sendo, efetivamente, utilizadas como ferramentas de uma
efervescência social (compartilhamento de emoções, de convivialidade e de formação
comunitária)” (p. 89). De fato, blogs, microblogs, sites de redes sociais e serviços de
mensagem instantânea possuem caráter e funções de integração social e são
responsáveis por grande parte do processo de comunicação na web. As pessoas acessam
tais serviços para trocar mensagens, expressar opiniões, descobrir grupos que
compartilhem dos mesmos interesses.
Ao mesmo tempo em que a internet e as novas tecnologias contribuem para o
acúmulo de informações, uma vez que, a cada minuto, “novas informações são injetadas
na rede” (LÉVY, 1999, p. 111), elas também auxiliam no processo comunicacional,
28

pois tornam acessível um número cada vez maior de ferramentas e aparelhos cuja
função é proporcionar a transmissão de informação – seja ela em forma de palavras,
imagens ou sons.

1.3 Design como processo informacional


Não se deve esquecer nunca que o design é uma disciplina da comunicação.
Não é arte; é veículo. (FUENTES, 2006, p. 114)

Se a quantidade de dados gerados pelas pessoas diariamente - seja através de


publicidade veiculada na televisão, cartazes e outdoors espalhados pela cidade, carros
de som circulando pelas ruas ou a geração incessante de conteúdo na internet - resulta
no acúmulo de informação, que, por sua vez, causa ansiedade nas pessoas devido à
impossibilidade de compreender tudo (WURMAN, 1991), a responsabilidade do
profissional de design tende a adquirir maior importância.
Novas tecnologias são desenvolvidas continuamente e a demanda pela
praticidade da comunicação é crescente. Desta forma, tendo em vista que “o ponto de
partida de todo o processo de design é a expressão de uma necessidade” (FUENTES,
2006, p. 25), torna-se clara a importância do designer no contexto atual. Esta profissão
baseia-se em conhecer profundamente e lidar com os componentes estruturais das
mensagens (FUENTES, 2006), tornando a informação compreensível a fim de ser
efetivada como prática comunicacional. Embora o design seja habitualmente resumido
como embelezamento ou inovação de determinado produto, na realidade esta atividade
consiste em projetar a melhor maneira de comunicar e, consequentemente, em projetar a
experiência das pessoas que irão interagir com o produto deste processo. Portanto, o
designer atua como um mediador que busca as melhores formas de apresentar cada
mensagem.
Para que um processo de design alcance seus objetivos, ou seja, para que a
informação seja definitivamente transmitida, existem inúmeras variáveis a serem
observadas. Dentre estas condicionantes de fundamental valia cabe destacar a
importância de visar o meio em que a mensagem pretende ser comunicada, bem como o
público ao qual se dirige. Ao ignorar tais fatores, corre-se o risco de criar produtos e
serviços não só incoerentes com a mensagem que deveria ser passada, mas também
causadores de frustração em seus usuários.
29

Este é um problema comumente observável no desenvolvimento de sites e


aplicativos na web, conforme exemplifica Stein (2003): é fácil encontrar páginas com
uma quantidade absurda de informação disposta de maneira desorganizada, com cores
que não condizem com o público-alvo, além do abuso de recursos que tornam o site um
grupo de elementos brilhantes sem função, muitas vezes incoerentes entre si,
apresentando páginas internas com padrões visualmente diferentes.

(...) não se pode considerar designer aquele que é capaz de operar seu Mac
ou PC voando sobre o Photoshop ou o Illustrator, mas àquele capaz de
encontrar um novo modo de comunicar inteligivelmente um conceito, uma
ideia ou uma proposta. É uma linguagem desenvolvida „na medida‟ para
cada projeto, estruturando os componentes básicos de sua gramática visual
com os objetivos de comunicação que devam ser atendidos (FUENTES,
2006, p. 114).

Assim como a tecnologia facilita a comunicação, o uso displicente das


ferramentas por ela proporcionadas ocasiona uma desenfreada criação de produtos e
serviços ineficientes do ponto de vista do design. Projetar vai além de compreender os
aspectos formais, como a intensidade que cada figura, cor ou palavra irá ter em uma
composição – tornando-a uma “verdadeira estrutura de comunicação” (FUENTES,
2003, p. 51) – atingindo um nível de complexidade significativo, pois exige do
profissional não só o conhecimento dos softwares disponíveis para concretizar suas
ideias, mas principalmente a habilidade de criar boas soluções através da compreensão
do público que irá recebê-las (MERHOLZ et al, 2008).
As experiências influenciam nossas emoções e também nossa visão dos
acontecimentos, das pessoas e dos objetos que nos cercam. Esta influência se estende ao
meio digital, de modo que ao desenvolver uma interface interativa, é fundamental
considerar a experiência que o usuário terá ao interagir com a mesma. Segundo Merholz
et al (2008), o design pode moldar a interface entre o sistema e o usuário, criando uma
última camada que gera uma experiência a qualquer pessoa que interagir com ele, por
isso é importante ter em mente não apenas o que fazer, mas também o que não fazer.
Com tantas possibilidades, manter o foco no conceito e no público-alvo durante
um projeto é crucial para seu sucesso. Esse pensamento é que diferencia um produto
proveniente de um processo de design de um criado ao acaso. Fuentes (2006) reforça a
importância do design focado no usuário ao afirmar que “não é possível comunicar se
não se conhece tudo o que está disponível sobre quem, o que, onde, como e para o que é
necessário comunicar” (p. 39). Além disso, proporcionar uma boa experiência aos
30

usuários significa deixá-los satisfeitos por conseguirem alcançar seus objetivos (CYBIS,
2010), de modo que eles provavelmente irão retornar ao site ou comprar/usufruir de
outros produtos ou serviços da empresa que lhes propiciou tal satisfação.
O design, como bem afirma Fuentes (2006), é veículo; é capaz de transportar
uma informação, de comunicar e despertar reações nas pessoas. Cabe a cada designer
desenvolver sua atividade combinando seus conhecimentos acerca dos elementos
visuais, características da informação, ferramentas, técnicas de criatividade e raciocínio
centrado no usuário e nas particularidades do projeto de modo a despertar reações
positivas. O volume de informação irá exigir cada vez mais profissionais capacitados
para distinguir a relevância dos dados, bem como deverá demandar maior competência
das pessoas que determinam a forma como a informação é apresentada (dentre elas, o
designer), para que se ela torne mais acessível (WURMAN, 1991).

1.4 Design de serviços web

Assim como os serviços de que fazemos uso normalmente em nossa rotina


diária, os serviços presentes na internet influenciam e, muitas vezes, exercem certo
controle sobre nossas atividades e principalmente, nosso humor. Poucas coisas são mais
frustrantes do que ser mal atendido em uma loja, ficar horas na fila de espera de um
restaurante ou perder tempo porque a recepcionista de uma clínica nos deu uma
informação errada.
A situação não é diferente com os serviços web. Embora a tecnologia ofereça
potencial para facilitar e tornar a vida mais agradável, também provoca o surgimento de
diversas dificuldades que aumentam a frustração dos usuários (NORMAN, 2006).
Quando as pessoas acessam, por exemplo, o site de uma loja virtual, elas esperam
encontrar os produtos que procuram sem muitos esforços. A experiência não será
satisfatória se a informação do site não estiver bem organizada, dificultando a busca, ou
se o carregamento das páginas for muito lento sem motivo aparente. De acordo com
Merholz et al (2008), quando as pessoas falam que tiveram uma experiência boa ou
ruim, elas estão se referindo à maneira que um produto ou serviço satisfez ou não as
qualidades esperadas.
É exatamente neste contexto que deve se entender a função do design de
serviços na web: encontrar maneiras de eliminar as dificuldades, buscando compreender
31

os usuários para corresponder e superar suas expectativas. As pessoas irão acessar a


internet e buscar por serviços que lhes pareçam eficientes e inspirem confiança, sejam
eles mais corriqueiros como provedores de e-mail ou plataformas de blogs, ou mais
sérios como os serviços oferecidos por agências bancárias. Lemos (2004) confirma a
importância do desenvolvimento de serviços web - principalmente aqueles que
oferecem algum tipo de busca ou filtros de conteúdo - ao afirmar que “o excesso de
informação obriga a construção de dispositivos para auxiliar os usuários” (p. 119).
Projetar um serviço web, por menor que seja sua complexidade, requer etapas
assim como qualquer processo de design. Antes de pensar no desenvolvimento do site
ou aplicativo que irá configurar este serviço, é preciso pensar na natureza do mesmo, na
estrutura do sistema que o compõe.

Por definição, sistemas são compostos de vários componentes. Para entregar


valor ao cliente e à organização, sistemas devem ser maiores que a soma de
suas partes. Por exemplo, não é suficiente que o meu celular tenha
comunicações sem fio, e catálogo de endereços, e acesso a um sistema de
correio de voz. Esses devem trabalhar juntos para criar valor, e isto exige um
esforço real. (...) Boas experiências requerem não apenas um entendimento e
coordenação de um sistema, mas uma coordenação desse sistema a partir da
perspectiva da experiência do cliente (MERHOLZ et al, 2008, p. 101).

Conforme explanado anteriormente, o excesso de conteúdo na web é fonte de


ansiedade nos seus usuários, portanto a organização adequada da informação nos
serviços inseridos neste meio digital é de extrema importância para proporcionar uma
experiência livre de frustrações desta natureza. Wurman (1991) corrobora esta
necessidade ao afirmar que as pessoas precisam ser capazes de filtrar a informação que
recebem, pois só assim poderão manter o foco nas coisas que lhes são realmente úteis.
Neste meio, o importante não é abordar um projeto pretendendo criar um
produto, serviço ou sistema, mas sim pensar na experiência que se deseja criar e
somente então buscar os componentes que irão formá-la (MERHOLZ et al, 2008).
Muitas vezes a ideia inicial de desenvolver um produto pode ser amadurecida junto ao
processo de design e resultar na criação de um serviço, ou vice-versa. Como exemplo,
pode-se citar o serviço de telefonia móvel. Em sua origem, as pessoas contratavam um
serviço, efetuavam ligações e recebiam uma conta no final do mês. Com o surgimento
do celular pré-pago, as pessoas passaram a ter a possibilidade de adquirir um produto e
controlar os seus gastos, não ficando mais submetidas à contratação do serviço de conta.
Por outro lado, alguns produtos transformaram-se em serviços, como a compra de um
filtro de água que exige a contratação do serviço mensal de manutenção. Estes exemplos
32

ilustram a importância que os designers devem conceder a etapa de maturação de ideias,


a fim de definirem o sistema que estará por trás do serviço que virá a ser desenvolvido.
Outra questão pertinente a essa discussão intrínseca ao design de serviços web é
levantada por Merholz et al (2008): “e se o problema com as ferramentas na internet
não for a criação do dispositivo correto, mas a criação dos serviços certos?” 8 (p. 120).
Talvez o problema não seja apenas a criação do melhor dispositivo, mas sim do sistema
que sustenta tanto produtos como serviços. Como exemplo, o autor cita o caso do iPod.
O iPod surgiu como um produto com funcionalidades bastante simples: inserir e
reproduzir mídias, classificá-las e controlar o volume. Em uma cultura em que os
aparelhos possuem cada vez mais funções, o sucesso que a simplicidade do iPod da
Apple ocasionou lhe garante destaque no mercado. Esse êxito se deve ao sistema que foi
criado claramente sob um processo de design focado em facilitar a vida do usuário.

Figura 2 - Comparativo de funcionalidades do iPod, iTunes e iTunes Store. (Fonte: MERHOLZ, 2008)

Enquanto o aparelho iPod apresenta o mínimo de funções garantindo sua


praticidade, foram desenvolvidos serviços (um software e uma loja online) para reunir e
organizar o restante das funcionalidades necessárias. Isto foi possível sem prejuízo

8
Tradução da autora do trecho: “What if the problem with internet appliances isn‟t about creating the
right device, but about creating the right services?”
33

algum à experiência do usuário, “já que a Apple pôde assumir que todos que possuem
um iPod têm um computador (é a única maneira de colocar mídia no iPod)” 9
(MERHOLZ et al, 2008, p. 80). A criação do iTunes – software que possibilita
administrar o conteúdo do iPod, fazendo listas de reprodução, renomeando e excluindo
áudios dentre outras possibilidades que são melhor executadas no computador do que
no pequeno display do aparelho – e posteriormente, da iTunes Store – loja online que
disponibiliza mídia para os usuários comprarem – fizeram do iPod um dispositivo
extremamente simples de ser usado, eficiente em seus objetivos e, consequentemente
um sistema que une produto e serviços em prol da satisfação de seus usuários.
Outro destaque existente na web é o Flickr, um serviço online de
compartilhamento e gerenciamento de fotos, da empresa Yahoo!. O diferencial deste
aplicativo em relação aos demais da mesma categoria consiste na ampla integração de
funcionalidades, provenientes de uma boa estratégia de design, assim como o caso do
iPod.

Figura 3 – Página inicial do Flickr (Fonte: http://flickr.com)

O serviço foi criado em 2004, quando o mercado da fotografia digital estava


ascendendo: as máquinas custavam menos e os celulares com câmera tornavam-se
populares, de modo que as pessoas passaram a gerar uma quantidade enorme de fotos
que precisavam ser organizadas (MERHOLZ et al, 2008). A equipe de criação do
Flickr foi capaz de perceber, através da compreensão do cenário em que o serviço

9
Tradução da autora do trecho: “Since Apple could assume that everyone with an iPod has a computer
(it‟s the only way to get media onto the iPod) (…)”
34

estava sendo inserido, as melhores ferramentas que possibilitariam aos usuários a


manipulação e exposição de suas fotografias, diferenciando-se das possibilidades padrão
presentes nos serviços que já existiam.
O Flickr agregou ao seu serviço funções como a inserção de tags (palavras-
chave) nas fotografias, organizando e facilitando futuras buscas, além de descrição,
título e mapeamento do local em que a foto foi tirada, a possibilidade de comentar e
privilegiar as fotos dos seus amigos e controles flexíveis de privacidade para que o
usuário se sinta seguro e compartilhe suas imagens apenas com quem desejar. Ao
entender o que as pessoas realmente queriam fazer com suas fotos, os criadores do
Flickr puderam desenvolver uma estratégia eficiente para definir o serviço (MERHOLZ
et al, 2008).
Os exemplos apresentados demonstram como os serviços web estão presentes na
cultura em que vivemos, além de denotarem a importância do profissional de design
nesta área. O designer é responsável pelo processo de desenvolvimento de tais
aplicativos, buscando não somente manipular a informação e apresentar interfaces
funcionais e visualmente agradáveis, mas apresentar ferramentas que contribuam
verdadeiramente para suprir as demandas do mercado e proporcionar aos usuários uma
ótima experiência.
2. CIBERCULTURA
36

2 Cibercultura
2.1 Definições

A sociedade atual vive um momento de plena integração tecnológica, ou seja,


vive um período em que o cenário mundial é caracterizado pela relação diária do
homem com as mais diversas tecnologias. Estas tecnologias tornaram-se tão
onipresentes que por vezes é difícil distinguir seus limites (LEMOS, 2004). Pode-se
observar este fato no cotidiano das pessoas, que fazem uso constante de relógios,
celulares, automóveis e computadores, sem mencionar a quantidade crescente de chips
que estão sendo integrados a utensílios comuns.
A ubiquidade das tecnologias na cultura atual é o que caracteriza a cibercultura.
Conforme afirma Lemos (2004), “a cibercultura forma-se, precisamente, da
convergência entre o social e o tecnológico, sendo através da inclusão da socialidade na
prática diária da tecnologia que ela adquire seus contornos mais nítidos.” (p. 88). O
mais influente exemplo que compõe a cibercultura é a popularização da internet,
resultado de um número cada vez maior de usuários que buscam transcender os limites
que as mídias clássicas de comunicação permitem (LÉVY, 1999). Com a internet, as
pessoas passaram a ter poder sobre a informação, interagindo de maneira
completamente diferente com os computadores do que interagem com mídias como a
televisão ou o rádio.

A cibercultura é a expressão da aspiração de construção de um laço social,


que não seria fundado nem sobre links territoriais, nem sobre relações
institucionais, nem sobre as relações de poder, mas sobre a reunião em
torno de centros de interesses comuns, sobre o jogo, sobre o
compartilhamento do saber, sobre a aprendizagem cooperativa, sobre
processos abertos de colaboração (LÉVY, 1999, p. 130).

Devido às novas possibilidades de comunicação proporcionadas pela internet,


cada vez mais usuários passam a acessá-la, consumindo e gerando informação nesta
rede digital denominada por Lemos (2004) e Lévy (1999) como ciberespaço. Segundo
Lemos (2004), o ciberespaço é o sistema pelo qual as máquinas interligadas e os
usuários se correlacionam através da propagação informacional e da criação de relações
sociais. Lévy (1999) destaca que a web é um fluxo, ou seja, é criada por inúmeras fontes
que oferecem a inundação de informação contemporânea de que Wurman (1991) trata.
37

A comunicação na web é, então, desordenada, pois a figura do emissor e do


receptor se confunde, uma vez que os recursos para se gerar informação no meio digital
são inúmeros, tanto quanto as facilidades em acessá-la. Lemos (2004) ainda afirma que
“a tecnologia digital possibilita ao usuário interagir, não mais apenas com o objeto (a
máquina ou a ferramenta), mas com a informação, isto é, com o conteúdo” (p. 114).
Esse alto nível de interatividade proporcionado pela internet em comparação às demais
mídias atrai cada vez mais usuários, ampliando o mercado da informática e gerando
cada vez mais tecnologias que permitem rápido acesso à internet, onde quer que a
pessoa esteja.
A cibercultura difundiu-se de tal maneira que não é raro encontrar pessoas
ávidas por tecnologia, ou que acessam a internet constantemente do celular; pessoas que
carregam seus notebooks ou tablets durante o dia inteiro para manterem-se online.
Chegamos ao ponto em que o espaço físico, muitas vezes, é menos importante que o
ciberespaço (LEMOS, 2004). Os perfis nas redes sociais, os sites, os e-mails e os blogs
dos usuários adquiriram extrema importância, promovendo inclusive a criação de
profissões como blogueiro 10, analista de redes sociais11, entre tantas outras. Esse cenário
se reflete claramente no âmbito social, mas também ganha destaque na economia já que,
12
por exemplo, cada vez mais estabelecimentos oferecem rede wi-fi para seus clientes
como forma de atraí-los, pois essa é a característica do período em que vivemos: as
pessoas gostam de compartilhar suas experiências ou opiniões, e os milhares de serviços
disponíveis na web possibilitam que isso se torne realidade.
Tal liberdade resulta na disseminação desordenada e contínua de dados que, por
sua vez, desemboca na ansiedade de informação e na necessidade de organizar tanto
conteúdo. Lévy (1999) reforça essa questão ao afirmar que “a emergência do
ciberespaço não significa de forma alguma que o „tudo‟ pode enfim ser acessado, mas
antes que o Todo está definitivamente fora de alcance” (p. 161). Ou seja, o uso que
fazemos das tecnologias, além de repercutir amplamente no cenário atual, nos insere no
papel de agentes ativos, atuando simultaneamente como emissores e receptores de
informação na web, responsáveis não só em alimentar a quantidade de conteúdo, mas
também em criar dispositivos que auxiliem na manipulação desses dados e ampliem as
possibilidades de interação no meio digital.

10
Indivíduo que possui e atualiza um blog
11
Profissional que monitora as redes sociais buscando, por exemplo, estratégias de divulgação de serviços
ou pesquisando a imagem de determinada marca junto a um público-alvo, etc.
12
Rede sem fio para conexão à internet
38

2.2 Redes sociais

A internet, como técnica, é tanto potência quanto limite de estruturas sociais,


mas destaca-se por permitir a criação de comunidades virtuais eletrônicas, modo pelo
qual a vida social impõe sua vitalidade na cultura atual (LEMOS, 2004). Segundo
Lemos (2004), tais comunidades são características da cibercultura que ampliam as
possibilidades de comunicação, instituindo novas formas de troca de informação e
sustentando novas agregações sociais. Logo, as comunidades virtuais atuam como
suporte para o estabelecimento de relações sociais na web.
Formadas “em torno de interesses comuns, independentes de fronteiras ou
demarcações territoriais fixas” (LEMOS, 2004, p. 87), as comunidades virtuais
permearam na cultura e tornaram-se instrumento essencial no cotidiano das pessoas.
Conforme afirma Recuero (2009), mais do que brindar a sociedade com novas
tecnologias comunicacionais, a cibercultura permitiu que redes fossem estabelecidas no
meio digital, ocasionando a criação das redes sociais mediadas pelo computador. Por
definição, uma rede social é “uma metáfora para observar padrões de conexão de um
grupo social, a partir das conexões estabelecidas entre os diversos atores” (RECUERO,
2009, p. 24). Dentro deste contexto, entende-se por rede social todo espaço que permite
que um indivíduo interaja com outro (ou com grupos de pessoas), consequentemente
tornando-se ator de uma conexão, um laço social.

Como partes do sistema, os atores atuam de forma a moldar as estruturas


sociais, através da interação e da constituição de laços sociais. (...) Um ator,
assim, pode ser representado por um weblog, por um fotolog, por um twitter
ou mesmo por um perfil no Orkut. (...) Inicialmente, não são atores sociais,
mas representações dos atores sociais. São espaços de interação, lugares de
fala construídos pelos atores de forma a expressar elementos de sua
personalidade ou individualidade (RECUERO, 2009, p. 25).

Desta forma, as redes sociais são as conexões entre os usuários e são expressas
através dos sites de redes sociais. Ao nos referirmos cotidianamente a tais serviços,
costumamos omitir o termo “site”, de modo que os sites de redes sociais são
conhecidos, simplesmente, como redes sociais. De acordo com Recuero (2009), os sites
de redes sociais são divididos entre propriamente ditos e apropriados. “Sites de redes
sociais propriamente ditos são aqueles que compreendem a categoria dos sistemas
focados em expor e publicar as redes sociais dos atores” (RECUERO, 2009, p. 104).
Estes sites têm como objetivo principal a exposição das redes dos usuários, ou seja, a
39

criação de um perfil que permita a interação com os demais. Como exemplo, o


Facebook e o Orkut são claramente sites de redes sociais propriamente ditos, pois além
de exigirem a criação de um perfil pessoal, ambos têm como função principal a
associação de mais perfis a uma determinada conta (adicionar amigos) e a interação
entre esses perfis pessoais. “Toda interação está, portanto, focada na publicização dessas
redes” (RECUERO, 2009, p. 104).
Os sites de redes sociais apropriados são aqueles que inicialmente não tinham
como função a exposição de redes, mas que são apropriados pelos usuários para esta
finalidade, modificando sua função original (RECUERO, 2009). As plataformas de
blogs são exemplos de sites de redes sociais apropriados, uma vez que não possuem
espaço para a criação específica de um perfil pessoal – ao contrário do Facebook – mas
proporcionam formas de interação social. Esse é o caso de serviços como o Wordpress,
o Tumblr e o Twitter que apesar de oferecerem a criação de diferentes tipos de blogs e
não exatamente de um perfil particular, são utilizados pelas pessoas para interagir com
os demais usuários. Estes espaços também podem ser compreendidos como perfis
porque manifestam parte da identidade do usuário através de suas postagens, e porque
há interação através dos comentários e links postados (RECUERO, 2009).
Se a internet ocasionou o desenvolvimento de novas maneiras de comunicação
entre as pessoas, os serviços de redes sociais criados desde seu surgimento foram
paulatinamente combinando a inerência das pessoas à comunicação com a evolução
tecnológica, tornando a vida social online cada vez mais atraente e também influente na
cultura. Tal fato aliado à praticidade que as novas tecnologias e suas ferramentas
intrínsecas oferecem para compartilhar informação confere às redes sociais na internet
um enorme potencial de difusão de informação, através das conexões estabelecidas
pelos usuários (RECUERO, 2009, p. 116).
Os usuários de redes sociais compartilham conteúdo constantemente com
amigos ou seguidores, contribuindo para o excesso de informação característico da
época atual. A informação difundida dentro dos sites de redes sociais, muitas vezes
alcança grandes dimensões podendo extravasar os limites do mundo digital. Recuero
(2009) cita como exemplo a campanha presidencial de Barack Obama nos EUA em
2008. Obama teve destaque por fazer uso de redes sociais para interagir com a
população americana. Além disso, pode-se observar em 2008 o que viria a se tornar algo
frequente: o uso das redes sociais para agregar informações e organizar campanhas de
arrecadação para vítimas de catástrofes naturais, como o caso de uma gravíssima
40

enchente no estado de Santa Catarina (RECUERO, 2009). Estes fatos denotam a


influência das redes sociais na internet como instrumentos de geração e difusão de
informação.

2.2.1 Blogs, microblogs e tumblelogs

No contexto das redes sociais, um dos serviços mais utilizados na internet são as
plataformas de blogs (também chamados de weblogs). Um blog consiste em um site
atualizado frequentemente, onde o conteúdo é postado em uma base regular e
organizado em ordem cronológica reversa, mantendo as últimas atualizações sempre na
página inicial (SCHMIDT apud AMARAL et al, 2009). Os blogs podem ser vistos
como um meio de comunicação, pois segundo Marlow (2004 apud AMARAL et al,
2009) eles possuem caráter comunicacional nos textos que são publicados, bem como
nas ferramentas agregadas pelas plataformas, como os comentários. Logo, as pessoas
utilizam os blogs para a publicação de conteúdos de seus interesses, visando divulgar
determinada informação para uma audiência (AMARAL et al, 2009).
Utilizando os blogs como forma de reunir e compartilhar informações
particulares, os usuários deram ao sistema o caráter inicial de diário pessoal.
Concomitante ao avanço das tecnologias, as plataformas para criação de blogs passaram
a disponibilizar cada vez mais funcionalidades, e as pessoas passaram a fazer um uso
diversificado de tais ferramentas. Mesmo não sendo mais unicamente um diário pessoal,
os blogs possuem um forte caráter de personalização (AMARAL et al, 2009),
expressando a identidade dos usuários que os utilizam.
Populares por permitir e facilitar a publicação de qualquer informação por
qualquer usuário, Lemos (apud AMARAL et al, 2009) explica que os blogs são criados
com várias finalidades, refletindo o desejo das pessoas de serem ativas na produção de
conteúdo e na partilha de suas experiências. Desta forma, os blogs “não são apenas
ferramentas caracterizadas pelo seu produto: são formas de publicação apropriadas
pelos seus usuários como formas de expressão” (AMARAL et al, 2009, p. 34).
Diante da diversificação do uso dos blogs, foram definidos novos tipos como os
fotologs (blogs exclusivos para a postagem de imagens), os videologs (para vídeos), os
microblogs (blogs para postagem curtas), os tumblelogs (para mídias diversas), os
moblogs (escritos através de dispositivos móveis), entre outros. Para as finalidades desta
41

pesquisa, é importante o esclarecimento de conceitos acerca de dois tipos de blogs


citados: microblogs e tumblelogs.
Com a popularização da internet e após, das redes sociais, o surgimento de cada
vez mais serviços implicou na criação de ferramentas bastante funcionais, mas
simplificadas. No caso dos blogs, tais ferramentas simplificadas são voltadas para a
postagem de mensagens curtas e por vezes, relacionadas à mobilidade, denominadas
como microblogs (ZAGO, 2008). “Em uma definição sucinta, uma ferramenta de
microblogging seria uma mistura de blog com rede social e mensagens instantâneas”
(ORIHUELA, 2007 apud ZAGO, 2008). Como um tipo de blog em formato reduzido
(RUFINO, 2010), os microblogs tornaram-se realmente populares com o surgimento da
ferramenta Twitter, que permite que qualquer usuário crie uma conta e utilize o serviço
publicando mensagens de até 140 caracteres. Assim como os blogs, a plataforma surgiu
inicialmente com a ideia de incitar os usuários a publicarem uma mensagem sobre o que
eles estavam fazendo no momento, até adequar-se à diversificação dos blogs e propor
que os usuários utilizem a ferramenta para publicar rapidamente o que quer que esteja
acontecendo.
Por outro lado, os tumblelogs são tipos de blogs que tem como característica
desprover-se de limites, tanto de tamanhos de postagens quanto, principalmente, de
diversificação de conteúdo. Segundo Naslund e Giustini (2008), os tumblelogs derivam
do blog tradicional, apresentando aspectos semelhantes e reunindo em um mesmo
espaço diferentes tipos de mídia, como fotos, vídeos e textos. Apesar de não limitarem
as postagens, devido a sua característica de reunir conteúdo variado os tumblelogs são
frequentemente utilizados para publicações menores em comparação ao blogs
tradicionais. Outro fato que estimula essa prática é a opção de republicar conteúdo,
presente nas plataformas deste tipo de blog. O usuário pode fazer atualizações em seu
tumblelog simplesmente republicando posts de outras pessoas, ou compartilhando
qualquer conteúdo que encontrar online em outros sites (WAGNER; MOTTA, 2009).
Tanto os sites de redes sociais como as plataformas dos mais diversos tipos de
blogs são exemplos de serviços desenvolvidos para potencializar a realidade utilizando
os recursos tecnológicos (LEMOS, 2004) e, fomentando a criação de cada vez mais
sistemas comunicacionais online a fim de estender a vida social para o meio digital.
42

2.3 A relação do design com a cultura

As novas tecnologias transformaram a cultura ocasionando o surgimento da


internet, fato que nos inseriu em uma estrutura comunicativa caracterizada pela
disseminação desordenada de informação (LEMOS, 2004). Para que o desenvolvimento
da informática pudesse chegar ao ponto em que se encontra atualmente – sendo
determinante da cultura em que vivemos e influenciando a rotina da sociedade –
dispositivos, como o computador, tiveram de ter seus sistemas aprimorados desde suas
primeiras versões, a fim de possibilitar a interação de um maior número de pessoas com
os mesmos.
Se inicialmente os sistemas que permitiam acesso à web eram complexos e
exigiam conhecimento técnico para serem manipulados, a cibercultura evidencia que
vivemos um processo diferente. Conforme afirma Lemos (2004), hoje não é preciso ter
conhecimento profissional em informática para acessar a informação disponível na
internet devido ao desenvolvimento das interfaces gráficas. A criação de interfaces
simples e inteligíveis ao grande público possibilitou a popularização da informática,
condicionando em grande parte o seu sucesso prático e comercial (LÉVY, 1999). Com o
desenvolvimento tecnológico, a criação de interfaces gráficas para a manipulação dos
sistemas e a posterior popularização dos computadores e outros dispositivos eletrônicos,
uma grande demanda surgiu intensificando a atenção sobre as tecnologias e delegando
ao ofício do design a responsabilidade de projetar as interfaces gráficas, pois as formas
de interação com as tecnologias são determinantes da cultura em que vivemos (LEMOS,
2004).
Uma interface tem como objetivo mediar a interação de alguém com
determinado objeto ou sistema. Neste caso, a interface gráfica é aquilo que o usuário
pode visualizar e interagir quando acessa um site na internet, utiliza um software em seu
computador ou um aplicativo no aparelho celular. A qualidade destas interfaces é um
fator importante, visto que “é a interface que possibilita a interatividade” (LEMOS,
2004, p. 115), e por isso é que o tratamento de tais interfaces deve ser incumbido aos
profissionais de design.
Porém, ainda que o designer seja capacitado para projetar interfaces gráficas,
visto que possui conhecimento não só de elementos da linguagem visual como também
entende que precisa compreender os usuários e as delimitações de cada projeto -
trabalhando a partir de uma metodologia que visa aspectos de usabilidade, arquitetura
43

de informação, entre outros - não é raro encontrar sites que pecam em vários destes
aspectos. Isso acontece porque a qualidade funcional e estética de uma interface
depende dos conhecimentos específicos que a pessoa possui para desenvolvê-la
(STEIN, 2003), e a liberdade e praticidade do meio digital possibilita que uma pessoa
sem nenhum conhecimento sobre qualquer princípio de design utilize as ferramentas
disponíveis e crie sites ou qualquer outro tipo de interface. Nesse sentido, o que importa
não é saber utilizar as ferramentas para desenvolver interfaces no computador, mas sim
saber o que fazer com essas ferramentas (FUENTES, 2006), de forma a adequar o
processo de design de acordo com as necessidades dos usuários.
Conforme exposto anteriormente, o design é uma disciplina da comunicação e
tem como objetivo transmitir informação visando um público específico (FUENTES,
2006), sendo que esse processo compreende diversas mídias, desde suportes gráficos
como embalagens de produtos a componentes digitais como as páginas na internet. A
atividade projetual no meio digital demanda o conhecimento profissional e a diligência
do designer, pois, segundo Stein (2003), esta é uma atividade complexa devido à imensa
quantidade de dados e objetivos que precisam ser sanados virtualmente. Cybis (2010)
confirma esse fato ao afirmar que existem dificuldades em projetar interfaces porque
elas são sistemas abertos, constantemente alterados pelos usuários, que interagem com
as mesmas de acordo com seus próprios conhecimentos.

O paradoxo da tecnologia nunca deveria ser usado como desculpa para o mau
design. É verdade que à medida que aumenta o número de opções e
capacidades de qualquer aparelho, também deve aumentar o número e a
complexidade dos controles. Mas os princípios do bom design podem tornar
a complexidade controlável, fácil de lidar (NORMAN, 2006, p. 55).

Desta forma, devido à necessidade de implementação de interfaces gráficas para


a visualização de quaisquer mídias nos dispositivos eletrônicos – seja o menu de um
celular, um site na web ou um software qualquer – e as particularidades típicas de
projetos no meio virtual, o desenvolvimento de um serviço ou produto inserido neste
contexto adquire complexidade, requerendo um profissional competente para lidar com
tais propriedades e projetar interfaces funcionais que proporcionem boas experiências
aos usuários.
3. TUMBLR
45

3 Tumblr
3.1 O que é o Tumblr?

Entre as diversas ferramentas disponíveis na web para que os usuários criem,


disseminem e busquem informação, o Tumblr destaca-se como uma ferramenta
diferenciada. Em síntese, o serviço pode ser classificado como uma plataforma para
blogs (abrangendo as variações de microblogs e tumblelogs); porém, possui
características específicas que também lhe conferem uma função de rede social. A fim
de esclarecer a relevância do Tumblr neste contexto, sua categorização com relação às
redes sociais é discutida na segunda parte deste capítulo.

Figura 4 - Página inicial do Tumblr para novos usuários

Segundo dados do próprio serviço (http://tumblr.com/about), o Tumblr foi criado


em 2007 e atualmente já ultrapassou o total de 37 milhões de blogs e 14 bilhões de
postagens desde sua criação. O usuário que acessar o site (http://tumblr.com) pela
primeira vez irá encontrar uma interface bastante simples, com três campos a serem
preenchidos para a criação de um blog na plataforma: e-mail, senha e url desejada
(seguindo o padrão http://urldesejada.tumblr.com).13 Uma vez informados os dados, se a
url estiver disponível, o blog é criado imediatamente e o usuário já pode personalizá-lo
ou fazer a sua primeira postagem.

13
Cabe salientar que a plataforma não foi traduzida, portanto todos os termos em português são de livre
tradução da autora.
46

A fim de conceder aos usuários um amplo controle da aparência de seus blogs, o


serviço apresenta uma interface simples para a personalização dos tumblrs
(denominação pela qual os blogs da plataforma costumam ser chamados). Nesta página
é possível visualizar exemplos genéricos de cada tipo de conteúdo (como imagens,
textos ou vídeos) enquanto as opções de aparência estão sendo alteradas. O serviço
oferece uma vasta galeria de temas gratuitos para os usuários escolherem e utilizarem
em seus blogs. Cada tema disponibiliza uma série de opções para serem alteradas, como
a cor ou imagem de fundo, tamanho e tipos de tipografia, descrições, título ou aparência
de menus laterais. Além disso, qualquer usuário que tiver um conhecimento básico em
HTML e CSS tem a opção de editar livremente o tema escolhido, ou até mesmo criar o
seu próprio.

Figura 5 - Tela de personalização de um blog Tumblr


(Fonte: http://tumblr.com/customize/theysayimalive)

Outra característica do Tumblr é a forma com que os usuários acessam o


conteúdo: através do sistema de seguidores. O blog criado funciona como o perfil do
usuário, permitindo que este siga (e seja seguido por) tantos blogs quantos forem de sua
vontade. Assim, tudo o que for postado pelos blogs que a pessoa segue, será mostrado
em forma de linha do tempo na dashboard, o painel que consta na página principal. Se a
função de permitir a criação e atualização de um blog se assemelha à plataforma do
Wordpress, – adicionando-se os diferenciais apresentados – o uso do Tumblr para a
criação de blogs com postagens mais curtas e o funcionamento através de seguidores
47

remete ao serviço de microblogs Twitter. Unindo funções de ambas as ferramentas


citadas, o Tumblr destaca-se pela simplicidade e a alta possibilidade de personalização.
A página principal do serviço apresenta os tipos de conteúdo que podem ser
postados, cada qual com sua própria página de publicação, de acordo com as
possibilidades concernentes ao conteúdo em questão. Os formatos de postagem estão
divididos em: texto, imagem, citação, link, chat (diálogo), áudio e vídeo. Como
exemplo, quando o usuário quiser publicar apenas uma citação de um livro, um ditado
ou frase de autoria própria, pode escolher a opção quote (citação) e terá acesso a uma
tela para digitar, apenas, a citação e a fonte, se desejado.

Figura 6 - Dashboard do Tumblr (página principal para os usuários cadastrados)


(Fonte: http://tumblr.com/dashboard)

Além das opções referentes a cada conteúdo, o usuário encontra à direita de


todas as telas de publicação do blog, as opções de agendar a publicação, salvar como
rascunho, adicionar tags (palavras-chave) para efetuar buscas dentro da plataforma ou
do próprio blog, entre outras.
Ainda em relação às funcionalidades de atualização do blog, o Tumblr oferece a
opção de republicar (reblog) os conteúdos postados pelos demais usuários. O criador da
plataforma, David Karp, em entrevista à revista INFO14, explica que o grande volume
de informação dentro do Tumblr ocorre devido à característica de rede social da

14
Disponível em: <http://info.abril.com.br/noticias/internet/entrevistamos-david-karp-o-criador-do-
tumblr-05042011-3.shl> Acesso em agosto de 2011.
48

plataforma, oferecendo ao usuário a possibilidade de visualizar as postagens de seu


interesse facilmente, indicar o que gosta e republicar qualquer conteúdo rapidamente,
resultando em um alto tráfego de informação.
Essa possibilidade integrada ao sistema do Tumblr encoraja os usuários a
realizarem mais atualizações em seus blogs, pois não há necessidade de gerar conteúdo
original a cada postagem, já que republicar é uma das funções congênitas do serviço.
Além de encontrar esta opção em todas as postagens de blogs da plataforma, o usuário
também pode indicar que gostou de determinado post, adicionando-o ao seu grupo de
favoritos que é acessível através de um link na página principal. Desta forma, o usuário
pode acessar o conteúdo sinalizado posteriormente e republicá-lo, ou apenas criar uma
lista de postagens que considere interessantes. Ao privilegiar ou republicar qualquer
postagem, o usuário confere ao post original uma nota, uma marca de que aquele texto,
imagem ou mídia foi aprovado por outro blog. Este encorajamento por parte do serviço
para um número maior de postagens confere ao Tumblr um diferencial, criando a
imagem de uma plataforma de blogs “amigável”, que não desperta no usuário um
compromisso em publicar coisas novas o tempo inteiro, além de evidenciar a
participação do serviço na geração e propagação de informação na web.

3.2 O Tumblr no contexto das redes sociais

Por se tratar de uma plataforma recente de características particulares, ainda não


há uma definição amplamente reconhecida para classificar o serviço. Com a finalidade
de ressaltar a relevância do Tumblr em meio aos serviços web, distinguindo-o das
plataformas semelhantes existentes, e de demonstrar seu potencial em relação à geração,
difusão e manipulação de informação no meio digital, serão apresentadas algumas das
conceituações referentes a redes sociais dissertadas anteriormente, relacionando-as às
funcionalidades do serviço em questão para promover a compreensão do mesmo neste
contexto.
A simplicidade que os blogs oferecem em publicar um conteúdo fez com que
eles se tornassem populares entre as pessoas do mundo todo (ZAGO, 2008). Esta
simplicidade é ainda mais evidente no Tumblr, tanto em seu funcionamento quanto em
sua interface. Apesar das várias funcionalidades agregadas ao serviço, o Tumblr não é
um sistema confuso, apenas multíplice. Os usuários, ao criarem um blog na plataforma,
49

passam a participar de uma rede social, uma vez que começam a estabelecer conexões
com outros usuários seguindo seus blogs (RECUERO, 2009).
Deste modo, o Tumblr pode ser entendido como um site de rede social
apropriado, pois os blogs criados na plataforma atuam como o perfil dos usuários,
permitindo que eles interajam e estabeleçam laços sociais com outros usuários
expressos por outros tumblrs, mesmo que esta não venha a ser a função original do
serviço. Além de seu funcionamento através do sistema de seguidores, método
característico de alguns sites de redes sociais, o Tumblr também permite que seus
usuários enviem mensagens privadas para blogs que eles seguem, ou perguntas que
poderão ser respondidas e publicadas no blog do indivíduo, se este autorizar. O uso
destas ferramentas depende das pessoas e, embora muitas optem por permanecerem
anônimas, várias optam por enviar mensagens e se comunicar com blogs que seguem.
Essa atividade sugere que a plataforma também pode ser usada como forma de
expressão da individualidade das pessoas, pois é o compartilhamento de interesses que
proporciona pistas para a interação entre os autores dos blogs (RECUERO, 2009).
Entretanto, cabe destacar que apesar da plataforma oferecer ferramentas para o
estabelecimento de laços sociais e vários usuários fazerem uso desta possibilidade, o
Tumblr também é bastante usado para a criação de tumblrs temáticos, onde o autor das
postagens mantém-se anônimo e atualiza o blog apenas com conteúdo relativo ao tema
que o espaço se propõe.
Ademais, o Tumblr também poderia ser entendido na categoria dos microblogs
que, segundo Zago (2008), partem da ideia dos blogs, mas com a particularidade de
serem adaptados para postagens menos extensas. O Tumblr assemelha-se a serviços de
microblogging (ação de atualizar um microblog) existentes como o Twitter, pois ambos
funcionam através do método de seguir e ser seguido, apresentam uma linha do tempo
para mostrar as postagens dos usuários, permitem republicar um post com apenas um
clique e, principalmente, são utilizados para o envio de mensagens curtas. Embora o
Tumblr não imponha limite de caracteres e permita a postagem de todo o tipo de
conteúdo, os usuários são encorajados pela atitude e funções do serviço a realizar um
número maior de posts de menor extensão – embora alguns usuários utilizem a
plataforma para criar blogs convencionais, isso está distante de ser padrão (RUFINO,
2010).
Cabe destacar, ainda, outra variação dos blogs relevante neste contexto: o
tumblelog. Como uma plataforma que possibilita a publicação de diferentes mídias
50

(textos, imagens, áudio e vídeo) reunidas em um só lugar de maneira simples, o Tumblr


enquadra-se na definição de tumblelog, cuja característica principal é as postagens mais
curtas e de mídias variadas (WAGNER; MOTTA, 2009). De acordo com os autores, os
usuários podem compartilhar rapidamente qualquer descoberta que fizerem online
republicando qualquer tipo de conteúdo em seus tumblelogs. O exemplo citado é
exatamente o caso do Tumblr, que inclusive oferece complementos para serem
instalados nos navegadores dos usuários, adicionando um botão que permite que o
usuário compartilhe qualquer informação rapidamente em seu blog na plataforma, como
mostra a figura abaixo.

Figura 7 – Botão de publicação do Tumblr (Fonte: http://tumblr.com/goodies)

Portanto, devido às suas funcionalidades, pode-se dizer que o Tumblr é um


serviço que está inserido na categoria dos blogs, pois permite a postagem de conteúdos
variados e extensos; no grupo dos microblogs, porque a imensa maioria dos usuários a
utilizam para postagens curtas, pois sua simplicidade incita esta prática; e igualmente na
categoria das redes sociais, pois o blog criado pelo usuário atua como um perfil do
mesmo dentro do Tumblr, permitindo que ele siga a postagem de outros blogs e interaja
com estes.
51

3.3 A relação do Tumblr com o design de serviços

Conforme exposto anteriormente, o exagero de informação verificado na cultura


atual, ocasionado pelo advento da tecnologia e sua constante evolução, causa o que
Wurman (1991) chama de ansiedade de informação. As pessoas passam a ficar
frustradas por não conseguirem acompanhar a quantidade enorme de mensagens que
recebem direta ou indiretamente, além de frequentemente não serem capazes de
encontrar a informação que desejam em meio a tanto excesso. Este fato elucida a
importância do desenvolvimento de serviços web capazes de não apenas dispor
adequadamente a informação que o usuário procura, mas também de prover maneiras de
utilizar e gerenciar o conteúdo gerado.
Escolhendo quem deseja seguir, o dono de um blog do Tumblr está começando
a filtrar a informação que recebe; ao postar ou republicar quaisquer conteúdos, está
expressando seus interesses e difundindo informação; e ao privilegiar ou adicionar
palavras-chaves às atualizações, o usuário colabora também para a organização da
informação. Ao expandir as funcionalidades do Tumblr, um serviço capaz de auxiliar
não somente na produção e propagação de conteúdo, mas que também possui um grande
volume de informação passível de ser amplamente utilizado, colabora-se para o design
de serviços web aptos a proporcionar experiências agradáveis a seus usuários,
diminuindo sua ansiedade.
O Tumblr, conforme sua característica de tumblelog e microblog, é utilizado
para postagens curtas e de mídias diversas; e de acordo com seus aspectos interativos
pertinentes aos sites de redes sociais, o blog criado é utilizado como um perfil para
expressar elementos da personalidade ou individualidade do usuário (RECUERO,
2009). Outro aspecto que colabora para a disseminação de um blog e sua associação à
personalidade do autor, além de influenciar na difusão da informação é a possibilidade
de replicar o conteúdo em outras plataformas, compartilhando o que é postado no
Tumblr diretamente no Facebook ou no Twitter, por exemplo. O diferencial do Tumblr
em propiciar interação entre blogs, integração de redes sociais e um grande volume de
postagens lhe confere um amplo potencial no que se refere a servir outras ferramentas,
disponibilizar a informação necessária para que outros serviços possam ser criados ou
melhorados.
52

Merholz et al (2008) afirma que “nós devemos entender as pessoas como elas
são, em vez de segmentos de mercado ou dados demográficos”15 (p. 40). Um processo
de design que observe o que as pessoas estão postando em seus blogs, espaços
individuais onde elas costumam compartilhar interesses, está muito próximo de
enxergar os usuários como eles são, logo, está apto a entendê-los e oferecer o que eles
procuram. Por exemplo, utilizando o conteúdo gerado por usuários dentro do Tumblr,
uma loja online pode identificar tendências de comportamento de determinado grupo de
pessoas de um local definido e oferecer promoções exclusivas a elas.
Da mesma forma, um serviço que necessita de um banco de imagens para sua
implementação, pode buscar essas imagens dentro do Tumblr, utilizando o conteúdo
postado por seus usuários. Tais possibilidades agregam valor ao serviço, pois permitem
a criação de uma vasta e qualificada base de dados e a produção de informações
personalizadas, enaltecendo o usuário com experiências satisfatórias que, por sua vez,
causarão emoções positivas e provavelmente ocasionarão o seu retorno ao site em
questão (CYBIS, 2010).

Em praticamente todos os casos, um website é um produto de auto-


atendimento. Não há manual de instruções para ler antecipadamente, nenhum
seminário de treinamento para comparecer, nenhum representante do
atendimento ao cliente para orientar o usuário através do site. Há somente o
usuário, encarando o site sozinho com apenas sua inteligência e experiência
para guiá-lo (GARRET, 2003, p. 11).

Diferentemente dos serviços disponíveis no mundo físico, onde sempre


encontramos um funcionário para nos atender, os serviços do meio digital
invariavelmente precisam que o usuário alcance seu objetivo sozinho através de um
sistema mediado pela interface que propõem. Para o sucesso de um site, segundo Garret
(2003), é vital que o processo de design leve em consideração a experiência do usuário,
buscando entender o que as pessoas querem e precisam.
Desta forma, a possibilidade de reunir informação acerca dos reais interesses dos
usuários através da utilização da informação de uma plataforma existente capaz de
prover tais dados e auxiliar em seu gerenciamento – como é o caso do Tumblr - é
bastante relevante ao profissional de design que buscar as melhores soluções para o
desenvolvimento de serviços web.

15
Tradução da autora do trecho: “We must understand people as they are rather then as market segments
or demographics. ”
4. MAPEAMENTO DE
FUNCIONALIDADES
DO TUMBLR
54

4 Mapeamento de funcionalidades do Tumblr

Com o referencial teórico estabelecido nos capítulos anteriores, bem como a


contextualização do Tumblr e a apresentação de algumas de suas funções, passa-se a
apresentar neste capítulo uma segunda parte da pesquisa da autora deste trabalho. Esta
etapa consiste em identificar as principais funcionalidades do Tumblr através do
mapeamento das mesmas a fim de promover uma compreensão mais ampla da
plataforma, esclarecendo o seu potencial.

Publicação de conteúdo: texto, imagem, citação, link, diálogo,


áudio e vídeo

Figura 8 – Detalhe da interface do Tumblr para postagem de conteúdo.


(Fonte: http://tumblr.com/dashboard)

Conforme mencionado anteriormente, uma das principais características do


Tumblr é a possibilidade de publicar conteúdo variado de maneira fácil. Para tanto,
basta que o usuário selecione o tipo de postagem que deseja e será direcionado para uma
tela específica de publicação, de acordo com a mídia escolhida. Independente do
conteúdo a ser postado, o usuário sempre tem a opção de salvar o post como rascunho,
agendar uma data para sua publicação, inserir tags que descrevam sua postagem ou
personalizar a url do post em questão.

Texto: nesta opção de publicação de conteúdo pode-se adicionar um título ao post e


depois o conteúdo textual. Também é possível adicionar imagens à postagem.
Imagem: na tela de publicação de imagens o usuário pode enviar uma imagem de seu
computador ou inserir um link de alguma imagem e adicionar um texto se desejar. É
possível enviar mais de uma imagem por postagem e, ao adicionar mais imagens, o
usuário pode escolher a maneira que elas ficarão dispostas em seu blog e inserir uma
pequena legenda, opcional, em cada imagem.
55

Citação: pode-se inserir uma frase qualquer e a fonte ou origem da mesma. Ao publicar,
a frase é automaticamente mostrada com aspas e a fonte com recuo.
Link: nesta opção o usuário pode postar um link facilmente, apenas inserindo a url e um
título para a mesma. Também é possível adicionar uma descrição textual para o link.
Diálogo: similar à opção de publicar textos, aqui o texto inserido deve ser um diálogo
cujas falas e nomes de personagens são separadas pelo sinal de “:” (personagem: sua
fala). A diferença é que o texto publicado através desta opção é automaticamente
apresentado numa caixa de diálogo, separando cada linha e destacando os personagens.
Áudio: nesta opção o usuário pode enviar um arquivo de áudio do seu computador,
procurar um dentro do Tumblr ou indicar um link que contenha um áudio. É possível
acrescentar uma descrição textual ao post, que ao ser publicado pode ser executado
através de um player padrão da plataforma.
Vídeo: assim como o áudio, pode-se enviar ou inserir um link de um vídeo para ser
postado, adicionando ou não uma descrição para o mesmo.

Republicação de conteúdo (reblog)

Sempre que o usuário estiver visualizando um blog do Tumblr – independente


de segui-lo – ou sua dashboard encontrará em cada postagem a opção reblog (figura 9),
que consiste em republicar determinado conteúdo diretamente no seu blog.
Selecionando esta função, o usuário verá as mesmas opções que existem quando se está
postando um conteúdo normalmente, podendo adicionar ou retirar as informações que
desejar. Por exemplo, se o usuário republica uma imagem com determinado texto na
legenda, pode retirá-lo ou simplesmente adicionar seu comentário, assim como também
pode excluir e adicionar tags.

Figura 9 – Exemplo de postagem na dashboard (Fonte: http://tumblr.com/dashboard)


56

Ao republicar um conteúdo, o post original imediatamente ganha uma nota, que


demonstra o número de vezes que aquele texto, imagem, vídeo ou áudio foi republicado
ou marcado como favorito por algum blog (figura 9). Desta forma, é possível saber
quão popular uma postagem é dentro da plataforma e também ter acesso ao blog que
publicou determinado post dentro do Tumblr e a lista de blogs que republicaram ou
curtiram o mesmo.

Tags (palavras-chave): pesquisa geral e organização do conteúdo

As tags podem ser adicionadas em todas as atualizações de um blog, seja em


republicações ou em postagens de qualquer tipo de mídia. O Tumblr conta com uma
ferramenta de busca própria, que pode pesquisar por tags dentro de toda a plataforma,
apenas no blog do usuário, nos blogs que o usuário segue ou nos documentos de ajuda
disponibilizados pelo serviço, como mostra a figura 10. Desta forma, o usuário pode
digitar uma palavra na pesquisa de tags geral e encontrar milhares de posts identificados
pelos usuários com determinada palavra, ou mesmo organizar seu próprio blog
adicionando tags em cada conteúdo publicado. É interessante destacar que, mesmo que
um usuário publique determinado conteúdo e não inclua tags em sua publicação, uma
vez que a mesma foi republicada e identificada com uma ou mais palavras-chave, esta
postagem poderá ser encontrada na pesquisa geral. Como forma de facilitar o
acompanhamento de postagens com determinada palavra-chave, o Tumblr possibilita
que o usuário siga as tags de seu interesse, criando um atalho para elas na dashboard.

Figura 10 – Tags salvas e busca por tags


(Fonte: http://tumblr.com/dashboard)
57

Likes: a lista de favoritos

Além da opção de republicar um conteúdo, em cada publicação de um blog no


Tumblr também se encontra a opção like (apresentada através do símbolo de um
coração, conforme figura 9), que funciona como uma indicação de que o usuário curtiu
determinado conteúdo postado. Assim como cada reblog, cada like de uma postagem
confere à postagem original uma nota, uma indicação de que determinado blog
adicionou o post como favorito. Todas as publicações marcadas como favoritas por um
usuário se encontram na sua lista de likes, que pode ser acessada pela própria pessoa
através de um link na sua dashboard. Além disso, esta lista de favoritos fica disponível
para qualquer usuário visualizar se este digitar em seu navegador a url padrão
(http://tumblr.com/liked/by/urldoblog), mas também é possível que o dono da lista opte
por não permitir este acesso.

Seguindo blogs

O funcionamento básico do Tumblr acontece através do sistema de seguidores.


Ao acessar o tumblr de alguém e clicar em follow (seguir), o usuário passa a
acompanhar as postagens deste blog diretamente na sua dashboard, podendo deixar de
seguir este ou qualquer blog a qualquer momento através da opção unfollow. O usuário
pode acessar a lista de blogs que segue (figura 11) e sua lista de seguidores através de
um link na página principal.

Figura 11 – Detalhe da lista de blogs seguidos por um usuário


(Fonte: http://tumblr.com/following)
58

Em geral, a lista de seguidores e de blogs que uma pessoa segue é visível apenas
para esta pessoa, mas existem alguns temas do Tumblr que permitem que o usuário
exiba estas informações em seu blog se desejar. A plataforma ainda conta com um
spotlight, que consiste em uma área do site em que vários tumblrs de destaque são
apresentados, divididos de acordo com suas categorias (como blogs de moda, de
notícias, artes, engraçados, entre outros) para auxiliar o usuário a encontrar blogs
interessantes para seguir.

Uma conta, vários blogs

O Tumblr permite que um usuário já cadastrado, ou seja, que já possua um blog


na plataforma, crie outros blogs vinculados à sua conta. Desta forma, o usuário pode
fazer login16 no serviço e acessar todos os blogs que possuir facilmente. Neste caso,
sempre que o usuário for publicar ou republicar algum conteúdo, poderá escolher em
qual dos seus blogs deseja fazê-lo. O primeiro blog criado torna-se o principal e quando
o usuário começa a seguir outro blog, é identificado por este. Ou seja, só é possível
seguir outros tumblrs com o blog principal, mas cada blog criado possui seguidores
independentes.

Blogs coletivos e colaborativos

Além de permitir o gerenciamento ágil de vários blogs, o Tumblr permite a


criação de tumblrs coletivos. Para tanto, basta que o usuário crie um blog e adicione o e-
mail das pessoas que deseja que sejam membros deste blog e estas poderão aceitar e
passar a postar conteúdo normalmente. O usuário que cria e convida membros para
participarem de um blog coletivo passa a ser o administrador do blog, sendo o único que
possui acesso às suas configurações - a menos que promova outro membro como
administrador também.
Além disso, a plataforma possibilita que qualquer blog – coletivo ou individual –
receba submissões de posts. Estas submissões podem ser feitas por quaisquer pessoas,
desde que o dono do blog permita. O usuário pode permitir que as pessoas enviem para
seu blog qualquer um dos tipos de conteúdo suportados (texto, imagem, citação...), pode
16
A expressão “fazer login” refere-se ao ato de um usuário já cadastrado digitar seu email ou nome de
usuário e sua senha para reconhecer seu cadastro em um site.
59

criar regras para as submissões e também adicionar tags automaticamente a todas as


postagens submetidas. Estas funcionalidades garantem maior facilidade na tarefa de
atualizar um blog, permitindo que vários membros, predefinidos ou não, alimentem um
mesmo tumblr - característica importante no caso dos blogs temáticos.

Tumblrs privados

Os blogs são, por padrão, espaços onde os usuários podem postar qualquer
conteúdo e torná-lo público. Entretanto, se por ventura algum usuário deseja ter um blog
privado – como um diário pessoal que pode ser dividido apenas com alguns amigos - o
Tumblr permite que sejam criados tumblrs cujo conteúdo pode ser visualizado apenas
mediante a inserção de uma senha, escolhida pelo dono do blog.

Interação entre blogs: perguntas e mensagens

Figura 12 – Formulário de perguntas de um blog do Tumblr


(Fonte: http://theysayimalive.tumblr.com/ask)

Como maneira de proporcionar interação entre os usuários da plataforma, todo


blog possui uma página com um formulário (página denominada pelo serviço como ask)
que permite que sejam feitas perguntas ao dono do tumblr em questão, confome a figura
12. Estas perguntas podem ser feitas anonimamente – se o dono do blog optar por
deixar esta opção disponível - ou identificando o autor da pergunta com a url de seu
tumblr. O usuário é alertado de suas perguntas recebidas ao acessar a página principal
do Tumblr (ou, se preferir, também pode receber notificações por e-mail) e pode
respondê-las ou de maneira privada, apenas para quem enviou a questão, ou publicando
a pergunta e a resposta em seu blog. Embora conhecida como uma ferramenta de
60

perguntas, a possibilidade de enviar mensagens privadas incentiva muitos usuários a


estabelecerem contato com autores de tumblrs que seguem e possuem algo em comum.
É importante ressaltar que este recurso pode ser desabilitado se algum usuário não
desejar receber perguntas em seu blog.
Outra possibilidade de realizar perguntas é durante a postagem de algum
conteúdo. Ao digitar um ponto de interrogação (?) em um campo textual em qualquer
uma das telas de publicação, o Tumblr exibe uma opção que pode ser marcada se o
usuário desejar que seu post se torne uma pergunta automaticamente. Desta forma, é
possível realizar perguntas não direcionadas a um blog específico, mas sim abertas para
qualquer usuário respondê-las através do pequeno campo de texto que é exibido abaixo
da postagem, como mostra a figura 13.

Figura 13 – Exemplo de pergunta e campo para respostas na dashboard


(Fonte: http://tumblr.com/dashboard)

Galeria de temas para blogs


.
O Tumblr conta com uma imensa galeria de temas (figura 14) para que os
usuários possam escolher os que mais combinam com seus blogs. A maioria dos temas
disponibilizados são gratuitos, mas também existem temas que devem ser adquiridos
para serem utilizados. Os temas de destaque são exibidos na tela de personalização de
qualquer blog na plataforma, mas é possível encontrar centenas de outros temas
acessando a galeria.
Além disso, o Tumblr favorece a criação de novos temas disponibilizando
documentos relacionados na sua sessão de ajuda (http://tumblr.com/help), visando guiar
o usuário que desejar criar seu próprio tema. Uma vez desenvolvido um tema, é possível
enviá-lo para a equipe do Tumblr que irá avaliá-lo e, se aprovado, disponibilizá-lo na
61

galeria de temas para que outros usuários possam utilizá-lo, sempre mantendo os
créditos do criador.

Figura 14 – Tumblr Theme Garden (galeria de temas). (Fonte: http://tumblr.com/themes)

Personalização de um tema

O usuário pode trocar de tema ou alterar a aparência de seu tumblr a qualquer


momento acessando a opção customize (personalizar) disponível tanto na dashboard
quanto em seu próprio blog. Na tela de personalização, pode-se escolher um tema e
modificar algumas características do mesmo, que variam de acordo com o tema
escolhido; alguns são mais customizáveis que outros, mas todos possibilitam que se faça
qualquer tipo de alteração modificando seu código HTML (Hypertext Markup
Language) livremente ou criando estilos adicionando novos códigos CSS (Cascade
Style Sheets). Pode-se, inclusive, deletar todo o código de um tema e inserir um código
próprio ou encontrado em outros sites que disponibilizam temas para blogs. Fazendo
isso, o Tumblr automaticamente reconhece os parâmetros do código inserido e apresenta
as possibilidades de personalização disponíveis no tema em questão.
62

Figura 15 – Detalhe da interface do Tumblr para personalização de um tema


(Fonte: http://tumblr.com/customize/theysayimalive)

Temas: aqui são apresentados alguns temas em destaque, separados por categorias
como temas gratuitos, temas premium, temas de uma, duas ou três colunas, temas
minimalistas, super personalizáveis, entre outros. Aqui também se encontra a opção de
editar o HTML do tema, possibilitando livre personalização de todos os aspectos aos
usuários que saibam lidar com o código.
Título: nesta opção pode-se digitar um título para o blog.
Descrição: é possível inserir uma pequena descrição textual do blog ou do autor.
Aparência: nesta opção encontram-se várias possibilidades de personalização, de
acordo com o tema escolhido previamente. Por exemplo, alguns temas permitem que
sejam enviadas imagens para o topo do blog ou para o plano de fundo, permitem a
escolha das cores para o corpo do texto, para os links, título e descrição, ou ainda a
escolha da tipografia e do tamanho da mesma, a inserção de links para o perfil do
usuário nas redes sociais que ele utilize, entre outras opções.
Páginas: o usuário pode criar páginas secundárias para o seu blog através desta opção,
como por exemplo, uma página com informações pessoais ou dados para contato. É
possível escolher a url que a página criada terá e se deverá constar um link para a
63

mesma na página principal do blog. Também é possível criar uma página que
automaticamente redirecionará o usuário que clicar para um link externo.
Avançado: aqui constam outras opções de personalização. É possível escolher quantos
posts serão exibidos por página, se o Tumblr deve utilizar uma versão simplificada do
blog para usuários que o acessam através de um aparelho móvel, se o serviço deve gerar
automaticamente urls descritivas para postagens textuais (adicionando algumas palavras
do início do texto ao fim da url), se deve ser exibida a opção de seguir o blog mesmo
àqueles que não são usuários do Tumblr e, por último, é possível adicionar código CSS
próprio, modificando o estilo do tema sem precisar alterar o código HTML.

Tumblr para desenvolvedores

Além das funcionalidades apresentadas, o Tumblr conta com um recurso


dedicado a facilitar a vida de desenvolvedores web: sua API
(http://tumblr.com/docs/en/api/v2). Acrônimo de Application Programming
Interface (Interface de Programação de Aplicativos), uma API é um conjunto de
padrões de programação que permite o desenvolvimento de aplicativos com base na
mesma. O Tumblr disponibiliza sua API para que tais códigos possam ser utilizados em
outros sites ou aplicativos. Como exemplo pode-se citar o Google Maps, que é utilizado
em uma infinidade de sites para ilustrar endereços ou traçar rotas, situação que só é
possível através do uso de sua API que permite o acesso às informações necessárias.
Através da API do Tumblr é possível obter uma vasta quantidade de dados sobre
os blogs da plataforma e os conteúdos postados. Pode-se, por exemplo, obter
informações básicas como a imagem do avatar de um blog, seu título e descrição, e
também informações a respeito do número de posts já feitos por um usuário, quantos
likes (ou favoritos) determinado blog já recebeu ou já adicionou em sua lista, há quanto
tempo foi feita a última atualização, quantos seguidores e quantos blogs são seguidos
por um tumblr específico e quais são eles, quais tags estão atreladas às postagens, entre
outros dados.
64

4.1 Questionário com usuários do Tumblr


4.1.1 Apresentação do questionário

Com o objetivo de compreender melhor como o Tumblr é utilizado por seus


usuários, depois de estabelecido o referencial teórico desta pesquisa e feita a
identificação das principais funcionalidades da plataforma, foi elaborado e aplicado a 22
usuários do serviço um questionário constituído principalmente de perguntas abertas.
Em relação aos respondentes, todos foram contatados pela autora deste trabalho
ou por e-mail, ou por mensagens em redes sociais como Twitter e Facebook. A maioria
dos indivíduos que participaram do questionário possuem algum relacionamento com a
autora, que selecionou dentre seus contatos aqueles cujo perfil de uso do Tumblr se
encaixasse na proposta desta pesquisa – no caso, julgou-se adequado que todo os
respondentes fossem usuários assíduos do Tumblr, com uma frequência de no mínimo
um acesso por semana ao serviço.
Entretanto, ao divulgar sua pesquisa no Twitter a autora obteve solicitações de
alguns usuários para participarem desta etapa e responderem ao questionário. Desta
forma, obtiveram-se respostas de alguns donos de tumblrs desconhecidos pela autora
deste trabalho, mas que se encaixavam nos critérios da pesquisa, enriquecendo a mesma
com respostas de outros perfis de usuários.
Todos os respondentes receberam breves instruções para ajudá-los a
participarem com êxito desta etapa da pesquisa, juntamente do link para efetuarem as
respostas do questionário online.
Ao decidir-se pelo uso do questionário com usuários do Tumblr como
instrumento para esta pesquisa, optou-se por utilizar a internet para sua aplicação, visto
que os respondentes são internautas e um questionário online é condizente com seu
perfil. O questionário foi criado a partir da ferramenta de formulários do Google Docs
(http://docs.google.com/), tendo um total de 12 perguntas – com exceção das 3
primeiras que visam apenas identificar o usuário por idade, sexo e url do blog – sendo 4
perguntas fechadas e 8 perguntas abertas. Estas questões foram elaboradas com o
objetivo de compreender como o Tumblr é visto pelos usuários, quais funcionalidades
são mais utilizadas e com qual intuito e também visando identificar que tipo de
conteúdo os usuários postam e buscam dentro da plataforma.
65

Questões
1 – Com que frequência você acessa o Tumblr?
2 – Por que você utiliza o Tumblr?
3 – Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?
4 – Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais
postam/reblogam?
5 – Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?
6 – Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?
7 – Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?
8 – Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no
Tumblr?
9 – Você utiliza a busca por tags no Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
10 – Você utiliza a ferramenta “like”? Com qual intuito?
11 – Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?
12 – Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma
característica ao Tumblr? O que seria?

Quadro 1 – Perguntas do questionário com usuários do Tumblr

4.1.2 Análise do questionário


Uma vez que os usuários selecionados responderam o questionário, passou-se
para a análise das respostas, etapa que é exposta a seguir apresentando os
questionamentos associados a uma síntese da opinião dos usuários. O conteúdo integral
das respostas pode ser verificado no CD-Rom em anexo a este trabalho.

O Tumblr na visão dos usuários

O Tumblr é uma ferramenta fácil e prática; esta é uma afirmação presente na


maioria das respostas dos usuários que participaram do questionário. Vários usuários
alegam que um dos motivos de fazerem uso do serviço é a facilidade com que
conseguem encontrar e compartilhar o que lhes interessam. Um dos respondentes
66

também afirma que o Tumblr é o lugar em que ele consegue encontrar pessoas mais
parecidas consigo; é onde ele se sente inserido em um grupo de afinidades
(Respondente 9). Pode-se observar nas respostas que o fato de as pessoas
compartilharem as coisas que gostam nos seus tumblrs enaltece o aspecto social da
plataforma, pois – como afirma um dos usuários - os blogs acabam dizendo bastante
sobre seu autor, o que acaba levando algumas pessoas a se identificar e entrar em
contato com outros usuários do serviço, estabelecendo novas relações através da
plataforma.
Em uma visão generalizada, os usuários enxergam o Tumblr como um local
onde eles podem reunir imagens e outras mídias a respeito do que eles gostam, unindo
suas paixões de maneira fácil em um só lugar e encontrando outros tumblrs com os
quais podem se identificar. Algumas respostas apresentadas pelos usuários ilustram o
exposto:

Eu comecei a utilizar por que era um jeito muito fácil de "colecionar"


imagens, vídeos e citações interessantes que vou encontrando pela Internet.
Com o passar do tempo, comecei também a valorizar o aspecto mais "social"
da ferramenta, já que os tumblrs normalmente nos dizem muito sobre o seu
autor. Acabei fazendo amigos lá (Respondente 1).

Ele (o Tumblr) é prático, super acessível, tem um layout que pode ser
personalizado. Como eu não sou muito boa em escrever textos eu transfiro
nas fotos o que me chama mais atenção na vida. Trato de moda, música e
comportamento. E às vezes do meu próprio comportamento (Respondente
12).

Tipos de conteúdo postados

Tendo em vista a característica de tumblelog da plataforma - que tem por


destaque a postagem de mídias diversas – buscou-se saber dos respondentes qual tipo de
conteúdo é postado com maior frequência por eles e também pelos blogs que seguem.
Todos os usuários indicaram que, tanto eles quanto os tumblrs que acompanham,
costumam postar imagens com maior frequência. Além das imagens, boa parte dos
usuários indicou que também tem o costume de postar citações, enquanto uma
porcentagem menor apontou o texto como conteúdo geralmente publicado em seu blog,
caracterizando os posts de vídeo e áudio como publicações mais ocasionais. Este
mesmo caso se aplica em relação ao conteúdo mais postado pelos blogs seguidos pelos
respondentes, sendo que, depois das imagens, o segundo e terceiro tipo de mídia mais
publicado - citação e texto – divide o mesmo percentual de respostas.
67

Publicação de conteúdo original

Devido ao fato de que o Tumblr apresenta duas maneiras de postar um conteúdo


em um blog – republicando um conteúdo existente em um tumblr ou utilizando as
ferramentas padrões de atualização –, procurou-se depreender se a publicação original
dentro da plataforma é uma atividade frequente entre os usuários. Cabe esclarecer que
se entende por conteúdo original qualquer post que não seja realizado através da
ferramenta reblog. A grande maioria dos usuários afirma que tem o costume de realizar
postagens tradicionais com uma frequência de 1 a 2 vezes por semana, geralmente
quando encontram uma imagem interessante que ainda não viram publicada na
plataforma, trechos de músicas e livros, pensamentos ou fotos pessoais.

Se eu tiro uma foto e gosto dela eu posto. Se estou lendo um livro e tem um
trecho que me chama a atenção, também posto. E se acontece algo muito
legal, ou muito ruim na minha vida e que quero compartilhar aí eu escrevo
textos gigantes (risos). Mas a maioria das fotos e citações eu reblogo
(Respondente 12).

Dentre os 22 respondentes, apenas 2 afirmaram não realizar este tipo de


publicação em seus blogs. Um deles justifica essa escolha afirmando que utiliza
serviços como o Twitter ou mesmo um blog em outra plataforma para postar conteúdo
original, considerando o Tumblr apenas como o seu scrapbook (Respondente 1). Ou
seja, por fugir do padrão dos blogs tradicionais de conteúdos mais extensos, o Tumblr é
usado de maneira diferente, por exemplo, como um álbum de colagens onde se pode
dispor facilmente diversos tipos de conteúdo considerados interessantes. Um dos
usuários que afirma não postar conteúdo original com muita frequência justifica:

(...) Pelo que eu noto no Tumblr, as pessoas que utilizam ele são como eu:
Gostam de mostrar seus gostos e sentimentos através de imagens/textos, mas
não tem tempo hábil para ter um blog próprio, e atualizá-lo constantemente.
É aí que a função reblog entra novamente. Sempre que nós, usuários,
achamos algo que tem a ver com o que estamos sentindo no momento, ou que
está ligado diretamente com nossos gostos, reblogamos (Respondente 13).

Em contrapartida, um dos respondentes afirma que 95% do conteúdo postado em


seu tumblr é de autoria própria, com a predominância de textos, citações e imagens que
os acompanhem (Respondente 15). Este perfil pode ser considerado como exceção
dentro da plataforma, pois se aproxima mais do uso feito pelas pessoas de blogs
tradicionais, com bastante conteúdo textual e com uma ideia de diário pessoal mais
68

visível. Entretanto, isto denota como a facilidade e as características únicas do Tumblr


podem atrair diferentes tipos de usuários.

Republicação de conteúdo

A ferramenta de reblog é amplamente usada pelos usuários. Com exceção de um


respondente – o mesmo citado anteriormente, com um perfil de uso da plataforma
diferente da maioria -, todos declaram republicar conteúdo com frequência, sendo que a
maior parte afirma clicar na opção reblog várias vezes por dia. Em uma visão geral,
pode-se afirmar que a republicação de conteúdo é o que os usuários mais fazem quando
acessam o Tumblr. Um dos usuários afirma que 99% do seu Tumblr é composto por
reblogs de amigos, pessoas que ele segue ou quaisquer outras coisas que ele encontra na
internet e considera interessante o suficiente para postar (Respondente 6); essa resposta
reflete o perfil mais comum de uso da plataforma. Outro respondente ilustra este aspecto
descrevendo sua atividade no Tumblr:

Vou percorrendo a dashboard, abrindo os conteúdos em novas abas e


reblogando em larga escala. Repito o processo mais de uma vez ao dia
quando tenho tempo livre, o que gera um grande número de reblogs diários.
(Respondente 14)

Características do conteúdo publicado

Este item suscitou respostas diversas, pois diz respeito à definição do que cada
usuário julga interessante, o que as imagens, citações, textos, áudios ou vídeos postados
nos seus tumblrs retratam, quais são as suas características. As respostas demonstram
interesses diversos, perfis de usuários parecidos e ao mesmo tempo diferentes. Enquanto
a vasta utilização da republicação de postagens demonstra um alto tráfego de
informação, a diversidade de interesses expressados pelos usuários demonstra a grande
variedade de conteúdo publicado na plataforma. Muitos respondentes afirmam postar
em seus tumblrs imagens ou outras mídias relacionadas à música, séries e filmes.
Alguns declaram também gostar de publicar poesias ou trechos de livros enquanto
outros dizem atualizar seus blogs com coisas relacionadas à moda ou, ainda, com
imagens engraçadas e conteúdo sobre games. Além destes, alguns usuários afirmam não
ter um padrão de características preferidas para o conteúdo de seus blogs, apenas
69

publicam ou republicam um pouco de tudo, de acordo com o seu humor em


determinado momento.

O meu tumblr é bem caótico. Ele é um diário das minhas obsessões; tudo que
eu mais gosto está lá - tem muita coisa de música, cinema, literatura e alguns
memes. Eu gosto de ver o meu log do tumblr e ver as minhas obsessões se
sucedendo. (Respondente 1)

Eu atualizo-o de forma aleatória. Reblogando através dos posts que meus


amigos fazem e aparecem na minha dashboard ou procurando por tags -
filmes, fotos, gifs, seriados, desenhos, músicas - sem nada específico.
(Respondente 6)

O uso das tags no Tumblr

Com relação ao uso das tags nas publicações de conteúdo dentro da plataforma,
7 dos usuários que responderam o questionário afirmam nunca utilizar o recurso. Os 15
respondentes restantes dizem adicionar tags em seus posts, sendo que 8 deles as
utilizam sempre ou quase sempre e os demais realizam postagens com palavras-chaves
às vezes. Este pode ser considerado um número bom de utilização das tags, tendo em
vista que mesmo que um post tenha sido republicado várias vezes sem tags, basta um
único usuário adicionar uma palavra-chave e esta publicação já pode ser encontrada pela
pesquisa do Tumblr.
A busca por tags na plataforma não é uma atividade muito comum entre os
usuários, mas metade deles afirma utilizar a pesquisa para encontrar conteúdos que lhes
interessam e possivelmente republicá-los, como exposto no item anterior.

Eu costumo buscar algum assunto especifico do qual estou interessada no


momento. Como por exemplo gifs e fotos dos seriados que assisto, frases de
escritores que gosto ou músicas, sempre utilizando as tags. Acredito que elas
facilitam muito pela busca de algo mais específico. (Respondente 6)

A outra metade dos respondentes declara não utilizar o recurso ou utilizá-lo


raramente. Alguns justificam afirmando que preferem acompanhar apenas as postagens
dos tumblrs que seguem na sua dashboard ou acessando os mesmos.

Postagens favoritas

Além das postagens, reblogs e tags, a grande maioria dos usuários afirmou
utilizar a ferramenta like para criar uma lista de publicações favoritas. Observando as
70

respostas, pode-se afirmar que estes favoritos são geralmente utilizados pelas pessoas
não só para indicar que gostaram de um post, mas também para salvá-lo, deixá-lo
guardado para obter fácil acesso a ele posteriormente.

Utilizo, claro, quando eu gosto muito mesmo de alguma postagem, mas,


principalmente, para guardar publicações que eu não queira reblogar ou
publicações que eu rebloguei mas quero ter acesso mais facilmente a elas
(buscar nos likes, no meu caso, é bem mais rápido que buscar nas minhas
postagens ou através das tags utilizadas por mim) (Respondente 9).

Alguns respondentes argumentam que utilizam o recurso para privilegiar uma


publicação que gostaram, mas não tem intenção de republicá-la - geralmente porque não
combina com seus tipos de posts. Outros dizem usar os favoritos para guardar postagens
que desejam republicar em outro momento, e um terceiro grupo declara usar a
ferramenta para ambas as funções. De um modo geral, a ferramenta é bem vista pelos
usuários, assumindo diferentes papéis.

Acesso à tumblrs de outros usuários

Seguir blogs e acompanhar suas postagens pela dashboard é mais cômodo do


que visitar as páginas específicas dos tumblrs que o usuário segue, segundo a maioria
dos respondentes. Dos 22 usuários questionados, 13 afirmam não acessar os blogs de
outras pessoas ou dizem fazê-lo raramente. Alguns usuários justificam suas respostas
expressando preferência por verificar as atualizações através do painel principal do
serviço, alegando que é uma maneira mais fácil e que não demanda muito tempo. Uma
das respostas exprime esta opinião ao afirmar que é desnecessário visitar tumblrs já que
é possível segui-los e acompanhar suas publicações pela dashboard; se os posts de
alguém não aparecem no painel é porque o usuário não segue o blog em questão, ou
seja, não se interessa pelas suas atualizações e consequentemente não tem vontade de
acessar este blog. (Respondente 16).
Entre os respondentes que declaram ter o costume de acessar tumblrs de outros
usuários, pode-se identificar duas opiniões que sintetizam as demais. Alguns usuários
dizem visitar blogs, mas não de pessoas conhecidas, pois estas ou não possuem um blog
na plataforma ou não compartilham dos mesmos gostos. Já um número maior de
usuários afirma que tem o costume de visitar tumblrs, mas não todos os que seguem,
apenas os que consideram mais interessantes e se identificam mais com o conteúdo
71

postado – os blogs que não são acessados especificamente são acompanhados pela
dashboard, conforme a preferência de visualização da maioria dos usuários.

Sugestões de melhorias para o Tumblr

Com respostas diversas, pode-se depreender que a interface e as funcionalidades


do Tumblr agradam os usuários em geral. Alguns usuários elogiaram a ferramenta e não
tiveram nenhuma sugestão para torná-la melhor, enquanto outros expuseram algumas
questões que consideram interessantes para serem levadas em consideração de modo a
melhorar ainda mais sua experiência no serviço.
Algumas das considerações expostas pelos respondentes abrangem
funcionalidades já existentes, enquanto outras são ideias de novos atributos que a
ferramenta poderia oferecer. Entre as sugestões de novas funções, destacam-se algumas
citadas pelos usuários: possibilidade de adicionar um contador de visitas padrão do
serviço nos blogs, bloqueio (ou aviso) de postagens repetidas, - no caso de um usuário já
ter publicado determinado conteúdo há um tempo e tentar publicá-lo de novo por não
saber que já o tinha feito - inserção de ferramenta de comentários nos tumblrs e
possibilidade de criar listas de blogs favoritos, não somente de postagens. Outra questão
levantada por alguns usuários é a melhor exploração do aspecto social da plataforma,
como as mensagens e perguntas, de modo a ampliar as possibilidades de interação entre
autores de blogs.
Um dos respondentes relembra uma função bastante útil que foi disponibilizada
pelo Tumblr durante um tempo, mas que foi retirada: ao republicar um post com tags,
estas apareciam automaticamente na caixa de palavras-chaves da tela de publicação,
podendo ser retiradas ou mantidas na hora do reblog. Esta funcionalidade facilita
bastante tanto para as pessoas que já utilizam palavras-chaves quanto para incitar esta
prática a novos usuários.
Outra observação interessante que foi feita por mais de um respondente é a
maneira com que acontece a republicação de um conteúdo. Ao clicar em reblog, o
usuário é encaminhado para uma nova tela de postagem, e ao confirmar, retorna para a
dashboard. A republicação poderia ser feita na mesma tela, conforme sugerido por estes
usuários, de modo a agilizar ainda mais o processo e permitir que as pessoas não se
percam ao retornarem para o painel principal. Além disso, algumas respostas sugerem a
implementação de melhorias no sistema de personalização dos blogs, argumentando que
72

usuários que desconhecem linguagens como HTML ficam limitados. Em uma visão
generalizada, grande parte das respostas expressa a satisfação dos usuários ao mesmo
tempo em que demonstra algumas modificações relevantes para aperfeiçoar a
plataforma.

4.2 Recomendações com base no Tumblr para o


design de serviços web
Com as informações levantadas através do referencial teórico, o mapeamento de
funcionalidades do Tumblr e a análise do questionário aplicado aos usuários da
plataforma, foi possível determinar as características mais relevantes do Tumblr em
relação aos serviços web. Sendo assim, como objetivo específico desta pesquisa e como
resposta à questão-problema da mesma, são apresentadas recomendações visando a
oferecer informações que possam agregar valor ao processo de design de serviços web.
A fim de esclarecer a maneira com que as recomendações são sistematizadas
nesta etapa, convém explicar como os serviços web estão compreendidos neste
contexto. Tanto o conteúdo postado pelos usuários no Tumblr quanto muitas de suas
funcionalidades identificadas no decorrer deste trabalho podem ser úteis quando
adaptados para os mais diversos tipos de serviços web: provedores de e-mail, sites de
redes sociais, lojas virtuais, plataformas de blogs, sites de álbuns de imagens ou letras
de músicas, entre centenas de outros. O potencial da plataforma é grande, o que afasta
as restrições. Provavelmente serviços como provedores de e-mail não terão necessidade
de agregar valor ao seu projeto utilizando o conteúdo gerado no Tumblr, mas poderão
encontrar ideias interessantes dentre as funcionalidades da plataforma. É sob este ponto
de vista que a sistematização de recomendações foi elaborada: de maneira a indicar
informações que possam abranger vários tipos de serviço web, auxiliando os
profissionais por trás de seus projetos a compreenderem como é possível utilizar a
informação do Tumblr para agregar valor aos seus serviços.

Em relação ao conteúdo publicado pelos usuários no Tumblr

Dentre os tipos de conteúdo publicado no Tumblr, as imagens constituem a


imensa maioria, como demonstrado nas respostas do questionário. Também de acordo
com as respostas dos usuários, pode-se perceber que estas imagens retratam os mais
73

variados assuntos, desde cenas de filmes e séries, paisagens e estilos de roupas a


fotografias pessoais, ilustrações e imagens engraçadas. Com cerca de 50 milhões de
posts por dia, sendo que metade deles são imagens, tem-se em média 25 milhões de
imagens sendo postadas diariamente na plataforma. Em vista disso, o Tumblr possui um
vasto banco de imagens que podem ser utilizadas como base de dados de outros
serviços web. Como exemplo, um site que pretende reunir conteúdo sobre filmes e
séries, dentre outras funcionalidades, pode buscar imagens de cenas e artistas no Tumblr
e usá-las para ilustrar seu próprio conteúdo.
Além das imagens, existem milhões de outras postagens com conteúdo textual,
de áudio ou vídeo que podem ser utilizadas da mesma maneira que as imagens ou
podem ser observadas a fim de buscar informações acerca de um público-alvo
específico ou identificar a percepção dos usuários em relação a uma marca ou, no caso,
um serviço web.
Sendo assim, em relação ao conteúdo publicado pelos usuários no Tumblr, o
profissional envolvido no processo de design de um serviço web pode, além de observar
a informação postada na plataforma a fim de identificar a imagem de um serviço ou
marca e as características de um público-alvo específico, utilizar o conteúdo postado
como base de dados do seu serviço através da API do Tumblr e dos documentos de
ajuda disponibilizados pela plataforma.

Em relação às funcionalidades do Tumblr

Um dos pontos principais do Tumblr é a sua dashboard, espaço que concentra


todo o conteúdo que interessa ao usuário. Visualizando a dashboard pode-se
acompanhar todas as postagens dos blogs, sem precisar acessá-los. Esta ideia de um
painel central pode ser utilizada em diversos outros serviços web, de maneira a permitir
que o usuário acompanhe o que lhe interessa facilmente. Como exemplo, uma loja
virtual pode oferecer ao usuário os dados de suas próprias atividades, os produtos que
visualizou recentemente, o que já foi comprado e o carrinho de compras dispostos em
um painel central, facilitando o acesso à informação. A ideia de permitir que usuários
sigam o que lhes interessam, como seguem os blogs no Tumblr, também é interessante e
relaciona-se com a sugestão da dashboard adaptada. Utilizando o mesmo exemplo
citado, a loja online poderia permitir que os usuários seguissem categorias de produtos,
como eletrônicos, e então visualizar as novidades desta seção no seu painel.
74

Em relação às republicações de conteúdo no Tumblr, por ser uma funcionalidade


bastante popular entre os usuários da plataforma, é recomendável que outros tipos de
serviços web prevejam em seus projetos a utilização de uma ferramenta semelhante.
Este recurso é encontrado em redes sociais como o Twitter (retweet) e o Facebook
(share), mas é uma função que pode ser utilizada amplamente. Por exemplo, serviços
como álbuns de imagens online podem agregar valor ao seu projeto disponibilizando
funcionalidades como esta, permitindo que o usuário visualize imagens e consiga
republicá-las em seu próprio perfil com apenas um ou dois cliques. A utilização de tal
funcionalidade possibilita a classificação dos dados, pois destaca informações
republicadas várias vezes das demais, o que pode ser útil não só para fomentar a
interação dos usuários, mas para determinar que tipo de informação é mais disseminada,
tem maior destaque. Nesse sentido, a utilização de ferramentas de republicação colabora
para o Design da Informação de um projeto, uma vez que classifica os dados
esclarecendo seus níveis de relevância.
A utilização de tags no Tumblr para classificar as postagens e permitir que estas
sejam encontradas posteriormente é uma ideia útil para qualquer serviço web e por isso
o sistema de palavras-chave já é bastante utilizado. De qualquer forma, é interessante
pensar na segmentação da busca por tags, como acontece no Tumblr. Oferecer ao
usuário a opção de procurar, no caso de redes sociais como o Twitter, suas próprias
postagens feitas utilizando determinada palavra-chave ou postagens feitas pelo restante
dos usuários pode ser um bom diferencial.
Outra funcionalidade presente no Tumblr que também é utilizada por alguns
serviços web é a lista de favoritos. É recomendável o uso desta função em diversos
serviços, pois esta é uma maneira fácil de permitir que o usuário selecione o que mais
lhe interessa, podendo acessar tais informações posteriormente. A ideia apresentada no
Tumblr de criar uma lista de favoritos que pode, inclusive, ser acessada por outros
usuários se o criador permitir, poderia refinar a funcionalidade já presente no Facebook,
por exemplo. Ao curtir determinada publicação na rede, o usuário autor da publicação
em questão é notificado e apenas uma pequena nota de atividade surge no perfil da
pessoa que curtiu tal publicação. Com base na funcionalidade do Tumblr, o Facebook -
ou qualquer outro serviço que se aplique - poderia apresentar uma lista de favoritos, ou
seja, uma lista que reunisse as publicações que o usuário curtiu, facilitando o acesso a
essas informações que, sem isso, acabam por se perder em meio ao conteúdo.
75

Dando continuidade às recomendações, é interessante observar no processo de


design de um serviço web a possibilidade do mesmo permitir que um só cadastro dê
origem a mais de uma conta no serviço, como é possível no Tumblr. Pode-se tomar
como exemplo um provedor de e-mail. Permitir que o usuário crie uma conta com um
nome de usuário e uma senha e tenha acesso a mais de um endereço de e-mail pode
contribuir para melhorar sua experiência, pois desta forma é possível, por exemplo,
acessar um e-mail pessoal e um profissional facilmente, sem precisar sair de uma conta
para entrar em outra, com outros dados.
Outra característica importante presente no Tumblr é a disponibilização de uma
galeria de temas para os blogs e a personalização dos mesmos. A personalização pode
agregar valor a qualquer serviço web, uma vez que ela aproxima as pessoas do serviço
ao possibilitar que elas modifiquem alguns aspectos da interface de acordo com os seus
gostos. Esta é uma funcionalidade que pode estar presente em praticamente qualquer
serviço, permitindo que o usuário escolha, por exemplo, cores ou temas para alguma
página ou que defina a disposição das informações conforme sua preferência de acesso.
5. DESIGN DE UM
SERVIÇO WEB
UTILIZANDO O
TUMBLR
77

5 Design de um serviço web utilizando o Tumblr


5.1 Identificação do serviço
Neste capítulo é apresentada a proposta prática desta pesquisa, o design de um
serviço web com base no Tumblr. A análise do questionário com os usuários e as
recomendações estabelecidas no capítulo anterior serviram de guia para o
desenvolvimento desta etapa.
O serviço proposto é focado no nicho da moda. Existem milhares de blogs sobre
moda, bem como serviços como sites de redes sociais exclusivos do mundo fashion.
Observando as características deste público-alvo, como por exemplo, as donas de blogs
sobre moda e suas leitoras, a autora desta pesquisa constatou que muitas possuem o
costume de salvar em seus computadores imagens de looks ou determinadas peças de
roupas que encontram quando navegam pela internet e lhes despertam interesse, a fim
de buscar inspiração nestas imagens em um momento posterior.
Com o intuito de facilitar esta atividade, surgiu a proposta prática desta pesquisa.
A ideia é atingir usuários que se interessem por roupas, sapatos e acessórios, mas não
necessariamente produtos de lojas específicas ou derivados das passarelas. Com o nome
de inspiringme (em breve disponível na url http://ins.piring.me), o serviço consiste em
um site que visa oferecer aos seus usuários a possibilidade de organizar imagens
inspiradoras de moda – sejam looks completos ou imagens de roupas, calçados, bolsas e
etc. – através da criação de scrapbooks altamente personalizáveis. Entre suas principais
funções destaca-se a possibilidade de buscar entre milhares de imagens pré-cadastradas
no serviço e montar dezenas de álbuns através do editor online de scrapbooking que
contará com uma grande galeria de imagens de fundo e enfeites exclusivos para decorar
as páginas dos scrapbooks. Ainda, o serviço permitirá que o usuário compartilhe suas
criações e siga álbuns dos seus amigos, acompanhando facilmente todas os scrapbooks
que desejar.
As imagens que estarão disponíveis para busca no inspiringme serão retiradas do
Tumblr, o que irá agregar valor ao serviço uma vez que ele se propõe a apresentar
imagens relacionadas à moda, mas com um caráter menos mercadológico e mais
criativo, exatamente como o conteúdo postado pelos usuários no Tumblr se apresenta.
Existem serviços semelhantes ao inspiringme, como por exemplo o Fashion.me, o
Polyvore e o Fashiolista. Todos têm foco em imagens de moda, mas visam a difundir
78

produtos e marcas, atrelando imagens a lojas; nenhum agrega moda, alta personalização,
inspiração e conteúdo mais próximo ao usuário de maneira mais livre e criativa.
Além disso, inspiringme apresenta diversos aspectos e funcionalidades
inspiradas no Tumblr. Pode-se citar, primeiramente, o seu caráter amigável em relação
aos serviços semelhantes. O Tumblr, quando comparado com outras plataformas, é visto
como aquele serviço onde os usuários podem ter um blog sem assumir um
compromisso; é onde possuem mais liberdade. Esta é também a proposta de
inspiringme, que não visa a ligar as imagens a uma marca, ou divulgar preços de
produtos e lojas online, afastando deste modo o compromisso que isto pode despertar e
enfatizando a ideia da busca por imagens inspiradoras.
Assim como o Tumblr, o serviço web proposto como parte prática desta
pesquisa tem o intuito de ser um lugar para buscar e manipular imagens de modo
bastante livre e personalizável, com uma interface fácil de usar. Por isso a ideia dos
scrapbooks e de um editor prático para criá-los, para que as pessoas possam reunir
imagens das roupas e acessórios que lhes interessam, dispostas do jeito que preferirem,
com as legendas e enfeites que desejarem. Galerias de imagens para personalizar os
scrapbooks, lista de imagens favoritas, opção de seguir álbuns e buscar por tags também
são funcionalidades do Tumblr adaptadas ao serviço.

5.2 Metodologia

A metodologia que será utilizada para o desenvolvimento do serviço web


proposto é a metodologia de Jesse James Garrett (2003). Esta é considerada adequada
por focar na experiência do usuário na web, propondo uma segmentação do projeto em
cinco etapas, denominadas planos conceituais, que são apresentados em um diagrama,
conforme a figura 16.
Garret (2003) propõe que o design de interfaces para web sigam os 5 planos
conceituais de baixo para cima – do plano de estratégia ao plano de superfície – sendo
que cada etapa deve começar quando a outra termina, de modo a propiciar o
desenvolvimento em detalhes de cada parte de um projeto.
79

Figura 16 – Diagrama da experiência (GARRET, 2003)

Plano de Estratégia: definição do quê o projeto quer comunicar e para quem.


Plano de Escopo: definição das características do produto.
Plano de Estrutura: determinação da hierarquia das páginas e da ligação entre elas.
Plano de Esqueleto: desenho da estrutura das telas, definição de navegação, etc.
Plano de Superfície: design visual das telas.

A seguir será feita uma breve abordagem de cada plano conceitual, de modo a
descrever melhor cada etapa desta metodologia, pois alguns conceitos apresentados
serão retomados na descrição do desenvolvimento da proposta prática deste trabalho.

Plano de Estratégia

Para desenvolver um site que proporcione uma boa experiência aos usuários é
necessário saber como se espera que o site contribua tanto para o serviço ou produto que
este servirá quanto para seus usuários (GARRET, 2003). Deste modo, é necessário
saber quais são os objetivos do site em questão e quais são as necessidades das pessoas
que irão acessá-lo. Segundo Merholz et al (2008), a estratégia consiste em eliminar
algumas opções para focar em outras. Observando estes aspectos pode-se responder
com clareza às questões levantadas, estipulando prioridades e definindo a estratégia do
projeto, a maneira com que se pretende oferecer um serviço ou produto de qualidade.
80

Portanto, nesta etapa é preciso estabelecer os principais conceitos do projeto,


quais as suas metas e pretensões, além de pesquisar acerca das características do
público-alvo de modo a obter conhecimento suficiente para definir as necessidades
destes usuários e, então, traçar a estratégia que guiará todo o processo de design do site.

Plano de Escopo

Com os objetivos do site e expectativas dos usuários esclarecidos, pode-se partir


para a etapa de concretização da estratégia definida, buscando atingir todos os objetivos
delineados. Garret (2003) afirma que nesta parte do processo a estratégia se torna
escopo porque é quando se inicia a tradução das necessidades do usuário e os objetivos
do site em requisitos específicos de conteúdo e funcionalidades que o site irá oferecer.
Esta etapa consiste em amadurecer a estratégia estabelecida focando nas
especificações funcionais, buscando identificar conflitos ou defeitos enquanto o site
ainda é hipotético. “No plano de escopo, nós deixamos de lado a pergunta abstrata „Por
que vamos fazer este site?‟ que lidamos no plano de estratégia e construímos sobre ela
uma nova questão: „O que nós vamos fazer?‟” (GARRET, 2003, p. 65).
Assim, define-se nesta fase o que o site irá comportar, quais ferramentas serão
apresentadas para os usuários e quais são as necessidades de conteúdo. É importante
observar estes aspectos e determinar o tamanho e os tipos de elementos que serão
apresentados, por exemplo, as áreas de conteúdo dinâmico ou estático e os destaques
que deverão aparecer com maior importância no site.

Plano de Estrutura

Nesta etapa do processo os requisitos e as prioridades já estão estipulados, o que


torna a ideia do produto final menos abstrata. Entretanto, estas exigências não são
suficientes para descrever como cada parte deverá ser unida para formar uma interface
coerente (GARRET, 2003).
Então, este é o momento em que se deve desenvolver uma estrutura conceitual
para o site através da organização dos dados obtidos nas etapas anteriores e da
concretização das idéias traçadas, a fim de determinar a experiência do usuário. Esta
fase engloba o design de interação, uma vez que deve ser planejada uma estrutura com
base nas atividades do usuário, na maneira com que ele interage com a interface, e
81

também a arquitetura de informação, pois do ponto de vista do conteúdo, deve-se pensar


na organização e apresentação das informações.

Plano de Esqueleto

Este plano visa a um maior detalhamento do projeto, definindo e refinando a


estrutura conceitual pensada na fase anterior. Deve-se buscar identificar aspectos
específicos da interface para transformar a estrutura intangível em algo concreto
(GARRET, 2003).
A fim de definir a forma que as funcionalidades devem assumir, precisa-se
pensar no design da interface – que inclui os menus, botões, campos de texto, entre
outros elementos – e no design de navegação – que irá definir a disposição dos links que
dão acesso às informações. Além disso, deve-se considerar o design da informação para
que a comunicação seja efetivada. Garrett (2003) sintetiza a função do design de
informação explicando que este consiste em definir como a informação deve ser
apresentada para que as pessoas possam usá-la ou entendê-la mais facilmente.
Pode-se afirmar que os wireframes – espécie de telas conceituais da estrutura de
cada página – são o produto desta etapa do processo, pois eles traduzem a organização
de toda a informação coletada e discutida até o momento.

Plano de Superfície

Como última etapa dos cinco planos da experiência do usuário, o plano de


superfície compreende a fase de determinação da forma visual que cada elemento do
site, definido no plano de esqueleto, irá possuir. “Aqui, conteúdo, funcionalidade e
estética se unem para produzir um design final que cumpre todos os objetivos dos
quatro planos anteriores” (GARRET, 2003, p. 141).
É importante ressaltar que o design visual não é simplesmente o tratamento da
aparência dos elementos, mas principalmente a maneira com que os usuários irão
enxergar o site. Cybis (2010) corrobora esta afirmação explicando que o aspecto
estético de uma interface influencia não só a avaliação inicial do usuário em relação ao
site, mas também a sua atitude de longo prazo em relação ao mesmo. Portanto, o plano
de superfície deve ser desenvolvido com base nos objetivos do site e nas necessidades
do usuário, de modo a apresentar uma estética coerente que agregue valor ao site.
82

5.3 Desenvolvimento

Com a introdução do aplicativo e exposição da metodologia a ser utilizada para


seu desenvolvimento, apresentam-se nesta parte da pesquisa as etapas que constituem o
desenvolvimento do serviço proposto, de acordo com a segmentação dos cinco planos
da experiência estabelecida por Garret (2003). Algumas das telas são mostradas no
decorrer deste capítulo de modo a ilustrar a exposição das ideias, mas todas as telas
finais do aplicativo podem ser encontradas no CD-Rom anexado a este trabalho.
Ainda, cabe destacar que a proposta prática desta pesquisa pretende ser
desenvolvida por completo, em um período que transpõe a finalização deste trabalho.
Concomitante ao desenvolvimento desta pesquisa, o serviço inspiringme está sendo
projetado para ser implementado como um serviço web passível de utilização por
qualquer pessoa que acessar o domínio http://ins.piring.me e realizar um cadastro. Além
da autora desta pesquisa, o designer Cristiano Lopes e os desenvolvedores Davi Reinke
e William Dias compõem a equipe que pretende lançar o serviço web inspiringme,
proposta prática deste trabalho cujo processo de design é narrado a seguir.

Plano de estratégia

O plano de estratégia de inspiringme partiu da constatação de que existem


pessoas interessadas por moda que gostam de buscar inspiração em imagens de roupas e
acessórios e precisam de uma maneira fácil e atrativa de reunir, organizar e compartilhar
tais imagens. Com este pensamento, pode-se visualizar o perfil do público-alvo e partir
para uma análise dos serviços semelhantes existentes a fim de traçar um diferencial e
então definir os objetivos que o serviço pretende atingir e também as ações que os
usuários pretendem realizar no site.
Por ter seu foco no ramo da moda, definiu-se como principais referências os
sites Fashiolista, Polyvore e Fashion.me, sendo que os últimos são mais semelhantes ao
inspiringme por possuírem um editor de álbuns de imagens. Todos são serviços que
oferecem aos seus usuários maneiras de buscar e manipular imagens relacionadas ao
mundo fashion.
83

Figura 17 – Página inicial do serviço web Polyvore. (Fonte: http://polyvore.com)

Conforme exposto anteriormente, pode-se observar que estes e outros serviços


semelhantes focam na venda das roupas e acessórios dispostos nas imagens, pois o
conteúdo disponível no site são essencialmente fotografias atreladas a marcas ou lojas
específicas, às vezes até com preços e links para compra direta, online. O Polyvore
(Figura 17) e o Fashionme apresentam editores para organização das imagens que se
assemelham à técnica de scrapbooking, mas possuem várias limitações. Com esta breve
análise dos serviços mencionados, pode-se partir para a definição da estratégia do
projeto em questão.
Em relação aos objetivos de inspiringme, trata-se de um serviço web com foco
em imagens de moda, conforme explicado, que entende que a simplicidade e a
interatividade são aspectos importantes em um projeto e por isso tem o intuito de ser um
serviço fácil de usar, com funcionalidades de alta interação como a criação dos
scrapbooks, mas sem o excesso de ferramentas e conteúdos que possam confundir os
usuários. A ideia da utilização de um editor de scrapbooks com maior possibilidade de
interação e o uso das imagens postadas no Tumblr como base do serviço são
fundamentais, pois a interatividade e a característica das imagens – que são postadas
pelos usuários do Tumblr, e não retiradas de lojas virtuais – aproxima o serviço do
usuário. A estratégia de inspiringme é, portanto, ser um serviço de álbuns de imagem
online mais interativo, focado no ramo fashion, mas sem o intuito de promover marcas e
84

lojas. Entende-se que os objetivos dos usuários em relação ao serviço permeiam entre
buscar inspiração acompanhando os scrapbooks de outras pessoas e criar scrapbooks
próprios, buscando imagens de roupas e looks favoritos.

Plano de escopo

Neste plano conceitual foram analisadas as necessidades de conteúdo e as


funcionalidades que serão apresentadas aos usuários, com base nos objetivos traçados
anteriormente. Sabendo os objetivos do site, buscou-se responder o que será feito para
atingi-los, definindo as principais funções do serviço e os requisitos de conteúdo. O
serviço é centrado em imagens, portanto as mesmas devem ter destaque em todas as
páginas, pois são o conteúdo principal. Definiu-se também outro requisito de conteúdo,
as breves descrições textuais para as imagens que serão produzidas pelos usuários ao
criarem um scrapbook e adicionar título e legenda. Outra definição importante é a
escolha da utilização de scroll infinito nas páginas, ou seja, ao chegar no final de uma
página, o sistema automaticamente carrega mais conteúdo e mostra na mesma tela, sem
que o usuário precise clicar em algum link para, no caso, visualizar mais imagens.
Como o foco são as imagens e possivelmente os usuários passarão boa parte de seu
tempo procurando fotografias e olhando álbuns, essa funcionalidade traz mais agilidade
e melhora a experiência do usuário no site.
Além disso, nesta etapa foi estabelecido que os usuários do serviço poderão
seguir os scrapbooks que mais gostarem e acompanhar suas atualizações na página
principal do site. Assim como o Tumblr, se o usuário estiver acessando o site enquanto
as pessoas que ele segue atualizam seus scrapbooks ou realizam outra atividade no
serviço, optou-se pelo uso de uma notificação com o número de atualizações feitas, que
surgirá no topo do site nestas ocasiões, para que o usuário possa clicar e ver as ações
realizadas.
Outra funcionalidade definida foi a de privilegiar imagens tornando-as favoritas
para permitir que os usuários encontrem o que preferem facilmente na hora de criar seus
próprios scrapbooks. Em relação à criação dos álbuns com a metáfora de colagens, foi
estabelecido que o editor para a manipulação das imagens funcionará em outra janela do
navegador, para que o usuário possa continuar seu acesso ao site enquanto cria seus
scrapbooks. Outras funcionalidades definidas serão explicadas nos planos posteriores,
quando a interface adquire forma e passa a ilustrar as ferramentas.
85

Plano de Estrutura

Neste momento do projeto é possível compreender os objetivos do site, as


atividades que serão realizadas pelos usuários, as funcionalidades e o conteúdo que irá
permitir tal interação. Passa-se, então, a desenvolver uma estrutura organizando os
dados obtidos. A arquitetura da informação foi realizada através do agrupamento das
informações semelhantes em categorias maiores, com nomenclaturas claras para que os
usuários possam encontrar as informações que desejam. Foram definidas cinco
categorias mais amplas para abrigar as demais informações: painel, inspire-se, favoritos,
criar um scrapbook e perfil do usuário.
No painel, o usuário tem acesso às atualizações dos scrapbooks que acompanha,
a criação de novos álbuns ou novos seguidores por parte das pessoas que o usuário está
seguindo e também a visualização de notificações como quando alguém o segue ou
comenta em um scrapbook de sua autoria. Já na seção denominada inspire-se, estão
dispostas as imagens de destaque do serviço – que podem ser utilizadas para a criação
dos álbuns – e também os scrapbooks mais seguidos e comentados. A área dos favoritos
abriga as imagens privilegiadas pelo usuário, enquanto a opção de criar um scrapbook
abre uma pop-up para que o usuário defina título e descrição e então possa ser
redirecionado para o editor de scrapbooks, onde encontrará diversas ferramentas para
criar e personalizar seu álbum. Os conceitos apresentados podem ser percebidos através
da visualização das imagens do projeto finalizado presentes na última etapa deste
capítulo, ou nas imagens que compõem o CD-Rom anexado a esta pesquisa.
Dando continuidade e relacionando o conteúdo que deverá constar em
inspiringme à sua interatividade, criou-se um sitemap (Figura 18) – diagrama que
apresenta a estrutura dos links de um site e suas ligações – para melhor visualizar os
caminhos que o usuário pode percorrer para realizar suas atividades no site, uma vez
que a navegação não é linear.
86

Figura 18 – Esboço de sitemap

Plano de Esqueleto

No plano de esqueleto passou-se a analisar as informações levantadas a fim de


definir a hierarquia das mesmas, os espaços que seriam utilizados, a utilização de
botões, campos de texto, dentre outros elementos. Para isso, foram desenvolvidos
wireframes das telas principais, organizando a disposição de todos os elementos da
interface do site. (Figura 19)
Nesta etapa foram estabelecidos detalhes como o tamanho da fonte para as
descrições dos scrapbooks e para o conteúdo textual em geral, diferindo-os dos títulos e
dos destaques e a utilização de uma grade de quatro colunas para disposição das
imagens na maioria das páginas do serviço. Também foi definido o uso do mouse over
para dispor informações, ou seja, algumas opções só aparecem quando o usuário passa o
cursor do mouse sobre determinado elemento. No caso, com o cursor sobre uma das
fotografias de roupas e acessórios, o usuário encontrará a opção de favoritar tal imagem
ou elegê-la para fazer parte de um de seus scrapbooks, enquanto ao posicionar o cursor
sobre a imagem de um scrapbook é possível saber quantos seguidores e comentários o
álbum possui, além de clicar para segui-lo.
87

Figura 19 – Exemplo de wireframe de uma das telas de inspiringme

Plano de Superfície

Chegando ao último plano que constitui a metodologia utilizada, é possível


constatar que, nas etapas anteriores, o serviço teve seus objetivos esclarecidos, o
conteúdo e as funcionalidades definidas e as informações agrupadas e devidamente
dispostas de maneira coerente para facilitar a navegação do usuário. Conforme previsto
por Garrett (2003), com todo o resto definido passa-se para o design visual da interface.
Apesar de este plano focar no design gráfico dos elementos, as funcionalidades do
serviço web em questão serão apresentadas juntamente à discussão do aspecto estético
da interface, uma vez que o acompanhamento das imagens das telas finais facilita a
compreensão das ferramentas.
Tendo em vista a ideia inicial de ser um serviço fácil de usar, buscou-se utilizar
boas áreas de respiro entre os elementos com a cor branca no fundo, pois essas
88

características proporcionam legibilidade, contrastando com as imagens coloridas que


são o foco de inspiringme. Em relação às cores, optou-se pelo uso do cinza escuro,
quase preto, para os textos em geral, tons de cinza claro em determinados elementos e o
roxo, característico da marca, em alguns links e botões.

Figura 20 – Página inicial de inspiringme

Na tela inicial de inspiringme (Figura 20), buscou-se sintetizar as principais


funcionalidades do serviço, apresentando ao usuário a proposta do site e convidando-o a
expressar o seu estilo e usufruir do serviço. Foi definido que o usuário poderá utilizar
sua conta do Tumblr, Facebook ou Twitter para realizar um cadastro ainda mais rápido
no site, mas se for de sua preferência, é possível cadastrar-se fornecendo nome, e-mail,
senha e url desejada para o perfil. Quando cadastrado, o usuário passa a acessar todas as
funcionalidades oferecidas por inspiringme.

No menu principal, sobre uma faixa em tons de cinza encontram-se os links para
o painel, a seção inspire-se, os favoritos, botão para criar um scrapbook e também a
barra de pesquisa geral do serviço. O topo do site, dividido do restante por uma linha
89

preta horizontal, conta com a marca de inspiringme à esquerda e, à direita, o nome do


usuário que permite o acesso ao seu perfil e configurações.
Ao selecionar a opção de criar um scrapbook, uma nova janela deverá abrir com
o editor de scrapbooks próprio de inspiringme, como é mostrado na imagem a seguir.

Figura 21 – Interface para criação e edição de scrapbooks

Apesar de tratar-se de uma área diferenciada do restante do site, buscou-se a


unidade do projeto mantendo a consistência em relação à estética dos elementos
gráficos, utilizando-se do mesmo esquema de cores e disposição do topo do site, que é
reduzido, mas se mantém também nesta página. O editor de scrapbooks não possui uma
ordem de navegação e o usuário pode ignorar ou retornar etapas sem perder suas
modificações. Este editor se divide em layouts, backgrounds, imagens, stickers e texto.

Layouts: aqui o usuário que deseja criar um álbum de maneira mais rápida irá encontrar
layouts prontos, tendo apenas o trabalho de posicionar as imagens que deseja nos
lugares dispostos e dar um nome ao seu scrapbook. É possível procurar por layouts por
cores ou de acordo com temas predefinidos, como românticos, clássicos, entre outros.
Backgrounds: onde se encontram as imagens que podem ser utilizadas como fundo dos
scrapbooks. Assim como no item anterior, é possível encontrar estes planos de fundo
por cores ou por temas.
90

Imagens: nesta seção o usuário pode pesquisar imagens, acessar suas imagens favoritas
e adicionar novas fotografias que lhe inspirem, tanto de seu próprio computador quanto
de links da web. Ao arrastar as imagens que deseja para o campo de criação e clicar
sobre elas, uma caixa de ferramentas surge para que o usuário possa redimensionar,
girar, cortar, inverter, adicionar sombra ou um recorte diferente à imagem (como no
formato de um coração), movê-la para frente ou para trás das demais e excluí-la, tendo
assim bastante liberdade para personalizar seu scrapbook.
Stickers: Uma das características principais destes álbuns de colagem, os stickers são os
enfeites que compõem o scrapbook e se encontram nesta seção. Estes enfeites podem
ser desde imagens de flores e laços a botões e clipes de papel. Assim como nas imagens,
o usuário pode arrastar os enfeites e editá-los como desejar.
Texto: aqui estão dispostas algumas tipografias que o usuário pode escolher, juntamente
da cor de sua preferência, e adicionar o texto que desejar às páginas de seu scrapbook.

Além destas opções, o usuário pode nomear seu álbum, descrevê-lo em algumas
linhas e salvá-lo em seu perfil, com a opção de torná-lo privado.

A página principal, assim como no Tumblr, é um painel com as atualizações das


pessoas que cada usuário segue. O roxo escuro foi utilizado para identificar os nomes
dos usuários, que são links para seus respectivos perfis, enquanto o cinza escuro
caracteriza o restante dos elementos textuais. Nesta página foram usadas duas novas
cores para diferenciar os tipos de atualizações, como se pode observar na Figura 22:
roxo claro para modificações em scrapbooks que estão sendo seguidos, rosa para os
novos scrapbooks criados pelos usuários que a pessoa segue e azul para indicar que
alguém está seguindo um novo álbum. É possível visualizar todas as atualizações na
mesma tela ou selecionar apenas uma, sendo que estas são identificadas pela borda em
torno das imagens com a cor correspondente. Além disso, uma coluna de atividades
recentes se mantém à direita, indicando novos comentários ou seguidores do usuário
cadastrado.
91

Figura 22 – Painel de atividades dos usuários de inspiringme

Ao clicar no menu inspire-se, o usuário encontra uma página com as principais


imagens do serviço - as com mais notas de favoritos e republicações no Tumblr –
divididas em duas colunas à esquerda e, nas duas colunas à direita, alguns scrapbooks
de destaque dentro do serviço, de acordo com o seu número de seguidores, comentários
e atualizações com novas imagens. Nesta página o usuário pode, portanto, buscar
inspiração além do conteúdo que já está seguindo, encontrando novos álbuns para
acompanhar e imagens interessantes para criar seus próprios scrapbooks. Se o usuário
selecionar a opção scrapbook, que é visível ao passar o cursor sobre as imagens, ele
poderá escolher em qual álbum deseja adicionar a imagem ou criar um novo, então
optando por apenas adicionar a imagem e editar o álbum depois ou fazer as edições no
mesmo momento. Seguindo a primeira opção, a imagem é adicionada numa espécie de
fila de espera do scrapbook e o usuário pode encontrar no seu perfil a sinalização de que
92

há uma imagem aguardando para ser organizada dentro de determinado álbum, uma vez
que ela não será visível até que o usuário a posicione e salve suas alterações.

A parte dos favoritos, semelhante ao recurso de likes do Tumblr, reúne todas as


imagens que o usuário marcou como favorita, por ordem cronológica. Em toda imagem,
ao passar o cursor do mouse, encontra-se o ícone de uma estrela que é cinza quando não
foi marcada como favorita, mas que se torna amarela no momento em que é acionada,
podendo a partir deste momento ser encontrada nesta seção dos favoritos.

Em relação à pesquisa do site, esta pode resultar em três tipos de informação:


imagens, scrapbooks e usuários. As imagens cadastradas na base de dados do serviço,
retiradas do Tumblr, deverão possuir tags que serão percorridas quando os usuários
fizerem uma busca. Como mostra a imagem a seguir, é possível pesquisar por
determinada palavra e visualizar o resultado desta em qualquer uma das três áreas,
sendo que o serviço sempre mostrará primeiro o item que possuir maior quantidade de
informação com determinada palavra.

Figura 23 – Tela que mostra os resultados de uma pesquisa


93

Ao clicar no perfil de um usuário, ou acessá-lo diretamente pela url deste,


encontra-se uma página com algumas informações sobre a pessoa, como uma breve
descrição e links para as redes sociais deste usuário. Nesta página ficam dispostos os
scrapbooks criados pelo dono do perfil, sendo que há a opção de seguir os scrapbooks
individualmente, caso apenas alguns agradem o usuário, ou seguir o perfil inteiro. Desta
forma, podem-se acessar também os seguidores e os perfis que esta pessoa está
seguindo. As informações sobre o dono do perfil encontram-se na coluna à esquerda,
com as informações elencadas através do uso de cores, como o branco ao fundo para
destacar o nome do usuário e a opção de segui-lo, e fundo cinza para o restante das
informações, sendo que no texto dos links é utilizado o roxo escuro, conforme seu uso
em outras páginas do serviço.

Em qualquer página, quando o usuário clica sobre a imagem de um scrapbook,


abre-se uma área por cima da página - que pode ser fechada possibilitando que o usuário
retorne para o exato local do site em que se encontrava – com as imagens do álbum
maximizadas. Aqui é possível visualizar detalhes dos scrapbooks, ver todas as páginas
que os compõem, seus seguidores e comentários feitos pelos usuários, além da opção de
seguir o scrapbook (ou deixar de segui-lo) e compartilhá-lo no Facebook, Twitter,
Tumblr, Blogger ou G+.

Existem algumas diferenças entre o perfil de outro usuário e o perfil do próprio


usuário, que efetuou login e está visualizando as páginas. No próprio perfil, além das
informações supracitadas, existem as opções de editar ou excluir scrapbooks. Além
disso, o usuário pode visualizar quais scrapbooks estão devidamente organizados e
totalmente visíveis para as pessoas e quais os que aguardam sua edição – no caso, a
ação de entrar no editor de scrapbooks e posicionar as imagens, backgrounds e stickers
que desejar – caso ele tenha selecionado imagens e optado por organizá-las em outro
momento. Se o usuário enviou imagens de seu computador para o inspiringme a fim de
usá-las em seus scrapbooks, estas poderão ser encontradas tanto no editor quanto no
link imagens enviadas disponível no menu junto ao nome do usuário, no canto superior
direito de todas as telas do serviço.

Ainda, neste menu encontram-se outras informações relacionadas ao usuário,


como a possibilidade de encontrar amigos que utilizam o serviço, alterar as
94

configurações de sua conta, acessar a página de ajuda ou sair do site para efetuar login
no próximo acesso. As informações diretamente relacionadas ao inspiringme
encontram-se no rodapé das páginas.

Numa visão geral em relação ao plano de superfície, o design visual do site


mantém uma consistência entre seus elementos, utilizando-se dos mesmos recursos
gráficos para os botões, cores para títulos e links, uso de cinza escuro e linhas
horizontais sobre fundo branco para diversos elementos e bordas ao redor das imagens,
presentes em todas as páginas de inspiringme. A opção pelo uso do preto, branco, tons
de cinza e apenas o roxo para contrastar na grande maioria das áreas do site conferiu à
aparência do site certa leveza, sem a possível monotonia que a pequena escala de cores
poderia ocasionar, visto que as imagens utilizadas constantemente nas telas projetadas
são das mais variadas cores e garantem vida à estética geral das páginas do serviço web
idealizado e desenvolvido como proposta prática deste trabalho.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
96

Considerações finais

Dependemos da comunicação e a comunicação depende da informação e de seus


meios veiculadores. Da mesma forma, vivenciamos uma cultura amplamente integrada
às tecnologias, que constantemente nos apresentam novas formas de transmitir
mensagens, propagar informações. O meio digital expande-se; é cada vez mais utilizado
e valorizado sem perspectiva de esgotamento, tamanhas são as suas possibilidades. A
internet não é mais apenas um instrumento, é o principal meio de comunicação dos
últimos anos e dos próximos que virão.
A avidez com que buscamos e geramos, diariamente, novas informações através
dos mais variados serviços que encontramos na web é uma das características
dominantes da sociedade atual. Este fator ocasiona o caos informacional, o excesso de
dados que nos desperta a ansiedade e a incapacidade de absorver ou lidar com a
quantidade de conteúdo que nos deparamos todo dia. Neste sentido, como usuários,
precisamos de maneiras de filtrar a informação para que consigamos obter conteúdo de
nosso interesse e realizar nossas atividades online da melhor maneira possível. O
profissional de design é então incumbido desta complexa tarefa de desenvolver
dispositivos que auxiliem os usuários a encontrar o que procuram, proporcionando boas
experiências e diminuindo a ansiedade de informação.
A primeira parte desta pesquisa tratou sobre estas questões, discorrendo acerca
do processo de comunicação e disseminação informacional, bem como as características
dos tipos de informação e a maneira com que as pessoas assimilam os dados, de modo a
elucidar a importância deste conhecimento aos designers, profissionais que precisam
lidar com a informação. Igualmente, discorreu-se a respeito dos serviços web e a
relevância do design neste sentido, expondo conceitos sobre serviços que contribuem na
difusão de informação, como os blogs e os microblogs.
Com a compreensão suscitada pela explanação das questões levantadas, pode-se
estabelecer sua relação com o serviço web objeto deste trabalho, a plataforma de blogs
Tumblr, introduzindo assim a segunda parte da pesquisa. Com o objetivo de mensurar o
potencial do Tumblr a fim de mostrar como este pode ser útil ao design de serviços web
em geral, passou-se a analisar as funcionalidades do serviço para então gerar o
mapeamento destas. Depois de identificadas as possibilidades oferecidas pela
plataforma, foi elaborado um questionário com o intuito de investigar junto aos usuários
97

do Tumblr como estes enxergam o serviço, que uso fazem das ferramentas e quais das
funcionalidades constituintes da plataforma são consideradas mais relevantes.
Analisando as respostas e contrapondo-as às funcionalidades identificadas e aos
conceitos expostos pode-se obter uma compreensão multilateral da problemática do
Tumblr enquanto plataforma de blogs e do Tumblr enquanto qualificador de outros
serviços web.
A partir disso pode-se unir o entendimento geral da plataforma em relação ao
seu poder comunicacional com as possibilidades geradas por suas ferramentas e a
apropriação feita das mesmas pelos usuários, ampliando o nível de coerência entre as
informações. Deste modo, foram sistematizadas as recomendações para o design de
serviços web com o intuito de indicar as formas possíveis de se utilizar o conteúdo e as
funcionalidades do Tumblr como agregadores de valor a estes serviços. Pôde-se
verificar que a informação geral oriunda da plataforma – tanto o conteúdo postado pelos
usuários quanto as funções congênitas do serviço – pode ser de valia para diversos tipos
de serviço web, de modo que não foi julgado adequado restringir as recomendações
apenas aos serviços semelhantes ao desenvolvido como proposta prática desta pesquisa.
É sabido que não existem fórmulas para alcançar a excelência e no caso do
design para web, a diversidade de usuários acaba implicando na diversidade de serviços
que, muitas vezes, focam seu desenvolvimento em nichos específicos, adquirindo visões
mais pontuais sobre suas metas e seu público-alvo – visto que cada serviço está
condicionado ao contexto em que foi criado e será utilizado. Debruçando-se sobre este
ponto de vista é que foram mapeadas as funcionalidades do Tumblr e sistematizadas as
recomendações, com o objetivo de sugerir que o processo de design destes serviços
encontre na plataforma em questão informação útil para aprimorar seus projetos.
Como proposta prática deste trabalho, buscou-se sintetizar os aspectos teóricos
estudados e as informações colhidas com o questionário, o mapeamento e a organização
das recomendações através do desenvolvimento de um serviço web simples que visa
apresentar complementaridade entre as funções estética e prática com enfoque no ramo
da moda, utilizando o conteúdo e as funcionalidades do Tumblr em seu projeto. O
design deste serviço contribuiu para a pesquisa ao utilizar as informações geradas por
esta para a criação de um serviço web com base no Tumblr, logrando-se do conteúdo da
plataforma e readequando suas funcionalidades de modo a qualificar seu próprio
desenvolvimento e, por conseguinte, demonstrando como a informação do Tumblr pode
agregar valor ao design de serviços web.
98

As informações reunidas - provenientes de meios distintos como as bibliografias


e artigos, a análise das funcionalidades do Tumblr, as respostas obtidas com o
questionário aplicado e as considerações que levaram à sistematização de
recomendações para o design de serviços web com base no Tumblr - aliaram dados
teóricos e operacionais que convergiram ao tema do design de serviços web e do
Tumblr como agregador de valor a este processo. Ao final do trabalho pôde-se concluir
que este atendeu satisfatoriamente o problema que conduziu a pesquisa, desvendando o
potencial da plataforma estudada e possibilitando que novos projetos de serviços web
utilizem-se da informação colhida, além de deixar caminhos para que novas pesquisas
aprofundem o estudo do Tumblr e do desenvolvimento de serviços web.

Recomendações para futuros trabalhos

Tendo em vista as informações geradas por este trabalho e o fato de que o objeto
estudado é uma plataforma recente e ainda não existem pesquisas que tratem sobre o
Tumblr explorando seu potencial, propõe-se sugestões para o desenvolvimento de
futuros trabalhos.

 Analisar a maneira com que os usuários do Tumblr apropriam-se da plataforma e


dão novas funções às ferramentas disponíveis;
 Aprofundar o estudo do Tumblr como rede social, explorando as formas com
que os laços sociais se estabelecem com a utilização do serviço;
 Aprofundar a relação do Tumblr com as plataformas de blogs tradicionais de
modo a investigar a razão pela qual o serviço é visto como mais convidativo que
as plataformas semelhantes;
 Analisar a efetividade das recomendações com base no Tumblr para o design de
serviços web segundo uma análise quantitativa, a fim de produzir uma
generalização de dados;
 Aplicar a informação gerada por esta pesquisa em agências de desenvolvimento
web de modo a comprovar sua viabilidade do ponto de vista mercadológico;
99

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ZAGO, Gabriela. Dos blogs aos microblogs: aspectos históricos, formatos e


características. In: GT História da Mídia Digital do VI Congresso Nacional de História
da Mídia. Niterói, 2008.
Nota da autora

Débora Pires Tavares é graduanda em Design Digital pela Universidade Federal de


Pelotas. Costuma trabalhar como freelancer no desenvolvimento de banners e websites.

É usuária assídua de redes sociais e as inclui em seus interesses profissionais e


acadêmicos, interessando-se também pelo desenvolvimento de hipermídias cuja
essência esteja em proporcionar a melhor experiência para os seus usuários.

A autora acredita que a excelência do design independe de fórmulas e o profissional


deve aliar planejamento, visão das necessidades de cada projeto e de seus usuários,
processo criativo e técnica, mantendo-se na constante busca por aperfeiçoamento.

Débora Pires Tavares


deboraptav@gmail.com
http://deboratavares.tumblr.com
Débora Pires Tavares

PROJETANDO A INFORMAÇÃO:
MAPEAMENTO DE FUNCIONALIDADES DO TUMBLR
VISANDO O DESIGN DE SERVIÇOS WEB

Questionário com usuários do Tumblr

ANEXO I
RESPONDENTE 1

1 Qual a sua idade?


30

2 Sexo
Feminino

3 Qual a url do seu Tumblr?


anamargarites

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Mais de uma vez por dia

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Eu comecei a utilizar por que era um jeito muito fácil de "colecionar" imagens, vídeos e
citações interessantes que vou encontrando pela Internet. Com o passar do tempo,
comecei também a valorizar o aspecto mais "social" da ferramenta, já que os tumblrs
normalmente nos dizem muito sobre o seu autor. Acabei fazendo amigos lá. :)

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem, citação, vídeo

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Imagem

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Costumo republicar bastante. À medida em que minha rede foi crescendo, eu passei a
repostar cada vez mais. Ainda assim, procuro alimentar o tumblr também com coisas
"de fora" dele (vídeos do youtube, imagens de outros sites, etc).

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


O meu tumblr é bem caótico. Ele é um diário das minhas obsessões; tudo que eu mais
gosto está lá - tem muita coisa de música, cinema, literatura e alguns memes. Eu gosto
de ver o meu log do tumblr e ver as minhas obsessões se sucedendo. :)

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Conteúdo gerado por mim mesma? Não... pra isso eu uso o twitter ou o meu blog. O
tumblr é meu "scrapbook". :)

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Às vezes
12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Curioso, nunca utilizo essa ferramenta. Meus contatos são meu meu único filtro para o
tumblr. :)

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Eu utilizo pra demonstrar que gostei de alguma postagem (mas não a ponto de repostar,
hehe) e também pra marcar conteúdo aonde quero voltar depois - por exemplo, um
vídeo ou um texto que não tive tempo de ver/ler inteiro.

14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?


Raramente! Só visito os perfis de amigos quando vou adicioná-los, e depois
acompanho as atualizações pela minha dashboard.
No entanto, se eu fico muito tempo se entrar no tumblr, eu dou uma rápida olhada nos
meus tumblrs favoritos pra ver o que foi postado de novo.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Eu acho o tumblr maravilhoso - a facilidade de postagem foi o que me chamou mais
atenção desde o princípio. Mesmo assim, aqui vão uma ou duas coisas que eu incluiria:

- Acho que o tumblr poderia valorizar mais o aspecto "social" da ferramenta. O "explore
tumblr" pra mim é muito limitado - outras coisas poderiam ser adicionadas ali além das
tags mais populares. Por exemplo, quais são os tumblrs com mais seguidores, quais
foram os posts mais reblogados, etc.

- Ainda no aspecto "socialidade", também acho que o tumblr poderia me sugerir pessoas
para seguir, de acordo com as palavras chave que eu mais utilizo.

- Acho que uma ferramenta de comentários integrada ampliaria muito mais as


"conversas" e a sociabilidade no tumblr.

- Seria legal se o usuário pudesse ter uma lista de tumblrs favoritos, não apenas posts
favoritos. Assim, a gente poderia "filtrar" a nossa dashboard, vendo apenas os posts dos
favoritos, e não todas as publicações.

Acho que é mais ou menos isso :)


RESPONDENTE 2

1 Qual a sua idade?


22

2 Sexo
Masculino

3 Qual a url do seu Tumblr?


alittlenolife

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Mais de uma vez por dia

5 Por que você utiliza o Tumblr?


para passar o tempo, ver imagens de novos filmes, series, etc.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Imagem

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


sim, costumo, reblogo mais ou menos umas 15 fotos por dia.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


conteúdo quase sempre gay, ou citações de amor, paixão, etc

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


raramente, acho que postei no máximo umas 3 ou 4 fotos originais, de mais de 1000 que
já postei .

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Às vezes

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
sim, costumo, normalmente para buscar quotes de filmes e séries

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


sim, uso o "like" bastante, para organizar futuros posts e alguns que eu gostei bastante
mas nao reblogaria
14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?
Nao muito, visito tumblrs aleatórios, algumas vezes, por acaso, acabo entrando no
tumblr de algum amigo

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Os followers nao aparecem mais na dashboard, e sim na página dos posts do próprio
tumblr, achei isso bem ruim, gosto de ver quem está me seguindo e ir olhar o tumblr da
pessoa pra ver se vale a pena segui-la também. e os aplicativos para iPhone do tumblr,
que já foram melhorados, poderiam receber mais alguns ajustes, como as atualizaçoes,
conforme voce vai descendo na dashboard ele vai travando e nao exibe todos os posts
que lá estão.
RESPONDENTE 3

1 Qual a sua idade?


18

2 Sexo
Femino

3 Qual a url do seu Tumblr?


just-random-thoughts

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Mais de uma vez por dia

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Para ver fotos/gifs interessantes

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Imagem, áudio

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Sim. Todos os dias, várias vezes ao dia.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Fotos de pessoas, paisagens. Às vezes de determinadas séries e bandas que gosto, filmes
da Disney, etc.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Sim, de uma a duas vezes por semana

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Nunca

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Atrizes/atores, cantores ou bandas.

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Sim. Para organizar postagens futuras e salvar fotos que gostei mas que não condizem
muito com o estilo do meu Tumblr (coisas escritas e certos gifs que distorceriam o
template do Tumblr).
14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?
Sim, para procurar algo interessante para reblogar.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Sim. As mensagens recebidas poderiam continuar na caixa de entrada mesmo depois de
respondidas, assim seria mais fácil continuar trocando mensagens com as pessoas.
RESPONDENTE 4

1 Qual a sua idade?


18

2 Sexo
Feminino

3 Qual a url do seu Tumblr?


jigsawomenwithorrormovieshoes

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Mais de uma vez por dia

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Porque é uma forma de acompanhar o que acontece nos fandoms que participo e de
compartilhar ideias com pessoas de outros lugares. Também gosto das fotos, dos memes
e gosto de me distrair quando não tenho nada para fazer.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem, citação, áudio

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Texto, imagem

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


É o que eu mais faço no Tumblr

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Posto de tudo um pouco e de acordo com meu gosto. Na maioria das vezes
fotos/músicas de bandas que gosto, quotes de filmes/séries que assisto e algumas
imagens com textos românticos e etc.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Às vezes. Mais de uma vez por semana, talvez.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Quase sempre

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Sim. Filmes, séries, bandas e atores/cantores em específico.

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


De guardar as imagens para usar posteriormente.
14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?
Não.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Acho que eles poderiam adicionar uma ferramenta em que fosse possível tu reblogar o
post na mesma página, sem se perder na dashboard e sem ter que abrir o post numa aba
nova apenas para reblogar.
RESPONDENTE 5

1 Qual a sua idade?


19

2 Sexo
Feminino

3 Qual a url do seu Tumblr?


menyne

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Semanalmente

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Porque ele é bem simples, fácil de se mexer. Eu posso por exemplo, sem sair do
dashboard, ver as atualizações das pessoas que eu sigo sem ter que ir na pagina delas.
Tem um design muito bonito.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Imagem, citação

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Quase tudo no meu tumblr é reblogado de algum outro

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Pessoas tatuadas, roupas, sapatos, bolsas ( coisas que estão na moda), gifs de pessoas
em algum tipo de comportamento, animes, bandas, meus ídolos dos anos 60.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Não. Sigo pessoas que tenham gosto similar ao meu então na maioria das vezes elas
acabam postando o que eu queria.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Nunca

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Não.

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Não.
14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?
Bem poucas vezes, vou quando a pessoa posta com frequência algo que é de meu
interesse.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Não tenho nada a acrescentar.
RESPONDENTE 6

1 Qual a sua idade?


17

2 Sexo
Feminino

3 Qual a url do seu Tumblr?


depoisde.tumblr.com

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Mais de uma vez por dia

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Eu utilizo o Tumblr pelo simples fato de que é uma rede social que une minhas maiores
paixões: Fotografia, escrita e internet. Além de você poder ter tudo que gosta ali, e
consequentemente compartilhar com as outras pessoas. Também fica fácil saber quais
os gostos em comum com seus amigos ou conhecidos através do "Reblog" e do "Liked"
em seus posts.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Texto, imagem, citação

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Texto, imagem, citação

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


99% do meu Tumblr é composto por reblogs de amigos, de pessoas que sigo ou apenas
das coisas que encontro por aí e acho suficientemente interessante.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Eu atualizo-o de forma aleatória. Reblogando através dos posts que meus amigos fazem
e aparecem na minha dashboard ou procurando por tags - filmes, fotos, gifs, seriados,
desenhos, músicas - sem nada específico.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Eu raramente posto algum conteúdo no meu Tumblr. Isso só ocorre quando encontro
algo que seja interessante e que eu queira compartilhar com meus seguidores - ou não -
pela minha página.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Quase sempre
12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Eu costumo buscar algum assunto especifico do qual estou interessada no momento.
Como por exemplo gifs e fotos dos seriados que assisto, frases de escritores que gosto
ou músicas, sempre utilizando as tags. Acredito que elas facilitam muito pela busca de
algo mais específico.

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Raramente. Eu uso a "like" apenas para salvar posts dos quais eu queira reutiliza-los em
alguma outra atividade na internet ou fotografias das quais quero mantê-las a salvo e
não perder em meio aos meus reblogs.

14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?


Grande maioria deles. Temos gostos em comum, fica fácil de achar algum conteúdo que
me agrade na página dos mesmos. Além de que, é sempre bom dar uma olhada e
descobrir um pouco mais sobre nossos amigos, coisas que não sabemos ou deixamos de
perceber.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Eu acho que a questão do html é a parte mais complicada do tumblr, talvez se houvesse
algum modo de simplificar nossas modificações nos themes e coisas desse gênero, seria
bastante útil. E também saber quem nós seguimos e não nós seguem. Eu não sei se
existe algum programa pra isso, mas é complicado saber quem eu sigo, visto que não
existe nenhuma lista, apenas os posts das pessoas aleatoriamente.
RESPONDENTE 7

1 Qual a sua idade?


19

2 Sexo
Masculino

3 Qual a url do seu Tumblr?


http://peduzzi.tumblr.com

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Uma vez por dia

5 Por que você utiliza o Tumblr?


É um meio de eu me expressar por imagens e também de me divertir e estar sempre em
contato com culturas diferentes.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem, citação

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Imagem, citação

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Sim. Em torno de 1 postagem por dia.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Não possuo uma temática específica. Giro em torno de imagens e citações das quais eu
gosto, sejam elas inspiradoras, profundas ou apenas engraçadinhas.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Às vezes. Uma vez por semana, mais ou menos.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Nunca

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Não

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Não.
14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?
Apenas acompanho-os quando verifico a timeline. Creio que até seria interessante estar
sempre acompanhando todo mundo, mas acabo não encontrando tempo suficiente pra
isso.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Penso que para os que não possuem muito conhecimento de
design/codificação/programação seja um tanto difícil de construir um layout exatamente
como se deseja, apesar de não possuir nenhum embasamento para achar isso.
RESPONDENTE 8

1 Qual a sua idade?


15

2 Sexo
Masculino

3 Qual a url do seu Tumblr?


vulgodrama

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Mais de uma vez por dia

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Por poder transformar o que sinto e penso.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem, citação

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Texto, imagem, citação

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Sempre

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Imagens em preto e branco e citações.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Sim. Sempre que tenho um poeminha, meu, novo. Geralmente, uma vez por semana.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Nunca

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Sim. Normalmente (e infelizmente), cutting.

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Ter as coisinhas mais bonitinhas, para ver depois.
E não procurar tanto.
14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?
Apenas um. O da @a_heartache. Porque é o que mais me identifico.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Postagens repetidas deveriam ser bloqueadas na hora de publicar. Acho.
RESPONDENTE 9

1 Qual a sua idade?


23

2 Sexo
Feminino

3 Qual a url do seu Tumblr?


http://fuckingseason.tumblr.com

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Mais de uma vez por dia

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Porque é o lugar onde eu encontro as coisas que eu gosto. Sigo pessoas com as quais me
identifico e que postam coisas que julgo interessantes. O tumblr é onde encontro
pessoas mais parecidas comigo, sou parte de um grupo de pessoas que adoram música,
fotos de bandas e pessoas bonitas. Através do tumblr também tenho acesso a boas
referências de design, que é a área na qual trabalho e estudo.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Imagem

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Reblogo milhares de postagens todos os dias.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


No geral o que mais reblogo são fotos e gifs de bandas e pessoas bonitas que são mais
ou menos do mesmo estilo que eu. Eventualmente reblogo outras coisas como, por
exemplo, vídeos. Mas, na maioria das vezes, as minhas postagens e meus "reblogs" são
relacionados a música.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Sim, posto conteúdos gerados por mim, como fotos e gifs, no mínimo duas vezes por
semana.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Quase sempre
12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Sim. Busco por nome de bandas ou cantores ou então tags para encontrar pessoas e
tribos (cute girl, suicide girls, etc).

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Sim. Utilizo, claro, quando eu gosto muito mesmo de alguma postagem, mas,
principalmente, para guardar publicações que eu nao queira reblogar ou publicações que
eu rebloguei mas quero ter acesso mais facilmente a elas (buscar nos likes, no meu caso,
é bem mais rápido que buscar nas minhas postagens ou atraves das tags utilizadas por
mim).

14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?


Visito, mas não de todos. Costumo visitar meus tumblr favoritos todos os dias, para ver
que eles não postaram algo do meu interesse enquanto eu nao estava vendo. A visita
tem o objetivo principal de achar mais imagens para reblogar.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Na verdade, a mudança que eu gostaria que acontecesse é uma que ja aconteceu mas
eles voltaram atrás.
Durante um período, quando se reblogava uma foto com tags, as tags que ja haviam sido
colocadas em reblogs anteriores (ou na própria publicação do post) eram mantidas,
então na minha caixa de tag na tela de reblog ja vinham todas essas tags
automaticamente. No meu caso, que uso tags, isso facilitava bastante o meu trabalho.
Faz um tempinho que o tumblr tirou essa função.
RESPONDENTE 10

1 Qual a sua idade?


20

2 Sexo
Masculino

3 Qual a url do seu Tumblr?


http://prayersyourwhispers.tumblr.com/

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Mais de uma vez por dia

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Inicialmente por tédio. Após usar com maior frequência comecei a gostar.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Imagem

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Sim, praticamente todo o tempo que estou usando o tumblr.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Geralmente relacionado a música, a um estilo.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Sim, raramente

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Às vezes

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Raramente, quando utilizo busco conteúdo relacionados à música.

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Não.
14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?
Não. Por que vejo o conteúdo do que eles postam na minha dashboard.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Não.
RESPONDENTE 11

1 Qual a sua idade?


23

2 Sexo
Masculino

3 Qual a url do seu Tumblr?


causeiamawesome.tumblr.com

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


De 3 a 5 vezes por semana

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Porque ele tem postagens fáceis, rápidas, suporta várias mídias, me possibilita trabalhar
de várias maneiras dentro dele, montando portfólio, postando conteúdos que acho
interessante, que me marcam e que quero compartilhar ou até mesmo montando um
banco de ideias interessantes e criativas para futuras consultas.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Imagem, vídeo

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Sim, praticamente toda vez que uso o Tumblr reblogo uma média de 2 a 3 conteúdos.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Misto mas não de tudo. Posto coisas "geeks", relacionadas a games, imagens
engraçadas, ideias interessantes, citações marcantes de séries e filmes, entre outras
coisas do gênero.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Sim, mas não muito frequente. Uma média de 1 original a cada 10 ou15 reblogs mais ou
menos.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Sempre

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Utilizo bastante a busca por tags, buscando por nomes de jogos, nomes de séries e de
filmes por exemplo.
13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?
Utilizo para marcar coisas que eu gosto e que ainda não quero republicar, pra não perder
o post de vista, pode-se assim dizer. Algumas eu reblogo depois, outras fica só para
consultas posteriores mesmo.

14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?


Não, geralmente depois que sigo, acompanho somente pela dashboard mesmo.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Bem pouca coisa, acho que apenas deixaria mais acessível o acesso direto aos blogs das
pessoas que eu sigo e que a tela de reblogar fosse em pop-up, pois isso deixaria a
postagem de conteúdo mais rápida.
RESPONDENTE 12

1 Qual a sua idade?


18

2 Sexo
Feminino

3 Qual a url do seu Tumblr?


jasuisperdu

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


De 3 a 5 vezes por semana

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Por que ele é prático, super acessível, tem um layout que pode ser personalizado. Como
eu não sou muito boa em escrever textos eu transfiro nas fotos o que me chama mais
atenção na vida. Trato de moda, música e comportamento. E as vezes do meu próprio
comportamento.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem, citação

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Imagem, Citação, Áudio, Vídeo

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Ahh, com muita frequência.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Eu costumo seguir um padrão de foto no tumblr, como por exemplo, as fotos em preto e
branco, ou na escala de cinza. Adoro! Mas fotos que também traz tons pastéis. Como o
meu blog é preto e branco, acho que assim deixa tudo mais uniforme. Tenho outro
tumblr onde posto só coisas ligado a pin-up, rockabilly e psicobilly. Já posso dizer que
esse é uma zona de cores e misturas.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Sim, mas não com muita frequência. Se eu tiro uma foto e gosto dela eu posto. Se estou
lendo um livro e tem um trecho que me chama a atenção, também posto. E se acontece
algo muito legal, ou muito ruim na minha vida e que quero compartilhar ai eu escrevo
textos gigantes (risos). Mas a maioria das fotos e citações eu reblogo.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Às vezes
12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Sim. Costumo buscar sobre moda e arte.

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Eu utilizo pra mostra que gostei da postagem mas que não tenho o intuito de reblogar.
Quando a postagem é legal e combina com o tumblr ou, simplesmente, me chama muito
a atenção, eu reblogo.

14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?


Não muito, vou acompanhando no meu Dashboard.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Eu gosto bastante do tumblr pelo fato de ele ser completo e ter um designer muito
confortável. Não tenho reclamações nem sugestões. Acredito que se melhorar estraga
(risos).
RESPONDENTE 13

1 Qual a sua idade?


22

2 Sexo
Masculino

3 Qual a url do seu Tumblr?


bereadytosmile.tumblr.com

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


De 3 a 5 vezes por semana

5 Por que você utiliza o Tumblr?


O Tumblr é uma ferramenta única que possibilita o compartilhamento de imagens,
vídeos, textos e músicas com uma facilidade tremenda. A função de "reblog" leva a um
outro nível o tão conhecido botão Curtir do Facebook. É uma espécie de "Gostei disto,
quero postar também, e ao mesmo tempo mostrar para os meus amigos". Sem contar
que, com esta função, o conteúdo do Tumblr nunca fica estático, e talvez este seja o
maior atrativo da ferramenta. Todos os dias aparecem milhares de atualizações no meu
Dashboard, e visualizar estas torna-se um excelente passatempo pra mim, que sou
apreciador de imagens que traduzem emoções.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Texto, Imagem

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Toda vez que eu entro no Tumblr reblogo, no mínimo, uns cinco posts.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


O meu Tumblr é uma espécie de "me conheça melhor". Nele eu posto todas as coisas
relacionadas com meus gostos pessoais, estado de humor no momento da visita, e claro,
coisas divertidas, hehe. Se eu fosse resumir o conteúdo do meu tumblr, eu diria que ele
é cheio de cachorros, basquete e coisas relacionadas a jogos de video game (não posso
esquecer de citar a Megan Fox também, moahahaha).
10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?
Posto sim, não com muita frequencia, mas posto. Dos 250~ posts que eu tenho, devo ter
postado conteúdo original apenas umas 20 vezes :/
Acho que talvez eu não seja o único a fazer isso. Pelo que eu noto no Tumblr, as
pessoas que utilizam ele são como eu: Gostam de mostrar seus gostos e sentimentos
através de imagens/textos, mas não tem tempo hábil para ter um blog próprio, e
atualizá-lo constantemente. É aí que a função reblog entra novamente :)
Sempre que nós, usuários, achamos algo que tem a ver com o que estamos sentindo no
momento, ou que está ligado diretamente com nossos gostos, reblogamos, hehe x)

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Às vezes

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Nunca utilizei.

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Eu geralmente utilizo a ferramenta Like, tanto no Tumblr quanto no Twitter, não só para
dizer que realmente gostei de uma coisa, mas também pra eu lembrar dela mais tarde,
eahuehah
No tumblr, até hoje, só dei Like em um post, que era um texto no qual eu gostei e que
eu gostaria de ler novamente no futuro.

14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?


Visito apenas alguns de amigos que tem o gosto parecido com o meu (o seu é um deles
Débora, ueahueahea) e o da minha namorada (soscreamit.tumblr.com), porque as
imagens que ela rebloga ou posta sempre dizem o estado de humor dela, e né, assim
posso saber se eu ando acertando ou errando com ela, ueahueaheuahua

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Não tenho idéias claras sobre funções para propor, mas acho que a ferramenta precisava
de um modo um pouco melhor de interação com outros usuários, pois as Asks são muito
pouco usadas.
RESPONDENTE 14

1 Qual a sua idade?


20

2 Sexo
Masculino

3 Qual a url do seu Tumblr?


dentrodaideia

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Mais de uma vez por dia

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Começou com um desejo de reunir citações, imagens e vídeos, todos em um só lugar,
sem dar importância à opinião alheia. Já hoje utilizo basicamente como inspiração no
dia-a-dia e como forma de expressão também, afinal basicamente todas as coisas que eu
gosto estão retratadas nos reblogs feitos diariamente.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem, citação

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Texto, Imagem

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Sim, muito. Vou percorrendo a dashboard, abrindo os conteúdos em novas abas e
reblogando em larga escala. Repito o processo mais de uma vez ao dia quando tenho
tempo livre, o que gera um grande número de reblogs diários.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Costumo publicar/reblogar conteúdos relacionados a lugares que transmitam paz,
lugares paradisíacos; música e bandas que gosto; esportes como skate, surf e futebol;
pessoas em geral, principalmente retratos; gifs e imagens engraçadas; animais; casas
que se destacam pela sua arquitetura; tatuagens; e ainda algo relacionado a livros,
citações e bibliotecas.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


No início postava bem mais conteúdos próprios, até por não seguir muitos tumblrs
interessantes. Hoje em dia raramente posto, e acabei aderindo aos reblogs.
11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?
Nunca.

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Raramente. Quando utilizo, busco normalmente algumas séries ou filmes, como How I
Met Your Mother, Friends, Prison Break, Natureza Selvagem, entre outros. Mais
raramente ainda, as utilizo buscando livros e quotes dos mesmos.

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Utilizo em pequena escala, somente para organizar um conteúdo específico mesmo,
como uma imagem/texto que realmente gostei e que gostaria de acessar com facilidade
depois.

14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?


A maioria dos meus amigos não têm Tumblr, infelizmente, mas os que possuem
costumo visitar sim, e vejo várias páginas procurando algo legal e interessante.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Acho que só a respeito dos layouts, talvez pudesse haver uma diminuição no custo dos
pagos, e uma gama ainda maior de layouts free. De resto, acho o site completo e de fácil
acesso, sem grandes complicações para se acostumar com o mesmo e aproveitá-lo.
RESPONDENTE 15

1 Qual a sua idade?


20

2 Sexo
Feminino

3 Qual a url do seu Tumblr?


http://lluaraq.tumblr.com/

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Mais de uma vez por dia

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Utilizo como forma de expressão, principalmente para escrever. Há também o uso de
imagens que torna as postagens muito mais significativas. O tumblr também me fornece
reconhecimento pelo meu trabalho, através de pessoas que passam a gostar e me
acompanhar, além de ser uma ótima forma de entretenimento.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Texto, Imagem, citação

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Texto, Imagem, citação

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Costumo, mas raramente. Só reblogo quando é algo que era eu quem queria ter escrito,
sabe? Só quando há uma identificação completa.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Meu tumblr é baseado no que eu sinto e no que os outros sentem. Gosto de mostrar que
ninguém sente sozinho, sabe? Mas, o meu humor influência muito, até porque acredito
que é preciso ser verdadeiro em suas postagens; é uma forma de ser fiel aos meus
seguidores e assim tornar o tumblr um meio concreto de bons conteúdos.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Digamos 95% do meu tumblr é de conteúdo original. Como disse, uso ele como forma
de divulgar o que eu sinto e escrevo; e como ele hoje é um meio abrangente para se
expressar, facilita muito para quem gosta de postar o que faz.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Sempre.
12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Dificilmente. E se procuro é quando quero algum trecho de algum escritor.

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Utilizo pra sinalizar o que eu gostei, o que achei legal mas muitas vezes foge do meu
estilo de postagens.

14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?


Costumo, mas acompanho mais mesmo pela dash. Porque é uma maneira de estar
presente no dia deles, pois muitas vezes criamos amizades à distância.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Gosto da estrutura do tumblr, achei um projeto original e dinâmico que proporciona
coisas super legais a quem vive nesse meio. Não consigo pensar em nada no momento
que pudesse ser modificado, mas tenho certeza que há ainda muito a melhorar!
RESPONDENTE 16

1 Qual a sua idade?


20

2 Sexo
Feminino

3 Qual a url do seu Tumblr?


gardens-state

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Mais de uma vez por dia

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Gosto da maneira prática e fácil que o Tumblr funciona. Tudo o que eu gosto
está ali, e é raro posts que não me agradam - porque sigo pessoas que gostam de
praticamente tudo o que eu gosto.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Texto, Imagem, citação

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Texto, Imagem, vídeo

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Quase sempre, é o que eu mais costumo fazer.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Posto "um pouco de tudo", quando gosto da imagem/gif, do texto. Tenho algumas
temáticas que mais aparecem (alguns filmes, atores, séries de TV), mas não é
especificamente sobre isso. Também tem bastante coisa relacionada à bandas que eu
gosto.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Posto pelo menos uma vez por semana.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Sempre.

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Tenho uma tracked tag de Avengers (o filme da Marvel) e às vezes procuro nome de
atores. Mas não é sempre, exceção feita à tracked tag de Avengers.
13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?
Uso, apenas para postagens que eu gosto. Às vezes eu dou uma olhada nos meus likes.

14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?


Não, a não ser que eu os siga. Acho desnecessário a ideia de "visitar" um tumblr, porque
eu posso segui-los. Se eu não sigo, é porque não me interessa, então não visito.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Acho que não. No máximo, quando a pessoa te manda uma resposta pelo tumblr você
não ter que copiar e colar num post, mas clicar em algum botão e ele automaticamente
fazer isso. Mas acho que de resto, nada!
RESPONDENTE 17

1 Qual a sua idade?


19

2 Sexo
Feminino

3 Qual a url do seu Tumblr?


watschen

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


De 3 a 5 vezes por semana

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Porque o Tumblr é repleto de imagens que expressam o que eu sinto. Seja a foto de uma
cena de algum filme, ou simplesmente a foto de uma pessoa com expressão feliz, alegre,
etc.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Imagem

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Sim, na maioria das vezes.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Cenas de filmes, fotos de bandas e artistas que admiro, estilos de roupas que eu gosto,
desenhos com citações.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Não muito. Só quando encontro uma imagem que nunca vi no tumblr antes.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Nunca.

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Não. Normalmente só olho a minha "dashboard" mesmo.

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Sim. Pra marcar imagens que podem ser postadas posteriormente, ou imagens que não
"combinam" com o meu tumblr, mas que eu gostei mesmo assim.
14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?
Não. Nenhum dos meus amigos tem uma conta no tumblr. Só visito os das pessoas que
eu sigo.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Hm... acho que ele poderia ter um contador de visitas próprio, sem precisar instalar
nada.
RESPONDENTE 18

1 Qual a sua idade?


23

2 Sexo
Feminino

3 Qual a url do seu Tumblr?


http://vivioleta.tumblr.com/

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Semanalmente

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Principalmente para compartilhar sentimentos através textos, imagens... Mas as vezes é
só pra compartilhar coisas que acho legal, sem tem nada a ver com sentimentos.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Texto, Imagem

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Texto, Imagem

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Muitas vezes, quase sempre que entro

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Um pouco de tudo, depende do meu humor no dia

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Não muito, raramente

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Às vezes.

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Não.

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Para guardar coisas que não quero reblogar mas também não quero perder
14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?
Raramente, só quando postam um link em outro lugar e que me interesse

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Não consegui pensar em nada no momento, acho que gosto dele do jeito que é
RESPONDENTE 19

1 Qual a sua idade?


16

2 Sexo
Feminino

3 Qual a url do seu Tumblr?


thelastchristmas.tumblr.com

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Uma vez por dia

5 Por que você utiliza o Tumblr?


O Tumblr para mim seria mais assemelhado a um diário, uma coisa pessoal. Eu o utilizo
para publicar coisas que condizem com o que eu estou passando ou sentindo. Também,
mas não com tanta freqüência, para compartilhar textos, imagens, citações e músicas
que eu gosto.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Texto, Imagem, Citação

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Texto, Imagem, Citação, Áudio

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Sim, com bastante freqüência.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


A grande parte das coisas que publico tem a ver com o que eu estou sentindo, ou então
algo que achei bonito ou engraçado.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Coisas de minha autoria não. Eu publico no Tumblr apenas textos, citações, imagens e
áudios que eu gosto ou de pessoas que admiro.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Sempre.

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Sim, utilizo na maioria para procurar textos, imagens e citações para republicar.
13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?
Sim, com o intuito de marcar posts que me chamaram a atenção e que eu posso vir a
republicar depois.

14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?


Raramente, eu vejo as atualizações e posts dos meus amigos pela dashboard.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Não, por enquanto nenhuma sugestão ou crítica.
RESPONDENTE 20

1 Qual a sua idade?


16

2 Sexo
Feminino

3 Qual a url do seu Tumblr?


enche-me.tumblr.com

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Mais de uma vez por dia

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Porque lá consigo encontrar coisas lindas, com a qual me identifico muito. E também é
um lugar onde conhecemos pessoas, e podemos nos expressar, publicar textos.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Texto, Imagem, Citação

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Texto, Imagem, Citação

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Sim. Reblogo muito, porque são coisas que me identifico.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Meu tumblr não possui um tema específico, mas a maioria dos post que se encontra lá
são citações de livros, poesias, músicas, imagens, e alguns textos poéticos. Nada
cômico, ele é mais sério.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Posto sim. Semanalmente, aproximadamente.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Quase sempre.

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Sim. Costumo buscar mais por nome de pessoas, ou banda, quando quero achar um
tumblr só de fotos de tal assunto, ou apenas pra visualizar posts mesmo.
13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?
Utilizo com o intuito de guardar posts que me chamam MUITA atenção, aqueles que
me marcam e que ganham minha admiração... Às vezes costumo reler eles.

14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?


Não. Não sigo a maioria dos meus amigos que possuem tumblr, porque não fazem meu
tipo e não chamam minha atenção. Somente de amigos que conheci através do tumblr.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Acho que uma função que o tumblr poderia ter, mas que é quase impossível, é ter algo
que identificasse o plágio. Por exemplo, se alguém está lá digitando o texto (Ctrl C +
Ctrl V) e colocar seus créditos no final, identificar que já foi postado pelo autor original
e bloquear a postagem. Acho que todo mundo amaria isso né, pelo menos quem escreve.
RESPONDENTE 21

1 Qual a sua idade?


21

2 Sexo
Feminino

3 Qual a url do seu Tumblr?


marinareis.tumblr.com

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


2 vezes por semana

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Por ser uma maneira prática que encontrar imagens que considero interessante.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem, Vídeo

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Imagem, Citação

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Sim, com frequência maior do que posto conteúdo original, talvez uma vez por semana.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Costumo postar fotos de assuntos que me interessam, como imagens espaciais, com
astronautas, cenas de de filmes, games. Normalmente sigo essas temáticas.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Costumo, alguma foto que tiro, ou que encontro em outra mídia. Uma vez por mês.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Às vezes

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Não costumo fazer buscas no tumblr, encontro mais conteúdo pela minha timeline e
acessando esses tumblrs.

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Não tenho o hábito de utilizar o "like", mas uso para salvar algo que quero procurar
depois.
14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?
Costumo, pois lá posso encontrar informações de meu interesse, incluse algum
acontecimentos de suas vidas.

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Não vejo algo que precise mudar, acho uma ferramenta excelente!
RESPONDENTE 22

1 Qual a sua idade?


17

2 Sexo
Feminino

3 Qual a url do seu Tumblr?


http://fanninha.tumblr.com/

4 Com que freqüência você acessa o Tumblr?


Semanalmente

5 Por que você utiliza o Tumblr?


Ultimamente só para ver alguns posts sugeridos por algum amigo.
Eu acho.

6 Que tipo de conteúdo você mais posta/rebloga no Tumblr?


Imagem, Citação

7 Que tipo de conteúdo as pessoas que você segue mais postam/reblogam?


Imagem, Citação

8 Você costuma republicar conteúdo (reblogar)? Com que frequência?


Sim, com bastante frequência.

9 Quais as características do conteúdo que você costuma postar/reblogar?


Costumo postar um pouco de tudo.

10 Você costuma postar conteúdo original? Com que frequência?


Sim, mas não com muita frequência.

11 Você adiciona tags (palavras-chave) quando realiza postagens no Tumblr?


Nunca.

12 Você utiliza a busca por tags do Tumblr? Se sim, o que costuma buscar?
Não.

13 Você utiliza a ferramenta "like"? Com qual intuito?


Sim, para mostrar que curti determinadas postagens.
14 Você costuma visitar os tumblrs dos seus amigos? Por quê?
Logo que criei meu tumblr sim, para ver assuntos dos quais me interessavam.
Agora não, pois não tenho utilizado muito o tumblr nos últimos dias

15 Você tem alguma sugestão para melhorar ou acrescentar alguma característica


ao Tumblr? O que seria?
Tiraria a ask anonimously

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