Você está na página 1de 18

CENTRO UNIVERSITARIO CELSO LISBOA- RIO DE JANEIRO

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

NOMES DOS AUTORES DO TRABALHO

Os Atendimentos Psicológicos Pós-Isolamento Social da Pandemia do COVID-19:


Consultórios Clínicos privados da Cidade do Rio de janeiro.

RIO DE JANEIRO
2022

Página 1 de 18
NOMES DOS AUTORES DO TRABALHO

Os Atendimentos Psicológicos pós-isolamento Social da Pandemia do COVID-19:


Consultórios Clínicos Privados da Cidade do Rio de janeiro.

Trabalho de conclusão de curso, Centro


Universitário Celso Lisboa- Rio de janeiro,
como parte dos requisitos obrigatórios para a
conclusão do curso de psicologia, sob a
orientação do professor Fabiano dos Santos
Castro.

RIO DE JANEIRO
2022
Página 2 de 18
AGRADECIMENTO

Agradecemos primeiramente a deus e orixás por ter dado força espiritual em


nossa trajetória.
Aos nossos pais, filhos e companheiros por sempre nós incentivarem nesse
período de graduação.
À nossa coordenadora de psicologia Raquel Staerke, por sempre está
disponível quando precisamos de ajuda ou tirar dúvidas sobre assuntos da
graduação.
As professoras Ángela Teixeira e Selena Rocha de Almeida, por fazerem
parte da nossa banca de TCC.
As nossas psicólogas por ajudarem em nossa saúde mental durante a
graduação e o momento pandêmico que estamos vivenciando.
Agradecemos também a equipe da clínica escola da Celso Lisboa por
sempre serem atenciosos e respeitosos com os estagiários do serviço de
Psicologia Aplicada (SPA).
Agradecemos aos entrevistados que disponibilizaram de seu tempo para a
realização da nossa pesquisa.
As professoras Débora da Silva Sampaio e Veronica Carvalho de Araujo, por
serem sempre acolhedoras com os alunos da graduação e emitirem conselhos e
palavras de apoio e a feto aos alunos.
Ao nosso orientador Fabiano dos Santos Castro ajudou a desenvolver esse
artigo.
E agradecemos nos mesmos pelos artigos que desenvolvemos sendo um
tema atual e sem pesquisa existente sobre o nosso tema escolhido.

Página 3 de 18
Os Atendimentos Psicológicos Pós-isolamento Social da Pandemia do
COVID-19: Consultórios Clínicos Privados da Cidade do Rio de janeiro.

Anny Evelyn Flores de Freitas


.
.
.
.
.

Centro Universitário Celso Lisboa, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

RESUMO
O presente artigo tem como objetivo recolher dados e informações de como
está sendo os atendimentos psicológicos a pós o isolamento social da pandemia do
COVID-19, nos consultórios clínicos privados do Rio de Janeiro, dando voz a os
profissionais que trabalharam de forma autônoma durante a pandemia, visto que ao
pesquisar sobre o tema do artigos foi observado que a maioria das pesquisas que
foram realizada durante o período de isolamento e voltada para ajudar a forma de
atendimento dos profissionais que trabalham em Hospitais Municipais ou projetos
sociais governamentais e oferecem atendimentos psicossocial. Para
compreendermos melhor os impasses que surgiram nos consultórios clínicos com
os profissionais que trabalham de maneira independente, foi realizado uma
pesquisa qualitativa com cinco profissionais de abordagens clínicas diferentes.

Palavras- Chaves: Psicologia Clínica, Psicoterapia, Atendimentos, Saúde


Mental Pandemia e Isolamento Social.

Página 4 de 18
ABSTRACT

The Psychological Post-Social Isolation Of THE COVID-19 Pandemic


Psychological Care: Private Clinical Offices of the City of Rio de Janeiro.

This article aims to collect data and information on how psychological care is
being after the social isolation of the COVID-19 pandemic, in private clinical offices
in Rio de Janeiro, giving voice to professionals who worked autonomously during
the pandemic, since when researching the subject of the articles it was observed
that most of the studies that were conducted during the isolation period and aimed
at helping the form of care of professionals who work in Municipal Hospitals or
government social projects and offer psychosocial care. To better understand the
impasses that arose in clinical offices with professionals who work independently,
qualitative research was conducted with five professionals from different clinical
approaches.

Keywords: Clinical Psychology, Psychotherapy, Care, Pandemic Mental


Health, and social isolation.

RESUMEN

El Aislamiento Psicológico post-social de La Atención Psicológica de


La Pandemia de COVID-19: Consultorios Clínicos Privados de La Ciudad de
Río de Janeiro.

Este artículo tiene como objetivo recopilar datos e informaciones sobre cómo
está siendo la atención psicológica después del aislamiento social de la pandemia
de COVID-19, en consultorios clínicos privados en Río de Janeiro, dando voz a los

Página 5 de 18
profesionales que trabajaron de forma autónoma durante la pandemia, ya que al
investigar el tema de los artículos se observó que la mayoría de los estudios que se
realizaron durante el período de aislamiento y tenían como objetivo ayudar la forma
de atención de los profesionales que trabajan en Hospitales Municipales o
proyectos sociales gubernamentales y ofrecen atención psicosocial. Para
comprender mejor los impasses que surgieron en consultorios clínicos con
profesionales que trabajan de forma independiente, se realizó una investigación
cualitativa con cinco profesionales de diferentes enfoques clínicos.

Palabras clave: psicología clínica, psicoterapia, atención, salud mental


pandémica y aislamiento social.

Página 6 de 18
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CFP Conselho Federal de psicologia


CRP Conselho Regional de Psicologia.
INCA Instituto Nacional de Câncer.
OMS Organização Mundial de Saúde.

Página 7 de 18
1. Introdução

No ano de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou


estado de pandemia do novo coronavírus, COVID-19. Essa pandemia trouxe um
impacto muito grande na vida de boa parte da polução, seja em questões sociais,
econômicas e principalmente na saúde mental. Segundo a OMS, em 2021, no
Brasil, a ansiedade afetava 18,6 milhões de pessoas e a pandemia fez com que
esse número só aumentasse. No dia 02 de março de 2022, a OMS publicou uma
nova pesquisa relatando que no primeiro ano da COVID-19, a prevalência global de
ansiedade e depressão aumentou em 25%. Esse aumento ocorreu por múltiplos
fatores, como o estresse causado pelo isolamento social, as restrições da
capacidade das pessoas de trabalhar, solidão, medo de se infectar, sofrimento,
morte dos seus entes queridos, luto, preocupações financeiras e entre os
profissionais de saúde a exaustão foi um gatilho para pensamentos suicidas.

Diante do cenário pandêmico de isolamento social que foi vivido fez com que
os profissionais de psicologia se desempenham- se um papel de extrema
importância na linha de frente da pandemia do covid-19. O próprio Conselho
Federal de Psicologia comunicou aos profissionais que utilizassem plataformas
online para realizar os atendimentos, seguindo a regulamentação pela resolução do
CFP nº011/2018. Esse código de ética remete a prestação de serviço por meio de
tecnologia, ou seja, os atendimentos que antes eram presenciais, passaram a ser
todos de forma online, em função das recomendações do Ministério da Saúde, da
OMS e da secretaria de saúde, devido ao distanciamento social que foi obrigatório
com a finalidade de evitar na população a proliferação do vírus. Foi observado que
durante esse período de pandemia as divulgações de plataformas de acolhimentos
psicossociais on-line foram bastantes divulgadas com a finalidade de ajudar a
população. A própria Fundação Oswaldo Cruz, em 2020, lançou o livro de
“Recomendações e Orientações em Saúde Mental e Atenção Psicossocial na
COVID-19”, que busca orientar os profissionais da atenção psicossocial nos

Página 8 de 18
atendimentos on-line na pandemia. Segundo dados preliminares de janeiro a julho
de 2020 foram realizados cerca de 165.562.84 atendimentos de saúde mental em
centros de atenção psicossocial (CAPS)

1.2 Justificativa

Em decorrência das mudanças sociais que ocorreu no país, o presente


artigo tem como objetivo recolher dados e informações de como estão sendo os
atendimentos psicológicos após o isolamento social da pandemia do COVID-19 nos
consultórios clínicos privados da cidade do Rio de Janeiro-RJ. Com o propósito de
levantar dados sobre o atual momento, dando voz aos profissionais que trabalham
de forma autônoma, pois foi observado que as pesquisas durante a pandemia
foram realizadas com psicólogos que trabalham em órgãos públicos. Então ficamos
nos questionando sobre as seguintes questões. De como ocorreu os atendimentos
psicológicos para os profissionais de psicologia que trabalharam de forma
autônoma em seus consultórios? Durante a pandemia da COVID-19, houve um
aumento nos atendimentos clínicos? E quais eram as principais demandas dos que
procuraram atendimento? Como estar à procura dos atendimentos após o
momento pandêmico? E as demandas atuais? Se os pacientes que procuraram o
atendimento durante a pandemia ainda continuam em terapia? Como o isolamento
social impactou no tratamento? Qual tipo de atendimento que os pacientes mais
procuram atualmente, o online ou presencial? Quais os possíveis motivos da
escolha? Como foi para esses profissionais realizarem atendimentos on-line
durante a pandemia? Como foi para os profissionais fazerem essa troca do
presencial para o atendimento on-line? E depois, como foi voltar ao presencial?
Qual foi o processo do uso das técnicas de psicologia de forma online?

2.METODOLOGIA

Para compreendermos melhor os impactos que surgiram nos atendimentos


psicológicos dentro do contexto da pandemia do COVID-19. Realizamos cinco
entrevistas com psicólogos clínicos de diferentes abordagens, sendo nas áreas de
psicanálise, Gestalt, TCC e ACP. As entrevistas foram realizadas em novembro de

Página 9 de 18
2022, a partir de sete perguntas para o público-alvo. Todos os entrevistados
preencheram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) onde o
modelo pode ser lido anexado ao final desse artigo. Os dados adquiridos através
das entrevistas foram investigados de forma que constem como base para que haja
uma discussão mediante ao tema proposto.

2.2 Dados biográficos dos participantes

Psicólogo(a)s Idade Abordagem


1 36 Gestalt Terapia
2 31 Psicóloga Clínica
3 53 Existencial
Fenomenológica
4 32 Psicanálise
5 31 TCC

2.3 Instrumento

Para a investigação, usamos como instrumentos entrevistas individuais


encaminhadas pelo grupo para cada psicóloga com roteiro estruturado e com
questões abertas compostas pelos seguintes núcleos temáticos: pandemia da
covid-19, pós pandemia, demandas nos consultórios, atendimento psicológico,
procura de atendimentos, atendimentos online e presencias, técnicas psicológicas.

2.4 Procedimento

Diante da disponibilidade dos entrevistados, além das entrevistas


presenciais utilizamos também algumas plataformas de maneira remota como:
Google Meet e chamada de áudio e vídeo via aplicativo WhatsApp. Sendo uma
entrevista estruturada, esse modelo de entrevista se baseia em um roteiro
preestabelecido com as mesmas perguntas para todos os candidatos apoiado por
hipóteses e teorias relacionados ao tema da pesquisa. Os questionamentos geram

Página 10 de 18
conteúdo para novas hipóteses que surgem a partir das respostas dos psicólogos
entrevistados, assim favorecendo não só a explicação dos eventos sociais, mas
também a compreensão e a explicação do tema em sua totalidade, mantendo o
acompanhamento atuante e consciente dos pesquisadores no processamento de
coleta de informações e para investigações. Escolhemos esse formato pois a
entrevista estruturada é mais objetiva e direta na avaliação dos entrevistados.

2.5 Análise dos dados

Os atendimentos psicológicos foram impactados pelo isolamento social


causado pela pandemia de COVID-19, um dos impactos foi devido a forma como
se configurou o cenário inicial da pandemia, por ser uma situação inesperada para
muitos. Ocasionando uma introdução do profissional ao cenário de trabalho remoto
e com isso mudanças no cenário de atendimento online.
“[..]meu impacto inicial foi difícil porque eu já
tenho alguns anos de formada e meu maior sonho era
montar um consultório próprio e eu realizo isso em
janeiro/fevereiro eu alugo uma sala, compro todos os
móveis, faço obra etc. Atendo duas semanas e vem a
pandemia! Tem gente que nem conheceu meu
consultório porque não deu tempo então para mim foi o
maior desafio[...]” (Psicólogo 1).
“Os profissionais não sabiam como fazer.
Foram jogados e tiveram de ir se adaptando. Acredito
que num jogo de o que dá certo e o que dá errado”
(Psicólogo 3)
Porém essas características da situação inesperada demostram-se
relativamente amenizadas aos psicólogos entrevistados que já tinham um contato
com as plataformas online.

“Bom, eu já fazia um atendimento remoto


porque o atendimento remoto ele está validado desde,
2018 só que a gente não precisava pois não era muito

Página 11 de 18
comum, então eu acho que a pandemia estatura uma
necessidade do remoto, então quando começou eu já
tinha essa experiência e não foi totalmente novo o
remoto.”(Psicólogo 2).

Essas ocorrências ocasionaram na valorização da experiência com o


trabalho remoto para o profissional de psicologia, o qual teve que se adaptar aos
limites impostos. Esses limites estão presentes na interação psicólogo-aplicativo de
vídeo conferência-paciente, onde o psicólogo deve-se preocupar com seus
métodos que normalmente usados presencialmente devem ser transferidos ao
modelo online, se possível. Temos várias opções de aplicativos de vídeo
conferência e com isso várias pendências de aprendizado virtual para o
profissional. Tudo isso apresentado está ligado ao paciente, o qual também deve
ter suas questões relacionada aos métodos utilizados.

“Eu percebi que o enquadre da tela e um Seti


terapêutico que é limitado, porque você não está vendo
a pessoa por inteiro então você perde algumas coisas,
mas por outro lado e super possível então foi se
encaixando. Eu tive mais dificuldades com os meus
pacientes crianças, porque eu até tentei fazer por um
tempo o atendimento com uma criança de 8 anos por
exemplo é eu acho que conseguir alguma coisa por um
tempo, teve sessões dele no próprio quarto com os
brinquedos, então ele brincava eu ia comentando as
brincadeiras dele, outras vezes tinha brincadeiras de
forca, ou seja, eu tive que ir adaptando as
brincadeiras.”[...] “eu utilizo a técnica da associação livre
então a brincadeira com as crianças ainda seguindo a
técnica da associação livre, como o sujeito falando e a
gente vai trabalhando com base nisso, nesse contexto
não muda muito, o que muda é que não pude fazer
avalição psicológica, então a avalição psicológica foi

Página 12 de 18
muito prejudicada porque não tive como utilizar esses
instrumentos de modo remoto, pois eles não estavam
validados e adaptados para o modelo remoto”
(Psicólogo 2).

“Como o atendimento online era novo. Tivemos que também adaptarmos


como ambiente de trabalho e ter uma escuta mais profunda” (Psicólogo 1)

É possível notar no esquema psicólogo-aplicativo de vídeo conferência–


paciente, que o sentido está para tornar o online algo mais próximo do presencial,
principalmente quando falamos sobre o uso de técnicas, e não uma mudança para
colocar ferramentas da plataforma online no presencial. O que nos leva a ideia de
que o uso do atendimento online se dá como preferencial apenas pelas suas
vantagens de acessibilidade, tanto ao paciente quanto ao próprio profissional, que
perdem a necessidade de ter um local próprio para a psicoterapia, um consultório.
Vale ressaltar que um dos limites desse artigo é de qual seria a melhor forma do
psicólogo atuar, presencial ou online, pois as informações coletadas aqui têm
caráter subjetivo. Ou seja, psicólogos podem ter atuações diferentes em diferentes
ambientes de trabalho, como presencial e online.

“Foi um início de muitas dúvidas se realmente


daria certo, e super deu, permaneço com os clientes do
presencial no on-line, e alguns clientes que a primeira
experiência da psicoterapia foi diretamente com o on-
line e se adaptaram muito bem. A princípio não penso
em voltar para o presencial.”[…]” Minha experiência com
online foi e tem sido um sucesso, e a questão da
flexibilidade dos horários tem sido um requisito muito
positivo na minha percepção.”(Psicólogo 5)

Página 13 de 18
“Eu acho que não tem o tipo de atendimento
que mais se procura, eu acho que tem a demanda de
cada um. As pessoas dentro da sua realidade de vida,
então alguns preferem o remoto, outra fazem questão de
presencial. Porque teve isso, em algum momento só
podia remoto depois, a gente passa a poder atender
novamente no modo presencial só que nem todo mundo
quer ou pode. Eu atendi pessoas fora do país por
exemplo, isso acaba se ampliando então eu acho que é
mais da preferência de cada pessoa não tem uma
procura de maior ou menor, eu não percebo isso na
minha clínica.”(Psicólogo 2)

Todos os entrevistados relataram que a busca por atendimento e a demanda


de ansiedade se mantiveram altas durante e pós-pandemia.

“Com certeza houve um aumento, não só para


mim, mas como para outros colegas psicólogos, acredito
que acaba sendo praticamente uma unanimidade para a
classe, no entanto, o que percebo como maior demanda
naquele momento seria o aspecto do medo. As pessoas
estavam com muito medo. Algumas apavoradas, outras
desesperadas e em virtude desse medo cada sujeito ali
na sua individualidade, subjetividade e nas suas
possibilidades acabou desenvolvendo sintomas diante
disso, então acho que categorizando assim entendo que
a depressão e a ansiedade foram as maiores
manifestações que eu acompanhei dentro da minha
clínica, não como transtornos ou diagnóstico fechados
mas como episódios,”
(Psicólogo 1)

Página 14 de 18
“A maioria dessas pessoas com ansiedade e
dificuldades diversas começaram a buscar psicoterapia,
não consegui atender a todos por questão de horário,
mais sim muitos.”(Psicólogo 2)

“Hoje a demanda aumentou. As demandas são:


Ansiedade, crise de pânico e o financeiro” (Psicóloga 3).

“As procuras continuam aumentando. As


demandas atuais são: ansiedade, depressão, término de
relacionamento e autoconhecimento.” (Psicóloga 4)

“A procura tem crescido cada vez mais, a


demanda que ainda predomina é ansiedade”.
(Psicólogo5).

Outro limite do presente artigo é o quanto é valido e significante esse


aumento, pois o trabalho foi feito apenas com 5 entrevistados da mesma cidade.
Porém foi identificado semelhanças nos desafios de cada profissional referente a
situação passada de isolamento e suas consequências.

3. Considerações Finais

Os atendimentos pós-isolamento foram influenciados por questões sociais


que foram intensificadas durante o isolamento social. Muitas pessoas tiveram que
mudar seus planos e forma de viver, logo também como trabalhar. Nesse ponto,
constatamos pelas entrevistas que os atendimentos online estão em alta, e estar
trazendo mais acessibilidade. É importante para o entendimento reconhecer que o
uso da tecnologia nem sempre significa um progresso absoluto nas terapias, pois
em contrapartida o atendimento online traz limitações, fazendo com que o trabalho
do psicólogo perca características próprias da atuação no presencial, como por
exemplo a observação dos movimentos físicos dos pacientes.

Página 15 de 18
As questões sociais parecem ser mais decisivas na escolha, não sendo
possível ter uma validação pois os pacientes não foram entrevistados, sendo assim
mais um limite sobre esse estudo. Destaca-se as semelhanças entre os
profissionais entrevistados e suas vantagens de trabalhar remotamente, graças a
experiências do isolamento social. E trazendo assim uma dúvida e mais um limite
de nossa pesquisa:” A diferença de preços entre online e presencial, se é que
existe, pode ser um fator decisivo na escolha?”.

Sendo assim, os atendimentos de hoje foram influenciados a tornar a


psicoterapia mais acessível na conexão psicólogo-paciente, por mais que os
métodos utilizados foram alguns recortes, criando um cenário onde não se tem
uma substituição de ambientes de trabalho ou um progresso absoluto, mas sim
uma flexibilização do trabalho.

E importante destacar que essa pesquisa foi realiza entre o do dia 2 de


junho de 2022, ao dia 18 de novembro de 2022. Sendo assim um momento pós-
isolamento social, mas ainda pandêmico no Brasil. Por ser uma pesquisa relatando
sobre o atual momento que o país se encontra e como está sendo as questões dos
atendimentos psicológicos clínicos privados. Foi observado durante o recolhimento
dos dados para pesquisa, que não tem artigos sobre o assunto que foi abordado
em nossa pesquisa e possui também poucos dados governamentais atualizado. O
que faz o nosso artigo ser de estrema importância para o atual momento e para os
profissionais que trabalham de forma independe em sua clínica.

Referências

Fundação Oswaldo Cruz. Impactos Sociais da Pandemia: Impacto sociais,


econômicos e políticos. Ano 2021. Disponível em: https://portal.fiocruz.br .
Acesso em: 06 de jun de 2022.

Gutiérrez, Victoria. Melício, Thiago. Rodrigues, Thiago. Sampaio, Monica.


Lugan, Julia. Possibilidades da Psicologia em Emergência e Desastres.

Página 16 de 18
Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro. Ano 2021. Disponível em:
https://www.crp.org.br . Acesso em: 08 de jun de 2022.

Noel, Débora. Passos, Maria Fabiana. Freitas, Carlos. Recomendações e


Orientações em Saúde Mental e Atenção Psicossocial na COVID-19. Escola do
Governo Fiocruz Brasília. Ano 2020. Disponível em: https://fiocruz.gov.com.br.
Acesso em: 08 de jun de 2022.

Vieira, Millena. Velasco, Victória. Thomás, Renata. O papel do Psicólogo Frente a


Pandemia do Covid-19. Centro Universitário de Anápolis. Ano 2021. Disponível
em: https://repositorio.aee.edu.br. Acesso em: 06 de jun de 2022.

Viana, Diego. Atendimento Psicológico Online no Contexto da Pandemia de


COVID-19. Ano 2020. Disponível em: http://cadernos.esp.ce.gov.br. Acesso em: 18
de jun de 2022.

Organização Mundial da Saúde. Pandemia de COVID-19 Desencadeia Aumento


de 25% na Prevalência da Ansiedade. Organização Pan- Americana da Saúde.
Ano 2022. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias. Acesso em: 10 de set
de 2022.

Queiroz, Lais. Realidade Imposta pela Pandemia pode gerar Transtorno Mentais e
Agravar Quadros Existentes. Ministério da Saúde. Ano 2021. Disponível em:
https://www.gov.br. Acesso em: 10 de set de 2022.

Página 17 de 18
Página 18 de 18

Você também pode gostar