Você está na página 1de 5

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA - IESUR

FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES- FAAr

PEDRO MARCOS DOS SANTOS QUEIROZ LIMA

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA

APS

ARIQUEMES – RO

2022
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA - IESUR
FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES- FAAr

PEDRO MARCOS DOS SANTOS QUEIROZ LIMA

PSICOTERAPIAS E SEUS BENEFÍCIOS PÓS PANDEMIA

ARIQUEMES – RO
2022
A Psicoterapia é um tratamento, pautado na comprovação científica, aplicada
por profissionais psicólogos, a terapia psicológica visa em oferecer cuidados e ajuda
em contexto de saúde mental, podendo ser utilizada para a manutenção dos
transtornos de origem mental, cognitiva e comportamental (OSÓRIO et al. 2017).
A origem da psicoterapia é baseada nos estudos da hipnose e do processo
catártico, criado e difundido pelo médico e fisiologista austríaco Josef Breuer, que
utilizou do meio hipnótico para tratar pacientes consideradas histéricas, após Breuer,
veio Sigmund Freud, que utilizando dos estudos prévios constituídos por Breuer,
passou a utilizar da hipnose como método de tratamento, aliando a estratégias de
interpretação de sonhos e associação livre, associado a isto, junto a novas teorias e
técnicas desenvolvidas pelo mesmo, se constituiu a primeira psicoterapia
reconhecida pela ciência, a Psicanálise (OSÓRIO et al. 2017).

No cenário atual, é possível mensurar uma grande quantia de modelos


psicoterápicos, estima-se a existência de uma quantia aproximada de 250 tipos de
psicoterapias. Em contraponto ao início do século vinte, onde predominava a
psicanálise, difundida por Sigmund Freud, hoje temos modelos como a
comportamental, humanista, cognitivista, psicodramática, construtivista, narrativa e
construcionismo social.
A pandemia COVID-19 deu início no final do ano de 2019 no distrito de
Wuhan na China, se alastrando por todo mundo no início de 2020, o primeiro caso
confirmado de COVID-19 no Brasil foi no dia 26/02/2020 na cidade de São Paulo
(BRASIL, 2020d).
Como medida para conter o avanço do vírus, foram adotados meios de
intervenção não farmacológicas (uso de máscaras, álcool em gel e principalmente
distanciamento social), tendo como um dos principais meios o isolamento social, o
isolamento social é “conceitualmente, quando as pessoas não podem sair de suas
casas como forma de evitar a proliferação do vírus” (BEZERRA et al, 2020, p. 04). O
isolamento social foi uma das medidas mais adotadas em todo mundo, sendo
considerada a mais efetiva para que ocorresse diminuição na transmissão do vírus
(MALTA et al, 2020).
Diante dos efeitos trazidos pela pandemia, o sentimento de solidão devido ao
isolamento social, o medo de se infectar com o vírus, a preocupação em não
transmitir para seus familiares, trouxeram diversos malefícios para a saúde mental
da população, problemas estes como ansiedade, depressão e transtorno do pânico.
Lima (2020, p. 05) diz:
“[…] em situações de distanciamento e isolamento, algumas formas
de mal-estar são comuns, como a sensação de impotência, tédio,
solidão, irritabilidade, tristeza e medos diversos (de adoecer, morrer,
perder os meios de subsistência, transmitir o vírus), podendo levar a
alterações de apetite e sono […]”.

Contudo, a partir do momento em que estes sintomas sejam percebidos com


certa frequência, ou, no momento em que os mesmos passem a causar desconforto
ou sofrimento persistente, deve-se procurar ajuda especializada (LIMA, 2020).
Todavia, é necessário ressaltar que as consequências na saúde mental pós
pandemia é em maior escala do que o número de mortes causadas em decorrência
do vírus (FARO, 2020).
As psicoterapias irão vir como forma de amenizar estas angustias que foram
trazidas pela pandemia, angustias estas que já permeavam a sociedade, porém,
devido às problemáticas em meio a pandemia, muita das vezes os sintomas foram
atenuados ou, evoluíram para outros transtornos ainda mais preocupantes. Tendo
isto em vista, a psicoterapia irá não apenas ajudar no meio individual, funcionando
também em grupos empresariais, âmbito escolar, redes de atendimento psicossocial
e os demais locais onde se mostre necessário a atuação do profissional.
REFERENCIAS
BRASIL. Coronavírus: Brasil confirma primeiro caso da doença. Ascom
SE/UNA-SUS, 2020. Disponível em: <https://www.unasus.gov.br/noticia/coronavirus-
brasil-confirma-primeiro-caso-da-doenca#:~:text=O%20Ministério%20da%20Saúde
%20confirmou,para%20Itália%2C%20região%20da%20Lombardia.>. Acesso em: 16
set. 2022.

FARO, André et al. COVID-19 e saúde mental: a emergência do cuidado. Estudos


de Psicologia (Campinas), v. 37, 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1982-
0275202037e200074>. Acesso em: 17 set. 2022.

LIMA, R. C. et al. Distanciamento e isolamento sociais pela Covid-19 no Brasil:


impactos na saúde mental. Revista de Saúde Coletiva [online], v. 30, n. 02, 2020.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-73312020300214>. Acesso em: 16
set. 2022.
MALTA, D. C. et al. A pandemia da COVID-19 e as mudanças no estilo de vida
dos brasileiros adultos: um estudo transversal, 2020. Epidemiologia e Serviços
de Saúde [online]. v. 29, n. 4, 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1679-
49742020000400026>. Acesso em: 18 set. 2022.

OSÓRIO, F. L. et al. Psicoterapias: conceitos introdutórios para estudantes da


área da saúde. Medicina (Ribeirão Preto), v. 50, p. 3-21, 2017. Disponível em:
<https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/127534>. Acesso em: 18 set. 2022.

PEREIRA, M. D. et al. A pandemia de COVID-19, o isolamento social,


consequências na saúde mental e estratégias de enfrentamento: uma revisão
integrativa. v. 9, n. 7, p. e652974548, 2020. Disponível em:
<https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4548>. Acesso em: 17 set. 2022.

Você também pode gostar