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Daniela de Souza, Driely Pereira dos Santos, Edson Vieira dos Santos, Kezia Dos Santos
Pereira, Pedro Marcos dos Santos Queiroz Lima
ATIVIDADE AVALIATIVA
ARIQUEMES
2022
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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA – IESUR
FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES – FAAR
Daniela de Souza, Driely Pereira dos Santos, Edson Vieira dos Santos, Kezia Dos Santos
Pereira, Pedro Marcos dos Santos Queiroz Lima
RELATÓRIO DE UM FILME
“Cidade de Deus”
ARIQUEMES
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INTRODUÇÃO
A narrativa de Cidade de Deus é contada a partir da visão do narrador personagem
“Buscapé”, interpretado pelo ator Alexandre Rodrigues. A estória se passa entre os anos de
1960 e 1980 e acompanha as vidas em meio a comunidade Carioca nomeada como Cidade de
Deus. O filme retrata a violência diária presente na comunidade, a corrupção policial e bem
como a hipocrisia do sistema que culminam para todos os acontecimentos da trama.
SÍNTESE DA ESTÓRIA
Na estória somos apresentados aos dois personagens principais, Buscapé e Dadinho,
bem como alguns personagens secundários, como, Bené, Mané Galinha, Cenoura e Cabeleira.
Ao início da narrativa o espectador é transportado até a infância dos personagens principais,
amigos de infância, ambos com 11 anos de idade, com o decorrer da trama, passamos a
entender as vidas de cada personagem, bem como seus sonhos e ambições, diante deste
quesito, os dois personagens são extremos opostos, enquanto Buscapé era mais retraído e
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Do outro lado da história, temos o personagem Dadinho, cujo desde pequeno tinha
aspiração e desenvoltura para a criminalidade, sonhava em se tornar o criminoso mais bem-
sucedido da cidade carioca, com o decorrer da narrativa ambos terão seus sonhos tornados
realidade. Estes por vez eram os motivos pelo qual alguns se justificavam estar no crime, mas
a briga pelo poder, o desejo de ser respeitado, ser porta-voz, ser bem-sucedido e reconhecido,
é o que movia muitos dos indivíduos da comunidade e os faziam permanecer ou entrar na vida
criminal.
No decorrer da trama, Dadinho mudará seu nome para Zé Pequeno, se tornando o mais
temido e respeitado traficante de cocaína do Rio de Janeiro. O sonho de Buscapé torna-se
realidade a partir do momento em que Zé Pequeno, ansiando pela fama devido a um de seus
rivais ter sido preso e entrevistado pela mídia televisiva, Zé Pequeno então convoca Buscapé
para que tire fotos de sua gangue. As fotografias acabam indo parar em uma manchete do
jornal, que logo permite a Buscapé receber uma proposta para trabalhar como fotógrafo do
jornal, caso consiga mais fotos dos criminosos. Levando a cena final, onde a polícia invade a
comunidade em busca de dinheiro com Zé Pequeno, Buscapé consegue fotografar o momento
e decide levar as fotos até o jornal, conseguindo o emprego como fotógrafo.
infantil, que segue um curso supostamente natural, que podem qualificar de violenta a ação do
ambiente ou do mundo externo sobre este psiquismo.” (Costa, 1986, p. 16).
Cidade de Deus foi um filme ideal para ser discutido em uma aula de Psicologia
Jurídica, pois além de tráficos e crimes, também se nota sinais de psicopatia em Zé pequeno.
Com decorrências destrutivas na vida dos habitantes daquela comunidade, esse é, sem dúvida,
o retrato da severidade e da gravidade da violência sobre as crianças encontradas na Cidade de
Deus, em uma a escassez clara à violação dos direitos humanos: fome, desemprego, pobreza,
exclusão social, abandono, privação, habitação precária, ausência de escolas, de saneamento
básico, exposição a doenças infectocontagiosas, descaso social, tráfico de drogas, crime
organizado, marginalidade, agressões físicas e psicológicas, etc. – violência produzida pelo
meio em que vivem, influências essas causadas pelo meio cultural e social.
Havia uma questão que ia além da vulnerabilidade social, a falta de vínculos com
pessoas, o desprezo, o não pertencer, a falta de atenção, não ser correspondido, uso e abuso de
drogas desde a infância, são fatores que geram anseios no indivíduo e que contribuem para o
desenvolvimento de patologias, ou servindo como agravante para quem já tem algum tipo de
patologia como apresenta Zé pequeno, apresentando traços de psicopatia desde a infância.
É preciso pontuar que apesar dos traços de psicopatia presentes em Zé Pequeno, caso o
fim do mesmo na trama fosse diferente, onde sua punição não tivesse sido a morte e sim a
prisão, Zé Pequeno não seria considerado inimputável, pois, um sujeito, para que seja
considerado inimputável perante o Art.26 da lei de n° 2.848 de dezembro de 1940, o mesmo
deve ser portador de doença mental ou apresentar neurodesenvolvimento incompleto ou
atrasado, onde, no momento de sua ação seja inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito
do ato; Em outro caso, o sujeito ser menor de 18 anos, o Art.27 da lei de n° 2.848 de
dezembro de 1940, será penalmente inimputável, recebendo outra forma de julgamento de
acordo com a lei de n° 7.209 de julho de 1984 (TJDFT, 2013). Portanto, este não seria o caso
de Zé Pequeno, pois o mesmo tinha consciência e entendimento absoluto de todos os seus
atos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cidade de deus era desassistida em todos os sentidos, a lei que regia o lugar era a lei
dos traficantes, a justiça, as leis comuns não se cumpriam ali, as autoridades no qual exerce
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uma figura de autoridade e poder, não se valia, pois eram corrompidos e corroboravam para a
prática criminal. Não havia punição para os crimes cometidos, tampouco para os criminosos,
uma população abalada emocionalmente e assustada decorrente da situação que os cercavam,
não tinham amparo.
Ainda ao final da trama, é possível levantar algumas questões sobre como seria a
continuidade daquela comunidade, questões essas como: Qual seria o rumo que a comunidade
levaria após a morte de Zé Pequeno; Quem seria seu sucessor? A reação da comunidade
perante a notícia da morte de Zé Pequeno; Dentre outras questões que seriam norteadoras para
o futuro daquele local.
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REFERÊNCIAS