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Vinhedo
2022
ESCOLA ESTADUAL MARIA DO CARMO RICCI VON ZUBEN
Vinhedo
2022
ESCOLA ESTADUAL MARIA DO CARMO RICCI VON ZUBEN
Vinhedo
2022
Dedicatória
Agradecemos aos nossos pais por sempre nos proteger dos perigos. Agradecemos a to-
das as pessoas que somaram experiências e conhecimentos em nossas vidas.
In this course conclusion work, stories and reports about different children who have a sin-
gle point in common, sexual abuse, were addressed. We highlight the main forms of vio-
lence and some of the most shocking cases known in the world.
It is observed that there are many occurrences of child sexual violence in Brazil, and few
actions to reverse it. In this work we highlight the 18th of May, which should be one of the
most important days in the country, but which few are aware of.
Introdução 8
Capítulo 1 9,10
1. Abuso 10,11
1.1 Símbolo 12
Capítulo 2 17
Capítulo 3 22
1.1 Posicionamento 25
Conclusão Marcus 26
Conclusão Anabella 26
Conclusão José 27
Em 2022 já foram registradas mais de 7.447 denúncias de estrupro no Disque 100, onde
79% são crianças e adolescentes. É sabido que as taxas de abusos sexuais infantis au-
mentaram consideravelmente durante os anos pandêmicos.Pesquisas comprovam que
em muito dos casos os abusadores são pais, avós, tios, primos, irmãos,pessoas que pos-
suem a confiança da família em que a criança está inserida.
Em grande parte dos casos, a criança é abusada por muitos e muitos anos e há um cho-
que quando entendem o que realmente acontecia. Seus corpos eram violados da forma
mais suja e doída possível. Muitas meninas sentem vergonha e nunca falam sobre o as-
sunto, isso porque vivemos em uma sociedade completamente machista e preconceituo-
sa, onde há uma culpabilização da vítima, da mulher.
A roupa sempre é curta demais ou o horário nunca é propício para ela estar na rua, " jus-
tificativas" que os cidadãos inventaram para defender o abuso e o estupro. Esses argu-
mentos já não possuem fundamento quando falamos de mulheres adultas, mas e quando
falamos de crianças? Qual a justificativa que a sociedade tem para um estuprador de cri-
anças?
Nesse trabalho não destacamos muitas pesquisas, nem mesmo muitos dados, queremos
passar a realidade das histórias, os detalhes, a dor e o medo que essas crianças sentiram
e sentem todos os dias. O objetivo é apresentar o abuso sexual e a exploração sexual in-
fantil, já que é um tema muito pouco discutido pela sociedade, pois há uma grande desin-
formação sobre o assunto.
CAPÍTULO 1
1. Abuso
“Abuso sexual é a atividade sexual não desejada, onde o agressor usa a força, faz amea-
ças ou exclui vantagens da vítima que se torna incapaz de negar consentimento. Dá-se
quando alguém em uma posição de poder ou de autoridade se aproveita da confiança e
do respeito de uma pessoa para envolvê-la em atividades sexuais não consentidas, por
exemplo: uma criança e um adulto, um estudante e um professor.”
No Brasil, 70% das vítimas de estupro são crianças e adolescentes, de acordo com a Fun-
dação FEAC. Um levantamento da pasta, em 2021, mostrou que dos 18.681 registros de
violação infantil, quase 60% deles a vítima tinha entre 10 e 17 anos. Os mesmos dados
apontam que 8.494 dos casos, a vítima e o suspeito moravam na mesma residência. En-
tre os suspeitos, em 2.617 estavam padrasto e madrasta,
2.443 o pai e em 2.044 a mãe era acusada.
Os dados apresentados a seguir é uma relação dos perfis das vítimas para cada tipo de
crime. As informações são do período de 2019 – 2020, com vítimas de 0 a
17 anos.
Figura 1 – Perfil das vítimas por crime Fonte: Fórum brasileiro de segurança pública
No Art. 227 da Constituição da República Federativa do Brasil, está presente o seguinte
parágrafo:
A campanha de combate ao Abuso e Exploração Infanto - Juvenil tem como símbolo uma
flor, como uma lembrança dos desenhos da primeira infância, além de associar a fragilida-
de de uma flor com a de uma criança. O símbolo surgiu durante a mobilização do Dia Na-
cional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes de 2009, e
o que era para ser apenas uma campanha, tornou-se o símbolo da causa, a partir de
2010.
Figura 2 - Símbolo do combate contra abuso e exploração Fonte: Ministério Público do Paraná
1.2 18 de maio
Araceli tem uma história triste e cercada de mistérios. No dia 18 de maio do ano de 1973,
a garota ao sair da escola devia ter pego o ônibus a caminho de sua casa, mas não foi o
que aconteceu. Isso porque ela foi sequestrada, espancada, estuprada, drogada e morta.
O corpo de Araceli só foi encontrado em 24 de maio, ou seja, 6 dias após seu desapareci-
mento. Seu corpo foi desfigurado com ácido e estava em um avançado estado de decom-
posição, por tanto demorou meses para a identificação.
A morte de Araceli serviu de alerta para a sociedade brasileira, expondo a realidade de vi-
olências cometidas contra crianças, pela brutalidade e crueldade, a data de 18 de maio se
tornou um símbolo da luta contra a violação dos direitos humanos. Anualmente, entidades
governamentais, não-governamentais e representantes da sociedade civil usam a data pa-
ra promover reflexões e debates em torno do tema.
Figura 3 – Memorial Araceli Fonte: g1. globo
“Exploração sexual é um termo empregado para nomear práticas sexuais pelas quais o in-
divíduo obtém lucros. Ocorre principalmente como consequência da pobreza e violência
doméstica, que faz jovens, crianças e adolescentes fugirem de seus lares e se refugiarem
em locais que os exploram em troca de moradia. Acontece em redes de prostituição, por-
nografia, tráfico e turismo sexual."
Pornografia infanto-juvenil
Trocas Sexuais
São chamadas de trocas sexuais situações nas quais adultos oferecem favores para cri-
anças e adolescentes em troca de satisfação sexual. Muitas crianças e adolescentes que
fogem de casa e que vivem nas ruas mantêm relações sexuais com adultos em troca de
comida, de uma noite de sono em um hotel ou para adquirir drogas. Crianças e adoles-
centes de classe média também podem receber drogas ou objetos de desejo – roupa,
tênis, celular, etc. Essas práticas costumam ser eventuais, ou seja, não existe uma ação
continuada de exploração sexual.
Prática de atos sexuais realizada com crianças e adolescentes mediante pagamento sem
o intermédio de outros adultos. Muitas crianças e adolescentes, de ambos os sexos, en-
volvem-se em atividade sexual e essa se torna sua principal estratégia de sobrevivência.
Entre jovens de camadas populares, jovens de rua e mesmo da classe média, essa pode
ser uma forma de custear o vício em drogas ou adquirir um estilo de vida desejado.
Exploração sexual agenciada
É uma das modalidades mais perversas de exploração sexual e que geralmente envolve
crime organizado e a prática de corrupção. A prática envolve atividades de aliciamento,
rapto, intercâmbio, transferência e hospedagem da pessoa recrutada para a finalidade de
exploração sexual. No entanto, o mais comum é que o tráfico para fins de exploração se-
xual de crianças e adolescentes ocorra de forma disfarçada por agências de modelos, tu-
rismo, trabalho internacional e, mais raramente, por agências de adoção internacional.
Muitas jovens, seduzidas por uma mudança de vida rápida ou sucesso fácil, embarcam
para outros estados do Brasil ou outros países e lá se veem forçadas a entrar no mercado
da exploração sexual.
O caso aconteceu em junho de 2022, em São José dos Campos, interior de São Paulo.
Uma menina de 9 anos, denunciou o pai e o avô por abuso sexual. Os abusos foram des-
cobertos pela mãe da menina, que notou manchas de sangue em suas roupas íntimas.
“Eu estava lavando roupa, quando encontrei uma calcinha dela com manchas de sangue.
Estranhei, porque ela ainda não menstrua e, conversando com ela, revelou que o sangue
era dos machucados que o pai e o avô haviam causado na região íntima dela, ao estuprá-
la”, contou a mãe em entrevista ao G1.
A criança era abusada pelo pai desde os 5 anos de idade, já pelo avô as violências come-
çaram a partir dos 7 anos. Os abusos aconteciam quando a mãe da menina não estava
presente. Ela relata que sempre trabalhou aos finais de semana e que o pai era o respon-
sável por cuidar das crianças, momento em que os estupros aconteciam.
A mãe contou ao G1 que desde pequena, a criança, sofria com infecção de urina e corri-
mento, sempre a levou ao médico, mas nunca descobriu nada. O pai sempre dizia que era
problemas normais, contornava a situação. Além disso, o genitor era extremamente ciu-
mento e possessivo com a menina, temia que ela contasse sobre a violência que sofria.
O caso foi denunciado na Delegacia Da Mulher de São José dos Campos e está sendo in-
vestigado pela Polícia Civil. Logo após a denúncia, o pai fugiu e o avô, ao ser interrogado,
negou os crimes.
A menina faz acompanhamento psicológico, mas é muito difícil enfrentar os traumas que
viveu durante anos. A criança desenvolveu crise de ansiedade e teme encontrar os abusa-
dores. Faz tratamento médico, para se recuperar das lesões físicas e prevenir doenças
sexualmente transmissíveis.
A criança não consegue falar ou desenhar sobre os abusos que sofreu, por isso passou a
escrever cartas, que serão usadas na investigação.
A família clama por justiça.
A Justiça de Araras, no interior de São Paulo, condenou o padre Pedro Leandro Ricardo a
21 anos de cadeia por abusos sexuais de dois ex-coroinhas da igreja, entre 2002 e 2006.
Na sentença, o juiz Rafael Pavan de Moraes Filgueira ainda aplicou um agravante na pe-
na em razão de o padre exercer uma posição de poder e se valer de sua função sacerdo-
tal, de sua boa reputação à época e da força religiosa, para “perpetrar os abusos relata-
dos pelas vítimas”.
Em outro caso, diante da recusa da vítima, o sacerdote decidiu efetuar o ato libidinoso e
apalpou o seu órgão genital e, em seguida, tentou agarrá-la para um beijo.
Sacerdote havia sido denunciado pelo Ministério Público em dezembro de 2019 pelos cri-
mes de atentado violento ao pudor — crime cuja figura não existe mais e foi transformada
em estupro no código penal.
Esse escândalo na igreja já havia causado a renúncia do bispo Dom Vilson Dias de Olivei-
ra, acusado de pedir dinheiro em troca de acobertar as denúncias de abusos contra meno-
res.
Pedro Leandro Ricardo se tornou réu em março de 2020, quando a Justiça determinou a
retenção do seu passaporte para evitar risco de fuga para o exterior e o proibiu de manter
contato com as vítimas, familiares e testemunhas.
O caso ocorreu em São Mateus (ES), e foi descoberto que a criança vinha sendo estupra-
da quando a mesma entrou no Hospital Estadual Roberto Silvares, em São Mateus, em
08/08/2020, com dores abdominais e sinais de gravidez. Após alguns exames, foi desco-
berto que a criança estava grávida de aproximadamente 22 semanas após ter sido estu-
prada. O tio da vítima, de 33 anos, era o principal suspeito do crime, que até então se via
foragido. A criança contou aos familiares e aos médicos, que o tio a estuprava desde os
seis anos e ainda a ameaçava para que não relatasse os abusos à família. O homem foi
sentenciado pela Polícia Civil pelos crimes de ameaça e estupro de vulnerável. O juiz An-
tônio Moreira Fernandes, da Vara da Infância e da Juventude, emitiu uma ordem para in-
terromper a gravidez, atendendo a um pedido do Ministério Público do Espírito Santo
(MPES).
A decisão foi tomada devido à idade da vítima e ao alto risco que a gestação oferecia a
sua vida. A decisão foi autorizada se baseando na Norma Técnica de Atenção Humaniza-
da ao Abortamento, editada em 2005 pelo Ministério da Saúde. De acordo com juiz, a nor-
ma “assegura que até mesmo gestações mais avançadas podem ser interrompidas, do
ponto de vista jurídico, aduzindo o texto que é legítimo e legal o aborto acima de 20-22 se-
manas nos casos de gravidez decorrente de estupro, risco de vida à mulher e anencefalia
fetal”. Ele ainda determinou que "seja realizada a imediata análise médica quanto ao pro-
cedimento de melhor viabilidade para a preservação da vida da criança, seja pelo aborto
ou interrupção da gestação por meio do parto imediato".
Na decisão, o juiz concluiu que “a vontade da criança é soberana ainda que se trate de in-
capaz, tendo a mesma declarado que não deseja dar seguimento à gravidez fruto de ato
de extrema violência que sofreu". Em um relato feito por um dos profissionais que atendeu
a criança, na decisão judicial, dizia: “ela apertava contra o peito um urso de pelúcia e só
de tocar no assunto da gestação entrava em profundo sofrimento, gritava, chorava e ne-
gava a todo instante, apenas reafirmando não querer".
A menina concluiu o aborto e hoje tenta retomar a vida. Ela e a família integram o Progra-
ma de Apoio e Proteção às Testemunhas, Vítimas e Familiares de Vítimas da Violência,
que é oferecido pelo governo do estado do Espírito Santo.
O tio da vítima (autor do crime), foi pego e condenado pela Justiça do Espírito Santo a 44
anos, três meses e cinco dias de prisão, sendo mantida a prisão preventiva.
1. Caso Nayoung
No dia 11 de dezembro de 2008, Kim Na Young (nome fictício), de 8 anos, estava a cami-
nho da escola em Ansan, na Coreia do Sul, quando foi sequestrada por um homem mais
velho. Ele a levou para um banheiro público, onde começou a espancá-la, batendo em
sua cabeça e estômago.
O agressor tentou estrangulá-la, mas não foi bem sucedido e decidiu, então, colocar a ca-
beça da garota dentro do vaso sanitário até que ela desmaiasse, segundo testemunho da
própria Nayoung, que estava consciente até aquele momento. Quando ela desmaiou, ele
começou a estuprá-la.
Após o estupro vaginal e anal, o abusador tentou forçar a sua genitália contra a orelha di-
reita da vítima, que estava desacordada e com a cabeça dentro do vaso sanitário, o que
causou um deslocamento em seu ombro. Após isso, ele começou a tentar destruir as evi-
dências do crime
Para evitar que seu sêmen fosse encontrado, ele a empurrou novamente no vaso a fim de
lavar sua orelha e usou a bomba do vaso para extrair o sêmen dela. Como resultado da
brutalidade, o esfíncter anal dela ficou danificado e seu intestino grosso começou a sair
para fora do corpo.
O estuprador tentou forçar o órgão para dentro do ânus novamente, usando a mesma
bomba, e acabou danificando completamente o corpo da garota. Ele jogou o sangue e
vestígios dos órgãos no vaso sanitário e a colocou sentada para que seus órgãos não tor-
nassem a sair.
Nesse momento, ele voltou a estuprá-la e, após se satisfazer, fugiu e deixou Nayoung so-
zinha para morrer. A menina conseguiu acordar e pediu por socorro. Alguns vizinhos a ou-
viram e chamaram o resgate.
Ela foi levada às pressas ao hospital, onde passou por uma cirurgia de 8 horas. Os danos
eram tão severos que ela teve seus órgãos genitais, ânus e cólon permanentemente dani-
ficados, além de ter que fazer uso de bolsa de colostomia para o resto da vida.
Os policiais decidiram interrogar Nayoung. Ela foi colocada em uma sala, onde teve que
contar sua história por 4 horas seguidas devido a uma falha no equipamento que gravava
seu testemunho, além de ficar sentada em uma cadeira que lhe causava muita dor.
Durante o julgamento, Doo Soon alegou que estava sob efeito de álcool quando tudo
ocorreu e não se lembrava de nada. A promotoria apresentou como prova a camisa de
Doo Soon com sangue da Nayoung e chamou-a como uma testemunha de acusação.
Ela foi ao tribunal, onde teve que reviver todo o horror pelo qual passara, além de ter que
identificar o seu agressor novamente. No final do julgamento, o juiz condenou Cho Doo
Soon à prisão perpétua pelo estupro e tortura de Nayoung.
Apesar da brutalidade do crime, Doon Soon recorreu da pena dizendo: “Não sou o tipo de
monstro doente que estupra uma menina de 8 anos. Eu estava sob forte influência do ál-
cool. Isso me destruiu.” Seu apelo mudou sua sentença e o juiz diminuiu sua pena para
apenas 12 anos.
Segundo o código penal sul-coreano, existe uma redução de penas para pessoas com de-
ficiência mental. Para a lei, essa pessoa não pode ser responsabilizada legalmente por
suas ações, pois não podem distinguir claramente o que é certo e errado.
A lei entende que uma pessoa alcoolizada tem seu estado mental prejudicado por conta
do abuso de substâncias, sendo assim, um crime cometido por uma pessoa embriagada
acaba recebendo uma pena menor. Sentenças mais leves para estupro violento não são
incomuns na Coreia do Sul.
É comum que os advogados usem a embriaguez como uma defesa contra os crimes mais
brutais, principalmente contra as mulheres, e os tribunais levam esses argumentos em
consideração. Muitas pessoas se opõem a essa lei, porém nada é mudado.
O médico que tratou de Nayoung, o doutor Ei Jin Shin, comentou: “Do ponto de vista
médico, o que Cho fez foi um assassinato em si. Depois de estuprá-la, Cho deixou a água
fria correndo enquanto a inconsciente Nayoung foi deixada sangrando no chão do banhei-
ro…"
"Isso significa que ele a queria morta. Um adulto sabe que, quando você deixa uma crian-
ça sangrando, com água fria correndo, a criança está fadada a morrer. Este caso deveria
ter sido tratado como uma tentativa fracassada de homicídio premeditado.” Disse Jin Shin
em entrevista
Os pais de Nayoung entraram com um processo contra o governo local por conta do trata-
mento dado à menina durante as investigações e pediram compensação de 30 milhões de
Won (U$D 25.000). Em 2011, um juiz ordenou que o estado indenizasse a criança.
Segundo o juiz, as falhas dos investigadores causaram dor física e psicológica em
Nayoung, sendo assim, o estado deveria pagar cerca de 13 milhões de won (U$D11.509),
principalmente por terem forçado a vítima a ficar 4 horas sentada logo após uma longa ci-
rurgia.
Recentemente, a esposa de Doo Soon veio a público para defendê-lo. Ela revelou que o
marido sempre foi uma pessoa educada, que fazia tudo em casa e nunca demonstrava
estar com raiva. Ela também continuou visitando-o e na prisão e afirmou que não tem a in-
tenção de se divorciar.
Doo Soon será libertado no dia 13 de dezembro de 2020 e deverá morar a três minutos da
casa de Nayoung. Ao saber do fato, o pai da garota disse: "Eu não sei expressar em pala-
vras como nos sentimos. Devemos nos mudar? Por que a vítima deve ter que fazer as
malas e correr?”
Segundo a polícia, Doo Soon será obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica, além de
ter seus dados pessoais divulgados, a fim de tentar evitar que ele venha a cometer nova-
mente algum crime. Hoje em dia, Nayoung está com aproximadamente 20 anos e sua
identidade continua secreta
Em 2010, ela passou por uma cirurgia para restaurar seu cólon e seu sistema reprodutivo,
e a cirurgia foi um sucesso. Nayoung contou que tem o sonho de se tornar uma médica,
porém, teme encontrar Doo Soon enquanto estiver exercendo sua profissão.
É notável que esse seja o caso mais inacreditável que já tivemos o conhecimento. Ao nos
aprofundarmos na história, portamos os piores sentimentos. Medo, angústia, raiva, nojo e
tristeza, foram algumas das sensações que apareceram no decorrer da leitura de toda a
história.
História de uma criança, de uma garotinha que teve sua vida destruída por um monstro.
De maneira nenhuma conseguimos imaginar a dor e o medo que ela sentiu ao passar por
toda aquela violência, não apenas violência sexual e física, mas também do dano mental,
emocional.
Mesmo após toda a dor e todas as agressões sofridas, a menina ainda teve de lidar com o
descaso e a incompetência do sistema judiciário coreano. É desprezível e chocante a for-
ma com que trataram o caso. Não houve justiça, não houve empatia e não houve cuida-
do.
Nayoung, como ficou conhecida, levará a marca da crueldade do ser humano para sem-
pre, em sua mente e no próprio corpo. Não lembrará da sua infância com saudade, mas
com medo e receio.
É admirável a força e coragem que essa menininha de apenas 8 anos tem. Força para pe-
dir ajuda ao passar por toda a crueldade. Coragem em olhar nos olhos do agressor e iden-
tificá-lo. Força para lutar por sua sobrevivência. Coragem em continuar a viver todos os
duas. Garota forte e guerreira, que deixará sua marca em uma humanidade que tem muito
a melhorar.
Conclusão Marcus
Em virtude dos fatos mencionados, vemos que o abuso e a exploração sexual de crianças
e adolescentes é um problema muito maior do que muitos imaginam, tendo em vista os
números de ocorrências em todo o Brasil e no mundo. Alguns casos chegam a ser inacre-
ditáveis de tão macabros, como o caso Nayoung e Araceli Crespo, cujo tem o dia 18 de
maio em sua memória, dia em que é celebrado o combate ao abuso e exploração sexual
de crianças e adolescentes.
Essa pauta é pouco tratada na nossa sociedade, não tendo o reconhecimento e combate
necessário.Podemos diminuir o número de ocorrências e até mesmo acabar com essa
barbaridade, tanto com leis mais rígidas e menos flexíveis, como com uma educação e
acompanhamento mais reforçado das nossas crianças e adolescentes. Mesmo sabendo
que a educação sexual é um tema muito difícil de ser tratado por muitas famílias, institutos
de ensino e educação, é algo que deve ser abordado com mais frequência, assim geran-
do adultos maduros e conscientes, diminuindo consideravelmente o número de ocorrên-
cias futuras.
Conclusão Anabella
Por isso, a partir de todos os dados e histórias apresentadas, que o tabu sobre a educa-
ção sexual deve ser encerrado. É de extrema importância que as crianças conheçam seus
corpos e seus limites. Deve-se aprender aquilo que não há conhecimento, para que as-
sim, em alguma situação diferente, o incomum seja detectado.
Há uma desinformação muito grande da população sobre a educação sexual e isso deve
acabar. Muitas meninas só descobrem que sofreram abuso, quando já são mais velhas e
entendem do assunto, e nada poderá ser feito.
A educação sexual deve ser implementada na escola, como uma matéria importante para
o desenvolvimento do ser humano.
Além disso, o Brasil precisa de leis mais severas sobre esse quesito. Não falo apenas de
abuso contra as crianças, mas abusos cometidos contra qualquer pessoa. Os abusadores
estão entre nós. Convivemos com estupradores todos os dias, nessa sociedade.
Conclusão José
Apesar do avanço ainda se pode verificar muitas denúncias de casos que ocorre em todo
o Brasil, e que não é necessário se ir longe para poder constatar esse problema, pois
acontecem inúmeros casos debaixo de nossos próprios olhos, bem na nossa própria cida-
de.
Pode-se perceber que o abuso e exploração sexual são crimes sérios, visto que acarreta
inúmeras consequências tanto físicas, como psicológicas que transformam a vida desses
menores completamente, pois a saúde bio-psíquica desses menores será abalada para o
resto da vida, assim como transtornos pós-traumáticos que deverão ter acompanhamento
por psicólogos e psiquiatras durante todo o processo de adequação e inserção no conví-
vio social.
Portanto, a análise da pesquisa vai além de punir os culpados, mas, contudo, buscar entre
Estado e sociedade garantias de melhorias eficientes que visam proteger e garantir saú-
de, educação, moradia, lazer, liberdade, dignidade, proteção, a todas as classes de crian-
ças e adolescentes que necessitam de apoio e atenção a esses cuidados.
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re=https%3A%2F%2Fgauchazh.clicrbs.com.br%2Fseguranca%2Fnoti-
cia%2F2020%2F08%2Fmenina-de-10-anos-que-engravidou-apos-ser-estuprada-no-
espirito-santo-viaja-a-outro-estado-para-fazer-aborto-ckdxjctiv000b013g7nddfgs6.html
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estuprada-pelo-pai-e-avo-doia-muito-mas-ele-continua-
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