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democracia que deveria ser vigente no país, a semidireta ou participativa, que é uma
democracia indireta com algumas suposições expressas de democracia direta.
Entretanto, a democracia brasileira não foi capaz de viabilizar uma nova forma de
cidadania solidária, como acontece nos outros países latino-americanos, tendo a democracia
indireta ou representativa como a predominante do país, sendo utilizada de forma errada, com
constantes desvios de função, por parlamentares que exercem o poder constituinte derivado
reformador. Com isso, nota-se que os veículos de democracia direta são frágeis, esporádicos e
insuficientes - apesar de existirem o plebiscito e o referendo para auxiliar nisso, mas são
pouco utilizados, porque apenas o Congresso Nacional pode convocá-los e deliberar sobre a
consulta popular - já que por exemplo, há a possibilidade de iniciativa popular para a
elaboração de projetos de lei, mas existem certos problemas para isso ocorrer, como muitas
exigências, o que as inviabiliza, não há prazo para a verificação da proposta pelo Poder
Legislativo e não é possível o povo alterar sua própria Constituição por vontade direta, pois
não é viável que ele sugira uma emenda constitucional, além disso, a Constituição Brasileira
não possui institutos capazes de cancelar o mandato eletivo das autoridades, como o “recall”
norte-americano e o “ostracismo” da Grécia.
seus territórios, o que facilita as práticas culturais e a liberdade de possuir governantes que
liderem as diligências das organizações tradicionais, respeitando e preservando as
comunidades.
Em suma, o grande passo dado pelo Estado colombiano foi democratizar o acesso à
justiça das sociedades originárias mediante o pluralismo jurídico, estratégia fulcral para a
valorização de estruturas decoloniais na américa latina. Na Venezuela, o projeto nacional se
deu de forma distinta, a Constituição venezuelana de 1999 foi instituída por meia de consulta
popular proposta pelo então presidente Hugo Chávez, que defendia a indispensabilidade de
uma Assembleia Nacional Constituinte, incentivando a participação política do corpo social
ao abrir uma votação para a aprovação popular.
Apesar da concentração de poder apenas no setor executivo no governo venezuelano
vigente, é possível considerar os avanços democráticos na participação semidireta nos
dispositivos legais que garantem iniciativas populares ou a revogatória de mandatário, acima
de tudo no destaque da constituinte ao evocar a ação popular em quaisquer mudanças da
constituição venezuelana. A assembleia nacional constituinte também assegurava o direito à
língua, aos costumes e à cultura indígena bem como prevê a efetivação da participação
política dos povos tradicionais e o pluralismo jurídico.