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Data: 25/11/2021
Turma: 7°Ano
Muitos dos ofícios que, no Brasil, antes eram passados de pessoa para
pessoa, como a Arquitetura, a Escultura, a Pintura e o Desenho, passaram a
ser estudados oficialmente na Escola de Artes, que ficou mais tarde, conhecida
como a Academia Imperial de Belas Artes. O local é, atualmente, a Escola de
Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, Salvador, Bahia, interior em estilo neoclássico. Foto: Rhea Sylvia Noblat.
Influenciada pelos modelos europeus, a Arte brasileira substituía, aos poucos,
os exageros do Barroco, moldava-se para o academicismo e para a imitação
dos clássicos. Não poderia ser diferente na Arquitetura. As igrejas passaram a
ter um modelo mais comportado, menos rebuscado, voltado para a
simplicidade da forma e para a racionalidade.
Por aqui, o Neoclássico deixou marcas no Rio de Janeiro, onde a família Real
se instalou e em vários estados. E a Arquitetura do período se apresentou de
dois modos. De um lado houve um Neoclássico oficial, aos moldes
internacionais, com um nível complexo de influência, feito com material
importado, para a corte, para os meios oficiais e para as classes mais altas.
Surgiam os palácios. De outro lado, uma versão provinciana do estilo, com uma
influência europeia mais superficial e de caráter imitativo dos grandes centros.
No feitio, como os recursos daqui eram ainda escassos para a complexidade
do padrão trazido da Europa, era necessário que os materiais fossem trazidos
de fora. Quanto às inovações, as áreas externas passaram a ser valorizadas;
foram feitos aqui, os primeiros jardins planejados; e a palmeira imperial passou
a ser utilizada como elemento do paisagismo. A decoração dos espaços
internos foi valorizada, com os revestimentos, a pintura com cores suaves, os
tons pastéis e a utilização de refinados objetos. E a beleza do Neoclássico
serviu de inspiração para edificações em vários estados do Brasil.
Por aqui, o Neoclássico deixou marcas no Rio de Janeiro, onde a família Real se
instalou e em vários estados. E a Arquitetura do período se apresentou de dois
modos. De um lado houve um Neoclássico oficial, aos moldes internacionais,
com um nível complexo de influência, feito com material importado, para a
corte, para os meios oficiais e para as classes mais altas. Surgiam os palácios.
De outro lado, uma versão provinciana do estilo, com uma influência europeia
mais superficial e de caráter imitativo dos grandes centros. No feitio, como os
recursos daqui eram ainda escassos para a complexidade do padrão trazido da
Europa, era necessário que os materiais fossem trazidos de fora. Quanto às
inovações, as áreas externas passaram a ser valorizadas; foram feitos aqui, os
primeiros jardins planejados; e a palmeira imperial passou a ser utilizada como
elemento do paisagismo. A decoração dos espaços internos foi valorizada, com
os revestimentos, a pintura com cores suaves, os tons pastéis e a utilização de
refinados objetos. E a beleza do Neoclássico serviu de inspiração para
edificações em vários estados do Brasil.
Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, Salvador, Bahia, interior em estilo
neoclássico. Foto: Rhea Sylvia Noblat.
Do sonho nasce a obra, nos recônditos da alma distante, embriagada pelo que
há em torno de si. Esse pensamento norteia a Arte e deve ter conduzido o
pensamento de muitos artistas no Brasil do século XIX, porque a Pintura
brasileira, de então, foi uma viagem pictórica nesse país onde a corte
portuguesa estava se instalando. E o artista francês Jean-Baptiste Debret
(1768-1848) foi um dos grandes realizadores desse acervo, na forma de Arte.
Em seu livro, Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, o artista traçou e coloriu
as imagens que via, do cotidiano, da sociedade da época, dos índios, dos
escravos, dos animais e das lindas paisagens brasileiras. O próprio Debret foi
instruído por seu primo e professor Jacques-Louis David (1748-1825),
consagrado artista francês, do Neoclássico. O academicismo, orientou seu
trabalho e de outros artistas que aqui se instalaram, no período, deixando para
os séculos posteriores imagens que narraram uma época. Além de Debret, a
Missão Francesa trouxe Nicolas-Antoine Taunay (1755-1830) e o alemão
Johann Moritz Rugendas (1802-1858). Assim como a Escultura e a Arquitetura,
a Pintura também passava a ser ensinada de forma oficial, aos moldes do
Neoclássico europeu.
Quanto a Debret, suas obras fotografaram o Brasil de meados do século XIX,
em seu cotidiano. Transitaram elas entre o Neoclássico e o Romantismo, na
abordagem e por se oporem ao rigor Neoclássico, destacando e valorizando os
temas nacionais. Embora instruído aos moldes acadêmicos, Debret trabalhou
de forma livre, sem se preocupar em ser um espelho do que retratava.
Entre os artistas brasileiros que frequentaram a Academia Imperial de Belas
Artes, estão Manuel de Araújo Porto-Alegre (1806-1879), que foi aluno de
Debret; Victor Meirelles de Lima (1832-1903), que entrou na academia com
apenas quatorze anos; e Pedro Américo de Figueiredo e Melo (1843-1905).
Orientado nas tradições acadêmicas, Victor Meirelles (1832-1903) transitou
pelo Neoclassicismo, do qual herdou o equilíbrio, a padronização e o rigor da
forma; a clareza e a exatidão anatômicas; e a preferência por temas históricos,
como em sua conhecida obra, A Primeira Missa no Brasil, de 1860.
Aventurando-se também pelo Romantismo, o artista acrescentou o
sentimentalismo a seu estilo; carregou sua obra de uma identidade única e
nacional, tratando de temas como o indianismo, em Moema.
O academicismo fica evidente em seu Estudo para Casamento da Princesa
Isabel (Fig. 11), uma das obras encomendadas pela Família Imperial. A
preocupação do artista com o feitio está presente na imagem, pelo uso da
proporção, da simetria, dos contrastes entre claro e escuro, da riqueza de
detalhes e do tema solene. As pessoas estão reunidas para o importante
evento da nobreza, em um salão ricamente decorado. Há cortinas vermelhas,
muito altas, com pregas e delicado desenho nas bordas. As paredes e o piso
tem delicados desenhos e as lindas vestes dos convidados são aos moldes do
período, destacando-se entre eles, o imperador e a nobreza.
Fonte: https://www.obrasdarte.com/a-arte-neoclassica-
no-brasil-por-rosangela-vig/