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Lição de casa 3 - Mara 9ºA

Essa foto foi tirada na Igreja São Francisco de Assis, especificamente apontando
para o teto abobadado que possui uma pintura feita pelo Mestre Ataíde. A mesma foi
planejada por Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho durante o início
do século XIX. O grupo social que frequentava a igreja, era a elite brasileira, sendo formada
por pessoas provenientes de Portugal.
O que me causou impressão, foi o fato de que segundo o nosso guia, o artista pintou
todos os rostos da cena religiosa, com traços faciais de negros (na foto não está visível),
para trazer a tona o reconhecimento dos africanos da época, considerando que o
Aleijadinho era filho de português e africana, sendo uma união entre o dominado ou
colonizado e o colonizador, algo que acontecia demais, com o objetivo de embranquecer a
população brasileira, tornando a mais semelhante aos padrões europeus,
consequentemente adquirindo características mais "civilizadas".
No entanto, como não tenho plena certeza da credibilidade nas falas do guia, acho
importante retratar esta foto, por ela conservar a essência religiosa das artes no período
colonial sem o uso do ouro extravagante de ouro, devido a escassez do mineral na região.
Percebi que a religiosidade é algo muito comum na cidade, pelas diversas igrejas católicas
espalhadas.
A paróquia de Nossa senhora da Conceição foi planejada Por Manuel Francisco
Lisboa, pai de Aleijadinho no século XVIII e nela, a presença de ouro é visível em todos os
cantos possíveis de maneira muito bem conservada, o que em outras palavras, define a
expressão artística específica do período barroco “Horror ao vazio" pois a obra arquitetônica
é extremamente rica em detalhes, estes feitos à ouro achado nas minas, por escravos.
Ficamos sabendo ao longo da visita, que o Aleijadinho foi enterrado na mesma
Igreja, assim como muitas pessoas alguma vez já foram, já que em um certo momento, o
costume de enterrar em cemitérios externos ainda não existia na região. Isso já deixa claro
a total influência da igreja católica no mundo colonial e também demonstra o quão antigo o
lugar é, pois esse costume não é mais praticado a mais de um século, então os caixões na
igreja são rugosidades do tempo.
Essa foto representa um panorama geral da arquitetura de Ouro Preto, contendo contrastes
entre o passado colonial da cidade, e a sua modernidade como cidade turística. Isso pode
ser visto nas construções predominantes do século XVIII, como o estabelecimento com
detalhes verdes e a igreja no fundo, além de claro, os carros em abundância e a renovação
de sinalizações, e no final, todos os elementos antigos são característicos da cidade, sendo
estes as rugosidades da paisagem.
Para complementar a tese anterior, essa foto traz como elemento principal, a estátua de
Tiradentes construída em 1894, em volta de lojas de artigos turísticos e alimentos no centro
da praça de Tiradentes, o que proporciona um contraste de dois tempos diferentes. A
estátua cria uma homenagem ao sacrifício de Tiradentes e traz à tona toda a história da
conjuração mineira, um acontecimento da época do Brasil colônia. O mesmo retrata os
conflitos decorrentes do pagamento de impostos por parte dos brasileiros à coroa
portuguesa, porém esse evento apenas acontece entre a sociedade branca do período,
enquanto os escravos (indígenas e negros) que acaba dando relevância a cidade na
contemporaneidade.

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