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Igreja de São Francisco de Assis – Ouro Preto M.

Histórico
• 1765 iniciou a preparação do terreno
• 1766 as obras foram arrematadas pelo mestre pedreiro Domingos Moreira de
Oliveira, seguindo um projeto de Aleijadinho.
• Como era o hábito na época, a construção foi iniciada a partir da capela-mor. Os
trabalhos corriam rápido, e em 1774 já estava coberta, começando a decoração
interna em talha e estuque sob a direção de Aleijadinho
• Em 1787 o desenho das torres foi modificado e o telhado foi instalado em 1788
• Os altares laterais também foram projetados por Aleijadinho, mas sua construção
tardou, sendo executados somente a partir de 1829, arrastando-se até 1890.
• Manuel da Costa Ataíde foi encarregado da pintura do teto da nave, dos painéis da
capela-mor e da nave e do douramento e pintura da talha da capela-mor, iniciando
em 1801 e concluindo em 1812.
• Em fins do século XIX foram instalados ladrilhos no piso e a antiga escadaria de
acesso foi demolida
• Em 1935 foi construído um cemitério anexo à capela-mor.
• No século XX a igreja passou por vários trabalhos de conservação e restauro levados a
cabo pela antiga Inspetoria de Monumentos Nacionais e pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Significado artístico e descrição

A Igreja de São Francisco de Assis é considerada uma obra-prima da arte colonial brasileira,
e tem chamado a atenção dos intelectuais brasileiros e estrangeiros desde que o Barroco,
depois de mais de um século de desprezo, voltou a ser recuperado pela crítica internacional.
Mário de Andrade foi um dos que deixaram, no início do século XX, um testemunho positivo
sobre esta e as outras igrejas projetadas pelo Aleijadinho, artista a quem se atribui — junto
com seu frequente colaborador, o Mestre Ataíde — grande papel na formulação de uma
estética que se revelou um dos primeiros momentos de originalidade na tradição cultural
cultivada numa então colônia fortemente dependente de Portugal em todos os sentidos.
Porém, escrevendo em um período em que a estética oitocentista ainda enfrentava grande
rejeição, ele de certa forma ainda precisava justificar-se para seus leitores, como que "se
desculpando" por apreciá-la, e seu texto é ilustrativo também porque revela a confusão
conceitual que ainda pairava sobre a definição de Barroco naquele momento em que este
tema apenas começava a ser desbravado pelos historiadores, e que no Brasil foi erigido como
ponto de apoio fundamental na tentativa de definição do que seria a verdadeira identidade
cultural da nação
A igreja foi tombada pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o antecessor
do IPHAN, já em 1938, um dos primeiros monumentos protegidos pela instituição que foi
fundada por outros intelectuais que estavam envolvidos com as mesmas preocupações de
Mário de Andrade a respeito do resgate e legitimação do passado colonial, naquela que já foi
chamada de a "fase heroica do IPHAN". Hoje o antigo rechaço pelo Barroco já foi amplamente
dissolvido, e mesmo os turistas já entendem a Igreja de São Francisco como a principal atração
de Ouro Preto. A Igreja foi destacada individualmente quando a UNESCO declarou a Cidade
Histórica de Ouro Preto como Patrimônio da Humanidade, considerando-a uma obra-prima
da arquitetura brasileira e um dos principais monumentos do Barroco nacional.

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