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1. O que é Património?
➢ É um conjunto de bens históricos herdados no passado – uma herança comum;
➢ É um conjunto de obras do homem nas quais uma comunidade reconheceu os seus
valores específicos e particulares e com as quais se identifica:
➢ Surge no século XX;
➢ Em Portugal, em 1910, como monumentos nacionais;
➢ Não pode haver nenhuma alteração;
➢ Valor de uso/utilização;
➢ Pode ser autenticado, mas ao longo do tempo surgem vários tipos de usos;
➢ Intenção de relembrar, de rememorar um episódio, um acontecimento;
➢ O património deve ser preservado:
2. Construção Histórica
➢ Alóis Riegel defendia que havia dois tipos de destruição: deliberada e negativa
Destuição Deliberada
▫ Destruição Ideológica: quando a destruição de um monumento tem fins
ideológicos, por exemplo, a destruição por parte de protestantes de imagens de
santos;
▫ Destruição Lógica: destruição de espaços para dar lugar às necessidades de
um determinado contexto ou de um grupo de pessoas.
Destruição Negativa
▫ Por exemplo, a arte destruída a I Guerra Mundial.
➢ Segundo Aloís qualquer intervenção de restauro deve de dar ao monumento a sua originalidade.
➢ Monumento
Um monumento pode ter valor artístico, mas não pode ter valor de utilidade ou vice-
versa.
➢ Objeto
Erwin Ponopshy
▫ Nível pré-iconográfico: olhar o objeto, saber o que é;
▫ Nível iconográfico: analisar o objeto;
▫ Nível iconológico: compreensão do objeto.
Compreender:
▫ Os objetos da conservação e do restauro;
▫ Quando se conserva e se restaura;
▫ As teorias subjacentes a conservação e restauro
➢ Fontes – monumentos, móvel, imóvel, teses, DGPC, SIPA, arquivos das câmaras municipais;
➢ Fontes primárias e secundárias;
➢ Fonte oral: alguém que “conta”.
Movimento da ➢ Medievalismo;
Reforma e ➢ Religiosidade;
➢ “antiguidades nacionais”
Contrarrefor
Estudo lapidar
ma ➢ Abertura ao público destes monumentos
Outrora era apenas aberto às pessoas mais importantes;
Caminho para o surgimento dos museus.
➢ Ellas Ashmaie deixou em testamento, todas as suas coleções e exige que
parte da biografia seja pública e que as coleções não biografias estejam
num museu.
PACTO DE REICH
1931
Recomenda o respeito pela obra histórica e artística do passado sem banir o estilo de nenhuma
obra;
Recomenda que se mantenha a ocupação dos monumentos que se assegure a continuidade da
sua vida consagrando os conteúdos de utilização que respeitem o seu carácter histórico e
artístico
Interesse Municipal
6. Zona de Proteção
➢ Uma zona de proteção configura um perímetro em volta de um bem cultural imóvel, dentro do
qual não podem ser realizadas obras sem autorização administrativa
➢ Os bens imóveis em vias de classificação beneficiam automaticamente de uma zona geral de
proteção
➢ Os bens imóveis em vias de classificação podem beneficiar de uma zona especial de proteção
provisória
➢ Os bens imóveis classificados beneficiam de uma zona de proteção especial de proteção
➢ A zona de proteção tem 50 metros contados dos limites externos do bem imóvel e vigora a
partir da data da decisão de abertura do procedimento de classificação
➢ Zona especial de proteção provisória: é fixada quando a zona geral de proteção se revele
insuficiente ou desadequada para a proteção e valorização do bem imóvel
➢ Zona de proteção: área estabelecida em redor de um imóvel classificado nos termos do artigo
15º da Lei nº 107/2001. Funciona como uma
➢ Artigo 15º da lei nº 107/2001:
Estabelece as bases da política e do regime de proteção e valorização do património
cultural;
Principais:
▫ Estabelece bases da política e regime da proteção, democratização da cultura;
▫ Exercida pelo Estado, pelas R.A., autarquias locais, gestão pública, igreja,
fundações e outras entidades privadas.
➢ A Zona Especial de Proteção tem a extensão e impõe as restrições adequadas em função da
proteção e valorização do bem imóvel classificado. Esta assegura o enquadramento paisagístico
do bem imóvel e as perspetivas da sua contemplação, devendo abranger os espaços verdes,
nomeadamente jardins ou parques de interesse histórico, que sejam relevantes para a defesa do
contexto do bem imóvel classificado;
➢ Os bens imóveis classificados nos termos do art. 15º da Lei nº 107/2001 e os imóveis em vias
de classificação, os conjuntos classificados e os sítios arqueológicos beneficiam de uma zona
especial de proteção, que é estabelecida pela entidade detentora da gestão e administração do
património cultural com o acordo das autarquias locais. A definição do seu perímetro
acompanha as curvas de nível do terreno, ou é estabelecida a partir de elementos referenciais
na paisagem;
➢ Este procedimento estratégico tem o intuito de gerir e garantir a qualidade das construções a
erigir na adjacência de um edifício classificado, minimizando as consequências sobre o mesmo;
➢ De acordo com a UNESCO, o património está organizado em duas características:
▫ património cultural: monumento, conjunto de edifícios ou sítio de valor histórico,
estético, arqueológico, científico, etnológico e antropológico;
▫ património natural: algo da característica física, biológica, geológica, habitats de
espécie animais ou vegetais em risco de áreas de grande valor do ponto de vista
científico e estético ou do ponto de vista de conservação.
7. Enquadramento Geral
➢ Garantir a independência nacional e criar políticas, económicas, sociais e culturais que a
promovem;
➢ Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender o ambiente e a natureza,
preservar os recursos naturais e assegurar com correto ordenamento do território.
8. Tipos de Património
➢ Património Arqueológico
Locais onde foram exercidas quaisquer atividades humanas, às estruturas abandonadas
e aos vestígios de toda a espécie, à superfície, no subsolo ou submersas, bem como a
todos os objetos culturais móveis que lhe estejam associados.
São considerados elementos do património cultural arqueológico todos os vestígios,
bens e outros indícios da existência do homem no passado.
▫ Cuja preservação e estudo permitam traçar história da humanidade e a sua
relação com o ambiente;
▫ Cuja principal fonte de informação é constituída por escavações e ainda outros
métodos de pesquisa relacionados com o homem e o ambiente que o rodeia.
➢ Património Industrial
Nos anos 20 começou-se a falar do património industrial
▫ Com a II guerra mundial desenvolveu-se diversos programas de
desenvolvimento económico e reconstrução;
▫ destruição de várias fábricas;
▫ década do plano marshall.
Compreende os vestígios da cultura industrial com valor histórico, tecnológico, social,
arquitetónico ou científico
Edifícios, máquinas, oficinas, fábrica, minas e locais de processamento e de refinação,
entrepostos e armazéns, centros de produção, transmissão e utilização de energia, meios
de transportes e todas as estruturas, infra-estruturas, locais de desenvolvimento de
atividades sociais como habitações (bairros industriais), locais de culto, de educação ou
clínicas industriais
▫ Exemplos:
▪ São João da Madeira
▪ Fábrica dos Tecidos de Seda
▪ Palácio na Fiação de Fafe
Os objetos são os produtos, que também são património industrial móvel, tal como
máquinas, produtos, etc
Imaterial: memórias, relatos de trabalhadores
➢ Arqueologia Industrial
método interdisciplinar que estuda todos os vestígios, materiais e imateriais, os
documentos, os artefactos, as estruturas, as implantações humanas, as paisagens
naturais e urbanas criadas para ou por processo industriais. A arqueologia industrial
utiliza os métodos de investigação mais adequados para aumentar a compreensão do
passado e do presente industrial;
➢ Património Móvel Integrado
Exemplos:
▫ Azulejos na Estação de São Bento (Porto)
▫ Mosteiro da Batalha (Estátua de D. João e Filipa de Lencastre)
Este tipo de património está presente em igrejas, esculturas, pinturas, altares barrocos,
alfaias religiosas
➢ Património Móvel
todas as estruturas criadas e implantadas pelo homem detectadas de valor de
testemunho histórico, artístico e técnico. Podem deter uma finalidade imediata,
relacionada com a vida material do homem;
compreende monumentos, conjuntos arquitetónicos e sítios construídos, abrangendo
edifícios e estruturas urbanas e/ou rurais;
Objetos móveis e elementos decorativas que fazem parte da zona de proteção d. ao
longo de tempo tem ganhado uma particularidade - o património escuro/sombrio
➢ Património Arquitetónico
todos os edifícios isolados, vilas, aldeias, áreas da cidade que apresentem um interesse
histórico ou cultural;
conjuntos das estruturas físicas às quais as pessoas atribuem valor histórico,
arquitetónico, simbólico e científico
➢ Património Imaterial
Tradições ou expressões, conhecimentos, competências, representações que as
comunidades, pessoas, grupos reconhecem como património cultural
transmitido de gerações para gerações
Língua
tradições
artes do espetáculo
práticas sociais, rituais e atos festivos
conhecimentos e usos relacionados com a natureza e o universo
técnicas artesanais tradicionais.
➢ Património Paisagístico
área geográfica que apresenta um interesse relevante ao ponto de vista da paisagem
quer seja natural ou transformada pelo homem
➢ Património Urbano
conjuntos de paisagens, aglomerados, edifícios, objetos e saberes que apresentam um
interesse relevante do ponto de vista da história e do desenvolvimento das cidades;
Património monumental de excecional valor cultural;
elementos patrimoniais não excecionais, mas presentes de uma forma coerente e
relativamente abundante;
forma urbana, espaços abertos, infraestruturas urbanas.
CENTRO CENTRO
URBANO HISTÓRICO
Porém, tal como Évora, o centro histórico e o centro urbano ficam juntos.
Já em Lisboa é ao contrário.
Monumento
➢ é um objeto construído com valor histórico, e tem a função de fazer recordar preservar a
memória de um determinado acontecimento (segundo Françoise Choay)
Conjunto
➢ engloba mais do que uma peça ou monumento, como por exemplo o Cromeleque dos
Almendres e o Menir dos Almendres foram classificados como um conjunto. Acho que para
poder ser classificado como um conjunto, a classificação deve ser igual para ambos
Sítio
➢ uma região onde vários objetos/monumentos com valor histórico se encontram. Não sei se é ou
não correto dizer que há ruas consideradas "sítios". Por exemplo, Mértola, uma vez que é uma
cidade museu com muita história