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NATHALIA BORTOLETTO
SANDRA BATISTELLA
SANMIA MARQUES
ARAÇATUBA/SP
JUNHO/2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
2 OBJETIVOS..................................................................................................................5
2.1 Objetivo Geral.........................................................................................................5
2.2 Objetivo Especifico.................................................................................................5
3 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................5
4 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................6
4.1 Fundamentação Teórica.........................................................................................6
4.2 Metodologia...........................................................................................................14
4.3 Participantes..........................................................................................................14
4.4 Recursos.................................................................................................................14
4.5 Procedimentos.......................................................................................................15
4.6 Análise Geral do Grupo de Trabalho.................................................................15
5 CONCLUSÃO............................................................................................................16
6 REFERÊNCIAS.........................................................................................................17
ANEXOS.....................................................................................................................18
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1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho é fruto da leitura de um texto da escritora Adriana Canepa Barbosa, que
disserta sobre o tema: acompanhante-acompanhado: uma história de dois.
Neste texto a autora faz um paralelo sobre a escrita do acompanhamento terapêutico e seu
acompanhante de uma forma poética, majestosa, onde todo momento depara-se com a
insegurança sobre o já escrito, o desconhecimento do não escrito; a página em branco sempre
a nos cumprimentar. Sem a escrita, porém, ambas, as palavras e a página branca, se petrificam
congelam e cristalizam.
Fala de autores e personagens, nesta união que se estabelece entre ambos, familiares e o
social.
O AT está atrelado, desde sua origem, a uma posição de não confinamento, de busca de
alternativas para sujeitos cuja existência se encontra, por motivos diversos, marcada
duramente por alguma forma de clausura. Portanto, tem como principal objetivo auxiliar
pessoas que apresentam dificuldades de relacionamento e convívio social, devido a
comprometimentos na área emocional, doenças mentais, limitações físicas e sensoriais a
descobrirem novas possibilidades de inserção social, através da ampliação de seu
relacionamento interpessoal e sua área de circulação.
O AT não é somente uma companhia para a pessoa doente e sim um profissional que busca
uma ação, uma intervenção junto ao sujeito para que esse possa se desenvolver dentro de suas
possibilidades e melhorar sua qualidade de vida. O encontro do AT com seu paciente é
marcado por uma ação que possa promover algum tipo de movimento, de abertura e de
contato com o mundo externo. Essa abertura pode se dar a partir do que o sujeito queira fazer
um passeio, ou aquilo que esteja precisando fazer como ir ao médico, pagar uma conta, ir ao
banco etc. Além disso, o AT pode intervir no contexto familiar, onde o sujeito vive buscando
sempre alternativas que auxiliem na promoção da saúde mental.
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2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
3 JUSTIFICATIVA
4 DESENVOLVIMENTO
4.1 Fundamentação Teórica
A modalidade de intervenção clínica AT, é uma prática clínica que tem suas raízes
fundadas nas ideias do movimento antipsiquiátrico inglesa, da psicologia democrática
italiana e da psicoterapia institucional francesa. Esses movimentos constituíram a
reforma psiquiátrica que tinha como objetivo central a crítica à psiquiatrização da
loucura.
Apesar das causas estruturais da abertura manicomial ter seu compromisso com as bases
político-econômicas da sociedade, não diminui a importância da humanização crescente
que se deu no século XX na relação que a sociedade pode estabelecer com o portador de
doença mental. O acompanhamento terapêutico nasceu comprometido com essa
humanização, com o aumento da circulação do doente mental pela cidade, pelo convívio
urbano e a redução de seu aprisionamento em um mundo segregado. Era um
atendimento realizado de início apenas no espaço das instituições, com os pacientes
internos. O acompanhamento terapêutico entra no Brasil na década de 70.
E para falar de criação, tomamos como base o processo de criação de Donald Woods
Winnicott, pediatra e psicanalista britânico da segunda metade do século XX.
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Winnicott enxerga na vida seu enorme potencial criativo, sua generosidade de formas,
sua proliferação do novo, sua germinação variada. Cria-se o mesmo em algo sempre
renovado, e os criadores somos nós próprios, criadores do mundo, dos nossos eu, da
vida.
tal envolvimento com o que concerne aos cuidados maternos. Este é um dos balizadores
que diferenciam uma “mãe suficientemente boa” de uma “mãe não suficientemente
boa”.
A partir do momento em que o ser humano lactante começa a se ver como um ser
separado da mãe – como um outro ser independente – ele dá início à construção do seu
mundo interior. Winnicott (1970) explicita que o desenvolvimento satisfatório de uma
criança requer o seu envolvimento com o mundo. Assim, o envolver-se com o mundo
está vinculado ao desenvolvimento da capacidade de se pré-ocupar (concern). Tal
capacidade se dá, mediante a presença da mãe-objeto e da mãe-ambiente, ou daquela
que substitui a mãe nas suas funções. A mãe-objeto é por quem o bebê sente amor e
ódio; ilusão e desilusão; pulsão de construção e destruição. Já a mãe-ambiente
representa o amparo que a criança deve sentir durante as suas brincadeiras ou
ocupações. Em circunstâncias favoráveis, a mãe, ou a sua substituta, recebe toda a carga
dos impulsos do bebê, como a mãe que pode ser amada ou a pessoa a quem se pode
fazer reparações. Só assim, as ansiedades e as fantasias sobre esses impulsos tornam-se
toleráveis para o bebê, que pode experimentar a culpa ou retê-la totalmente, na
expectativa de uma oportunidade para fazer a sua reparação.
Nos estágios iniciais do desenvolvimento humano, se não houver uma figura materna de
confiança para receber o gesto de reparação, a culpa se torna intolerável e a pré-
ocupação (concerne) não pode ser sentida. O fracasso da reparação leva à perda da
capacidade de se pré-ocupar e à sua substituição por formas primitivas de culpa e
ansiedade.
Neste sentido, Winnicott (1975) se refere à criatividade do sujeito como uma condição
universal para ele estar vivo, isto é, a interação da sua realidade interna com a realidade
externa. Num sujeito com capacidade cerebral razoável e inteligência suficiente para se
tornar uma pessoa ativa e participar da vida comunitária, tudo o que acontece é criativo.
Inversamente, fatores ambientais que venham a sufocar seus processos criativos podem
torná-lo submisso e doente.
CRISE: Distúrbio de origem cerebral que acomete um paciente cujo estado de saúde
era, aparentemente, bom, ou torna mais grave uma doença crônica já existente.
A crise pode ser definida como uma fase de perda, ou uma fase de substituições rápidas,
em que se pode colocar em questão o equilíbrio da pessoa. Torna-se, então, muito
importante a atitude e comportamento da pessoa em face de momentos como este. É
fundamental a forma como os componentes da crise são vividos, elaborados e utilizados
subjetivamente.
A evolução da crise pode ser benéfica ou maléfica, dependendo de fatores que podem
ser tanto externos, como internos. Toda crise conduz necessariamente a um aumento da
vulnerabilidade, mas nem toda crise é necessariamente um momento de risco. Pode,
eventualmente, evoluir negativamente quando os recursos pessoais estão diminuídos e a
intensidade do stress vivenciado pela pessoa ultrapassa a sua capacidade de adaptação e
de reação.
Mas a crise é vista, de igual modo, como uma ocasião de crescimento. A evolução
favorável de uma crise conduz a um crescimento, à criação de novos equilíbrios, ao
reforço da pessoa e da sua capacidade de reação a situações menos agradáveis.
SOFRIMENTO: (p.722). estado mental que experimenta todo individuo que passa por
uma dor física ou mental prolongada. Por muito tempo considerado apanágio do
homem, o sofrimento também existe no animal. Pode ser avaliado por critérios
objetivos, que levam em conta o estado de saúde, a fisiologia e o comportamento. Isso
fornece uma base racional para questões éticas, como a experimentação animal ou a
criação industrial de animais.
PSICOSE: (p. 634), termo introduzido, em meados do sec. XIX pelo psiquiatra alemão
E. Feuchterleben, para definir o conjunto dos distúrbios mentais graves que afetam o
sentido da realidade e cujo caráter mórbido não é reconhecido pelo doente. Devia
substituir os termos loucura e alienação mental, que se tinham tornado pejorativos.
Permitiu que se isolassem distúrbios mentais que, com esses traços gerais comuns,
dependem de causas e de mecanismos distintos. Nessa acepção, é ainda utilizado para
designar distúrbios mentais precisos (por exemplo, psicose puerperal, ou psicose
carcerária) ou num sentido puramente descritivo (classificação DSM, Manual
diagnóstico e estatístico dos distúrbios mentais).
Com E. Kraepelin, no inicio do século XX, confere-se a ele um sentido mais preciso,
que se aplica a um quadro nosológico determinado por estados crônicos que dependem
de um processo de origem endógena, sem ligação direta coma personalidade anterior, e,
que reúnem a demência precoce (tornada psicose esquizofrênica e psicoses delirantes
sistematizadas crônicas) e a psicose maníaco-depressiva. A reunião dessas duas
entidades mórbidas sob esse termo, embora ainda amplamente empregado, exige,
reservas por causa de suas diferenças radicais de origem e de mecanismo.
Variamente matizado, o contexto das neuroses recobriu, até recentemente, essas três
variantes clínicas. Todavia, com base em diferentes argumentos, foram com ele
relacionadas formas próximas (neurose atual, neurose de abandono, neurose de fracasso,
depressão neurótica, neurose de caráter e neurose de órgão). As últimas duas ilustram
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bem uma tendência que se formou de considerar como neurose um distúrbio de origem
psicogenética. Por uma extensão ainda mais livre, o termo é empregado para afastar a
origem “psicótica” de um distúrbio psíquico ou para assinalar a natureza involuntária,
dotada, contudo de uma sintomatologia inconsciente, de qualquer comportamento.
Talvez essa reação seja excessiva. Ainda que se deva considerar a etiologia das neuroses
de forma mais ampla que no contexto do conflito intrapsíquico da teoria psicanalítica,
argumentos sintomáticos de continuidade e de eficácia das psicoterapias permitem
justificar que se reserve o termo neurose para formações sintomáticas isoladas e
permanentes de natureza histérica, fobia e obsessiva.
4.2 Metodologia
4.3 Participantes
O grupo que realizou o trabalho foi composto por quatro alunas do 5º semestre de
Psicologia da Faculdade Educacional de Araçatuba FAC-FEA.
4.4 Recursos
Foram utilizados artigos científicos, livros e o data show para apresentação oral através
de slides.
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4.5 Procedimentos
5 CONCLUSÃO
Em virtude dos fatos expostos podemos concluir que o trabalho de atendimento terapêutico,
na prática distancia-se por sua atuação, na reflexão assemelham-se como processo, um
processo que vai além da escrita, é necessário a criação. É preciso existir um vínculo para que
o acompanhante possa intermediar ao acompanhado; a aproximação corporal, condição do
encontro, é uma alternativa. Compartilhado experiências, acompanhante e acompanhado
trocam mais do que palavras, é preciso ter consciência que estará lidando com o imprevisível,
com o espaço desconhecido.
No artigo a autora se aventura no agora junto ao seu acompanhado, cada dia é uma surpresa, a
surpresa do novo, do produzido a partir do acompanhamento terapêutico. Pacientes psicóticos
aprisionam-se em suas palavras, existe uma dificuldade de expressão por parte deles, diante
deste vínculo que se cria entre acompanhante e acompanhado o AT pode perceber através de
simples gestos o que seu acompanhado necessita.
6 REFERÊNCIAS
WINNICOTT, Donald Woods. O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Artes Médicas,
1983.
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ANEXOS