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DEISIANE CAZAROTO

NATHALIA BORTOLETTO
SANDRA BATISTELLA
SANMIA MARQUES

TRABALHO DE APRESENTAÇÃO DO ARTIGO


ACOMPANHANTE-ACOMPANHADO
*HISTÓRIA DE DOIS*

FACULDADE DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL – FAC/FEA


ARAÇATUBA/SP
JUNHO/2015
DEISIANE CAZAROTO
NATHALIA BORTOLETTO
SANDRA BATISTELLA
SANMIA MARQUES

TRABALHO DE APRESENTAÇÃO DO ARTIGO


ACOMPANHANTE-ACOMPANHADO
*HISTÓRIA DE DOIS*

Trabalho de Conclusão da Disciplina


Psicologia e Saúde, realizada no 5º semestre
do Curso de Psicologia, sob orientação da
Profª. Me. Simone Pantaleão Macedo.

ARAÇATUBA/SP
JUNHO/2015
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
2 OBJETIVOS..................................................................................................................5
2.1 Objetivo Geral.........................................................................................................5
2.2 Objetivo Especifico.................................................................................................5
3 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................5
4 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................6
4.1 Fundamentação Teórica.........................................................................................6
4.2 Metodologia...........................................................................................................14
4.3 Participantes..........................................................................................................14
4.4 Recursos.................................................................................................................14
4.5 Procedimentos.......................................................................................................15
4.6 Análise Geral do Grupo de Trabalho.................................................................15
5 CONCLUSÃO............................................................................................................16
6 REFERÊNCIAS.........................................................................................................17
ANEXOS.....................................................................................................................18
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho é fruto da leitura de um texto da escritora Adriana Canepa Barbosa, que
disserta sobre o tema: acompanhante-acompanhado: uma história de dois.

Neste texto a autora faz um paralelo sobre a escrita do acompanhamento terapêutico e seu
acompanhante de uma forma poética, majestosa, onde todo momento depara-se com a
insegurança sobre o já escrito, o desconhecimento do não escrito; a página em branco sempre
a nos cumprimentar. Sem a escrita, porém, ambas, as palavras e a página branca, se petrificam
congelam e cristalizam.

Fala de autores e personagens, nesta união que se estabelece entre ambos, familiares e o
social.

O Acompanhamento Terapêutico (AT) é uma das principais atividades clínicas em saúde


mental nos dias de hoje, é uma modalidade de atendimento relativamente nova. O seu caráter
próximo da informalidade traz grandes soluções para o tratamento dos pacientes.

O AT está atrelado, desde sua origem, a uma posição de não confinamento, de busca de
alternativas para sujeitos cuja existência se encontra, por motivos diversos, marcada
duramente por alguma forma de clausura. Portanto, tem como principal objetivo auxiliar
pessoas que apresentam dificuldades de relacionamento e convívio social, devido a
comprometimentos na área emocional, doenças mentais, limitações físicas e sensoriais a
descobrirem novas possibilidades de inserção social, através da ampliação de seu
relacionamento interpessoal e sua área de circulação.

O AT não é somente uma companhia para a pessoa doente e sim um profissional que busca
uma ação, uma intervenção junto ao sujeito para que esse possa se desenvolver dentro de suas
possibilidades e melhorar sua qualidade de vida. O encontro do AT com seu paciente é
marcado por uma ação que possa promover algum tipo de movimento, de abertura e de
contato com o mundo externo. Essa abertura pode se dar a partir do que o sujeito queira fazer
um passeio, ou aquilo que esteja precisando fazer como ir ao médico, pagar uma conta, ir ao
banco etc. Além disso, o AT pode intervir no contexto familiar, onde o sujeito vive buscando
sempre alternativas que auxiliem na promoção da saúde mental.
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No AT os personagens variam conforme as histórias, e as histórias diferem conforme os


personagens.

O AT busca ampliar o repertório de circulação e interação social do paciente. O profissional


que acompanha o paciente busca resignificar a história dessas pessoas no âmbito afetivo,
inter-relacional e social.

2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral

Apresentar artigo cientifico sobre a atuação do Acompanhante Terapêutico (AT).

2.2 Objetivos Específicos

- Realizar leitura sobre o tema;

- Correlacionar a teoria com a própria pratica do AT;

- Desenvolver habilidade de escrita e interpretação do texto;

- Desenvolver habilidade de apresentação oral do tema especifico.

3 JUSTIFICATIVA

A disciplina de Psicologia da Saúde esta embasada na compreensão dos pressupostos da


Reforma Psiquiátrica. Um dos dispositivos terapêuticos relevantes na prática do novo modelo
em saúde mental, modelo de atenção psicossocial, se configura na prática do
acompanhamento terapêutico (AT). Levando em consideração que os alunos matriculados no
quinto semestre de Psicologia da FacFea na referente disciplina deverão identificar a origem
dos principais conceitos e das práticas técnicas historicamente desenvolvidas para a
abordagem em Saúde Mental, situar as possibilidades de intervenção da psicologia no campo
da saúde mental, discriminando os principais recursos técnicos disponíveis e sua
aplicabilidade aos diversos contextos institucionais das práticas de saúde, além de
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compreender os paradigmas que implantaram os atendimentos substitutivos na área da saúde


mental, considera-se o referente trabalho de grande relevância.

4 DESENVOLVIMENTO
4.1 Fundamentação Teórica

ONDE RESIDE A CRIAÇÃO?

A modalidade de intervenção clínica AT, é uma prática clínica que tem suas raízes
fundadas nas ideias do movimento antipsiquiátrico inglesa, da psicologia democrática
italiana e da psicoterapia institucional francesa. Esses movimentos constituíram a
reforma psiquiátrica que tinha como objetivo central a crítica à psiquiatrização da
loucura.

A denominação desse acompanhante foi sendo modificada à medida que a prática se


desenvolvia, buscando clarificar a especificidade desse trabalho.

Apesar das causas estruturais da abertura manicomial ter seu compromisso com as bases
político-econômicas da sociedade, não diminui a importância da humanização crescente
que se deu no século XX na relação que a sociedade pode estabelecer com o portador de
doença mental. O acompanhamento terapêutico nasceu comprometido com essa
humanização, com o aumento da circulação do doente mental pela cidade, pelo convívio
urbano e a redução de seu aprisionamento em um mundo segregado. Era um
atendimento realizado de início apenas no espaço das instituições, com os pacientes
internos. O acompanhamento terapêutico entra no Brasil na década de 70.

No texto “acompanhante-acompanhado: história de dois”, escrito por Adriana Canepa


Barbosa, faz uma descrição poética sobre as funções, papel, trajetória do(s) pacientes,
normas, objetivos, de ambos, acompanhante-acompanhado.

Disserta que falar sobre AT as combinações de palavras são inesgotáveis; a folha em


branco é um terreno fértil. Brinca com a inesgotabilidade da escrita. Escrever e
acompanhar compartilham as belezas e dificuldades de um processo de criação. Onde
reside a criação?

E para falar de criação, tomamos como base o processo de criação de Donald Woods
Winnicott, pediatra e psicanalista britânico da segunda metade do século XX.
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Dentre os teóricos de maior relevância da psicanalise, um dos que imprime ênfase as


questões de constituição do eu. Em sua teoria do desenvolvimento emocional, ele tenta
dar conta dos primórdios da vida do sujeito, e das condições para a conformação de um
eu que seja sentido como real e significativo. Busca apontar a imprescindibilidade de
um ambiente confiável, de uma mãe dedicada, para que se erija um eu enriquecido
permanentemente pelo fazer criativo. Traça as diversas falhas do ambiente e as
ansiedades decorrentes pelas quais o bebê passa, caso sua mãe não seja suficientemente
boa. Discorre sobre as consequências decorrentes dessas falhas, mas sempre sublimando
a possibilidade de instaurar, ou reinstaurar, o espaço para um viver criativo. Winniccot
acredita que o viver criativo é uma maneira que o organismo tem de viver a seu modo.

O ambiente para Winnicott é determinante na construção de um ser saudável e


significativo, de uma existência verdadeira, de um viver criativo. Saudável para ele é
alguém que dispõe da ponte que liga o sujeito ao mundo, ou seja, que exercita sua
potencialidade criativa na área de ilusão.

Winnicott enxerga na vida seu enorme potencial criativo, sua generosidade de formas,
sua proliferação do novo, sua germinação variada. Cria-se o mesmo em algo sempre
renovado, e os criadores somos nós próprios, criadores do mundo, dos nossos eu, da
vida.

Para viver criativamente, depende-se de um ambiente bom, e este ambiente é encarnado


por uma mãe suficientemente boa nos primeiros ensaios da vida. Ela não precisa ser
perfeita, infalível. A mãe devota comum se encaixa nessa categoria, o que indica que se
exige da mãe apenas que ame o seu filho, que se dedique a ele, que tente lhe satisfazer
as necessidades e se identifique com ele.

A identificação de que Winnicott fala nesta fase da vida do bebê é a identificação


primária que, segundo seu ponto de vista, procede o “estar-em-união-com, uma vez que
o bebê e a mãe são um, não houve nada senão identidade. Esta identificação primaria é
exatamente relevante para o restante das experiências de identificação subsequentes
(Winnicott, 1971, p. 114).

Em fins de gravidez e nas primeiras semanas de maternagem, as mães costumam ser


acometidas pela “preocupação materna-primaria”, descrita como um estado transitório
em que elas vivem exclusivamente para seus bebês. Nem todas as mães são capazes de
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tal envolvimento com o que concerne aos cuidados maternos. Este é um dos balizadores
que diferenciam uma “mãe suficientemente boa” de uma “mãe não suficientemente
boa”.

A preocupação materna primaria é de grande importância para o desenvolvimento


emocional primitivo do bebe e pode ser comparada a uma patologia que dura algumas
semanas e tende a ser superada sem nenhuma terapêutica específica, como se o passar
do tem desse conta de restabelecer à mãe o interesse pelo restante de seus afazeres
cotidianos, para além de cuidar de seu filho.

Em contrapartida à dependência absoluta do bebê, a “mãe suficientemente boa” sente-se


ela própria dependente e parte dele. Ela, igualmente, enlevada pela “preocupação
materna primária”, sente formar um bloco com o filho, e tenta adaptar-se ativamente a
ele, a atender às suas necessidades, buscando, por meio da identificação adivinhar
aquilo de que ele precisa. Há um enorme prazer por parte da mãe nesse cuidado, e sua
consagração a configura como um ambiente perfeito.

Winnicott não defende a adaptação do recém-nascido ao ambiente, ele isenta o bebe


desta tarefa, indicando o risco que uma adaptação precoce oferece ao self. É o ambiente
primitivo, encarnado pela mãe, que deve se adaptar ativamente a criança e a satisfação
de suas necessidades. É necessário também que o ambiente suficientemente bom seja
garantido pelo pai. Se a relação primitiva com a mãe for marcada por reciprocidade e
por cuidados maternos, a criança torna-se apta a depositar certa confiança na
fidedignidade não só do ambiente primário representado pela mãe, assim como nas
formas futuras do ambiente e do mundo externo. Apenas nesse cenário, e possível
arquitetar um espaço e um tempo para viver criativo.

WINNICOTT – PROCESSO CRIATIVO.

Segundo Winnicott (1970), o potencial de criação do sujeito começa a ser desenvolvido


entre a fase da ilusão e a da desilusão, ao que ele nomeia como fase transicional. Para
ele, no indivíduo neurologicamente sadio, ou seja, com capacidade cerebral e uma
inteligência razoável, existe a potencialidade para a capacidade de criar, mas a
atualização desta capacidade dependerá de um ambiente facilitador. Tal ambiente é
aquele que propicia algumas experiências básicas por um período de tempo
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suficientemente longo. Estas experiências podem se situar em duas áreas: a da ilusão e


da desilusão. Na área da ilusão – a mãe-ambiente fornece ao bebê a "experiência da
onipotência", não há separação do eu – não eu, é o momento da ilusão, que funda a
experiência do ser sem interrupções insuportáveis, estabelecendo o sentimento de
completude. A área da desilusão, depois de estabelecido o sentimento de completude,
poderá ser vivida de forma a criar um espaço potencial entre a mãe e o bebê – o objeto
transicional, símbolo da união mãe-bebê, que ocupará o espaço potencial no momento
em que se der a separação eu – não eu. Inaugura-se, aqui, a capacidade de simbolizar –
indispensável ao processo de criação do sujeito.

A partir do momento em que o ser humano lactante começa a se ver como um ser
separado da mãe – como um outro ser independente – ele dá início à construção do seu
mundo interior. Winnicott (1970) explicita que o desenvolvimento satisfatório de uma
criança requer o seu envolvimento com o mundo. Assim, o envolver-se com o mundo
está vinculado ao desenvolvimento da capacidade de se pré-ocupar (concern). Tal
capacidade se dá, mediante a presença da mãe-objeto e da mãe-ambiente, ou daquela
que substitui a mãe nas suas funções. A mãe-objeto é por quem o bebê sente amor e
ódio; ilusão e desilusão; pulsão de construção e destruição. Já a mãe-ambiente
representa o amparo que a criança deve sentir durante as suas brincadeiras ou
ocupações. Em circunstâncias favoráveis, a mãe, ou a sua substituta, recebe toda a carga
dos impulsos do bebê, como a mãe que pode ser amada ou a pessoa a quem se pode
fazer reparações. Só assim, as ansiedades e as fantasias sobre esses impulsos tornam-se
toleráveis para o bebê, que pode experimentar a culpa ou retê-la totalmente, na
expectativa de uma oportunidade para fazer a sua reparação.

Nos estágios iniciais do desenvolvimento humano, se não houver uma figura materna de
confiança para receber o gesto de reparação, a culpa se torna intolerável e a pré-
ocupação (concerne) não pode ser sentida. O fracasso da reparação leva à perda da
capacidade de se pré-ocupar e à sua substituição por formas primitivas de culpa e
ansiedade.

A capacidade de se pré-ocupar pode ser resgatada, quando o sujeito toma consciência da


sua culpa e consequente autodestruição. Isto se dá através de um processo construtivo,
ou seja, quando o ser humano se torna apto a recuperar sua qualidade de criar, de ser
original. Viver criativamente constitui um estado saudável e o indivíduo sente que a
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vida é digna de ser vivida. Em contraste, existe um comportamento de submissão com a


realidade externa, em que o mundo, em todos os seus detalhes, é reconhecido apenas
como algo que exige ajuste e adaptação. Tal estado de submissão é uma base doentia
para a vida.

Neste sentido, Winnicott (1975) se refere à criatividade do sujeito como uma condição
universal para ele estar vivo, isto é, a interação da sua realidade interna com a realidade
externa. Num sujeito com capacidade cerebral razoável e inteligência suficiente para se
tornar uma pessoa ativa e participar da vida comunitária, tudo o que acontece é criativo.
Inversamente, fatores ambientais que venham a sufocar seus processos criativos podem
torná-lo submisso e doente.

O desenvolvimento do potencial de criação do sujeito está relacionado a um ambiente


propício, ou seja, um ambiente onde ele possa ter espaço para desenvolver a sua
singularidade e reintegrá-la à realidade externa através de atividades culturais, sociais e
políticas. Esse espaço é, pois, um interno imerso e fundado no mundo, ou seja, a
inserção do sujeito na sociedade deve se dar por meio de sua interação dinâmica com o
mundo externo. Os momentos internos (sujeito) se justapõem aos momentos externos
(mundo comum), alguns desaparecem, outros emergem e é a criação desses momentos
justapostos o que permite a afirmação do nosso ser no mundo. Segundo Momberger
(2000), a construção da identidade do sujeito acontece mediante a dialética de tais
momentos, que são opostos e complementares – interno/externo, psíquico/material,
imaginário/real, subjetivo/objetivo, individual/coletivo.

CLIVAGEM: Clivagem é um substantivo feminino e está relacionada com o ato


de clivar, dividir ou separar, estando presente em várias áreas do conhecimento humano.
Clivagem é um substantivo feminino e está relacionada com o ato
de clivar, dividir ou separar, estando presente em várias áreas do conhecimento humano.

CLIVAGEM NA PSICOLOGIA: Na psicologia, a clivagem do ego é um termo


utilizado por Freud para descrever um fenômeno mental que funciona, como um
mecanismo de defesa, quando há uma divisão de sentimentos, comportamentos, ideias
ou de outras manifestações psicológicas inerentes à um indivíduo.

Ocorre quando uma pessoa apresenta dois tipos de sentimentos ou comportamentos em


relação a uma mesma e única realidade. A clivagem do ego está associada com o
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comportamento psicótico, quando o indivíduo apresenta, à nível do ego, duas


personalidades contraditórias e simultâneas parente a realidade.

CRISE: Distúrbio de origem cerebral que acomete um paciente cujo estado de saúde
era, aparentemente, bom, ou torna mais grave uma doença crônica já existente.

No campo da Psicologia, em particular da Psicologia do Desenvolvimento, o conceito


de crise é explicado como toda a situação de mudança a nível biológico, psicológico ou
social, que exige da pessoa ou do grupo, um esforço suplementar para manter
o equilíbrio ou estabilidade emocional. Corresponde a momentos da vida de uma pessoa
ou de um grupo em que há ruptura na sua homeostase psíquica e perda ou mudança dos
elementos estabilizadores habituais.

A crise pode ser definida como uma fase de perda, ou uma fase de substituições rápidas,
em que se pode colocar em questão o equilíbrio da pessoa. Torna-se, então, muito
importante a atitude e comportamento da pessoa em face de momentos como este. É
fundamental a forma como os componentes da crise são vividos, elaborados e utilizados
subjetivamente.

A evolução da crise pode ser benéfica ou maléfica, dependendo de fatores que podem
ser tanto externos, como internos. Toda crise conduz necessariamente a um aumento da
vulnerabilidade, mas nem toda crise é necessariamente um momento de risco. Pode,
eventualmente, evoluir negativamente quando os recursos pessoais estão diminuídos e a
intensidade do stress vivenciado pela pessoa ultrapassa a sua capacidade de adaptação e
de reação.

Mas a crise é vista, de igual modo, como uma ocasião de crescimento. A evolução
favorável de uma crise conduz a um crescimento, à criação de novos equilíbrios, ao
reforço da pessoa e da sua capacidade de reação a situações menos agradáveis.

Assim, a crise evolui no sentido da regressão, quando a pessoa não a consegue


ultrapassar, ou no sentido do desenvolvimento, quando a crise é favoravelmente vivida.

DIAGNOSTICO: Em medicina, diagnóstico é a parte da consulta médica, ou do


atendimento médico, voltada à identificação de uma eventual doença. Um conjunto de
dados, formado a partir de sinais e sintomas, do histórico clínico, do exame físico e dos
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exames complementares (laboratoriais, etc.), é analisado pelo profissional de saúde e


sintetizado em uma ou mais doenças. A partir dessa síntese, é feito o planejamento para
a eventual intervenção (o tratamento) e/ou uma previsão da evolução (prognóstico),
baseados no quadro apresentado.

Classicamente, a base do diagnóstico médico é a consulta médica, mas existe um grande


e crescente número de técnicas complementares de diagnóstico.

SOFRIMENTO: (p.722). estado mental que experimenta todo individuo que passa por
uma dor física ou mental prolongada. Por muito tempo considerado apanágio do
homem, o sofrimento também existe no animal. Pode ser avaliado por critérios
objetivos, que levam em conta o estado de saúde, a fisiologia e o comportamento. Isso
fornece uma base racional para questões éticas, como a experimentação animal ou a
criação industrial de animais.

PSICOSE: (p. 634), termo introduzido, em meados do sec. XIX pelo psiquiatra alemão
E. Feuchterleben, para definir o conjunto dos distúrbios mentais graves que afetam o
sentido da realidade e cujo caráter mórbido não é reconhecido pelo doente. Devia
substituir os termos loucura e alienação mental, que se tinham tornado pejorativos.
Permitiu que se isolassem distúrbios mentais que, com esses traços gerais comuns,
dependem de causas e de mecanismos distintos. Nessa acepção, é ainda utilizado para
designar distúrbios mentais precisos (por exemplo, psicose puerperal, ou psicose
carcerária) ou num sentido puramente descritivo (classificação DSM, Manual
diagnóstico e estatístico dos distúrbios mentais).

Com E. Kraepelin, no inicio do século XX, confere-se a ele um sentido mais preciso,
que se aplica a um quadro nosológico determinado por estados crônicos que dependem
de um processo de origem endógena, sem ligação direta coma personalidade anterior, e,
que reúnem a demência precoce (tornada psicose esquizofrênica e psicoses delirantes
sistematizadas crônicas) e a psicose maníaco-depressiva. A reunião dessas duas
entidades mórbidas sob esse termo, embora ainda amplamente empregado, exige,
reservas por causa de suas diferenças radicais de origem e de mecanismo.

Sob a influência da psicanálise (S. Freud, K. Abraham, P. Federn) e em contraste


como quadro da neurose, o termo tomou um sentido mais estrutural que nosológico,
designando um modo de organização da atividade mental caracterizada libido e/ou dos
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modos arcaicos de relação de objeto (simbiótica, ambivalente, oral) e pela fragmentação


das representações de objetos fantasmáticos (posição esquizoparanóide) e dos
mecanismos específicos de defesa contra os conflitos intrapsíquicos que delas
dependem (projeção, clivagem). Tal modo de funcionamento é observado em estados
agudos ou crônicos que se inscrevem em variados quadros nosográficos, e mesmo em
certos tipos de personalidade (esquizoide, esquizofrênica, borderline). Numa
esquematização sem dúvida exagerada, tende-se a opor psicótico a neurótico como dois
modos fundamentais do funcionamento mental.

NEUROSE: (p. 534) designa, atualmente, os distúrbios mentais caracterizados por


comportamentos que só afetam um setor limitado da atividade, sem relação, pelo menos
aparente, com as motivações instintivas e sociais habituais. O sujeito não vê sua
finalidade, mas reconhece seu caráter anormal, não podendo, porém, livrar-se dela
voluntariamente.

É de maneira negativa que as neuroses são opostas aos distúrbios dos


comportamentos instintivos (perversão sexual, distúrbio do comportamento alimentar),
aos desequilíbrios psicopáticos e distúrbios do caráter (que afetam o conjunto das
atividades do indivíduo), aos distúrbios tímicos e às psicoses (cujo caráter mórbido não
é reconhecido).

Na realidade, nenhum desses critérios seria suficiente se a autonomia do contexto das


neuroses não se baseasse numa teoria etiopatogênica precisa. No início, após a criação
do termo W.Cullen, em 1777, tratava-se de definir distúrbios físicos de origem
funcional nervosa. Os progressos da medicina, no decorrer do sec. XIX, permitiram que
saíssem desse contexto a maioria de suas expressões (asma, epilepsia, coréia – chamada
popularmente de doença de São Vito ou de São Guido), conservando-se quase só a
histeria.

Com fundamentos teóricos distintos, P. Janet e S. Freud, ao mesmo tempo,


relacionaram esta última com as manifestações fóbicas e obsessivas.

Variamente matizado, o contexto das neuroses recobriu, até recentemente, essas três
variantes clínicas. Todavia, com base em diferentes argumentos, foram com ele
relacionadas formas próximas (neurose atual, neurose de abandono, neurose de fracasso,
depressão neurótica, neurose de caráter e neurose de órgão). As últimas duas ilustram
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bem uma tendência que se formou de considerar como neurose um distúrbio de origem
psicogenética. Por uma extensão ainda mais livre, o termo é empregado para afastar a
origem “psicótica” de um distúrbio psíquico ou para assinalar a natureza involuntária,
dotada, contudo de uma sintomatologia inconsciente, de qualquer comportamento.

Diante de tal confusão terminológica, numa preocupação declarada de “ateorismo”, mas


também por causa da dificuldade de distinguir do contexto das neuroses os outros
distúrbios somatoformes (com relação à histeria), ou as outras manifestações da
angústia (com relação às fobias e às obsessões), e em razão do fato de sintomas
neuróticos serem observados em outros distúrbios mentais, as recentes classificações
internacionais DSM III-R (Manual diagnóstico e estatístico dos distúrbios mentais)
desistiram desse contexto posológico.

Talvez essa reação seja excessiva. Ainda que se deva considerar a etiologia das neuroses
de forma mais ampla que no contexto do conflito intrapsíquico da teoria psicanalítica,
argumentos sintomáticos de continuidade e de eficácia das psicoterapias permitem
justificar que se reserve o termo neurose para formações sintomáticas isoladas e
permanentes de natureza histérica, fobia e obsessiva.

4.2 Metodologia

Para a elaboração da analise clinica deste trabalho foram utilizadas pesquisas


bibliográficas e artigos científicos.

4.3 Participantes

O grupo que realizou o trabalho foi composto por quatro alunas do 5º semestre de
Psicologia da Faculdade Educacional de Araçatuba FAC-FEA.

4.4 Recursos

Foram utilizados artigos científicos, livros e o data show para apresentação oral através
de slides.
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4.5 Procedimentos

No dia 13 de Maio foi realizada a apresentação do artigo em sala, utilizando cinquenta


minutos para apresentação e dez minutos para esclarecimento de dúvidas e exploração
do texto com os colegas de sala (anexo 1). No dia 12 de Junho foi entregue o trabalho
escrito pelos participantes, o qual totalizara no máximo até três pontos na nota final do
aluno.

4.6 Analise Geral do Grupo de Trabalho

Enquanto grupo, concordamos que as aulas ministradas em sala, o trabalho


desenvolvido por nós e os demais apresentados foi de suma importância para o primeiro
contato que tivemos com essa função a qual o Acompanhante Terapêutico exerce e que
nos acrescentará como profissionais mesmo que não sigamos por estes caminhos.
Compreendemos que o AT propõe conhecer as pessoas além dos diagnósticos, para que
estes não sejam determinados como o fim, pois para que tais diagnósticos apareçam é
preciso o mais importante existir vida e o AT tem a função de resgatar o ser desejante
desses indivíduos rotulados por outros profissionais e pela própria sociedade e faz isso
questionando na prática a petrificação em que os diagnósticos colocam portadores de
transtornos, de deficiência e todos aqueles que não são considerados produtivos pelo
capitalismo.

Contudo o AT compromete se a construir uma relação subjetiva com o acompanhado,


reconstruindo os vínculos com os familiares e com a sociedade, mostrando para os
acompanhados que eles são pessoas importantes e capazes.
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5 CONCLUSÃO

Em virtude dos fatos expostos podemos concluir que o trabalho de atendimento terapêutico,
na prática distancia-se por sua atuação, na reflexão assemelham-se como processo, um
processo que vai além da escrita, é necessário a criação. É preciso existir um vínculo para que
o acompanhante possa intermediar ao acompanhado; a aproximação corporal, condição do
encontro, é uma alternativa. Compartilhado experiências, acompanhante e acompanhado
trocam mais do que palavras, é preciso ter consciência que estará lidando com o imprevisível,
com o espaço desconhecido.

No artigo a autora se aventura no agora junto ao seu acompanhado, cada dia é uma surpresa, a
surpresa do novo, do produzido a partir do acompanhamento terapêutico. Pacientes psicóticos
aprisionam-se em suas palavras, existe uma dificuldade de expressão por parte deles, diante
deste vínculo que se cria entre acompanhante e acompanhado o AT pode perceber através de
simples gestos o que seu acompanhado necessita.

É imprescindível que todos se conscientizem do quanto é diferencial a presença de um amigo


qualificado em momentos de crise, e de recuperação, o acompanhante pode dar ao
acompanhado a vida que pensava ter perdido.
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6 REFERÊNCIAS

BARBOSA, Adriana Canepa. Acompanhante-acompanhado: história de dois. In: SANTOS, R. G. (org.).


Textos, texturas e tessituras no acompanhamento terapêutico. São Paulo: Instituto A Casa / Editora
Hucitec, 2006.

Leclaire, Serge. As palavras do psicótico. In: Chaim Samuel Katz (org.).


Psicose – uma leitura psicanalitica. São Paulo: Escuta, 1991

Mauer, S. K. E. S. Resnizky. Acompanhantes Terapêuticos e Pacientes


Psicóticos. Campinas, Papirus, 1987.

May, Rollo. A coragem de criar. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.

WINNICOTT, Donald Woods. O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Artes Médicas,
1983.
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ANEXOS

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