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FACULDADE DE CIÊNCIA HUMANAS DE OLINDA

FACHO
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

ADRIANA NASCIMENTO LEITE

AMANDA PEREIRA DE LIMA

ARTUR CARLOS BARROS DA SILVA

ISABELLA BEATRIZ ALVES DE LIMA

LAIS TAYSSA CORREIA DA SILVA

PROJETO VAN GOGH

OLINDA

2023
ADRIANA NASCIMENTO LEITE

AMANDA PEREIRA DE LIMA

ARTUR CARLOS BARROS DA SILVA

ISABELLA BEATRIZ ALVES DE LIMA

LAIS TAYSSA CORREIA DA SILVA

PROJETO VAN GOGH

Trabalho feito no intuito de avaliação da


cadeira de Metodologia científica pertencente
ao curso de graduação de psicologia
bacharelado, instruído pelo professor(a) e
doutor Luciano Borges de Souza.

OLINDA

2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................4

2 DESENVOLVIMENTO......................................................................4

2.1 Objetivos………………………………………………………………4

2.2 Marco teórico…………………………………………………………4

2.3 Metodologia…………………………………………………………..6

3 CONCLUSÃO.....................................................................................7

4 REFERÊNCIAS..................................................................................8

5 ANEXOS...............................................................................................8

ANEXO A - Divisão das tintas


ANEXO B - Confecção da pintura
ANEXO C- Confecção da pintura
ANEXO D - Confecção do cartaz
ANEXO E - Pinturas finalizadas
ANEXO F - Cartaz finalizado
1 INTRODUÇÃO

A transição da infância para a adolescência promove uma série de novos desafios para
os jovens, dentre elas a perda da identidade infantil e a necessidade de construir uma nova
versão de si, ela fase do desenvolvimento que se encontram os adolescentes processam
informações diferentemente dos adultos, suas redes cerebrais não estão em pleno
funcionamento, por serem mais sensíveis a estímulos sociais e emocionais acabam sendo
afetados de forma mais agressiva por problemas psicológicos (Steinberg, 2007). Advindo da
observação desses fatores, o presente projeto foi desenvolvido com o intuito do auxílio da
auto compreensão de pré-adolescentes, visando assim também a compreensão do processo de
mudanças, ligadas à idade (adolescência) e a vida escolar.
Partindo desse propósito, foram utilizadas a influência teórica e bibliográfica da
psiquiatra Nise da Silveira — com a ideia de arte terapia e o conhecimento do eu —, da
psicóloga Diane E. Papalia — com o compreendimento dos conflitos representantes da
transição da infância para a adolescência — e representados de forma explicativa as obras de
autorretrato do pintor pós-impressionista Vincent Van Gogh.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 OBJETIVOS

O projeto Van Gogh vem com o intuito do auxílio da auto compreensão de


pré-adolescentes, visando assim também a compreensão do processo de mudanças, ligadas à
idade (adolescência) e a vida escolar, utilizando como base a história da artista unida aos
trabalhos da psiquiatra brasileira Nise Silveira e a compreensão da fase pela psicóloga Diane
E. Papalia. Sendo assim, o foco do trabalho é a arte terapia e a autocompreensão, não
seguindo a via da demonização, mas sim do entendimento de que todos temos questões e
particularidades, entender nossas individualidades e nossos processos da forma mais aberta e
menos destrutiva possível. O projeto buscou trabalhar com uma turma de 5° ano da rede
pública — crianças de 10 a 13 anos —, através da confecção de um auto retrato e seguidos
pelas exposições do mesmo.

2.2 MARCO TEÓRICO

Nise da Silveira atuou como psiquiatra na década de 20 quando as práticas de


intervenção psicológica ainda eram absurdas como; lobotomia, insulinoterapia e eletrochoque.
Não satisfeita, contudo insatisfeita como todo esse tratamento,a Nise começou a introduzir a
arte como um modelo de terapia,a qual por meio da pintura e da modelagem ajudava seus
pacientes a liberdade de expressão para o que estava sentindo, seu foco era aflorar a
autonomia e deixá-los à vontade para poderem se expressarem como pessoas, trazendo assim
bem-estar aos que a buscavam.

”Nise afirmou que o hospital colabora com a doença e acreditava que a caberia à
terapêutica ocupacional era parte importante na mudança desse ambiente.” (interface , v. 11 ,
n . 22, pág. 365 –376,2007.)

Quando olhamos para a revolução que a psiquiatra Nise trouxe como intervenção e
comparamos buscando pontos semelhantes e de melhorias para a história do Van Gogh,
podemos além de atribuir créditos para a arte ,já que o mesmo se encontrava na vida dos dois,
somos capazes de fazer uma crítica ao tratamento que era tido pelo Van Gogh quando ficou
internado (a causa até hoje ainda é sujeita a dúvidas) mas usando a arte terapia desenvolvida
pela Nise enquanto tratamento para o Van, não somente poderia intervir com o suicídio
cometido,mas também para a valorização da arte,o reconhecimento como artista e até mesmo
a significação como pessoa. Hoje vemos tanto o trabalho da Nise tendo resultados como a arte
terapia

”A arteterapia é um dispositivo terapêutico que absorve saberes das diversas áreas do


conhecimento, constituindo-se como uma prática transdisciplinar, transferindo a resgatar o
homem em sua integralidade através de processos de autoconhecimento e transformação (1 )”
COQUEIRO, NF; VIEIRA, FRR; FREITAS, MMC Arteterapia como dispositivo terapêutico
em saúde mental. Acta Paulista de Enfermagem , v. 6, pág. 859–862, 2010.)

Tem se atentado na singularidade de cada indivíduo é como isso pode ter uma resposta
positiva no tratamento. Também vemos as obras do próprio Van Gogh ganhando cada vez
mais fama. Mostra então que a arte é muita mais que uma “matéria” é uma forma de viver,que
sabendo como vivê-la pode ser capaz de dar significado à vida.

A transição da infância para a adolescência promove uma série de novos desafios para
os jovens, dentre elas a perda da identidade infantil e a necessidade de construir uma nova
versão de si. Problemáticas se desdobram nesse período da vida; Cerca de 6% de jovens com
idades de 12 a 17 anos necessitam de tratamento para uso de álcool e mais de 5% para uso de
drogas ilícitas (Substance Abuse and Mental Health Services Administration [SAMHSA],
2006). Meninos e meninas em situação de pobreza ou dificuldade social são mais propícios a
desenvolver dependência química nessa fase de suas vidas, seja por falta de acesso à educação
de qualidade em redes públicas de ensino, informação sobre os efeitos de tais substâncias ou
suporte parental. Pela fase do desenvolvimento que se encontram os adolescentes processam
informações diferentemente dos adultos, suas redes cerebrais não estão em pleno
funcionamento, por serem mais sensíveis a estímulos sociais e emocionais acabam sendo
afetados de forma mais agressiva por problemas psicológicos (Steinberg, 2007). Esse
conjunto de mazelas sociais potencializada pelos hormônios aflorados e sensação de falta de
pertencimento (característicos da puberdade) tornam a tarefa de se desenvolver extremamente
dolorosa e difícil para eles; Manifestação de ansiedade, quadros depressivos e transtornos
alimentares não são raros em fases precoce do amadurecimento. Adolescentes na faixa dos 12
a 17 anos já experienciam episódios de quadros depressivos, e apenas cerca de 40% deles
tiveram tratamento National Survey on Drug Use and Health [NSDUH], 2008 e segundo
(Brent e Birmaher, 2002) a depressão em pessoas jovens não se manifesta unicamente em
tristeza, mas em irritabilidade, tédio ou incapacidade para experienciar situações prazerosas,
sejam elas em meio social ou de forma individualista. Auto mutilação e o perigo do suicídio
também é real dentro desse contexto. Uma das alternativas possíveis para intervir dentro desse
contexto seria o uso da arte como escape dessas possíveis mazelas sociais, e em certos níveis
para o autoconhecimento dos adolescentes, com base nas teorias de Nise da Silveira e seu
trabalho terapêutico pela arte. Incentivo ao pensamento artístico dentro do sistema
educacional para trabalhar atenção, criatividade, autoconhecimento, ferramenta terapêutica e
laboral.

2.3 METODOLOGIA
Ocorreram duas visitas à instituição, a primeira (27/10) foi uma visita ao espaço, tendo
uma conversa produtiva com membros da direção a respeito no local, explicando o que lá
seria trabalhado com os alunos e o intuito de tudo, abordando de forma rasa também as bases
a serem utilizadas e suas motivações.
O segundo encontro (07/11) foi destinado para a prática do projeto, foi feita uma
pequena apresentação sobre o Van Gogh, falando brevemente sobre sua história de vida e
focando em sua história com a arte e o quão importante ela foi para o mesmo. Baseando-se na
ideia de arteterapia da psiquiatra Nise da Silveira, propusemos de atividade uma pintura ou
desenho de algo que os representa-se — auto retrato, objeto, cenários, atividades ou
memórias — Todos se mostraram eufóricos com a ideia da atividade que ocorreu no
momento pós lanche, nos três últimos horários de aula. Assim que foi finalizada a explicação,
a sala foi organizada em duplas, e cada uma delas recebendo copos de plástico com as cores
primárias, pincéis de esmalte, cotonetes, pincéis de arte e folhas de papel, alguns optaram por
utilizar apenas as mãos para seus desenhos
Durante a realização da atividade ficaram visíveis algumas dificuldades, como alguns
alunos demonstraram dificuldade em desenhar algo que os representasse, não sabendo por
onde começar ou mudando de ideia no meio do caminho, um em específico passou boa parte
desse momento apenas encarando a folha em branco. Outros alunos iam majoritariamente em
busca do olhar e julgamento da professora, com a atenção dos membros do projeto os alunos
mais quietos, se mostram mais abertos e validados, mostrando suas técnicas artísticas com
mais orgulho e explicando os pontos que mais gostaram no processo e seus significados

3. CONCLUSÃO
No referido trabalho/projeto tratamos do assunto "arte e loucura", usamos assim como
exemplo a história de duas grandes referências para tal. O artista pós- impressionista Vincent
Van Gogh e a médica Nise da Silveira, ambos fizeram participação com grande marco para a
chamada arte e loucura. Desta forma alcançamos os objetivos criados para a realização do
trabalho/projeto com objetivos como a expressão subjetiva que cada um carrega dentro de si.
Também a forma de como essa expressão é expressada. Concluímos assim que a arte como
terapia tem grande impacto no que se diz o "eu". Sabendo que este "eu" tem diversas formas a
ser manifestado já que vai de acordo com a experiência particular de cada indivíduo.
Compreendendo isto,a arte mostra um fundamental papel para o desenvolvimento
individual,já que com ela a expressão não é reprimida, muito pelo contrário,a expressão,seja
ela qual for é valorizada e é estimulada, fazendo com que assim os participantes se sintam
adeptos a serem quem são e se expressarem da maneira mais transparente.Com o resultado de
crescimento pessoal,já que isto pode ser um considerável "empurrão" para ser quem é e
aceitar a identidade que careaga. Mesmo que em algumas situações adversas do objetivo
tenha ocorrido, prevaleceu-se o contato da dinâmica levada com a elaboração do próprio,
sendo assim a ideia central foi executada.
REFERÊNCIAS

Brent, D. A., & Birmaher, B. (2002). Adolescent depression. New England Journal of
Medicine, 347, 667–671.

CASTRO, ED DE; LIMA, EMF DE A. Resistência, inovação e clínica no pensar e no agir de


Nise da Silveira. Interface , v. 11, n. 22, pág. 365–376, 2007.

COM AMOR, VAN GOGH. Direção de Dorota Kobiela, Hugh Welchman. Produção de :
Hugh Welchman, Sean M. Bobbitt, Ivan Mactaggart. 2017. P&B.

COQUEIRO, NF; VIEIRA, FRR; FREITAS, MMC Arteterapia como dispositivo terapêutico
em saúde mental. Acta Paulista de Enfermagem , v. 6, pág. 859–862, 2010.)

National Survey on Drug Use and Health (NSDUH). (2009, September 17). Suicidal thoughts
and behaviors among adults.Retreived from http://www.oas.samhsa.gov/2k9/165/Suicide.htm

PAPALIA, D. E. e FELDMAN, R. D. (2013). Desenvolvimento Humano. Porto Alegre,


Artmed, 12ª ed.

Substance Abuse and Mental Health Services Administration (SAMHSA), Office of Applied
Studies. (2006b). Substance use treatment need among adolescents: 2003–2004. NSDUH
Report (Issue 24).

Rockville, MD: Author Steinberg, L. (2007). Risk taking in adolescence: New perspectives
from brain and behavioral science. Current Directions in Psychological Science, 16, 55–59.

Van Gogh: entre a genialidade e a doença. Jornal brasileiro de patologia e medicina


laboratorial , v. 1, pág. 00–00, 2010.
ANEXOS

ANEXO A - Divisão das tintas

ANEXO B - Confecção da pintura

ANEXO C- Confecção da pintura


ANEXO D - Confecção do cartaz

ANEXO E - Pinturas finalizadas


ANEXO F - Cartaz finalizado

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