Você está na página 1de 10

UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciências Humanas

Curso de Psicologia

Disciplina Psicologia Social

PSICOLOGIA SOCIAL:

Patch Adams: O Amor é Contagioso e a Psicologia Social

Marina Carlos Tostes – G4851D-4

Campus Vargas – Ribeirão Preto

2023

1
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciências Humanas

Curso de Psicologia

Disciplina Psicologia Social

Trabalho desenvolvido como condição para

aprovação na Disciplina Atividade Prática

Supervisionada – Psicologia Social, sob a orientação

da Profª. Drª. Lilian Junqueira.

Campus Vargas – Ribeirão Preto

2023

2
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 4

METODOLOGIA. 5

ANÁLISE DA OBRA CINEMATOGRÁFICA 6

PAPEL DA PSICOLOGIA SOCIAL NO CONTEXTO HOSPITALAR 8

CONCLUSÃO 9

REFERÊNCIAS 10

3
INTRODUÇÃO

O objetivo do trabalho é fazer uma reflexão sobre a obra “Patch Adams: o amor é

contagioso” em face do contexto psicossocial e de aspectos que perpassam a vida hospitalar,

abordando um contexto de humanidade e identidade dado através do apoio mental e a figura

do psicólogo. Como percurso de metodologia, foi realizada uma análise acerca dessas

relações expressas na obra. O filme dos anos 90, é uma produção que relata a formação

médica nos Estados Unidos da época retratada, assim, é utilizado como meio de promover o

debate sobre a figura do palhaço de hospital e a concepção de que ele irá resolver demandas

da saúde psicológica. Acerca do resultado deste trabalho, foi analisado o modo de produzir a

saúde mental na sociedade, ampliando o olhar para pessoas que estão em momentos de crise

identitária e priorizando prestar um serviço acolhedor e individualizado de assistência

interdisciplinar em prol ao paciente.

4
METODOLOGIA

Foi utilizado o método de pesquisa descritiva, com o objetivo de analisar os valores de

uma obra cinematográfica através de um estudo aprofundado da psicologia social comunitária,

com a finalidade de relacionar os dois universos no qual a psicologia trará uma ressignificação

àquele paciente. Ao longo da análise, o trabalho conterá ideias e embasamentos em autores

como Aroldo Rodrigues, Silvia Lane e Kurt Lewin, por exemplo e entre outros pensadores que

produzem trabalhos relevantes sobre o tema.

5
ANÁLISE DA OBRA CINEMATOGRÁFICA

A história de “Patch Adams: O Amor é Contagioso” começa após uma tentativa de

suicídio do protagonista que resolve se internar em uma clinica psiquiátrica. Ali ele começa a

ajudar alguns pacientes e descobre sua verdadeira vocação em se tornar médico. Assim,

Adams entra na faculdade de medicina onde percebe que a individualidade afasta os médicos

de seus pacientes, causando desumanização em suas consultas e retardo no tratamento dos

pacientes.

Olhando para esse aspecto, Patch Adams usa o humor, o carinho e a criatividade como

forma de melhora dos quadros, e ressalva a ideia de que pacientes são pessoas e não

doenças ou números. Com essa filosofia, o protagonista traz de volta ao seu paciente a

dignidade e identidade. Seu método incomoda médicos e alguns colegas de classe que tentam

o prejudicar, mas nada o desencoraja a continuar. Dessa forma, Patch Adams é afastado do

centro clinico e permitido apenas visitas aos seus pacientes, até que é pego pelo diretor e

impedido de ir ao hospital, o que gera comoção dos pacientes alguns até regridem no

tratamento.

No longa-metragem, a ideia de criar um "hospital" que usa o humor para cura, preenche

Patch que recebe auxilio para a realização. No desenrolar da trama, sua parceira é assasinada

por um dos pacientes da clínica e isso o desmotiva a continuar e de problemas de estrutura

em seu "hospital", é expulso pela faculdade e acusado de exercer a medicina ilegalmente,

mas felizmente foi absolvido e consegue se formar na faculdade de medicina. Após vários

conflitos, Patch vê a necessidade e eficácia de seus métodos e segue com seu projeto.

O filme mostra como o ato de ajudar uma pessoa hospitalizada a rir, se distrair, se

reinventar e mostrar que ela tem valor, fazem parte da comunicação terapêutica, que é muito

importante para a recuperação de um enfermo. O espectador percebe que mesmo que haja

6
todos os recursos e estruturas materiais de um hospital, o tratamento e humanização são o

que realmente prevalecem.

Ressalva também o fato da pessoa hospitalizada já se encontrar em estado psicológico

delicado, com a falta de auto identificação e também privada de sua liberdade. Assim, o

tratamento humanizado e humor se tornam grandes aliados. Os métodos de patch foram tão

efetivos que alcançaram o mundo, inclusive o Brasil com os "doutores da alegria" que têm

como filosofia, assim como Patch Adams, que rir é o melhor remédio.

7
PAPEL DA PSICOLOGIA SOCIAL NO CONTEXTO HOSPITALAR

Assim que a Psicologia se constitui como campo de conhecimento e profissão, foi-se

necessário entrelaçar com os diversos saberes e acontecimentos ao longo da história,

surgindo, dessa forma, diversas áreas de acordo com a demanda da sociedade. Segundo Kurt

Lewin, a própria pressão do mercado de trabalho passou a impulsionar os profissionais para

outros campos de atuação.

A Psicologia Social lida com as relações entre os membros de um grupo social, ela

está, portanto, na fronteira entre a psicologia e a sociologia. Busca entender como os homens

se comportam em suas interações sociais. Um exemplo básico dessa disciplina é que as

pessoas, por mais diversas que sejam, apresentam socialmente um comportamento distinto

do que expressariam se estivessem isoladas, porque como estão imersas na massa elas se

encontram no meio de uma mente coletiva.

No âmbito da saúde, se mostra como um campo de conhecimento e prática que trata

das questões psicológicas com enfoque mais social, coletivo e comunitário voltado para a

saúde. Em uma Psicologia Social da Saúde crítica, ao lutarmos pelos direitos à saúde por

meio da análise das relações de poder, da ética do cuidado e da valorização da utopia, assim,

uma esperança no inexplicável, ou no sonho, ressurge.

Segundo Silvia Lane em seu livro “O que é Psicologia Social?”, a consciência de si é

um dos elementos mais importantes para a constituição de um ambiente social, em que se é

dado por constituições de indivíduos em sua singularidade, transpassando para o meio social.

Assim, a consciência de si é definida pela junção de papéis que desempenhamos, e trazendo

para o contexto da saúde, mais especificamente com pessoas em condições hospitalares, a

consciência de si fica comprometida uma vez que tiramos o seu papel como um indivíduo

social.

8
CONCLUSÃO

Assim como é retratado na trama cineasta “Patch Adam: O Amor é Contagioso”, as

pessoas não são isoladas de um ambiente institucional ou social, assim como também não se

comportam como "átomos" e não se limitam exclusivamente a definições culturais e/ou sociais.

Portanto, o psicólogo da saúde não deve ver o paciente simplesmente como um sintoma ou

isolado, mas quem ele é nas suas relações de doença e com as pessoas com quem se

relaciona com os ambientes, o o desempenha e como o afeta. para que esse profissional possa

intervir de forma a promover o processo terapêutico na relação que eles vão estabelecer e fazê-

lo compreender o seu papel, que a sua saúde seja promovida, adaptando-se ao tratamento ,

rotina hospitalar e em suas relações com cuidadores profissionais.

No Brasil, o grupo “Doutores da Alegria”, leva humor, arte, conhecimento e alegria para

crianças hospitalizadas Esta organização conta também com um centro de estudos e uma

eficaz gestão e obtenção de recursos. Uma prática que começou nos Estados Unidos mas que

mobilizou milhares de pessoas ao redor do mundo. Inclusive há uma discussão discutir como

os palhaços podem contribuir para uma reflexão acerca das intervenções psicoterápicas na

Gestalt-terapia, onde o efeito do palhaço está na inversão do anseio pela vitória, ou seja,

quando todos estão preocupados em vencer, o palhaço brinca com a derrota. Portanto, o que

norteia seu surgimento é estabelecer um contato contínuo com as dimensões frágeis, ridículas

e transgressoras de cada um, nesse sentido compartilha com alguns dos princípios almejados

pela Gestalt-terapia.

9
REFERÊNCIAS

CFP. Conselho Federal de Psicologia. I Fórum Nacional de Psicologia e Saúde Pública:


contribuições técnicas e políticas para o SUS. Brasília, DF, 2006.

CHAGAS, André Felipe Lima das. Et al. A identidade social na atuação do psicólogo da
saúde. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 05, Vol. 01,
pp. 189-202. Maio de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de
acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/psicologo-da-saude, DOI:
10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/psicologo-da-saude

LANE, S. T. M. O que é psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 2017.

MAILHIOT, G. B. Dinâmica e Gênese dos Grupos - atualidade das descobertas de Kurt


Lewin. Petrópolis: Vozes, 2013.

Sá, Celso Pereira de. Sobre a psicologia social no Brasil, entre memórias históricas e
pessoais. Psicologia & Sociedade [online]. 2007, v. 19, n. 3 [Acessado 10 Março 2023], pp.
7-13. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-71822007000300002>. Epub 28 Jan
2008. ISSN 1807-0310. https://doi.org/10.1590/S0102-71822007000300002.

STREY, M. N.; JACQUES, M. G. C. (Orgs.) Psicologia social contemporânea. Petrópolis:


Vozes, 2016.

TSALLIS, Alexandra C.. Palhaços: uma possível reflexão para a Gestalt-terapia. Estud.
pesqui. psicol., Rio de Janeiro , v. 9, n. 1, abr. 2009 . Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
42812009000100011&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 10 mar. 2023.

10

Você também pode gostar