Você está na página 1de 2

A… Pesqui

Teologia da prosperidade
corrente teológica cristã

L… V… E…
Pentecostalismo

Origem

Cristianismo

Reforma Protestante

Protestantismo

Pietismo

Arminianismo

Metodismo

Movimento de Santidade

Grande Despertamento

Reavivamento da Rua Azusa

Teologia

Bíblia

Antigo e Novo Testamento

Infalibilidade • Fundamentalismo

Deus

Trindade

Teologia Sistemática

Escatologia • Pré-milenarismo

Santificação • Perfeição cristã • Vida


Superior • Evangelho Pleno • Obra
Consumada

Cinco pontos do protestantismo

Sacerdócio de todos os crentes

Conversão

Novo nascimento

Igreja de crentes

Batismo do crente

Doutrinas particulares

Batismo no Espírito Santo • Falar em


línguas • Adoração • Dons do Espírito Santo

Credos pentecostais

Declaração de Verdades Fundamentais das


Assembleias de Deus

12 Artigos de Niágara Falls

Teólogos pentecostais

Teólogos pentecostais

Gordon Fee

Teólogos carismáticos

Derek Prince

Teólogos neocarismáticos

Wayne Grudem. • C. Peter Wagner

Controversos

Estevam Hernandes • Sônia Hernandes •


Valdemiro Santiago

Personalidades

Precursores

John Wesley • William Boardman • John


Alexander Dowie • Edward Irving • Pandita
Ramabai

Líderes antigos

Charles Fox Parham • William J. Seymour •


William Durham • Louis Francescon • Aimee
Semple McPherson • Smith Wigglesworth •
Kathryn Kuhlman • William Marrion
Branham • Oral Roberts • David du Plessis •
Charles Harrison Mason

Líderes novos

Damares Alves • David Wilkerson • Derek


Prince • Kenneth Hagin • Marco Feliciano •
Nicky Cruz • Silas Malafaia • T. D. Jakes

Correntes pentecostais
Trinitário • Unicista

Movimento Carismático

Movimento Palavra de Fé

Teologia da prosperidade

Denominações do Pentecostalismo

Primeira Onda:

Congregação Cristã

Assembleias de Deus

Ministério Evangelho em Acção

Igreja de Deus

Segunda Onda:

Igreja Unida

Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil Para


Cristo

Igreja Pentecostal Deus é Amor

Igreja Cristã Maranata

Terceira Onda:

Igreja Universal do Reino de Deus

Igreja Internacional da Graça de Deus

Igreja Mundial do Poder de Deus

Igreja Bola de Neve

Igreja Renascer em Cristo

Esta caixa:
ver ·discutir ·editar

Teologia da prosperidade (também


conhecida como Evangelho da prosperidade)
é uma doutrina religiosa cristã que defende
que a bênção financeira é o desejo de Deus
para os cristãos; e que a fé, o discurso positivo
e as doações para os ministérios cristãos irão
sempre aumentar a riqueza material do fiel.
Baseada em interpretações não-tradicionais da
Bíblia, geralmente com ênfase no Livro de
Malaquias, a doutrina interpreta a Bíblia como
um contrato entre Deus e os humanos; se os
humanos tiverem fé em Deus, Ele irá cumprir
suas promessas de segurança e prosperidade.
Reconhecer tais promessas como verdadeiras
é percebido como um ato de fé, o que Deus irá
honrar.

Seus defensores ensinam que a doutrina é um


aspecto do caminho à dominação cristã da
sociedade, argumentando que a promessa
divina de dominação para as Tribos de Israel se
aplica aos cristãos de hoje. A doutrina enfatiza
a importância do empoderamento pessoal,
propondo que é da vontade de Deus ver seu
povo feliz. A expiação (reconciliação com
Deus) é interpretada de forma a incluir o alívio
das doenças e da pobreza, que são vistas
como maldições a serem quebradas pela fé.
Acredita-se atingir isso através da visualização
e da confissão positiva, o que é geralmente
professado em termos contratuais e
mecânicos.

Foi durante os avivamentos de cura (healing


revivals) dos anos 1950 que a teologia da
prosperidade ganhou proeminência nos
Estados Unidos, apesar de especialistas terem
ligado suas origens ao Movimento Novo
Pensamento. Os ensinamentos da teologia da
prosperidade mais tarde ganharam
proeminência no Movimento Palavra de Fé e no
televangelismo dos anos 1980. Nos anos 1990
e 2000, foi adotada por líderes influentes do
Movimento Carismático e promovida por
missionários cristãos em todo o mundo,
levando à construção de megaigrejas. Líderes
proeminentes no desenvolvimento da teologia
da prosperidade incluem E. W. Kenyon, Oral
Roberts, T. L. Osborn e Kenneth Hagin.

As igrejas nas quais o evangelho da


prosperidade é ensinado são geralmente não-
denominacionais e usualmente dirigidas por
um único pastor ou líder, apesar de que
algumas desenvolveram redes que se
assemelham a denominações. Algumas igrejas
dedicam um longo tempo aos ensinamentos
sobre o dízimo, o discurso positivo e a fé.
Igrejas da prosperidade geralmente ensinam
sobre responsabilidade financeira, apesar de
que alguns jornalistas e acadêmicos têm
criticado seus conselhos nessa área como
enganosos. A teologia da prosperidade tem
sido criticada por líderes dos movimentos
pentecostal e carismático, assim como de
outras denominações cristãs. Eles argumentam
que ela é irresponsável, promove a idolatria e é
contrária às escrituras. Alguns críticos
argumentam que a teologia da prosperidade
cultua organizações autoritárias, onde os
líderes controlam as vidas dos membros. A
doutrina tem seu sucesso atribuído, na Coreia
do Sul, às semelhanças com a cultura
xamanista tradicional. No Ocidente, a teologia
da prosperidade tem atraído seguidores das
classes média e baixa e tem seu sucesso
ligado às semelhanças com o fenômeno do
culto à carga, à religiosidade tradicional
africana e à teologia da libertação das igrejas
afro-americanas.

Teologia

A parábola dos Talentos,


aqui retratada numa
xilogravura de 1712, é
geralmente citada para dar
apoio à teologia da
prosperidade.

A teologia da prosperidade ensina que os


cristãos têm direito ao bem estar e, – pelo fato
das realidades físicas e espirituais serem vistas
como uma única realidade inseparável –, isso é
interpretado como saúde física e prosperidade
econômica.[1] Os pregadores da doutrina
focam no empoderamento pessoal,[2]
promovendo uma visão positiva do espírito e
do corpo.[2] Eles defendem que os cristãos
receberam poderes durante a criação do
Universo porque eles foram feitos à imagem de
Deus e ensinam que a confissão positiva
permite aos cristãos exercer domínio sobre
suas almas e objetos materiais ao seu redor.
Os líderes do movimento veem a expiação
como fonte de alívio de doenças, pobreza e
corrupção espiritual;[3] a pobreza e as doenças
seriam maldições que podem ser quebradas
através da fé e das ações retas.[4] Há, no
entanto, algumas igrejas seguidoras da
doutrina que buscam um paradigma mais
moderado ou reformado da prosperidade.[5]
Kirbyjon Caldwell, pastor de uma megaigreja
metodista, defende uma "teologia da vida
abundante", professando a prosperidade para
o ser humano como um todo, o que ele vê
como um caminho para o combate à pobreza.
[6][nota 1]

A riqueza é interpretada, na teologia da


prosperidade, como uma bênção de Deus,
obtida através da lei espiritual da confissão
positiva, da visualização e do dízimo.[8] Este
processo é quase sempre professado em
termos mecânicos;[2] Kenneth Copeland, autor
e televangelista estadunidense, argumenta que
a prosperidade é governada por leis,[9]
enquanto outros pregadores definem o
processo de maneira formulada.[3] Os
jornalistas da revista Time, David van Biema e
Jeff Chu, descreveram os ensinamentos do
pastor Creflo Dollar, do Movimento Palavra de
Fé, sobre prosperidade como um contrato
inviolável entre Deus e a humanidade.[6]

Os ensinamentos da teologia da prosperidade


sobre confissão positiva originam-se da visão
de seus proponentes sobre as escrituras. A
Bíblia é vista como um contrato de fé entre
Deus e os crentes; Deus é entendido como fiel
e justo, então os crentes devem cumprir sua
parte do contrato para receber as promessas
de Deus. Isso leva à crença na confissão
positiva, doutrina segundo a qual os crentes
podem reivindicar o que quiserem de Deus,
simplesmente falando. A teologia da
prosperidade ensina que a Bíblia promete a
prosperidade aos fiéis, então a confissão
positiva significa que os crentes estão falando
com fé o que Deus já havia dito sobre eles. A
confissão positiva é praticada para trazer o que
já se acreditava; a própria fé é uma confissão
que, através da fala, se torna real.[10]

O ensinamento é geralmente baseado em


interpretações não-tradicionais de versos da
Bíblia,[3] em especial do Livro de Malaquias.
Enquanto Malaquias tem sido celebrado pelos
cristãos por suas passagens sobre o Messias,
pregadores da teologia da prosperidade
geralmente chamam a atenção para suas
descrições sobre a riqueza física.[11] Versos
frequentemente citados incluem:

«Trazei o dízimo todo à casa do tesouro,


para que haja mantimento na minha casa, e
provai-me nisto, diz Jeová dos exércitos, se
não vos abrir eu as janelas do céu, e não
derramar sobre vós uma bênção até que não
haja mais lugar para a recolherdes»
(Malaquias 3:10)

Mateus 25:14–30: Parábola dos Talentos.[12]

«Eu vim para que eles tenham vida e a


tenham em abundância.» (João 10:10)

«Meu Deus suprirá todas as vossas


necessidades conforme as suas riquezas na
glória em Cristo Jesus.» (Filipenses 4:19)[3]

«Amado, peço a Deus que prosperes em


tudo e tenhas saúde, assim como tua alma
prospera.» (III João 2:)[13]

«Com toda a certeza vos asseguro que


ninguém há que tenha deixado casa, irmãos,
irmãs, mãe, pai, filhos ou bens, por causa de
mim e do Evangelho, que não receba, já no
presente, cem vezes mais, em casas, irmãos,
irmãs, mães, filhos e propriedades, e com
eles perseguições; mas no mundo futuro, a
vida eterna» (Marcos 10:30)[14]

Práticas

As igrejas seguidoras da doutrina colocam


grande ênfase na importância do dízimo. Os
cultos geralmente incluem dois sermões, um
com foco nas doações e na prosperidade,
incluindo referências bíblicas ao dízimo,
seguido de outro após as doações. Os líderes
das igrejas geralmente conferem uma bênção
específica no dinheiro que está sendo doado,
alguns até mesmo instruem os fiéis a segurar
suas doações acima de suas cabeças durante
a oração.[15] Dedica-se também algum tempo
à oração pelos congregados doentes durante
os cultos.

Os congregados são encorajados a fazer


declarações positivas sobre os aspectos de
suas vidas que eles desejam melhorar. Estas
declarações, conhecidas como confissões
positivas, teriam o poder de miraculosamente
alterar aspectos das vidas dos fiéis se ditas
com fé.[16] As igrejas também encorajam as
pessoas a "viver sem limites"[17] e cultivar o
otimismo em suas vidas.[18] T. D. Jakes, pastor
de uma megaigreja não-denominacional,
rejeita o que ele vê como "demonização do
sucesso". Ele defende que a pobreza é uma
barreira à vida cristã, argumentando que é
mais fácil fazer um impacto positivo na
sociedade quando se é influente.[17]

Enquanto igrejas seguidoras da teologia da


prosperidade têm uma reputação de manipular
e alienar os pobres,[19] muitas desenvolvem
programas sociais. Um exemplo disso, no
Brasil, é o Instituto Ressoar, ligado à Igreja
Universal do Reino de Deus.[20] Paralelamente
a tais programas, as igrejas defendem a
capacitação e o florescimento humano com o
objetivo de libertar as pessoas do
"assistencialismo" e da "mentalidade de
vítima".[19] Muitas igrejas realizam seminários
sobre responsabilidade financeira. Segundo
Kate Bowler, acadêmica estudiosa da teologia
da prosperidade, tais seminários, apesar de
conterem bons conselhos, geralmente
enfocam na compra de bens caros.[12] Hanna
Rosin, do The Atlantic, argumenta que a
teologia da prosperidade contribuiu para a
bolha imobiliária que causou a crise do final
dos anos 2000. Segundo ela, a propriedade de
imóveis era grandemente enfatizada nas
igrejas seguidoras da doutrina, causando uma
dependência à intervenção financeira divina
que levou a escolhas insensatas.[12]

Histórico

Healing revivals do pós-guerra


Ver artigo principal: Healing Revival

Os líderes do Movimento Pentecostal do início


do século XX não adotavam uma teologia da
prosperidade.[21] Essa doutrina começou a
ganhar forma dentro do movimento durante as
décadas de 1950 e 1940, através dos
ensinamentos dos ministérios de libertação e
de evangelistas curadores pentecostais.
Combinando ensinamentos sobre a
prosperidade com o avivamento (revivalism) e
a cura pela fé, tais evangelistas professaram as
"leis da fé ('peça e será atendido') e as leis da
reciprocidade divina ('dê e lhe será dado de
volta')".[22]

Uma figura proeminente da teologia da


prosperidade neste período foi E. W. Kenyon,
educado na Faculdade de Oratória de Emerson
nos anos 1890, onde foi exposto ao Movimento
Novo Pensamento.[23] Kenyon mais tarde se
tornou amigo de líderes pentecostais famosos
e escreveu sobre a revelação divina e as
confissões positivas. Seus escritos
influenciaram líderes do nascente movimento
da prosperidade durante os healing revivals
dos Estados Unidos pós-guerra.[24]

Oral Roberts começou a professar a doutrina


da prosperidade em 1947.[13] Ele explicava as
leis da fé como um "pacto abençoado" no qual
Deus retornaria as doações "sete vezes",[25]
prometendo aos doadores que eles receberiam
de volta, de meios inesperados, o dinheiro que
doaram a Ele. Roberts se oferecia a pagar
qualquer doação que não levasse ao
pagamento inesperado de quantia equivalente.
[13] Na década de 1970, Roberts descreveu
seus ensinamentos sobre o pacto abençoado
como a "doutrina da semente": as doações são
uma espécie de "semente" que crescem em
valor e são devolvidas àquele que doa.[25][26]
Roberts começou a recrutar "parceiros" –
doadores ricos que recebiam convites para
conferências exclusivas e acesso ilimitado ao
ministério em troca de apoio.[27]

Em 1953, o curador pela fé A. A. Allen publicou


O Segredo do Sucesso Financeiro nas
Escrituras (The Secret to Scriptural Financial
Success) e promoveu mercadorias como
"tendas milagrosas para barbear" e panos de
oração ungidos com "óleo milagroso".[28] No
final da década de 1950, Allen se focou cada
vez mais na prosperidade. Ele ensinava que a
fé pode miraculosamente resolver os
problemas financeiros, afirmando que teve
uma experiência miraculosa na qual Deus
transformou notas de um dólar em notas de
vinte dólares para que ele pudesse pagar suas
dívidas.[29] Allen ensinou a "palavra da fé" ou o
poder de transformar a fala em algo material.
[28]

Na década de 1960, a prosperidade se tornou


o foco principal dos healing revivals.[30] T. L.
Osborn começou a enfatizar a prosperidade e
se tornou conhecido por exibir ostensivamente
sua riqueza pessoal.[31] Durante aquela
década, Roberts e William Branham criticaram
outros ministérios que pregavam a doutrina,
argumentando que suas táticas de
arrecadação de fundos pressionavam
injustamente os fiéis. Essas táticas eram
motivadas, em parte, pelas despesas com o
desenvolvimento de redes nacionais de rádio.
[30] Na mesma época, líderes da denominação
pentecostal Assembleia de Deus dos Estados
Unidos passaram a criticar o foco na
prosperidade defendido por evangelistas
curadores independentes.[32]

Televangelismo

Durante a década de 1960, professores do


evangelho da prosperidade adotaram o
televangelismo e passaram a dominar a
programação religiosa nos Estados Unidos.
Oral Roberts abriu o caminho, desenvolvendo
um programa semanal em formato syndication
que se tornou o programa religioso mais
assistido dos Estados Unidos. Até 1968, o
programa televisivo havia tomado o lugar das
reuniões de tenda em seu ministério.[33]

O Reverendo Ike, um pastor pentecostal da


cidade de Nova Iorque, começou a pregar
sobre a prosperidade no final da década de
1960. Ele logo colocou no ar programas de
rádio e televisão e tornou-se conhecido por
seu estilo chamativo. Sua declaração de amor
aos bens materiais e ensinamentos sobre a
"ciência da mente" levou muitos evangelistas a
se distanciarem dele.[34]

Na década de 1980, a teologia da prosperidade


ganhou a atenção do público nos Estados
Unidos através da influência de televangelistas
proeminentes como Jim Bakker. A influência de
Bakker, no entanto, diminuiu após ele ser
acusado de participação num escândalo de
grandes proporções.[6][nota 2] Em seguida, a
Trinity Broadcasting Network (TBN) emergiu
como força dominante no televangelismo da
prosperidade, trazendo Robert Tilton e Benny
Hinn à proeminência.[36]

No Brasil, o televangelismo começou a ganhar


destaque em 1990,quando a Rede Record foi
comprada por Edir Macedo, líder da Igreja
Universal do Reino de Deus.[37] A emissora
exibe programas religiosos durante a
madrugada e em espaços destinados a aluguel
de horários, e, em 1995, causou polêmica ao
exibir um discurso do bispo Sérgio von Helde
contra o feriado de Nossa Senhora Aparecida
no qual ele chutou uma imagem da santa
várias vezes.[37] Outras igrejas, Mundial do
Poder de Deus, têm a prática de alugar
horários em emissoras comerciais que
enfrentam crises econômicas.[38] Há também,
emissoras como Rede Gospel.[39]

Palavra de Fé
Ver artigo principal: Movimento Palavra de Fé

Apesar de que a maioria dos evangelistas


curadores das décadas de 1940 e 1950
ensinavam que a fé poderia trazer
recompensas financeiras, um novo
ensinamento relacionado à prosperidade se
desenvolveu nos anos 1970, diferente daquele
ensinado pelos evangelistas pentecostais
desde os anos 1950. O movimento da
"confissão positiva" ou da "palavra de fé"
ensinava que um cristão com fé pode tornar
algo que fala em realidade, desde que seja
consistente com a vontade de Deus.[40]

Kenneth Hagin é creditado como tendo um


papel-chave na expansão da teologia da
prosperidade. Ele fundou o RHEMA Bible
Training Center em 1974 e, nos 20 anos
seguintes, a escola treinou mais de 10.000
estudantes de acordo com a teologia.[9][41]
Assim como outras igrejas que seguem a
teologia da prosperidade, não há um
organismo governante oficial para o
movimento Palavra de Fé, e os ministérios mais
conhecidos divergem em algumas questões
teológicas.[42] Os ensinamentos de Hagin
foram descritos por Candy Gunther Brown, da
Universidade de Indiana, como a forma mais
"ortodoxa" de ensinamento da prosperidade
dentro do movimento Palavra de Fé.[5]

História recente no Brasil

Edir Macedo, líder da Igreja


Universal do Reino de Deus.

O movimento Neo-Pentecostal tem sido


caracterizado, em parte, pela ênfase na
teologia da prosperidade,[43] que ganhou
maior aceitação dentro do Movimento
Carismático durante a década de 1990.[44]
Atualmente, segundo dados do censo de 2010,
a sexta maior igreja cristã do Brasil é a
Universal do Reino de Deus, que professa a
doutrina.[45][46] Há também, entre as igrejas
seguidoras da doutrina, a Renascer em Cristo,
[47] além da Assembleia de Deus Vitória em
Cristo, cujo líder, Silas Malafaia, passou de
crítico a defensor da teologia.[48]

Autores como Joel Osteen[nota 3] e Bruce


Wilkinson têm sido creditados com o sucesso
da teologia da prosperidade fora dos
movimentos carismático e pentecostal; seus
livros já venderam milhões de cópias em todo o
mundo.[6][4] Já no Brasil, o líder da Igreja
Universal do Reino de Deus, Edir Macedo,é
considerado o principal nome da
doutrina,devido aos seus livros e ao tamanho e
a visibilidade de suas obras.[49] Macedo já
vendeu mais de 10 milhões de livros e é dono
da Rede Record,uma das três maiores
emissoras de televisão do Brasil, do jornal
gratuito Folha Universal,cuja circulação chega
a 2,5 milhões de exemplares e do canal de
notícias Record News.[50]

Segundo dados do censo de 2010, a maioria


dos seguidores do movimento pentecostal no
Brasil – onde estão incluídos os seguidores das
igrejas que professam a teologia da
prosperidade – são mulheres, residentes de
áreas urbanas, de 30 a 49 anos de idade, de
cor parda, com ensino fundamental incompleto
e com rendimento médio de até três salários
mínimos.[45] Ainda de acordo com o censo,
45% dos fiéis dessas igrejas são
economicamente inativos.[45] Como não há um
organismo governante oficial para o
movimento da prosperidade, que não existe
enquanto cadeira em teologia cristã, é difícil
precisar as estatísticas.[9]

Crescimento internacional

Em 2006, três das quatro maiores


congregações dos Estados Unidos seguiam a
teologia da prosperidade.[6] A maioria dos fiéis
de igrejas que adotam a doutrina é oriunda do
Cinturão do Sol.[12] No final da década de
2000, seguidores da doutrina afirmavam que
dezenas de milhões de cristãos haviam
adotado-na naquele país.[12] Uma pesquisa
conduzida em 2006 pela revista Time
informava que 17% dos cristãos
estadunidenses se identificavam com o
movimento.[6] Em 2007, o senador
estadunidense Chuck Grassley abriu um
inquérito para investigar as finanças de seis
ministérios que promovem a teologia da
prosperidade. Em janeiro de 2011, Grassley
concluiu as investigações afirmando acreditar
que a autorregulação das organizações
religiosas era preferível à ação do governo.[51]
Apenas dois ministérios colaboraram com o
inquérito.[51]

Paralelamente, o crescimento das igrejas que


seguem a doutrina da prosperidade foi notável
no Terceiro Mundo durante a mesma década.
[52] Uma região que presenciou o crescimento
explosivo foi a África Ocidental, em especial na
Nigéria e em Camarões.[52] Segundo Philip
Jenkins, da Universidade Estadual da
Pensilvânia, cidadãos pobres de países
empobrecidos geralmente acham a doutrina
atraente por causa de sua impotência
econômica e da ênfase que ela dá aos milagres
financeiros.[53] Para Rowan Moore Gerety, na
África a "memória da antipatia marxista à
religião" durante as lutas pela descolonização
e do "catolicismo paternalista do estado
colonial" permitiu que igrejas seguidoras da
teologia da prosperidade encontrassem um
povo "aberto a uma nova forma de expressão
religiosa".[54]

No início dos anos 1990, a Igreja Universal do


Reino de Deus se expandiu nos Países
Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Em
Moçambique,apesar de diversas críticas,ela
conta com apoio de diversos membros do
governo local,chegando a comprar a TV
Miramar principal emissora privada do país.[54]
Em Angola, reivindica ter mais de 400 mil fiéis,
mas suas atividades foram suspensas pelas
autoridades pelo período de 2 meses,devido a
um tumulto no final de 2013,em que 16
pessoas morreram pisoteadas.[55][56] Além
disso, outras seis igrejas neo pentecostais que
atuavam sem autorização,foram expulsas do
país (Mundial do Poder de Deus, Mundial do
Reino de Deus, Mundial Internacional, Mundial
da Promessa de Deus, Mundial Renovada e
Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém).[57]
Outra igreja neopentecostal,a Igreja Maná, de
origem portuguesa, foi expulsa do país após
acusações de desvio de fundos doados pela
petrolífera Sonangol para a construção de uma
escola.[58]

A teologia da prosperidade também forçou


mudanças na Igreja Católica para impedir a
debandada de fiéis para as igrejas
neopentecostais.[59] Segundo Lucelmo
Lacerda, a Renovação Carismática, no Brasil,
"sofre um processo de neopentecostalização",
embora reconheça que o movimento católico
possua termos e enfoque um pouco diferentes
do evangelho da prosperidade.[60] Nas
Filipinas, o movimento El Shaddai, parte da
Renovação Carismática, espalhou os
ensinamentos da doutrina para fora do
cristianismo protestante.[61] Já na Ásia, a Igreja
do Evangelho Pleno, sediada em Seul, ganhou
atenção na década de 1990 após alegar que
tem a maior congregação do mundo.[4]

Recepção

Obras notáveis

Obras notáveis que defendem a teologia da


prosperidade incluem:[4][6][95]

Roberts, Oral; Montgomery, G. H. (1966).


God's Formula for Success and Prosperity.
[S.l.]: Abundant Life Publication.
OCLC 4654539

Lindsay, Gordon (1960). God's Master Key to


Prosperity. [S.l.]: Christ for the Nations
Institute. ISBN 978-0-89985-001-6

Wilkinson, Bruce; Kopp, David (2000). The


Prayer of Jabez: Breaking Through to the
Blessed Life. [S.l.]: Multnomah Books.
ISBN 978-1-57673-733-0

Osteen, Joel (2004). Your Best Life Now: 7


Steps to Living at Your Full Potential. [S.l.]:
FaithWords. ISBN 978-0-446-53275-4

Notas

Referências

Bibliografia

Ligações externas

Última modificação há 4 meses por …

PÁGINAS RELACIONADAS

Pentecostalismo
Movimento do Cristianismo

Neopentecostalismo
Movimento do Cristianismo

Kenneth Hagin

Conteúdo disponibilizado nos termos da CC BY-SA


3.0 , salvo indicação em contrário.

Condições de utilização • Política de privacidade •


Versão desktop

Você também pode gostar