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POLÍMEROS- INTRODUÇÃO

Erica Gervasoni- Outubro 2023


MATERIAIS

MATERIAIS &
ENERGIA

EVOLUÇÃO DA
ESPÉCIE HUMANA

PROCESSO
BENS
MATERIAIS
ACABADOS
MATERIAIS

POLÍMEROS

COMPÓSITOS
COMPÓSITOS

METAIS CERÂMICOS

COMPÓSITOS
POLÍMEROS
Quer ter uma ideia da importância POLÍMEROS
dos polímeros sintéticos,
popularmente conhecidos como
plásticos, em sua vida?

Imagine que, uma noite, enquanto você dormia, todos os plásticos e sintéticos
derivados tivessem desaparecido completamente da face da Terra. A primeira
coisa que você iria perceber, ao acordar, é que estaria descoberto, pois seu
cobertor, de fibra acrílica, sumiu.

Estranhando o fato, você levanta da cama e sente a aspereza do contra piso


de cimento sob os pés, pois o carpete de poliamida (Nylon) não está mais lá.
Sem entender o que se passa, achando que ainda não acordou direito, você
resolve lavar o rosto e escovar os dentes, na esperança de que estas coisas
estranhas sejam apenas um sonho que durou mais tempo do que devia.
POLÍMEROS

Sem água, luz telefone

Nada feito. A escova de dentes, feita de polipropileno e Nylon, não está lá.
Você abre a torneira e nada de água. Os tubos de PVC que deveriam
alimentar a torneira também sumiram de dentro da parede.

Assustado com toda esta loucura, você resolve telefonar para alguém e
perguntar se isso está acontecendo em mais algum lugar ou se é você que
está ficando louco. Só que onde deveria estar o aparelho de telefone feito
de ABS (acrilonitrila-butadieno-estireno) não restou nem o tapetinho, feito de
fibras de polipropileno.
POLÍMEROS

Com que roupa?

Desesperado, você resolve sair de casa e descobrir o que está acontecendo.


Antes precisa se vestir, para isto abre as gavetas e... onde estão as roupas de
poliéster? Tudo bem, você pega aquela velha bermuda de algodão e procura
seu tênis que... é feito de Nylon. Esquece os tênis, tem aquele sapato de
couro, mas... cadê os cadarços, feitos também de fibra de polipropileno?

Cada vez mais assustado, você corre para o seu carro, mas não consegue
abrir a porta. A maçaneta feita de Nylon não está lá. Você olha pelo vidro e
descobre que a maioria das peças de comando sumiu, a começar do painel
com todas as suas alavancas e botões. Os para-choques de polipropileno
reforçado deixaram os suportes metálicos expostos e, mesmo que não fosse
vista, uma infinidade de pequenas peças, indispensáveis ao funcionamento do
carro, não estava mais disponível. Se estivessem de nada adiantaria. Sem o
polibutadieno (borracha sintética) seus pneus já eram.
POLÍMEROS

Curto-circuito

Você volta para casa, tenta acender a luz, mas não encontra o interruptor
(Nylon). Mesmo que encontrasse não haveria energia elétrica, sem o PVC
usado no isolamento elétrico dos fios, todos os circuitos entrariam em curto
assim que ligados.

Você lamenta a falta de energia, pois não pode ligar a TV ou acessar a


Internet para saber o que está acontecendo. Só que assim que olha estes
aparelhos descobre que o seu computador praticamente sumiu, sem o ABS
da caixa do monitor, teclado, painel e sem o epóxi das placas de circuito
impresso, seu computador ficou reduzido a um esqueleto de cobre retorcido.
Isso também aconteceu com sua TV e a maioria de seus eletrodomésticos.
POLÍMEROS
Um sonho apavorante

Nervoso, você resolve comer e beber alguma coisa para se acalmar e decidir o
que fazer. Abre a geladeira e vê que todas as suas bebidas se espalharam no
fundo dela, sem as garrafas PET (polietileno tereftalato) que as continham.
Todas as outras embalagens alimentícias feitas de filmes de polietileno também
sumiram, transformando sua comida em uma gosma na qual é impossível
distinguir o que era o quê.

Você se senta no chão da sala, já que seu sofá estofado de espuma de


poliuretano virou uma armação de madeira, e olha para as paredes que expõe a
massa fina de cimento, não mais cobertas pela fina camada de PVA (acetato
polivinila) da tinta. Olha para o chão e vê a madeira rústica do assoalho, que não
brilha mais sem a resina de poliuretano que o revestia.
POLÍMEROS

O despertar

Você resolve, então, voltar para a cama. Felizmente a armação é de


madeira e o colchão de molas é revestido de algodão. Estirado sobre este
leito rústico, você volta a dormir. Ao acordar, vê que seu carpete, tênis,
roupas, eletrodomésticos e demais transformados plásticos estão todos lá.
A conclusão que você extrai não pode ser outra: um mundo sem plásticos
hoje seria um pesadelo.

Carlos Roberto de Lana - professor e engenheiro químico.


POLÍMEROS

Polímero de
Polímero
fonte
biodegradável
renovável
? Polímero
Verde? Polímero
? reciclável
OXI... ?
O que é Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)?
• Redução de resíduos e rejeitos
• Logística reversa
• Responsabilidade compartilhada

Em 2010, a lei n° 12.305


foi sancionada e a
PNRS foi instituída,
regulamentada pelo
decreto 7.404/10.

A PNRS trata de todos os resíduos sólidos (materiais que podem ser reciclados ou
reaproveitados), sejam eles domésticos, industriais, eletroeletrônicos, entre outros, e
também de rejeitos (itens que não podem ser reaproveitados), incentivando o descarte
correto de forma compartilhada ao integrar poder público, iniciativa privada e cidadão.
resíduo x rejeito
POLÍMEROS

Como escolher o polímero mais adequado a


uma determinada aplicação ?

Por que os materiais poliméricos ganham


espaço no mercado, substituindo alguns
materiais tradicionais nos diversos segmentos
industriais?

Qual a diferença entre um plástico, uma


borracha e uma resina termofixa ?
POLÍMEROS

1. Introdução
2. Classificação
3. Massa molar e sua distribuição
4. Comportamento térmico
5. Comportamento mecânico
6. Permeabilidade
7. Composições Poliméricas
8. Compósitos/ Nanocompósitos
9. Processamento
10. Algumas aplicações
INTRODUÇÃO

Polímeros X Macromoléculas

Macromolécula é uma molécula grande,


com complexidade química.

ASFALTENO
Polímero, apesar de também se tratar de uma molécula grande,
seu tamanho origina-se da repetição de segmentos ao longo da
cadeia.

Polímero do grego,
poli = muitos e mero = partes
INTRODUÇÃO
• Comparado aos metais, os polímeros apresentam resistência mecânica inferior.
• Isto ocorre devido à diferença na estrutura e nas ligações químicas (energias de
ligação diferentes):
• Polímeros: Ligações primárias covalentes entre os átomos da cadeia principal
e ligações secundárias fracas com baixa energia de ligação entre as cadeias (
forças de van der Walls, dipolos, ligações hidrogênio etc);

• Metais: átomos e moléculas unidos por ligações primárias fortes como ligação
metálica.
INTRODUÇÃO

Modelo dos entanglements moleculares

Características especiais em suas propriedades


✓ Interações envolvendo segmentos da mesma macromolécula ou
de vizinhas
Ramificações / formação de ponte de hidrogênio
x
átomos / grupamentos funcionais
INTRODUÇÃO
Monômero, mero, polímero
INTRODUÇÃO

Nomenclatura

Nomenclatura Base
Polietileno Origem do polímero
Monômero = Etileno
Poli (tereftalato de etileno) Estrutura do mero

Poliamida – 11 (Nylon-11) Marca Registrada

NYLON: Now You are Lost Old Nippon


NYLON: New York - London
INTRODUÇÃO

Nomenclatura
POLÍMEROS

1. Introdução
2. Classificação
3. Massa molar e sua distribuição
4. Comportamento térmico
5. Comportamento mecânico
6. Permeabilidade
7. Composições Poliméricas
8. Compósitos/ Nanocompósitos
9. Processamento
10. Algumas aplicações
CLASSIFICAÇÃO

✓ Origem
✓ Método de preparação
✓ Tipos de mero
✓ Estrutura química
✓ Estrutura molecular
✓ Morfologia no estado sólido
✓ Comportamento mecânico
✓ Desempenho
CLASSIFICAÇÃO
Quanto à origem

✓Naturais
Polímeros originados da natureza.
Ex.: Borracha Natural, Celulose, Amido etc.

Celulose Amido

✓ Sintéticos
Aqueles obtidos através de reações químicas (polimerizações)
de moléculas simples (monômeros).
Ex.: Polietileno, poliestireno, resina epóxi etc.
CLASSIFICAÇÃO

Quanto ao método de preparação

✓ Polímero de adição
A partir de insaturações (C=C)
Ex.: polimerização de etileno polietileno
CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao método de preparação
Polímero de adição

Poliprolileno
CLASSIFICAÇÃO
Método de Preparação
Polímero de condensação
✓ Monômeros funcionais (ou polifuncionais) reagem
entre si através de uma reação química de
condensação, com eliminação de pequenas
moléculas

➢ Reação entre grupos funcionais


▪ Álcool
▪ Ácido
▪ Amina

➢ Exemplos
▪ Poliamida (-NH – CO-)
▪ Poliéster (-CO – O-)
▪ Poliuretano (-O – CO – NH-)
CLASSIFICAÇÃO
Método de Preparação
Polímeros de condensação

PET
(CLASSIFICAÇÃO)

várias moléculas de etileno uma molécula de PE

várias moléculas de água

Nem toda a molécula é capaz de polimerizar


CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo de mero
✓ Homopolímero = polímero que possui em sua estrutura apenas
um tipo de mero
✓ Copolímero = polímero que possui em sua estrutura dois ou
mais tipos de mero

Homopolímero Copolímero
CLASSIFICAÇÃO

Os copolímeros podem ser do tipo:


CLASSIFICAÇÃO

- Quanto à estrutura química


Poliolefinas

Poliamidas

Poliésteres
CLASSIFICAÇÃO
- Quanto a estrutura molecular

✓ Lineares

✓ Ramificados

✓ Reticulados
CLASSIFICAÇÃO
Quanto a estrutura molecular

As cadeias laterais dificultam a aproximação das cadeias


poliméricas, diminuindo, assim, as interações moleculares
e acarretando diferenças nas propriedades mecânicas

HDPE LDPE
CLASSIFICAÇÃO
Quanto a estrutura molecular

LDPE- Polietileno de baixa


densidade
LLDPE- Polietileno de baixa
densidade linear
HDPE- Polietileno de baixa
densidade
CLASSIFICAÇÃO

Quanto a estrutura molecular


CLASSIFICAÇÃO

A formação de cadeias reticuladas , devido à presença


de ligações cruzadas entre moléculas, “amarra” as
cadeias, impedindo o seu deslizamento umas sobre as
outras, aumentando muito a resistência mecânica e
tornando o polímero insolúvel e infusível.

Borrachas Termofixos
CLASSIFICAÇÃO
- Quanto a morfologia no estado sólido
A morfologia do polímero no estado sólido exerce uma influência
importante nas propriedades do polímero
CLASSIFICAÇÃO

• Polímero amorfo: as cadeias do polímero estão em estado


desorganizado, arranjadas aleatoriamente e entrelaçadas. Geralmente
são transparentes.

• Polímero Semicristalino: as moléculas exibem um empacotamento


regular, ordenado, em determinadas regiões. Quanto maior o grau de
cristalinidade, maior é a organização das cadeias poliméricas. Devido
às fortes interações moleculares, os polímeros semicristalinos são mais
rígidos e mais resistentes. São mais opacos, devido à presença das
regiões cristalinas.
CLASSIFICAÇÃO
✓ Polímero semi-cristalino ✓ Polímero amorfo

▪ empacotamento regular ▪ Conformação aleatória


▪ opaco (espaguete cozido)
▪ resistência a tração ▪ transparente
▪ módulo ▪ resistência impacto
▪ dureza ▪ flexibilidade
▪ resistência ao creep

Polipropileno Poli(metacrilato de metila)


Poliamida
Poliestireno
Polietileno
Policarbonato
PET
Polibutadieno
PTFE
PVC
PVDF
Kevlar
CLASSIFICAÇÃO
- Quanto ao comportamento mecânico

Termoplásticos Elastômeros

Plásticos Borrachas

POLÍMEROS

Fibras Resinas

Termofixos
CLASSIFICAÇÃO

Plásticos / Resinas

Termoplásticos / Termorrígidos
Resina:
Esse termo foi inicialmente aplicado a exsudação de plantas, que se
apresentam sob a forma de gotas sólidas ou como líquidos muito
viscosos. São materiais solúveis e fusíveis que amolecem
gradualmente por aquecimento e são insolúveis em água, porém
solúveis em alguns solventes orgânicos. Por assimilação, o termo
também é empregado para designar polímeros sintéticos que
apresentam o mesmo tipo de comportamento.

São resinas: termoplásticos ou termofixos antes da cura


CLASSIFICAÇÃO

TERMOPLÁSTICOS

1. Longas cadeias moleculares mantidas próximas por forças relativamente


fracas (Van der Walls). Em alguns casos, estão presentes ligações mais
fortes (Ligações de Hidrogênio );

2. Sob elevadas temperaturas, as forças intermoleculares se enfraquecem e


o material fica mais macio e flexível, atingindo o estado FUNDIDO.
Material se SOLIDIFICA com a retirada de calor;

3. Ciclos de aquecimento-resfriamento são a base de PROCESSAMENTO


deste tipo de material e podem ser repetidos inúmeras vezes
(=vantagem=reciclagem).
CLASSIFICAÇÃO

Termoplásticos

Amolece sob aquecimento, flui


sob pressão, solidifica sob
resfriamento, num processo
reversível. Reciclável.

Lineares ou ramificados.

Parcialmente cristalinos ou
totalmente amorfos
CLASSIFICAÇÃO

TERMOFIXOS / TERMORRÍGIDOS

1. Produzidos a partir de reação química, em duas etapas:


primeira etapa com formação de longas cadeias, tal como
os termoplásticos; a segunda etapa é denominada
CROSSLINKING ou reticulação ou cura ou vulcanização,
que se dá em geral nas etapas de moldagem, sob pressão
e temperatura. Alguns reticulam a temperatura ambiente.

2. As cadeias são interconectadas por fortes ligações


químicas cruzadas, não permitindo a obtenção de um
estado fundido por aplicação de temperatura. Se
temperatura excessiva for aplicada, ocorre a
DEGRADAÇÃO do material;
CLASSIFICAÇÃO

Termorrígidos

Podem ser conformados plasticamente


apenas em um estágio intermediário de
sua fabricação. O produto final é duro
e não amolece com o aumento da
temperatura.

Estrutura tridimensional.

São insolúveis e Infusíveis.

Completamente amorfos
ELASTÔMEROS CLASSIFICAÇÃO

1. Polímeros com longas cadeias enoveladas em configuração


aleatória. Tais cadeias estão interconectadas por ligações
cruzadas (tal como ocorre com os termorrígidos),
produzidas a partir do processo de VULCANIZAÇÃO ou
CURA;
2. Elastômeros vulcanizados apresentam flexibilidade
suficiente para permitir grandes deformações mesmo a
temperatura ambiente;
CLASSIFICAÇÃO

FIBRAS SINTÉTICAS

1. Polímeros submetidos a um processo de estiramento


(drawing) durante sua fabricação, promovendo elevada
orientação axial das cadeias poliméricas, resultando em
materiais de elevadas resistência e rigidez.
2. A massa molar das fibras é, em geral, elevada, ou o fundido
não terá resistência suficiente e se quebrará durante o
processo de estiramento.
CLASSIFICAÇÃO

Quanto ao desempenho
COMMODITIES •Poliolefinas: LDPE/PEBD;
(Uso Geral) LLDPE/PELBD; HDPE/PEAD; BAIXO
UHMWPE; DESEMPENHO
•Polipropileno: PP-Ho; PP-Co; ($)
•Poliestireno: GPPS; HIPS;
•Policloreto de Vinila: PVC
ESPECIAIS ABS; SAN; PU; EVA; PMMA
(INTERMEDIÁRIOS)
ENGENHARIA •Poliamidas
•Poliésteres (PC; PET; PBT)
•Poliacetais (POM) ALTO
ENGENHARIA ESPECIAIS PPS; PTFE; LCP; PEEK DESEMPENHO
(AVANÇADOS) ($$$$$)
CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao desempenho
POLÍMEROS

1. Introdução
2. Classificação
3. Massa molar e sua distribuição
4. Comportamento térmico
5. Comportamento mecânico
6. Permeabilidade
7. Composições Poliméricas
8. Compósitos/ Nanocompósitos
9. Processamento
10. Algumas aplicações
MASSA MOLAR E SUA DISTRIBUIÇÃO
MASSA MOLAR E SUA DISTRIBUIÇÃO

– Etileno (CH2=CH2) MM = 28
– Polietileno ( ~CH2-CH2~) Distribuição de MM

Mero

11
7 8
14
MASSA MOLAR E SUA DISTRIBUIÇÃO

Massa molar numérica média

Massa molar numérica média


MASSA MOLAR E SUA DISTRIBUIÇÃO

Massa molar viscosimétrica média


MASSA MOLAR E SUA DISTRIBUIÇÃO
Massa molar Z média
MASSA MOLAR E SUA DISTRIBUIÇÃO

Distribuição de Massa Molar ou Polidispersividade

É sempre maior que 1- Mw > Mn


MASSA MOLAR E SUA DISTRIBUIÇÃO
MASSA MOLAR E SUA DISTRIBUIÇÃO

- Polímeros
MM > 10.000
- Oligômeros
1.000 < MM < 10.000
- Polímeros de alta MM
MM > 250.000
Variação de uma propriedade do polímero
como função de sua massa molar

Outra forma de visualizar o efeito na massa molar no polímero

Propriedades Viscosidade
Mecânicas de
Fluxo

Grau de Polimerização
MASSA MOLAR E SUA DISTRIBUIÇÃO
MASSA MOLAR E SUA DISTRIBUIÇÃO
Por que a MM é tão importante?
Quanto maiores as cadeias:

Maior a extensão pela qual Maiores os efeitos do


agem as forças de emaranhamento de cadeias
atração intermoleculares (chain entanglement)

Quanto maior a massa molecular, Quanto maior a massa molecular,


mais resistente é o polímero maiores serão as dificuldades de
processamento

A maioria das propriedades


mecânicas dos polímeros dependem
da sua massa molecular
MASSA MOLAR E SUA DISTRIBUIÇÃO

Geralmente, polímeros com maior distribuição de massa molar:

►melhores, pois as frações de maior massa molecular conferem


maior resistência ao material
►as frações de menor massa molecular, atuam como plastificante,
melhorando seu processamento
Massa molar e sua distribuição
Técnicas empregadas para a determinação da massa molar

MM Faixa de
Técnica
Determinada massa molar
Análise de grupos terminais Mn 103 a 104
Propriedades coligativas
(Osmometria, Ebuliometria Mn 103 a 104
e Crioscopia)
Espalhamento de Luz Mw 104 a 106
Viscosimetria Mv 104 a 106
Cromatografia de Exclusão por
Tamanho (GPC ou SEC)
Mn e Mw 103 a 106

62
Massa molar e sua distribuição

Fonte: Adaptado de http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Cromatografia+Em+Gel&lang=3 63


Massa molar e sua distribuição
Esquema para cromatografia de permeação em gel

64
Massa molar e sua distribuição

GPC de baixa temperatura

65
POLÍMEROS

1. Introdução
2. Classificação
3. Massa molar e sua distribuição
4. Comportamento térmico
5. Comportamento mecânico
6. Permeabilidade
7. Composições Poliméricas
8. Compósitos/ Nanocompósitos
9. Processamento
10. Algumas aplicações
Comportamento Térmico

Análises Térmicas
COMPORTAMENTO TÉRMICO

Termogravimetria- TGA

➢DEGRADAÇÃO DO POLÍMERO

➢ Dm = f (T) (ensaio dinâmico)

➢ Dm = f (t) (ensaio isotérmico)

➢ Atmosfera controlada

➢ 5 a 10 oC/min

➢ Reações que envolvam liberação de uma fase gasosa,


como desidratação, degradação ou oxidação
Comportamento Térmico-TGA
Comportamento térmico- TGA

Curva da decomposição térmica de um material


Comportamento térmico - TGA

Curvas de TG de: (a) Polímero + plastificante; (b) Polímero puro


Comportamento térmico - TGA

Curvas de degradação térmica de polímeros:


(a) poli(hexafluoroetileno; (b) polipropileno;
(c) polietileno; (d) poli(tetrafluoroetileno)
Comportamento térmico - TGA

Teor acetato de vinila = Massa perdida ácido acético x MM acetato de vinila


MM ácido acético
= (100 – 71 = 29) x 86,1 / 60,1 = 41,5%.
Comportamento térmico - TGA

Determinação da composição de borrachas por TG


Comportamento térmico- DSC

Calorimetria Diferencial de Varredura


Differential Scanning Calorimetry
DSC

➢ DH = f (T) (ensaio dinâmico)

➢ DH = f (t) (ensaio isotérmico)

➢ 10 oC/min; 20 oC/min

➢ Atmosfera controlada
COMPORTAMENTO TÉRMICO

A mobilidade de uma cadeia polimérica = f(T) e


determina as características físicas do polímero
(por exemplo: duro e quebradiço; borrachoso; fluido viscoso )

✓ Transições térmicas importantes


(na realidade faixas de temperaturas)

▪ Temperatura de transição vítrea – Tg (glass)


▪ Temperatura de fusão - Tm (melting)
▪ Temperatura de cristalização - Tc
Comportamento térmico - DSC

Compartimento de
amostra
DSC
COMPORTAMENTO TÉRMICO

▪ Temperatura de transição vítrea


Durante o aquecimento as cadeias poliméricas da fase amorfa
adquirem mobilidade. Abaixo da Tg, o polímero não tem energia
interna suficiente para permitir tal deslocamento. No estado
vítreo o polímero apresenta-se duro, rígido e quebradiço.

✓As regiões amorfas dão aos polímeros tenacidade, isto é, a


capacidade de se deformar sem quebrar
COMPORTAMENTO TÉRMICO
▪ Temperatura de fusão - Tm
Durante o aquecimento as regiões cristalinas desaparecem.
Nesse ponto a energia do sistema atinge o nível necessário
para vencer as forças intermoleculares entre as cadeias da
fase cristalina, destruindo a estrutura regular de
empacotamento, atingindo o estado fundido.

▪ Temperatura de cristalização – Tc
Durante o resfriamento, a partir do estado fundido, a
temperatura baixa o suficiente para que um número
suficiente de cadeias poliméricas se ordenem formando
novos cristais.
Comportamento térmico

Material duro e frágil


(abaixo da Tg)
Curva de DSC
Material borrachoso e tenaz
(entre aTg e Tm)
Fluido viscoso
(acima da Tm)
http://www.plastics-elearning.com/flash-on-page/morphologypage/an-introduction-to-semi-crystalline-polymer-morphology.html
COMPORTAMENTO TÉRMICO

✓ Temperaturas de transição do polímeros SEMICRISTALINOS

✓ Parte das moléculas estão em uma região ordenada,


cristalina
✓ Entre as regiões ordenas estão as amorfas, onde as
moléculas estão arranjadas de maneira aleatória
Comportamento Térmico

Temperatura de fusão, Tm
Comportamento térmico - Cristalinidade

% de cristalinidade = DHm da amostra x 100


DHm da amostra 100% cristalina
Comportamento térmico

Variação da Tg em função do teor de plastificante


em uma amostra de polímero
COMPORTAMENTO TÉRMICO

Visco-elasticidade = Fenômeno pelo qual o polímero


apresenta características de um fluido e de um sólido elástico
ao mesmo tempo

Por isso, a resposta dos polímeros frente a esforços mecânicos


pode variar com o tempo de aplicação de tal esforço
(*silly putty)
Comportamento Térmico
Visco-elasticidade

✓ Sólidos – quando deformados armazenam toda a energia


sob a forma de energia potencial

✓ Líquidos – na deformação dissipam toda a energia sob a


forma de calor

✓ Os polímeros não são nem perfeitamente elásticos, nem


perfeitamente viscosos

✓ Apresentam um comportamento intermediário entre sólido


e líquidos: parte da energia é armazenada e parte é dissipada
sob a forma de calor
Comportamento Térmico
• O comportamento mecânico ou dinâmico-mecânico de um material será governado
por sua viscoelasticidade, que será função do tipo de ensaio e de solicitação aplicados.
Dependendo da resposta ao estímulo mecânico, o material pode ser classificado como
elástico ou viscoso. Materiais poliméricos apresentam comportamento mecânico
intermediário ao elástico e ao viscoso, sendo denominados viscoelásticos. A
contribuição elástica e viscosa para o comportamento mecânico do polímero depende
da temperatura e da escala de tempo do experimento.

• E´= Módulo de Armazenamento (Parte elástica)


• E’’ = Módulo de Perda (Parte Viscosa)
• Tan delta = Relação entre E’ e E’’

VÍDEO → http://www.netzsch-thermal-analysis.com/pt/produtos-
solucoes/analise-termica-dinamico-mecanica/dma-242-e-artemis.html
Comportamento Térmico

Análise Dinâmico-Mecânica
Dynamic Mechanical Analysis
DMA
Consiste em se aplicar uma tensão ou deformação mecânica oscilatória,
normalmente senoidal, de baixa amplitude a um sólido ou líquido viscoso,
medindo-se a deformação sofrida por este ou a tensão resultante.
Comportamento Térmico
POLÍMEROS

1. Introdução
2. Classificação
3. Massa molar e sua distribuição
4. Comportamento térmico
5. Comportamento mecânico
6. Permeabilidade
7. Composições Poliméricas
8. Compósitos/ Nanocompósitos
9. Processamento
10. Algumas aplicações
Comportamento Mecânico
Para o projeto e manufatura de pequenos ou grandes
componentes, é fundamental o conhecimento do
comportamento do material com que se trabalha, isto é, suas
propriedades mecânicas em várias condições de uso.

As condições de uso envolvem: temperatura, tipo de cargas e


sua freqüência de aplicação, desgaste, deformação etc...
Comportamento Mecânico

➢ Propriedades de resistência mecânica relacionadas com


altos níveis de tensões e períodos curtos
✓tempo incluído na velocidade dos ensaios,
✓solicitações dos seguintes tipos: tração;
compressão; flexão; torção,
✓ensaios de impacto são classificados como de
curtíssima duração.

➢ Propriedades de resistência mecânica relacionadas com


baixos níveis de tensões e períodos longos
✓tempo é freqüentemente a principal variável
experimental dos ensaios,
✓ensaios como: fluência, relaxação de tensão,
fadiga.
Comportamento Mecânico
Ensaio de Tensão x Deformação

Curva típica de um polímero semi-cristalino


Comportamento Mecânico
Deformação elástica dos polímeros
Alongamento da parte amorfa nos primeiros Aumento (reversível) da espessura
estágios de deformação da região cristalina

Material antes da deformação


Comportamento Mecânico
Deformação plástica dos polímeros
Estado do material após Separação de blocos
deformação elástica Inclinação das lamelas cristalinos
cristalinas

Orientação dos blocos cristalinos e cadeias com a direção de


aplicação da tensão no estágio final da deformação plástica
COMPORTAMENTO MECÂNICO
Curva de tensão vs deformação para polímeros semi-cristalinos

Deformação Deformação Plástica


Elástica
Comportamento Mecânico
Ensaio de Tensão x Deformação

A área abaixo da curva tensão


versus deformação descreve a
propriedade de tenacidade
(toughness) do material. Um
polímero dúctil possui elevada
tenacidade, isto é, resiste a
elevadas tensões aplicadas
(apresenta rigidez) e ao mesmo
tempo, tende a ter uma elevada
deformação. Polímeros frágeis
possuem baixa tenacidade
Comportamento Mecânico
Ensaio de Tensão x Deformação

✓ Módulo de elasticidade
✓ Deformação no escoamento e na ruptura
✓ Resistência à tração
✓ Tenacidade

Exemplos:
PS
Kevlar
PE
NBr
Propriedades Mecânicas- Resistência à tração
Curvas tensão x deformação em tração

EFEITO DA
VULCANIZAÇÃO NO
PERFIL DA CURVA

Tf- cadeias
alinhadas
ainda ligadas
por pontos de
Tx- deformação
reticulação
pode ser irreversível
T0- cadeias amorfas
a partir deste ponto
ligadas por pontos
de reticulação
Propriedades Mecânicas- Resistência à tração
Correlação estrutura / propriedade
COMPORTAMENTO MECÂNICO

Cargas elevadas de curta duração

➢ Ensaios de impacto

✓O estudo do comportamento sob impacto de materiais


poliméricos é de grande importância, devido ao grande n° de
aplicações práticas sujeitas a solicitações, tais como, choques
mecânicos; batidas, etc...
✓Avalia a resistência e sensibilidade ao entalhe de materiais.
Consiste em submeter um corpo de prova a uma carga
praticamente instantânea, provocando a fratura. A energia
absorvida no impacto é o parâmetro de avaliação da
propriedade.
COMPORTAMENTO MECÂNICO

O ensaio de resistência ao impacto caracteriza o comportamento dos materiais


quanto a transição do comportamento dúctil para frágil em função da
temperatura. Para efeito práticos de projeto o conhecimento da temperatura de
transição é essencial, pois a partir dela pode-se planejar as condições de serviço
de forma a não ocorrer fratura frágil do componente projetado.
Propriedades Mecânicas- Resistência ao impacto

Resistência ao impacto

✓O teste de impacto é um ensaio


típico de carga elevada, de curta
duração. Corpos de prova com ou
sem entalhe. Consiste em submeter
um corpo de prova a uma carga
praticamente instantânea,
provocando a fratura. A energia
absorvida no impacto é o parâmetro
de avaliação da propriedade.
COMPORTAMENTO MECÂNICO

Cargas contínuas de longa duração

➢ Propriedades de resistência mecânica relacionadas com


baixos níveis de tensões e períodos longos

✓tempo é freqüentemente a principal variável


experimental dos ensaios,
✓ensaios como: fluência e relaxação de tensão
Comportamento Mecânico

Visco-elasticidade

107
COMPORTAMENTO MECÂNICO
Cargas contínua e de longa duração

✓ Ensaios de Creep (Fluência)


✓ Ensaios de Relaxamento de tensão

Medem fenômenos f(t)


Alivio da tensão ou deformação aplicada através do
rearranjo molecular
Nos dois ensaios ocorre o deslocamento permanente
dos átomos das moléculas quando uma força ou
deformação é aplicada a um polímero não reticulado
 Ocorre deformação plástica
 Estabilidade dimensional
COMPORTAMENTO MECÂNICO

Cargas relativamente baixas e cíclicas

➢ Propriedades de resistência mecânica relacionadas com


níveis de tensões relativamente baixos e cíclicos

✓ensaios de fadiga

As tensões que um material pode tolerar sob carregamento


cíclico são muito menores que as suportáveis sob carregamento
estático.

A fadiga é resultado de muitos movimentos micro-estruturais


localizados, que levam à propagação de trincas.

A resistência a fadiga é muito sensível ao acabamento


superficial do material.
Cristalinidade, Tg, Tm e comportamento mecânico

As propriedades do polímero semicristalino:


➢Dependem do grau de cristalinidade;
➢Dependem da morfologia da região cristalina.

❖ Densidade
❖ Rigidez
❖ Permeabilidade ❖ Resistência tração
❖ Resistência impacto ❖ Resistência química
❖ Cristalinidade ❖ Alongamento ruptura ❖ Resistência à abrasão
❖ Claridade ótica ❖ Temp. de fusão
Cristalinidade, Tg, Tm e comportamento mecânico

✓ Muitos polímeros possuem mistura de regiões amorfas e cristalinas


(semicristalinos), mas alguns são altamente cristalinos e outros altamente
amorfos.

✓ Por quê?
➢ Estrutura do polímero
➢ Presença de moléculas pequenas
➢ Tratamentos térmicos
➢ Degradação
Cristalinidade, Tg, Tm e comportamento mecânico

Linearidade
O polietileno pode ser
cristalino ou amorfo
 Linear - 90% cristalino
 Ramificado - 40% cristalino
altamente amorfo
Cristalinidade, Tg, Tm e comportamento mecânico

Grupos laterais volumosos

Polímero Grupo Cristalinidade


lateral
HDPE H 90-95%
PVC Cl 10%
PS Fenila Amorfo
Um grupo grande ligado à cadeia polimérica age como uma âncora e limita
o movimento das cadeias.
Cristalinidade, Tg, Tm e comportamento mecânico

Tg = 199 0C

poli(éter cetona)

Tg = 255 0C

poli(éter cetona), com adamantano


Cristalinidade, Tg, Tm e comportamento mecânico

Polaridade:
A existência de grupos polares tendem a aproximar
mais fortemente as cadeias entre si, aumentando
as forças secundárias e portanto aumentando a Tg
e Tm quanto maior for a polaridade.
Cristalinidade, Tg, Tm e comportamento mecânico

Poliamidas
✓ Alinhamento
✓ Forte atração que mantêm os cristais juntos
Cristalinidade, Tg, Tm e comportamento mecânico

Rigidez/flexibilidade
Cristalinidade, Tg, Tm e comportamento mecânico
Cristalinidade, Tg, Tm e comportamento mecânico

✓ As regiões amorfas dão aos polímeros


tenacidade, isto é, a capacidade de se
deformar sem quebrar

✓ Propriedade importante a ser observada


no momento da seleção do polímero para
uma determinada aplicação

✓ Difração de Raios X ou DSC


Cristalinidade, Tg, Tm e comportamento mecânico

A Cristalinidade pode ser alterada:


➢ moléculas pequenas
(metanol, água, etc.)
➢ aquecimento
➢ degradação
(quebra das cadeias moleculares)
➢ orientação

Orientação

Annealing
POLÍMEROS

1. Introdução
2. Classificação
3. Massa molar e sua distribuição
4. Comportamento térmico
5. Comportamento mecânico
6. Permeabilidade
7. Composições Poliméricas
8. Compósitos/ Nanocompósitos
9. Processamento
10. Algumas aplicações
PERMEABILIDADE

✓ Propriedade dos polímeros de serem penetrados e


atravessados por moléculas de baixa massa molar chama-se
PERMEABILIDADE

✓ Seqüência de etapas:
PERMEABILIDADE

✓ Processos de solubilidade e difusão

➢ Temperatura
➢ Pressão
➢Tamanho
➢ Forma
➢ Polaridade
➢ Afinidade gás/polímero

O coeficiente de permeabilidade é específico para uma


combinação gás / polímero a uma determinada temperatura
PERMEABILIDADE

✓ Fase amorfa – maior volume livre / menos densa

✓Fase cristalina – empacotamento

✓ Polímeros semi-cristalinos possuem menor permeabilidade que


os amorfos

✓ Os plastificantes contribuem para um maior volume livre, por


isso a taxa de permeação é maior em um polímero plastificado
que neste polímero não plastificado ou desplastificado
POLÍMEROS

1. Introdução
2. Classificação
3. Massa molar e sua distribuição
4. Comportamento térmico
5. Comportamento mecânico
6. Permeabilidade
7. Composições Poliméricas
8. Compósitos/ Nanocompósitos
9. Processamento
10. Algumas aplicações
COMPOSIÇÕES POLIMÉRICAS

PVC
Cortinas

Tubulações Filmes

Composições Poliméricas
produtos são incorporados ao polímero, em
quantidade variável, conforme às características
finais exigidas para a aplicação
Composições Poliméricas

✓ Alterar as propriedades do polímero

* mais rígido – cargas minerais (carbonato, sílica,


talco) e negro de fumo
* mais flexível – plastificante
* mais barato – cargas minerais, negro de fumo

✓ Dar estabilidade ao polímero

* processamento - antioxidantes
* serviço – antioxidantes e absorvedores de UV
Composições Poliméricas
✓ Exemplo de composição de um termoplástico
▪ antioxidantes
▪ plastificante
▪ corante
▪ carga

✓ Exemplo de composição de um elastômero


▪ agente de vulcanização
▪ acelerador
▪ ativador
▪ antioxidante
▪ plastificante
▪ carga (de reforço ou inerte)
POLÍMEROS

1. Introdução
2. Classificação
3. Massa molar e sua distribuição
4. Comportamento térmico
5. Comportamento mecânico
6. Permeabilidade
7. Composições Poliméricas
8. Compósitos/ Nanocompósitos
9. Processamento
10. Algumas aplicações
Compósitos

Ampliação da faixa de aplicação de materiais poliméricos

Síntese de novos polímeros Modificação dos polímeros já existentes


(estrutura química diferenciada)

Definição Compósito:
Mistura de diferentes tipos
de materiais Copolímeros Compósitos

✓ metais
✓ cerâmicas Misturas poliméricas
✓ fibras
✓ madeiras
✓ polímeros
✓ vidro
Compósitos
Definição Compósitos Poliméricos:

➢ São materiais projetados com o objetivo de alcançar


características desejáveis através da combinação de dois ou mais
materiais, em que pelo menos um deles é um polímero;
➢ A identidade química e forma dos diferentes materiais, se
conservam distintos após o processamento e são separados por
uma interface mais ou menos definida.
➢ A interface em compósitos tem um papel decisivo na determinação
das propriedades e desempenho desses materiais. Ela é
responsável pela transmissão de tensões da matriz para a carga.
Compósitos
COMPÓSITOS POLIMÉRICOS

Mistura de diferentes materiais em que uma das fases (matriz) é um polímero

PP/Fibra celulósica

PP/CaCO3
Compósitos

Inúmeros tipos de materiais particulados ou fibrilares têm sido


utilizados como carga em compósitos poliméricos influenciando de
maneira positiva nas propriedades como resistência à fluência,
rigidez e temperatura de distorção ao calor

Particulados: Carbonatos, Fibrilares: Fibra de


CaCO3, Microesferas, Argila, vidro, Fibras vegetais,
Talco, Mg3(Si4O10)(OH)2 Fibras poliméricas

Misturas (ou blendas) poliméricas ≠ Compósitos poliméricos


Compósitos

Compósito

Fase Dispersa
Fase Contínua (matriz) (cargas)

Termoplástica ou Termofixa
Fibrosa Orgânica Natural
Ou Ou Ou
Não fibrosa Inorgânica Sintética
Nanocompósitos

• Estrutura de nanocompósitos (metais, argilas, nanotubos de


carbono)
– 1 dimensão
– 2 dimensões
– 3 dimensões

135
Nanocompósitos

136
Metodologia de preparo
Nanocompósitos

• Mistura de solução – suspensão

• Intercalação no polímero fundido

• Polimerização in situ
POLÍMEROS

1. Introdução
2. Classificação
3. Massa molar e sua distribuição
4. Comportamento térmico
5. Comportamento mecânico
6. Permeabilidade
7. Composições Poliméricas
8. Compósitos/ Nanocompósitos
9. Processamento
10. Algumas aplicações
Processamento de Polímeros
Extrusão
Processo (contínuo) usado em praticamente todos os termoplásticos, consiste
em passar o material por um tubo aquecido – conhecido como “canhão” – onde
é fundido e cisalhado com o auxílio de uma rosca sem fim, e forçado a fluir
através de uma matriz que dará a forma
final do artefato.

Utilizada principalmente no revestimento de fios, fabricação de tubos e


mangueiras, perfis contínuos e revestimento de cabos.
PROCESSAMENTO
Extrusão
PROCESSAMENTO

Extrusão - Sopro
PROCESSAMENTO

Extrusão

Extrusora de filmes de PE
PROCESSAMENTO
Injeção
Neste processo, assim como na extrusão, o material é fundido e
cisalhado em um conjunto canhão/parafuso, mas neste caso, é
injetado sob pressão em molde metálico bipartido. A própria rosca
sem fim age como pistão, injetando o material no interior da
cavidade. Após o resfriamento e solidificação do material, o molde é
aberto e a peça fria é destacada.
PROCESSAMENTO
Injeção
PROCESSAMENTO
Termoformagem
➢ Consiste em aquecer uma folha de termoplástico acima de sua Tg (para
polímeros amorfos) ou perto de sua fusão (para polímeros
semicristalinos), forçando-a depois de encontro as paredes de um molde,
geralmente utilizando vácuo
➢ Em contato com o molde com circulação de um fluido de resfriamento,
material solidifica tomando a forma final do molde
➢ O molde abre e procede-se à extração da peça
Processamento de polímeros - Calandragem

➢ Confecção de filmes planos, chapas e laminados


para posterior termoformagem.
➢ O processo consiste em extrusar o polímero
formando um cordão ou uma fita que será
depositado em um sistema de cilindros aquecidos
que formam a calandra. Os rolos de tamanhos
distintos, giram a velocidades ligeiramente
diferentes para formar os filmes, chapas
ou laminados.
✓cartões de crédito e de uso geral;
✓rótulos, etc.
✓laminados para "banners"; toldos; etc.
POLÍMEROS

1. Introdução
2. Classificação
3. Massa molar e sua distribuição
4. Comportamento térmico
5. Comportamento mecânico
6. Permeabilidade
7. Composições Poliméricas
8. Compósitos/ Nanocompósitos
9. Processamento
10. Algumas aplicações
Aplicações

• Borrachas
• Plásticos
• Fibras
• Adesivos
• Recobrimentos

148
Aplicações
Borrachas

• Borracha Natural
– cis-poliisopreno

•Aplicações: Pneus, Elásticos, Luvas cirúrgicas


Aplicações
Borrachas

• Poliisopreno
– cis-poliisopreno + trans-poliisopreno

•Aplicações: Pneus, Elásticos, Luvas cirúrgicas


Aplicações
Borrachas

• Polibutadieno
– A partir do butadieno

•Aplicações: Pneus, Modificadores de


polímeros, Gomas de mascar
Aplicações
Borrachas

• Policloropreno
– A partir do cloropreno

•Aplicações: Roupas e Luvas industriais,


Revestimento de tanques, Adesivos, Correias
transportadoras
Aplicações
Borrachas

• EPDM

•Aplicações: Pneus, Isolamentos de cabos


elétricos,
Aplicações
Borrachas

• SBR

•Aplicações: Pneus, Artefatos


Aplicações
Borrachas

• Copolímero de isobutileno e isopreno

•Aplicações: Câmara de ar, Balões-sonda,


Correias transportadoras
Aplicações
Borrachas

• Copolímero de butadieno e acrilonitrila

•Aplicações: Mangueiras, Gaxetas e válvulas,


Revestimento de tanques industriais
Aplicações
Plásticos

• Polietileno
– PEBD
– PEAD
– LLDPE
– UHWPE
•Aplicações:
PEBD - Filmes e Frascos de produtos alim., farmacêuticos e químicos,
Brinquedos, Utensílios domésticos
PEAD – Bombonas, Fita-lacre, Material hospitalar
LLDPE – Peças automotivas, Lixeiras, Recipientes industriais, Tampas
finas
UHWPE – Artigos esportivos, Fibras,
Aplicações
Plásticos

• Polipropileno

•Aplicações:
Pára-choques, Carcaças de eletrodomésticos, Recipientes em geral,
Brinquedos, Sacaria, Carpetes, Toalhas, TNT, Tubos para canetas
esferográficas, Válvulas para aerossóis, Material hospitalar, Recipientes
para uso em microondas
Aplicações
Plásticos

• Poliestireno

•Aplicações:
Descartáveis, Utensílios domésticos, Embalagens, Brinquedos, Placas
expandidas, Eletro-eletrônicos
Aplicações
Plásticos

• PET

•Aplicações:
Fibras – Indústria têxtil, mantas para filtros, Mantas para contenção de
encostas
Filme – Fitas magnéticas, Radiografia, Fotografia e Reprografia
Artefatos – Áutomóveis, Eletro-eletrônicos, Embalagens de alimentos,
cosméticos e produtos farmacêuticos, Frascos para bebidas
gaseificadas
Aplicações
Plásticos

• PVC

•Aplicações:
Forro para móveis e estofados de carro, Revestimento de fios e cabos
elétricos, Tubulações para água e esgoto, Pisos, Embalagens, Cortinas
de banheiro, Calçados, Bolsas, Couro artificial, Bonecas, Acabamentos
na engenharia civil
Aplicações
Plásticos

• PTFE

•Aplicações:
Válvulas, Torneiras, Gaxetas, Engrenagens, Anéis de vedação,
Revestimentos antiaderentes, Placas em geral, Filamentos para
componentes elétricos e eletrônicos
Aplicações
Plásticos

• PMMA

•Aplicações:
Painéis, Letreiros, Vidraças, Suporte de objetos em vitrines, Fibras
óticas, Acessórios femininos
Aplicações
Plásticos

• Policarbonato

•Aplicações:
Janelas de segurança, Escudos de proteção, Lanternas de automóveis,
Cabines de proteção, Mamadeiras, CDs, Artigos médicos, Capacetes de
motocicleta
Aplicações
Plásticos

• Poliuretano

•Aplicações:
Amortecedores, Diafragmas, Solados, Material esportivo, Espumas
mbaflexíveis, Roupas e Acessórios femininos, Embalagens
Aplicações
Plásticos

• Poliacrilonitrila

•Aplicações:
Fibras têxteis macias e leves como a lã, Precursor para a fabricação da
fibra de carbono
Aplicações
Fibras

• Policaprolactama

•Aplicações:
Fibra – tapetes, Carpetes, Roupas, Meias, Fios de pesca, Cerdas de
escova
Filme – Embalagens para alimentos
Artefatos – Engrenagens, Material esportivo, Rodas de bicicleta,
Conectores elétricos, Eletrodomésticos
Aplicações
Fibras

• Poli(hexametileno-adipamida)

•Aplicações:
Fibra – tapetes, Carpetes, Roupas, Meias, Fios de pesca, Cerdas de
escova
Filme – Embalagens para alimentos
Artefatos – Engrenagens, Material esportivo, Rodas de bicicleta,
Conectores elétricos, Eletrodomésticos
Aplicações
Adesivos

• EVA

•Aplicações:
Adesivos (Hot melt), Solados celulares e flexíveis, Encadernação de
livros, Caixas de papelão, Selagem de caixas
Aplicações
Adesivos

• PVF

•Aplicações:
Composições adesivas e de revestimento
Aplicações
Adesivos

• PVB

•Aplicações:
Composições adesivas e de revestimento, Camada intermediária em
vidro de segurança, chapas flexíveis
Aplicações
Revestimentos

• PVAc

•Aplicações:
Tintas para parede, Adesivos para papel, Hot melt
Aplicações
Revestimentos

• PBA

•Aplicações:
Tintas e adesivos
Aplicações
Revestimentos

• Resina Epoxídica

•Aplicações:
Tintas para diversos fins, Adesivos para metal, cerâmica e vidro,
Compósitos com fibra de vidro, de carbono ou poliamoda aromática,
Circuitos impressos, Moldes

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