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Ao completar 20 anos, o Arquivo Público da
Cidade de Belo Horizonte, fundado em 21 de
maio de 1991, presenteia os belo-horizontinos
com a finalização de um trabalho iniciado há
mais de uma década: a Coleção Histórias de
Bairros de Belo Horizonte.
A iniciativa da Coleção baseou-se na cons-
tatação, por ocasião das comemorações do 1º
Centenário de Belo Horizonte, de que era che-
gada a hora de um equipamento público como
o Arquivo, depositário de documentos arquivís- Esta Coleção, ao resgatar a história dos
ticos de valor inestimável para a história da ci- bairros da cidade, leva para as novas gera-
dade, preparar um trabalho de fôlego que não ções algo mais: a história das pessoas, de
apenas apoiasse o professor em sala de aula, tantos personagens anônimos que, no seu
como pudesse se constituir em fonte organiza- cotidiano, produziram cultura, arte e tradi-
da de pesquisa para estudiosos e interessados, ções - nosso patrimônio imaterial.
em geral, na cultura e história de Belo Horizonte. Não por acaso, Belo Horizonte é hoje
Assim é a Coleção. Trabalho cuidadoso de uma Cidade-Educadora, que trouxe de sua
uma equipe competente e motivada, que bem memória - visível e invisível - as bases para a
conhece a potencialidade de uma documen- construção de um lugar melhor para se viver,
tação arquivística garantida e preservada pelo com dignidade, paz e cidadania para todos.
texto da Lei e pela Prefeitura de Belo Horizonte. A cidade atual é resultado da ação pio-
A Fundação Municipal de Cultura, da qual o neira de muitos - negros, indígenas, comuni-
APCBH é órgão vinculado, muito se orgulha de dades quilombolas, homens e mulheres que,
apresentar os três últimos cadernos – sobre as re- ao longo do tempo, construíram ‘pontes’ ao
gionais Pampulha, Oeste e Norte – que comple- invés de ‘muros’, e ligaram BH ao Brasil e ao
tam o esforço contido na Coleção. Através dela e mundo, por meio de sua graça, sua música,
das ações de difusão, como exposição e cursos de sua arte, sua gente.
formação para professores e bibliotecários, tem-se Neste território das Gerais, habita um povo
procurado garantir a função social do Arquivo: re- generoso, contador de causos e belas histórias.
colher, tratar, guardar e difundir um acervo valioso Macaé Maria Evaristo
que é de todos e a todos deve retornar! Secretária Municipal de Educação
Thaïs Velloso Cougo Pimentel
Presidente da Fundação Municipal de Cultura
PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE
Marcio Araujo de Lacerda

Secretaria Municipal de Educação Este caderno se encontra em versão


Macaé Maria Evaristo digital no site do Arquivo Público
da Cidade de Belo Horizonte:
Fundação Municipal de Cultura www.pbh.gov.br/cultura/arquivo
Thaïs Velloso Cougo Pimentel

Arquivo Público da Cidade


de Belo Horizonte - APCBH
Maria do Carmo Andrade Gomes

Associação Cultural do Arquivo Público


da Cidade de Belo Horizonte – ACAP-BH
Ivana Denise Parrela

H673 Histórias de bairros [de] Belo Horizonte : Regional Norte /


coordenador, Raphael Rajão Ribeiro. – Belo Horizonte:
Arquivo Público da Cidade, 2011.
62 p. : il. ; 21 cm. [+ linha do tempo + mapas]

Produzido pelo Arquivo Público da Cidade


de Belo Horizonte.
ISBN: 978-85-64559-00-4

1. Belo Horizonte (MG) - Bairros - História. 2. Norte, regio-


nal (Belo Horizonte, MG) - Bairros. I. Ribeiro, Raphael Rajão. II.
Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte.

CDD 981.51
sumário

> O que é a coleção Histórias de Bairros?............................................................07

> Os Bairros na Cidade.............................................................................................08


• O que é viver na cidade?........................................................................................08
• Uma breve história de BH: ponto de partida para outras histórias.........................09
• Vivência urbana e administração municipal: regionais e bairros...........................13
O que é o bairro?..................................................................................................... 13
Como surgiram os bairros em Belo Horizonte?................................................................ 14
Como os bairros recebem os seus nomes?...................................................................... 14
A regional e os bairros.............................................................................................. 16
• Os bairros da Regional Norte de BH......................................................................17
Primeira trilha: seguindo os vestígios de antigas fazendas .................................................. 20
Segunda trilha: na via do desenvolvimento...................................................................... 23
Terceira trilha: à procura da cidadania.......................................................................... 25
Quarta trilha: uma ameaça ao verde.............................................................................................. 27
• Os bairros da Regional Norte: breves informações................................................29

> HISTÓRIAS DE BAIRROS NO APCBH: ATIVIDADES.......................................................36


• O que é o Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte?.......................................36
• Atividade 01 – A força da mulher..........................................................................37
• Atividade 02 – Manifestações da cultura popular..................................................44
• Atividade 03 – Por água abaixo!............................................................................52
• Atividade 04 – Caça-Palavras.................................................................................58

>ÍNDICE DE FIGURAS.....................................................................................................60
> REFERÊNCIAS DE PESQUISA........................................................................................61
> LINHA DO TEMPO: BELO HORIZONTE E REGIONAL NORTE E
> MAPAS: BELO HORIZONTE E REGIONAL NORTE RT
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6 Parque Ecológico Primeiro de Maio
Esta coleção é o resultado do pro- Através de nossa leitura de várias
jeto “Histórias de Bairros de Belo Hori- fontes históricas, como documentos
zonte”, que vem sendo realizado pelo escritos, fotografias, plantas, mapas,
Arquivo Público da Cidade de Belo etc., produzimos algumas histórias
Horizonte desde 1999. Nessa época, que contamos aqui. Como você já
quando você ainda era bem peque- estudou, outras histórias podem ser
no, a equipe do APCBH percebeu narradas com o uso desses mesmos
que muitos alunos vinham aqui para documentos, pois muitas são as inter-
conhecer mais sobre o passado da re- pretações possíveis.
gião onde moram. Pensando, então, Além de apresentarmos textos so-
em facilitar as pesquisas, procuramos, bre os bairros, selecionamos fontes his-
em nosso acervo e em outros locais, tóricas para que você possa aprender
informações que ajudam a contar as um pouco mais a interpretar e a narrar
histórias dos bairros da cidade. outras histórias, a partir de seu próprio
Depois desse grande levantamen- ponto de vista. Como o acervo do APCBH
to, finalmente, em 2008, conseguimos é muito grande, pudemos mostrar ape-
transformar essas informações em ca- nas uma pequena parte dele. Muito
dernos didáticos, organizados a partir mais poderá ser visto aqui no Arquivo.
das regionais da cidade. Esperamos, E cada vez que você ler um documen-
assim, fazer com que um pouco das to encontrará novidades. Fica, então, o
histórias dos bairros chegue até você, convite para conhecer mais, em nossa
na sua escola. sede. Adoraremos receber sua visita!

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O que e viver na cidade ções. Normalmente não são feitas de uma
vez só. Elas são construídas e reconstruídas
Belo Horizonte é a cidade onde moramos ao longo de sua existência.
e vivenciamos nosso dia-a-dia. Nós e mais de As pessoas que moram em uma cidade
dois milhões de habitantes! No vaivém diário, convivem de diferentes formas. Durante todo
nem pensamos sobre o espaço onde vivemos. o tempo, elas lutam pelo que pensam ser o
Você já se perguntou como são criados os melhor. A cidade está sempre em movimen-
lugares que chamamos de cidade? Será que to, sendo alterada. Por meio da pintura de um
a cidade em que você vive sempre foi assim? muro, da mobilização para que uma casa an-
Como ela era antes? Como ficou desse jeito? tiga ou uma árvore não seja derrubada... ela é
Será que todos os seus habitantes a veem da sempre palco de disputas e negociações.
mesma forma que viam há alguns anos? Diferentes ações criam as mudanças do
Toda cidade tem sua história. E história é espaço que habitamos. Os governos, muitas
também transformação: nossa cidade não foi vezes, tentam planejar o desenvolvimento
sempre da forma como a conhecemos. Ela é das cidades, para que as coisas sigam um de-
o resultado da ação dos seres humanos sobre terminado caminho. Mas, às vezes, as pesso-
a natureza. E isso acontece não apenas quan- as ou os governantes preferem manter algu-
do eles realizam construções, mas também mas coisas como eram no passado – nem só
quando se servem das águas, do solo, da ve- de transformações vive a cidade; ali as coisas
getação e dos recursos minerais. também permanecem.
São diversas as razões que levam ao nas- E a nossa cidade, Belo Horizonte, como
cimento de uma cidade. Elas podem surgir ela surgiu? Como se transformou? Que cami-
a partir de uma igreja ou podem ser plane- nhos seguiu? O que se manteve? O que mu-
jadas antes mesmo de haver ruas ou edifica- dou? Conheçamos um pouco dessa história!

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Uma breve historia de BH
Ponto de partida para
outras historias
Há pouco mais de cem anos, Ouro Pre-
to deixava de ser a capital de Minas Gerais.
Nascia então uma nova cidade, inteiramente
planejada e construída para ser a capital do
estado. Era Belo Horizonte. No local onde
a cidade foi edificada, existia um pequeno
arraial, o Curral del Rei, que foi quase total-
mente demolido. O plano da nova capital,
elaborado por uma equipe de engenheiros,
arquitetos e outros técnicos, previa uma ci-
dade dividida em três áreas: uma área cen-
tral, denominada urbana; em torno desta, 01. Antigo Curral del Rei, 1896.

uma outra denominada suburbana; e uma


terceira área, chamada rural.
A nova capital foi inaugurada em 12 de
dezembro de 1897, mesmo estando ainda
em obras, e com seu plano apenas parcial-
mente implementado.
Hoje, muitos dos espaços planejados e
edifícios construídos na época da origem da
cidade ainda estão preservados. A Praça da
Liberdade com suas secretarias e o palácio,
o Parque Municipal e a Praça da Estação são
alguns exemplos. Pelo plano da nova cidade,
02. Prédio da Estação Central, década de 1980.
a Avenida Afonso Pena seria a via mais im-
portante da cidade, como, de fato, se tornou.

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Escala 1:35.700

03. Planta Geral


da Cidade de
10 Minas, 1895.
E a avenida que contornava toda a área ur- recebendo a mesma infraestrutura. Os bairros
bana planejada, chamada por isso de Ave- surgiam mesmo sem esses serviços. A desigual-
nida do Contorno, também permanece até dade social fez aparecer vilas e favelas nos ar-
hoje. A paisagem desses lugares mudou, redores desses bairros, mas também próximas
mas eles ainda existem na cidade, com aos bairros dentro da área central.
grande importância.
Nos seus primeiros anos, a cidade era cor-
tada por algumas linhas de bondes e pelos cór-
regos naturais. Os bondes já não existem e a
maioria dos córregos não está mais visível, pois
eles foram canalizados. A ligação de BH com
outras cidades e outros estados se fazia pela es-
trada de ferro – que, hoje, não é a via de acesso
mais comum. A população de Belo Horizonte
era formada pelos antigos habitantes do arraial,
por funcionários públicos que vieram de Ouro
Preto e por trabalhadores e imigrantes estran-
04. Favela Pindura Saia, década de 1960.
geiros que foram empregados na construção
da cidade, no comércio, ou nas colônias agríco- Hoje ainda é possível enxergar diferen-
las que foram criadas em torno da área urbana. ças entre a parte da cidade que foi planejada
A cidade de Belo Horizonte cresceu, e seu e aquela que cresceu de forma mais espon-
crescimento foi marcado pelo planejamen- tânea e desorganizada. Um exemplo é a dis-
to inicial. A área urbana, dentro dos limites da posição das ruas. Dentro da Avenida do Con-
Avenida do Contorno, recebeu ao longo do torno, se observarmos em um mapa, as ruas
tempo mais infraestrutura, como, por exemplo, formam um desenho quadriculado e exato.
nos transportes coletivos e no fornecimento de As avenidas são mais largas e muitos cruza-
serviços como água, luz e esgotos. Ali se con- mentos formam praças, como a Praça Sete e
centrou a maior parte dos serviços e das ativi- a Praça Raul Soares. Fora da Contorno, elas
dades como comércio, hospitais e escolas. Já formam um desenho bem menos organiza-
a área fora dos limites da Avenida do Contor- do, com ruas mais estreitas e cheias de cur-
no cresceu de forma mais desorganizada, não vas, acompanhando o relevo natural.

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A partir das décadas de 1940 e 1950, o
crescimento de Belo Horizonte teve um im-
pulso cada vez maior, devido à expansão das
indústrias. A área central da cidade continua-
va concentrando os principais serviços, como
comércio e bancos. Como ela já estava quase
toda ocupada e não havia mais terrenos livres
05.Praça Sete, Avenida Afonso Pena, 1954.
para a construção, teve início a expansão “para
cima”. Surgiam os primeiros arranha-céus.
Ônibus e automóveis tornaram-se os meios
de transporte mais comuns. Eles trafegavam
também em direção aos novos bairros, pelas
avenidas Antônio Carlos, Pedro II e Amazonas,
construídas nesse período. A construção da la-
goa e dos edifícios modernistas da Pampulha é
um marco daquelas décadas.
Nas décadas de 1960 e 1970, a cidade
continuou seu crescimento, com o surgimen-
to de muitos bairros. O centro já estava re-
06. Praça Raul Soares, 1960. pleto de grandes edifícios, que passaram a
surgir também nos bairros vizinhos. No en-
tanto, permanecia a diferença social entre a
área central, com mais infraestrutura, e a rede
de bairros que se expandia na periferia, com
poucos ou nenhum serviço urbano.
Com a expansão urbana, áreas mais afas-
tadas do centro de Belo Horizonte se transfor-
maram. Barreiro e Venda Nova são exemplos
de regiões que tinham um ritmo lento de cres-
cimento e que passaram a ter uma vida mais
07. Lagoa da Pampulha, 1948.
dinâmica com o avanço da metrópole. Essa

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crescente ampliação dos espaços ocupados Vivencia urbana e
atingiu também municípios vizinhos a Belo
administracao municipal
Horizonte, ultrapassando e desmanchando
as divisas, especialmente nas direções norte regionais e bairros
e oeste, como aconteceu com Betim, Conta-
gem e Santa Luzia. O que é o bairro?
A partir daquelas décadas e nos anos se-
guintes, as diferentes regiões da cidade, cada É muito bom falar e ouvir falar do bairro
vez mais distantes do centro, tornaram-se me- em que moramos ou em que nascemos. Nesse
nos dependentes da área central. Surgiram lugar, construímos as relações do nosso dia-a-
núcleos de comércio e de convivência nos dia: andando pelas ruas do bairro, é comum re-
bairros, desde a Savassi até o Barreiro e Venda conhecermos as pessoas que por ali circulam.
Nova. Muitos outros centros regionais surgi- Perto de casa, cumprimentamos os vizinhos.
ram em torno das grandes ruas e avenidas ou Na padaria da esquina, conhecemos os produ-
no interior dos bairros, e continuam surgindo tos. Sabemos os nomes das ruas e o que ire-
até hoje. Mas será que esses “centros” regio- mos encontrar nelas... Essas coisas nos fazem
nais são autossuficientes? Eles estão ligados “sentir em casa”! Se vivemos muito tempo em
com as outras áreas do município? O transpor- um bairro, temos a sensação de dominar aque-
te coletivo é suficiente para a circulação das le espaço como a nossa própria casa.
pessoas entre todas as regiões da cidade? Mas o bairro é também uma divisão ofi-
Outras questões surgem, também, a par- cial da cidade para facilitar a comunicação
tir dessa história de crescimento da cidade: de seus habitantes e a prestação de serviços
será que o centro de Belo Horizonte perma- para eles. É um meio de identificar onde as
nece como espaço de identidade entre os pessoas vivem.
bairros e as regiões? A vida nos bairros é a Então, o bairro é tanto o lugar de vivên-
mesma que era há cem anos? Como se ad- cia de seus moradores quanto uma divisão
ministra, nos bairros, o problema das desi- administrativa da cidade.
gualdades sociais? Os bairros de uma mes-
ma regional têm uma identidade? Pensando
nessas perguntas é que procuramos estudar
a história dos bairros de Belo Horizonte.

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Como surgiram os bairros seções suburbanas. A partir da ocupação
em Belo Horizonte? dessas colônias e seções pela população,
surgiram, então, os bairros que conhecemos
Belo Horizonte foi inaugurada em 1897. hoje. Muitos desses ainda possuem, como
Tem essa característica especial: é uma cidade nome oficial, o nome da colônia ou da seção
que não surgiu de ocupação espontânea de urbana de origem.
um espaço por um grupo de pessoas. Foi pro-
jetada para existir de uma determinada manei- Como os bairros recebem
ra e ser construída segundo um traçado. Será os seus nomes?
que a ocupação da cidade seguiu esse plane-
jamento, tal como foi feito pelo poder público? A história dos bairros, assim como a da
A cidade não surgiu de uma só vez. A cidade e a das pessoas que nela vivem, vai
Belo Horizonte que conhecemos hoje tem se transformando com o tempo e os seus no-
muito pouco a ver com aquela que foi pro- mes refletem isso. Para os bairros de nossa
jetada e construída há mais de 110 anos. cidade, por exemplo, dois tipos de nomes
Pelo projeto original, Belo Horizonte pos- são usados hoje: os oficiais e os populares.
suía seções urbanas e suburbanas, como se Os nomes oficiais, para alguns bairros,
pode ver através da Planta Geral da Cidade são os que foram dados no projeto original
de Minas. Depois vieram as colônias agrí- da cidade. Para outros, que surgiram depois
colas, outra forma de ocupar a cidade pen- do planejamento inicial, o nome oficial é o da
sada pelo governo, que deveriam ficar nas época da aprovação do loteamento do bair-

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ro: São Gonçalo, Marilene, etc. Para outros, nome popular se tornou o nome oficial depois.
ainda, o nome oficial foi dado por lei, depois Há ainda os nomes que não existem mais.
que aquela região já estava ocupada, como Urca, Vila Bacaraus são nomes que não estão
é o caso do Jardim Felicidade. mais em uso, só existem na memória de anti-
Os nomes populares são aqueles pelos gos habitantes da cidade. Isso nos mostra que
quais conhecemos nossos bairros. Sua origem a cidade muda no tempo. E a administração
está ligada a alguma característica física ou municipal procura acompanhar as mudanças
cultural do lugar. Pode vir de uma igreja ou para atender às novas necessidades.
santo de devoção, de uma fazenda, de um es- Neste caderno, quando tratarmos de
tabelecimento, do nome de um antigo mora- bairros, utilizaremos o nome popular, que é o
dor. Ou seja, esse é o nome que tem a “cara” mais conhecido. Como a confusão é grande,
do bairro: Granja Werneck, São Bernardo... optamos por seguir um critério único: usa-
mos os nomes que constam do mapa gerado
Nos diversos usos que a cidade faz dos pela PRODABEL em junho de 2004.
bairros, esses nomes se misturam. Para os
cartórios, o bairro é Juliana; para o dia-a-dia,
é Etelvina Carneiro.

Em alguns bairros, o nome oficial e o nome


popular são o mesmo ou houve poucas varia-
ções, como o Heliópolis. Em outros, ainda, o

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A Regional e os bairros aspectos em comum: alguns foram ocupados
em um mesmo período que outros. Eles têm
Belo Horizonte possui uma área de certa identidade, mas não são iguais.
330,90km². Administrar uma cidade tão gran- Para fazer esta publicação, organizamos
de é muito complicado. Para facilitar esse cadernos sobre os bairros, agrupando-os por
processo, a Prefeitura criou, em 1983, unida- regional. Do mesmo modo que a Prefeitura
des administrativas que ficaram conhecidas dividiu a cidade em regionais, para facilitar
como regionais. Suas áreas foram definidas a administração, nós dividimos a publicação
em lei no ano de 1985. Duas regionais, po- em regionais, para facilitar a organização das
rém, já existiam antes dessas leis: Barreiro e informações. Neste caderno, trataremos dos
Venda Nova. Atualmente existem nove regio- bairros da Regional Norte.
nais na cidade: Barreiro, Centro-Sul, Leste, A intenção não é contar a história de to-
Nordeste, Noroeste, Norte, Oeste, Pampu- dos os bairros, até porque isso não seria pos-
lha e Venda Nova. Existe uma proposta de sível. Muitas são as histórias, muitos são os
chamar oficialmente as regionais de distritos, documentos... O que queremos é dar referên-
mas isso já é outra história... cias para você, referências para compreender
Como a regional é uma “unidade admi- a trajetória de seu bairro e aprender a lidar
nistrativa”, os bairros que a compõem se loca- com os documentos do APCBH para continu-
lizam em uma mesma região. Assim, eles têm ar pesquisando as histórias de nossa cidade.

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Os bairros da O poder público precisa prever, por exemplo,
quantos habitantes a cidade vai ter em um fu-
Regional NORTE de BH turo próximo, para determinar as ações que
serão necessárias: construir casas e garantir sua
infraestrutura básica, como água, luz e telefone,
Você já reparou que, quando você começa construir escolas que atendam todas as crian-
um novo ano na escola, tudo já está organiza- ças, aumentar o acesso às avenidas para que os
do para a sua chegada? A sala onde você vai carros e os ônibus possam circular com tranqui-
estudar, quem vai ser a sua professora e até o lidade, oferecer serviços de saúde, lazer e cultu-
material de que você vai precisar. Os coorde- ra para todos. Não é tarefa simples administrar
nadores já definiram o calendário escolar e cal- uma cidade, mas, se as coisas são feitas sem
cularam quantos alunos terão em cada sala, os planejamento, o trabalho fica ainda mais difícil
funcionários da escola já sabem o que será ser- e a população acaba tendo de enfrentar graves
vido na merenda, os professores já selecionaram problemas urbanos.
os tópicos para estudo e organizaram algumas Foi o que aconteceu com os bairros da Re-
atividades para as turmas. Essas coisas são de- gional Norte. Sua urbanização é recente e ainda
cididas antes das aulas começarem, através de está em andamento. Apesar de uma parte dessa
um planejamento, uma preparação daquilo que região ter sido ocupada antes mesmo da cons-
será necessário para a realização de um traba- trução de Belo Horizonte, o desenvolvimento
lho. Quando o planejamento é bem feito, os de sua infraestrutura urbana (água, esgoto,
primeiros dias de aula acontecem sem grandes
problemas, mesmo que às vezes surjam alguns
imprevistos. Mas, se não há uma preparação
anterior adequada, a escola pode virar uma ver-
dadeira bagunça! Os alunos ficarão perdidos,
bem como os professores, os coordenadores e
os funcionários.
Com a cidade acontece uma coisa pareci-
da. Com uma quantidade enorme de gente mo-
rando nela, as coisas precisam ser organizadas
e planejadas para evitar os problemas sociais. 08. Rua sem saneamento básico na Regional Norte, s/d.

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eletricidade e pavimentação) só ocorreu de fato
nas décadas de 1980 e 1990. Para você, esses
vinte ou trinta anos podem parecer muito tem-
po, mas para a história da cidade, que é cente-
nária, é muito pouco. Em alguns lugares, onde
09. Rua sem pavimentação no bairro Tupi, 1995.
a ocupação se deu mais recentemente, essa in-
fraestrutura ainda nem chegou, pois não houve
planejamento antes de as pessoas irem morar lá.
Além disso, uma área imensa, conhecida como
“a última fronteira verde de Belo Horizonte” e
chamada de Mata do Isidoro ou Granja Werne-
ck, praticamente nunca foi habitada.
Para conhecermos as histórias dos bair-
ros da Regional Norte, vamos fazer uma cami- 10. Casas sem infraestrutura no bairro
Providência, 1994.
nhada de aventura por seus terrenos aciden-
tados, suas serras e suas matas. Nossas trilhas
seguirão os caminhos de antigas fazendas e
pedreiras, acompanharão os cursos d’água e
se arriscarão nas áreas de alto declive e difí-
cil acesso. Vamos andar devagar, prestando
atenção tanto na paisagem urbana, quanto
na paisagem natural. Em nossa caminhada
pela Regional Norte, além de casas com di-
11. Rua no bairro São Tomaz, 1994.
ferentes padrões de construção, prédios e
barracos, avenidas movimentadas e estações
de metrô, poderemos encontrar também mi-
cos-estrela, esquilos, tatus e outros animais,
além de uma variedade imensa de plantas
medicinais. Já deu para perceber o quanto
um passeio pela Regional Norte pode ser in-
teressante, não é mesmo?
12. Avenida Cristiano Machado, Regional Norte, 1993.

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Começaremos nosso trekking pela parte sul
da regional, uma área cuja ocupação teve início
há muito tempo, bem antes da construção de
Belo Horizonte. Ela está inserida na Bacia do Ri-
beirão do Onça e era uma região de fazendas,
matas e chácaras. Na década de 1940, as antigas
fazendas foram loteadas, vilas foram criadas e os
bairros Primeiro de Maio, Providência, Minas-
lândia, Aarão Reis, Guarani, Floramar, Helió- 13. Casas populares no Conjunto Habitacional
polis e São Bernardo começaram a surgir. Novo Aarão Reis, 1993.

Até 1948, essa parte da cidade ainda per- onde a cidade ainda poderia se expandir, prin-
tencia oficialmente ao município de Santa Luzia, cipalmente porque seus terrenos mais afastados
mas já estava sob grande influência da capital. eram mais baratos. Vários conjuntos habitacio-
Veremos que muitos desses bairros surgiram nais populares começaram a ser construídos
numa área com relevo desfavorável para a cons- pela Prefeitura com a ajuda do Governo Federal
trução de moradias e que, mesmo assim, foram e áreas nunca antes ocupadas tiveram de ser ha-
intensamente ocupados. bitadas. Visitaremos os bairros Campo Alegre,
Depois, vamos seguir pela porção mais a Jardim Guanabara, Solimões, Jardim Felicida-
oeste da regional. Quando a região já tinha de, Tupi, Conjunto Habitacional Novo Aarão
sido incorporada definitivamente a Belo Ho- Reis, Industrial Rodrigues da Cunha, Canaã,
rizonte, outras várias subdivisões de terrenos Jaqueline, Juliana, Etelvina Carneiro, Frei Le-
e ocupações foram realizadas nas décadas de opoldo e Marize. Eles fazem parte de uma área
1950 e 1960, sob a influência do crescimento frequentemente sujeita à inundação.
da Regional Pampulha e da Regional Venda Finalmente, terminaremos a nossa caminha-
Nova. Foi então que surgiram os bairros Pla- da em uma das últimas áreas verdes existentes
nalto, Vila Clóris e São Tomaz. em Belo Horizonte, a Granja Werneck. Aí po-
Continuaremos nossa aventura pelos bairros deremos descansar, beber água limpa e fresca,
que foram ocupados entre as décadas de 1970 e observar a fauna e a flora locais, mas também
1990, quando Belo Horizonte vivenciou o agrava- refletir sobre as mudanças que estão sendo pla-
mento dos seus problemas de moradia. A parte nejadas por empresários e pela Prefeitura, como
norte da capital era uma das poucas regiões para a construção de ruas e de prédios.

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Vista-se confortavelmente e prepare sua É que, com o desenvolvimento de Belo
mochila com cantil e lanterna, pois a nossa ca- Horizonte, cada vez mais gente queria se es-
minhada começa agora! Sempre que precisar se tabelecer aqui. A instalação de fábricas e de
localizar, consulte os mapas de Belo Horizonte e indústrias, principalmente a partir da década
da Regional Norte no final deste caderno. de 1930, atraía trabalhadores de todo o esta-
do. Era preciso, então, encontrar lugares para
Primeira Trilha: Seguindo os acomodar a população crescente. A solução
vestígios de antigas fazendas foi ultrapassar os limites das áreas urbana, su-
burbana e rural traçadas no planejamento da
Como em outras áreas da cidade, uma nova capital e, até mesmo, ocupar as áreas
parte da Regional Norte já era ocupada por que pertenciam aos municípios vizinhos.
fazendas, sítios e chácaras muito antes da Esse foi o caso de muitos bairros que es-
construção de Belo Horizonte. Na década tamos visitando nesta trilha, pois eles foram
de 1940, para acompanhar o desenvolvimen- aprovados em Santa Luzia e, só alguns anos
to urbano, essas fazendas começaram a ser depois, passaram a pertencer a Belo Horizonte
divididas em lotes e deram lugar aos bairros (consulte as informações das fichas dos bairros
que visitaremos nesta trilha. para saber mais). Isso gerou uma indefinição
Antes da divisão por bairros que conhe- sobre a qual cidade esses bairros pertenciam.
cemos hoje, a porção sul da Regional Nor- As prefeituras dos dois municípios empurra-
te era conhecida como povoado do Onça.
Os bairros Primeiro de Maio, Providência,
Floramar, Guarani, Heliópolis, Aarão Reis,
Minaslândia e São Bernardo surgiram aí. As
fazendas localizadas na Bacia do Ribeirão do
Onça foram muito úteis no fornecimento dos
materiais utilizados nas obras de construção
da nova capital (como madeira, lenha, pedras
e tijolos) e também alimentos (como carne,
leite e queijo). Entretanto, essas fazendas
acabaram sendo urbanizadas e transforma-
das em vilas e bairros da cidade. 14. Vista aérea do bairro Primeiro de Maio, década de 2000.

20
vam uma para a outra a responsabilidade sobre
a sua infraestrutura, adiando o acesso da popu-
lação aos serviços públicos. Esse é um proble-
ma ainda comum naqueles bairros que fazem
parte dos limites entre Belo Horizonte e outras
cidades da Região Metropolitana.
O calçamento da estrada que levava ao
município vizinho também contribuiu para
aumentar a ocupação, apesar de essa ser uma
área de terrenos bastante irregulares. Por se 15. Vista parcial do bairro Floramar, 1990.

tratar de um espaço considerado longe do


centro da capital e, ainda, com uma topogra-
fia acidentada, seus lotes eram mais baratos e
atraíam uma população de baixa renda. Sem
o auxílio do poder público, toda essa ocupa-
ção se deu sem planejamento. As residências
eram precárias e os equipamentos e serviços
urbanos praticamente não existiam.
Uma das primeiras fazendas loteadas per-
16. Rua Pacaembu, bairro Guarani, s/d.
tencia à família do Sr. José Clemente da Ro-
cha. Ela deu origem aos bairros Guarani, Flo-
ramar e São Bernardo. A ocupação do bairro aí que as pessoas se encontravam nos finais
Guarani teve início com a abertura da estrada de semana para conversar e para rezar, pois
para Santa Luzia (atual Rua Benedito Xavier) a a igreja do bairro era um importante centro
partir do prolongamento da Rua Jacuí. A obra social para toda a região.
deveria melhorar o acesso à região, mas fal- A situação precária do bairro Guarani
tavam ônibus ou outros meios de transporte só começou a mudar com a pavimentação
coletivos para atender os moradores. Duran- da Avenida Waldomiro Lobo, na década de
te muito tempo, a única solução era seguir a 1980. Mas as melhorias dependeram da luta
pé até o bairro São Paulo para tomar o ônibus de seus moradores. Água encanada, pavi-
que levava ao centro da cidade. Também era mentação de ruas, comércio, escolas... tudo

21
isso só se tornou realidade depois que a po- seu time de futebol (o Estrela do Sul Futebol
pulação se organizou para solicitar os servi- Clube), que garantiam o divertimento dos
ços de infraestrutura básica junto à Prefeitura, moradores nos finais de semana. Mas foi só
no final da década de 1980. Essas conquistas depois da sua regularização que as escolas
coletivas fizeram com que o bairro se tornas- e os postos de saúde, além dos serviços de
se uma importante referência para toda a Re- saneamento, luz elétrica e pavimentação co-
gional Norte. meçaram a chegar ao bairro.
Já o local onde hoje está o bairro São Outro importante incentivo para a ocu-
Bernardo foi ocupado, durante muito tem- pação dessa parte sul da Regional Norte foi
po, por pequenos proprietários rurais e cria- a instalação, em 1937, do Matadouro Mode-
dores de cabras. Há quem diga que, por isso, lo (onde hoje se encontra o bairro São Paulo,
o lugar era chamado de Vila dos Cabritos. na Regional Nordeste). Uma vila operária foi
Em 1927, a área foi adquirida pela Prefeitura criada para abrigar as famílias dos funcioná-
para abrigar os moradores da Pedreira Prado rios do matadouro. Rapidamente, a região
Lopes, mas esses não aceitaram a mudança próxima foi invadida e outras vilas se for-
para um lugar considerado tão longe do cen- maram em seu entorno, dando origem aos
tro da capital. Então, essa área pública aca- bairros Primeiro de Maio, Providência e Mi-
bou compondo parte do Campo de Aviação naslândia, entre outros. Empresários e no-
Militar (atual Aeroporto da Pampulha), inau- vos moradores apostavam que o Matadouro
gurado em 1933, responsável pelo correio levaria desenvolvimento para a região, ga-
aéreo. Aos poucos, ela foi sendo invadida. rantindo-lhes o conforto com bondes, água
Só mais de trinta anos depois, em 1967, a encanada, etc. Os anúncios de lotes diziam
Prefeitura vendeu os lotes para os próprios que os terrenos eram os de maior futuro na
moradores e regularizou o bairro. capital. Mas o que aconteceu que esses bair-
Mas, antes mesmo da sua oficialização, ros foram ocupados mesmo sem infraestru-
a vila já contava com uma associação comu- tura no local.
nitária (a Aliança Progressista do Bairro São Com a desativação do matadouro e a
Bernardo) que lutava por melhorias das con- implantação de várias indústrias em Santa
dições de vida no lugar, como a circulação de Luzia, novos loteamentos foram feitos e ime-
uma linha de ônibus. Contava também com diatamente ocupados, como veremos na ter-
um clube (o São Bernardo Esporte Clube) e ceira trilha de nossa caminhada.

22
atraía os moradores. A Pampulha, desde a sua
construção, se caracterizou por sua moderni-
dade urbana e pela variedade de opções de
lazer, o que também chamava a atenção das
pessoas. Formava-se, ali, o que a administra-
ção municipal concebeu como uma “via de
desenvolvimento” para a cidade. As famílias
de poder aquisitivo mais alto acabaram ocu-
pando os bairros que se formaram em torno
da Lagoa da Pampulha, enquanto as pessoas
17. Anúncio de lotes no bairro Minaslândia, 1933. de baixa renda e os migrantes do interior do
estado foram ocupando as áreas próximas,
na região de Venda Nova, atraídas pelos bai-
xos preços dos terrenos.
Segunda Trilha: Alguns bairros da Regional Norte,
Na via do desenvolvimento como o Planalto, o Vila Clóris e o São To-
maz, sofreram a influência dessa expansão
A partir da década de 1950, a industria- das regionais vizinhas, principalmente com
lização de Belo Horizonte trouxe um grande a abertura da Avenida Antônio Carlos e da
crescimento à cidade. Estradas asfaltadas Avenida D. Pedro I. Esses bairros entraram,
substituíram os velhos caminhos empoeira- de fato, na via do desenvolvimento da cida-
dos da zona rural e os novos habitantes che- de. Mas essa entrada nem sempre aconte-
gavam a cada dia em busca de trabalho e ceu de forma planejada. Enquanto os bair-
melhores condições de vida. Foi nessa época ros Planalto e Vila Clóris contaram com um
que os bairros mais afastados do centro da importante centro de comércio e serviços,
cidade, como os que compõem as atuais re- e foram se constituindo por casas e aparta-
gionais Venda Nova e Pampulha, se tornaram mentos que possuíam um bom padrão de
uma opção de moradia. construção, a Vila São Tomaz (que deu ori-
Em Venda Nova, havia um importante gem ao bairro São Tomaz) foi ocupada de
centro regional com oferta de serviços (su- maneira desordenada, em áreas arriscadas
permercado, lojas, escolas, correio, etc.), que para se morar. As ruas não eram asfaltadas,

23
não havia sistema de esgoto e de água, Foi só com a abertura da Avenida Por-
nem luz elétrica. Muitas casas não eram de tugal, na década de 1970, que o bairro co-
tijolos ou acabavam sendo feitas pela me- meçou a melhorar. Mas todas as conquis-
tade. Além disso, sua ocupação foi feita de tas só foram efetivadas por meio de muita
forma irregular, ou seja, sem a aprovação mobilização de seus moradores, através
do poder público. de abaixo-assinados e da organização em
O São Tomaz começou a ser ocupado associações. Atualmente, o bairro já está
no início da década de 1960, num lotea- bem mais urbanizado, mas em alguns pon-
mento pertencente a Antônio Luciano, um tos, como nas proximidades do Córrego do
deputado e empresário que ganhou fama Onça, a situação ainda é precária devido às
na cidade se apropriando de terrenos que enchentes, à falta de coleta do lixo, à vio-
não lhe pertenciam. Antes de levantarem lência e às doenças.
suas casas, os antigos moradores acampa- Como já foi mencionado, a ocupação
ram no lugar. A maioria deles era do interior dessa área aconteceu a partir da década de
do estado e enfrentou muitas dificuldades 1950, mas isso não afetou uma importante
para se estabelecer na área. Além do medo área verde situada entre os bairros Planalto
de serem expulsos de seus lotes, viviam em e Vila Clóris, a Mata do Planalto, também
péssimas condições de moradia, em casas conhecida como Mata do Maciel, pois seu
de adobe e sem iluminação pública. Para antigo proprietário, que a preservou durante
conseguir água, eles tinham que seguir até décadas, se chamava Maciel do Lago. Para se
o bairro Itapoã, na Pampulha. ter uma ideia, até os dias de hoje, essa mata é
Como se não bastassem todas essas mais ou menos do tamanho de 27 campos de
dificuldades, os moradores da então Vila futebol! São cerca de 300 mil metros quadra-
São Tomaz ainda tinham de caminhar mui- dos de área verde com nascentes de água,
to para tomar o ônibus até a cidade ou o árvores raras (como a Copaíba), tatus, micos,
centro regional de Venda Nova, onde ti- gambás e pássaros de várias espécies. Atual-
nha o comércio e o atendimento público mente, existe um projeto para a construção
de saúde. Passavam por trilhas cercadas de 16 prédios de 15 andares nessa área. En-
de mato e precisavam ter um bom prepa- tretanto, os moradores da região estão lutan-
ro físico para andar tanto, pois nem todos do para que a mata seja preservada devido à
podiam dispor de cavalos. sua importância ambiental.

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A substituição de áreas verdes por con-
creto também atinge outra mata da Regio-
nal Norte, a Granja Werneck ou Mata do Isi-
doro. Mas isso, veremos só na quarta trilha.

Terceira Trilha:
À procura da cidadania
Nesta trilha vamos visitar os bairros
que surgiram da ocupação do entorno 18. Rua Augusto Meier, bairro Tupi, 1990

da Mata do Isidoro, entre as décadas de


1970 e 1990. Eles geralmente foram fru- mesmo nas margens dos córregos. Os pro-
to de uma tentativa do poder público de blemas de enchentes e de desabamentos
organizar a ocupação. Primeiro, caminha- acabaram fazendo parte da rotina da po-
remos pelos bairros Industrial Rodrigues pulação dessa regional.
da Cunha, Conjunto Habitacional Novo Para tentar superar a precariedade das
Aarão Reis, Tupi, Jardim Felicidade, So- moradias e a deficiência da oferta de servi-
limões, Jardim Guanabara e Campo Ale- ços na Regional Norte, a partir da década de
gre. Depois, passaremos pelos bairros 1970, o poder público criou muitos conjuntos
Canaã, Jaqueline, Juliana, Etelvina Car- habitacionais. Boa parte desses conjuntos
neiro, Frei Leopoldo e Marize. foi construída em terras públicas, adquiridas
Você já deve ter percebido, até aqui, pelo governo onde antes havia apenas pe-
que uma das características da ocupação quenos povoados rurais da cidade.
dos bairros da Regional Norte foi a au- Muitos dos bairros que estamos visitando
sência quase completa de planejamento. nesta trilha surgiram a partir das vilas e dos con-
O poder público nem sempre conseguiu juntos habitacionais aprovados pela Prefeitura
acompanhar o ritmo da ocupação da ci- para abrigar, principalmente, a população de
dade levando a infraestrutura básica aos baixa renda, removida de outras partes da ci-
seus moradores. Além disso, muitas mora- dade, e os trabalhadores das novas indústrias
dias foram construídas em áreas de risco, dessa região de Belo Horizonte e de Santa
como morros ou espaços íngremes, e até Luzia. Foi quando os bairros Tupi, Campo Ale-

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to também era chamado, carinhosamente, de
Mabel. Mas nem tudo estava resolvido com a
disponibilidade do terreno. Era preciso conse-
guir a mão-de-obra e o material de construção
para levantar as casas. Cimento, tijolos, pedras
e areia foram doados pela Prefeitura e pelo Go-
verno Federal, enquanto os próprios morado-
res faziam mutirões para construir as casas.
Atualmente, o Jardim Felicidade sofre as
consequências de uma ocupação desordena-
19. Rua 9 do Conjunto Jardim Felicidade, 1990
da, que invadiu áreas verdes e institucionais.
gre, Conjunto Habitacional Novo Aarão Reis Nem todas as famílias conseguiram ainda o do-
e Jardim Guanabara tiveram a sua ocupação cumento de suas propriedades, embora o bair-
intensificada. Mas será que as condições de ro já tenha sido, recentemente, regularizado.
moradia aí eram adequadas? Na porção mais ao norte dessa regional,
O Jardim Felicidade é um exemplo dis- onde estão os bairros Canaã, Jaqueline, Ju-
so. O conjunto habitacional foi construído no liana, Etelvina Carneiro, Frei Leopoldo e
terreno de uma antiga fazenda (a Fazenda Marize, caminhamos por um maciço rochoso
Tamboril) desapropriada pela Prefeitura em que dificultou muito o processo de ocupa-
1986. A oferta do terreno foi uma conquista ção. Mas foi exatamente aí que um grande
de várias lideranças comunitárias. Nessa épo- número de conjuntos habitacionais popula-
ca, diversos grupos pressionavam o poder res foi criado, pois, devido ao baixo preço
público para resolver a grave deficiência de dos terrenos, a Prefeitura acabou adquirindo-
moradias na cidade. Os lotes foram, então, os para assentar as famílias de baixa renda.
doados à população inscrita nos programas Até bem pouco tempo atrás, grande parte
de habitação. Por isso, seus moradores vi- dessa região fazia parte de uma área rural, be-
nham de várias partes da cidade. neficiada pela bacia do Ribeirão do Isidoro. Ela
A Associação de Moradores de Aluguel de contava (e ainda conta) com serras e com ati-
Belo Horizonte (AMABEL) teve um papel fun- vidades de extração de areia e pedreiras. Sua
damental na conquista do Conjunto Felicida- ocupação também foi influenciada pela aber-
de pelas famílias sem teto. Por isso, o conjun- tura da Rodovia Prefeito Américo Gianetti, im-

26
plantada em 1975, época em que as cidades ao
norte de Belo Horizonte começaram a crescer.
A construção de conjuntos habitacionais
populares não melhorou significativamente as
condições de vida dos moradores. A região
acabou se caracterizando pela ausência de
serviços urbanos. O abastecimento de água e
as redes de esgoto sanitário demoraram a che-
gar. Em alguns lugares, as famílias ainda têm
de viver sem esse serviço básico. O esgoto a
20. Sanatório Hugo Werneck, 1932.
céu aberto e o mau cheiro dos córregos são
reclamações constantes dos moradores, bem Essa área pertencia ao poder público, mas
como os problemas relacionados à inundação em 1914 foi doada ao médico Hugo Werneck
e aos alagamentos de ruas e de casas. para que lá ele construísse um hospital com
seus próprios recursos. O Sanatório Mode-
lo foi inaugurado em 1926 e atendia pessoas
Quarta Trilha: com tuberculose, uma doença muito comum
Uma ameaça ao verde na época e que acometia o próprio médico. O
prédio tinha mais de oito mil metros quadra-
A trilha que percorreremos agora vai entrar dos e, ao seu redor, espaço suficiente para os
numa grande floresta urbana de Belo Horizonte. pacientes respirarem ar puro. Desde a década
A Mata do Isidoro é um espaço verde de dez de 1970, lá funciona o Recanto Nossa Senhora
quilômetros quadrados, o equivalente a toda a da Boa Viagem, um asilo de idosos que per-
área interna à Avenida do Contorno! É um lugar tence à Fundação de Obras Sociais da Paró-
de grande importância ambiental, pois, além de quia da Boa Viagem.
plantas, árvores, flores e diversos animais, ela Com o crescimento da cidade e o au-
conta também com mais de 30 nascentes de mento populacional da Regional Norte, a
cursos d’água e com uma comunidade quilom- Mata do Isidoro começou a sofrer a pressão
bola. Tudo isso compõe o bairro Granja Wer- da ocupação dos bairros vizinhos. Além das
neck, que vive hoje um processo de transforma- áreas verdes, que foram invadidas por famí-
ção, pois está sendo planejada sua ocupação. lias que não tinham onde morar, sem a fisca-

27
lização do poder público, lixos começaram a futuro da Granja Werneck, mostram que a
ser depositados na mata, ameaçando o bem- história dos bairros é muito dinâmica. Ela é
estar dos animais e poluindo as águas. feita no dia-a-dia das pessoas e cada um de
Por seu valor histórico e ambiental, a nós é responsável pela sua construção.
legislação municipal proibia o loteamento E você? Se você tivesse o poder de deci-
da área. Mas, com medo de que a região dir, o que acharia melhor: preservar as pou-
continuasse sendo ocupada de forma irre- cas áreas verdes que ainda restam na cida-
gular, como aconteceu com vários bairros de, garantindo a manutenção da fauna, da
da Regional Norte que visitamos em outras flora e das nascentes de água presentes aí,
trilhas, a Prefeitura propôs que a legislação ou fazer com que a ocupação dos lugares
municipal fosse alterada para que o poder pelas pessoas seja feita com planejamento
público pudesse fazer o planejamento ur- e infraestrutura adequada, oferecendo uma
bano da ocupação. Várias construtoras tam- melhor qualidade de vida às famílias?
bém mostraram interesse no loteamento da
mata, pois lucrariam com as obras e a ven- Nosso trekking pelos bairros da Regional
da dos apartamentos. Moradores da região Norte chegou ao fim. Você pode percorrer es-
e de outras partes de Belo Horizonte, por sas e outras trilhas sempre que quiser. Observe
meio de organizações não governamentais, as paisagens do seu bairro e compare com o
se mobilizaram para defender a preservação que você aprendeu aqui. O que está melhor, o
da mata, mas essa questão ainda não foi re- que continua igual e o que piorou? Reflita so-
solvida. Essas mudanças, que estão aconte- bre as transformações do local onde você mora
cendo no presente e deixam em aberto o a ajude a fazer dele um lugar melhor de se viver.

28
OS BAIRROS DA
REGIONAL NORTE CANAÃ
BREVES InFORMAcoES • ORIGEM DO NOME: Provavelmente, o nome do bairro é
uma referência à antiga denominação da região onde hoje se
encontra o Estado de Israel, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e
parte da Jordânia, do Líbano e da Síria, conhecida por ser uma
terra de grande fartura de alimentos.
AARÃO REIS • OUTROS NOMES: Chácaras Reunidas Canaã
• ORIGEM DO BAIRRO: O bairro surgiu com o parcelamento
de algumas áreas rurais, como a Fazenda da Floresta, na
década de 1970.
• ORIGEM DO NOME: Homenagem ao engenheiro • REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
e urbanista que chefiou a comissão responsável pela Rodovia Prefeito Américo Gianetti
construção de Belo Horizonte. • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O
• OUTROS NOMES: São Gonçalo BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1978 (Coleção Relatórios anuais
• ORIGEM DO BAIRRO: O lugar onde hoje se encontra o de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): informa sobre as
bairro era denominado Povoado do Onça e foi ocupado características de uso e ocupação do solo permitidas no bairro.
como núcleo residencial dos trabalhadores das fazendas da
região. Sua oficialização se deu em 1956.
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
Terreiro de Candomblé Ilê Wopo Olojukan
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO:
Igreja de São José Operário
CONJ. HABITACIONAL
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O
BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1949 (Coleção Relatórios
NOVO AARÃO REIS
anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): • ORIGEM DO NOME: Referência a outro bairro já existente.
informa sobre os reparos feitos na estrada que ligava o • ORIGEM DO BAIRRO: A ocupação do bairro se consolidou
Aarão Reis e a Pampulha. nos anos 1990. Até esse momento, tinha-se uma pequena
ocupação à margem da estrada para Santa Luzia.
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
Via 240
CAMPO ALEGRE • REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO:
Córrego do Onça
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO:
Mapa do município de Belo Horizonte, 2002. (Fundo Empresa
• OUTROS NOMES: Conjunto Habitacional Campo Alegre de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte -
• ORIGEM DO BAIRRO: Ao final da década de 1970, grande Prodabel): apresenta divisão dos bairros da cidade.
parte do conjunto de casas do Campo Alegre já estava
construída, porém, os loteamentos do bairro ainda não
haviam sido aprovados, o que se deu em 1980. Durante as
décadas seguintes sua ocupação se intensificou.
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
Praça Plácido de Castro
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O
BAIRRO: Relatório da SUDECAP, 1986 (Fundo Gabinete
do Prefeito): informa sobre a construção de um centro de
saúde no bairro.

29
ETELVINA CARNEIRO FREI LEOPOLDO
• ORIGEM DO BAIRRO: Os primeiros lotes do Etelvina
Carneiro foram aprovados em 1981, época em que o • ORIGEM DO NOME: Provavelmente, é uma homenagem
povoamento do bairro já havia começado. Nos anos 1990, ao frade capuchinho Leopoldo de Alpandeire, nascido na
sua ocupação se intensificou. Espanha, no século XIX, conhecido por ser um padre esmoleiro
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO: Córrego Joaquim que prestava ajuda aos pobres.
Clemente • OUTROS NOMES: Chácaras Reunidas Frei Leopoldo
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O • ORIGEM DO BAIRRO: O bairro surgiu a partir do parcelamento
BAIRRO: Planta de subdivisão de terreno, 1981 (Acervo do lugar denominado Chácaras Reunidas Frei Leopoldo, na
Cartográfico Avulso): planta de subdivisão de um terreno do década de 1980.
bairro denominado “Estreito”. • REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
Rua Salvia
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO:
Mapa do município de Belo Horizonte, 2002. (Fundo Empresa
FLORAMAR de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte -
Prodabel): apresenta divisão dos bairros da cidade.

• OUTROS NOMES: Paraibuna


• ORIGEM DO BAIRRO: Loteamento de uma fazenda em
Santa Luzia, em 1948. Em Belo Horizonte, os lotes só foram GRANJA WERNECK
oficializados em 1951.
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
Núcleo Assistencial Caminhos para Jesus • ORIGEM DO NOME: Referência ao médico carioca Hugo
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO: Werneck, um dos fundadores da Santa Casa de Belo Horizonte,
Córrego do Embira que adquiriu o grande terreno no lugar também conhecido como
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: Mata do Isidoro.
Relatório da SUDECAP, 1986 (Fundo Gabinete do Prefeito): • OUTROS NOMES: Fazenda Capitão Eduardo
informa sobre a construção de uma escola municipal no bairro. • ORIGEM DO BAIRRO: A área verde que constitui o bairro já
passou por vários loteamentos recentes. Possui muitos cursos
d’água e duas vias principais, uma delas a estrada para o sanatório.
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
Recanto Nossa Senhora da Boa Viagem
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO:
Sanatório Modelo
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO:
Revista Silhueta, 1932 (Coleção Revistas Diversas): apresenta
propaganda do Sanatório Hugo Werneck.

30
GUARANI
INDUSTRIAL
• ORIGEM DO NOME: Provavelmente, é uma homenagem a um RODRIGUES DA CUNHA
dos maiores povos indígenas do Brasil.
• OUTROS NOMES: Vila Clementina • OUTROS NOMES: Monte Azul
• ORIGEM DO BAIRRO: O bairro foi aprovado em 1948 e se • ORIGEM DO BAIRRO: Ao longo dos anos 1980, o bairro começou
originou do loteamento de uma fazenda que pertencia a Santa a ser ocupado por residências. Nas décadas seguintes, a ocupação
Luzia. O loteamento do bairro se iniciou na Rua Jacuí, hoje se intensificou.
denominada Rua Benedito Xavier. • REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE: Praça Rodrigues da Cunha
Estação de Metrô Waldomiro Lobo • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO:
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO: Mapa do Município de Belo Horizonte, 1970. (Acervo Cartográfico
Avenida Waldomiro Lobo Avulso): apresenta divisão dos bairros da cidade.
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO:
Jornal do Ônibus, 2005 (Fundo Empresa de Transporte e
Trânsito de Belo Horizonte – BHTRANS): informa sobre a Festa
de Santo Expedito no bairro. JAQUELINE
• OUTROS NOMES: Granjas Reunidas Cassange
HELIÓPOLIS • ORIGEM DO BAIRRO: O bairro teve sua origem com a
subdivisão do terreno denominado Terra Vermelha e a criação
da Vila Califórnia, na região de Venda Nova, em 1950, mas sua
• ORIGEM DO NOME: O nome do bairro, que significa “cidade do aprovação se deu pelo Decreto 3939, de março de 1981.
sol”, pode ser uma referência a uma antiga cidade do Egito. • REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
• OUTROS NOMES: Vila Baronesa Centro Cultural Zilah Spósito
• ORIGEM DO BAIRRO: O bairro surgiu na cidade de Santa Luzia, • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO:
em 1945, e foi resultado do parcelamento do lugar denominado Documento da URBEL, 1991 (Fundo Gabinete do Prefeito):
Embiras, Rocinha e Carvoeiro, no distrito de Venda Nova. apresenta proposta para a retirada de famílias do bairro por
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE: motivo de obras.
Praça Padre Laje
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO:
Relatório da URBEL, 1991 (Fundo Gabinete do Prefeito): traz
informações sobre a Vila Biquinhas.

31
JARDIM FELICIDADE
JULIANA
• OUTROS NOMES: Fazenda Tamboril
• ORIGEM DO BAIRRO: O bairro teve origem com a subdivisão
do terreno denominado Fazenda Tamboril, em 2005. • OUTROS NOMES: Sítio das Palmeiras
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE: • ORIGEM DO BAIRRO: O bairro foi criado a partir da
Córrego Fazenda Velha subdivisão da Fazenda Boa Vista, em 1987.
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: • REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
Documento do Gabinete do Prefeito, 1990 (Fundo Gabinete do Cemitério Bosque da Esperança
Prefeito): informa sobre a urbanização de ruas no bairro. • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE
O BAIRRO: Fotografia, 1995 (Fundo Assessoria de
Comunicação Social do Município – ASCOM): rua sem
asfalto com várias casas.

JARDIM GUANABARA MARIZE


• OUTROS NOMES: Floramar • OUTROS NOMES: Xodó
• ORIGEM DO BAIRRO: O bairro foi aprovado no fim dos • ORIGEM DO BAIRRO: O bairro teve origem na década
anos 1970, quando sua ocupação já havia se iniciado e se viam de 1990 com o loteamento do lugar denominado
várias residências. O povoamento da região se intensificou nas Caminho dos Embiras ou Granja Canta Galo.
décadas seguintes. • REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE: Córrego Lagoa do Mota
Córrego do Caixeta • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O O BAIRRO: Fotografia, 1995. (Fundo Assessoria de
BAIRRO: Documento da URBEL, 1989 (Fundo Gabinete do Comunicação Social do Município – ASCOM): ponte sobre
Prefeito): informa sobre as condições de infraestrutura e um córrego ou rio e várias casas ao lado.
moradia no bairro.

32
MINASLÂNDIA
• ORIGEM DO NOME: Vila Minaslândia
• OUTROS NOMES: Sítio São Geraldo
• ORIGEM DO BAIRRO: A Vila Minaslândia surgiu na década
de 1940 a partir da influência da criação do Matadouro
Modelo, em 1937. Mas só foi oficializado com o nome atual
em 1988.
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) –
Providência
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O
PRIMEIRO DE MAIO
BAIRRO: Revista Bello Horizonte, 1933 (Coleção Revista
Belo Horizonte): anuncia lotes no bairro Minaslândia.
• ORIGEM DO NOME: O nome do bairro pode ser uma
referência ao Dia Mundial do Trabalhador ou à data significativa
mais próxima da sua oficialização, 02 de maio de 1990.
PLANALTO • OUTROS NOMES: Vila Operária
• ORIGEM DO BAIRRO: A região onde hoje se encontra o
bairro já era ocupada na década de 1940 pelos moradores das
vilas operárias surgidas em torno do Matadouro Modelo. Em
• OUTROS NOMES: Parque Aviação 1967, com a reunião de várias dessas vilas, o bairro recebeu o
• ORIGEM DO BAIRRO: O bairro teve origem em 1952, quando nome atual.
alguns quarteirões da Vila Jardim Pampulha passaram a • REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
compor o bairro Planalto. Estação de Metrô Primeiro de Maio
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE: • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O
Avenida Cristiano Guimarães BAIRRO: Relatório da CHISBEL, 1983 (Fundo Coordenação da
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO: Habitação de Interesse Social de Belo Horizonte – CHISBEL):
Mata do Planalto informa remoção de famílias para a construção da Avenida
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O Cristiano Machado.
BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1976 (Coleção Relatórios anuais
de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): informa sobre a
conclusão das obras de uma escola municipal no bairro.

33
PROVIDÊNCIA

• ORIGEM DO NOME: Provavelmente, o nome do bairro é uma


referência à Divina Providência, termo teológico para se referir
ao poder supremo de Deus sobre o futuro dos homens. SÃO TOMAZ
• OUTROS NOMES: Vila Matadouro
• ORIGEM DO BAIRRO: A região onde hoje se encontra o bairro
já era ocupada na década de 1940 pelos moradores das vilas • ORIGEM DO NOME: Provavelmente, uma homenagem ao
operárias surgidas em torno do Matadouro Modelo. Com a Santo Tomaz de Aquino, padre nascido no século XII, na
subdivisão de um terreno situado no Ribeirão do Onça, em 1952, Itália, muito conhecido por suas obras filosóficas.
ele foi oficializado. • OUTROS NOMES: São Vicente
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE: • ORIGEM DO BAIRRO: A região onde hoje se encontra
Rua Dom Cavati o bairro já era ocupada desde a década de 1940, mas sua
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: oficialização só se deu em 1980.
Relatório da URBEL, 1989. (Fundo Gabinete do Prefeito): informa • REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
sobre o desenvolvimento do bairro (rede de esgoto, pavimentação Avenida Portugal
de becos e muros de arrimo). • REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO:
Ribeirão Pampulha
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O
BAIRRO: Mapa do município de Belo Horizonte, 1987/1988.
(Acervo Cartográfico Avulso): apresenta divisão dos bairros
SÃO BERNARDO populares da cidade.

• ORIGEM DO NOME: Provavelmente, uma homenagem ao


Santo Bernardo de Claraval, monge nascido no século XI,
na França.
• OUTROS NOMES: Jardim Roma
• ORIGEM DO BAIRRO: No lugar onde hoje se encontra o
bairro, existia a fazenda de propriedade da família do Sr.
Clemente da Rocha. Em 1946, com o loteamento de uma
parte do antigo Parque Aviação, o bairro surgiu.
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
Centro Cultural São Bernardo
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO:
São Bernardo Esporte Clube
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O
BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1960 (Coleção Relatórios
anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): informa
sobre a construção de casas no bairro.

34
SOLIMÕES
• ORIGEM DO NOME: Provavelmente, uma homenagem
ao famoso rio que banha o estado do Amazonas e é
importante para toda a Região Norte do Brasil.
• OUTROS NOMES: Fazenda Granja Werneck
• ORIGEM DO BAIRRO: O bairro foi aprovado na segunda VILA CLÓRIS
metade dos anos 1970. Sua ocupação se iniciou na década de
1980. Boa parte dele ainda é ocupada por matas.
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE: • ORIGEM DO NOME: O nome Clóris pode ser uma referência
Ribeirão do Isidoro à ninfa das flores, de acordo com a mitologia grega.
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O • OUTROS NOMES: Laranjeiras
BAIRRO: Documentos do Gabinete do Prefeito, 1990 (Fundo • ORIGEM DO BAIRRO: O bairro Vila Clóris foi aprovado
Gabinete do Prefeito): informa sobre a Estrada da Pedreira. em 1953 na zona suburbana de Venda Nova. Ao final da
década de 1970 o bairro ainda estava, em sua maior parte,
desocupado. Ao longo das décadas de 1980 e 1990 o
processo de ocupação se acelerou.
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
Praça das Andorinhas
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O
BAIRRO: Relatório da URBEL, 1991 (Fundo Gabinete do
TUPI Prefeito): informa sobre as melhorias realizadas no bairro.

• ORIGEM DO NOME: Provavelmente, é uma referência a uma


língua indígena extinta, originária do povo Tupinambá.
• OUTROS NOMES: Usina do Onça
• ORIGEM DO BAIRRO: Parte do bairro teve origem em Santa
Luzia, com a subdivisão de um terreno no chamado Arraial
do Onça. Sua oficialização se deu pelo Decreto 3527, de
09/07/1979.
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE:
Hospital e Maternidade Sofia Feldman
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O
BAIRRO: Relatório da CHISBEL, 1982 (Fundo Coordenação
da Habitação de Interesse Social de Belo Horizonte –
CHISBEL): informa remoção de famílias para a abertura da
Praça Cândido Portinari.

35
o poder legislativo da cidade. Além desses
O que e o Arquivo documentos do “poder público”, recebemos
Publico da Cidade de doações de pessoas comuns. Quando esses
documentos chegam ao APCBH, a equipe
Belo Horizonte técnica avalia se eles são registros importan-
Como o próprio nome já diz, o APCBH tes da vida da cidade que devem ser guarda-
é o arquivo de Belo Horizonte. É o lugar onde dos para preservar a memória de algo que
se guardam os documentos que contam os documentos do nosso acervo não contêm.
a vida e a história de nossa cidade. Propomos agora que você continue sua
No APCBH, não guardamos apenas os viagem pelos bairros da Regional Norte, co-
chamados “documentos textuais”, ou seja, nhecendo alguns documentos do acervo do
as cartas, os ofícios, etc. Guardamos, tam- APCBH sobre esse tema. Elaboramos ativida-
bém, fotografias em papel, negativos de des para você “conversar” com esses docu-
fotografias, CDs, DVDs, fitas em VHS, etc. mentos. Bom passeio!
Não importa o formato ou como as informa-
ções estão guardadas, tudo pode ser docu-
mento de arquivo. Como é possível consultar os
O que o acervo, ou seja, o que o conjunto documentos do Arquivo?
de documentos variados do APCBH tem em Para consultar os documentos guardados no Arquivo
da Cidade, procurar a sala de consultas, onde os
comum é a origem e o tema de que trata. funcionários orientarão a pesquisa.
A maioria dos documentos tem sua origem
O APCBH fica na Rua Itambé, 227, Bairro Floresta, e
na Prefeitura de Belo Horizonte, incluindo funciona de segunda a sexta-feira.
todos os seus órgãos, como a BHTRANS,
Parte do acervo do arquivo também já está disponível
a Secretaria de Saúde, entre outros. na internet e pode ser pesquisada de casa através do
O APCBH também recebe documentos site: www.pbh.gov.br/cultura/arquivo.

da Câmara Municipal de Belo Horizonte,

36
ATIVIDADE 01
A FORÇA DA MULHER

Você já notou que muitos bairros e vilas


da Regional Norte têm nome de mulher? Ja-
queline, Juliana, Etelvina Carneiro, Marize,
Clóris, Floramar, Mariquinhas, Zilah Spósi-
to... Essa referência em forma de homena-
gem às mulheres nos chama atenção, pois,
durante muito tempo, a sociedade brasileira
valorizou mais o mundo masculino do que o
feminino. A maioria das mulheres se dedica-
va exclusivamente aos trabalhos de casa, ao
cuidado dos filhos e tinha pouca voz ativa na
sociedade. Hoje, essa realidade é bem dife-
rente: as mulheres exercem, com a mesma
competência, atividades que antes eram rea-
lizadas apenas por homens. Elas se dedicam
aos estudos, fazem faculdade e ocupam car-
gos importantes nas empresas e na política.
As mulheres conquistaram o seu espaço no
mercado de trabalho e, ainda, continuam
cuidando de seus filhos e de sua casa. Nes-
ta atividade, vamos conhecer as histórias e
a realidade de mulheres que, com sua força,
lutaram para transformar suas vidas e a reali-
dade das suas comunidades, deixando suas
marcas nos bairros e vilas da Regional Norte
de Belo Horizonte.

37
Planejando NOME ENTIDADE FUNÇÃO
a cidade HELIÓPOLIS
Rosemeire Assoc. Com.
Em 1991, foi realizado o 1º Encontro de Representante
Fátima Souza do Bairro
Lideranças da Regional Norte. Seu objetivo foi
JAQUELINE
integrar as ações da Prefeitura, das lideranças Assoc. Com. do B.
e da comunidade como um todo. No relatório João Viana V. Presidente
Jaqueline
do encontro, enviado ao prefeito da época, Assoc. Com. do B.
Inês Magalhães Presidente
consta que 125 líderes comunitários, repre- Jaqueline
sentantes da maioria dos bairros da regional, Comitê
Ivair Carlos Diretor
participaram do evento. Veja, a seguir, uma ta- Pró-Melhoramento

bela desse relatório com dados sobre a parti- Janete Alves


cipação das lideranças dos bairros Felicidade, Dalva
Heliópolis, Jaqueline, Juliana e Vila Clóris:
JULIANA
Assoc.
NOME ENTIDADE FUNÇÃO Waldete Souza
Comunitária
Presidente

Felicidade Doralice Gonçalves


Assoc. Conj. B. da Silva
Neuza Purificação 1 Suplente Assoc.
Felicidade Maria Conceição Secretária
Assoc. Cons. Comunitária
Dionísio Ferreira Presidente Márcio Mario
da Terra “ “ “ Waldete Souza
Inez Maria Creche Ursinho Marques
Presidente
de Oliveira Freitas Carinhoso VILA CLÓRIS
Assoc. Conj. B. Assoc. Moradores
Eva Morais da Silva Diretora Rosângela Fonseca Rel. Públicas
Felicidade do Bairro
Edna Siqueira dos Creche Ursinho
2 Suplente José Maria Lima “ “ “ Presidente
Santos Cristo Carinhoso
Maria de Jesus
Maria Siqueira “ “ “ Presidente
Miranda
Assoc. Mov.
Vivaldo Luzia Alves Leão Presidente
Feminino
(RELATÓRIO do 1º encontro de lideranças da regional Norte. Belo Horizonte,
1991. Adaptado. Acervo APCBH, Fundo Gabinete do Prefeito).

38
QUESTÕES: PARA DISCUTIR EM SALA

1. Quantas lideranças dos bairros Felicidade, Cada vez mais as mulheres têm desempe-
Heliópolis, Jaqueline, Juliana e Vila Clóris nhado funções dentro da sociedade que an-
participaram do encontro? tes eram reservadas apenas aos homens. Você
acha importante que as mulheres tenham o di-
2. Dentre essas lideranças, quantas são mu- reito de exercer as mesmas atividades que os
lheres? Elas são a maioria ou a minoria das homens? Existe algum trabalho ou função que
lideranças desses bairros? as mulheres não podem realizar? Existe algu-
ma atividade que só elas podem fazer? O que
3. Um líder comunitário tem a função principal ainda é preciso acontecer para que homens e
de intermediar as relações entre a comunidade mulheres tenham os mesmos direitos na so-
e o poder público, percebendo quais as necessi- ciedade? De que maneira você e sua família
dades do bairro e formalizando-as junto à Prefei- podem contribuir para que homens e mulhe-
tura. Releia o texto sobre as histórias dos bairros res tenham os mesmos direitos e deveres?
da Regional Norte de BH e responda:
a) No caso dos bairros em questão, quais
eram as melhorias pelas quais essas lideran- FATOS EM FOTOS
ças lutavam?
b) De que maneira esses problemas pode-
riam interferir na vida das famílias? A foto a seguir mostra o início da ocupa-
ção na Vila Zilah Spósito, em 1993. Ela foi ti-
4. Segundo dados do Instituto Brasileiro de rada pela Assessoria de Comunicação Social
Geografia e Estatística (IBGE), as comunida- do Município de Belo Horizonte, cuja função
des de baixa renda apresentam um grande é documentar e divulgar as ações da admi-
número de mulheres chefes de família. Qual nistração municipal. Observe-a:
é a relação entre esse dado e a presença das
mulheres atuando como líderes comunitários
naqueles bairros?

39
Acampamento de sem-casas, Vila Zilah Spósito, 1993. Acervo APCBH. Fundo ASCOM.

Uma pesquisa realizada em 2010 pela Es- “Em 1993, no bairro Jaqueline, a nova co-
cola Municipal Daniel Alvarenga contou de munidade formada pelas famílias transferidas
onde vem o nome dessa vila: com sua ajuda, da vila Vilarinho, passou a se cha-
mar Conjunto Habitacional Zilah Spósito, nome
“É uma homenagem a Zilah de Souza Spó- sugerido por Onofra Avelina de Jesus para ho-
sito, irmã do cartunista Henfil e do sociólogo menagear a benfeitora.
Betinho. Nasceu em Bocaiúva (MG), em 1928 e (Wanda Figueiredo Souza em Balaio Mineiro)”
morreu em Belo Horizonte em 1992. Sua trajetó-
ria foi pontuada pela defesa dos direitos huma-
(ROSA, Maria Laura de Abreu. O Zilah é logo ali, o Zilah é bem
nos, pela preocupação com os meninos de rua aqui. Belo Horizonte: Escola Municipal Daniel Alvarenga, 2010.
e as questões sociais. Acervo APCBH, Fundo Secretaria Municipal de Educação).

40
QUESTÕES:
3. Quem eram os moradores da vila no início
da sua ocupação? Você acha que eles faziam
1. Observe a foto da Vila Zilah Spósito. parte do perfil das pessoas ajudadas por Zi-
a) Descreva a fotografia. lah Spósito? Por quê?
b) Quais eram as condições do terreno?
c) Como era a qualidade das construções? 4. Os moradores da vila prestaram uma ho-
menagem a Zilah Spósito devido à sua nego-
2. A fotografia feita pela Assessoria de Comu- ciação junto à Prefeitura para viabilizar a ida
nicação Social do Município de Belo Horizon- deles para lá.
te pretendia documentar a ação da Prefeitura a) Na sua opinião, após essa conquista os mora-
de ceder o terreno às famílias desabrigadas. dores do bairro já tinham tudo o que precisavam
Observe-a novamente. para ter uma boa qualidade de vida? Por quê?
a) Você vê alguma outra ação da Prefeitura na- b) Você acha que a participação das mulheres
quele lugar? da comunidade nas lutas por melhores condi-
b) Você acha que a Prefeitura cumpriu totalmen- ções de vida continuou ao longo da história
te o seu papel junto às famílias desabrigadas? da vila? Como?

PARA DISCUTIR EM SALA

Nem sempre o poder público consegue pela população. Você conhece alguém que
resolver todos os problemas sociais das gran- participa de ações para resolver as questões
des cidades. Por isso, as ações individuais de sociais da comunidade? No seu bairro, existe
algumas pessoas ou a participação dos cida- alguma organização ou pastoral que ajuda a
dãos em pastorais, como no caso do Conjun- melhorar a vida das pessoas? Se não existe,
to Habitacional Zilah Spósito, e em organi- você acha que deveria existir? Você gostaria
zações não governamentais podem ajudar a de participar de alguma dessas organiza-
minimizar alguns dos problemas enfrentados ções? Como?

41
BANCA DE JORNAL dos outros. “Aqui elas pensam as relações en-
quanto e como mulheres. Elas levam essa refle-
xão para dentro de casa e assim toda a família
A reportagem abaixo trata de uma ação acaba sendo beneficiada. Estamos fomentando
do poder público para garantir melhores a cidadania e mostrando para cada uma os direi-
condições de vida às mulheres da Regional tos dentro da sociedade” enfatizou”.
Norte. Leia o texto com atenção e depois res- (DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO - DOM. Belo Horizonte, n. 3714,
ponda as questões: 27 nov. 2010. Acervo APCBH, Fundo Assessoria de Comunicação
Social do Município).

“Oficina de Reflexão amplia noções de


cidadania para mulheres na Região Norte QUESTÕES:

Com o objetivo de discutir e refletir sobre


os direitos adquiridos, valores e desempenho 1. Procure no dicionário o significado das
na sociedade e na família, entre outras coisas, palavras que você não conhece e anote em
doze mulheres moradoras dos bairros Zilah seu caderno.
Spósito e Jaqueline se reúnem (...) no BH Ci-
dadania/Centro de Referência de Assistência 2. Copie a ficha abaixo em seu caderno e pre-
Social (Cras) Zilah Spósito (...). Elas fazem parte encha os campos de acordo com as informa-
do grupo Flores de Aço, que oferece cidadania ções sobre o grupo tratado na reportagem:
por meio de oficinas de reflexão, espaço de so-
cialização, atividades culturais e artísticas, lazer,
inclusão produtiva e discussão de vários temas. Nome do grupo
A cada dia uma temática diferente agrega valor
às participantes, como inserção da mulher no PARTICIPANTES
mercado de trabalho, vínculos familiares, auto-
Objetivos do grupo
estima, sexualidade e afetividade (...).
Atividades realizadas
pelo grupo
Segundo Lorena Alves Machado, psicólo-
ga e técnica social do Cras, esse espaço é uma
Bairro onde o grupo
se reúne
oportunidade dos usuários se aproximarem uns

42
3. Qual é a relação entre as atividades desen- PARA DISCUTIR EM SALA
volvidas pelo grupo e o exercício da cidada-
nia naqueles bairros?
O bem-estar de cada um de nós é fun-
4. Na sua opinião, por que a Prefeitura desta- damental para que possamos contribuir para
cou na Regional Norte o bairro Jaqueline e a vila melhorar a vida da nossa comunidade. Quan-
Zilah Spósito para oferecer apoio às mulheres? do uma pessoa está bem consigo mesma e
com a sua família, ela tem mais chances de
5. Por que você acha que o grupo de mu- ajudar os outros a viverem melhor, não é mes-
lheres que participam das oficinas recebeu o mo? Você acha que o poder público poderia
nome de “Flores de Aço”? ajudar as pessoas a elevarem a sua autoesti-
ma, a gostarem mais de si mesmas? Como?
6. A reportagem traz uma referência a uma No seu bairro existe alguma ação da Prefei-
lei federal de 2006 que tornou obrigatória a tura que contribua para o bem-estar individu-
assistência e a proteção às mulheres vítimas al das pessoas? Você acha que as mulheres
de violência doméstica e familiar. devem receber atenção especial do poder
a) Você acha que as oficinas de reflexão da Re- público? Por quê?
gional Norte podem contribuir para diminuir as
ocorrências desse tipo de violência? Por quê?
b) Por que as mulheres são mais vítimas de
violência do que os homens?

43
ATIVIDADE 02
Manifestações
da cultura popular

Festas, músicas, danças, crenças, artesa-


nato, literatura... As manifestações da cultura
popular brasileira são muito diversificadas e
vão além daquilo que é produzido pelo sa-
ber formalizado. Elas nascem dos diferentes
costumes e tradições do nosso povo e po-
dem nos ajudar a entender as histórias das
comunidades e dos bairros da cidade. Nesta
atividade, veremos como são importantes as
manifestações da cultura popular na Regio-
nal Norte. Elas expressam os sentimentos e
os valores de quem mora lá.

44
de atividades de lazer e recreação, com
Planejando forte tendência a se basearem nos even-
a cidade tos e atividades desenvolvidas pelas enti-
dades culturais.
A Região possui ainda vários grupos de
Para que a população possa manifes- dança, bandas de rock, duplas sertanejas,
tar e compartilhar a sua cultura com outras bandas de música, além das entidades eco-
pessoas, é necessário que a cidade ofereça lógicas e as de produção de pequenos jor-
espaços e condições adequadas. O poder nais informativos. Destaca-se também, pela
público, as entidades e as associações de presença da Federação dos Congados de
bairro podem contribuir para incentivar a Minas Gerais – no bairro Floramar – e a exis-
produção artística e cultural nas comuni- tência de muitas “quadrilhas”, organizadas
dades. O documento abaixo foi produzido em uma Federação Regional (...).”
pela Secretaria Municipal de Cultura e seus
(RELATÓRIO sobre o perfil cultural das Administrações Regionais
dados se referem ao ano de 1989. Ele tra- Norte, Leste, Pampulha, Noroeste. Belo Horizonte, s/d. Acervo
APCBH, Fundo Fundação Municipal de Cultura).
ta das condições para a manifestação da
cultura popular na Regional Norte. Leia-o
com bastante atenção e depois responda
as questões: QUESTÕES:

“É necessário (...) ressaltar dois impor-


tantes fatos sobre as Entidades na Região:
1. O documento possui alguma palavra ou
1 – A rapidez e eficiência com que vêm expressão que você não conhece? Se hou-
se organizando as manifestações Afro- ver, procure o significado no dicionário e
brasileiras, tais como: Grupos de Macule- depois anote em seu caderno.
lê, Capoeira, Escolas de Samba, Guardas
de Congo e Moçambique, entre outros. 2. Copie a ficha abaixo no seu caderno e
2 – A entrada em cena, nos últimos preencha os campos com os exemplos de
cinco anos, das Associações Comunitá- manifestações culturais da Regional Norte
rias, que vêm intensificando a realização tal como classificado no documento:

45
Manifestações das Outras manifestações PARA DISCUTIR EM SALA
culturas afro-brasileiras culturais

– – Algumas pessoas pensam que a cultura


– – e o lazer são necessidades menores na vida
– – do cidadão e que o mais importante é ter
casa, comida e trabalho. E você, o que acha?
As atividades culturais são importantes para
3. O documento destaca que as manifesta- que as pessoas tenham uma boa qualidade
ções das culturas afro-brasileiras estavam de vida? Você participa de alguma atividade
sendo organizadas com “rapidez e eficiência” desse tipo? De que maneira as manifestações
pelas entidades da Regional Norte. Quem faz culturais podem nos ajudar a viver melhor?
parte dessas entidades? Por que elas estavam Você acha que essa deve ser uma preocupa-
valorizando as manifestações das culturas ção somente dos cidadãos (entidades e as-
afro-brasileiras? sociações comunitárias), ou o poder público
também deveria ajudar? Como?
4. As Associações Comunitárias sempre de-
sempenharam uma função importante nas
conquistas por melhores condições de vida FATOS EM FOTOS
nos bairros da Regional Norte.
a) A partir do documento, cite um exemplo
de uma ação realizada por elas em benefício A foto a seguir foi tirada no bairro Flora-
da valorização da cultura nesse lugar. mar na abertura da 34ª Semana do Folclore,
b) Na sua opinião, como essa ação se relacio- em 1998. O evento, que é realizado desde
na com a conquista da cidadania pelos mora- 1954, é organizado anualmente pela Federa-
dores dos bairros da Regional Norte? ção dos Congados de Nossa Senhora do Ro-
sário, instalada no mesmo bairro. Observe-a:
5. Dentre as manifestações culturais da Re-
gional Norte, destacadas no documento,
com qual você se identifica mais? Você já par-
ticipou de alguma delas?

46
Moradores participam do cortejo do congado, uma das mais antigas manifestações do folclore.

(MISSA Conga preserva tradição. Minas Gerais, Belo Horizonte, 04 ago.1998. p. 4.


Acervo APCBH, Clippings - Sala de Consultas (Pasta Folclore).

47
QUESTÕES: 4. As cerimônias em homenagem a Nossa
Senhora eram muito comuns nos sítios e
fazendas que deram origem a vários bairros
1. Descreva a fotografia, considerando: de Belo Horizonte. Antes da construção
a) Qual é a cor da pele da maioria das pessoas da cidade, os escravos que trabalhavam
envolvidas na festa? nessas fazendas se reuniam todos os anos
b) Qual é a idade dessas pessoas? numa verdadeira festa, sempre repleta de
c) Como são as roupas que as pessoas estão música, dança e fé. Consulte a ficha do bairro
vestindo? Floramar e responda:
d) Que tipos de ornamentos as pessoas estão a) Antes do surgimento do bairro Floramar,
usando? você acha que essas cerimônias poderiam
acontecer nessa região? Por quê?
2. O congado é uma tradição católica b) Quando a Federação dos Congados de
muito antiga. Ela vem sendo realizada no Nossa Senhora do Rosário foi criada, há
Brasil desde os tempos da escravidão, para quanto tempo o bairro existia?
homenagear Nossa Senhora do Rosário. O c) Por que você acha que é no bairro Flora-
que indica que esse é um evento religioso? mar que se encontra a Federação dos Con-
gados de Nossa Senhora do Rosário, grupo
3. Um dos pontos altos do Congado é responsável por manter viva essa tradição
a coroação de um rei e uma de rainha afro-brasileira?
do Congo. O Congo era um reino na
África, de onde vieram muitos de nossos
antepassados que foram escravos. Sabendo
disso, responda:
a) É possível identificar na foto quem é o PARA DISCUTIR EM SALA
rei e quem é a rainha? Como você chegou
à sua conclusão?
b) O rei e a rainha retratados nessa foto se Muitos ritmos, danças e festas que to-
parecem com as imagens que normalmente dos nós gostamos têm suas origens nas tra-
vemos de um casal real? Aponte uma dições afro-brasileiras. Você conhece outras
semelhança e uma diferença entre eles. manifestações das culturas afro-brasileiras?

48
Quais? Em seu bairro existe algum grupo O Conjunto nasceu no final dos anos 80,
que mantém vivas essas tradições? Você acha durante a explosão do funk no Brasil. Foi
importante a preservação delas nos dias de nesta época que o ritmo, surgido na década
hoje? Por quê? de 1960, começou a ganhar letras em portu-
guês. As primeiras de cunho mais político,
retratando as mazelas da periferia e, logo
BANCA DE JORNAL depois, as erotizadas.

Além do funk, a equipe da ONG desco-


A reportagem abaixo informa os resul- briu que o artesanato é a segunda manifes-
tados de uma pesquisa realizada pela orga- tação artística na comunidade, com 26 ca-
nização não governamental Favela é Isso Aí dastrados, 36,6% do total. A dança, terceira
sobre as manifestações artísticas no bairro área da arte em predominância no Conjunto,
Jardim Felicidade. Leia com atenção e, de- somou 19 cadastros (26,76%). Artes plásticas,
pois, responda as perguntas: folclore, teatro e literatura também foram re-
gistradas, ainda que em menor número.
“A pesquisa do Favela é Isso Aí mos-
tra que o funk é uma manifestação artísti- Apesar das áreas da arte serem diferen-
ca de peso no Felicidade! tes, as dificuldades são comuns. Sessenta e
seis dos 71 entrevistados relataram que a fal-
“Eu só quero é ser feliz / Andar tranquila- ta de recursos materiais e financeiros é maior
mente na favela onde ou nasci, é / E poder me dificuldade para a produção artística. A falta
orgulhar / E ter a consciência que o pobre tem de espaço para produzir, ensaiar e expor fi-
seu lugar”. Rap da Felicidade, o funk, cantado cou em segundo lugar, sendo citada por 29
pelos MC’s cariocas Cidinho e Doca, descreve entrevistados. A necessidade de divulgação
bem o perfil cultural do Conjunto Felicidade, também esteve entre as dificuldades mais
regional norte de Belo Horizonte. A pesquisa apontadas pelos artistas, demanda incluída
realizada pelo Favela é Isso Aí revelou que dos entre as prioridade do Favela é Isso Aí.”
71 grupos culturais e artistas cadastrados na
comunidade, 33 pertencem à área da música,
(INFORMATIVO da Associação Civil Favela é Isso Aí. Belo Horizonte,
quase a metade dedicada ao funk. ano 1, n. 1, maio 2006).

49
QUESTÕES: PARA DISCUTIR EM SALA

1. Liste as principais manifestações artísticas Algumas pessoas pensam que “artista”


do bairro Jardim Felicidade. é apenas o ator famoso que vemos na TV,
ou o cantor que ouvimos no rádio. Mas bem
2. A reportagem informa que as primeiras pertinho de nós pode estar uma pessoa que
letras de funk em português retratavam as transforma em arte sentimentos e ideias, nos
“mazelas da periferia”. O que isso quer dizer? emociona e nos faz pensar. No seu bairro
mora algum artista? O que ele faz? Você acha
3. Você acha que a história do bairro Jardim que o trabalho dele é reconhecido? O que
Felicidade pode justificar a importância do poderia ser feito para que outras pessoas co-
funk para essa comunidade? Por quê? nhecessem a sua arte? Qual é a influência do
dia-a-dia do bairro na arte que ele faz?
4. Liste as principais dificuldades encontradas
pelos moradores do bairro Jardim Felicidade
para manifestarem sua cultura.

5. Em sua opinião, essas dificuldades são


comuns a todos os artistas, ou são específicas
dos artistas da periferia? Por quê?

6. Agora, o artista é você! Pense sobre a


realidade do seu bairro e escreva uma letra
de funk sobre os problemas e as alegrias do
lugar onde você vive.

50
ATIVIDADE 03
POR áGUA ABAIXO!

A água, elemento fundamental para a


sobrevivência humana, foi motivo de muitos
problemas para os moradores da Regional
Norte. Além das dificuldades que eles tiveram
de enfrentar para conseguir água para o seu
próprio consumo, o serviço de tratamento do
esgoto também demorou a chegar a alguns
bairros, aumentando o risco de doenças e
comprometendo a preservação do meio am-
biente. Os córregos também foram vítimas
desse descaso do poder público. E isso sem
falar das águas das chuvas que foram respon-
sáveis pela inundação e o deslizamento de
várias casas ao longo dos anos... Mas a Regio-
nal Norte também tem motivos para se orgu-
lhar: ela abriga uma natureza exuberante, com
inúmeras nascentes de cursos d’água. Vamos
conhecer um pouco mais a história das águas
nessa região da cidade?

51
OS BAIRROS EM PESQUISA QUESTÕES:

Em 2005, o Museu Histórico Abílio Barreto, 1. D. Lívia Cristina da Silva Meira é uma mo-
em parceria com escolas municipais de Belo Ho- radora antiga do bairro Guarani. Há quantos
rizonte, começou a desenvolver o projeto Onde anos ela vive lá?
mora a minha história? O projeto, que pretendia
conhecer a história da cidade a partir de seus 2. D. Lívia relata uma experiência de sua vida
bairros, investigou um bairro em cada regional. adulta ou de quando era criança? Como você
Depois, produziu exposições e publicações com chegou a essa conclusão?
os resultados. Leia o trecho abaixo, que faz parte
do livro dedicado ao Guarani, bairro que foi pes- 3. Releia a primeira trilha do texto “Os bair-
quisado na Regional Norte, em parceira com a ros da Regional Norte de BH” e responda:
Escola Municipal Hélio Pellegrino: a) Quando a infraestrutura do bairro Guarani
começou a melhorar? Nessa época, D. Lívia
“O bairro [Guarani] também não dispu- era criança ou adulta?
nha de água encanada. Para lavar roupas, b) Cite dois acontecimentos que contribuí-
por exemplo, as donas-de-casa utilizavam ram para a melhoria das condições de vida
uma mina de água que havia no local onde dos moradores do bairro Guarani.
hoje existe a Avenida Saramenha. Segundo
relata D. Lívia Cristina da Silva Meira, mora- 4. Como poderia ser descrita a situação dos
dora do bairro desde a década de 1960, córregos da Regional Norte e a qualidade de
As roupas eram lavadas na mina. Era o mo- suas águas na época de D. Lívia?
mento mais feliz para nós quando a mãe fa-
lava: ‘Vamos lavar roupa!’. Aí ela pegava a 5. A partir do depoimento de D. Lívia, faça
bacia, o sabão, pegava a gente, trazia tudo um desenho mostrando como era o cotidia-
(...). Aí elas punham as fofocas em dia.” no das donas-de-casa do Guarani quando o
bairro não contava com água encanada.
(ONDE mora a minha história? Bairro Guarani. Belo Horizon-
te: Museu Histórico Abílio Barreto, 2007. p. 4. Acervo APCBH,
Fundo Fundação Municipal de Cultura, Subfundo Museu Histórico
Abílio Barreto).

52
PARA DISCUTIR EM SALA Depois de uma tragédia ocorrida em Belo Hori-
zonte no ano de 1978, a Prefeitura fez um mape-
amento das regiões mais afetadas pela grande
A água encanada deveria ser um serviço enchente. Leia um trecho desse relatório:
básico oferecido pelo poder público. Mas ain-
da hoje muitos bairros não contam com essa “REGIÃO DOS BAIRROS: 1º DE MAIO,
infraestrutura ou a têm de maneira precária. SÃO PAULO, SUZANA C E PROVIDÊNCIA:
No seu bairro, há rede de água encanada em Nesta região, a enchente foi causada pelo
todas as casas? A sua casa ou a sua escola já córrego que recebe o desaguamento da Re-
ficaram sem água? Em caso positivo, tente se presa da Pampulha. Também nesta região as
recordar: como você teve de fazer para tomar águas subiram, levando várias casas e dei-
banho, beber água e escovar os dentes? Dis- xando várias famílias desabrigadas. Esta foi
cuta com seus colegas: que efeitos teria, no a região mais atingida da cidade. A ponte da
seu dia-a-dia, viver sem água encanada? Rua Volts foi afetada tendo corrido o aterro.
Várias ruas de bairro perderam seus calça-
Planejando mentos, tornando-as intransitáveis, havendo
a cidade necessidade de reconstrução imediata (...).

O abastecimento para a população não é a BAIRROS SÃO PAULO E PROVIDÊNCIA:


única questão de que o poder público tem que Nas paróquias locais sob a coordenação direta
se ocupar com relação à água, nas cidades. Em- da CEDEC, foram providenciados agasalhos, rou-
bora menos constante, porque tem a ver com a pas, alimentação, assistência médica de urgência
época das chuvas, as inundações são um pro- ficando cada órgão incumbido de seu setor.
blema grave também. Este trabalho é demorado e seu andamen-
Todos os anos, ficamos sabendo de notícias to está sendo prejudicado pelas chuvas que ain-
de bairros alagados pela inundação causada por da continuam a cair.
rios e córregos. Além de destruir ruas, casas e Devemos ressaltar que os recursos disponí-
móveis, as enchentes trazem muita sujeira e pe- veis para o atendimento são insuficientes e (...) to-
rigosas doenças. Para evitar que as chuvas cau- dos os anos temos tido este tipo de problema.”
(CHISBEL. Relatório geral de 1978 referente a desabrigados pelas
sem muitos estragos na cidade e na vida de seus chuvas. Belo Horizonte, 1978. Acervo APCBH, Fundo Coordenação
moradores, a Prefeitura precisa fazer a sua parte. da Habitação de Interesse Social de Belo Horizonte – CHISBEL).

53
QUESTÕES:

1. Quais foram os bairros da Regional c) Escreva um parágrafo, relatando alguma


Norte mais afetados pela grande en- história que você conhece de alagamento
chente que assolou Belo Horizonte no ou enchente que atingiu a Regional Norte.
ano de 1978? Que tipo de estragos a en- Caso não conheça nenhuma ali, relate um
chente causou nesses bairros? caso semelhante ocorrido em outro espaço
da cidade.
2. De acordo com o documento, o que expli-
ca o alagamento de algumas ruas nos bairros 4. A Defesa Civil pode ser definida como o
da Regional Norte? conjunto de ações de vários órgãos públicos
que promovem a segurança da população.
3. Os casos de tragédias ocorridas depois Além de socorrer as vítimas de desastres,
de uma grande tempestade eram bastante a Defesa Civil também é importante na
comuns na Regional Norte, durante toda a prevenção de catástrofes. No caso da enchente
década de 1970. de 1978, quais as medidas tomadas pela
a) Reescreva o trecho do documento que CEDEC (Coordenadoria Estadual de Defesa
confirme a afirmação acima. Civil) para socorrer as vítimas da enchente
b) O que você acha que mudou e o que no bairro Providência? Na sua opinião, esse
permaneceu igual desde aquela enchente tipo de medida é suficiente para resolver os
de 1978? problemas das populações atingidas pelos
alagamentos? Justifique sua resposta.

54
PARA DISCUTIR EM SALA Planejando
a cidade

Depois das chuvas, os rios ficam mais Um dos problemas que a cidade de Belo
cheios e o solo fica melhor para a plantação, Horizonte enfrenta é a poluição dos córregos
melhorando a vida de todos. Mas por que e rios, que tem relação direta com as enchen-
será que nas grandes cidades a chuva vem se tes. Em muitos casos, a solução que se en-
tornando sinônimo de transtorno e tragédia? controu para esses problemas foi canalizar as
De quem é a responsabilidade pelas catás- águas, transformando-as, por exemplo, em
trofes ocorridas depois das chuvas? Qual a grandes avenidas sanitárias.
parcela de responsabilidade dos moradores Outra forma de tentar resolver o proble-
nesses casos? E do poder público? Quem ma, evitando que córregos sejam canalizados
mais pode ser considerado responsável por e concretados, é revitalizar alguns córregos
esse tipo de evento nas cidades? Quais as re- em leito natural. Essa era a intenção do Pro-
lações entre as enchentes e a forma como as grama de Recuperação Ambiental de Belo
margens dos rios são ocupadas? Horizonte, desenvolvido pela Secretaria Mu-
nicipal de Políticas Urbanas. Leia trechos dos
informativos, produzidos pela secretaria para
divulgar para a população as ações referen-
tes à revitalização de dois córregos da Regio-
nal Norte, o Córrego Primeiro de Maio e o
Córrego Nossa Senhora da Piedade:

55
INFORMATIVO 1 INFORMATIVO 2

“A comunidade do Primeiro de Maio “Na sub-bacia Nossa Senhora da Pie-


sempre se caracterizou pela organização dade, o trabalho de implantação do parque
de movimentos sociais para a melhoria também foi intenso. O local [no bairro Aarão
da região. Com relação ao córrego, não Reis] possui sala multimeios; pista de cami-
foi diferente. Logo surgiram os primeiros nhada e de skate; dois caramanchões com
movimentos da comunidade preocupa- jogos de mesa e espaço de convivência; três
dos com sua revitalização e a criação de quadras poliesportivas e um belo lago para
um parque no seu entorno. Os moradores contemplação da flora e fauna (...).
tornaram-se vitoriosos com o lançamento De acordo com a integrante da Equipe de
do Programa Drenurbs da Prefeitura Mu- Educação Ambiental do Drenurbs/Nascentes,
nicipal de Belo Horizonte, que elegeu a Monalise de Assis, grande parte dos morado-
região como uma das primeiras a serem res do local só conhecia o córrego cheio de
beneficiadas pelo programa. Agora, com lixo e esgoto. Mas foi a lembrança das águas
tudo pronto, teremos dias de muita ale- limpas, reavivada pelos moradores mais an-
gria, lazer, recreação e cuidado com o cór- tigos, que mobilizou e reuniu a comunidade
rego e com o parque.” na busca pela revitalização do córrego. “Com
(PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL DE BELO
o programa, a luta das comunidades ganhou
HORIZONTE. Informativo especial do Programa DRENURBS, Sub- força. Além das obras, foram fundamentais as
bacia Primeiro de Maio. Belo Horizonte, maio 2008. Acervo APCBH,
Fundo Secretaria de Administração Regional Municipal Norte). atividades de educação ambiental com a Co-
missão, moradores, professores e alunos do
entorno da sub-bacia”, afirma.”
(INFORMATIVO Drenurbs/Nascentes. Inauguração do Parque
da sub-bacia do Córrego N. Sra. da Piedade. Belo Horizonte,
2008. Acervo APCBH, Fundo Secretaria de Administração Regional
Municipal Norte).

56
QUESTÕES: PARA DISCUTIR EM SALA

1. Procure no dicionário o significado das Qual é a importância dos córregos para a


palavras que você não conhece e anote o vida nas cidades? Você acha que eles são um
resultado da sua pesquisa. problema para a vida urbana e deveriam ser
canalizados para evitar a poluição e o mau
2. De acordo com os documentos acima, o cheiro? Ou a melhor solução seria revitalizá-
Programa de Recuperação Ambiental foi um los para integrá-los ao dia-a-dia das pesso-
presente da Prefeitura de Belo Horizonte ou as? Nos bairros por onde você transita, onde
uma conquista dos moradores dos bairros mora e estuda, existem córregos canalizados
Primeiro de Maio e Aarão Reis? Justifique sua e/ou revitalizados? Como a população des-
resposta com um trecho do Informativo 1 e ses locais se relaciona com as águas que fa-
um trecho do Informativo 2. zem parte do seu dia-a-dia na cidade?

3. A partir das informações apresentadas nos


documentos, responda como a revitalização de
córregos e a criação de parques pode melhorar:
a) a sua vida e de sua minha família
b) a vida da sua comunidade
c) a vida de todos os moradores da sua cidade

4. Releia o Informativo 2. Agora, desenhe em


seu caderno como você imagina o estado
dos córregos em três momentos diferentes
narrados no documento: na época dos
moradores mais antigos do bairro, como
grande parte dos moradores conheciam o
córrego e hoje em dia, depois da revitalização
e da criação do parque.

57
ATIVIDADE 04
Caça-Palavras

O terreiro de candomblé Ilê Wopo OLO- O Bar CALABOUÇO é considerado uma


JUKAN está localizado no bairro Aarão Reis e foi referência cultural importante do bairro Pri-
tombado pelo patrimônio municipal em 1995. meiro de Maio.

O grupo MARIQUINHAS, que nasceu no A Estação de Metrô WALDOMIRO Lobo,


conjunto habitacional de mesmo nome, é localizada na avenida de mesmo nome, é um
reconhecido nacionalmente pelos bordados importante ponto de acesso ao transporte pú-
que produz. blico da Regional Norte.

O grupo ROSAS do São Bernardo faz A Praça Cândido PORTINARI é um impor-


apresentações na cidade e contribui para a tante ponto de sociabilidade do bairro Tupi.
preservação da cultura popular.
A maior parte da Regional Norte situa-se na
O Conjunto Habitacional ZILAH Spósito já bacia do Ribeirão do ONÇA.
foi conhecido como “capa preta” devido às bar-
racas que os moradores construíam com madei- A VIA 240 foi implantada para melhorar a
ra e lona preta. acessibilidade aos bairros da Regional Norte.

Na década de 1990, o Córrego Nossa Se-


nhora da PIEDADE foi alvo de uma ação conjun-
ta da comunidade dos bairros Guarani e Aarão
Reis para promover a sua revitalização.

58
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disponível no site do APCBH ou fotocopie esta página.

59
ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 01 – Antigo Curral del Rei, 1896.


Acervo APCBH. Coleção José Góes (C.13/a-003)...........................................................................................................Pág.09
FIGURA 02 – Prédio da Estação Central, década de 1980.
Acervo APCBH. Fundo Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento,
Sub-Fundo Dep. de Informações Técnicas (GR60/Slide 43)...........................................................................................Pág.09
FIGURA 03 – Planta Geral da Cidade de Minas, 1895.
Acervo APCBH....................................................................................................................................................................Pág.10
FIGURA 04 – Favela Pindura Saia, década de 1960.
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Imagem 4432)..............................................................................................................Pág.11
FIGURA 05 – Praça Sete, Avenida Afonso Pena, 1954.
Acervo APCBH. Coleção José Góes (C.13/g-010)...........................................................................................................Pág.12
FIGURA 06 – Praça Raul Soares, 1960.
Acervo APCBH. Coleção José Góes (C.13/f-013)............................................................................................................Pág.12
FIGURA 07 – Lagoa da Pampulha, 1948.
Acervo APCBH. Coleção José Góes (C.13/j-006)............................................................................................................Pág.12
FIGURA 08 – Rua sem saneamento básico na Regional Norte, s/d.
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (GR1014/Env.2220).......................................................................................................Pág.17
FIGURA 09 – Rua sem pavimentação no bairro Tupi, 1995.
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (GR1014/Env.2191).......................................................................................................Pág.18
FIGURA 10 – Casas sem infraestrutura no bairro Providência, 1994.
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (GR1014/Env.2157).......................................................................................................Pág.18
FIGURA 11 – Rua no bairro São Tomaz, 1994.
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (GR1014/Env.2163).......................................................................................................Pág.18
FIGURA 12 – Avenida Cristiano Machado, Regional Norte, 1993.
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (GR1014/Env.2148).......................................................................................................Pág.18
FIGURA 13 – Casas populares no Conjunto Habitacional Novo Aarão Reis, 1993.
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (GR1014/Env.2153).......................................................................................................Pág.19
FIGURA 14 – Vista aérea do bairro Primeiro de Maio, década de 2000.
Acervo SUDECAP...............................................................................................................................................................Pág.20
FIGURA 15 – Vista parcial do bairro Floramar, 1990.
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Banco Azeredo: 0775/cx.03)......................................................................................Pág.21
FIGURA 16 – Rua Pacaembu, no bairro Guarani, s/d.
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Banco Azeredo: 0169/cx.01)......................................................................................Pág.21
FIGURA 17 – Anúncio de lotes no bairro Minaslândia, 1933.
In: BELLO HORIZONTE. Belo Horizonte, n. 15, dez. 1933. Acervo APCBH.
Coleção Revista Belo Horizonte........................................................................................................................................Pág.23
FIGURA 18 – Rua Augusto Meier, no bairro Tupi, 1990.
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Banco Azeredo: 0779/cx.03)......................................................................................Pág.25
FIGURA 19 – Rua 9 do Conjunto Jardim Felicidade, 1990.
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Banco Azeredo: 734d/cx.03)......................................................................................Pág.26
FIGURA 20 – Sanatório Hugo Werneck, 1932.
In: SILHUETA. Belo Horizonte, n. 01, mar. 1932. Acervo APCBH.
Coleção Revistas Diversas.................................................................................................................................................Pág.27

60
REFERÊNCIAS DE PESQUISA

Bibliografia básica consultada Acervos, fundos e coleções consultados

AGUIAR, Tito Flávio Rodrigues de. Vastos subúrbios da nova capital: - Acervo APCBH. Acervo Cartográfico Avulso
formação do espaço urbano na primeira periferia de Belo Horizonte. - Acervo APCBH. Acervo de clippings da Sala de Consultas
2006. 445 f. Tese (Doutorado em História) - Faculdade de Filosofia e - Acervo APCBH. Coleção José Góes
Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Ho- - Acervo APCBH. Coleção Legislação Municipal Impressa
rizonte, 2006. - Acervo APCBH. Coleção Relatórios anuais de atividades da Prefeitura
de Belo Horizonte
BARRETO, Abílio. Belo Horizonte: memória histórica e descritiva: his- - Acervo APCBH. Coleção Revista Alterosa
tória antiga e história média. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, - Acervo APCBH. Coleção Revista Belo Horizonte
Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1995. 2 v. BELO Horizonte - Acervo APCBH. Coleção Revistas Diversas
& O Comércio: 100 anos de História. Belo Horizonte: Fundação João - Acervo APCBH. Doação da Fundação João Pinheiro
Pinheiro, 1997. 336 p. - Acervo APCBH. Fundo Assessoria de Comunicação Social do Muni-
cípio – ASCOM
OMNIBUS: uma história dos transportes coletivos em Belo Horizonte. - Acervo APCBH. Fundo Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte
Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estudos Históricos – URBEL
e Culturais, 1996. 380 p. - Acervo APCBH. Fundo Coordenação da Habitação de Interesse So-
cial de Belo Horizonte – CHISBEL
ONDE mora a minha história? Bairro Guarani. Belo Horizonte: Museu - Acervo APCBH. Fundo Empresa de Transporte e Trânsito de Belo
Histórico Abílio Barreto, 2007. Horizonte – BHTRANS
- Acervo APCBH. Fundo Fundação Municipal de Cultura – FMC – Acer-
PENNA, Octavio. Notas cronológicas de Belo Horizonte: 1711-1930. vo APCBH. Fundo Gabinete do Prefeito – GP
Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1997. 276 p. - Acervo APCBH. Fundo Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento
– SMAPL
ROSA, Maria Laura de Abreu. O Zilah é logo ali, o Zilah é bem aqui. - Acervo APCBH. Fundo Secretaria Municipal Adjunta de Regulação
Belo Horizonte: Escola Municipal Daniel Alvarenga, 2010. Urbana – SMARU
- Acervo APCBH. Fundo Secretaria Municipal de Ação Comunitária –
SANEAMENTO básico em Belo Horizonte: trajetória em 100 anos – os SMAC
serviços de água e esgoto. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, - Acervo APCBH. Fundo Secretaria Municipal de Administração e Re-
Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1997. 314 p. cursos Humanos – SMADRH
- Acervo APCBH. Fundo Secretaria Municipal de Assuntos Extraordi-
SILVA, Luiz Roberto da. Doce dossiê de BH. 2.ed. Belo Horizonte: nários – SMAE
BDMG Cultural, 1998. 298 p. - Acervo APCBH. Fundo Secretaria Municipal de Governo – SMGO
- Acervo Centro Cultural São Bernardo
SOUZA, Wanda Figueiredo. Balaio mineiro: memória de uma família - Acervo Centro Cultural Zilah Spósito
brasileira. Belo Horizonte: FURNAS Centrais Elétricas S/A, 2008. - Acervo Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de
Cultura
- Acervo Gerência de Cadastro – PRODABEL
- Acervo Museu Histórico Abílio Barreto – MHAB
- Acervo Secretaria Administração Regional Municipal Norte
- Acervo Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana
- Acervo SLU
- Acervo SUDECAP
- Acervo URBEL

61
Equipe técnica Alexis Nascimento Araújo (Estagiário) Padronização de legendas
Camila Borges Freitas (Estagiária) Paula Farah Guimarães
Coordenação Cintia Aparecida Chagas Arreguy (ASCOM/FMC)
Raphael Rajão Ribeiro Edson Junior C. de Faria (Estagiário)
Ester Martins Câmara (Estagiária) Colaboração
Concepção e textos Ingrid Martins Coura (Estagiária) Michelle Márcia Cobra Torre
Alessandra Soares Santos João Paulo Lopes
Cintia Aparecida Chagas Arreguy Raphael Rajão Ribeiro Produção Executiva
Maria do Carmo Andrade Gomes Rodrigo Cordeiro e Costa (Estagiário) Marcos André Ribeiro Costa
Miriam Hermeto de Sá Motta (GCOS/SMED)
Raphael Rajão Ribeiro Reproduções de imagens Meire Márcia Rodrigues
Alessandro Augusto Silveira de Paula
Consultoria – educação Yuri Mello Mesquita Projeto Gráfico
patrimonial e ensino de história Greco Design
Miriam Hermeto de Sá Motta Produção de mapas
Felipe Antônio Carneiro Rodrigues Ilustração
Projeto Original (GCOT/PRODABEL) Bruno Nunes
Ivana Parrela
Padronização de citações Revisão
Pesquisa e de referências Rachel Sant’Anna Murta
Amanda Cota (Estagiária) Alessandra Pires Fonseca
Alessandra Soares Santos Isabela Santos Costa (Estagiária)

Agradecimentos
Assessoria de Comunicação da Fundação Municipal Municipal de Regulação Urbana; Superintendência de
de Cultura; Centro Cultural São Bernardo; Centro Limpeza Urbana – SLU e a todos que colaboraram com
Cultural Zilah Spósito; Companhia Urbanizadora de informações para a pesquisa.
Belo Horizonte – URBEL; Diretoria de Patrimônio
Cultural; Divisão de Gestão Documental/Diretoria Agradecemos, a todos os funcionários e estagiários que
de Planejamento e Gestão – SUDECAP; Gerência trabalharam no Projeto Histórias de Bairros de Belo
de Cadastro – PRODABEL; Museu Histórico Abílio Horizonte existente há mais de 10 anos no Arquivo
Barreto; Secretaria Municipal de Educação; Secretaria Público da Cidade de Belo Horizonte.

62
ÍNDICE DE FIGURAS

Para ler uma linha do tempo, primeiro, Este caderno tem também outros tipos BELO HORIZONTE
01) Trecho do Ribeirão Arrudas, 1999.
você deve entender que tipo de fatos foram de informações sobre todos os bairros da Acervo SUDECAP.
escolhidos para estar ali. Isso foi explicado no Regional Norte: fichas sobre os bairros, ativi- 02) Avenida Pedro II, década de 1960. Uma linha do tempo é um jeito de ajudar inserimos eventos que interferiram diretamen-
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Av As 02(2,0) Ps 63 En 685).
texto ao lado. Veja quais são eles, vá até as dades com documentos, mapas, fotografias, 03) Avenida Amazonas, 1970. a contar uma história. Alguém escolhe fatos te no desenvolvimento dos bairros, mudanças
Acervo SUDECAP.
linhas do tempo e compare uma com a outra. figuras... Quando estiver examinando cada 04) Trevo da Avenida Carlos Luz com o Anel Rodoviário, 1970. que considera importantes para explicar o que na cidade que proporcionaram a ocupação de
Tente observar se o que está na linha da cida- uma dessas informações, venha novamente Acervo SUDECAP. está estudando. Depois, ordena esses fatos em bairros e ajudam no seu crescimento.
05) Avenida Cristiano Machado, 1987.
de se relaciona com o que é apresentado na olhar as linhas do tempo. Veja se há algum Acervo SUDECAP. uma reta com números que representam a pas- Para a outra linha do tempo, escolhemos
da Regional Norte. tipo de informação específica sobre o bairro sagem do tempo, que tem espaço proporcio- os acontecimentos ligados ao povoamento e às
Outra coisa a fazer é observar como es- da ficha que você examina. Se não há, por nal para tempos iguais; por exemplo, todos os grandes transformações dos bairros da Regional
LINHA DO TEMPO: BELO HORIZONTE
tão distribuídos os fatos ao longo da reta. Há que será? Observe se as informações mui- anos devem ocupar o mesmo espaço na reta. Norte. Poderíamos ter selecionado fatos como
E REGIONAL NORTE
um período em que há mais fatos marcados? to específicas que estão nos documentos Com a linha do tempo, o leitor tem uma inaugurações de igrejas, escolas, parques, ruas...
Há períodos “vazios”? Que períodos são es- também estão nas linhas do tempo, ou se visão geral da história que está sendo contada. Mas como decidir se a igreja de um bairro é mais
REGIONAL NORTE
ses? Por que será que isso acontece? o documento se relaciona com algum outro 06) Área de drenagem entre Rua Pau-Brasil e Córrego Isidoro, Geral, mas não completa. O que você encon- importante que a do outro, como escolher entre
bairro Solimões, 2001.
As informações que estão numa linha do evento que está nas linhas. Por que isso acon- Acervo SUDECAP trará neste encarte são duas linhas do tempo. as inúmeras escolas existentes nos bairros da ci-
07) Praça Cândido Portinari no bairro Tupi, 1990.
tempo servem para que a gente se localize tece? As figuras do caderno ajudam a gente Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Banco Azeredo: 777/cx.03)
A da esquerda ajuda a contar a história de Belo dade? Não seria possível falar de todas as cons-
no tempo. Não devem ser decoradas, devem a entender os fatos que estão nas linhas? Ao 08) Vista parcial do bairro São Tomaz, 1994. Horizonte. A da direita é um jeito de explicar truções, então optamos por deixá-las de fora, ci-
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (GR1014/Env.2163)
ser usadas. Então, uma outra forma de ler es- examinar figuras e fotografias do caderno, 09) Rua Vinte e Seis no bairro Jaqueline, 1990. parte da história dos bairros da Regional Norte. tando apenas aquelas que foram decisivas para
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Banco Azeredo: 761/cx.03)
sas linhas é comparando-as com outros tipos volte neste encarte e procure outras informa- Observe como elas foram feitas: há linhas o desenvolvimento dos bairros.
de texto. Quando estiver lendo os textos des- ções sobre elas. pontilhadas que “saem” da reta numérica, in- O que colocamos nessas duas linhas do
te caderno sobre história da cidade e história Usar as linhas do tempo para entender dicando o ano em que aconteceu o fato nar- tempo vai ajudá-lo a entender a história dos
da regional, volte aqui! Venha buscar novas outros textos é um jeito diferente de viajar no rado no texto escrito. Há, também, fotogra- bairros da Regional Norte. Mas não é tudo o que
explicações para os fatos. tempo! Vamos lá? fias, que representam alguns fatos que estão aconteceu neles! Portanto, você, como estudan-
nas linhas do tempo. te interessado que é, pode pesquisar sobre ou-
Os acontecimentos que estão na linha do tros acontecimentos. Com isso, pode completar
tempo da história de Belo Horizonte talvez se- informações que estão aqui ou construir outras
jam diferentes dos que você já conhece. Aqui, linhas do tempo, com outros tipos de evento.
ÍNDICE DE FIGURAS

Para ler uma linha do tempo, primeiro, Este caderno tem também outros tipos BELO HORIZONTE
01) Trecho do Ribeirão Arrudas, 1999.
você deve entender que tipo de fatos foram de informações sobre todos os bairros da Acervo SUDECAP.
escolhidos para estar ali. Isso foi explicado no Regional Norte: fichas sobre os bairros, ativi- 02) Avenida Pedro II, década de 1960. Uma linha do tempo é um jeito de ajudar inserimos eventos que interferiram diretamen-
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Av As 02(2,0) Ps 63 En 685).
texto ao lado. Veja quais são eles, vá até as dades com documentos, mapas, fotografias, 03) Avenida Amazonas, 1970. a contar uma história. Alguém escolhe fatos te no desenvolvimento dos bairros, mudanças
Acervo SUDECAP.
linhas do tempo e compare uma com a outra. figuras... Quando estiver examinando cada 04) Trevo da Avenida Carlos Luz com o Anel Rodoviário, 1970. que considera importantes para explicar o que na cidade que proporcionaram a ocupação de
Tente observar se o que está na linha da cida- uma dessas informações, venha novamente Acervo SUDECAP. está estudando. Depois, ordena esses fatos em bairros e ajudam no seu crescimento.
05) Avenida Cristiano Machado, 1987.
de se relaciona com o que é apresentado na olhar as linhas do tempo. Veja se há algum Acervo SUDECAP. uma reta com números que representam a pas- Para a outra linha do tempo, escolhemos
da Regional Norte. tipo de informação específica sobre o bairro sagem do tempo, que tem espaço proporcio- os acontecimentos ligados ao povoamento e às
Outra coisa a fazer é observar como es- da ficha que você examina. Se não há, por nal para tempos iguais; por exemplo, todos os grandes transformações dos bairros da Regional
LINHA DO TEMPO: BELO HORIZONTE
tão distribuídos os fatos ao longo da reta. Há que será? Observe se as informações mui- anos devem ocupar o mesmo espaço na reta. Norte. Poderíamos ter selecionado fatos como
E REGIONAL NORTE
um período em que há mais fatos marcados? to específicas que estão nos documentos Com a linha do tempo, o leitor tem uma inaugurações de igrejas, escolas, parques, ruas...
Há períodos “vazios”? Que períodos são es- também estão nas linhas do tempo, ou se visão geral da história que está sendo contada. Mas como decidir se a igreja de um bairro é mais
REGIONAL NORTE
ses? Por que será que isso acontece? o documento se relaciona com algum outro 06) Área de drenagem entre Rua Pau-Brasil e Córrego Isidoro, Geral, mas não completa. O que você encon- importante que a do outro, como escolher entre
bairro Solimões, 2001.
As informações que estão numa linha do evento que está nas linhas. Por que isso acon- Acervo SUDECAP trará neste encarte são duas linhas do tempo. as inúmeras escolas existentes nos bairros da ci-
07) Praça Cândido Portinari no bairro Tupi, 1990.
tempo servem para que a gente se localize tece? As figuras do caderno ajudam a gente Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Banco Azeredo: 777/cx.03)
A da esquerda ajuda a contar a história de Belo dade? Não seria possível falar de todas as cons-
no tempo. Não devem ser decoradas, devem a entender os fatos que estão nas linhas? Ao 08) Vista parcial do bairro São Tomaz, 1994. Horizonte. A da direita é um jeito de explicar truções, então optamos por deixá-las de fora, ci-
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (GR1014/Env.2163)
ser usadas. Então, uma outra forma de ler es- examinar figuras e fotografias do caderno, 09) Rua Vinte e Seis no bairro Jaqueline, 1990. parte da história dos bairros da Regional Norte. tando apenas aquelas que foram decisivas para
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Banco Azeredo: 761/cx.03)
sas linhas é comparando-as com outros tipos volte neste encarte e procure outras informa- Observe como elas foram feitas: há linhas o desenvolvimento dos bairros.
de texto. Quando estiver lendo os textos des- ções sobre elas. pontilhadas que “saem” da reta numérica, in- O que colocamos nessas duas linhas do
te caderno sobre história da cidade e história Usar as linhas do tempo para entender dicando o ano em que aconteceu o fato nar- tempo vai ajudá-lo a entender a história dos
da regional, volte aqui! Venha buscar novas outros textos é um jeito diferente de viajar no rado no texto escrito. Há, também, fotogra- bairros da Regional Norte. Mas não é tudo o que
explicações para os fatos. tempo! Vamos lá? fias, que representam alguns fatos que estão aconteceu neles! Portanto, você, como estudan-
nas linhas do tempo. te interessado que é, pode pesquisar sobre ou-
Os acontecimentos que estão na linha do tros acontecimentos. Com isso, pode completar
tempo da história de Belo Horizonte talvez se- informações que estão aqui ou construir outras
jam diferentes dos que você já conhece. Aqui, linhas do tempo, com outros tipos de evento.
ÍNDICE DE FIGURAS

Para ler uma linha do tempo, primeiro, Este caderno tem também outros tipos BELO HORIZONTE
01) Trecho do Ribeirão Arrudas, 1999.
você deve entender que tipo de fatos foram de informações sobre todos os bairros da Acervo SUDECAP.
escolhidos para estar ali. Isso foi explicado no Regional Norte: fichas sobre os bairros, ativi- 02) Avenida Pedro II, década de 1960. Uma linha do tempo é um jeito de ajudar inserimos eventos que interferiram diretamen-
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Av As 02(2,0) Ps 63 En 685).
texto ao lado. Veja quais são eles, vá até as dades com documentos, mapas, fotografias, 03) Avenida Amazonas, 1970. a contar uma história. Alguém escolhe fatos te no desenvolvimento dos bairros, mudanças
Acervo SUDECAP.
linhas do tempo e compare uma com a outra. figuras... Quando estiver examinando cada 04) Trevo da Avenida Carlos Luz com o Anel Rodoviário, 1970. que considera importantes para explicar o que na cidade que proporcionaram a ocupação de
Tente observar se o que está na linha da cida- uma dessas informações, venha novamente Acervo SUDECAP. está estudando. Depois, ordena esses fatos em bairros e ajudam no seu crescimento.
05) Avenida Cristiano Machado, 1987.
de se relaciona com o que é apresentado na olhar as linhas do tempo. Veja se há algum Acervo SUDECAP. uma reta com números que representam a pas- Para a outra linha do tempo, escolhemos
da Regional Norte. tipo de informação específica sobre o bairro sagem do tempo, que tem espaço proporcio- os acontecimentos ligados ao povoamento e às
Outra coisa a fazer é observar como es- da ficha que você examina. Se não há, por nal para tempos iguais; por exemplo, todos os grandes transformações dos bairros da Regional
LINHA DO TEMPO: BELO HORIZONTE
tão distribuídos os fatos ao longo da reta. Há que será? Observe se as informações mui- anos devem ocupar o mesmo espaço na reta. Norte. Poderíamos ter selecionado fatos como
E REGIONAL NORTE
um período em que há mais fatos marcados? to específicas que estão nos documentos Com a linha do tempo, o leitor tem uma inaugurações de igrejas, escolas, parques, ruas...
Há períodos “vazios”? Que períodos são es- também estão nas linhas do tempo, ou se visão geral da história que está sendo contada. Mas como decidir se a igreja de um bairro é mais
REGIONAL NORTE
ses? Por que será que isso acontece? o documento se relaciona com algum outro 06) Área de drenagem entre Rua Pau-Brasil e Córrego Isidoro, Geral, mas não completa. O que você encon- importante que a do outro, como escolher entre
bairro Solimões, 2001.
As informações que estão numa linha do evento que está nas linhas. Por que isso acon- Acervo SUDECAP trará neste encarte são duas linhas do tempo. as inúmeras escolas existentes nos bairros da ci-
07) Praça Cândido Portinari no bairro Tupi, 1990.
tempo servem para que a gente se localize tece? As figuras do caderno ajudam a gente Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Banco Azeredo: 777/cx.03)
A da esquerda ajuda a contar a história de Belo dade? Não seria possível falar de todas as cons-
no tempo. Não devem ser decoradas, devem a entender os fatos que estão nas linhas? Ao 08) Vista parcial do bairro São Tomaz, 1994. Horizonte. A da direita é um jeito de explicar truções, então optamos por deixá-las de fora, ci-
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (GR1014/Env.2163)
ser usadas. Então, uma outra forma de ler es- examinar figuras e fotografias do caderno, 09) Rua Vinte e Seis no bairro Jaqueline, 1990. parte da história dos bairros da Regional Norte. tando apenas aquelas que foram decisivas para
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Banco Azeredo: 761/cx.03)
sas linhas é comparando-as com outros tipos volte neste encarte e procure outras informa- Observe como elas foram feitas: há linhas o desenvolvimento dos bairros.
de texto. Quando estiver lendo os textos des- ções sobre elas. pontilhadas que “saem” da reta numérica, in- O que colocamos nessas duas linhas do
te caderno sobre história da cidade e história Usar as linhas do tempo para entender dicando o ano em que aconteceu o fato nar- tempo vai ajudá-lo a entender a história dos
da regional, volte aqui! Venha buscar novas outros textos é um jeito diferente de viajar no rado no texto escrito. Há, também, fotogra- bairros da Regional Norte. Mas não é tudo o que
explicações para os fatos. tempo! Vamos lá? fias, que representam alguns fatos que estão aconteceu neles! Portanto, você, como estudan-
nas linhas do tempo. te interessado que é, pode pesquisar sobre ou-
Os acontecimentos que estão na linha do tros acontecimentos. Com isso, pode completar
tempo da história de Belo Horizonte talvez se- informações que estão aqui ou construir outras
jam diferentes dos que você já conhece. Aqui, linhas do tempo, com outros tipos de evento.
LINHA DO TEMPO BELO HORIZONTE 1890 LINHA DO TEMPO REGIONAL NORTE
1891

1892
1893_ Determinação, por lei, da transferência
da capital para o Arraial de Belo Horizonte. 1893
1897_ Inauguração da nova capital do 1894
estado, em 12 de dezembro, com o nome
de “Cidade de Minas”. 1895

1898_ Implantação dos núcleos coloniais 1896


agrícolas Carlos Prates e Córrego da Mata.
1897
1899_ Criação dos núcleos coloniais
agrícolas Bias Fortes, Adalberto Ferraz 1898
e Afonso Pena.
1899

1900
1902_ Implantação do serviço 1901
de bondes da cidade.
1902
1907_ Criação da Colônia Agrícola
Vargem Grande, na região da antiga 1903
Fazenda do Barreiro.
1904
1909_ Surgimento do Bairro Operário,
no atual Barro Preto, para onde foram 1905
transferidos centenas de moradores das
favelas da cidade. 1906

1907

1908

1909

1910
1912_ Incorporação das antigas 1911
colônias agrícolas à zona suburbana
de Belo Horizonte. Com isso, sua
urbanização passou a ser controlada 1912
pela Prefeitura.
1913

1917_ Expansão da linha férrea para 1914


a região Oeste de Belo Horizonte, com
a consequente criação das estações 1915
de trem do Jatobá, do Barreiro, da
Gameleira e do Calafate. 1916

1918_ Aprovação de lei que autorizou a 1917


construção de vilas operárias na cidade.
1918

1919

1920
1923_ Inauguração do primeiro serviço
de auto-ônibus, que hoje conhecemos 1921
apenas como ônibus.
1922
1924_ Urbanização fora da área que havia sido
planejada durante a construção da cidade por 1923
meio da criação das primeiras vilas operárias.
1924

1925 1926_ Inauguração do Sanatório


Modelo, no atual bairro Granja Werneck.
1926
01) Trecho do Ribeirão
Arrudas, 1999. 1927
1929_ Abertura do primeiro trecho 1928
da Avenida dos Andradas, a partir da
canalização do Ribeirão Arrudas.
1929

1936_ Criação de uma zona industrial 1930


na região do Barro Preto.
1931

1932

1933

1934
02) Avenida Pedro
II, década de 1960.
1935
Canalização dos córregos da Mata
e Pastinho para a construção, 1936
respectivamente, das avenidas Silviano
Brandão e Pedro II. 1937

1938

1940_ Ampliação da Avenida Amazonas 1939


até a Gameleira. Abertura da Avenida
Pampulha, atual Avenida Antônio Carlos. 1940
1941
1941_ Criação da Cidade Industrial de Belo
Horizonte, hoje pertencente a Contagem. 1942
03) Avenida
Amazonas, 1947_ Autonomia de Belo Horizonte, 1943
1970. com isso a cidade passou a ter uma 1945 _Aprovação dos primeiros
Câmara Municipal e prefeito eleito. 1944 loteamentos do bairro Heliópolis,
ainda em Santa Luzia.
1948_ Aprovação de lei que regulamentava 1945
a criação de conjuntos de residências. 1946 _Aprovação dos primeiros
1946 loteamentos do bairro São Bernardo.
Criação das cidades satélites do Barreiro,
Cidade Industrial, Pampulha e Venda Nova. 1947
1948 _Regularização dos primeiros
Criação da primeira escola municipal lotes dos bairros Floramar, Primeiro de
1948
(Ginásio), que inicialmente funcionou no Maio e Guarani, ainda em Santa Luzia.
Parque Municipal.
1949

1950 1951 _Início dos trabalhos para a


1953_ Circulação dos primeiros trólebus,
ônibus elétricos, que trafegaram até 1969. 1951 abertura da Avenida Cristiano Machado.

1955_ Criação do Departamento 1952 1952_Aprovação dos primeiros


loteamentos dos atuais bairros
Municipal de Habitação e Bairros
1953 Planalto e Providência.
Populares, o DBP, órgão responsável pela
política de desfavelamento na cidade.
Criação das uniões de defesa coletiva nas
1954 1953_Regularização dos primeiros
lotes no bairro Vila Clóris.
favelas de Belo Horizonte pelos moradores. 1955

1956 1956_Aprovação dos loteamentos


1957_ Realização de obras de iniciais do bairro Aarão Reis.
construção do Anel Rodoviário. 1957

1958

1959

1960
1961
1963_ Fim da circulação dos bondes.
1962
Nessa época, o trólebus e o auto-ônibus eram
as outras opções de transporte coletivo.
1963

1964

1965
04) Trevo da
Avenida Carlos 1966 1976_Regularização dos primeiros
Luz com o Anel
Rodoviário, 1970. lotes do bairro Canaã.
1967
1966_ Canalização do córrego da 1968
1977_Aprovação de loteamentos
Avenida Catalão, atual Avenida Carlos do bairro Solimões.
Luz, para a abertura da via.
1969
1978_Regularização dos primeiros
lotes do bairro Jardim Guanabara.
1970
1971_ Constituição da CHISBEL, órgão 06) Área de drenagem
responsável por diversas ações de 1971
entre Rua Pau-Brasil
desfavelamento na cidade. e Córrego Isidoro, bairro
1972 Solimões, 2001.
Construção de mais de 20 escolas
pela cidade, como parte das ações da 1973
Prefeitura para a implantação da reforma
nacional do ensino. 1974 07) Praça Cândido Portinari
no bairro Tupi, 1990.
1973_ Criação das administrações 1975
regionais Barreiro e Venda Nova, as 1979_Aprovação dos primeiros
primeiras da cidade. 1976 lotes do bairro Tupi.

1976_ Início das obras de 1977


construção da Via Expressa.
1978

1979

1980
1981

1980_ Expansão da Avenida Cristiano 1982


Machado para além do Anel Rodoviário.
1983
08) Vista parcial do bairro
1981_ Início das obras de construção do 1984 São Tomaz, 1994.
05) Avenida Cristiano metrô em Belo Horizonte.
Machado, 1987. 1985 1980_Regularização de loteamentos
1982_ Inauguração da Avenida 1986
dos bairros Campo Alegre e São Tomaz.
Barão Homem de Melo.
1987 1981_Aprovação dos primeiros
1984_ Delimitação das áreas de lotes dos bairros Etelvina
dezenas de favelas da cidade através 1988 Carneiro e Jaqueline.
de um decreto municipal.
1989 1982_Regularização dos
loteamentos do bairro Industrial
1985_ Criação das demais 1990 Rodrigues da Cunha.
administrações regionais na cidade. 09) Rua Vinte e Seis no
1991 1987_Aprovação de bairro Jaqueline, 1990.
loteamentos do bairro Juliana.
1988_Construção de mais de 30 1992
postos de saúde por toda a capital.
1993
1988_Aprovação dos primeiros
lotes dos bairros Frei Leopoldo,
Minaslândia e Marize.
1994
1994_ Criação do Orçamento Participativo. 1995
1995_Tombamento do
terreiro de candomblé Ilê Wopo
Olojukan, no bairro Aarão Reis.
1996_ Aprovação do último plano diretor da 1996
cidade e da Lei de Parcelamento, Ocupação e 1996_Implantação do Parque do Planalto.
Uso do Solo, normas que definem a política de 1997
desenvolvimento urbano.
1998
1997_ Início da implantação do BHBUS,
com a inauguração da Estação Diamante, 1999
no bairro Vila Pinho.
2000
2001
2002_Início das operações do
2002 metrô nas estações Floramar e
Waldomiro Lobo.
2003
2005_ Início de uma série de ações que 2005_Regularização dos primeiros
promoveram transformações urbanas em 2004
loteamentos do bairro Jardim Felicidade.
diversas vilas da cidade.
2005

2006 2008_Inauguração do Parque Nossa


Senhora da Piedade, no bairro Aarão Reis.
2007 Inauguração do Parque Ecológico Primeiro
de Maio.
2008

2009
LINHA DO TEMPO BELO HORIZONTE 1890 LINHA DO TEMPO REGIONAL NORTE
1891

1892
1893_ Determinação, por lei, da transferência
da capital para o Arraial de Belo Horizonte. 1893
1897_ Inauguração da nova capital do 1894
estado, em 12 de dezembro, com o nome
de “Cidade de Minas”. 1895

1898_ Implantação dos núcleos coloniais 1896


agrícolas Carlos Prates e Córrego da Mata.
1897
1899_ Criação dos núcleos coloniais
agrícolas Bias Fortes, Adalberto Ferraz 1898
e Afonso Pena.
1899

1900
1902_ Implantação do serviço 1901
de bondes da cidade.
1902
1907_ Criação da Colônia Agrícola
Vargem Grande, na região da antiga 1903
Fazenda do Barreiro.
1904
1909_ Surgimento do Bairro Operário,
no atual Barro Preto, para onde foram 1905
transferidos centenas de moradores das
favelas da cidade. 1906

1907

1908

1909

1910
1912_ Incorporação das antigas 1911
colônias agrícolas à zona suburbana
de Belo Horizonte. Com isso, sua
urbanização passou a ser controlada 1912
pela Prefeitura.
1913

1917_ Expansão da linha férrea para 1914


a região Oeste de Belo Horizonte, com
a consequente criação das estações 1915
de trem do Jatobá, do Barreiro, da
Gameleira e do Calafate. 1916

1918_ Aprovação de lei que autorizou a 1917


construção de vilas operárias na cidade.
1918

1919

1920
1923_ Inauguração do primeiro serviço
de auto-ônibus, que hoje conhecemos 1921
apenas como ônibus.
1922
1924_ Urbanização fora da área que havia sido
planejada durante a construção da cidade por 1923
meio da criação das primeiras vilas operárias.
1924

1925 1926_ Inauguração do Sanatório


Modelo, no atual bairro Granja Werneck.
1926
01) Trecho do Ribeirão
Arrudas, 1999. 1927
1929_ Abertura do primeiro trecho 1928
da Avenida dos Andradas, a partir da
canalização do Ribeirão Arrudas.
1929

1936_ Criação de uma zona industrial 1930


na região do Barro Preto.
1931

1932

1933

1934
02) Avenida Pedro
II, década de 1960.
1935
Canalização dos córregos da Mata
e Pastinho para a construção, 1936
respectivamente, das avenidas Silviano
Brandão e Pedro II. 1937

1938

1940_ Ampliação da Avenida Amazonas 1939


até a Gameleira. Abertura da Avenida
Pampulha, atual Avenida Antônio Carlos. 1940
1941
1941_ Criação da Cidade Industrial de Belo
Horizonte, hoje pertencente a Contagem. 1942
03) Avenida
Amazonas, 1947_ Autonomia de Belo Horizonte, 1943
1970. com isso a cidade passou a ter uma 1945 _Aprovação dos primeiros
Câmara Municipal e prefeito eleito. 1944 loteamentos do bairro Heliópolis,
ainda em Santa Luzia.
1948_ Aprovação de lei que regulamentava 1945
a criação de conjuntos de residências. 1946 _Aprovação dos primeiros
1946 loteamentos do bairro São Bernardo.
Criação das cidades satélites do Barreiro,
Cidade Industrial, Pampulha e Venda Nova. 1947
1948 _Regularização dos primeiros
Criação da primeira escola municipal lotes dos bairros Floramar, Primeiro de
1948
(Ginásio), que inicialmente funcionou no Maio e Guarani, ainda em Santa Luzia.
Parque Municipal.
1949

1950 1951 _Início dos trabalhos para a


1953_ Circulação dos primeiros trólebus,
ônibus elétricos, que trafegaram até 1969. 1951 abertura da Avenida Cristiano Machado.

1955_ Criação do Departamento 1952 1952_Aprovação dos primeiros


loteamentos dos atuais bairros
Municipal de Habitação e Bairros
1953 Planalto e Providência.
Populares, o DBP, órgão responsável pela
política de desfavelamento na cidade.
Criação das uniões de defesa coletiva nas
1954 1953_Regularização dos primeiros
lotes no bairro Vila Clóris.
favelas de Belo Horizonte pelos moradores. 1955

1956 1956_Aprovação dos loteamentos


1957_ Realização de obras de iniciais do bairro Aarão Reis.
construção do Anel Rodoviário. 1957

1958

1959

1960
1961
1963_ Fim da circulação dos bondes.
1962
Nessa época, o trólebus e o auto-ônibus eram
as outras opções de transporte coletivo.
1963

1964

1965
04) Trevo da
Avenida Carlos 1966 1976_Regularização dos primeiros
Luz com o Anel
Rodoviário, 1970. lotes do bairro Canaã.
1967
1966_ Canalização do córrego da 1968
1977_Aprovação de loteamentos
Avenida Catalão, atual Avenida Carlos do bairro Solimões.
Luz, para a abertura da via.
1969
1978_Regularização dos primeiros
lotes do bairro Jardim Guanabara.
1970
1971_ Constituição da CHISBEL, órgão 06) Área de drenagem
responsável por diversas ações de 1971
entre Rua Pau-Brasil
desfavelamento na cidade. e Córrego Isidoro, bairro
1972 Solimões, 2001.
Construção de mais de 20 escolas
pela cidade, como parte das ações da 1973
Prefeitura para a implantação da reforma
nacional do ensino. 1974 07) Praça Cândido Portinari
no bairro Tupi, 1990.
1973_ Criação das administrações 1975
regionais Barreiro e Venda Nova, as 1979_Aprovação dos primeiros
primeiras da cidade. 1976 lotes do bairro Tupi.

1976_ Início das obras de 1977


construção da Via Expressa.
1978

1979

1980
1981

1980_ Expansão da Avenida Cristiano 1982


Machado para além do Anel Rodoviário.
1983
08) Vista parcial do bairro
1981_ Início das obras de construção do 1984 São Tomaz, 1994.
05) Avenida Cristiano metrô em Belo Horizonte.
Machado, 1987. 1985 1980_Regularização de loteamentos
1982_ Inauguração da Avenida 1986
dos bairros Campo Alegre e São Tomaz.
Barão Homem de Melo.
1987 1981_Aprovação dos primeiros
1984_ Delimitação das áreas de lotes dos bairros Etelvina
dezenas de favelas da cidade através 1988 Carneiro e Jaqueline.
de um decreto municipal.
1989 1982_Regularização dos
loteamentos do bairro Industrial
1985_ Criação das demais 1990 Rodrigues da Cunha.
administrações regionais na cidade. 09) Rua Vinte e Seis no
1991 1987_Aprovação de bairro Jaqueline, 1990.
loteamentos do bairro Juliana.
1988_Construção de mais de 30 1992
postos de saúde por toda a capital.
1993
1988_Aprovação dos primeiros
lotes dos bairros Frei Leopoldo,
Minaslândia e Marize.
1994
1994_ Criação do Orçamento Participativo. 1995
1995_Tombamento do
terreiro de candomblé Ilê Wopo
Olojukan, no bairro Aarão Reis.
1996_ Aprovação do último plano diretor da 1996
cidade e da Lei de Parcelamento, Ocupação e 1996_Implantação do Parque do Planalto.
Uso do Solo, normas que definem a política de 1997
desenvolvimento urbano.
1998
1997_ Início da implantação do BHBUS,
com a inauguração da Estação Diamante, 1999
no bairro Vila Pinho.
2000
2001
2002_Início das operações do
2002 metrô nas estações Floramar e
Waldomiro Lobo.
2003
2005_ Início de uma série de ações que 2005_Regularização dos primeiros
promoveram transformações urbanas em 2004
loteamentos do bairro Jardim Felicidade.
diversas vilas da cidade.
2005

2006 2008_Inauguração do Parque Nossa


Senhora da Piedade, no bairro Aarão Reis.
2007 Inauguração do Parque Ecológico Primeiro
de Maio.
2008

2009
LINHA DO TEMPO BELO HORIZONTE 1890 LINHA DO TEMPO REGIONAL NORTE
1891

1892
1893_ Determinação, por lei, da transferência
da capital para o Arraial de Belo Horizonte. 1893
1897_ Inauguração da nova capital do 1894
estado, em 12 de dezembro, com o nome
de “Cidade de Minas”. 1895

1898_ Implantação dos núcleos coloniais 1896


agrícolas Carlos Prates e Córrego da Mata.
1897
1899_ Criação dos núcleos coloniais
agrícolas Bias Fortes, Adalberto Ferraz 1898
e Afonso Pena.
1899

1900
1902_ Implantação do serviço 1901
de bondes da cidade.
1902
1907_ Criação da Colônia Agrícola
Vargem Grande, na região da antiga 1903
Fazenda do Barreiro.
1904
1909_ Surgimento do Bairro Operário,
no atual Barro Preto, para onde foram 1905
transferidos centenas de moradores das
favelas da cidade. 1906

1907

1908

1909

1910
1912_ Incorporação das antigas 1911
colônias agrícolas à zona suburbana
de Belo Horizonte. Com isso, sua
urbanização passou a ser controlada 1912
pela Prefeitura.
1913

1917_ Expansão da linha férrea para 1914


a região Oeste de Belo Horizonte, com
a consequente criação das estações 1915
de trem do Jatobá, do Barreiro, da
Gameleira e do Calafate. 1916

1918_ Aprovação de lei que autorizou a 1917


construção de vilas operárias na cidade.
1918

1919

1920
1923_ Inauguração do primeiro serviço
de auto-ônibus, que hoje conhecemos 1921
apenas como ônibus.
1922
1924_ Urbanização fora da área que havia sido
planejada durante a construção da cidade por 1923
meio da criação das primeiras vilas operárias.
1924

1925 1926_ Inauguração do Sanatório


Modelo, no atual bairro Granja Werneck.
1926
01) Trecho do Ribeirão
Arrudas, 1999. 1927
1929_ Abertura do primeiro trecho 1928
da Avenida dos Andradas, a partir da
canalização do Ribeirão Arrudas.
1929

1936_ Criação de uma zona industrial 1930


na região do Barro Preto.
1931

1932

1933

1934
02) Avenida Pedro
II, década de 1960.
1935
Canalização dos córregos da Mata
e Pastinho para a construção, 1936
respectivamente, das avenidas Silviano
Brandão e Pedro II. 1937

1938

1940_ Ampliação da Avenida Amazonas 1939


até a Gameleira. Abertura da Avenida
Pampulha, atual Avenida Antônio Carlos. 1940
1941
1941_ Criação da Cidade Industrial de Belo
Horizonte, hoje pertencente a Contagem. 1942
03) Avenida
Amazonas, 1947_ Autonomia de Belo Horizonte, 1943
1970. com isso a cidade passou a ter uma 1945 _Aprovação dos primeiros
Câmara Municipal e prefeito eleito. 1944 loteamentos do bairro Heliópolis,
ainda em Santa Luzia.
1948_ Aprovação de lei que regulamentava 1945
a criação de conjuntos de residências. 1946 _Aprovação dos primeiros
1946 loteamentos do bairro São Bernardo.
Criação das cidades satélites do Barreiro,
Cidade Industrial, Pampulha e Venda Nova. 1947
1948 _Regularização dos primeiros
Criação da primeira escola municipal lotes dos bairros Floramar, Primeiro de
1948
(Ginásio), que inicialmente funcionou no Maio e Guarani, ainda em Santa Luzia.
Parque Municipal.
1949

1950 1951 _Início dos trabalhos para a


1953_ Circulação dos primeiros trólebus,
ônibus elétricos, que trafegaram até 1969. 1951 abertura da Avenida Cristiano Machado.

1955_ Criação do Departamento 1952 1952_Aprovação dos primeiros


loteamentos dos atuais bairros
Municipal de Habitação e Bairros
1953 Planalto e Providência.
Populares, o DBP, órgão responsável pela
política de desfavelamento na cidade.
Criação das uniões de defesa coletiva nas
1954 1953_Regularização dos primeiros
lotes no bairro Vila Clóris.
favelas de Belo Horizonte pelos moradores. 1955

1956 1956_Aprovação dos loteamentos


1957_ Realização de obras de iniciais do bairro Aarão Reis.
construção do Anel Rodoviário. 1957

1958

1959

1960
1961
1963_ Fim da circulação dos bondes.
1962
Nessa época, o trólebus e o auto-ônibus eram
as outras opções de transporte coletivo.
1963

1964

1965
04) Trevo da
Avenida Carlos 1966 1976_Regularização dos primeiros
Luz com o Anel
Rodoviário, 1970. lotes do bairro Canaã.
1967
1966_ Canalização do córrego da 1968
1977_Aprovação de loteamentos
Avenida Catalão, atual Avenida Carlos do bairro Solimões.
Luz, para a abertura da via.
1969
1978_Regularização dos primeiros
lotes do bairro Jardim Guanabara.
1970
1971_ Constituição da CHISBEL, órgão 06) Área de drenagem
responsável por diversas ações de 1971
entre Rua Pau-Brasil
desfavelamento na cidade. e Córrego Isidoro, bairro
1972 Solimões, 2001.
Construção de mais de 20 escolas
pela cidade, como parte das ações da 1973
Prefeitura para a implantação da reforma
nacional do ensino. 1974 07) Praça Cândido Portinari
no bairro Tupi, 1990.
1973_ Criação das administrações 1975
regionais Barreiro e Venda Nova, as 1979_Aprovação dos primeiros
primeiras da cidade. 1976 lotes do bairro Tupi.

1976_ Início das obras de 1977


construção da Via Expressa.
1978

1979

1980
1981

1980_ Expansão da Avenida Cristiano 1982


Machado para além do Anel Rodoviário.
1983
08) Vista parcial do bairro
1981_ Início das obras de construção do 1984 São Tomaz, 1994.
05) Avenida Cristiano metrô em Belo Horizonte.
Machado, 1987. 1985 1980_Regularização de loteamentos
1982_ Inauguração da Avenida 1986
dos bairros Campo Alegre e São Tomaz.
Barão Homem de Melo.
1987 1981_Aprovação dos primeiros
1984_ Delimitação das áreas de lotes dos bairros Etelvina
dezenas de favelas da cidade através 1988 Carneiro e Jaqueline.
de um decreto municipal.
1989 1982_Regularização dos
loteamentos do bairro Industrial
1985_ Criação das demais 1990 Rodrigues da Cunha.
administrações regionais na cidade. 09) Rua Vinte e Seis no
1991 1987_Aprovação de bairro Jaqueline, 1990.
loteamentos do bairro Juliana.
1988_Construção de mais de 30 1992
postos de saúde por toda a capital.
1993
1988_Aprovação dos primeiros
lotes dos bairros Frei Leopoldo,
Minaslândia e Marize.
1994
1994_ Criação do Orçamento Participativo. 1995
1995_Tombamento do
terreiro de candomblé Ilê Wopo
Olojukan, no bairro Aarão Reis.
1996_ Aprovação do último plano diretor da 1996
cidade e da Lei de Parcelamento, Ocupação e 1996_Implantação do Parque do Planalto.
Uso do Solo, normas que definem a política de 1997
desenvolvimento urbano.
1998
1997_ Início da implantação do BHBUS,
com a inauguração da Estação Diamante, 1999
no bairro Vila Pinho.
2000
2001
2002_Início das operações do
2002 metrô nas estações Floramar e
Waldomiro Lobo.
2003
2005_ Início de uma série de ações que 2005_Regularização dos primeiros
promoveram transformações urbanas em 2004
loteamentos do bairro Jardim Felicidade.
diversas vilas da cidade.
2005

2006 2008_Inauguração do Parque Nossa


Senhora da Piedade, no bairro Aarão Reis.
2007 Inauguração do Parque Ecológico Primeiro
de Maio.
2008

2009
LINHA DO TEMPO BELO HORIZONTE 1890 LINHA DO TEMPO REGIONAL NORTE
1891

1892
1893_ Determinação, por lei, da transferência
da capital para o Arraial de Belo Horizonte. 1893
1897_ Inauguração da nova capital do 1894
estado, em 12 de dezembro, com o nome
de “Cidade de Minas”. 1895

1898_ Implantação dos núcleos coloniais 1896


agrícolas Carlos Prates e Córrego da Mata.
1897
1899_ Criação dos núcleos coloniais
agrícolas Bias Fortes, Adalberto Ferraz 1898
e Afonso Pena.
1899

1900
1902_ Implantação do serviço 1901
de bondes da cidade.
1902
1907_ Criação da Colônia Agrícola
Vargem Grande, na região da antiga 1903
Fazenda do Barreiro.
1904
1909_ Surgimento do Bairro Operário,
no atual Barro Preto, para onde foram 1905
transferidos centenas de moradores das
favelas da cidade. 1906

1907

1908

1909

1910
1912_ Incorporação das antigas 1911
colônias agrícolas à zona suburbana
de Belo Horizonte. Com isso, sua
urbanização passou a ser controlada 1912
pela Prefeitura.
1913

1917_ Expansão da linha férrea para 1914


a região Oeste de Belo Horizonte, com
a consequente criação das estações 1915
de trem do Jatobá, do Barreiro, da
Gameleira e do Calafate. 1916

1918_ Aprovação de lei que autorizou a 1917


construção de vilas operárias na cidade.
1918

1919

1920
1923_ Inauguração do primeiro serviço
de auto-ônibus, que hoje conhecemos 1921
apenas como ônibus.
1922
1924_ Urbanização fora da área que havia sido
planejada durante a construção da cidade por 1923
meio da criação das primeiras vilas operárias.
1924

1925 1926_ Inauguração do Sanatório


Modelo, no atual bairro Granja Werneck.
1926
01) Trecho do Ribeirão
Arrudas, 1999. 1927
1929_ Abertura do primeiro trecho 1928
da Avenida dos Andradas, a partir da
canalização do Ribeirão Arrudas.
1929

1936_ Criação de uma zona industrial 1930


na região do Barro Preto.
1931

1932

1933

1934
02) Avenida Pedro
II, década de 1960.
1935
Canalização dos córregos da Mata
e Pastinho para a construção, 1936
respectivamente, das avenidas Silviano
Brandão e Pedro II. 1937

1938

1940_ Ampliação da Avenida Amazonas 1939


até a Gameleira. Abertura da Avenida
Pampulha, atual Avenida Antônio Carlos. 1940
1941
1941_ Criação da Cidade Industrial de Belo
Horizonte, hoje pertencente a Contagem. 1942
03) Avenida
Amazonas, 1947_ Autonomia de Belo Horizonte, 1943
1970. com isso a cidade passou a ter uma 1945 _Aprovação dos primeiros
Câmara Municipal e prefeito eleito. 1944 loteamentos do bairro Heliópolis,
ainda em Santa Luzia.
1948_ Aprovação de lei que regulamentava 1945
a criação de conjuntos de residências. 1946 _Aprovação dos primeiros
1946 loteamentos do bairro São Bernardo.
Criação das cidades satélites do Barreiro,
Cidade Industrial, Pampulha e Venda Nova. 1947
1948 _Regularização dos primeiros
Criação da primeira escola municipal lotes dos bairros Floramar, Primeiro de
1948
(Ginásio), que inicialmente funcionou no Maio e Guarani, ainda em Santa Luzia.
Parque Municipal.
1949

1950 1951 _Início dos trabalhos para a


1953_ Circulação dos primeiros trólebus,
ônibus elétricos, que trafegaram até 1969. 1951 abertura da Avenida Cristiano Machado.

1955_ Criação do Departamento 1952 1952_Aprovação dos primeiros


loteamentos dos atuais bairros
Municipal de Habitação e Bairros
1953 Planalto e Providência.
Populares, o DBP, órgão responsável pela
política de desfavelamento na cidade.
Criação das uniões de defesa coletiva nas
1954 1953_Regularização dos primeiros
lotes no bairro Vila Clóris.
favelas de Belo Horizonte pelos moradores. 1955

1956 1956_Aprovação dos loteamentos


1957_ Realização de obras de iniciais do bairro Aarão Reis.
construção do Anel Rodoviário. 1957

1958

1959

1960
1961
1963_ Fim da circulação dos bondes.
1962
Nessa época, o trólebus e o auto-ônibus eram
as outras opções de transporte coletivo.
1963

1964

1965
04) Trevo da
Avenida Carlos 1966 1976_Regularização dos primeiros
Luz com o Anel
Rodoviário, 1970. lotes do bairro Canaã.
1967
1966_ Canalização do córrego da 1968
1977_Aprovação de loteamentos
Avenida Catalão, atual Avenida Carlos do bairro Solimões.
Luz, para a abertura da via.
1969
1978_Regularização dos primeiros
lotes do bairro Jardim Guanabara.
1970
1971_ Constituição da CHISBEL, órgão 06) Área de drenagem
responsável por diversas ações de 1971
entre Rua Pau-Brasil
desfavelamento na cidade. e Córrego Isidoro, bairro
1972 Solimões, 2001.
Construção de mais de 20 escolas
pela cidade, como parte das ações da 1973
Prefeitura para a implantação da reforma
nacional do ensino. 1974 07) Praça Cândido Portinari
no bairro Tupi, 1990.
1973_ Criação das administrações 1975
regionais Barreiro e Venda Nova, as 1979_Aprovação dos primeiros
primeiras da cidade. 1976 lotes do bairro Tupi.

1976_ Início das obras de 1977


construção da Via Expressa.
1978

1979

1980
1981

1980_ Expansão da Avenida Cristiano 1982


Machado para além do Anel Rodoviário.
1983
08) Vista parcial do bairro
1981_ Início das obras de construção do 1984 São Tomaz, 1994.
05) Avenida Cristiano metrô em Belo Horizonte.
Machado, 1987. 1985 1980_Regularização de loteamentos
1982_ Inauguração da Avenida 1986
dos bairros Campo Alegre e São Tomaz.
Barão Homem de Melo.
1987 1981_Aprovação dos primeiros
1984_ Delimitação das áreas de lotes dos bairros Etelvina
dezenas de favelas da cidade através 1988 Carneiro e Jaqueline.
de um decreto municipal.
1989 1982_Regularização dos
loteamentos do bairro Industrial
1985_ Criação das demais 1990 Rodrigues da Cunha.
administrações regionais na cidade. 09) Rua Vinte e Seis no
1991 1987_Aprovação de bairro Jaqueline, 1990.
loteamentos do bairro Juliana.
1988_Construção de mais de 30 1992
postos de saúde por toda a capital.
1993
1988_Aprovação dos primeiros
lotes dos bairros Frei Leopoldo,
Minaslândia e Marize.
1994
1994_ Criação do Orçamento Participativo. 1995
1995_Tombamento do
terreiro de candomblé Ilê Wopo
Olojukan, no bairro Aarão Reis.
1996_ Aprovação do último plano diretor da 1996
cidade e da Lei de Parcelamento, Ocupação e 1996_Implantação do Parque do Planalto.
Uso do Solo, normas que definem a política de 1997
desenvolvimento urbano.
1998
1997_ Início da implantação do BHBUS,
com a inauguração da Estação Diamante, 1999
no bairro Vila Pinho.
2000
2001
2002_Início das operações do
2002 metrô nas estações Floramar e
Waldomiro Lobo.
2003
2005_ Início de uma série de ações que 2005_Regularização dos primeiros
promoveram transformações urbanas em 2004
loteamentos do bairro Jardim Felicidade.
diversas vilas da cidade.
2005

2006 2008_Inauguração do Parque Nossa


Senhora da Piedade, no bairro Aarão Reis.
2007 Inauguração do Parque Ecológico Primeiro
de Maio.
2008

2009
ÍNDICE DE FIGURAS

Para ler uma linha do tempo, primeiro, Este caderno tem também outros tipos BELO HORIZONTE
01) Trecho do Ribeirão Arrudas, 1999.
você deve entender que tipo de fatos foram de informações sobre todos os bairros da Acervo SUDECAP.
escolhidos para estar ali. Isso foi explicado no Regional Norte: fichas sobre os bairros, ativi- 02) Avenida Pedro II, década de 1960. Uma linha do tempo é um jeito de ajudar inserimos eventos que interferiram diretamen-
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Av As 02(2,0) Ps 63 En 685).
texto ao lado. Veja quais são eles, vá até as dades com documentos, mapas, fotografias, 03) Avenida Amazonas, 1970. a contar uma história. Alguém escolhe fatos te no desenvolvimento dos bairros, mudanças
Acervo SUDECAP.
linhas do tempo e compare uma com a outra. figuras... Quando estiver examinando cada 04) Trevo da Avenida Carlos Luz com o Anel Rodoviário, 1970. que considera importantes para explicar o que na cidade que proporcionaram a ocupação de
Tente observar se o que está na linha da cida- uma dessas informações, venha novamente Acervo SUDECAP. está estudando. Depois, ordena esses fatos em bairros e ajudam no seu crescimento.
05) Avenida Cristiano Machado, 1987.
de se relaciona com o que é apresentado na olhar as linhas do tempo. Veja se há algum Acervo SUDECAP. uma reta com números que representam a pas- Para a outra linha do tempo, escolhemos
da Regional Norte. tipo de informação específica sobre o bairro sagem do tempo, que tem espaço proporcio- os acontecimentos ligados ao povoamento e às
Outra coisa a fazer é observar como es- da ficha que você examina. Se não há, por nal para tempos iguais; por exemplo, todos os grandes transformações dos bairros da Regional
LINHA DO TEMPO: BELO HORIZONTE
tão distribuídos os fatos ao longo da reta. Há que será? Observe se as informações mui- anos devem ocupar o mesmo espaço na reta. Norte. Poderíamos ter selecionado fatos como
E REGIONAL NORTE
um período em que há mais fatos marcados? to específicas que estão nos documentos Com a linha do tempo, o leitor tem uma inaugurações de igrejas, escolas, parques, ruas...
Há períodos “vazios”? Que períodos são es- também estão nas linhas do tempo, ou se visão geral da história que está sendo contada. Mas como decidir se a igreja de um bairro é mais
REGIONAL NORTE
ses? Por que será que isso acontece? o documento se relaciona com algum outro 06) Área de drenagem entre Rua Pau-Brasil e Córrego Isidoro, Geral, mas não completa. O que você encon- importante que a do outro, como escolher entre
bairro Solimões, 2001.
As informações que estão numa linha do evento que está nas linhas. Por que isso acon- Acervo SUDECAP trará neste encarte são duas linhas do tempo. as inúmeras escolas existentes nos bairros da ci-
07) Praça Cândido Portinari no bairro Tupi, 1990.
tempo servem para que a gente se localize tece? As figuras do caderno ajudam a gente Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Banco Azeredo: 777/cx.03)
A da esquerda ajuda a contar a história de Belo dade? Não seria possível falar de todas as cons-
no tempo. Não devem ser decoradas, devem a entender os fatos que estão nas linhas? Ao 08) Vista parcial do bairro São Tomaz, 1994. Horizonte. A da direita é um jeito de explicar truções, então optamos por deixá-las de fora, ci-
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (GR1014/Env.2163)
ser usadas. Então, uma outra forma de ler es- examinar figuras e fotografias do caderno, 09) Rua Vinte e Seis no bairro Jaqueline, 1990. parte da história dos bairros da Regional Norte. tando apenas aquelas que foram decisivas para
Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Banco Azeredo: 761/cx.03)
sas linhas é comparando-as com outros tipos volte neste encarte e procure outras informa- Observe como elas foram feitas: há linhas o desenvolvimento dos bairros.
de texto. Quando estiver lendo os textos des- ções sobre elas. pontilhadas que “saem” da reta numérica, in- O que colocamos nessas duas linhas do
te caderno sobre história da cidade e história Usar as linhas do tempo para entender dicando o ano em que aconteceu o fato nar- tempo vai ajudá-lo a entender a história dos
da regional, volte aqui! Venha buscar novas outros textos é um jeito diferente de viajar no rado no texto escrito. Há, também, fotogra- bairros da Regional Norte. Mas não é tudo o que
explicações para os fatos. tempo! Vamos lá? fias, que representam alguns fatos que estão aconteceu neles! Portanto, você, como estudan-
nas linhas do tempo. te interessado que é, pode pesquisar sobre ou-
Os acontecimentos que estão na linha do tros acontecimentos. Com isso, pode completar
tempo da história de Belo Horizonte talvez se- informações que estão aqui ou construir outras
jam diferentes dos que você já conhece. Aqui, linhas do tempo, com outros tipos de evento.
As regionais de Belo Horizonte

Os bairros são uma forma de divisão da caderno. Tente encontrar os bairros sobre
cidade. São espaços que surgiram ao longo os quais está lendo. Compare o primeiro e
da história do município e que, ainda hoje, o segundo mapas. E então? Houve muitas
continuam a se transformar. Quando fala- mudanças? Quais foram os bairros que mais
mos desses lugares, muitas vezes fica difícil se alteraram? Quais bairros foram criados?
entender onde eles estão. Em que região da Observe com atenção e note que todos os
cidade exatamente eles se localizam? O que mapas possuem uma escala. Através dela
existe ali perto? Para facilitar a identificação você pode saber qual é o tamanho real dos
desses espaços, apresentamos neste encar- bairros. Afinal de contas, eles não são do ta-
MAPAS: BELO HORIZONTE te mapas de Belo Horizonte e dos bairros da manho que estão aqui nos mapas. É a escala
E REGIONAL NORTE Regional Norte. que nos diz o quanto eles são maiores. No
No mapa ao lado, você pode ver a divisão caso do mapa da Regional Norte, eles são
das nove regionais de Belo Horizonte. Perceba, aproximadamente 58.900 vezes maiores do
observando a rosa-dos-ventos, onde são o Nor- que aparecem aqui.
te, o Sul, o Leste e o Oeste. Note como muitas Há, ainda, um terceiro mapa. Nele você
regionais possuem os nomes dos pontos carde- pode ver cada um dos grupos de bairros que
ais. Você já localizou a regional deste caderno? analisamos no texto “Os bairros da Regional
Se você abrir o encarte verá que existem Norte de BH”. Deixe o encarte aberto, iden-
mais três mapas. Todos eles são da Regional tifique onde cada um dos bairros citados no
Norte. No primeiro, apresentamos a divisão texto se localiza. Veja, também, que destaca-
dos bairros populares que atualmente é adota- mos algumas das principais vias de acesso e
da. Ela é nova, foi criada em 2007. Perceba que cursos d’água. Fique atento! Tente perceber
os bairros estão identificados por números. de quais bairros eles estão próximos. Você
Para saber seus nomes, basta você consultar a acha que há relação entre eles e os bairros?
legenda. Você conhece alguns desses bairros? Esperamos que o uso dos mapas aju-
No segundo mapa, indicamos a divisão de vocês a conhecerem melhor as histórias
dos bairros com a qual trabalhamos neste dos bairros.
As regionais de Belo Horizonte

Os bairros são uma forma de divisão da caderno. Tente encontrar os bairros sobre
cidade. São espaços que surgiram ao longo os quais está lendo. Compare o primeiro e
da história do município e que, ainda hoje, o segundo mapas. E então? Houve muitas
continuam a se transformar. Quando fala- mudanças? Quais foram os bairros que mais
mos desses lugares, muitas vezes fica difícil se alteraram? Quais bairros foram criados?
entender onde eles estão. Em que região da Observe com atenção e note que todos os
cidade exatamente eles se localizam? O que mapas possuem uma escala. Através dela
existe ali perto? Para facilitar a identificação você pode saber qual é o tamanho real dos
desses espaços, apresentamos neste encar- bairros. Afinal de contas, eles não são do ta-
MAPAS: BELO HORIZONTE te mapas de Belo Horizonte e dos bairros da manho que estão aqui nos mapas. É a escala
E REGIONAL NORTE Regional Norte. que nos diz o quanto eles são maiores. No
No mapa ao lado, você pode ver a divisão caso do mapa da Regional Norte, eles são
das nove regionais de Belo Horizonte. Perceba, aproximadamente 58.900 vezes maiores do
observando a rosa-dos-ventos, onde são o Nor- que aparecem aqui.
te, o Sul, o Leste e o Oeste. Note como muitas Há, ainda, um terceiro mapa. Nele você
regionais possuem os nomes dos pontos carde- pode ver cada um dos grupos de bairros que
ais. Você já localizou a regional deste caderno? analisamos no texto “Os bairros da Regional
Se você abrir o encarte verá que existem Norte de BH”. Deixe o encarte aberto, iden-
mais três mapas. Todos eles são da Regional tifique onde cada um dos bairros citados no
Norte. No primeiro, apresentamos a divisão texto se localiza. Veja, também, que destaca-
dos bairros populares que atualmente é adota- mos algumas das principais vias de acesso e
da. Ela é nova, foi criada em 2007. Perceba que cursos d’água. Fique atento! Tente perceber
os bairros estão identificados por números. de quais bairros eles estão próximos. Você
Para saber seus nomes, basta você consultar a acha que há relação entre eles e os bairros?
legenda. Você conhece alguns desses bairros? Esperamos que o uso dos mapas aju-
No segundo mapa, indicamos a divisão de vocês a conhecerem melhor as histórias
dos bairros com a qual trabalhamos neste dos bairros.
As regionais de Belo Horizonte

Os bairros são uma forma de divisão da caderno. Tente encontrar os bairros sobre
cidade. São espaços que surgiram ao longo os quais está lendo. Compare o primeiro e
da história do município e que, ainda hoje, o segundo mapas. E então? Houve muitas
continuam a se transformar. Quando fala- mudanças? Quais foram os bairros que mais
mos desses lugares, muitas vezes fica difícil se alteraram? Quais bairros foram criados?
entender onde eles estão. Em que região da Observe com atenção e note que todos os
cidade exatamente eles se localizam? O que mapas possuem uma escala. Através dela
existe ali perto? Para facilitar a identificação você pode saber qual é o tamanho real dos
desses espaços, apresentamos neste encar- bairros. Afinal de contas, eles não são do ta-
MAPAS: BELO HORIZONTE te mapas de Belo Horizonte e dos bairros da manho que estão aqui nos mapas. É a escala
E REGIONAL NORTE Regional Norte. que nos diz o quanto eles são maiores. No
No mapa ao lado, você pode ver a divisão caso do mapa da Regional Norte, eles são
das nove regionais de Belo Horizonte. Perceba, aproximadamente 58.900 vezes maiores do
observando a rosa-dos-ventos, onde são o Nor- que aparecem aqui.
te, o Sul, o Leste e o Oeste. Note como muitas Há, ainda, um terceiro mapa. Nele você
regionais possuem os nomes dos pontos carde- pode ver cada um dos grupos de bairros que
ais. Você já localizou a regional deste caderno? analisamos no texto “Os bairros da Regional
Se você abrir o encarte verá que existem Norte de BH”. Deixe o encarte aberto, iden-
mais três mapas. Todos eles são da Regional tifique onde cada um dos bairros citados no
Norte. No primeiro, apresentamos a divisão texto se localiza. Veja, também, que destaca-
dos bairros populares que atualmente é adota- mos algumas das principais vias de acesso e
da. Ela é nova, foi criada em 2007. Perceba que cursos d’água. Fique atento! Tente perceber
os bairros estão identificados por números. de quais bairros eles estão próximos. Você
Para saber seus nomes, basta você consultar a acha que há relação entre eles e os bairros?
legenda. Você conhece alguns desses bairros? Esperamos que o uso dos mapas aju-
No segundo mapa, indicamos a divisão de vocês a conhecerem melhor as histórias
dos bairros com a qual trabalhamos neste dos bairros.
Divisão atual dos bairros populares da Regional NORTE LEGENDAS Bairros populares da Regional NORTE Grupos de bairros do texto
Divisão atual dos bairros populares da Regional NORTE “Os bairros da Regional
1. Aarão Reis 16. Jaqueline 31. Providência norte de BH”
2. Bacurau 17. Jardim Felicidade 32. São Bernardo
3. Biquinhas 18. Jardim Guanabara 33. São Damião
4. Boa União - 1a Seção 19. Juliana 34. São Gonçalo
5. Boa União - 2a Seção 20. Lajedo 35. São Tomaz
6. Campo Alegre 21. Madri 36. Satélite
7. Canaã 22. Maria Teresa 37. Solimões
8. Conjunto Floramar 23. Mariquinhas 38. Tupi A
9. Conjunto Providência 24. Minaslândia 39. Tupi B
10. Etelvina Carneiro 25. Mirante 40. Vila Clóris
11. Floramar 26. Monte Azul 41. Vila Minaslândia
12. Frei Leopoldo 27. Novo Aarão Reis 42. Vila Nova
13. Granja Werneck 28. Novo Tupi 43. Vila Primeiro de Maio
14. Guarani 29. Planalto 44. Xodó-Marize
15. Heliópolis 30. Primeiro de Maio 45. Zilah Spósito

Bairros populares da Regional NORTE

1. Aarão Reis 13. Jardim Felicidade


2. Campo Alegre 14. Jardim Guanabara
3. Canaã 15. Juliana
4. Conjunto Habitacional 16. Marize
Novo Aarão Reis 17. Minaslândia
5. Etelvina Carneiro 18. Planalto
6. Floramar 19. Primeiro de Maio
7. Frei Leopoldo 20. Providência
8. Granja Werneck 21. São Bernardo
9. Guarani 22. São Tomaz
10. Heliópolis 23. Solimões
11. Industrial Rodrigues da Cunha 24. Tupi
12. Jaqueline 25. Vila Clóris

Escala 1:58.900 Escala 1:58.900 Escala 1:58.900


Divisão atual dos bairros populares da Regional NORTE LEGENDAS Bairros populares da Regional NORTE Grupos de bairros do texto
Divisão atual dos bairros populares da Regional NORTE “Os bairros da Regional
1. Aarão Reis 16. Jaqueline 31. Providência norte de BH”
2. Bacurau 17. Jardim Felicidade 32. São Bernardo
3. Biquinhas 18. Jardim Guanabara 33. São Damião
4. Boa União - 1a Seção 19. Juliana 34. São Gonçalo
5. Boa União - 2a Seção 20. Lajedo 35. São Tomaz
6. Campo Alegre 21. Madri 36. Satélite
7. Canaã 22. Maria Teresa 37. Solimões
8. Conjunto Floramar 23. Mariquinhas 38. Tupi A
9. Conjunto Providência 24. Minaslândia 39. Tupi B
10. Etelvina Carneiro 25. Mirante 40. Vila Clóris
11. Floramar 26. Monte Azul 41. Vila Minaslândia
12. Frei Leopoldo 27. Novo Aarão Reis 42. Vila Nova
13. Granja Werneck 28. Novo Tupi 43. Vila Primeiro de Maio
14. Guarani 29. Planalto 44. Xodó-Marize
15. Heliópolis 30. Primeiro de Maio 45. Zilah Spósito

Bairros populares da Regional NORTE

1. Aarão Reis 13. Jardim Felicidade


2. Campo Alegre 14. Jardim Guanabara
3. Canaã 15. Juliana
4. Conjunto Habitacional 16. Marize
Novo Aarão Reis 17. Minaslândia
5. Etelvina Carneiro 18. Planalto
6. Floramar 19. Primeiro de Maio
7. Frei Leopoldo 20. Providência
8. Granja Werneck 21. São Bernardo
9. Guarani 22. São Tomaz
10. Heliópolis 23. Solimões
11. Industrial Rodrigues da Cunha 24. Tupi
12. Jaqueline 25. Vila Clóris

Escala 1:58.900 Escala 1:58.900 Escala 1:58.900


Divisão atual dos bairros populares da Regional NORTE LEGENDAS Bairros populares da Regional NORTE Grupos de bairros do texto
Divisão atual dos bairros populares da Regional NORTE “Os bairros da Regional
1. Aarão Reis 16. Jaqueline 31. Providência norte de BH”
2. Bacurau 17. Jardim Felicidade 32. São Bernardo
3. Biquinhas 18. Jardim Guanabara 33. São Damião
4. Boa União - 1a Seção 19. Juliana 34. São Gonçalo
5. Boa União - 2a Seção 20. Lajedo 35. São Tomaz
6. Campo Alegre 21. Madri 36. Satélite
7. Canaã 22. Maria Teresa 37. Solimões
8. Conjunto Floramar 23. Mariquinhas 38. Tupi A
9. Conjunto Providência 24. Minaslândia 39. Tupi B
10. Etelvina Carneiro 25. Mirante 40. Vila Clóris
11. Floramar 26. Monte Azul 41. Vila Minaslândia
12. Frei Leopoldo 27. Novo Aarão Reis 42. Vila Nova
13. Granja Werneck 28. Novo Tupi 43. Vila Primeiro de Maio
14. Guarani 29. Planalto 44. Xodó-Marize
15. Heliópolis 30. Primeiro de Maio 45. Zilah Spósito

Bairros populares da Regional NORTE

1. Aarão Reis 13. Jardim Felicidade


2. Campo Alegre 14. Jardim Guanabara
3. Canaã 15. Juliana
4. Conjunto Habitacional 16. Marize
Novo Aarão Reis 17. Minaslândia
5. Etelvina Carneiro 18. Planalto
6. Floramar 19. Primeiro de Maio
7. Frei Leopoldo 20. Providência
8. Granja Werneck 21. São Bernardo
9. Guarani 22. São Tomaz
10. Heliópolis 23. Solimões
11. Industrial Rodrigues da Cunha 24. Tupi
12. Jaqueline 25. Vila Clóris

Escala 1:58.900 Escala 1:58.900 Escala 1:58.900


Divisão atual dos bairros populares da Regional NORTE LEGENDAS Bairros populares da Regional NORTE Grupos de bairros do texto
Divisão atual dos bairros populares da Regional NORTE “Os bairros da Regional
1. Aarão Reis 16. Jaqueline 31. Providência norte de BH”
2. Bacurau 17. Jardim Felicidade 32. São Bernardo
3. Biquinhas 18. Jardim Guanabara 33. São Damião
4. Boa União - 1a Seção 19. Juliana 34. São Gonçalo
5. Boa União - 2a Seção 20. Lajedo 35. São Tomaz
6. Campo Alegre 21. Madri 36. Satélite
7. Canaã 22. Maria Teresa 37. Solimões
8. Conjunto Floramar 23. Mariquinhas 38. Tupi A
9. Conjunto Providência 24. Minaslândia 39. Tupi B
10. Etelvina Carneiro 25. Mirante 40. Vila Clóris
11. Floramar 26. Monte Azul 41. Vila Minaslândia
12. Frei Leopoldo 27. Novo Aarão Reis 42. Vila Nova
13. Granja Werneck 28. Novo Tupi 43. Vila Primeiro de Maio
14. Guarani 29. Planalto 44. Xodó-Marize
15. Heliópolis 30. Primeiro de Maio 45. Zilah Spósito

Bairros populares da Regional NORTE

1. Aarão Reis 13. Jardim Felicidade


2. Campo Alegre 14. Jardim Guanabara
3. Canaã 15. Juliana
4. Conjunto Habitacional 16. Marize
Novo Aarão Reis 17. Minaslândia
5. Etelvina Carneiro 18. Planalto
6. Floramar 19. Primeiro de Maio
7. Frei Leopoldo 20. Providência
8. Granja Werneck 21. São Bernardo
9. Guarani 22. São Tomaz
10. Heliópolis 23. Solimões
11. Industrial Rodrigues da Cunha 24. Tupi
12. Jaqueline 25. Vila Clóris

Escala 1:58.900 Escala 1:58.900 Escala 1:58.900


As regionais de Belo Horizonte

Os bairros são uma forma de divisão da caderno. Tente encontrar os bairros sobre
cidade. São espaços que surgiram ao longo os quais está lendo. Compare o primeiro e
da história do município e que, ainda hoje, o segundo mapas. E então? Houve muitas
continuam a se transformar. Quando fala- mudanças? Quais foram os bairros que mais
mos desses lugares, muitas vezes fica difícil se alteraram? Quais bairros foram criados?
entender onde eles estão. Em que região da Observe com atenção e note que todos os
cidade exatamente eles se localizam? O que mapas possuem uma escala. Através dela
existe ali perto? Para facilitar a identificação você pode saber qual é o tamanho real dos
desses espaços, apresentamos neste encar- bairros. Afinal de contas, eles não são do ta-
MAPAS: BELO HORIZONTE te mapas de Belo Horizonte e dos bairros da manho que estão aqui nos mapas. É a escala
E REGIONAL NORTE Regional Norte. que nos diz o quanto eles são maiores. No
No mapa ao lado, você pode ver a divisão caso do mapa da Regional Norte, eles são
das nove regionais de Belo Horizonte. Perceba, aproximadamente 58.900 vezes maiores do
observando a rosa-dos-ventos, onde são o Nor- que aparecem aqui.
te, o Sul, o Leste e o Oeste. Note como muitas Há, ainda, um terceiro mapa. Nele você
regionais possuem os nomes dos pontos carde- pode ver cada um dos grupos de bairros que
ais. Você já localizou a regional deste caderno? analisamos no texto “Os bairros da Regional
Se você abrir o encarte verá que existem Norte de BH”. Deixe o encarte aberto, iden-
mais três mapas. Todos eles são da Regional tifique onde cada um dos bairros citados no
Norte. No primeiro, apresentamos a divisão texto se localiza. Veja, também, que destaca-
dos bairros populares que atualmente é adota- mos algumas das principais vias de acesso e
da. Ela é nova, foi criada em 2007. Perceba que cursos d’água. Fique atento! Tente perceber
os bairros estão identificados por números. de quais bairros eles estão próximos. Você
Para saber seus nomes, basta você consultar a acha que há relação entre eles e os bairros?
legenda. Você conhece alguns desses bairros? Esperamos que o uso dos mapas aju-
No segundo mapa, indicamos a divisão de vocês a conhecerem melhor as histórias
dos bairros com a qual trabalhamos neste dos bairros.
REGIONAL NORTE

- Aarão Reis - Jardim Felicidade


- Campo Alegre - Jardim Guanabara
- Canaã - Juliana
- Conjunto Habitacional - Marize
Novo Aarão Reis - Minaslândia
- Etelvina Carneiro - Planalto
- Floramar - Primeiro de Maio
- Frei Leopoldo - Providência
- Granja Werneck - São Bernardo
- Guarani - São Tomaz
- Heliópolis - Solimões
- Industrial Rodrigues - Tupi
da Cunha - Vila Clóris
- Jaqueline

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