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PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE Caro Professor,
Fernando Damata Pimentel A Coleção Histórias de Bairros de Belo Horizon-
te foi produzida no âmbito do Arquivo Público da Ci-
Fundação Municipal de Cultura dade de Belo Horizonte (APCBH), com apoio da As-
Maria Antonieta Antunes Cunha sociação Cultural do Arquivo Público da Cidade de
Belo Horizonte (ACAP-BH), e compõe-se de cader-
Arquivo Público da Cidade nos didáticos para o público da Educação Básica.
de Belo Horizonte - APCBH Aqui, você encontrará textos que tratam das
Maria do Carmo Andrade Gomes concepções teórico-metodológicas de cada seção
dos cadernos da Coleção. Esperamos que seu uso
Associação Cultural do Arquivo Público da nas escolas seja uma possibilidade de os alunos co-
Cidade de Belo Horizonte – ACAP-BH nhecerem melhor a cidade onde vivem e, mais es-
Maria Marta Martins de Araújo pecialmente, a região e o bairro onde desenvolvem
suas atividades mais cotidianas.
Desejamos que ela seja mais uma forma de
diálogo entre você, Professor, e o APCBH, que está
Este livro se encontra em versão sempre de portas abertas.
digital no site do Arquivo Público Aguardamos sua avaliação do material e
sua visita.
da Cidade de Belo Horizonte:
Um abraço,
www.pbh.gov.br/cultura/arquivo
Equipe do APCBH

981.51
H673 Histórias de bairros [de Belo Horizonte] : livro do professor /
coordenadores, Cintia Aparecida Chagas Arreguy,
Raphael Rajão Ribeiro. – Belo Horizonte: APCBH; ACAP-
BH, 2008.
19 p. : il. ; 21 cm.

Produzido pelo Arquivo Público da Cidade de Belo


Horizonte.

1. Belo Horizonte (MG) – Bairros – História. I. Arreguy,


Cintia Aparecida Chagas (coord.). II. Ribeiro, Raphael Rajão
(coord.). III. Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte.
IV. Título : Livro do professor.
SUMÁRIO

> Coleção Histórias de Bairros de Belo Horizonte:


apresentação e objetivos............................................................................................... 04

> Seção 1: Os bairros na cidade ....................................................................................... 07


• O que é viver na cidade? ................................................................................................... 07
• Uma breve história de BH: ponto de partida para outras histórias..................................... 07
• Vivência urbana e administração municipal: regionais e bairros........................................ 08
• Os bairros da Regional {X} de BH..................................................................................... 10
• Os bairros da Regional {X}: breves informações .............................................................. 12

> Seção 2: Histórias de bairros no APCBH: atividades.................................................. 14


• O que é o Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte?................................................... 14
• Atividades.......................................................................................................................... 14

> Encartes............................................................................................................................. 17
• Linha do tempo: Belo Horizonte e Regional {X} . .............................................................. 17
• Mapas: Belo Horizonte e Regional {X}............................................................................... 18

> Referências bibliográficas .......................................................................................... 19


• Teoria, metodologia e ensino de História.......................................................................... 19
• Cidade e história urbana .................................................................................................. 19
• História de Belo Horizonte........................................................................................ 19
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A Coleção Histórias de Bairros de Belo Ho- por informações sobre a história dos bairros
rizonte foi elaborada a partir dos dados da pes- de Belo Horizonte. Desde então, à Equipe de
quisa sobre os bairros da cidade, que vem sendo Pesquisa da instituição vem levantando e ana-
desenvolvida pelo Arquivo Público da Cidade lisando, no seu acervo e nos de outros centros
de Belo Horizonte (APCBH), desde 1999, para de documentação, fontes que contenham in-
atender à grande demanda de consulentes. formações relativas aos bairros.
A Coleção pretende fornecer subsídios Os documentos do acervo do APCBH
para estudos e pesquisas escolares sobre o que trazem informações sobre os diversos
tema, sem, no entanto, criar a ilusão de que o bairros da cidade têm sido muito consulta-
APCBH escreveu a história oficial dos bairros da das pelo público. Entretanto, verificaram-
cidade. Por isso, inclusive, ela se chama Histó- se dois tipos de dificuldades dos interessa-
rias de Bairros, no plural. O que se apresenta em dos no assunto. Primeiro, a ausência de um
cada texto sobre os bairros das regionais é uma livro que trate do conjunto dos bairros da
versão explicativa para o seu desenvolvimento cidade, que articule sua história e identifi-
histórico, elaborada a partir do tipo de docu- que as semelhanças e as diferenças exis-
mentação consultada e dos princípios teórico- tentes entre eles. Essa lacuna fazia com
metodológicos da equipe que o elaborou. que as informações disponíveis sobre os
Seu público preferencial é de alunos bairros parecessem sempre muito isoladas.
com idade entre nove e 12 anos. Entretan- Além disso, muitas pessoas que vêm rea-
to, como traz abordagens e informações lizar pesquisas têm dificuldades em ler e
inovadoras sobre uma temática de interes- interpretar os documentos disponíveis no
se dos moradores da cidade, acreditamos APCBH sobre os bairros, por falta de hábi-
que ela possa, também, ser útil na divulga- to de lidar com esse tipo de texto. A Cole-
ção da história da cidade para público mais ção foi concebida buscando, entre outros
amplo e na educação histórica de alunos objetivos, ajudar a suprir essas carências.
de outras faixas etárias. O material pode Assim, os cadernos sobre os bairros
ser adaptado para os objetivos e os leitores de Belo Horizonte inserem-se no conjun-
que se pretende atingir. to de ações de difusão e educação patri-
O projeto que deu origem à Coleção foi monial que vêm sendo desenvolvidas pelo
criado no APCBH, a fim de atender à busca APCBH. Foram concebidos para serem

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usados, prioritariamente, em ambiente pelas reflexões produzidas acerca dessas
escolar, com uma linguagem adequada à experiências humanas.
faixa etária que pretende atingir (nove a Mas tratar do processo de desenvol-
12 anos). Neles, apresentam-se conteúdos vimento histórico dos bairros de Belo Ho-
conceituais, procedimentais e atitudinais rizonte não é algo simples. Para começar,
que possam mediar a construção de com- essa não é uma divisão exata e estática. Há
petências cognitivas nos estudos sobre mais de uma demarcação possível de bair-
os bairros de Belo Horizonte. Espera-se, ros na cidade. Por exemplo, há os bairros
ainda, que a Coleção seja um instrumen- oficialmente reconhecidos, para fins car-
to de aproximação entre as comunidades toriais, e os popularmente conhecidos, de
escolares e o APCBH, apresentando do- acordo com a identificação da população.
cumentos do acervo da instituição que se Nesta Coleção, trabalhamos com a divisão
relacionam com esse tema, presente nos de “bairros populares” que consta em ba-
currículos escolares da educação básica. ses da PRODABEL, produzidas entre 2003
Além de disponibilizar alguns desses do- e 2004, que estabelece a existência de
cumentos nas próprias escolas, por meio quase 290 bairros na cidade. Essa, aliás,
da publicação, pretende-se instigar a é outra dificuldade do trabalho: a grande
curiosidade das comunidades escolares quantidade de bairros existente e a dis-
quanto ao seu acervo. crepância de informações disponíveis so-
Parte-se, aqui, dos princípios episte- bre eles. Para alguns, há documentação e
mológicos de que a história é permanente informações abundantes; para outros, so-
construção e a cidade é um espaço dinâ- bretudo os mais recentes, muito poucas.
mico. Portanto, pretende-se construir a Diante dessas dificuldades, optou-se
idéia de que a história dos bairros de Belo por fazer uma análise histórica de conjun-
Horizonte é processo contínuo de vivência tos de bairros, a partir das regionais atra-
e, também, de construção de conhecimen- vés das quais hoje se administra a cidade.
tos. Esse processo se dá na relação que os Assim sendo, esta Coleção será composta
sujeitos estabelecem com o espaço urba- de nove cadernos, cada um referente aos
no em determinado tempo, no cotidiano bairros de uma regional.
e nas esferas governamentais, e também Os cadernos são assim compostos:

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1.1. O que é viver na cidade?
1.2. Uma breve história de BH: ponto de partida para outras histórias
Seção 1: Os bairros na cidade 1.3. Vivência urbana e administração regional: regionais e bairros
1.4. Os bairros da Regional {X} de BH
1.5. OS BAIRROS DA REGIONAL {X}: BREVES INFORMAÇÕES

2.1. O que é o Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte?


2.2. Atividade 01
Seção 2: Histórias de bairros
2.3. Atividade 02
no APCBH: Atividades
2.4. Atividade 03
2.5. Atividade 04: caça-palavras.

Encarte 1: Linha do tempo: - Linha do tempo de Belo Horizonte


Belo Horizonte e Regional {X} - Linha do tempo da Regional {X}

- As regionais de Belo Horizonte


Encarte 2: Mapas: Belo - Divisão atual dos bairros populares da Regional {X}
Horizonte e Regional {X} - Bairros populares da Regional {X}
- Grupos de bairros do texto “Os bairros da Regional {X} de BH”

A seguir, encontram-se comentários acer-


ca das seções e subseções que compõem a
Coleção, explicitando os objetivos que cada
uma delas pretende atingir e sugerindo es-
tratégias didáticas de abordagem.

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Os textos que compõem esta seção pre- de Belo Horizonte em diversas temporalida-
tendem promover uma reflexão sobre o espa- des, buscando identificar o que se transfor-
ço urbano que parta do global para o local. mou e o que se manteve semelhante, tanto
em termos de paisagem quanto do uso pela
população. Além das que estão nos cadernos
O QUE E VIVER NA CIDADE da Coleção, o APCBH tem um bom acervo
de fotografias que pode ser pesquisado pelo
Esse texto curto tem como objetivo ge- professor e pelos alunos; daí, pode-se tirar a
ral levantar algumas questões sobre a cidade base para uma atividade sistematizada com
e o ambiente urbano. Seu tema central é a imagens da cidade.
cidade como um produto da ação humana.
Nessa direção, trata-se o urbano como um
ambiente historicamente produzido, a par- Uma breve historia de
tir de questionamentos sobre as razões para
sua origem e os diferentes tipos de cidades.
BH Ponto de partida
Problematiza-se, ainda, a construção da cida- para outras historias
de como um contínuo processo derivado da
ação de sujeitos diversos, marcado tanto por Esse é um texto-padrão para toda a Co-
permanências quanto por transformações. leção, que apresenta uma análise da trajetó-
A partir desse texto, o professor pode ria histórica de Belo Horizonte, apontando
propor reflexões que o permitam identificar aspectos marcantes para o desenvolvimen-
as concepções prévias dos alunos sobre cida- to do espaço urbano como um todo e para
de e, especialmente, sobre as especificida- a relação entre a trajetória da cidade e as
des da história de Belo Horizonte. Antes de de suas regiões. O seu objetivo não é apre-
prosseguir com a leitura dos textos, pode-se, sentar uma história exaustiva de Belo Hori-
por exemplo, buscar identificar se os alunos zonte, mas um panorama sobre os caminhos
reconhecem transformações e permanên- seguidos até aqui que permita aos alunos,
cias na cidade e quais são elas. Nesse caso, posteriormente, estabelecer relações entre
o professor pode propor uma atividade de o global – a cidade – e o local – os bairros
análise comparada de fotografias de lugares de cada regional.

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Nessa perspectiva, o texto destaca, so- texto, relacionando cada referência urbana
bretudo, como o crescimento da cidade ao retratada com a sua localização na cidade e
longo dos anos guardou as marcas de seu com a data das fotografias.
planejamento inicial, visto que: 1) a região Nessa seção, há também a imagem da
central conta com mais infra-estrutura e ser- “Planta Geral da Cidade de Minas”, que deve
viços do que as regiões periféricas; 2) a ocu- ser analisada juntamente com o texto escrito.
pação e a verticalização, como marcas de ur- Ali se podem identificar diversos elementos a
banização, também aconteceram no sentido que o texto faz menção, tais como: as áreas
centro/periferias. Destaca-se, ao final, a exis- urbana e suburbana (essa incluía os sítios); os
tência de um processo de descentralização, quarteirões quadrados e regulares da área
com a constituição de “centros regionais” urbana; algumas vias de acesso (como Ave-
diversos. Finalmente, são indicadas várias nida Afonso Pena e Avenida do Contorno);
questões que podem ser analisadas com os outras referências urbanas.
alunos, acerca dessa relação entre centraliza-
ção/descentralização na vida cotidiana e na
administração de Belo Horizonte. Ao longo Vivencia urbana e
do texto, são apontadas tanto permanências
quanto transformações urbanas, tomando-se
administracao municipal
como referência o planejamento original. regionais e bairros
Sugere-se, para o trabalho com os alu-
nos, que se examinem esses aspectos que Esse texto, dividido em quatro sub-
constituem os argumentos centrais do texto seções, tem como objetivo apresentar os
escrito sobre a história de Belo Horizonte, conceitos de bairro e regional, que se ar-
visto que eles poderão, depois, auxiliá-los na ticulam para dar sentido à Coleção. Aqui,
compreensão dos processos históricos dos apresentam-se as relações entre a ocupa-
bairros que irão estudar. Sugere-se, também, ção do espaço pela população, o processo
que as outras formas não textuais que com- de criação de identidades urbanas e sua re-
põem a seção – as imagens – sejam analisa- gionalização pela administração municipal
das em articulação com o texto escrito. Há (em bairros e regionais).
várias fotografias de espaços da cidade, que O bairro é apresentado, primeiramente,
são referências urbanas de tipos diferentes em sua dupla dimensão: por um lado, um lu-
em diversos tempos históricos. Durante a gar de vivências individuais e coletivas, um
leitura, pode-se, por exemplo, examinar as espaço com o qual os sujeitos desenvolvem
imagens relativas à década de que o texto relação de pertencimento e ao qual atribuem
trata; ou, ainda, pode-se propor uma leitura valores e afetos; por outro, uma região ad-
inicial das fotografias, antes da leitura do ministrativa da cidade. A seguir, trata-se do

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surgimento dos bairros em Belo Horizonte a tes entre eles. Nos cadernos destinados aos
partir do planejamento original da cidade em alunos, optamos por utilizar a designação
“seções urbanas e suburbanas”, em contra- popular “regional”, sem especificar que este
posição ao processo dinâmico e constante espaço é a circunscrição (área de atuação) de
de transformação desses espaços. Indicam- uma Secretaria de Administração Regional
se tanto a reorganização espacial dos bairros, Municipal. Se julgar necessário, o professor
que implica surgimento e desaparecimento pode fazê-lo em sala.
de alguns deles, quanto as contradições Sugere-se que esse texto seja analisado
cotidianas na identificação desses espaços cuidadosamente, a fim de que os alunos en-
pela população e pelo poder público. Nesse tendam que a Coleção Histórias de Bairros
contexto, são apresentados os conceitos de de Belo Horizonte é uma construção, feita
“bairro popular” e “bairro oficial”, a partir de a partir de critérios definidos, e que isso é
exemplos da regional tema do caderno. Faz- parte importante do sentido que foi dado à
se, aqui, para o professor, uma ressalva que temática nos textos subseqüentes. Sugere-
não está presente nos cadernos didáticos so- se, ainda, que a leitura desse texto seja feita
bre o uso desses conceitos: cada vez mais, juntamente com o exame do mapa de Belo
os chamados “bairros oficiais” têm sido iden- Horizonte com a divisão por regionais que
tificados pela Prefeitura como “bairros para consta do encarte “Mapas: Belo Horizonte
efeito cartorial”. Já os “bairros populares”, e Regional {X}”, no final do caderno. Nesse
que são aqueles cujos nomes a população caso, deve-se analisar o conjunto das regio-
usa mais no dia-a-dia, têm sido chamados nais, destacando-se a localização daquela
pela Prefeitura só de “bairros”. que é tema do caderno em estudo. É inte-
Apresenta-se também o conceito de “re- ressante, inclusive, fazer uma primeira análise
gional” no âmbito da administração munici- do mapa dos bairros da regional em estudo,
pal de BH, bem como a escolha desse crité- a fim de que, ao começar a leitura do texto
rio para organização da Coleção, a partir da seguinte, sobre “Os bairros da Regional {X}
impossibilidade de se reunir todos os bairros de BH”, os alunos já tenham uma idéia de
em uma mesma publicação. O conceito de conjunto e da localização deles na cidade.
regional é apresentado como uma “unida- Para ajudar na compreensão do fato de
de administrativa” territorialmente maior do que a Coleção é uma das construções possí-
que o bairro, criada pela Prefeitura como for- veis sobre a história dos bairros, sugere-se a
ma de facilitar a gestão da cidade e utilizado leitura comparada de dois mapas que cons-
nesta Coleção com intuito similar, que é tra- tam do encarte final do caderno. São dois
balhar a história dos bairros que se localizam mapas da regional tema do caderno: “Bairros
em uma mesma região da cidade, operando populares da Regional {X}”, que representa a
com as diferenças e as semelhanças existen- divisão de bairros que foi usada como base

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para a construção da Coleção (PRODABEL, Os bairros da
2003 e 2004), e “Divisão atual dos bairros po-
pulares da Regional {X}”, com uma divisão RegionaL x de BH
posterior, a qual é utilizada pela administra-
ção pública hoje. A leitura comparada e a Esse texto é específico para cada um dos
problematização desses mapas pode mos- cadernos e tem como tema a ocupação e o
trar aos alunos que os bairros são unidades desenvolvimento histórico dos bairros na re-
dinâmicas e sua identificação não é fixa no gional à qual o caderno se refere.
tempo, dependendo das transformações e Constitui-se em narrativa histórica, elabo-
das necessidades da cidade. rada pela equipe de produção da Coleção, a
Ao fazer a leitura desse texto sobre os fim de explicar a trajetória histórica de ocu-
conceitos de bairro e regional, o professor pação do território da regional a partir de:
pode fazer um primeiro exame do encarte identificação de bairros “nucleares” (núcleos
inicial do caderno, “Linha do tempo: Belo de ocupação inicial), suas ramificações e as di-
Horizonte e Regional {X}”. Sugere-se um ferentes formas de relação dos sujeitos com o
breve exame, solicitando aos alunos que espaço, ao longo da história da cidade.
identifiquem apenas quais são os tipos Para isso, cada texto partiu da identifica-
de fatos destacados em cada uma das li- ção de eixos espaciais e temporais de ocupa-
nhas do tempo e quais são as diferenças ção dos bairros na regional e de um problema
e semelhanças entre o que está destaca- histórico geral, que permeia toda a sua tra-
do para a cidade e o que está destacado jetória. Foi a reunião entre eixos e problema
para a regional. Por exemplo, nas linhas do que permitiu o agrupamento dos bairros nos
tempo das regionais, sempre há destaque textos, apresentando em cada subseção um
para a aprovação de bairros pela Prefei- conjunto de bairros com semelhanças históri-
tura, o que é importante para compreen- cas consideráveis.
der a construção desse espaço urbano. No Os eixos de ocupação sempre combinam
caso da linha do tempo da cidade, esse elementos espaciais e temporais. Por exem-
tipo de fato não aparece, visto que são plo, na Regional Leste, a linha de trem e o
destacados eventos que têm alcance so- Ribeirão Arrudas foram identificados como o
bre todas as regionais. Essa análise inicial principal eixo de ocupação, em torno do qual
tanto ajudará a instrumentalizar os alunos os bairros foram se constituindo ao longo dos
para o uso das linhas do tempo ao estudar tempos. Assim, as subseções do texto foram
os textos, quanto possibilitará uma melhor identificas a “paradas” do trem, uma em cada
compreensão dos conceitos discutidos na estação: “memória”, “solidariedade”, “cida-
seção “Vivência urbana e administração dania” e “resistência”, de acordo com o tipo
regional: regionais e bairros”. de vivência comunitária identificado ali.

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Já para a Regional Venda Nova, identifi- Em cada caderno, esse texto sobre os
cou-se um núcleo original de povoamento, bairros tem uma parte introdutória, que é um
mas, depois dele, não foi apontado um eixo convite para que os alunos embarquem na
espacial central de ocupação regular. Assim viagem histórica pelos bairros da regional. Aí,
sendo, o eixo central sobre o qual se cons- além de se apresentarem as subdivisões do
truiu a narrativa sobre os bairros de Venda texto subseqüente e os problemas centrais de
Nova foi temporal; o texto ficou dividido, cada uma delas, apresentam-se os nomes de
portanto, em “primeiro”, “segundo” e “ter- todos os bairros da regional, em negrito, de
ceiro” tempos: o do arraial, o da incorpora- acordo com o agrupamento realizado. Essa
ção a Belo Horizonte e o da modernização. pode ser mais uma chave de leitura para os
É importante ressaltar que a identifica- encartes (que contêm as “linhas do tempo”
ção de eixos de ocupação, temporais e es- e os “mapas”), bem como para as “fichas”
paciais, corresponde também à identificação sobre os bairros, apresentadas em uma seção
de algumas referências culturais históricas do caderno. A partir da primeira aparição do
de cada regional. Uma dessas referências foi nome dos bairros no texto, o professor pode
escolhida pela equipe para compor a identi- fazer com os alunos um exame dos encartes,
dade gráfica de cada caderno temático e sua identificando os bairros espacial e temporal-
representação pode ser observada no verso mente na dinâmica da regional.
da capa. Por exemplo, o elemento de identi- A seguir, o texto apresenta subseções
dade gráfica do caderno da Regional Centro- com a história dos bairros. Em cada uma delas,
Sul é o bonde. apresenta-se um conjunto de bairros para os
No que se refere aos problemas históricos quais se identificaram um eixo e um problema
que guiaram a construção da narrativa, buscou- histórico específicos na dinâmica de ocupação
se sistematizar uma questão que tenha sido do espaço ao longo dos anos. Ao fazer essa
marcante na história dos bairros, de maneira ge- subdivisão, a equipe autora da Coleção criou
ral. Por exemplo, no caso da Regional Barreiro, uma regionalização do mapa da regional, que
a questão central identificada foi o fato de que, está presente no encarte de mapas ao final do
embora a região sempre tenha se relacionado caderno. Sugere-se que a leitura do texto seja
com a cidade de Belo Horizonte, por vezes essa feita, sempre, tomando o mapa “Grupos de
relação se deu de forma bastante independente. bairros do texto ‘Os bairros da Regional {X}
Assim, se por um lado, sua população construiu de BH’”, que é a representação cartográfica
referências para si, distantes do centro urbano dessa nova regionalização. Ele apresenta as
da cidade; por outro, a região se envolveu com “manchas” correspondentes ao conjunto de
a dinâmica mais geral do município, integrando bairros de cada subseção do texto e pode per-
e sendo transformada pelo planejamento mais manecer aberto na lateral direita do caderno
geral da cidade. enquanto se procede à leitura. A leitura com-

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parada dos textos escrito e cartográfico tende
a facilitar a compreensão da lógica explicativa
criada para a história dos bairros da regional.
O texto sobre os bairros da regional apre-
senta, também, uma série de figuras (fotogra-
fias, mapas, plantas etc.) que representam re-
ferências urbanas ou aspectos históricos dos
bairros, em diferentes temporalidades. Essas
figuras não são meras ilustrações e foram sele-
cionadas para compor o texto, pois dialogam
com o conteúdo apresentado em linguagem
escrita. Muitas vezes, há destaques no texto
para as figuras relativas aos temas feitos com
grifos em nomes e palavras que representam
o que está sendo retratado nas imagens. Por
isso, é importante que o professor proponha
uma atividade de leitura específica dessas figu-
ras. Sugerem-se duas estratégias: 1) que essa os BAIRROS DA REGIONAL
atividade seja feita antes da leitura do texto
escrito, como forma de explorar o conteúdo X BREVES INFORMACOES
que nele será sistematizado e de identificar o
que os alunos conhecem sobre os bairros da Nessa parte do texto, apresentam-se fi-
regional; 2) que o professor peça aos alunos, chas com algumas informações sobre todos os
durante a leitura do texto, que identifiquem bairros da regional tema do caderno. Como foi
quais são as informações que se repetem em explicitado anteriormente, há uma discrepância
linguagem iconográfica. grande entre a quantidade e a qualidade de in-
Finalmente, seria interessante que a leitu- formações encontradas para diferentes bairros.
ra do texto seja feita também em comparação Para garantir que todos os bairros fossem
com os dados escolhidos para compor a linha contemplados na Coleção e que os alunos en-
do tempo da cidade e da regional. É possí- contrassem alguma informação específica sobre
vel identificar, por exemplo, a partir da análise o bairro em que moram, foram criadas fichas de
das aprovações dos bairros na linha do tempo identificação de bairros, com informações bási-
da regional, um dos critérios de agrupamento cas. Nem todas as fichas têm todos os campos
dos bairros no texto. Ou, a partir dos dados preenchidos, em função de lacunas de informa-
relativos às obras urbanas, identificar os eixos ção. O conjunto completo de campos contem-
espaciais de ocupação. plados pelas fichas é o seguinte:

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Em algumas fichas, há campos que não es-
NOME DO BAIRRO tão preenchidos; isso indica que não foi possí-
vel encontrar informações a eles referentes na
• ORIGEM DO NOME: documentação consultada na pesquisa reali-
Apresenta-se a origem precisa ou as possíveis origens
encontradas na pesquisa para o nome atribuído ao bairro hoje.
zada pelo APCBH. Sugere-se, nesse caso, que
• OUTROS NOMES: o professor proponha aos alunos que realizem
Apresentam-se vários dos nomes encontrados na pesquisa pesquisas sobre os campos em branco, visando
com referência ao bairro, oficiais ou não, pelos quais ele (ou
parte dele) foi ou é conhecido. a preenchê-los – o que é interessante, inclusive,
• ORIGEM DO BAIRRO: para que os alunos percebam que a escrita da
Apresentam-se informações acerca da ocupação inicial e da
fundação administrativa do bairro. história é processo constante.
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE: Sugere-se, também, que o professor esti-
Indica-se pelo menos um bem cultural ao qual hoje a
população do bairro atribui valor simbólico que lhe confere mule os alunos a fazer uma leitura cruzada das
identidade. Os bens indicados são todos lugares dos fichas de bairros com o texto “Os bairros da
bairros, mas são de diferentes tipos: córregos, rios, praças,
locais de celebração, escolas, hospitais, agremiações
Regional {X} de BH” e os encartes “Linha do
desportivas, ruas, avenidas etc. tempo: Belo Horizonte e Regional {X}” e “Ma-
• REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO:
Indica-se pelo menos um bem cultural ao qual a população
pas: Belo Horizonte e Regional {X}” buscando
do bairro atribuía valor simbólico que lhe conferia reunir o máximo possível de informações sobre
identidade. Em alguns casos, esses bens não existem mais; um determinado bairro – que pode ser o em
em outros, existem, mas não são mais referências culturais
para o bairro; em outros, ainda, continuam existindo e que ele mora, aquele no qual se localiza a es-
permanecem como referências. Como no item anterior, são cola ou algum selecionado para a realização da
indicados bens de diferentes tipos.
• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O atividade – e construir um texto específico sobre
BAIRRO: Apresenta-se uma ementa de documento do sua história. Esse tipo de atividade auxiliará na
APCBH que faz referência ao bairro, indicando, basicamente,
procedência, tema e data. Os documentos indicados são construção de diferentes competências de leitu-
de diferentes tipos: relatórios de prefeito, documentos das ra histórica pelos alunos. Para construir o texto,
secretarias municipais, matérias de revistas ou jornais (nesse
último caso, (clippings), mapas, fotos aéreas, fotografias
eles deverão operar com diferentes elementos
etc. A lista com as referências arquivísticas exatas desses de localização temporal e espacial, buscando
documentos, caso os leitores precisem delas, está tanto
no site do APCBH quanto no próprio Arquivo para ser
atribuir um sentido mais amplo a todas elas, a
consultada presencialmente. fim de criar uma explicação para a história de
seu bairro.

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O que e o Arquivo As três primeiras atividades têm um
duplo objetivo:
publico da Cidade 1) Problematizar alguns aspectos dos
bairros da regional, que se apresentaram de
de Belo Horizonte maneira destacada na análise da sua trajetória
Inicialmente, um texto curto apresenta histórica. Assim, foram abordadas temáticas
o que é o APCBH, instituição que produziu de diversas naturezas, tais como: questões
os cadernos e onde estão os documentos ambientais (canalização de córregos, manu-
que serão trabalhados nas atividades subse- tenção de áreas verdes etc.); direitos de cida-
qüentes: funções sociais, acervo, forma de dania (ações da coletividade para a melhoria
organização e funcionamento da consulta. A das condições de vida, questões de moradia,
leitura desse texto com os alunos tem uma desigualdade social etc.); práticas culturais
importante função no processo de educação (celebrações, práticas de lazer etc.).
patrimonial nas escolas, visto que não ape- 2) Promover a construção de competências
nas apresenta uma instituição de memória e cognitivas ligadas à leitura e à interpretação
patrimônio da cidade, como mostra a eles as de documentos como fontes históricas, bem
possibilidades de acesso que a população como a articulação das informações extraídas
tem a esses documentos e informações. dos documentos em uma explicação coerente
para pequenas questões.
Muitas dessas atividades têm temáticas
ATIVIDADES e abordagens interdisciplinares, embora ape-
Nessa parte, apresenta-se um conjunto de nas em algumas delas isso tenha sido feito de
três atividades didáticas, sobre temáticas pre- forma explícita, indicando que o aluno dia-
sentes na história dos bairros da regional tema logue com professores de outras disciplinas
do caderno, a partir de documentos de diferen- escolares além da História. Sugere-se que, na
tes tipos que compõem o acervo do APCBH. medida do possível, os professores busquem
Além disso, há um caça-palavras elaborado a concretizar as práticas interdisciplinares na re-
partir de algumas definições e/ou informações alização das atividades.
históricas sobre referências culturais urbanas Assim, a partir de temas ligados à história
presentes nos bairros da regional. dos bairros da regional, foram criadas ativida-

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des de problematização histórica com a leitu-
ra de documentos do APCBH. Para isso, cada
atividade conta com um texto introdutório so-
bre a questão que será ali tratada e, a seguir,
subseções correspondentes aos tipos docu- Relatórios de prefeitos
mentais que foram contemplados na pesquisa
da equipe do APCBH sobre os bairros. Nessas
subseções, os documentos (ou trechos deles)
estão reproduzidos, às vezes por meio de foto-
grafias do original.
Além da reprodução, há questões que Artigos de periódicos (revistas e jornais)
pretendem levar os alunos a interrogar os
documentos e o sentido histórico que eles
têm na dinâmica de constituição dos bairros.
As atividades relativas a cada documento
dialogam com sua forma, sua linguagem e
seu conteúdo histórico, propondo tanto a Fotografias (inclusive fotos aéreas)
interpretação literal do conteúdo textual,
quanto o estabelecimento de relações entre
elas e as demais seções do caderno (o texto
sobre a cidade e os bairros, os encartes de
linhas do tempo e mapas etc.).
Cada subseção pode ser identificada por Jornal do Ônibus
uma vinheta gráfica, composta por um ícone
e um título que indica o tipo de documento
que será analisado. Essas vinhetas, embora se
repitam ao longo de toda a Coleção, não são
fixas; foram inseridas de acordo com os docu-
mentos selecionados para as atividades. As vi- Mapas e demais representações cartográficas
nhetas encontradas ao longo da Coleção são: (plantas etc.)

15
Ao final de cada subseção, há uma outra
Trabalhos monográficos vinheta que indica questões “Para discutir
em sala”, que pretendem aproximar as re-
flexões sobre a temática do documento da
vivência dos alunos.
Sugere-se que as atividades sejam reali-
zadas na íntegra, a fim de que os alunos con-
Documentos provenientes de fundos de sigam observar a existência de uma mesma
órgãos do poder executivo, especialmente das questão histórica em diferentes temporali-
secretarias da administração pública (relatórios, dades nos bairros em estudo. Isso será pos-
cartas, ofícios etc.) sível porque cada subseção trata de um tipo
documental e aborda um recorte temporal
específico. Caso não se consiga inserir to-
das as atividades no planejamento didático
da escola, sugere-se que ao menos uma das
atividades seja realizada na íntegra, a fim de
Livros de memórias sobre os bairros que os alunos experimentem realizar a com-
paração documental.
Sugere-se, ainda, que o professor proponha
A CIDADE a o cruzamento das atividades de leitura docu-
DA MEMÓRIA mental com os dados dos “mapas” e das “linhas
do tempo”. Em alguns momentos, as próprias
Documentos relativos à preservação do patri- atividades remetem a esses encartes, mas é in-
mônio (inventários, registros documentais etc.) teressante estimular os alunos a fazer isto com
mais freqüência.
Quanto aos Caça-Palavras, uma recomen-
A cidade legal dação importante: não deixem seus alunos re-
solverem-nos nos cadernos das regionais. Pro-
videnciem fotocópia ou impressão da atividade
Legislação (leis e decretos municipais, (disponível no site da Prefeitura) para cada aluno,
projetos de lei etc.) pois os cadernos não são consumíveis.

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Linhas do tempo Nesse encarte, são apresentadas duas li-
nhas do tempo: uma referente a Belo Horizonte
Belo Horizonte (padrão para todos os cadernos da Coleção) e
uma relativa à regional de que trata o caderno.
e Regional A linha do tempo de Belo Horizonte apresen-
tada na Coleção difere das apresentadas con-
Uma linha do tempo é uma seleção de vencionalmente. Nas cronologias mais tradicio-
fatos relacionados a uma temática específica nais, observa-se a presença de fatos relativos a
e ordenados linearmente em uma reta que uma visão mais consensual sobre nossa cidade
representa, graficamente, a dimensão de su- e sobre o que seriam seus grandes marcos, for-
cessão cronológica. Pode ser usada como madores de sua identidade oficial e, portanto,
instrumento didático de leitura de fenôme- unívoca. No caso da Coleção, os parâmetros
nos e processos históricos, pois propicia aos que orientaram a escolha dos eventos estão
alunos a construção das seguintes noções: relacionados aos diversos movimentos que se
1) Das dimensões de sucessão (com a conectam às transformações dos bairros.
observação de fatos em seqüência), simul- As linhas do tempo das regionais têm a
taneidade (com a observação de fatos que função de apresentar, de forma sintética, os
ocorrem ao mesmo tempo, numa mesma li- grandes movimentos e transformações dos
nha do tempo ou em leitura comparada de bairros componentes das regionais. Por isso,
duas linhas) e duração (o princípio e o fim da os eventos selecionados para sua composi-
representação gráfica) do tempo histórico; ção relacionam-se, principalmente, à criação,
2) De processo histórico, a partir da análi- à ocupação inicial ou a maiores mudanças por
se do conjunto de fatos considerados impor- que passaram os bairros. É comum, portanto,
tantes para a compreensão do fenômeno em encontrar nelas a inscrição de eventos como:
estudo, numa dada duração temporal; bairros instituídos por aprovação oficial de lo-
3) De escalas dos fenômenos, a partir da teamento; eventos específicos que marcam o
análise de fenômenos em âmbito global (a ci- início da ocupação dos bairros (inauguração de
dade ou a regional), comparados com fenô- conjuntos residenciais, hospitais ou outras ins-
menos em escala local (a regional ou o bairro, tituições); construção ou inauguração de gran-
dependendo do termo de comparação). des vias de acesso.

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Como nas linhas do tempo aparecem 1) “As regionais de Belo Horizonte”:
apenas eventos datados de maneira precisa, mapa que representa a divisão da cidade em
pela natureza mesma do instrumento (uma nove regionais.
reta na qual se marcam eventos), sugerimos 2) “Divisão atual dos bairros populares
que, na medida do possível, os fatos sejam da Regional {X}”: mapa com a representação
analisados uns em relação aos outros. Isso da divisão dos bairros da regional atualmente
pode evitar que a linha do tempo se torne adotada pela administração municipal.
uma representação de fatos isolados, sem 3) “Bairros populares da Regional {X}”:
conexão entre eles. mapa com a representação dos bairros da re-
Ao longo deste manual, foram feitas al- gional a que se refere o caderno, com base na
gumas sugestões de uso das linhas do tem- divisão que serviu de referência para a elabo-
po, em relação com outros textos que com- ração do conteúdo da Coleção.
põem os cadernos das regionais. Além disso, 4) “Grupos de bairros do texto ‘Os bair-
sugerimos que o professor instrua seus alu- ros da Regional {X} de BH”: mapas elabora-
nos para: 1) fazerem uma leitura comparada dos especialmente para esta Coleção; repre-
das duas linhas do tempo do encarte, a fim sentam a regionalização utilizada nos textos
de analisarem os eventos nas escalas local sobre os bairros de cada regional da cidade.
e global e de construírem as noções de su- Ao longo deste manual, foram feitas al-
cessão, simultaneidade e duração do tem- gumas sugestões de uso dos mapas, em rela-
po histórico; 2) recorrerem à linha do tempo ção com outros textos que compõem os ca-
sempre que sentirem necessidade de se lo- dernos das regionais. Além disso, sugerimos
calizarem no tempo de construção dos bair- que o professor instrua seus alunos para: 1)
ros da cidade; 3) identificarem outros even- observarem os mapas a partir dos instrumen-
tos que poderiam compor as duas linhas do tos de orientação e de representação que o
tempo, a partir dos propósitos com que elas compõem: rosa dos ventos, escalas, legendas
foram elaboradas. etc.; 2) fazerem uma leitura comparada de to-
dos os mapas, a fim de analisarem os even-
tos nas escalas local e global; 3) recorrerem
Mapas Belo Horizonte aos mapas sempre que sentirem necessidade
de se localizarem no espaço para compreen-
e Regional derem a dinâmica de construção dos bairros
da cidade; 4) identificarem outros eventos
Esse encarte é composto de um conjunto que poderiam compor os mapas, a partir dos
de mapas, que são representações cartográficas propósitos com que eles foram elaborados;
dos fenômenos tratados ao longo dos cadernos 5) criarem roteiros de passeio ou de estudo
da Coleção. Os mapas que o compõem são: pela cidade de Belo Horizonte.

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REFERÊNCIAS DE PESQUISA Equipe técnica

Teoria, metodologia e ensino de História Coordenação


Cintia Aparecida Chagas Arreguy
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fun- Raphael Rajão Ribeiro
damentos e métodos. São Paulo: Cortês, 2004. 408 p. (Coleção
Docência em Formação. Série Ensino Fundamental). Textos
Miriam Hermeto de Sá Motta
BOSCHI, Caio César. Por que estudar história? São Paulo: Ática,
2007. 72 p. Consultoria – educação patrimonial e ensino de história
Miriam Hermeto de Sá Motta
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: História. Brasília, Padronização de citações e de referências
1998. 108 p. Alessandra Pires Fonseca
Isabela Santos Costa (Estagiária)
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: História/Geogra-
Produção Executiva
fia. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. 166 p.
Leandro Araújo Nunes
Maria Helena Batista
PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Fontes históricas. São Paulo: Con-
Meire Márcia Rodrigues
texto, 2006. 302 p.

Cidade e história urbana Projeto Gráfico


Greco Design
MAGNANI, José Guilherme Cantor. “Quando o campo é a cidade:
fazendo antropologia na metrópole”. In: MAGNANI, José Guilher- Ilustração
me Cantor; TORRES, Lillian de Lucca (org.). Na metrópole: textos Bruno Nunes
de antropologia urbana. São Paulo: EDUSP/FAPESP, 1996.
Revisão
RAMINELLI, Ronald. “História urbana”. In: CARDOSO, Ciro Flama- Raquel Sant’Anna Murta
rion; VAINFAS, Ronaldo. Domínios da história: ensaios de teoria e
metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997. p. 185-202. Agradecimentos
Agradecemos a Ivana Parrela, primeira coordenadora do projeto
RYKWERT, Joseph. A sedução do lugar: a história e o futuro da História dos Bairros, e a todos os pesquisadores, estagiários e fun-
cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2004. cionários que trabalharam nesse projeto durante os quase dez anos
de sua existência no Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte.
História de Belo Horizonte

BARRETO, Abílio. Belo Horizonte: memória histórica e descritiva:


história antiga e história média. Belo Horizonte: Fundação João
Pinheiro, Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1995. 2 v.

OMNIBUS: uma história dos transportes coletivos em Belo Hori-


zonte. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estu-
dos Históricos e Culturais, 1996. 380 p.

UFMG. Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional


– Cedeplar. Projeto PBH Séc. XXI – Relatório final. Disponibiliza
arquivos de pesquisas e estudos sobre Belo Horizonte. Disponível
em: <http://www.cedeplar.ufmg.br/pesquisas/projeto_pbh_sec._
xxi.php>. Acesso em: 03 out. 2008.

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COLEÇÃO HISTÓRIAS DE BAIRROS
DE BELO HORIZONTE

- REGIONAL BARREIRO
- REGIONAL CENTRO-SUL
- REGIONAL LESTE
- REGIONAL NORDESTE
- REGIONAL NOROESTE
- REGIONAL NORTE
- REGIONAL OESTE
- REGIONAL PAMPULHA
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