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19 anos
ajudando
quem constrói
e reforma

nº1 Atualizado
e revisado

Sem desperdícios Método construtivo Xô, umidade


Os itens que economizam Conheça as vantagens Tudo sobre
e agilizam a construção de cada sistema impermeabilizantes
Tipos de fundações Dicas para comprar Plantas e perspectivas
Garanta a correta Aço, cimento, concreto, Entenda detalhadamente
sustentação da sua casa blocos, tijolos e madeira as plantas baixas

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IMPORTANTE: A proposta de projeto deve ser entendida como uma colaboração da ArcelorMittal, não representando nenhuma responsabilidade técnica. São necessárias análise e verificação por parte de profissional especializado, que também deverá
acompanhar a correta execução da obra. Os quantitativos dos materiais estão de acordo com a proposta de projeto apresentada. É importante que o executor da obra faça a verificação desses quantitativos em função do seu procedimento executivo.
editorial

Há 19 anos, o Guia Construção do Começo ao Fim é referência para todos aqueles que pre-
tendem construir a tão sonhada casa. Remodelado, o manual traz conteúdo explicativo e deta-
lhado em um novo projeto gráfico que valoriza a leitura agradável.

Profissionais e empresas do setor foram consultados para elaboração do guia em que se encon-
tram passo a passo todas as etapas da construção até os acabamentos finais. Serão três edições
ao longo do ano. Em suas mãos, a primeira abrange as fases iniciais para planejar tudo ade-
quadamente e executar a obra com perfeição.

A cada capítulo com fotos e gráficos ilustrativos, o sonho vai saindo do papel, por meio de
dicas e alertas importantes desde a compra do terreno, os tipos de financiamento, como con-
tratar os profissionais que serão os responsáveis pela construção, materiais básicos, estrutura,
fundação, impermeabilização e muito mais.

Boa leitura e sucesso na obra!

3
Redação Janaína Silva
Publicidade Kilma Lima
Administrativo Natália Seemann
Assinaturas, Atendimento ao Leitor e Revenda Danielle França

Colaboradores Alexandra Iarussi, Amanda Agutuli, Amanda Costa, Ana Luísa Lage, Andressa Trindade, Bea-
triz Schadeck, Camilla, Chevitarese, Camila Toledo, Carolina Pera, Claudia Dino, Cristina Tavelin, Deise Vieira,
Janaína Silva, Juliana Duarte, Lucie Ferreira, Marcos Guaraldo, Paula Andrade, Rafaela Rebouças, Renata Pu-
tinatti, Roberta Benzati, Suzana Mattos, Vanessa Barcellini e Vanessa Sarzedas (Textos); AC Design, Chris Bor-
ges (Ilustrações), Alessandro Guimarães, Antônio Di Ciommo, Bruno Carvalho, Carlos Edler, Chico Lima, ,
Edson Ferreira, Eduardo Liotti, Evelyn Müller, Fran Parente, Gimenez, Gui Morelli, Gustavo Xavier, Hamilton
Penna, J.Vilhora, Leonardo Farchi, Marcelo Negromonte, MCA Estúdio, Patrícia Cardoso, Rafael Coelho, Ri-
cardo Bassetti, Sérgio Jorge, Tarso Figueira e Tatiana Villa (Fotos)

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Distribuição Dinap SA

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Diretores
Luiz Fernando Cyrillo
Renato Sawaia Sáfadi

Construcão do Começo ao Fim, ISSN 1547-042X, registrada no 1º RTD sob o nº 2109.300 é uma publi-
cação da CasaDois Editora, CNPJ 00.935.104/0001-98. Ninguém está autorizado a representar o
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índice

planejamento
Inspirações para o projeto 8

terreno
Dicas para escolher o melhor lote 12

financiamento
Confira opções de crédito e o consórcio imobiliário 16

mão de obra
Funções de cada profissional 18
Equipamentos essenciais para garantir a segurança 20

documentação
Contrato 22
Como aprovar o projeto 24
projeto
Plantas e perspectivas 26
Medidas recomendadas para os ambientes 34
Construções acessíveis 36

materiais
Dicas para uma boa compra 38
Madeira 40
Aço, cimento e concreto 44
Blocos e tijolos 48

preparativos iniciais
Canteiro da obra 52
Sondagem 54
Terraplanagem 56
Gabarito e piquetagem 60

impermeabilização
Deixe a casa longe da umidade 62

estrutura
Fundação 68
Métodos construtivos 74
Levantando paredes 78 Contatos 82

6
7
PLANEJAMENTO

Pontapé inicial
PARA COMEÇAR QUALQUER PROJETO DE CONSTRUÇÃO, A PALAVRA-CHAVE É PLANEJAR.
ESTUDE, ANALISE E ANOTE AS PRINCIPAIS IDEIAS

J possível”, comenta o arquiteto Paulo Gas-

# ]@
par, de Valinhos, SP. TIC-TAC
Outra preocupação necessária é O cronograma é fundamental
conhecer as regras da prefeitura local. para garantir que todas as etapas
Vale pesquisar os recuos mínimos, as late- da obra estejam dentro do espera-

"
do (e que os gastos caibam no seu
o

rais, os fundos, a altura máxima, o códi-


M

go de edificações, a lei de zoneamento bolso também).


do município, bem como o código de De acordo com Gaspar, para a
posturas e as possíveis áreas de prote- tarefa ser bem-sucedida, é preciso cui-
ção ambiental. dado na hora de escolher um profis-
Quem já construiu ou sonha com o Importante: não esqueça de uma pala- sional. “Além de capacitado, o rela-
refúgio ideal sabe: não há lugar nem vrinha mágica – confiança. “Relaciona- cionamento do profissional com o
horário para imaginar como será a casa. mento é feito com confiança e dedica- cliente precisa estar em sintonia para
Pensamentos e ideias vêm à tona a qual- ção. Quando buscar um profissional, pro- que tudo saia como o planejado”,
quer hora do dia e, claro, devem ser cure alguém que conheca o trabalho. O recomenda. Logo em seguida, a dica
levados em conta (anote tudo sempre!). sucesso do empreendimento está na é estudar o cronograma proposto. “O
Isso vale para todas as etapas, faz parte mão do arquiteto”, aconselha Gaspar. bom projeto é aquele que atinge as
do tão famoso planejamento. Ele deve expectativas do cliente, dentro do
começar logo na compra do terreno, ORÇAMENTO orçamento. O resultado tem que agra-
pois é fundamental verificar insolação, “Quanto maior a experiência do pro- dar a todos.”
entorno, vizinhança, solo, infraestrutura fissional, menor a chance de algum tipo Mas se as horas começarem a
e segurança. O próximo passo é con- de problema e gastos inesperados”, aler- passar depressa e a construção não
tratar um arquiteto ou engenheiro de ta Gaspar. Na opinião dele, é preciso se for entregue na data estipulada, não
confiança e com boas referências no organizar e contratar um bom profissio- precisa ficar desesperado, pois é
mercado. “Ele poderá orientá-lo em todas nal, para não aumentar os gastos no uma situação normal. No entanto,
as fases, que englobam análise da situa- decorrer da obra. “Todos os gastos serão é imprescindível questionar os moti-
ção, perspectivas, objetivos, estratégia, verificados com o arquiteto antes da obra vos dos atrasos para que esses dias
plano de ação, execução, programação se iniciar”, afirma. Além disso, é impor- não se transformem em meses. “É
e controles físico e financeiro”, comenta tante certificar-se de que todas as fases muito importante respeitar os pra-
o designer de interiores Leonardo de da obra estão inclusas no orçamento, zos, pois cada cliente possui a sua
Magalhães Pinto, do Rio de Janeiro, RJ. como muros, rampas, calçada, ligações realidade e o seu cronograma.”
Segundo ele, é importante visitar obras de água e energia elétrica, caçambas, Papel e caneta em mãos, hora
finalizadas para conhecer o trabalho do remoções de entulho, frete, taxas para de anotar as principais etapas:
profissional. Em muitos casos, é melhor aprovações, cópias de plantas, ISS e INSS
contratá-lo antes mesmo da compra do a ser recolhido e exigido na época do 1 Determine quais funções terá
terreno, pois ele também poderá auxi- Habite-se e do averbamento da casa na cada profissional;
liar nessa etapa. escritura do terreno, entre outros. 2 Faça uma lista dos materiais
A partir das primeiras reuniões e con- que deverão ser utilizados;
versas sobre a futura casa, as priorida- FACHADA 3 Ordene a compra;
des começam a ser definidas. “O primeiro Ela é o destaque da casa, dá as boas- 4 Verifique os prazos e as datas
passo é planejar a implantação da casa vindas e traduz os conceitos do projeto. de entrega para não haver sur-
no terreno. Imaginar a casa, os espaços A fachada comprova aquela velha his- presas;
que serão ocupados e como tudo será tória de que a primeira impressão é, defi- 5 Encontre um local seguro para
estruturado no terreno. Depois, a preo- nitivamente, a que fica. Vale contemplar armazenar os itens que já foram
cupação é com a parte interna. Tudo diferentes opções e escolher aquela que comprados.
tem de funcionar da melhor maneira combina com os seus sonhos.

8
ARQUITETURA
De uma forma sintética poderíamos
exemplificar a história da arquitetura des-
de 3100 a.C, com as estruturas Neolíti-
cas ou, logo após, com as Pirâmides de
Gizé, no Egito, mas esse não é o objeti-
vo deste manual.
Vamos pincelar apenas um pequeno
período de tempo. Por exemplo, da Ida-
de Moderna (1300 d.C. a 1750 d.C.),
pegamos um pouco do Renascentismo
e do Barroco e, depois, já da Idade Con-
temporânea, o Neoclássico, o Moder-
nismo e o Pós-modernismo. Com esses
ingredientes temos o que mais se pratica
e/ou praticou no Brasil.

Colonial brasileiro
Este estilo, muitas vezes chamado de
“casa de fazenda”, é encontrado em todo
o território nacional, ora com influências
originais portuguesas e muito do Barroco,
ora com pitadas do Rococó francês.

Modernismo Um pouco colonial, um


Um estilo que chegou ao Brasil nos
anos de 1920 e aqui foi muito bem rece-
pouco rústica e moderna
bido e adaptado, por uma geração que,
posteriormente, transformou-se no hall
dos grandes mestres que fizeram a dife-
rença na história da nossa arquitetura.

Pós-moderno
Há uma preocupação no traço moder-
nista porém com a necessidade de serem
mais calorosos, funcionais e humaniza-
dos em relação à complexidade para qual
a vida urbana evoluiu.

Outro “estilo” muito usado no Brasil é


o nomeado Rústico, porém podemos
encontrar obras modernas rústicas, pós-
modernas rústicas, tropicais rústicas, rús-
ticas alpinas e assim vai. Portanto, não
se trata de um estilo arquitetônico e sim
uma adaptação, pelo uso de acaba-
mentos que levam um pouco do toque
natural nos materiais empregados, sejam
eles requintados ou não.
Também vamos encontrar no Brasil
outros estilos: Gótico; Futurista; Toscano;
Art Déco; Vitoriano; Neo-clássico; Bruta-
lista etc, mas, como dissemos no início,
nosso papel não é disseminar sobre a his-
tória da arquitetura e muito menos qua- Rústica, rústica e mais
lificá-la. Esta página é apenas uma intro-
dução para que se lembre de pesquisar
um pouco rústica
fachadas e, com isso, fazer sua escolha.

9
Uma verdadeira obra
modernista brasileira

Casa de campo
pós-modernista

10
A SUA CARA
Rústica, moderna O estilo da sua casa, antes de mais
ou ambas? nada, deve ser o seu. Aquele que lhe
traz aconchego no dia a dia e, ao mes-
mo tempo, orgulho ao receber amigos
e familiares.
Em todas as edições da revista Construir, confira casas
incríveis na praia, campo e cidade para inspirar o seu
projeto dos sonhos. Além disso, a Construir traz re-
portagens sobre acabamentos, decoração, reforma,
novidades no segmento e muito mais...

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A arquitetura clássica americana


que já possui muitos adeptos no Brasil

11
TERRENO

Comece com
o pé direito
A ESCOLHA DO TERRENO E O INÍCIO DA CONSTRUÇÃO PRECISAM
DE ATENÇÃO ESPECIAL PARA GARANTIR UMA MORADA IMPECÁVEL

Para tornar os sonhos realidade e ini- não com uma bela vista", ressalta a
ciar a obra com o pé direito, o primeiro arquiteta Patrícia Aguiar, de São Paulo,
passo é adquirir o terreno adequado. É SP. Segundo a profissional, o arquiteto
importante ressaltar que a tarefa exige reconhece imediatamente o potencial
muito cuidado e atenção para evitar pro- dos terrenos, identificando os lotes que
blemas, pois por trás daquele lote com permitam a forma mais rápida e barata
preço acessível e vistas deslumbrantes de construir.
podem estar pessoas de péssima con- De acordo com o arquiteto Rogério
duta que desejam repassar um terreno Makssur Ajub, de Pouso Alegre, MG, ao
sem documentação ou com irregulari- comprar um terreno é essencial confir-
dades, por exemplo. mar a legalidade em um Cartório de
Antes mesmo de pensar em comprar, Registro de Imóveis. Em seguida, deve-
é importante contratar um arquiteto ou se levar em conta a disposição do lote
engenheiro, independentemente de o na quadra, pois os de esquina, por exem-
terreno ser em um bairro ou condomí- plo, são mais valorizados, já que pos-
nio, pois os profissionais analisarão suas suem duas fachadas, melhor ventilação
características e dirão se é ideal ou não e iluminação natural. "Outra dica é ana-
para o tipo de construção solicitada. lisar sua localização na cidade, se está
“O terreno é o maior fator que pode- próximo de supermercados, pontos de
rá limitar a realização de um projeto. ônibus e metrô e bancos. Vale se infor-
Ele traz características particulares como mar também, junto ao Código de Obras,
insolação, formato, ventos, restrições a questão da disponibilidade da área per-
de legislação, topografia e se conta ou mitida para a construção", diz Ajub.

DOCUMENTAÇÃO
Ao finalizar a compra, não esqueça de solicitar ao vendedor e proprietário
alguns documentos importantes como:
1 Certidão negativa de débito de Imposto Territorial Urbano (IPTU);
2 Certidão Vinterária que contém o histórico dos 20 anos e informações
de vendas anteriores, penhora ou hipoteca;
3 Certidão dos Distribuidores Forenses (Cíveis, Fiscais e Justiça Federal);
4 Certidão de Ônus Enfitêuticos;
5 Certidão de Ônus Reais do Registro de Imóveis;
6 Cópia da Escritura Pública e Registro de Imóveis;
7 Certidão do Registro Geral de Imóveis (RGI);
8 Averbação das obras existentes no terreno.

12
SOLO ao projeto. Mas, se o proprietário dispor
É um elemento que deve ser obser- de uma área plana e decidir por uma
vado com atenção, pois cada terreno construção em níveis, irá gastar com a
tem suas características geológicas e é movimentação de terra e estrutura.
formado por mais de um tipo de solo.
Por isso, é fundamental contratar uma ÁGUA, LUZ E ESGOTO
empresa para realizar a sondagem do É preciso verificar se o local conta com
local. Dessa maneira, é possível que o estrutura para a ligação de água, luz e
engenheiro especializado em cálculo rede pública de esgoto. A infraestrutura
estrutural especifique as fundações mais deve ser executada durante a obra de
indicadas para o seu projeto. acordo com o projeto executivo e a liga-
ção de água e luz deve ser solicitada à
INSOLAÇÃO concessionária de sua cidade.
É um fator muito importante e deve
ser analisado cuidadosamente antes de TERRENOS EM CONDOMÍNIOS
realizar a compra, independentemente Morar em locais com segurança pró-
de o lote ser em local aberto ou em con- pria é sinônimo de tranquilidade. No
domínio. Afinal, a boa luminosidade e o entanto, algumas regras são diferentes.
conforto térmico garantem o aconche- Nos condomínios, as vias são particula-
go e valorizam (e muito!) o imóvel. Assim, res e de responsabilidade dos morado-
a dica é identificar em qual lado está o res. Nos loteamentos fechados, são públi-
norte magnético. cas e os reparos dependem de uma con-
cessão firmada entre a prefeitura e a
TOPOGRAFIA Associação dos Proprietários. Outro item
É um dos itens que mais influencia- que merece atenção diz respeito ao aces-
rão o formato e os custos do projeto. so de visitantes. Nos condomínios é
Existem três opções: plano, em aclive ou necessário se identificar e ser autorizado
em declive. Se a pessoa não quer uma pelos proprietários, enquanto nos lotea-
casa com diversos níveis e patamares, o mentos a entrada é liberada. Os condo-
mais indicado é adquirir um lote plano. mínios possuem legislação própria quan-
Os acidentados permitem uma constru- to ao padrão e ao tipo de edificações.
ção com mais vista e arquitetura em Em loteamentos, geralmente não há re-
níveis. Para quem deseja um projeto com gras específicas. Porém, quando existem,
área de lazer ampla, a melhor opção é o projeto deve ser aprovado na associa-
um terreno plano e extenso. ção de proprietários (se houver) e depois
Construir sem seguir as características na prefeitura.
topográficas do local gera maior custo
DICAS PARA UM BOM NEGÓCIO
1. Verifique se o condomínio, o
loteamento e o terreno estão legali-
TERRENO EM ACLIVE zados na prefeitura. Peça a matrícula
no Cartório de Registros de Imóveis
da Comarca. Eles também precisam
de licença ambiental.

2. Certifique-se de que o empreendi-


mento está finalizado, com as devi-
das instalações de água, luz e esgoto.
TERRENO PLANO

3. Taxas como as do Imposto Territo-


rial Urbano (IPTU) devem estar em
dia. Solicite também certidões negati-
vas das taxas de condomínio. No
caso de loteamentos fechados, é pre-
TERRENO EM DECLIVE ciso averiguar se não há pendências
com a Associação dos Proprietários.

4. Outro documento de extrema


importância é o termo de vistoria e
entrega das obras, conhecido como
Habite-se.

13
TERRENO
CONTRATO
Grande parte dos empreendimentos
possui um contrato padrão, no qual
FIQUE ATENTO! estão especificados itens como a legisla-
Mesmo que você tenha encontrado ção do local e a metragem mínima de
o terreno perfeito, não feche negó- área construída. Alguns condomínios
cio antes de questionar alguns pon- definem também se as casas deverão ter
tos junto à prefeitura. a mesma fachada, o que impossibilita
reformas. Para evitar problemas e dores
1. Que tipo de construção pode de cabeça, leia atentamente cada cláu-
ser feita? sula. As dúvidas podem ser sanadas com
2. Quantos pavimentos podem
empreendedores ou advogados.
ser construídos?
3. Qual a porcentagem de ocupa-
ção do terreno? COMPRA DE TERRENO NO LITORAL
4. A área é de reserva ambiental? Se faz parte dos seus sonhos adquirir
5. Está embargada pela defesa um imóvel na praia, é preciso estar aten-
civil? to a alguns itens. O primeiro passo é veri-
6. Está em processo de desapro- ficar se o lote está legalizado e quais são
priação? as características e infraestrutura da área.
7. Se o terreno for de loteamento, É importante visitar o local, somente lá
procure saber se foi aprovado na é possível verificar insolação, vizinhança
prefeitura e se não há pendências e as reais condições do terreno. Outro
como de infraestrutura. ponto fundamental é contar com o
8. Verifique se está registrado acompanhamento de um arquiteto ou
no nome de quem está vendendo.
engenheiro durante a visita. Ele irá ava- MURO
Caso não esteja, precisará solicitar
escrituras anteriores e, provavel- liar se o lote possui as dimensões míni- Assim como as demais etapas da obra,
mente, terá de pagar uma taxa mas para a construção da casa, o tipo a construção deve ser bem planejada e
para regularizar a situação. do solo e o nível do lençol freático. estar de acordo com o código de obras
9. Se o solo estiver coberto de Não esqueça de consultar na prefei- de cada município, que determina fato-
mato, solicite ao vendedor o corte tura da cidade se o terreno pode ser res como as alturas mínimas e máximas,
para melhor avaliação das caracte- comercializado. Deve-se confirmar o que por exemplo. Devem ser analisados ain-
rísticas da área. está especificado na escritura e, se estiver da pontos importantes para que os pro-
10. Por último, averigue se o ter- situado em loteamento ou condomínio, blemas decorrentes de uma má execu-
reno apresenta demarcações bem não esqueça de perguntar a data exata ção não acarretem em brigas com a vizi-
definidas em campo, pois após a da entrega de toda a infraestrutura. nhança. O primeiro passo é certificar-se,
compra receberá uma planta com Antes de fechar negócio, consulte o pela escritura, quais são as dimensões
medidas e ângulos assinada pelo código de obras municipal, o plano do terreno para que seja construído den-
responsável técnico que efetuou o
diretor do município e os órgãos locais tro dos limites do seu lote. Procure tam-
levantamento topográfico.
Atenção: Depois de examinadas ligados ao meio ambiente. Se a resi- bém levantar o muro na mesma altura
todas as respostas e ter a documen- dência estiver de frente para a praia, do construído aos lados a fim de criar
tação em dia, o próximo passo é a verifique a distância da edificação do uma elegância estética, evitar aquelas
contratação de um advogado para ponto atingido pela maré alta. Veja tam- faixas acima do seu ou causar discussão
redigir o contrato de Compromisso bém se o Código Florestal, que é fede- com os vizinhos.
de Compra e Venda de Imóvel apre- ral, impõe alguma restrição para a cons- Lembre-se que cada lado do muro é
sentando tudo o que foi decidido trução no terreno e se o imóvel é con- responsabilidade do respectivo proprie-
entre as partes envolvidas. Verifique siderado patrimônio da União, pois mui- tário, sendo que cada um deve arcar com
atentamente se o valor, a forma de tas áreas da orla marítima se enqua- a manutenção. Por isso, é indicado que
pagamento, os reajustes e a descri- dram nessa categoria. seja rebocado e impermeabilizado, pois
ção do terreno que será adquirido Gostou da ideia? Então prepare o bol- se a falta destes itens resultar em proble-
estão corretos. mas de infiltração no muro vizinho, o pro-
so. Além dos valores a serem gastos com
Durante essa etapa não esqueça
a compra, é preciso separar dinheiro prietário poderá ser processado.
de reservar recursos para as despe-
sas com o Imposto sobre Transmis- para taxas extras, como o Imposto Sobre Em casos de problemas: recla-
são de Bens Imóveis (ITBI). Com Transmissão de Bens Imóveis por Ato mações sobre a altura, principalmente
todos os documentos em mãos, pro- Oneroso 'Inter Vivos' (ITBI), que equivale quando atrapalha a visão da paisagem
cure o Cartório de Registro de Imó- a 2,5% do imóvel, taxa para a escritura ou a luz solar; a construção do muro fora
veis e registre a escritura. Para fina- do imóvel e registro e Laudêmico da dos respectivos limites; a execução de
lizar, faça a transferência do lança- Marinha, cobrado pelo governo federal uma casa na divisa junto ao muro que
mento de IPTU para seu nome. para imóveis situados na faixa litorânea a você construiu; e os casos de umidade
até 80 m do mar. e infiltração de água devido à falta de

14
reboco e impermeabilização são os prin-
cipais motivos de desentendimentos.
Nesses casos, a primeira providência é
conversar e tentar entrar em acordo, que
muitas vezes pode ser mais rápido e sem
transtornos. Caso contrário, terá que bus-
car a Justiça e tomar as medidas cabíveis
nos órgãos públicos como o Ministério
Públi-co. Porém, nesses casos a solução
geralmente demora.

CALÇADAS
Elas devem ser funcionais, ter bom
espaço para circulação e planejadas carrinhos, aos cegos e aos idosos.” Acima, uma solução dada pelo arquiteto paisagista
Raul Pereira, de São Paulo, SP, onde as árvores
durante a criação do projeto arquitetô- Para melhorar a permeabilidade de não foram movimentadas e completam
nico. O proprietário da residência é o águas pluviais, principalmente no verão o projeto da varanda
responsável pela construção e manu- quando são frequentes os picos de chuva
tenção, independente da obra estar ou com maior intensidade e em um menor leis próprias e guias de autorizações urba-
não dentro de um condomínio. “A boa tempo, os profissionais indicam usar, ao nas que abordam todos os tópicos neces-
execução melhora a qualidade de vida máximo, jardins e pisos permeáveis. sários para a implantação de espécies”,
e garante o respeito às pessoas com Escolha correta: além da estética, conta o engenheiro agrônomo e paisa-
mobilidade reduzida”, afirmam os arqui- a escolha do piso é fundamental para a gista Alexandre Galhego. A seguir, são
tetos Marcela Lamonato e Tiago de Oli- execução de uma calçada apropriada ao analisados itens como a estrutura da cal-
veira Caligiuri, de Santos, SP. tráfego de pessoas. çada, a presença de fiação e o tipo de
Antes de construí-la, é necessário ana- Atualmente, existem no mercado inú- tráfego no local.
lisar o plano diretor da cidade e suas meros tipos de piso. É indicado escolher Evite árvores com frutos grandes (que
legislações, além de verificar se existe sempre os de superfície contínua e que podem machucar pessoas e automóveis),
espaço físico adequado. “Em relação ao sejam antiderrapantes, resistentes e durá- com raízes agressivas (que danificam a
projeto, deve-se conferir se o local possui veis. Caso ocorram acidentes, o pro- calçada) e com curto tempo de vida. Em
o mínimo possível de degraus, rampas prietário da casa pode, inclusive, res- áreas de muito movimento, é preciso
e declive superior a 2% em direção à ponder judicialmente. implantar espécies que não machuquem
guia, para o escoamento das águas das Em relação ao projeto, os revesti- e não atrapalhem a vista dos semáforos
chuvas”, explicam. Entre as especifica- mentos escolhidos devem combinar com e das placas de trânsito.
ções exigidas estão: superfície regular, o contexto do imóvel e que estejam de
firme, contínua sem qualquer emenda acordo com os projetos arquitetônico e ÁRVORES NO TERRENO
e ser antiderrapante. Em relação à lar- paisagístico. Os pisos de cimento quei- Para o corte ou poda de espécies ver-
gura, é recomendável que tenha 1,50m. mado são os mais usados em vias públi- des existentes no lote é preciso pedir
“Em locais com maior espaço físico, cas, mas pecam na estética e possuem uma autorização à prefeitura e aos outros
pode-se projetar uma faixa verde ou, se quase nenhuma permeabilidade. Já os órgãos competentes como o Departa-
necessário, rampas, postes de luz, sina- tipo cimentício são visualmente agradá- mento Estadual de Proteção de Recur-
lizações, lixeiras, entre outros itens”. veis, adaptam-se a qualquer tipo de ter- sos Naturais (Deprn). Fique atento, pois
Os arquitetos recomendam consultar reno e são extremamente permeáveis. os documentos exigidos variam confor-
as legislações municipais e ficar alerta para me a legislação municipal.
as inclinações e largura do projeto, evi- PAISAGISMO Após vistorias feitas por técnicos, serão
tando-se obstáculos no percurso para evi- Deve ser analisado e planejado com avaliados itens como as condições bio-
tar quedas e acidentes. “A acessibilidade muita atenção para não prejudicar a cal- lógicas da árvore, assim como as interfe-
de uma calçada não se limita apenas aos çada. O primeiro passo é verificar a legis- rências na arquitetura ou nas edificações
cadeirantes, mas também às mães com lação do município. “Cada cidade tem do entorno. Geralmente, quando é auto-
rizada a retirada de uma árvore, o pro-
prietário da obra deverá fazer a com-
pensação, ou seja, replantar outros exem-
plares no local ou doar algumas mudas
para os órgãos municipais responsáveis
utilizarem as espécies adequadamente.

Ao lado, um exemplo de escolha


de espécie mal feita, onde além
da ruptura da calçada poderá também
comprometer a fundação do muro

15
financiamento

Em parcelas FINANCIAR OU FAZER UM CONSÓRCIO


SÃO OPÇÕES PARA CONCRETIZAR
O SONHO DA CASA PRÓPRIA

Tudo começa com pesquisas sobre as CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO 3. Carta de Crédito é a denominação
linhas de crédito imobiliário disponíveis. Os especialistas da Associação Brasilei- utilizada para identificar o crédito do
A Caixa Econômica Federal oferece ra de Administradores de Consórcio (Abac) consórcio. Trata-se de uma ordem de
empréstimos desde a aquisição do terre- e Rafael Boldo, Gerente da Porto Seguro faturamento emitida pela administrado-
no até a compra de materiais para a cons- Consórcio esclarecem as principais dúvi- ra, com a qual o consorciado irá adqui-
trução e acabamentos. Os demais ban- das sobre a alternativa de crédito. rir o imóvel de sua livre escolha. Para
cos também oferecem opções de finan- tanto, deverão ser apresentadas as
ciamento. Há, ainda, o consórcio imobi- 1. O consórcio imobiliário é uma opção garantias exigidas pela administradora,
liário como alternativa para os estão pla- de crédito bastante vantajosa, pois pos- de forma a preservar os interesses dos
nejando construir ou comprar um imó- sui encargos baixos, ausência de juros, próprios consorciados.
vel, mas não têm necessidade imediata. parcelas acessíveis e prazos de paga-
O interessante é estabelecer uma mentos mais amplos, com possibilida- 4. Os créditos do consórcio imobiliário
modalidade, valor estimado e padrão de des de adequação ao tempo e valor servem tanto para quem deseja adquirir
imóvel a ser construído e comparar as das parcelas. um imóvel novo, construir em terreno
possibilidades de crédito disponíveis em próprio, reformar ou quitar um financia-
simuladores de instituições de crédito. O 2. Além do público habitual, formado mento imobiliário. Ao quitar o financia-
economista Alessandro Francisco ressal- por pessoas mais velhas e que olham mento o cliente passa a pagar as parcelas
ta que muitos são os itens a serem leva- a modalidade como uma forma de do consórcio – que não possuem juros.
dos em consideração antes de embarcar ampliar o patrimônio, esta tem sido Se o consorciado já possuir um terreno
em uma dívida de alto valor e que pode uma saída encontrada por muitos bra- é possível realizar a construção da casa
comprometer grande parte da renda. “O sileiros que não podem realizar uma com o crédito ao ser contemplado.
adquirente tem que colocar tudo o que compra à vista e que tampouco podem
vai pagar, não só o financiamento. Tudo arcar com os juros do financiamento 5. No caso de reformas, é preciso consi-
tem que ser bem planejado”, orienta. da casa própria. derar o tipo de mudança. Se houver alte-

16
ração na estrutura física do imóvel, como dito a médio ou longo prazo e, por isso, do, possibilitando a manutenção do
ampliação de paredes e tetos, a modali- assume as parcelas mês a mês. O cliente poder de compra do consorciado.
dade é indicada. Contudo, se estiver liga- somente não participa do sorteio e do
da a pequenos reparos, como serviços de lance se não pagar a parcela em dia. O 10. Ao optar pelo consórcio como moda-
hidráulica, marcenaria, pintura, paisagis- lance pode ser realizado em qualquer lidade de investimento, é fundamental
mo etc, há a possibilidade de utilização de mês ao longo do período de duração do que o cliente saiba avaliar as administra-
crédito oriundo do consórcio de serviços. grupo, seja pessoalmente, via internet ou doras disponíveis. É preciso verificar o his-
pelo "fone-cota", no dia da assembleia. tórico da empresa e, se possível, solicitar
6. O consorciado pode comprar um O cliente somente pagará o valor caso referências de quem já contratou um con-
imóvel de terceiro, financiado, e quitar seja um dos lances vencedores. sórcio com ela. Levantar a taxa adminis-
a dívida utilizando seu crédito, substi- trativa que é cobrada, o valor de fundo
tuindo as parcelas altas e com juros por 8. 100% do saldo do FGTS pode ser uti- de reserva e se oferece seguro de vida
menores e com prazos mais curtos. Ou, lizado para ofertar lances, complemen- ou não também são fatores importantes.
se preferir, pode aguardar por uma boa tar a carta de crédito ou, ainda, amorti- Além desses, o índice de contemplação
oportunidade de negócio sem perder zar o saldo devedor, aumentando as mensal é bastante relevante, pois indica
valor de compra. chances de contemplação a solidez dos grupos formados pela admi-
nistradora, o que impacta diretamente
7. Na prática, o tempo médio de espe- 9. A parcela do consórcio de imóveis é nas chances de contemplação dos parti-
ra pela contemplação do sorteio depen- reajustada anualmente, de acordo com cipantes do grupo. Para que seja possí-
de da necessidade do cliente. Há situa- o estabelecido em contrato, ou seja, vel fazer uma análise bem completa, ter
ções em que é possível ofertar um lance como o Índice Nacional de Custo da o suporte de um profissional especializa-
e ser contemplado no início do contra- Construção (INCC). A cada reajuste da do, como o Corretor, pode ser decisivo
to. Mas, há quem prefira receber o cré- parcela, o crédito também será reajusta- neste processo de escolha.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

TAXA (A.A + TR) PRAZO (MESES)


LINHA DE CRÉDITO MODALIDADE RENDA BRUTA
MIN MAX MIN MAX

Aquisição imóvel
MCMV (FAIXA 1,5) novo de empreendimentos até R$ 2.600,00 4,59% 5,11% 120 360
produzidos no âmbito
do Programa MCMV

Imóvel novo
Aquisição de terreno
MCMV (FAIXAS 2 e 3) e construção até R$ 7.000,00 5,11% 8,47% 120 360
Construção em
terreno próprio

Carta de Crédito até R$ 7.000,00 5,11% 8,47% 120 360


FGTS
Imóvel Novo
Pró-Cotista Imóvel Usado Sem limite 7,85% 9,01% 60 360
Aquisição de terreno
Carta de Crédito e construção
SBPE (SFH) Construção em Sem limite 9% 10,25% 156 420
terreno próprio
Carta de Crédito
SBPE (SFI) Sem limite 10% 11,25% 120 420

Aquisição de materiais
de construção, armários
embutidos, piscinas,
Construcard elevadores, aquecedores Não se aplica 1,69% 3,95% 24 240
solares, aerogeradores e
equipamentos de energia
fotovoltaica.

* Dados pesquisados em abril de 2018


Programa MCMV – Minha casa minha vida • SBPE - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo • SFH - Sistema Financeiro da Habitação • SFI - Sistema de Financiamento Imobiliário

17
mão de obra

Acerte na escolha
SAIBA QUAIS SÃO OS CARGOS E FUNÇÕES DOS PROFISSIONAIS
ENVOLVIDOS EM UMA OBRA E NÃO ERRE NA SELEÇÃO

Pense bem, você algumas dúvidas. Afinal, é uma etapa perda de materiais e o atraso no prazo
saberia dizer qual é que exige muito cuidado e atenção. “É de entrega, muitos serviços terão de
a função dos profis- sempre bom pedir o auxílio de um pro- ser refeitos”, comenta o arquiteto.
sionais que trabalham fissional especializado, pois ele irá ava- Não esqueça de verificar se os pro-
para construir uma liar a quantidade de trabalho que será fissionais estão registrados junto ao
residência? executado, levando em conta alguns órgão de sua classe: Conselho Regio-
Cada um critérios como estética, estrutura e ins- nal de Engenharia e Agronomia (Crea)
desempenha um talações”, conta o arquiteto Paulo Gas- para engenheiros, técnicos e tecnólo-
papel muito par, do escritório Pupo + Gaspar, de gos da área; e Conselho de Arquitetura
importante e funda- Valinhos, SP. e Urbanismo (Cau) para arquitetos.
mental para tornar Também vale a pena conhecer Além disso, elabore um contrato no
real o sonho de mui- obras já executadas e ter referências qual estejam especificadas as responsa-
tas pessoas. dos profissionais com familiares e ami- bilidades e condições de pagamento.
Contratar a gos. “Se a mão de obra não for de Confira o papel de cada membro do
equipe pode gerar qualidade, além de prejuízos como a time de construção!

Arquiteto >> Dentre os papéis do Engenheiro civil >> É o responsável Engenheiro especializado em cál-
profissional estão os de supervisão, pelos projetos técnicos e pela execu- culo estrutural >> Realiza os projetos
coordenação, orientação técnica, coleta ção da obra. O profissional tem de estruturais – responsáveis por garantir
de dados, estudo, planejamento, proje- acompanhar todas as fases da constru- estabilidade e resistência. De acordo
to, estudo de viabilidade técnica e ção e elaborar planilhas de custo da com as normas técnicas da ABNT, com a
ambiental, vistoria, perícia, avaliação, residência, além dos projetos de estru- sondagem do terreno e o projeto arqui-
monitoramento, laudo, parecer técnico, tura e de instalações hidráulica e elétri- tetônico, ele define a fundação, a estru-
elaboração de orçamento, entre outras. ca. O engenheiro deve marcar presen- tura e a posição de pilares, lajes e vigas.
É um dos cargos de extrema importân- ça na obra desde o primeiro passo
cia em qualquer obra e em todas eta- (exemplo: implantação do canteiro) até Engenheiro especializado em elé-
pas e é ele quem realiza o projeto pen- a entrega das chaves. Trabalha em par- trica >> Projeta as instalações elétricas,
sando nas escolhas dos clientes. ceria com o arquiteto. de telefone, TV a cabo e sistema de
sons, entre outros. Analisa o projeto
arquitetônico, calcula a potência de
energia ideal para o consumo e deter-
mina a entrada necessária (de acordo
com a ABNT). Dimensiona e prevê a
localização para o quadro elétrico.

Engenheiro especializado em
hidráulica >> Desenvolve o projeto
de hidráulica, prevê as instalações e os
sistemas de água, esgoto, gás e águas
pluviais. Faz os cálculos de vazão e pres-
são, desenhos e memoriais descritivos
(indica o local para a instalação de cai-
xas d'água, aquecedores, bombas de
pressurização e caminhos de tubos de
água quente e fria).

18
Tecnólogo em construção civil – Encanador >> Executa o projeto de Encarregado >> Quando o mestre
modalidade edifícios >> Está instalação hidráulica que foi desenvolvi- de obras está ausente, é ele quem
habilitado a planejar, administrar, exe- do pelo engenheiro. Instala o ponto de assume o comando. Acompanha de
cutar obras e fiscalizar serviços. Pode água e, mais tarde, encaixa as tubula- perto todas as etapas.
elaborar orçamentos e memoriais des- ções de passagem.
critivos, além de especificar materiais, Telhadista >> É um carpinteiro espe-
fazer controle de qualidade, gerenciar Armador >> Executa os serviços que cializado na montagem de telhados.
equipes e realizar análises e estudos antecedem a construção de estruturas, Deve ter noções de desenhos técnicos,
sobre o empreendimento. como lajes, vigas e pilares. Participa o que facilita a leitura da
desde a fase de execução das funda- planta desenvolvida
Técnico em edificações >> Fiscali- ções até a conclusão da laje. Instala a pelo engenheiro.
za, executa, orienta e coordena os ser- armadura dentro da estrutura: dobra,
viços de construção, instalação e corta e monta os ferros estruturais. Pintor >> Faz todo
manutenção da obra. Deve selecionar o trabalho de pintura
também documentos específicos para da residência – áreas
construção, liderar equipes de traba- interna e
lho, fazer vistorias e controle de quali- externa.
dade dos materiais e do sistema cons- Deve solicitar
trutivo. A formação exigida é o nível o material
médio. Atenção: esse profissional não necessário.
pode ser responsável por construções
acima de 80 m². Gesseiro >> Desenvol-
ve componentes de ges-
Topógrafo ou engenheiro so (forros e sancas).
agrimensor >> Faz o levantamento
topográfico do terreno e desenvolve Decorador >> Planeja a disposição
as plantas com curvas de nível (res- dos móveis e o aproveitamento dos
ponsáveis por mostrar as característi- espaços. Especifica objetos de decora-
cas de nivelamento do lote). O topó- ção e materiais de revestimento. Pos-
grafo tem nível médio e o agrimensor, sui formação acadêmica em arquitetu-
superior. ra ou design de interiores.

Mestre de obras >> Está presente Eletricista >> Faz as ligações provisó- Paisagista >> Deve ter formação em
na obra todos os dias para garantir rias e definitivas de luz elétrica e realiza arquitetura, engenharia agrônoma ou
que as ordens do engenheiro sejam a instalação de telefones. É o profissio- um curso de especialização em paisa-
cumpridas (tudo deve estar de acordo nal apto a interpretar as plantas de elé- gismo. Suas principais funções são ela-
com as normas, com os prazos e espe- trica desenvolvidas pelo engenheiro. borar e executar os projetos do jardim,
cificações). Analisa a mistura do con- especificação das espécies adequadas e
creto, as medidas das formas, as Pedreiro >> É o responsável por exe- orientação dos serviços de jardinagem.
espessuras e quantidade de ferro, e o cutar a alvenaria, a concretagem e o Pode projetar fontes, lagos, gazebos,
alinhamento das paredes e das tubula- assentamento de pisos, pastilhas e azu- cascatas e pergolados.
ções. Não há formação acadêmica lejos. Cuida da argamassa e de outros
destinada à função, mas o profissional materiais usados na construção. Jardineiro >> “Coloca a mão na mas-
deve ter total conhecimento de sa” e dá vida ao projeto desenvolvido
todas as etapas da obra. Servente >> Ajuda todos os traba- pelo paisagista.
Dependendo da construção, lhadores da obra, transportando
o mestre de obra realiza as materiais e preparando a arga-
atividades do empreiteiro (e massa.
vice-versa).
Serralheiro >> Compõe esqua-
Empreiteiro >> Orienta e drias, grades de proteção, esca-
coordena a mão de obra da das e demais trabalhos.
construção. Controla tudo o
que acontece durante todas
as etapas. Quando for especi-
ficado no contrato, também
pode ser o responsável pela
compra de materiais de
construção e acabamento.

19
mão de obra

Total segurança
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E CUIDADO SÃO FUNDAMENTAIS PARA EVITAR ACIDENTES EM OBRAS

Trabalhadores sem luvas. Capacetes normas que regulamentam a segurança


então, nem pensar! Equipamentos em no trabalho. A NR 18, por exemplo,
condições precárias e jornadas que duram engloba questões preventivas, doenças
muito mais do que deveriam. Como você ocupacionais e condições de conforto e
pode ver, está tudo errado! Essas situa- higiene dos trabalhadores na indústria
ções descrevem as características que uma da construção civil. O descumprimento
obra não deve ter. Há diversas condições de uma delas pode se transformar em
que garantem a segurança dos profissio- dores de cabeça para os empregadores.
nais envolvidos. Para evitar acidentes, bas- Quando acontecer um acidente, é pre-
ta segui-las com cuidado e atenção. Esse ciso verificar as causas e avaliar quais
procedimento é indispensável, já que os serão as consequências. Em casos de aci-
trabalhadores tomarão conhecimento de dentes convencionais, a emissão da
todas as normas, dos equipamentos Comunicação de Acidente de Trabalho
necessários e como devem agir em deter- (CAT) é de responsabilidade da empresa.
minados casos.
Para os empregadores, a dica princi- Atenção: o empregador está sujei-
pal é pesquisar e estudar todas as leis, to a penalidades se não assegurar as
regras e indicações do Ministério do Tra- condições de trabalho adequadas.
balho. Essa medida evita problemas futu-
ros e faz com que as empresas conhe- Importante: Toda empresa deve sub-
çam e estejam dentro da lei. Depois de meter seus trabalhadores a um exame
conhecer quais são os direitos e os deve- médico antes de iniciar as atividades na
res das empresas e dos trabalhadores, é obra. O procedimento tem de ser específico
fundamental garantir condições corretas para cada função e determina se o empre-
de trabalho. É preciso verificar andaimes, gado está apto para realizar o trabalho.
escadas e oferecer todos os acessórios e
equipamentos que devem ser usados nas COMO AGIR EM CASOS
DE ACIDENTES
etapas da obra. 1º passo: atender o trabalhador ime-
Outra medida eficaz é a realização de diatamente;
vistorias constantes, a inspeção periódica 2º passo: a Comunicação de Acidente
é fundamental. O procedimento deve ser do Trabalho (CAT) deve ser emitida pela
feito por um técnico em segurança. Ano- empresa;
tou todas as etapas básicas? Agora é hora 3º passo: é fundamental convocar uma
de conhecê-las mais de perto! reunião extraordinária da Comissão Inter-
na de Prevenção de Acidentes para ana-
CAMPEÕES DE INCIDÊNCIA lisar o acidente ocorrido;
Lesões nas mãos e na coluna são os 4º passo: o profissional deve procurar
um médico especialista e, se necessário,
acidentes que acontecem com maior fre- ficar afastado da obra. Os primeiros 15
quência. Os mais comuns são cortes e dias são pagos pela empresa. Caso esse
contusões. O carregamento de excesso período não seja suficiente, é preciso
de peso também resulta em sérios pro- dar entrada no Ministério da Previdên-
blemas à saúde. Para evitá-los, é funda- cia Social (INSS).
mental usar luvas, carrinho de mão para
*É dever da empresa o pagamento da aposentado-
transporte de materiais e adotar um rodí- ria por invalidez acidentária (ele deve ser efetuado
zio de trabalhadores. com o acréscimo de 25% se o trabalhador necessi-
tar de assistência permanente). O profissional tam-
bém tem garantia de contrato com empresa pelo
DENTRO DA LEI prazo mínimo de 12 meses depois do término do au-
O Ministério do Trabalho possui 35 xílio doença acidentário.

20
FIQUE ATENTO
SEGUNDO A NORMA REGULAMENTADORA 4,
ALGUNS DOS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO:
• Empresas de construção civil com mais de 50
EQUIPAMENTOS empregados devem possuir técnico de segurança
INDISPENSÁVEIS do trabalho presente no canteiro de obras;

• Estabelecimentos com mais de cem funcioná-


rios devem contar com dois técnicos de segu-
rança do trabalho, um engenheiro de seguran-
ça do trabalho e um médico do trabalho;

• É fundamental existir um grupo de prevenção


CAPACETE DE SEGURANÇA
de acidentes (Cipa) e um técnico de segurança
Garante a proteção da cabeça em situações
para orientação.
de impactos e de queda de objetos. Também
deve ser usado por quem visita a obra

PROTETOR AURICULAR
Protege os ouvidos contra ruídos. De acordo EQUIPAMENTOS
com as normas, o limite é de 85 db por oito
horas de exposição
COLETIVOS
ÓCULOS DE PROTEÇÃO
Devem ser usados em demolições, carpinta-
ria, armações de aço, estrutura de concreto
e metálica, soldagem, alvenaria, trabalhos
químicos ou com maçarico, entre outros

CINTOS DE SEGURANÇA
São obrigatórios e podem
ser encontrados em duas
versões – abdominal (usado
em situações com necessidade
de limitação dos movimentos)
e para-quedista (em atividades
realizadas a mais de 2 m de altura)

LUVAS
Obrigatórias em qualquer obra, são responsá-
Cabo-guia ou de segurança: veis pela segurança das mãos e dos punhos
deve estar ancorado à estrutura,
BOTAS OU SAPATOS
pois nele são fixadas as ligações
ADEQUADOS dos cintos de segurança.
indispensáveis em regiões Dispositivo limitador de cur-
inundadas. O solado dos sa- so: permite uma sobreposição
patos deve ser de poliuretano
e a biqueira, de aço (o que
segura dos montantes da escada
evita lesões se alguma ferra- extensível.
menta cair sobre os pés) Gaiola de proteção: evita a que-
da de pessoas envolvidas na obra.
Rodapé e guarda-corpo:
devem estar em passarelas e ram-
pas e são usados para impedir a
PROTETOR FACIAL
queda de materiais e pessoas. É de uso obrigató-
Plataforma de proteção: é ins- rio e evita lesões
talada no perímetro da edificação nos olhos
e apara materiais em queda livre.
Rede de proteção: fabricada
com material resistente e elástico,
é a responsável por amortecer a
queda do trabalhador.
Trava de segurança: sistema
de travamento de máquinas e
PROTETOR RESPIRATÓRIO
elevadores, que funciona durante Protege as vias respiratórias da absorção de
os acidentes. poeira. Deve ser usado durante a pintura,
soldagem e trabalhos com estrutura metálica

21
contrato

Acordo certeiro
A ESCOLHA DO PROFISSIONAL É PRIMORDIAL PARA IDENTIFICAR OS DESEJOS
DOS PROPRIETÁRIOS E IMPRIMI-LOS NO PROJETO DE MANEIRA NATURAL

Ao contratar um arquiteto, o que é gastos extras, os prejuízos ficam para o 15% sobre todos os gastos da obra.
mais importante? Você deve procurá-lo arquiteto.
de acordo com a proximidade do local CONTRATO
da obra? Buscar orientação com vizinhos Preço unitário Com tudo planejado e valores defini-
e amigos? É fundamental que ele tenha Não há a prévia fixação do valor da dos, é hora de realizar o acordo. O docu-
parceiros para executar a obra ou que obra, mas apenas a definição do preço mento é fundamental para garantir tran-
trabalhe sozinho e seja responsável por para certa medida. O contratado recebe quilidade desde o início da obra até o
todas as etapas da construção? Esses conforme a execução dos serviços, um dia da entrega das chaves. É uma refe-
questionamentos passam pela cabeça método muito utilizado em situações em rência para toda e qualquer dúvida que
de quem está prestes a convocar o pro- que é difícil estabelecer de antemão o que possa surgir durante a prestação de ser-
fissional. Afinal, é a chave do sucesso da deve ser feito, como em reformas. O pro- viços, pois ficam estabelecidos prazos,
obra. Por isso, os arquitetos aconselham prietário precisa estar atento aos gastos que devem ser cumpridos pelo profis-
que seja feita uma reunião para conhe- desnecessários durante a obra, pois corre sional, frequência com que deve estar
cer melhor o estilo de cada um. o risco de gastar mais do que o previsto. presente na obra, serviços que precisa
O primeiro encontro é essencial para entregar, datas definidas para efetuar
ouvir os desejos e as necessidades do Administração pagamentos etc.
cliente e definir o que pode ser projeta- O proprietário pode ou não ficar res- Lembre-se sempre em reconhecer as
do com o orçamento disponível. Com o ponsável pela compra de materiais. É firmas do documento. Quando há des-
sinal verde do futuro proprietário, os pro- possível contratar um arquiteto, enge- cumprimento de alguma cláusula, as
fissionais entram em ação. nheiro ou empresa gerenciadora de partes podem ser atestadas por notifi-
obras para essa tarefa, assim como na cações extrajudiciais, que resguardam
COMO SÃO COBRADOS liberação de pagamentos, mediante interesses do inocente e induzem o ina-
OS SERVIÇOS aprovação dos serviços, definição dos dimplente a discutir um acordo. Con-
Durante a contratação podem ser ofe- acabamentos e administração de servi- tudo, deve-se ter muito cuidado ao
recidas a elaboração de anteprojeto, pro- ços extras. Pela gestão, o contratado redigir esses documentos. Qualquer
jeto, execução e acompanhamento de recebe um percentual do valor do declaração mal escrita pode compro-
obras, projeto para interiores e até mes- empreendimento, em geral, entre 10 e meter o notificante.
mo desenho de mobiliário.
Os valores dependem de cada região,
profissional, obra, número de visitas com-
binadas e serviços oferecidos. A forma
de pagamento também varia. Alguns
combinam por preço global ou preço
fechado, outros por administração ou
ainda por preço unitário.
Confira os modelos de contratos mais
usados pelos profissionais:

Preço global ou fechado


O contratado deve receber o valor cer-
to e total, que foi combinado previa-
mente. Antes de executar um serviço,
todos os detalhes do projeto devem ser
acertados, o que garante agilidade e
autonomia para o profissional na hora
de tomar as decisões. Há estimativas de
custos e, caso a execução da obra tenha

22
RESPONSABILIDADES

ÉTICA rio, solidariamente, podendo o lesado


As faltas que contrariam a conduta acionar ambos. Estende-se também ao
moral na execução das atividades profis- subempreiteiro quando for autor ou
sionais estão previstas nas legislações e coautor da lesão.
códigos de conduta de cada categoria.
Os Engenheiros seguem as regulamen- PENAL OU CRIMINAL
tações presentes na legislação e no Códi- Decorre de fatos considerados crimes.
go de Ética profissional da Engenharia, Neste campo, merecem destaque: desa-
da Agronomia, da Geologia, da Geogra- bamento, queda de construção em vir-
fia e da Meteorologia, estabelecido na tude de fator humano; desmoronamen-
Resolução nº 1002, de 26/11/2002, do to, resultante da natureza; incêndio pro-
Conselho Federal de Engenharia e Agro- vocado por sobrecarga elétrica; intoxica-
nomia (Confea). Para os arquitetos, as fal- ção ou morte por produtos industrializa-
tas éticas estão previstas na legislação e dos quando mal manipulados ou quan-
no Código de Ética e Disciplina, estabe- do não possuem indicação da periculosi-
lecido pela Resolução CAU/BR Nº 51, de dade; contaminação provocada por vaza-
2013. Uma infração coloca o profissional A responsabilidade civil decide-se em: mentos de elementos radioativos e outros.
sob julgamento. Contratual: pelo contrato firmado Todas essas ocorrências são incrimináveis,
entre as partes para a execução de um havendo ou não lesão corporal ou dano
CÓDIGO DE DEFESA E determinado trabalho, sendo fixados os material, desde que sejam identificados
PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR direitos e obrigações de cada uma. perigo à vida ou à propriedade.
Resulta das relações de consumo, São ainda previstas penalidades aos
envolvendo o fornecedor de produtos Pela solidez e segurança da cons- crimes de peculato, falsidade ideológi-
e de serviços (pessoa física e jurídica) e trução: por meio do Código Civil Bra- ca, corrupção ativa/passiva e violação
o consumidor. Assegura direitos consa- sileiro, o profissional responde pela soli- de direito autoral.
grados pela Lei nº 8.078, que dispõe dez e segurança da obra durante cinco
sobre a Proteção ao Consumidor. A res- anos. A data do término da construção ADMINISTRATIVA
ponsabilidade profissional está estabe- deve ser documentada oficialmente. Se Resulta das restrições impostas pelos
lecida no Código de Defesa e Proteção a obra apresentar problemas de solidez órgãos públicos, Código de Obras, Códi-
ao Consumidor, pois coloca em questão e segurança e for constatado erro pro- go de Água e Esgoto, Normas Técnicas,
a efetiva participação preventiva e cons- fissional, ele será responsabilizado, inde- Regulamento Profissional, Plano Diretor,
ciente dos profissionais. Portanto, é fun- pendentemente do prazo transcorrido, entre outros. Essas normas impõem con-
damental estar atento à obrigatorieda- conforme jurisprudência. dições e criam responsabilidades ao pro-
de de observância às Normas Técnicas fissional, cabendo a ele, portanto, o cum-
e à execução de orçamento prévio de Pelos materiais: a escolha é da com- primento das leis, sob pena, inclusive, da
projeto completo, com especificação cor- petência exclusiva do profissional. Por suspensão do exercício profissional.
reta de qualidade, garantia contratual precaução, os materiais são especifica-
(contrato escrito) e legal - Anotação de dos no “Memorial Descritivo”, determi- TRABALHISTA
Responsabilidade Técnica (ART) na exe- nando tipo, marca e outras peculiarida- É regulamentada pelas Leis Trabalhistas
cução de serviços ou obras de Enge- des, dentro dos critérios exigíveis de em vigor. Resulta das relações com
nharia e Registro de Responsabilidade segurança da obra. empregados e trabalhadores.
Técnica (RRT), no caso de Arquitetos e Compreende: direito ao trabalho, remu-
Urbanistas. Uma infração coloca a pes- Por danos a terceiros: é comum na neração, férias, descanso semanal e inde-
soa física ou jurídica em julgamento, construção civil a constatação de danos nizações, inclusive, as resultantes de aci-
com possibilidade de rito sumaríssimo, a vizinhos que podem ocorrer em virtu- dentes que prejudicam a integridade físi-
inversão de ônus da prova e assistência de da vibração de estaqueamentos, fun- ca do trabalhador. O profissional só assu-
jurídica gratuita ao consumidor, provo- dações, quedas de materiais e outros. me essa responsabilidade quando con-
cando a obrigação de sua obediência Esses devem ser reparados, pois cabe ao tratar empregados pessoalmente ou por
sob penalidades. profissional tomar todas as providências meio de seu representante. Nas obras de
para que sejam preservadas a segurança, serviços contratados por administração,
CIVIL a saúde e a tranquilidade de terceiros. o profissional estará isento dessa respon-
Decorre da obrigação de reparar e/ou Os prejuízos causados são de responsa- sabilidade, desde que o proprietário assu-
indenizar por eventuais danos causados. bilidade do profissional e do proprietá- ma o encargo da contratação.

23
documentação

Registro em dia

A OBRA SÓ PODE COMEÇAR COM A AUTORIZAÇÃO DA PREFEITURA

O Alvará de Construção é o docu- além de uma série de documentos dos conjunto de plantas e mais documentos
mento que permite o início da obra. A profissionais responsáveis e dos proprie- que deverão ser definitivos para emissão
encarregada de liberar essa aprovação tários. “Cada prefeitura tem sua própria do Alvará”, diz a profissional.
é a prefeitura, que analisará o projeto lista de documentos, porém, alguns são
para verificar se está de acordo com as básicos, como Solicitação de Alvará de EMBARGO
leis de zoneamento locais. Construção, Comprovante de Proprie- Após emiti-lo, a prefeitura realizará
“É importante lembrar que aqueles dade do Imóvel, Imposto Predial e Terri- vistorias periódicas na obra e, caso infrin-
que forem construir em condomínio torial Urbano (IPTU), juntamente com a ja alguma norma (material de constru-
fechado deverão atender também às soli- RRT ou a ART (Registro de Responsabili- ção despejado na calçada, desrespeito
citações e regras do conjunto residen- dade Técnica, no caso de arquitetos, e aos horários de trabalho, não utilização
cial”, conta a arquiteta Natália Diniz, da Anotação de Responsabilidade Técnica, de equipamentos de segurança etc),
capital paulista. no caso de engenheiros), documentos poderá ser paralisada, ou seja, embar-
No caso de reformas que gerarão que comprovam e garantem ao cliente gada. “Quando a fiscalização encontra
entulho e acréscimo de área, a regra é que a casa foi projetada por um profis- alguma irregularidade, o proprietário
a mesma. “Algumas localidades chamam sional habilitado para exercer a profis- recebe uma notificação com um prazo
esse documento de Autorização para são", esclarece Natália. para atendê-la. Se não for corrigida, ocor-
Reforma. O procedimento é idêntico: re o embargo”, afirma Lopes.
deve-se procurar pelo setor de Aprova- COMUNIQUE-SE Segundo Natália, enquanto a obra
ção e Projetos no órgão municipal e soli- Após dar entrada no processo de estiver paralisada, na maioria dos casos
citar a relação de documentos da obra”, aprovação, o setor técnico da prefeitura sob riscos de multas diárias, a constru-
explica Marcos da Cruz Lopes, arquiteto faz uma análise da documentação entre- ção pode ser parcialmente ou comple-
de São Paulo, SP. gue, o que pode ocasionar correções no tamente demolida.
projeto e a solicitação de documentos
DOCUMENTAÇÃO complementares. “O comunique-se é o ATENÇÃO!
Para obtê-la, é preciso apresentar à meio de encaminhar essas solicitações Para obter o Alvará de Construção em
prefeitura o projeto arquitetônico com ao responsável técnico e ao interessado. terrenos localizados em áreas de pre-
desenhos técnicos, cortes e fachadas, Após as correções, é enviado um novo servação ambiental ou locais tombados

24
pelo Patrimônio Histórico, é necessário EXIGÊNCIAS PARA LIBERAÇÃO DO ALVARÁ
procurar outras instituições, como a
Secretaria do Meio Ambiente e o Insti- Levantamento planialtimétrico do terreno, com dimensões e níveis
tuto do Patrimônio Histórico e Artístico
Planta de locação da obra com os recuos do terreno
Nacional (Iphan).
Plantas baixas dos pavimentos
HABITE-SE
É outro documento emitido pela pre- Planta de cobertura com caimento dos telhados
feitura no término da obra, atestando
que a residência foi construída segundo Cortes longitudinal e transversal
a legislação da cidade. Sem ele, o imó-
vel pode ser considerado irregular. Além Plantas das Fachadas
disso, é exigido por instituições finan-
ceiras para realizar financiamentos e aver- Tabelas com áreas de iluminação, ventilação e aproveitamento do terreno,
bação da casa no Registro Imobiliário. com plantas em escala 1:100
Para a requisição do Habite-se é pre- Carimbo com as informações de localização do terreno, dados do proprietário
ciso pagar uma taxa e apresentar docu- e do autor do projeto e respectivos Crea e ART (engenheiros) ou CAU e RRT
mentações dos proprietários e respon- (arquitetos)
sáveis pela obra, o que evita gastos e
problemas no futuro. "O custo referente Anexar RG e CPF dos proprietários, cópia da capa do Imposto Predial Territorial
à emissão do Alvará e do Habite-se equi- Urbano (IPTU), memorial descritivo da obra, cópia da escritura ou do contrato
vale de 1 a 2% do custo final da obra.” de compra e venda do terreno e taxa da prefeitura para entrada no processo
projeto

Caldeirão de ideias PLANTAS DE ARQUITETURA, ESTRUTURA E INSTALAÇÕES DÃO FORMA AO SONHO.


É HORA DE PASSAR SEUS DESEJOS AO PAPEL, USE E ABUSE DA CRIATIVIDADE

O arquiteto já está contratado. Então,


chegou a hora de colocar todas as
ideias no papel. Afinal, você quer saber
como será a disposição dos ambientes,
o tamanho das salas e dormitórios e as
metragens disponíveis para a piscina e
churrasqueira.
O projeto completo de arquitetura
com plantas baixas, de implantação,
PLANTA DA FACHADA
cobertura, fachadas e cortes é o elemento
mínimo que representa as formas da futu-
ra construção. Com esses recursos, os
profissionais interagem com os clientes,
confirmam se o que está representado
atende as necessidades até chegarem na
versão definitiva para a construção.
Além disso, ele é fundamental para
legalizar a obra na prefeitura que, antes
de aprová-lo, analisará se está de acordo
com a legislação local se atende os recuos
permitidos, as taxas de permeabilidade e
de ocupação do terreno.
"A partir das plantas de arquitetura são
desenvolvidos os projetos de estruturas
e instalações hidráulicas e elétricas, sendo
PERSPECTIVA 3D
que todos eles devem ser compatíveis",
afirmam os arquitetos Paulo Gaspar e
Gisela Pupo, do escritório Pupo + Gaspar
Arquitetura e Interiores, de Valinhos, SP.
Os projetos de estrutura e instalações cer-
tificam a viabilidade técnica e segurança
do projeto arquitetônico.
Durante o processo deve haver um
grande entrosamento entre todos os pro-
fissionais envolvidos na obra. "O relacio-
namento entre arquiteto e cliente deve
ser baseado, primeiramente, na confian-
ça e na afinidade. Em segundo lugar, fica
o estilo e o método de trabalho. A rela-
ção só terá sucesso se um respeitar a opi-
nião do outro", diz a arquiteta Soraya Tes-
FOTO DO PROJETO ENTREGUE
saro, de Atibaia, SP.

26
PRINCIPAIS DÚVIDAS
As perspectivas auxiliam os proprietá-
rios a compreenderem o projeto. Nessa
fase, todos se preocupam com os custos,
prazos, solidez da estrutura e, principal-
mente, se o visual da casa corresponde-
rá aos anseios.
Cada projeto demonstra as caracterís-
ticas da residência, como escadas, por-
tas, janelas, paredes, vigas e pilares. A
apresentação gráfica varia quanto às téc-
nicas e aparências feitas à mão, maque-
tes 3D ou imagens feitas por softwares
específicos de design, que possibilitam
vários ângulos de visualização.
As plantas e perspectivas são elabora-
das em escalas que são a relação entre a
representação de um objeto desenhado
e as dimensões reais. Na escala 1:100,
por exemplo, 1 cm representa 1 m, e na
escala 1:50, 2 cm equivalem a 1 m.

PERSPECTIVA (abaixo)
Não é exigida pela prefeitura. Porém, é um dos me-
lhores recursos para mostrar aos proprietários como
serão as fachadas e os ambientes da moradia. Por is-
so, elas possuem efeito tridimensional e em vários ân-
gulos e funcionam como se fossem fotos do local. Po-
dem ser elaboradas à mão, em AutoCad ou softwares
similares de design, maquetes em 3D ou com outros
FOTO DA FACHADA ENTREGUE recursos gráficos.

PERSPECTIVA 3D

27
projeto

PROJETO ARQUITETÔNICO CARACTERÍSTICAS


Janelas: aparecem fecha-
PLANTA BAIXA
É formado por plantas baixas, de cober- das quando são de correr
e abertas quando possuem
tura e de implantação, como os desenhos sistemas pivotantes. São re-
técnicos de cortes e fachadas. O conjunto presentadas por linhas pa-
serve para o proprietário ver como ficarão ralelas às paredes e, quan-
do há indicação de vidros,
os ambientes e dar sua aprovação, como estão em linhas paralelas
também para serem apresentadas na pre- muito próximas.
feitura, que analisará se a construção está
de acordo com a legislação.
No projeto de arquitetura já devem CORTE BB
ser especificados o tipo de estrutura e os LONGITUDINAL
blocos que serão usados na alvenaria.
Dessa maneira, o engenheiro calculista,
Paredes: representadas
juntamente com o relatório da sonda- com linha dupla conforme
gem, pode calcular e dimensionar a estru- a espessura.
tura da residência. Portas: indicadas de
acordo com a abertura,
que pode ser de 90º,
PLANTA DE IMPLANTAÇÃO correr, vaivém, pivotante,
entre outras.
Mostra no terreno a localização da Escadas: demonstradas
residência e também outros elementos conforme o formato. Po-
como a piscina e a edícula. Nela, devem dem ser helicoidal (em ca-
racol), reta, em “L”, entre
ser apresentadas as medidas dos recuos outros modelos. Muitas ve-
laterais e frontais. Também é conhecida zes não aparecem por in-
como planta de situação. teiro no pavimento térreo,
pois alguns modelos ficam
sobrepostos aos cômodos.
FACHADAS O sentido é representado
por uma seta.
Apresentam como serão a frente, o Pilares: aparecem no an-
fundo e as laterais da residência. teprojeto, mas sua presen-
ça na planta do processo
construtivo é imprescindí-
CORTES vel. Os pilares podem ser
Podem ser longitudinal e transversal. representados por traço
O primeiro apresenta o corte do fundo à cheio, grosso ou com a
textura do concreto combi-
frente, no qual podem ser vistos a implan- nada com a espessura do
tação no terreno, os níveis, o telhado e a revestimento. Seu posicio-
namento deve obedecer
projeção das paredes e das portas e jane- às especificações do proje-
las. O segundo mostra os mesmos deta- to de estrutura.
lhes em um corte de lado a lado.

PLANTA DE COBERTURA CORTE AA


TRANSVERSAL
Demonstra todos os planos do telha-
do e suas respectivas caídas e inclina-
ções. A partir dela são feitos os detalha-
INTERPRETAÇÃO
mentos do escoamento da água das Linha grossa: representa
chuvas, realizados com calhas e rufos. o desenho das paredes e
da estrutura.
Linha fina: indica louças,
PLANTAS BAIXAS revestimentos, escada, li-
São as primeiras a serem desenvolvi- nhas de cota, entre outros.
das e têm a função de mostrar a visão Tracejado: pode ser tudo
o que está projetado, mas
da casa de cima para baixo. Nelas devem não é possível visualizar, co-
aparecer a distribuição dos cômodos mo o beiral, por exemplo.
com as metragens e a localização de por- TÉCNICAS
tas, janelas, escadas e outros elementos. Cotas de nível: indicam
Cada andar da construção deve ter uma o quanto determinado lo-
cal está acima ou abaixo
planta baixa. Nelas, os arquitetos utili- do referencial de nível,
zam vários recursos para representar as que pode ser a guia da rua
características e a aparência do projeto. ou qualquer item adotado

28
Compare com a perspectiva 3D,
a fachada posterior terminada

. .
.
.

. .

.
.

.
Projeção 3D
da fachada posterior
ou fachada de lazer

i=35%

PERSPECTIVA 3D

i=35%
i=35%

i=35%

.
i=35%

e identificado em projeto APARÊNCIA


como nível de referência. Concreto aparente:
Linhas de cota: são as li- representado por %02=i
i=35%
i=35%

nhas indicativas das medi- poucos tracejados sobre


das colocadas em planta. o desenho.
Deve ser colocado o maior Pintura: é ridentificada
número possível de cotas por pontos no projeto.
i=35%

para que não ocorram dú- Tijolo aparente: é indica-


vidas nas medidas de am- do nos pontos em que
i=35%

bientes, esquadrias, loca- ele reveste a fachada.


ção de peças sanitárias, Madeira: pode ser identi-
entre outros. ficada pelos veios e nós
Linhas de corte: desenhados na planta. %53=i
i=35%

mostram detalhes de um Pedra: pode ser visualiza-


i=35%

local que o arquiteto esco- da por irregularidades. PLANTA DE COBERTURA


lheu para fazer um corte Vidro: superfície lisa Nesta planta vê-se o número
%53=i
imaginário da casa. com riscos que indicam de quedas, ou águas, que %53=i
Sentido: indica onde está a transparência o telhado terá e com isso
a face Norte. do material. projetam-se calhas e rufos

29
projeto

PROJETO ESTRUTURAL A realização do projeto estrutural é a mes), e as de superestrutura, que incluem


Dimensiona e determina itens estru- garantia de que todos os componentes elementos acima do solo, como pilares,
turais, como fundação, vigas, pilares e suportarão o peso da obra sem o pro- vigas e lajes. Também devem ser especi-
lajes. As plantas devem ser feitas pelo prietário ter de investir além do necessá- ficados todos os materiais necessários para
engenheiro civil especializado em cálcu- rio com aço e concreto. Quando não é a perfeita execução, assim como as quan-
lo estrutural em sintonia com o profissio- realizado, serão gastos mais dinheiro e tidades e os tipos de aço e concreto.
nal que assina a arquitetura. O projeto materiais onde não há necessidade. O projeto das fundações deve ser fei-
estrutural é tão importante quanto o Outra consequência leva à falta de pro- to apenas com o relatório da análise do
arquitetônico. Com ele, o calculista indi- dutos em locais de extrema importância, solo em mãos, que apresenta a investi-
ca as medidas exatas de pilares e vigas, o que pode resultar em sérios danos para gação geotécnica e a profundidade do
respeitando a plasticidade do projeto de a construção. lençol freático. Além disso, deve ser com-
arquitetura. Além disso, é possível miti- O superdimensionamento com o uso patível com as plantas de arquitetura, ins-
gar o desperdício de materiais, já que se excessivo de aço e concreto nunca é a talações hidráulicas e elétricas, já que em
prevê as quantidades de ferragens e con- garantia de que a estrutura está sólida e alguns casos as tubulações são embuti-
creto armado necessárias na construção. segura, pois muitos problemas, como o das em lajes, pilares e vigas.
O engenheiro trabalha com as carac- aparecimento de trincas e fissuras, e até As plantas estruturais também devem
terísticas de resistência de todos os pro- mesmo, o desabamento, podem ocorrer. ter detalhes de pilares, vigas, baldrames
dutos que serão utilizados para compor o O projeto estrutural conta com as plan- e fundações e mostrar as medidas e os
cálculo da estrutura x carga aplicada, evi- tas de infraestrutura, que englobam as engates entre os elementos estruturais e
tando-se assim problemas que possam estruturas abaixo do solo, como as fun- a armação de aço, que facilitarão o tra-
surgir no futuro. dações (estacas, sapatas e vigas baldra- balho dos funcionários da obra.

PLANTA ESTRUTURAL FORMAS DAS VIGAS SUPERIORES E COBERTURA

LEGENDAS

DETALHE DAS
VIGAS DE COBERTURA
O posicionamento das vigas
deve estar em perfeita harmonia
com os pilares provenientes do
andar debaixo. Os encaixe e
arranques devem ser precisos

30
DETALHE ARMAÇÃO DOS PILARES
O projeto estrutural define, entre outros pontos,
as medidas dos pilares, o seu posicionamento
e a bitola das respectivas armações de ferro

PLANTA ESTRUTURAL VIGAS BALDRAMES


490 250 295 150 150 295 365 365 550
2.5 2.5
5.2 8

2.5
VB-1
VB-2 VB-3
5.2

P2 P8 P9
P3 P4 P5 P6 P7

2.5
P1

85
65
5.2

VB-4
98,80

P10 P11 P12

5.2

5.2
215

215

215

8
8
VB-26

375 115 250 295 150 150 295 365 365 550
315

315

217.5

217.5
8 8 8

VB-5

P14 P15

VB-32
P13 P16

VB-33
VB-30

585
160

VB-6
98,80

98,80

98,80

98,80
P17 P18
P19
235

60

60
VB-7 VB-8
VB-28
VB-25

217.5

217.5
360

P20 P21 P22


8

VB-40
75

VB-37
VB-35
VB-9
125

125
5.2
2.5 8

5.5
P23 P24 P25
5.2

8
VB-10 VB-11

VB-46
8
VB-24

8
VB-27
125

125

VB-29
P27

59.8
P30

2.5
P26 P29 P31

5.5
5.2

2.5

P28
75

8
3.8 VB-13 VB-14
VB-12 5.5

P32 P33 P34 P35 P36 8 2.5


P38

5.2
P37

8
5.2

5.2 5.2 5.2


400 134.9 365 365 155 180 215

98,80

255.2

250
98,80

465

465

VB-45
98,80

98,80
LEGENDAS

2.5
447.5

VB-15 VB-16

P40 2.5 P41


P39

VB-39
VB-34

150
400 499.9 365 155 165 15 235

PILARES QUE CONTINUARÃO VB-17

285
2.5

VB-42
P42 P43 P44

65
VB-18
PILARES QUE MORREM 15 5.2
P47

47
P45

5.2
19/19 VB-19
247

PILARES QUE NASCEM 98,80


P46 15 P48 P49

158

VB-41

VB-44

135
VIGA EM CORTE
VB-20
565

P PILARES P50 P52 P53


507.5

P51 P54

8
8 8
183

400 365 135 365 125 130 65 250

V121

295

295
98,80

VB-47
VB-31

VB-38

VB-43
VB-36
V137
135
2.5

2.5

VB-21 VB-22 VB-23

P55 P56 P57 P58 P59 P60 P61


5.5
8

3.8
2.5 19/19 19/19
295 295 275 230.1 417.5 347.5 135 365 255 315

DETALHE DA POSIÇÃO DE UMA ESTACA 62.6 87.4


As medidas sinalizam o ponto exato em relacão aos
eixos e divisas do gabarito. Esta estaca irá gerar uma viga
62.7

baldrame de 0,50 x 050 m, como mostra a marcação B45


B45
54.5

50/50

PLANTA ESTRUTURAL GABARITO E LOCAÇÃO DAS ESTACAS


Gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
205.6
°

211.5
90

90
150

295 88 107 100 142 127.8 175.2 150 150 160.1 126.9 238 129.8 365 138.2 122 292.5
°

7.7
17.5

17.5

17.5

17.5

17.5

5.2

A
B8 B9
25.5

B7
87.7

B3 B4 B5 B6 50/50 50/50
87.7

B1 B2 50/50
62.2
22.7

50/50 50/50 50/50 50/50


50/50 50/50
B
B10 B11 B12
144.8

13.2 50/50 50/50 50/50


8
144.8

16 8

C
B13 B14 B15 B16 5.2 5.2
100

67.5

67.5

50/50 50/50 50/50 50/50


100

8
32.5

32.5

D B17 B18
B19 50/50 50/50
52

52

60

50/50
135

B20
135

10.4 50/50 B21 B22


83

83

50/50
75

50/50
E
B23 B24 B25
109.8

46.2

46.2
55.2

55.2
53

58

50/50 50/50 50/50


B31
109.8

5.2 16.8 105.2


B26 B27 B28 B29 B30
10.4

50/50
63.6

63.6
56.8
54.6

54.6
51.8

50/50 50/50 50/50 50/50 50/50


F
B32 B33 B34 B35 62.6 87.4 11.8 1.4
B36 B37 B38
2.7

50/50 50/50
10

10

50/50 50/50 50/50


15.2

15.2

50/50 50/50
10.4
150
252.7

Gabarito
Gabarito

252.7

5.2 22 100 77.5 215

G
150 B39 B40 B41
147.3

50/50 50/50 50/50


147.3

5.2
5.2 5.2
62.6 87.4

H
B42 B43 B44
117.2

62.7

50/50
5.2

50/50 50/50
117.2

5.2
17.3
B45
54.5

50/50
I
B46
28.2
23

23

50/50 B47 B48 B49


135

135

50/50 50/50 50/50


106.8
112

112

22.5

J
23

23

23
31

B50
50/50
B51 B52 B53 B54
196.7

50/50 50/50 50/50


50/50
196.7
173.7

173.7

173.7
165.7

13.7
DETALHE DAS VIGAS BALDRAMES
K
BA1 É fundamental que os pilares estejam
116.1

17.5
9 5.2
50/50
116.1

62.6 87.4 17.3

corretamente ligados à fundação. o projeto


2.8

5.2
1.4

L
B55 B56 B57 B59 B60 B61
50/50
B58
deve dimensionar as vigas baldrames,
2.7

50/50 50/50
5.2

50/50 50/50 50/50


50/50
295 88 107 100 142 127.8 175.2 150 150 160.1 126.9 129.8 365 138.2 122 292.5
150
90

238
237.7
°

°
90

que sustentarão as paredes


237.7

Gabarito

31
projeto

HIDRÁULICA E ELÉTRICA dos fios. Ambas possuem muitos símbo-


As instalações são realizadas por enge- los, que devem ser legendados e, em FIQUE ATENTO!
nheiros especializados. Para a perfeita caso de dúvidas, é preciso solicitar infor- Todos os projetos devem ser desen-
execução é fundamental definir os pon- mações aos engenheiros. O projeto de volvidos por profissionais especializa-
tos de passagem dos tubos e conexões elétrica demonstra a distribuição de ener- dos e registrados no Conselho Regio-
para água quente e fria, onde serão ins- gia, desde a entrada no imóvel, passan- nal de Engenharia e Agronomia
talados componentes hidráulicos como do pela caixa de força interna até chegar (Crea), no caso de engenheiros, e no
tanques, pias e vasos sanitários, os ele- aos ambientes. Também devem ser espe- Conselho de Arquitetura e Urbanismo
trodomésticos e os pontos de iluminação, cificadas as bitolas dos fios e cabos elé- (Cau), para arquitetos. O profissional
que precisam de tomadas e interrupto- tricos e a capacidade elétrica de compo- preenche e paga as documentações
res, além dos caminhos dos conduítes nentes como os DRs e os disjuntores. necessárias relativas a cada conselho,
que devem ser guardadas em caso
O projeto de instalações elétricas deve indicar os caminhos por onde passarão os
de reparos ou reforma.
PLANTA DE ELÉTRICA
conduítes e a localização dos pontos de iluminação e de outros pontos elétricos
como tomadas e interruptores. Deve dimensionar ainda os fios e cabos elétricos
8 8 8
atau atau atau

at 8
at 8
at 8
at 8

8
atau
8
atau

4 4
ae ad
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ARC8500

26

1350
1350

ARC8500
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ae 4

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4 af 14 14 2PT
4 2PT 14 27

ARC8500
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2PT
2PT
2PT
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ab 4 ab 4 af 4 14

13
13
14

13

13
28
4 14 14
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ab 14 17 18 3 4 2PT 2
ac 14 29 29
13 13
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M 570

t 3 14 16 17 18 3 4 ARC8500
x 3 w 3 s 3
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2PT
16
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28
ab
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14 14 3
ac 4 17 w 13 14 16 17 18 2 3 4 8 13
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x 14 3 14 17 18 3 4 14
14 bb 2 13
14 s 2PT 13 2PT 12 2
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2PT

2PT

13
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14

14

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2PT
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2PT

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2PT
2PT

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14

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14

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2PT
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12

12

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8 12 2
2PT

2PT

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2PT

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2PT

2PT
LUMINÁRIA P/ LÂMPADA COMPACTA OU LED 23
ax

5
ak 10
2PT

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1 10

LUMINÁRIA P/ LÂMPADA COMPACTA OU LED


h
12

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5 ap 5 h bd i 1
ap ap 5 1 10 bd 1
h
5 17 18 2 3 4 5 8
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LUMINÁRIA P/ LÂMPADA COMPACTA OU LED bf
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2PT
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2PT

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5 5 10 5 5 10 g g
bh be bh be 2PT 10 10 2PT
be
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be 5 be 5 as 2PT
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bh
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10

10

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2PT

10
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2PT
2PT

2PT

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ar
5 ap
ap 5
10 10 10
5
7 ar

apaq

5
as

QD3
7 as
7 as

7 as

7 as

CX2
200x200x100 Ø1.1/2"

7 7 7
as as as

32
PLANTA DE HIDRÁULICA Para a perfeita execução das instalações hidráulicas, o projeto deve detalhar a passagem de água quente e fria e as saídas de esgoto

AQ-1 AF-1
ø22 ø25 AF-5 AF-6
ø50 ø50

ø25 mm
ø25 mm
AF-2 AQ-2
ø25 ø25 mm ø22 mm ø22 AL-1
ø3/4
ø22 mm

ø25 mm - Entrada vem da cisterna

ø25 mm
AF-8 ø22 mm ø25 mm
ø25 mm

ø50 AQ-3 AF-4

ø50 mm

ø50 mm
ø22 ø50 mm ø50 mm ø25 ø25 mm

ø25 mm
ø25 mm
ø50 mm

ø50 mm ø50 mm ø50 mm ø60 mm - Alimentação das bacias sanitárias ø25 mm - Entrada vem da rua

ø25 mm
CUø22 mm

ø22 mm
ø22 mm
ø25 mm

AF-7
ø25 ø25 mm ø25 mm ø25 mm ø25 mm ø32 mm ø25 mm - Entrada vem da rua
ø22 mm

AQ-4
ø22

ø25 mm
ø22 mm ø22 mm ø22 mm ø22 mm

ø25 mm ø50 mm
ø25 mm

ø22 mm
DETALHE DO ESGOTO DO BANHEIRO DA SUÍTE

i <= 2% Ø 100

ø25 mm
AF-9
insp. ø25
Ralo linear encostado na parede ø25 mm

AF-10
ø50
ø22 mm AF-11
.10

ø50 mm ø50
ø50 mm
Ø

.74 2.02 .35 .12 1.51


40

Ø40

ø50 mm
ø25 mm
ø22 mm
AF-12

ø25 mm
ø25
ø25 mm
1.25

ø50 mm
AQ-5
Ø40
Ø

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40

ø50 mm
ø25
40
Ø

Ø40

ø25 mm
.21 .16

ø25 mm
ø50 mm
ø25 mm
AF-15
Ø100 ø25

ø25 mm

ø25 mm
Ø50

.28
40

AF-14
Ø
.05

ø50
ø25 mm ø25 mm ø25 mm
ø50 mm

ø25 mm
ø50 mm AF-16
Ralo linear encostado na parede ø25 mm ø25
ø25 mm
V
50

AL-2
ø25

As plantas de hidráulica mostram a dimen-


são da tubulação de entrada de água para
12 2
o consumo, a passagem de água quente e
1
fria de todos os pontos como torneiras, vasos
o
6
aoapamanaw

sanitários, chuveiros, pias e tanques, saída


aw

6
am bc
ao an
o

ap aw

de esgoto, capacidade da caixa d´água, entre


k

12 2 6
ko

k 2
outros. Também devem apresentar a rede
12 2 6 6
aoap anaw
de captação de águas pluviais e instalação
2
bc
do reaproveitamento da água das chuvas
aw

6 quando for o caso. DETALHE DO ESGOTO DA


bc 2
6
COZINHA E CHURRASQUEIRA
aoapan

ao ao
6

6 aoap an 6

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Ø50
Ø50
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ARC8500

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Ø
Ø

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6
i <= 2% Ø 100 Ø100 i <= 2% Ø 100
ap
6

CX1
200x200x100
Ø1.1/2" isnp. isnp. isnp. isnp. isnp.
QD2 QD3

33
projeto

Proporção ideal
SAIBA QUAIS SÃO AS MEDIDAS ADEQUADAS PARA CADA CÔMODO DO PROJETO DE SUA MORADA

O dimensionamento correto dos mite usos diversos e oferece várias opções se tornam melhores porque apresentam
ambientes da residência a ser planejada de distribuição. Porém, a disposição ade- grandes medidas. A metragem deve ser
é garantia de circulação e conforto aos quada não pode ser confundida com compatível com a função”, afirma o arqui-
moradores. “Dessa maneira, o espaço per- áreas espaçosas, ou seja, os cômodos não teto Ricardo Ciaco, da capital paulista.

ÁREA DE LAZER
A área mais disputada da casa merece
atenção especial. A piscina deve apre-
sentar as seguintes medidas: 20 m², com
profundidade que pode variar de 1,20 a
1,50 m e raia de aproximadamente 12 m.
O espaço de churrasqueira precisa apre-
sentar, no mínimo, 9 m².

Hall

A distância do local para assar carnes levantamento, parte-se para a defini- almoços e jantares. “Essa informação é
e do forno a lenha até o balcão de refei- ção do mobiliário. “Para não compro- imprescindível para considerar a quanti-
ções precisa ser de 1 m, a fim de facilitar meter o projeto, o ambiente deve ter dade de pessoas que frequentarão o
a circulação e a convivência. “Vale des- 6 x 4 m”, afirma Ciaco. A dimensão espaço e, dessa forma, o número de
tacar que cada situação deve ser deta- pode ser a mesma usada na sala de assentos e tamanho da mesa”, explica.
lhadamente estudada. É preciso consi- jantar, porém, se o morador sonha em
derar a quantidade de pessoas que fre- ter uma TV grande no estar, é preciso LAREIRA
quentarão o local e se terá um ambien- recalcular as medidas. Por definição, os ambientes com larei-
te gourmet completo, com direito a ra devem ser confortáveis – afinal, é o
churrasqueira, forno, fogão a lenha e SALA DE JANTAR lugar onde as pessoas se reúnem para
chopeira”, avalia Ciaco. De acordo com o profissional, antes momentos aconchegantes. Conside-
de estabelecer as medidas é preciso saber rando a característica, aconselha-se que
SALA DE ESTAR qual é a importância desse ambiente o pé-direito seja mais baixo, em torno
Assim como no jantar, considere com para os moradores e a quantidade de de 2,40 m. Sofás e poltronas devem ficar
cuidado o uso desse espaço. Feito o amigos que eles costumam receber para 3 m afastados.

34
COZINHA conforto, é indicado deixar um espa- Vale ressaltar que a proporção deve sem-
A cozinha deve ter, no mínimo, 12 m². ço de, no mínimo, 2 m. “Além disso, o pre ser mantida.
Mas, assim como os demais ambientes pé-direito deve proporcionar conforto
da casa, é preciso avaliar os hábitos dos térmico àqueles que utilizam o local. ESCADA
moradores e prever dimensões que Por isso, a medida padrão pode ser O projeto da escada precisa ser muito
garantam bom uso. Para as bancadas 2,60 m”, esclarece. bem planejado a fim de garantir a segu-
de apoio, a altura padrão é de 0,90 m rança dos moradores. Os degraus devem
e profundidade de 0,45 m, mas podem HOME THEATER apresentar, no máximo, 18 cm de altura
ser adaptadas dependendo da estatura A definição do equipamento é fun- e o local da pisada deve ter 26 cm. Além
dos usuários. damental para prever as medidas. “Estu- disso, a largura mínima recomendada para
dos mostram que, para um perfeito fun- uma escada de uso residencial é de 1 m.
ÁREA DE SERVIÇO cionamento visual e acústico, devem ser
Funcionalidade é a palavrinha mági- analisadas as distâncias mínimas entre o HALL
ca para o ambiente. Para acomodar os sofá e a televisão”, comenta o arquiteto, O espaço destinado ao hall é uma pré-
equipamentos – secadora, máquina de que costuma utilizar diferentes metra- via do que os convidados vão encontrar
lavar e tanquinho – com praticidade e gens como 6 x 4 m, 3 x 5 m ou 8 x 6 m. ao entrar e, por isso, deve ser muito bem

2,60m
3,30m

DORMITÓRIO
Nos dormitórios, o que não pode faltar
é conforto. Por isso, o cômodo deve apre-
sentar pé-direito de, no mínimo, 2,40 m.
“Essa medida influencia diretamente no
conforto térmico, pois permite melhor cir-
planejado. As medidas serão proporcio- BANHEIRO culação de ar. Mas vale salientar que não
nais ao tamanho da residência. Se o pé- As medidas mínimas para um banhei- se deve estabelecer uma regra, pois cada
direito for baixo, recomenda-se que apre- ro confortável são 1,30 m de largura por projeto demanda dimensões específicas”,
sente 1,5 x 1,5 m e 1,20 m para a aber- 2,20 m de comprimento. acrescenta Ciaco. Quanto à largura e
tura da porta. “Se quiser instalar uma banheira ou comprimento, as menores medidas indi-
spa, a largura deverá ser de 1,60 m”, cadas são 2,60 x 3,30 m.
LAVABO completa. Para o box, os profissionais
Esse ambiente pode apresentar medi- recomendam 0,90 m. Quanto à banca- GARAGEM
das reduzidas, mas sem perder a como- da, o arquiteto sugere reservar um espa- Para abrigar os veículos, é indicado
didade. A largura indicada é de 1 m e o ço de 1,20 m para cada usuário. As tor- deixar uma área de 3 x 6 m para cada
comprimento de 1,20 m. O pé-direito neiras podem ser dispostas a 0,20 cm carro. “Essas medidas visam a uma cir-
sugerido é de 2,40 m. O vaso sanitário acima da pia, a bancada sanitária preci- culação mais segura e facilitam a aber-
deve ser disposto ao centro do ambien- sa de um espaço de 0,20 m nas laterais tura das portas. Entre as vagas, reco-
te e a pia a uma altura de pelo menos e os registros devem ficar a, pelo menos, mendo, ao menos, um espaço de
0,80 m do chão. 2 m de altura. 1,5 m”, afirma o arquiteto.

35
projeto

Morada acessível
SAIBA QUAIS SÃO AS DICAS DE SEGURANÇA E ADOTE OS CONCEITOS DO DESENHO UNIVERSAL EM CASA

ÁREA DE
VÃO DE 95 CM

SERVIÇO
SUÍTE
DORMITÓRIO

COZINHA

DORMIT. DE
EMPREGADA BANHO
VÃO DE 90 CM

VÃO DE 80 CM
VÃO DE 80 CM

COPA CIRCULAÇÃO BANHO

VÃO DE 140 CM VÃO DE 200 CM

VÃO DE 160 CM

ESTAR JANTAR
DORMITÓRIO

TERRAÇO

Acessibilidade vai muito além de por- desenvolver um lar funcional e com fácil ou auditiva, crianças, idosos, quem está
tas mais largas, rampas e barras no banhei- circulação”, comenta a arquiteta Sandra com uma perna quebrada ou usa mule-
ro. Pensar em uma casa para todos faz Perito, presidente do Instituto Brasil Aces- tas temporariamente”, afirma.
parte de um conceito chamado desenho sível. Para ela, não se deve pensar no Diversos itens fazem parte do concei-
universal. Nesse caso, projetar não é ten- assunto apenas se acontecer alguma fata- to, com destaque para segurança, con-
tar adequar a construção às necessidades lidade. “É preciso elaborar edificações fun- forto e independência. “É importante estu-
atuais, mas olhar para o futuro. “Todos cionais para facilitar não apenas a rotina dar alternativas para garanti-los. Eles
estão sujeitos a limitações, independente- de pessoas que estão em cadeiras de podem ser aplicados durante a constru-
mente da idade. Por isso, é imprescindível rodas, mas também com deficiência visual ção ou serem previstos e implantados anos

36
mais tarde”, explica. têm contorno limitado”, comenta Sandra.
O planejamento, na opinião dela, sai Para a arquiteta, todos os elementos de
muito mais barato, pois é uma maneira uma casa estruturada de acordo com o
de evitar possíveis reformas e gastos des- desenho universal devem estar sempre ao Da Astra, as barras de apoio
necessários. “O custo de implantação de alcance das mãos. “Interruptores, pias, ban- em PVC suportam até 150 kg
e disponíveis nas cores branca,
alguns elementos é bem maior depois que cadas e interfones são muito usados no maracujá e bordô
a casa está pronta. Durante a elaboração dia a dia e precisam ser instalados com as
do projeto, o investimento é muito peque- alturas corretas e em locais de fácil aces- Além dos assentos sanitários aces-
no”, ressalta. Em edifícios residenciais, a so”, comenta. Diversas características síveis, a Astra tem em seu portfó-
situação é um pouco mais complicada. devem ser planejadas. Vale a pena conhe- lio bancos e cadeiras que ofere-
cem conforto, autonomia e segu-
“Falta previsão. Depois, fica mais difícil ins- cer como funcionam e quais são seus prin- rança durante o banho
talar ou modificar, pois os apartamentos cipais benefícios.

• Portas: escolha maçanetas com de rodas sob a bancada.


alavanca, pois as com formato arre-
dondado são difíceis de manusear. É • Sobrados: indica-se prever
fundamental desenvolver portas com a instalação de um elevador, caso seja
80 cm de largura, medida que facilita necessário no futuro. Se for planejado
o acesso. As de correr e aquelas com ainda na obra, os custos de instalação
abertura para os dois lados também serão menores.
são indicadas.
• Cozinha: as bancadas das pias O DESENHO UNIVERSAL
• Box: o desnível deve ser mínimo. precisam ter um vão livre inferior de, Anote alguns dos principais tópicos
no mínimo, 0,73 m de altura a partir que fazem parte deste conceito

• Barras de apoio: indicadas para do piso acabado. 1 Utilização equitativa


toda a casa, principalmente nas áreas Os projetos devem possuir objetos e produtos
molhadas. • Circulação: as rampas são que possam ser utilizados por pessoas com
sempre boas soluções. No entanto, diferentes capacidades, tornando os ambientes
acessíveis a qualquer indivíduo, com deficiência
• Metais: torneiras e lavatórios as escadas não devem ser descarta-
física ou não.
devem ser acionados por alavanca, das. Em alguns casos, elas são
sensor eletrônico ou dispositivos mais indicadas, pois diminuem 2 Flexibilidade de utilização
monocomando. o tamanho do trajeto. O ideal O design de produtos deve atender pessoas
é ter as duas opções. com diferentes habilidades e diversas preferên-
cias, sendo adaptáveis a qualquer uso.
• Banho: opte por duchas com barras
deslizantes para facilitar o manuseio. • Rampas: devem ter corrimãos 3 Informação perceptível
duplos nas alturas de 0,70 m e Os dados necessários devem ser transmitidos
• Tomadas: são instaladas a 45 cm 0,92 m do piso. ao receptador, seja ele uma pessoa estrangeira,
com dificuldade de visão ou audição.
do piso, para permitir o acesso a
todas as idades e para pessoas que • Escadas: os corrimãos devem ser 4 Tolerância ao erro
estão em cadeiras de rodas. únicos, com 0,92 m de altura do piso Os profissionais devem prever acidentes para
e firmemente fixados. minimizar os riscos e possíveis consequências
• Interruptores: devem estar a de ações acidentais ou não intencionais.

1 m de altura do chão. Vale optar • Sistemas funcionais: para 5 Esforço físico mínimo
por modelos com LEDs (pois podem quem tem problemas auditivos, Essa caracterís-tica garante que os espaços
ser vistos no escuro), com diferentes a dica é apostar em equipamentos sejam usados eficientemente, com conforto
texturas ou sensores. que ajudam a identificar determina- e o mínimo de fadiga.
das ações. Há uma tecnologia que 6 Dimensão e espaço de
• Atividades do dia a dia: esco- aciona as luzes ao toque da campai- abordagem e de utilização
lher um sifão recuado é fundamental nha ou do telefone. Esse princípio estabelece dimensões e espaços
para facilitar a rotina de quem usa apropriados para o acesso, alcance, manipulação
e uso, independentemente do tamanho do cor-
cadeira de rodas. Dessa forma, é • Piso: não deve ser liso demais,
po, da postura ou mobilida-de do usuário (pes-
possível encaixá-la sob as bancadas pois provoca escorregões. soas em cadeira de rodas, com carrinhos de be-
da cozinha e do banheiro. Os antiderrapantes também não bê, bengalas etc).
são indicados. “Eles dificultam
• Móveis: opte por gabinetes com a circulação dos idosos, que podem 7 Utilização simples e intuitiva
Os projetos devem ter fácil compreensão para
rodízio para as pias da cozinha e do prender o pé ou tropeçar”, afirma que qualquer pessoa possa entender, indepen-
banheiro. Dessa forma é possível Sandra. O ideal é optar por um aca- dente de sua experiência, conhecimento, habili-
afastá-los e encaixar uma cadeira bamento que esteja no meio-termo. dade de linguagem ou nível de concentração.

37
materiais

Bom negócio
FIQUE ATENTO ÀS DICAS PARA ACERTAR NAS COMPRAS
E GARANTIR ECONOMIA NA HORA DE SELECIONAR
OS MATERIAIS PARA SEU PROJETO
Os gastos com a construção estão rela- ciação com as lojas. Na hora da compra
cionados, em grande parte, aos materiais. o consumidor deve verificar os novos pro-
Do básico ao revestimento, o custo pode dutos do mercado, o setor da construção
ser maior caso não exista planejamento está sempre evoluíndo e melhorando o
prévio, pesquisa e, principalmente, nego- custo-beneficio dos materiais.

SIGA AS DICAS E FAÇA BOAS 7- O mesmo vale para produtos como


COMPRAS COM ECONOMIA pisos, revestimentos e louças sanitárias.

1- Procure comprar todos os materiais de 8- Muitas lojas oferecem frete gratuito


construção e acabamento em apenas para compras acima de determinado
uma loja. Isso facilita a negociação, a valor. Converse com o gerente e sobre
entrega, as formas de pagamento e pos- essa possibilidade.
síveis descontos.
9- Garimpar promoções é uma ótima
2- Antes de escolher o local para as com- alternativa para economizar. Porém, é
pras, pesquise preços e solicite-os por escri- importante estar atento quanto à possi-
to. Com isso, o poder de negociação com bilidade de troca de produtos com defei-
a loja escolhida será maior. to, para não acabar gastando mais.

3- Cimento, cal, areia e pedra brita 10- O mesmo cuidado deve ser toma-
devem ser adquiridos aos poucos, con- do com relação à idoneidade do lojista,
forme as necessidades da obra. Lembre- pois existem casos nos quais os produ-
se de que o cimento é perecível e tem tos em promoção são de qualidade duvi-
data de validade. dosa ou com defeito. Prefira lojas com
maior capacidade de negociação de pre-
4- É necessário calcular corretamente a ços com os fabricantes.
quantidade de materiais pois, caso o lojis-
ta não aceite trocas ou devoluções, a aqui- 11- Exija sempre a nota fiscal. Com isso,
sição de grandes volumes pode resultar terá os direitos garantidos por lei.
em prejuízo.
12- Ao realizar as compras, confira o pra-
5- Os tipos de tijolos e blocos devem zo oferecido para trocas – seja ou não em
ser definidos ainda no projeto, para que razão de defeitos.
seja calculada a quantidade necessária
para a obra. O ideal é comprá-los do 13- Verifique a data de entrega. Atrasos
mesmo fabricante, mas a entrega deve podem resultar em gastos desnecessários,
ser feita gradualmente. já que os operários receberão pelo serviço
(conforme estipula o contrato) mesmo que
6- Materiais hidráulicos e elétricos devem o material não esteja disponível para a obra.
ser comprados em datas próximas da uti-
lização. Caso os adquira em promoção, 14- É importante adquirir produtos de
guarde-os em local seguro e fora do can- marcas consolidadas. Materiais de segun-
teiro de obras, evitando a deterioração da linha têm durabilidade menor e podem
ou quebra. trazer problemas para a construção.

38
15- Compre impermeabilizantes, aço, 17- O cimento deve ter o selo da Associa-
cimento, tubos, conexões, fios, cabos elé- ção Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
tricos e aquecedores fabricados de acordo
com normas técnicas da Associação Bra- 18- Quando os materiais são entregues,
sileira de Normas Técnicas (ABNT). o responsável pela obra deve verificar se
a listagem condiz com o que está sendo
16- Alguns materiais, como disjuntores, entregue e se os itens estão em bom esta-
fios e cabos elétricos, também possuem do. Embalagens violadas devem ser devol-
certificação do Inmetro. vidas imediatamente.

A SUA LISTA DE PRIORIDADES


Barracão da obra: madeirite, varas de ramento e formas de madeira. O concre-
eucalipto e pranchas de madeira para a to precisa ser dosado em central; a bom-
estrutura e cobertura; telhas metálicas ba de concreto é alugada. Impermeabili-
ou de fibrocimento; madeira para ban- zantes são indispensáveis.
cadas de apoio do escritório e para evi-
tar contato do cimento com o chão; pia, Telhado: madeira ou aço para a estru-
vaso sanitário e caixa d'água. tura, produtos para a proteção da
madeira, subcobertura, pregos, telhas,
Gabarito e piquetagem: pranchas forros – que podem ser de madeira,
de madeira, varas de eucalipto, linhas PVC, gesso ou drywall.
especiais para construção civil e pregos
em geral. Instalações hidráulicas: tubos e
conexões para esgoto, água quente e
Fundações: aço estrutural, concreto fria, caixa d'água, caixa de inspeção
(dosado em central), tijolo comum de (pode ser construída na própria obra),
barro para os baldrames, cimento, imper- caixa de gordura, ralos, grelhas para o
meabilizantes e areia para a argamassa escoamento da água, registros, tubula-
de assentamento. Se as instalações ção para calhas e para gás.
hidráulicas e elétricas forem feitas simul-
taneamente, adquira conduítes e canos Instalações elétricas: padrão elétrico
para a passagem de água fria e esgoto. (bifásico ou trifásico), conduítes, fios e
cabos elétricos, tomadas e interrupto-
Construção das paredes: tijolos de res, disjuntores, dispositivo DR, DPS
barro e blocos cerâmicos ou de concre- (proteção contra surtos), caixas de pas-
to; cimento e areia para o assentamento sagem e lâmpadas.
das peças.
Sistemas de aquecimento de água:
Primeira etapa dos revestimentos varia conforme o tipo escolhido. Poden-
das paredes: cimento, areia e cal para do ser chuveiro elétrico, a gás de passa-
o chapisco, emboço e reboco. Para o gem, central a gás, central elétrico ou
último, argamassas prontas otimizam o aquecimento solar.
tempo de mão de obra. Massa texturiza-
da não necessita de materiais para rebo- Revestimento de pisos e paredes:
co. Nas paredes externas, aplique imper- para cada acabamento escolhido, compre
meabilizante. cerca de 10% a mais, principalmente se
houver necessidade de reparos futuros e o
Pilares e vigas: aço estrutural, concre- produto não estiver esgotado. Não esque-
to (dosado em central ou feito na obra cer a argamassa colante e os rejuntes.
com cimento, areia, pedra brita e água)
e formas, que podem ser de madeira, Pintura: massa corrida, vernizes e pro-
EPS ou papelão. dutos de acordo com o tipo de acaba-
mento desejado, como texturas ou tin-
Contrapiso: malha de aço (estrutural), tas acrílicas e látex.
concreto e impermeabilizante (quando
previsto para a obra). Esquadrias: portas, janelas, dobradi-
ças, vidros, guarnições, batentes, fecha-
Lajes: empresas especializadas forne- duras, puxadores e outras ferragens.
cem os materiais (vigotas com preenchi-
mento em lajotas cerâmicas, EPS ou Louças e metais: cubas, vasos sanitários,
itens para a estrutura). Para laje maciça, torneiras, bancadas e duchas frias (usadas
adquira varas de eucalipto para o esco- com sistemas de aquecimento da água).

39
materiais

Material curinga

A VERSATILIDADE DA MADEIRA GARANTE SEU USO NOS MAIS DIVERSOS PROJETOS ARQUITETÔNICOS

Respeito à natureza e isolamento tér- Montana Química. Existe ainda a alter- ponibilidade local", observa.
moacústico são algumas vantagens que nativa de exigir dos fornecedores a apre- Estruturalmente, o material marca pre-
o recurso natural confere aos projetos. sentação do Documento de Origem Flo- sença em telhados, vigas de sustentação
"A madeira apresenta alta eficiência, sen- restal (DOF) emitido pelo Ibama. Outro e pilares. Segundo Maria José Miranda,
do renovável e sequestradora de car- cuidado refere-se ao tratamento para pro- responsável pelo Laboratório de Madei-
bono, com propriedades que melhoram teger o material, é importante tratar e ra e Produtos Derivados do Instituto de
o bem-estar dos moradores", aponta Sil- revitalizar a madeira por meio de manu- Pesquisas Tecnológicas (IPT), as escolhi-
vio Lima, gerente comercial da Monta- tenções periódicas, principalmente as que das devem apresentar resistência mecâ-
na Química. estão expostas e em constante contato nica adequada, durabilidade e proteção
Para que o uso seja eficaz, seguro e com sol e chuva. Assim, a matéria-prima ao ataque de cupins. "Peroba-rosa, capiú-
economicamente viável, é preciso esco- estará sempre bonita e protegida. ba, garapa e angelim-pedra são boas
lher espécies de origem legal e certifica- opções", afirma.
das. "O consumidor deve conferir o selo ACERTE NA SELEÇÃO! Para pisos, esquadrias e forros, a esté-
da entidade certificadora para ter a cer- A seleção do tipo deve ser avaliada tica é importante, porém a estabilidade
teza de que a extração respeitou as leis de acordo com o uso e as propriedades dimensional deve prevalecer. Jatobá,
ambientais e fiscais. Um exemplo é a cer- físicas e resistências mecânicas. De acor- maçaranduba, sucupira e cumaru, mais
tificação Forest Stewardship Council (FSC), do com Lepage, até a localização da resi- secas, são ideias para tacos e assoalhos.
que preza pela procedência da matéria- dência interfere na espécie a ser esco- Para esquadrias, garapeira, cedro rosa e
prima de áreas de manejo florestal", expli- lhida. "Avalie solo, índice pluviométrico ipê. Nos forros, a cedro é a mais indicada.
ca Ennio Lepage, consultor técnico da da região, umidade relativa do ar e dis- Veja o quadro ao lado:

40
Pinho-do-paraná
I0mbuia Sucupira Uso: ripas, partes secundárias de estruturas,
Uso: vigas, caibros, portas, batentes, venezianas, Uso: cruzetas, estacas, pontes, tesouras, cordões, rodapés, forros e lambris
painéis, forros e lambris vigas, caibros e forros Textura: fina
Textura: média Textura: grossa Cor: cerne e alburno distintos pela cor.
Cor: cerne varia do pardo-amarelado Cor: cerne e alburno distintos pela cor. Cerne amarelado com manchas largas rosáceas e
ao pardo-acastanhado Cerne pardo-escuro-acastanhado e sem brilho com brilho moderado
Cheiro: perceptível e agradável Cheiro: imperceptível Cheiro: pouco acentuado, de resina

Peroba-rosa Maçaranduba Ipê


Uso: dormentes, cruzetas, tesouras, vigas, Uso: pontes, cruzetas, estacas, tesouras, vigas, Uso: cruzetas, vigas, caibros, assoalhos,
caibros, tábuas e tacos caibros e tacos tacos, portas, janelas e batentes
Textura: fina Textura: fina Textura: fina
Cor: alburno indistinto, cerne róseo quando Cor: cerne e alburno distintos pela cor, cerne Cor: cerne e alburno distintos pela cor, cerne par-
recém-cortado e, com o tempo, fica amarelo-rosa- vermelho-claro, tornando-se vermelho-escuro do ou castanho com reflexos amarelados ou esver-
do e sem brilho com o tempo e sem brilho deados; alburno branco-amarelado e sem brilho
Cheiro: imperceptível Cheiro: imperceptível Cheiro: imperceptível

Cedro Castanheira Eucalipto


Uso: portas, venezianas, caixilhos, ripas, caibros, Uso: portas, venezianas, caixilhos, forros, lambris, Uso: postes, cruzetas, dormentes, vigas,
lambris, painéis, molduras e forros painéis e ripas pilares e caibros
Textura: média a grossa Textura: média Textura: fina e média
Cor: cerne e alburno distintos pela cor. Cor: cerne castanho-avermelhado levemente Cor: cerne pardo, alburno branco-amarelado
Cerne castanho avermelhado e sem brilho rosado e sem brilho e sem brilho
Cheiro: imperceptível Cheiro: imperceptível Cheiro: imperceptível

Jequitibá Mogno
Uso: cruzetas, vigas, caibros, tesouras, portas, Uso: janelas, portas, cordões, guarnições,
janelas e batentes rodapés, forros e lambris
Textura: média Pinus Textura: média
Cor: cerne e alburno distintos pela cor. Uso: rodapés, forros e lambris Cor: cerne e alburno distintos pela cor.
Cerne varia do castanho-amarelado ao castanho- Textura: fina Cerne castanho-avermelhado, alburno branco-
avermelhado e o alburno é branco-amarelado Cor: branco-amarelado e com brilho moderado amarelado e brilho acentuado
Cheiro: imperceptível Cheiro: de resina Cheiro: imperceptível

41
SEM CUPINS
Considerada uma das piores pragas
urbanas atuais, os cupins podem causar
enormes estragos às moradas. As madei-
ras de modo geral estão sujeitas ao ata- SISTEMA AMARU
que, incluindo MDF e compensados. Pre- Elaborado em parceria entre a Plan-
venir é sempre o melhor remédio. Entre tar e a Montana, o método utiliza Ama-
as espécies mais vulneráveis estão pinus, ru, madeira específica para a construção
eucalipto, cedrinho e virola. Ao contrá- civil, concebida a partir de estudos gené-
rio destas, angelim-pedra, peroba-rosa, ticos. O sistema utiliza peças da matéria-
itaúba, ipê, imbuia, muiracatiara, maça- prima perfilada de pequeno diâmetro,
randuba e jatobá possuem maior densi- proveniente de florestas jovens, que pro-
dade e resistência. Assim, para manter porcionam rapidez, durabilidade e eco-
os insetos longe, além do tipo estar de nomia à obra, com estabilidade dimen-
acordo com o uso pretendido, é neces- sional e resistência. O comprimento de
sário atentar para as condições de expo- cada unidade é uniforme com opções
sição e riscos de infestação, com controle de diâmetros de 4, 7, 9, 11, 13 e 15 cm.
da umidade e dos pontos de acesso e São oferecidos dois tipos de perfis – um
tratamento com produtos preservativos roliço e outro côncavo. A padronização
adequados contra o ataque de organis- permite encaixes perfeitos e agilidade na
mos xilófagos. montagem. O tratamento preservativo
São várias as formas e métodos de e o acabamento com Osmocolor Stain,
controle. "A prevenção torna-se um item da Montana, asseguram durabilidade e
de custo irrelevante frente aos inúmeros beleza ao conjunto.
benefícios da madeira na construção",
fala Mariluz Fernandez Natale, bióloga
da empresa Montana Química.

MADEIRA LAMINADA COLADA – MLC


A madeira laminada colada (MLC)
substitui o aço, o concreto e a própria
O MAIS COBIÇADO madeira em vigas, pilares, coberturas,
Entre as madeiras usadas para a pisos e até paredes. As peças são leves e
estrutura das residências, o eucalipto reduzem a carga nas fundações e podem
da espécie citriodora lidera os pedidos. ser produzidas em praticamente qualquer
Ele é proveniente de reflorestamento e forma e dimensão. A principal vantagem
recebe tratamento em autoclave, medi- é vencer vãos maiores que a madeira tra-
da que aumenta a durabilidade para, dicional. O processo de fabricação da
em média, cem anos. Contudo, para MLC consiste na colagem de lâminas de
garantir segurança e solidez durante a madeira umas nas outras, provenientes
construção, é fundamental realizar o de áreas de reflorestamento e já selecio-
cálculo estrutural com a ajuda de um nadas e classificadas. Assim, o material
profissional especializado. chega pronto para ser montado no local
Desde o início, o projeto arquitetô- dando à obra agilidade, limpeza e orga-
nico precisa ser desenvolvido para rece- nização, além de evitar o desperdício.
ber toda a estrutura de madeira.
“Todos os encaixes e conexões serão
feitos diretamente nas toras”, esclare-
ce o arquiteto André Eisenlohr, da capi-
tal paulista. 100% APROVEITÁVEL
Para o perfeito dimensionamento, o Sabe aquela madeira que foi usada para escorar lajes
arquiteto Ronald Ventura, de Ubatuba, e vigas durante a obra? Ela pode ser reaproveitada
de forma funcional em outras construções e ainda
litoral norte paulista, sugere avaliar o contribuir para a preservação do verde. Lepage in-
tamanho dos vãos a serem vencidos, dica o uso para compor objetos e móveis para a área
externa, como mesas, cachepôs, gazebos, bancos e
determinado pela altura dos pilares. até cercas. Para incrementar e assegurar a beleza, é
“Fique atento à espessura, pois o euca- recomendada a aplicação de produtos para a pro-
lipto é grosso na parte de baixo e afina teção e acabamento. "Se não for possível a utiliza-
ção, faça o descarte das sobras de maneira adequa-
na área superior. Por isso, é necessário da e com o auxílio de cooperativas de reciclagem",
usar bitolas uniformes”, aconselha. ensina o consultor.

42
materiais

Elementos
Presentes em várias etapas da cons-
trução, cimento, concreto e aço são
materiais fundamentais. Com caracte-
rísticas particulares, vale ressaltar que

essenciais
antes da compra é preciso confirmar se
os produtos seguem as regras da Asso-
ciação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) e se têm o selo da Associação Bra-
sileira de Cimento Portland (ABCP).
Descubra as composições e finalida-
CIMENTO, CONCRETO E AÇO SÃO MATERIAIS des de cada um e garanta a segurança
INDISPENSÁVEIS A QUALQUER OBRA do seu lar.

CIMENTO
"É um ligante ou cola que une os
agregados (areia e pedra) para a elabo-
ração do concreto ou argamassa. Adqui-
re essa propriedade ao ser misturado
com a água e endurece mesmo sub-
merso", define Arnaldo Forti Battagin,
gerente do laboratório da ABCP.
Há uma grande variedade disponível
no mercado, porém a escolha deve ser
realizada de acordo com a finalidade
desejada. Vale ressaltar que em todos os
tipos a fabricação deve seguir as normas
da ABNT para garantir um bom desem-
penho na construção.
Validade: desde que armazenado
em ambiente fechado e sem umidade,
pode durar até 90 dias. O local não
pode estar molhado e deve-se evitar o
contato com a parede e o chão.
Acerte na escolha: inicialmente,
verifique a disponibilidade regional e,

44
após essa etapa, a existência do tipo
desejado para a aplicação. Veja também
se há selo da ABCP. Fique atento ao tipo,
às indicações de uso e se o saco está em
boas condições.
Para locais em que há contato inten-
so com umidade, como casas de praia,
fundações, piscinas e cisternas, reco-
menda-se os tipos de cimento com mais
adições de minerais.
Atenção: por sua versatilidade, bai-
xo custo e facilidade de uso, o cimen-
to Portland é o mais usado na constru-
ção. Quando misturado ao solo em pro-
porções estabelecidas, gera o solo-
cimento utilizado para a confecção de
tijolos para alvenaria.
Fique atento: indicados pelos núme-
ros 25, 32 e 40, cada numeração cor-
responde à resistência mínima à com-
pressão, garantida pelo fabricante após
28 dias de cura.

UTILIZAÇÃO DE CADA CIMENTO


CP I e CP II – F
Para artefatos de concreto e CONCRETO Receita de sucesso: sua composi-
uso geral, como concreto simples ção é uma mistura homogênea de
e argamassa cimento com agregados (areia e pedra)
que, após uma reação química, trans-
CP II – E e CP II – Z forma-se em uma espécie de rocha arti-
É o ideal para revestir e assentar ficial para a construção.
alvenaria e revestimentos Compra: é indicada a aquisição de
concreto usinado que garante a limpe-
CP III za na obra. Procure empresas idôneas
Recomendado para aplicações em com mão de obra capacitada e reco-
que é preciso ter resistência a meios nhecida no mercado.
agressivos e preparo de concreto
dosado em central MAIS QUE FUNDAMENTAL
Antes de iniciar a obra, verifique a
CP IV Resistência do Concreto à Compressão
Uso geral (fck). A medida usada é o Mpa (Mega
Pascal). Normalmente, o índice de fck
CP V varia entre 150 e 180. É também pos-
Uso geral, concreto usinado e con- sível especificar a pedra a ser usada
fecção de pré-moldados e artefatos na composição do concreto. A capa-
de concreto cidade de ser moldado, mais conhe-
cida como plasticidade, pode ser obti-
CP V-ARI da por um processo denominado
Concreto usinado, pré-moldados, como abatimento.
artefatos de concreto e concretos O material é essencial para o bom O excesso de água diminui a resistên-
especiais de alta resistência andamento da obra. Apresenta diver- cia e a falta deixa buracos. O importan-
sas finalidades, com destaque para a te para obter uma qualidade adequada
CPB resistência a esforços mecânicos. Por ao concreto e outros derivados de cimen-
Concreto arquitetônico e argamassas ser flexível, pode ser aplicado na fun- to é molhar o material por, no mínimo,
especiais dação e deve ser pouco permeável. sete dias após a concretagem ou inves-
Quando selecionado para a estrutura tir em aditivos químicos. Esse processo é
BC em pilares, resiste à compressão, tor- chamado de cura, cuja função é asse-
Concreto e argamassa ção e cisalhamento. gurar a maturidade do concreto.

45
PROVA DE RESISTÊNCIA ARMADO AÇO
O teste é realizado para confirmar a É formado por estruturas de concre- É um dos itens fundamentais da cons-
plasticidade do componente. Na própria to com interior composto por armações trução. Está presente desde o início do
obra, ele é colocado em um recipiente. de barras de aço. projeto até o acabamento. É utilizado na
Depois é encaminhado para um labora- confecção das estruturas, fundação, pila-
tório para avaliar detalhadamente se PROJETADO res e até no cercamento. A aquisição do
apresenta a resistência desejada. Equipamentos de alta velocidade lan- material pode ser feita sob medida por
çam o material na superfície. É muito usa- empresas especializadas ou montado na
AO SEU GOSTO do para revestir paredes e túneis e em própria obra. Lembre-se de que o aço
Conheça um pouco mais sobre os encostas. deve ser fabricado conforme as regras da
tipos disponíveis no mercado. Antes de Associação Brasileira de Normas Técnicas
fechar negócio, consulte o site da Asso- CONVENCIONAL (ABNT). O dimensionamento precisa ser
ciação Brasileira de Serviços de Concre- Indicado para o dia a dia na constru- calculado pelo engenheiro responsável
tagem (Abesc): www.abesc.org.br. ção civil para compor estruturas. e baseado na NR 7480, da ABNT. As
armações prontas oferecem agilidade e
DOSADO EM CENTRAL (USINADO) evitam desperdício.
Boa pedida para quem deseja ter rapi- Na hora da compra: verifique a
dez, economia e praticidade. É subme- procedência e garantia do aço escolhi-
tido a um controle que inclui as opera- do. Fique atento se a produção respeita
ções de armazenamento dos materiais, as normas técnicas. É importante ressaltar
dosagem, mistura, transporte, recebi- que tanto as estruturas de aço quanto as
mento, controle da qualidade, inspeção, de concreto devem ser especificadas e
aceitação e rejeição. Como já vem pron- aplicadas por profissionais. Estas etapas
to em caminhões betoneira, não há resí- garantirão a segurança da obra.
duos e entulho. Também há redução dos Atenção redobrada: se o dimen-
gastos com mão de obra. sionamento for desenvolvido de forma
errada, muitos problemas surgirão, de
FEITO NA OBRA trincas e, até mesmo, o risco de queda
Preparado no próprio local da obra, da moradia.
a mistura e homogenização são obtidas Curiosidade: o mesmo material é
por meio de enxadas, pás ou pequenas usado para estrutura convencional, de
betoneiras elétricas. Ele não chega a ser concreto armado e alvenaria estrutural,
tão uniforme quanto o usinado. porém o que muda é o diâmetro do aço.
Processo simplificado: da Arce-
CONCRETO PRÉ-MOLDADO lorMittal Brasil, o Kit Casa® contém todos
Vigas, pilares e lajes são moldados e os produtos para aplicação na etapa
adquirem resistência antes do posicio- estrutural de uma casa de 60 m². São
namento definitivo na estrutura. colunas prontas, sapatas, telas soldadas,
espaçadores treliçados, treliças, Trelifácil®,
CONCRETO PROTENDIDO reforços de alvenaria, cercas e telhas. "O
Sem risco de fissuras na obra, possui objetivo é otimizar a construção de for-
10 % de resistência à compressão. Resis- ma planejada, simples e sustentável. São
tentes cabos de aço entram em cena e produtos industrializados, desenvolvidos
são fixados e tracionados no concreto. para diminuir o desperdício e a necessi-

46
Peças pré-fabricadas Mufor® dade de cortar e dobrar aço artesanal- das e desperdício.
de aço galvanizado
da Arcelor Mittal:
mente, ou mesmo fazer toda a amarra- E mais: elimina-se o espaço físico e a
Trelifácil® para lajes ção manual dos produtos na obra", expli- necessidade de área de corte, dobra-
e Mufor® para reforço ca Antonio Paulo Pereira Filho, gerente mento, armação e montagem. Também
de alvenaria
de Desenvolvimento de Produtos e Mer- não é preciso manter um estoque de bar-
cado da ArcelorMittal Aços Longos. ras, além de não ter sobra de material.
Se você ficou interessado, fique aten-
COMO ECONOMIZAR to a alguns itens na hora da compra. As
O aço estrutural que chega pré-mol- peças devem possuir certificação de
dado, cortado e dobrado é uma ótima empresas como o ISO 9001 (qualidade),
solução para quem busca economia e ISO 14001 (meio ambiente), OHSAS
agilidade. As vantagens são inúmeras. A 18001 (segurança e saúde) e SA 8000
utilização de produtos padronizados, (responsabilidade social). Não se esque-
como estribos e colunas, oferece garan- ça de verificar sua procedência e se pos-
tia de segurança e qualidade. Além dis- suem garantia reconhecida de acordo
so, são produzidos de acordo com as com as normas técnicas e certificado
Trelifácil® necessidades do projeto, o que reduz per- pelo Inmetro.

REJUNTE
Responsável por unir as peças que
estampam pisos e paredes, o rejunte
deve ser escolhido de acordo com a área
onde será aplicado. Segundo a ABNT,
há rejuntamentos para ambientes exter-
nos e internos. Verifique o revestimento
e defina o modelo mais indicado para a
situação que pode ser à base de cimen-
to, epóxi ou outras resinas.
Para garantir a perfeita instalação, o
processo pode começar a partir da cura
inicial da argamassa colante e seguir as
instruções presentes na embalagem. As
juntas devem estar limpas, sem gordu-
ARGAMASSA gos das empresas sobre como preparar ras e excessos de sabão, e secas para
Fundamental em qualquer obra, este as superfícies e quais são os equipamen- facilitar a aderência. A base não deve
produto é composto pela mistura de tos mais indicados. É importante lembrar apresentar umidade para evitar o apa-
cimento, areia, aditivos e água. É essen- que cada revestimento – mármores, gra- recimento de manchas. O mercado dis-
cial para etapas como emboço e reboco, nitos, porcelanato, pastilhas de vidro, ponibiliza produtos que levam cores para
além da indicação para assentar revesti- entre outros – precisa de uma argamassa os rejuntes e deixam as superfícies com
mentos. Pode ser usada para diversas específica. Confira a indicação para cada um toque especial.
finalidades. Há argamassas para assen- material e garanta a uniformidade na
tamento, revestimento, sobreposição, hora da aplicação.
rejuntamento, ancoragem, impermeabi-
lização e bricolagem. CONHEÇA OS TIPOS
Aquisição: sabendo que o preço DE ARGAMASSAS
total da argamassa não equivale a 0,5% Colante tipo I
de uma obra, invista em produtos de Uso interno
qualidade e que atendam a finalidade Colante tipo II
desejada para evitar problemas no futu- Uso interno e externo
ro. Adquira apenas a quantidade neces- Colante tipo III
sária e evite desperdícios. Uso interno e externo
Colante tipo III Especial
CUIDADO! Uso interno e externo
O primeiro passo para não ter erro e Piso sobre Piso
obter sucesso na utilização é a leitura de Uso interno e externo
todos os procedimentos apontados na para pastilhas
embalagem pelo assentador. Outra opção Uso interno e externo
é buscar informações nos sites e catálo- (assenta e rejunta simultaneamente)

47
materiais

Pelas CONHEÇA OS TIPOS DE BLOCOS E DE TIJOLOS E GARANTA SEGURANÇA,


RENTABILIDADE E CONFORTO TERMOACÚSTICO NA SUA CONSTRUÇÃO

paredes
BLOCOS DE CONCRETO BLOCOS CERÂMICOS
Entre as vantagens estão a diversida- São usados para alvenaria estrutural
de de espessuras e o ótimo isolamento e de vedação, oferecendo conforto tér-
acústico apresentado. Pode ser utilizado mico e acústico.
como alvenaria aparente ou revestida. O produto ainda facilita a prumada
Ao planejar a construção com esse mate- das paredes, reduz as espessuras dos
rial, é possível economizar, pois o con- revestimentos como o emboço e o rebo-
sumo de argamassa é menor do que o co e simplifica a execução das instala-
usado em blocos cerâmicos e o tempo ções hidráulicas e elétricas.
RENDIMENTO BLOCOS DE
de assentamento é reduzido. No entan- CONCRETO ESTRUTURAL O projeto proposto pelo arquiteto
to, é preciso considerar o desempenho determinará a quantidade de materiais
Bloco Inteiro Rendimento
térmico inferior ao do bloco cerâmico. e medidas exatas. Nesse caso, o enge-
L x A x C (cm) (peças por m²)
Ao utilizá-los para vedação são indicados nheiro da obra é o profissional mais capa-
para fechar vãos entre colunas e dividir 9 x 19 x 39 . . . . .12,5 citado para especificar as necessidades
os ambientes. 11,5 x 19 x 39 . . .12,5 da construção.
Desde maio de 2014, está em vigor a 14 x 19 x 39 . . . .12,5 Já o projetista detalhará a obra e
nova versão da NBR 6136 - Requisitos 19 x 19 x 39 . . . .12,5 especificará a modulação mais adequa-
para Blocos Vazados de Concreto Sim- da, já que os blocos têm suas dimensões
RENDIMENTO BLOCOS DE
ples, publicada pela Associação Brasilei- CONCRETO DE VEDAÇÃO adequadas a um tipo de convenção.
ra de Normas Técnicas (ABNT), que defi- Podem ser da família de 30 ou 40 cm e
Bloco Inteiro Rendimento
niu melhor o termo "bloco vazado", o tamanho ainda pode variar. No entan-
L x A x C (cm) (peças por m²)
excluindo os com fundo fechado, que to, apresentam diferença entre a medida
não são normatizados e, portanto, não 6,5 x 19 x 39 . . . .12,5 modular e a real do bloco. Isso se deve
podem ser comercializados. Os blocos de 9 x 19 x 39 . . . . .12,5 para compensar a aplicação de arga-
classe "D" também foram excluídos e a 11,5 x 19 x 39 . . .12,5 massa de assentamento com espessura
resistência à compreensão mínima para 14 x 19 x 39 . . . .12,5 de 1 cm, daí a necessidade de medidas
blocos de vedação passou a ser de 3MPa. 19 x 19 x 39 . . . .12,5 de 39 ou 29 cm.

48
Outra vantagem destacada por Osiris DIMENSÕES DE BLOCOS
Lima Jr, assessor técnico e da qualidade CERÂMICOS DE VEDAÇÃO
da Associação Nacional da Indústria Cerâ- Bloco Inteiro Rendimento
mica (Anicer), é que as normas de blocos L x A x C (cm) (peças por m²)
cerâmicos de alvenaria estrutural e de 9 x 9 x 19 ................50
vedação são as mais modernas e atuali- 9 x 9 x 24 ................40
zadas, elaboradas a partir de métodos e
9 x 14 x 19 ..............33,3
produtos nacionais, e o sistema também
possui peças especiais que ajudam a com- 9 x 14 x 24 ..............26,6
por as soluções para construção. 9 x 14 x 29 ..............22,2
9 x 19 x 19 ..............25
9 x 19 x 24 ..............20
BLOCO DE VEDAÇÃO
9 x 19 x 29 ..............16,67 Usado para execução de CANALETA
9 x 19 x 39 ..............12,5 paredes que suportarão Possui várias dimensões
BLOCO ESTRUTURAL o peso próprio e pequenas e serve como vergas
Tem dupla função, vedação e 11,5 x 11,5 x 24 ......32 cargas de ocupação. (embaixo e em cima
estruturação. Pode substituir 11,5 x 14 x 24 .........26,6 É colocado geralmente de esquadrias), reforço
pilares e vigas de concreto. com os furos na no meio de paredes e
É utilizado com os furos 11,5x19 x 19 ...........25 posição horizontal. respaldo (viga em cima
sempre na vertical.
11,5 x 19 x 24 .........20 da última fiada).

11,5 x 19 x 29 .........16,67
11,5 x 19 x 39 .........12,5
14 x 19 x 19 ............25
14 x 19 x 24 ............20
14 x 19 x 29 ............16,67
14 x 19 x 39 ............12,5
19 x 19 x 19 ............25
19 x 19 x 24 ............20
19 x 19 x 29 ............16,67
19 x 19 x 39 ............12,5 BLOCO PARA LAJE
Bloco cerâmico vazado e pré-moldado aplicado
24 x 24 x 24 ............16 na horizontal para execução de lajes.
24 x 24 x 29 ............13,3
24 x 24 x 39 ............10
*O rendimento poderá variar na obra dependendo
da espessura da junta e da dimensão dos blocos.

49
DICAS PARA COMPRAR

1 Segundo Cláudio Oliveira Silva,


gerente de inovação e sustentabi-
lidade da Associação Brasileira de
Cimento Portland (ABCP), verifique COMUM CANTO 45O
se o fabricante e o produto pos- Pode ser encontrado em várias cores e é indicado É ideal para situações que necessitam de desvios
para alvenaria de casa e muros revestidos ou não. e tem rendimento de 16 peças por metro linear.
suem o selo de qualidade da ABCP O rendimento é de 70 unidades por m² para alvenaria
e a marca de conformidade do e 35 se for usado para revestimento.
Inmetro. Eles são uma garantia de
que o material foi fabricado de
acordo com as normas técnicas da
PLAQUETA
Associação Brasileira de Normas Usada para revestir forno a lenha.
Técnicas (ABNT);

2 Confira se as peças estão homo- TIJOLOS DE BARRO


gêneas na textura e na tonalidade; Tradicional, o material consiste na mis-
COLONIAL
Tem tamanho diferenciado e são usados tura de argila e solo arenoso. Os profis-
3 A diferença de peso entre os blo- até 42 unidades por m². sionais recomendam sua utilização para
cos do mesmo lote deve ser míni- alvenaria de vedação. Os modelos pos-
ma. Caso contrário, haverá varia- suem bom isolamento térmico e acústi-
ção de resistência. Além disso, co e podem ficar aparentes.
peças leves possuem maior porosi- Para evitar a falta de padronização
dade e absorção de água; das peças e quebras durante a obra,
contribuindo com desperdício e gera-
4 O material deve ser uniforme ção de entulho, procure empresas que
MEIA-LUA
e ter cantos vivos, assim como Deve ser aplicado em pilares ou em locais com participem do Programa Setorial de
medidas e ângulos retos exatos. formatos arredondados. Rende aproximadamente Qualidade (PSQ), o qual integra o Pro-
As diagonais, devem ter o mes- 36 peças por metro linear.
grama Brasileiro de Qualidade e Pro-
mo tamanho; dutividade no Habitat (PBQP-H), inicia-
tiva do Governo Federal voltada para a
5 Avalie o som produzido pelo qualidade das peças.
bloco ao bater levemente uma É possível adquirir também tijolos de
peça na outra. O das peças bem demolição para valorizar o charme rús-
compactadas é mais estridente tico dos projetos. Para tanto, é impor-
(possui barulho metálico), enquan- tante observar alguns detalhes:
to os mais porosos possuem sons BICO-DE-PAPAGAIO
Usado para dar acabamento em cantos 1. Verifique se não estão esfarelando
mais suaves; arredondados, rende aproximadamente 16 tijolos 2. Não adquira se tiverem resíduos
por metro linear.
de cimento, pois haverá gastos extras e
6 Segundo Silva, quando o can- atrasos na obra
teiro de obras não possui espaço 3. Os modelos antigos apresentam
para armazenar os blocos para variações de tamanho, por isso prefira
toda a construção, não há pro- tijolos de um mesmo fornecedor ou casa
blemas em receber o material de demolida
diferente lotes, desde que o fabri- 4. No acabamento, aplique uma fina
cante respeite as normas técnicas camada de impermeabilizante incolor e
de fabricação; CURVO
proteja as peças
Fabricado em diversas tonalidades e dimensões,
é sugerido para cantos ou para compor detalhes.
7 Caso o consumidor desconheça
os fabricantes de sua região, a Asso-
ciação Brasileira da Indústria de Blo-
cos de Concreto disponibiliza no
site www.blocobrasil.com.br uma
lista de seus associados que pos-
suem produtos com selo de quali-
dade. Contato de telefone e e-mail DEMOLIÇÃO
são oferecidos nessa seleção. Pode estar presente na estrutura, piso, parede e
até como decoração. O tijolo rústico deve ter
a cara mais original possível

50
preparativos iniciais

Ordem no
CANTEIRO UMA OBRA LIMPA E ORGANIZADA
AUMENTA A PRODUTIVIDADE E
A SEGURANÇA DOS OPERÁRIOS

Imagine a cena: uma construção total- de serviço ou quintal de uma casa. É um itens também evita possíveis furtos.
mente desorganizada, com ferramentas ambiente necessário para o funciona-
espalhadas e materiais por todos os lados. mento da residência. Em uma obra acon- PRIMEIRO PASSO
O resultado dessa história é desperdí- tece da mesma maneira”, exemplifica o Antes de tudo, é necessário solicitar
cio ou dores de cabeça no futuro. Porém, arquiteto Paulo Gaspar, do escritório as instalações de água e esgoto na
basta colocar uma palavrinha em prática Pupo+Gaspar Arquitetura e Interiores, de construção. Em lotes que não possuem
para esse cenário mudar totalmente de Valinhos, SP. Com alguns cuidados bási- rede de abastecimento, é fundamental
figura: organização. Agora sim, materiais cos a segurança dos trabalhadores tam- providenciar uma fossa séptica. A liga-
armazenados com cuidado e nada fora bém ficará garantida. Medidas preventi- ção da luz deve ser realizada antes mes-
do lugar! Se o canteiro estiver bem pla- vas são fundamentais para que pregos, mo do início do trabalho e costuma ser
nejado, tudo é diferente. As atividades do pedaços de madeira e ferragem não cau- provisória. Para isso, é feito um cavale-
dia a dia ficam mais rápidas e eficientes. sem danos à integridade física dos fun- te e instalado um medidor até o final
“Podemos comparar esse espaço à área cionários. A correta armazenagem dos da construção.

11

05

07
04 10
10 09
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03 01 02

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13 14

O BARRACÃO da construção. 150 m, no mínimo, da obra. Ainda deve


Para garantir a organização na obra, O local para a armazenagem deve ser haver, em alguns casos, dormitórios para
é fundamental planejar o barracão. Ele subdividido e contar com alguns itens os funcionários e almoxarifado com cha-
deve estar na área de afastamento da indispensáveis. O escritório tem de estar ve exclusiva. A NR 18, do Ministério do
rua. A fundação, normalmente, é do em espaço reservado dos vestiários, que Trabalho, regulamenta as condições do
tipo radier. A estrutura e as paredes são geralmente ficam o mais perto possível canteiro de obras e orienta a metragem
de madeira e as telhas de fibrocimento, da área de trabalho. Os sanitários estão ideal do barracão de acordo com o
materiais fáceis de desmontar ao final próximos das tubulações de esgoto e a número de funcionários.

52
FIQUE ATENTO! É fundamental que as baias e os
depósitos sejam planejados de
A área do barracão varia de acordo acordo com as proporções da obra
com a obra. Porém, as medidas e do terreno. Além disso, devem ter
mínimas são: 8 m² (escritório), 12 m² fácil acesso e sequência de uso exi-
(dormitórios), 6 m² (banheiros e gida pela obra, sem que a retirada
vestiários) e 20 m² para o depósito. de materiais prejudique o trânsito
de pessoas e trabalhadores ou
É fundamental oferecer água potá- interfira na rotina da construção.
vel aos trabalhadores. O aconselha-
do é a instalação de um bebedouro. Próximo à conclusão da obra, deve
ser desenvolvido o padrão de luz e
Tapumes protegerão o terreno con- solicitada a ligação definitiva com a
tra possíveis furtos e invasões. Em carga adequada para a edificação.
alguns casos é necessário contratar
vigias para garantir a segurança Não se esqueça de planejar o escri-
durante a noite. Esses profissionais tório no barracão, local indicado
devem ter, por lei, descanso sema- para guardar projetos e documen-
nal remunerado, hora extra ou adi- tos de controle da construção.
cional noturno e feriados.
Lembre-se: um canteiro de obras
Para obras de grande porte, indica- organizado é sinônimo de trabalha-
se o uso de contêineres no lugar dores satisfeitos, construções mais
do barracão. rápidas, limpas e sem desesperdício.

VEJA COMO ARMAZENAR OS ITENS MAIS USADOS NA CONSTRUÇÃO:

01. ESCRITÓRIO sobras que podem ser necessárias para 10. AREIA E BRITA
É fundamental para manter a organi- retoques ou mesmo como referências Devem ser estocadas dentro de uma
zação e a agilidade na obra. O ambien- para uma nova compra. baia sem contato direto com o solo. O
te deve ficar afastado do vestiário e ter espaço tem de ser coberto e próximo das
metragem que facilite o trabalho. A área 06. TUBOS E CONEXÕES betoneiras e de locais com fácil acesso
recomendada é de 8 m². Devem ser estocados em espaços para caminhões.
cobertos e na posição horizontal. Para aju-
02. BANHEIRO dar no dia a dia, uma dica é organizá-los 11. AÇO
Geralmente, o ambiente possui metra- em camadas e separá-los de acordo com Não pode ficar em contato com o solo.
gem reduzida - cerca de 6 m². Deve estar o diâmetro e uso. Essa medida evita a oxidação. Vergalhões,
sempre limpo e livre de vazamentos. perfis e barras devem ser separados con-
07. MATERIAIS ELÉTRICOS forme o tipo e a bitola.
03. DEPÓSITO GERAL Guarde-os em local bem resguardado.
É um dos principais espaços do barra- Fios, cabos, disjuntores, tomadas e inter- 12. TIJOLOS E BLOCOS
cão. Armazena todos os itens indispen- ruptores devem ser comprados um pou- A área para guardá-los precisa ter cer-
sáveis para a obra, como aço, tintas, co antes da instalação, evitando assim, ca de 0,25 m² e 1,65 m de altura para
cimento, cal, materiais elétricos e imper- erros no cálculo das quantidades. 250 tijolos. O material fica empilhado.
meabilizantes, entre outros. A metragem Por isso, é fundamental ficar atento à
ideal sugerida é de 20 m². 08. IMPERMEABILIZANTES altura máxima.
Ficam em espaços secos, cobertos e
04. CIMENTO E CAL ventilados. Não dispense as embalagens 13. MADEIRA
É fundamental mantê-los em local originais e verifique o prazo de validade. É ideal que seja armazenada em local
seco e arejado, que deve ficar elevado Vale comprá-los na mesma época na qual plano sem contato direto com o solo para
ao chão por um tablado de madeira. As serão aplicados. não empenar. Melhor empilhá-las na hori-
pilhas de cimento devem ter até dez zontal sobre uma base de blocos.
sacos e as de cal, 20. 09. PISOS E REVESTIMENTOS
São frágeis, por isso é importante com- 14. TELHAS
05. TINTAS prá-los apenas na fase de uso (quando a As de cerâmica e concreto devem ser
Coloque as latas em prateleiras para alvenaria estiver 50% pronta). Verifique empilhadas verticalmente. As metálicas
que não enferrujem. O local de armaze- com atenção as peças e os lotes para cer- ficam levemente inclinadas, característica
nagem deve ser protegido e ventilado. tificar-se de que não há diferenças de que evita o acúmulo de água. Vale com-
Após o uso feche-as bem e guarde as tamanho e cores. prar 10% a mais do que o previsto.

53
preparaTivos iniciais

Base consistente
PROCESSO DE SONDAGEM ATERRO DE ARGILA
NO TERRENO AJUDA A EVITAR
PROBLEMAS E GARANTIR
SEGURANÇA DA OBRA ARGILOSA SISTOSA MÉDIA

Tipos SILTE ARENOSO MEDIANAMENTE COMPACTO


Cada terreno possui um tipo de solo
de solo
com características variadas. A sondagem
consiste na etapa de remoção de amos- SILTE ARGILO MOLE
tras do solo em determinadas profundi-
dades para estudo. Se você contratar um
empresa especializada, ela deve ser legal- SILTE ARGILO RIJO
mente habilitada com registro no Conse-
lho Regional de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia (Crea) do Estado. a profundidade metro a metro e a de para- equipamento de sondagem a percussão
Além disso, é importante verificar o da, os valores da sondagem de simples sempre será com circulação de água.
tamanho da área a ser construída e o que reconhecimento com SPT – Standard Pene- A duração do trabalho, de acordo
será realizado na obra antes de contratar tration Test – a classificação geológico-geo- com a metragem especificada, deve ser
uma empresa para fazer a análise do solo. técnica e o nível d'água encontrada. de um a dois dias. A análise é feita em
Não há terreno ou região que tenha Nas operações subsequentes de per- apenas um dia, mesmo prazo para a
todos os tipos, mas em uma propriedade furação, intercaladas às de amostragem, confecção do relatório.
há variação de camadas (aterro, silte are- deve-se utilizar o trado cavadeira ou o heli- Confira as etapas da avaliação do solo.
noso mole, argilo rijo, etc). Há locais com coidal até se atingir o nível d’água (lençol É importante que o processo seja bem
variação e em outros não. freático), ou, quando não se encontra o executado, caso contrário, implicará em
A exploração gera um relatório feito reservatório, perfura-se aproximadamen- um erro de cálculo de fundação, o que
pelo engenheiro. Nele devem constar os te de 10 a 12 metros para se iniciar a cir- pode provocar trincas, rachaduras ou até
perfis individuais de cada sondagem com culação de água, lembrando que todo mesmo sedimento da edificação.

ETAPAS DA ANÁLISE DO SOLO


IMPLANTAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS técnico adequado para aquela obra ou atingir o impenetrável.
De acordo com as características do terreno e tipo de obra
são determinadas a quantidade e a posição dos pontos a serem ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
perfurados. Em cada um monta-se um tripé com um conjun- As amostras coletadas a cada metro são acondicionadas,
to de roldanas e cordas, iniciando pela amostra zero. Coleta- etiquetadas e enviadas ao laboratório para análise tátil-visual
se outra de metro, ao mesmo tempo, medindo a resistência do material por um geólogo especializado.
do solo que será interrompido quando já tiver atingido o critério Esse material recebe classificação quanto às granulometrias
técnico adequado para a obra ou alcançar o impenetrável. dominantes, cor, presença de minerais especiais, restos vege-
tais e outras informações relevantes encontradas. A indicação
EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS EM CAMPO da consistência ou compacidade e da origem geológica da
Na base do furo apoia-se o amostrador padrão acoplado a formação complementa a caracterização do solo.
hastes de perfuração. Marca-se na haste, com giz, um segmen-
to de 45 cm dividido em trechos iguais de 15 cm. Ergue-se o RELATÓRIO FINAL
peso batente de 65 kg até a altura de 75 cm e deixa-se cair em Constará a planta do local da obra com a posição das son-
queda livre sobre a haste. A soma do número de golpes neces- dagens e o perfil individual de cada sondagem e/ou seções
sários para a penetração do amostrador nos últimos 30 cm é o do subsolo, indicando a resistência do solo a cada metro per-
que dará o índice de resistência do solo na profundidade ensaia- furado e o tipo e a espessura do material e as posições dos
da. O ensaio será interrompido quando tiver atingido o critério níveis d’água encontrados durante a perfuração.

54
MÉTODOS DE
RECONHECIMENTO
Apesar de terem a mesma finalidade,
confira os procedimentos específicos
mais comuns.

PERCUSSÃO
Com três penetrações de 15 cm (total
de 45 cm) é possível retirar uma amos-
tra do solo para analisá-la. O processo
pode ser realizado em locais de difícil
acesso, por isso, é o ensaio mais execu-
tado na maioria dos países.

ROTATIVA
É um método de investigação geoló-
gico completo e ideal para reconhecer
solos extremamente duros. Para realizá-
lo é necessário o uso de um equipa-
mento específico para fazer a perfuração FUROS A FAZER
com broca diamantada. Área (m2) Número de Furos
200 . . . . . . . . . . . . . . . . . .3
DEEP SOUND 200 a 400 . . . . . . . . . . . . .3
Com aparelho que avalia resistência 400 a 600 . . . . . . . . . . . . .3
do solo com golpes, o método é ideal 600 a 800 . . . . . . . . . . . . .4
para obras de grande porte. 800 a 1000 . . . . . . . . . . . .5
1000 a 1200 . . . . . . . . . . .6
EXPLORAÇÃO 1200 a 1600 . . . . . . . . . . .7
Feita a abertura de poços, o consul- 1600 a 2000 . . . . . . . . . . .8
tor de fundação entra e faz a vistoria do 2000 a 2400 . . . . . . . . . . .9
que foi avaliado na etapa de reconheci- Mais de 2400 . . . . . . . .A critério
mento do solo. do projetista

55
preparativos iniciais

Aplanar FIQUE ATENTO À TERRAPLENAGEM E AO REBAIXO


DO LENÇOL FREÁTICO PARA NÃO COMPROMETER
O TERRENO E NEM A FUTURA CONSTRUÇÃO

56
TERRAPLENAGEM nação, são usadas as etapas de escava- QUEM FAZ?
Consiste no desmonte e transporte de ção e transporte, sendo que a terra deve A terraplenagem é um serviço regula-
terras. Também é usada para a limpeza ser descartada em local específico e auto- mentado pelo Conselho Regional de Enge-
superficial do local da obra, na qual são rizado pela prefeitura. nharia, Arquitetura e Agronomia (Crea).
retiradas a vegetação (como o capim) e a Vale dizer que o descarte ou bota-fora Por isso, é preciso contratar empresas espe-
terra. “Deve ser feita antes de iniciar a cons- feito de maneira ilegal resultará em asso- cializadas e consolidadas no mercado. “Bus-
trução, sendo que os cortes e aterros pre- reamento e outros sérios problemas. Outro que referências de trabalhos realizados e
cisam ficar nos tamanhos e níveis previs- incômodo é que pode render várias mul- qual destinação do material retirado da
tos na planta”, explica o arquiteto Paulo tas expedidas pelos órgãos fiscalizadores, construção”, alerta Alberghini. Confira se
Gaspar, do escritório Pupo + Gaspar Arqui- não apenas à empresa, como também possui equipamentos com ótima aparên-
tetura e Interiores, de Valinhos, SP. para aos proprietários da construção. cia e se realiza revisões constantes. É impor-
De acordo com o arquiteto paulistano tante verificar também se os operadores
Paulo Alberghini, deve-se fazer ainda o EXECUÇÃO PERFEITA do trator possuem cursos específicos, pois
levantamento planialtimétrico. Com isso, Com o projeto arquitetônico em mãos é algumas máquinas são computadorizadas,
é elaborado o projeto arquitetônico e fei- possível ter as medidas dos platôs e seus exigindo mão de obra qualificada.
to o nivelamento do solo das partes espe- respectivos níveis. Para não cometer erros,
cificadas. Posteriormente, é realizada a procure sempre o engenheiro responsável COMO O SERVIÇO É COBRADO?
marcação da construção, serviço neces- pela obra. Além de conferir todas as medi- O tipo de equipamento a ser usado, o
sário em quase todos os terrenos. das, ele indicará a melhor forma de exe- transporte, a infraestrutura da obra e a
cução sem prejudicar a logística. Depen- movimentação de terra para descarte ou
ETAPAS dendo do projeto, será necessário requisi- compensação são fatores determinantes
O trabalho engloba escavação e reti- tar o serviço em duas ou três etapas. para o custo da etapa.
rada da terra, carregamento, transporte A terraplenagem, se realizada de for- O trator é cobrado por dia ou hora
e espalhamento, na qual a terra é colo- ma incorreta, pode resultar em problemas de locação, sendo que esse prazo pode
cada em área diferente da anterior. Para como erosão e deslizamentos. Por isso, ser ampliado conforme as necessidades.
cada fase, é preciso contar com equipa- os taludes devem ser planejados com a Para a retirada de terra, os custos variam
mento específico. O trator de esteira é inclinação ideal e sem riscos de quedas conforme a metragem que se trabalha-
usado na escavação, enquanto a pá rea- de barreiras. rá ou pelo número de caminhões que
liza o carregamento. O caminhão bascu- Nos casos de cortes em platôs, os espe- sairão da obra. “O serviço pode ser
lante transporta o material e o monoto- cialistas recomendam que o projeto estru- cobrado por preço fechado. É impor-
nivelador se encarrega de espalhá-lo. tural avalie a necessidade de muros de tante fazer duas ou mais cotações para
Em caso de limpeza e nivelamento de arrimo que são utilizados para a conten- comparar os valores”, indica o arquite-
terrenos planos ou com pequena incli- ção de terra, para evitar deslizamentos. to do Pupo+Gaspar.

ÁREA CORTADA ÁREA ATERRADA

PLATAFORMA

57
preparativos iniciais

REBAIXO DO LENÇOL FREÁTICO gados e os ponteiros podem atingir até


É a solução quando o aquífero se loca- 60 m. A água é retirada do subsolo pelos FIQUE ATENTO
liza próximo da superfície. Ao rebaixá-lo e tubos injetores, conectados a um coletor Deve ser feito um projeto de imper-
retirar temporariamente a água, é possí- que, por sua vez, é ligado a uma bom- meabilização que determinará as
vel construir as fundações da residência ba. Geralmente, é destinada às redes de melhores soluções e produtos reco-
e da piscina. águas pluviais. Em alguns casos, pode mendados, que devem ser resistentes
“Ao contratar o serviço, é válido pre- ser reaproveitada. à pressão negativa. A escolha depen-
ver um sistema de sucção que permitirá Segundo Castro, o serviço em pisci- de da pressão de água e do tipo da
o rebaixo do nível da água do lençol freá- nas, por exemplo, dura cerca de 35 dias obra. Vale lembrar que o procedi-
tico. Além disso, o projeto estrutural deve entre a perfuração para o equipamento mento não substitui deficiências cons-
especificar um reforço na estrutura, pois de sucção, escavação para a construção trutivas e enganos no dimen-siona-
quando o nível subir e chegar ao nor- da piscina, concretagem, tempo de cura
mento estrutural. Além disso, a etapa
mal, haverá o contato com a água que e impermeabilização.
protege a estrutura e evita a corrosão
resultará na pressão negativa nas funda-
das armaduras e a deterioração do
ções ou na piscina. Com isso, evita-se o CUSTO
aparecimento de trincas e até o afunda- Geralmente, o equipamento é aluga- concreto, bem como a soltura do
mento do piso”, explica o arquiteto Flá- do e as empresas cobram a diária e a taxa revestimento interno.
vio Castro, de São Paulo, SP, que usou o de instalação, que engloba o transporte
serviço em dois projetos no Guarujá, lito- e a equipe que faz todas as ligações. Se um fornecedor, consulte como é cobra-
ral sul paulista. “Ao escavar o solo, encon- durante a obra for necessário realizar da a locação e se o descarte é feito em
tramos água a cerca de 80 cm”, com- manutenções, os responsáveis pela cons- local autorizado pela prefeitura. Caso con-
pleta. É imprescindível ainda realizar a trução fazem o contato com a empresa trário, o dono da empresa e o da cons-
impermeabilização em toda a estrutura de locação. trução podem ser punidos.
que ficará em contato com a água. Ao realizar a contratação, deve-se As caçambas são cobradas por perío-
saber o tipo de equipamento ideal, de dos, geralmente de uma semana. Uma
COMO É FEITO? acordo com a medida da perfuração dica é contratar os serviços de empresas
Depois de constatada a profundidade necessária para a drenagem, pois os valo- próximas da obra para evitar que os gas-
do lençol freático, o arquiteto desenvol- res são bastante diferentes e aumentam tos fiquem mais elevados. Além disso, ela
verá o projeto arquitetônico e as plantas conforme a complexidade do projeto e deve ser disposta em local que não atra-
de implantação, enquanto o engenheiro a região da obra. Castro revela que nas palhe o canteiro, muito menos as casas
fará o de estruturas e instalações hidráu- obras em que utilizou o serviço, os gas- vizinhas ou quem circula pela calçada.
licas e elétricas. E antes de construir a pis- tos com ele representaram cerca de 0,5% Fique atento porque existem empresas
cina ou a fundação da casa, deve-se rebai- do custo total da construção. em situação irregular e, quando descar-
xar o nível da água com tubos injetores, tam o material em local impróprio, tanto
também conhecidos, por ponteiros fil- CAÇAMBAS elas como o proprietário da obra podem
trantes ou well point. O acúmulo de lixo e entulho na obra ser punidos conforme as leis ambientais.
Com o relatório da sondagem e o pro- ou até mesmo jogado na calçada ou nos Por isso, antes de fechar negócio, confi-
jeto executivo em mãos, são definidas a terrenos ao lado podem resultar em mul- ra se possuem licença e se foram avalia-
quantidade de ponteiros e a profundi- tas para o dono da construção. As caçam- das por órgãos competentes. Uma obra
dade de perfuração, sendo que os equi- bas são boas opções para deixar a obra residencial com cerca de 200 m² pode
pamentos para sucção da água são alu- limpa e organizada. Antes de contratar gerar cerca de 20 caçambas de entulho.

PERFURAÇÃO 1 RESERVATÓRIO CASA PRONTA


Em cada furo é colocado um tubo, 2 BOMBA depois de retirado o equipamento, a água
que possui a parte drenante em 3 DISTRIBUIDOR do lençol freático volta ao nível normal
sua extremidade inferior 4 TUBO INJETOR (PARTE LISA)
5 PONTA RANHURADA (PARTE DRENANTE)
6 FUNDAÇÃO DA RESIDÊNCIA
1
7 ESTRUTURA DA PISCINA

2 3

4 6 7

NÍVEL ORIGINAL DO LENÇOL FREÁTICO

5 NÍVEL TEMPORARIAMENTE REBAIXADO DO LENÇOL FREÁTICO

58
NÃO RESTARÁ A
NA
MELH S
O
BANC RES
REVIS AS E
MENOR DÚVIDA DO BR
TARIA
ASIL
S

PARA CONHECER OUTROS TÍTULOS, LIGUE PARA (11) 2108-9000 OU ACESSE

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preparativos iniciais

MARCAÇÃO CORRETA DE EIXOS E DIVISAS GERA ECONOMIA


E DÁ BASE ADEQUADA ÀS PRÓXIMAS ETAPAS DA CONSTRUÇÃO

MEDIDA PRECISA
Assim como uma partida de futebol estrutura, das alvenarias e dos revesti- maneira correta, a obra poderá ser total-
começa com o apito do árbitro, a parte mentos. Quando a marcação dos eixos mente comprometida e ocorrerão pro-
bruta de uma obra é iniciada com a fase da obra é realizada corretamente, eco- blemas com a arquitetura, hidráulica,
de gabarito e piquetagem. Mas, para nomiza-se tempo e diminui-se o custo", vãos e passagens. Os recuos mínimos
que a construção seja uma vitória por salienta a arquiteta Juliana Prado Hadid, solicitados e exigidos no projeto da pre-
goleada, essa etapa deve ser feita com de Franca, SP. feitura devem ser seguidos à risca.
cuidado e atenção, seguindo uma série O engenheiro civil Carlos Packer, do
de regras. Caso contrário, a derrota tra- escritório Crl Packer Engenharia, de São COMO DEVE SER FEITO?
rá diversos transtornos no futuro e o pre- Paulo, SP, explica que as medidas devem A partir das marcações dos limites do
juízo será inevitável. ser tomadas com uma trena bem estica- lote serão calculados os recuos da cons-
Com o projeto aprovado na prefeitu- da e nivelada e é essencial medir o perí- trução para depois fazer o gabarito de
ra e os tipos de fundação especificados metro do terreno e as diagonais para madeira, que deve ter marcação com
no projeto estrutural, é possível apitar o verificação do esquadro. Para não errar linhas nos eixos e nas faces externas das
início dos serviços. Caso o levantamen- tem que existir um marco fixo de refe- paredes. Os encarregados pelo serviço
to planialtimétrico não tenha sido feito, rência nivelado e bem fixado. devem medir, marcar e conferir todas as
contrate um topógrafo, pois ele locali- O trabalho deve ser executado sob a medidas e os ângulos da construção. O
zará com piquetes os pontos que defi- supervisão do mestre de obras, conferi- gabarito deve estar no esquadro, for-
nem as divisas do terreno, que são os da por uma segunda pessoa e, final- mando um ângulo de 90º, e ficar nive-
locais de partida. "A locação dos ele- mente, avaliada e aprovada pelo enge- lado em toda a extensão de cada qua-
mentos estruturais e das paredes deve nheiro responsável técnico de toda a dro formado.
ser feita de maneira precisa, pois quais- construção em andamento. Se no lote houver movimentação de
quer erros comprometem a execução da Caso o processo não seja realizado de terra, a terraplenagem deve ser reali-

60
zada antes do gabarito para que a SOBRADOS do térreo, pode-se fazer as marcações
locação seja feita sobre vários níveis Ao sair do solo, o gabarito perde a sua com tinta spray e a locação exata em tra-
planos. "Para a perfeita execução, o função. Porém, há vários procedimentos ço fino. Lembrando que assim como no
engenheiro responsável e os profissio- para a locação das paredes no andar térreo, qualquer erro de locação pode
nais da obra deverão ter em mãos as superior e o trabalho é simples. Para isso, resultar em sérios danos para a obra.
plantas de arquitetura e de estruturas", basta checar as medidas dos ambientes
afirma Juliana. e usar uma trena para medir as distâncias DÚVIDAS
entre os cômodos. Os pilares e as vigas É comum os leigos não conseguirem
MATERIAIS sempre são boas referências para a mar- visualizar o posicionamento da casa e o
É fundamental ter trenas metálicas ou cação. "A transferência dos eixos de um tamanho dos cômodos e terem a sen-
de plástico com pelo menos 30 m, apa- pavimento para o seguinte pode ser fei- sação de que são pequenos. Para isso,
relhos topográficos ou mangueira de ta utilizando prumo de centro ou a laser. basta medir o ambiente na obra e com-
nível com um fio de prumo, pontaletes Geralmente, é pregado um sarrafo de pará-lo com algum já existente. Outra
de madeira de 7,5 x 7,5 cm, tábuas de madeira diretamente no concreto da laje, dica é focar a visão apenas na marcação
madeira, fio de náilon e pregos. O nível traçado no eixo da madeira com lápis e das paredes, pois quando se olha para
a laser também é uma boa opção para batido um prego para esticar arame ou o horizonte ao mesmo tempo, a cons-
essa etapa da obra. linha", explica Packer. Nos andares acima trução parece menor.

plant
a baix
a
GABARITO
Com a utilização de madeira, linhas, pregos
e uma trena são marcadas todas as divisas Todas as marcações do gabarito de madei-
do terreno e a localização dos eixos da construção, ra, as localizações dos pregos e as linhas
das paredes e de elementos estruturais. devem ser medidas e conferidas pelo em-
preiteiro e engenheiro responsável

PIQUETES
São de madeira e
demarcam os locais Esta ilustração representa a projeção do ponto exato
gaba
que serão perfurados rito do pilar, demarcado na planta baixa, para o terreno,
como as estacas e as brocas. através do gabarito. Neste local haverá um piquete.

61
impermeabilização

Protegida
DA UMIDADE
A IMPERMEABILIZAÇÃO É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PARA EVITAR PROBLEMAS CAUSADOS PELA ÁGUA

Investir em medidas preventivas é fun- quando em contato com a água ou com A impermeabilização é indispensável
damental para a alta durabilidade do imó- a umidade. Por isso, a etapa não pode ser para manter o alto padrão de qualidade
vel. Vários elementos construtivos como deixada de lado, já que sua principal fun- da obra e oferecer mais segurança aos
lajes, vigas baldrames, paredes, locais ção é proteger o imóvel contra a ação de futuros moradores. O impermeabilizan-
encostados na terra, piscinas, reservató- fluídos e vapor. Além disso, o processo é te a ser aplicado varia de acordo com a
rios, áreas molhadas, jardineiras, entre essencial para garantir ambientes salubres obra e o local que receberá o tratamen-
outros, apresentam diversos problemas e sem problemas com mofo e infiltrações. to preventivo.

62
APLICAÇÃO
Alguns produtos, como as
emulsões asfálticas ou acrílicas,
argamassa polimérica, hidrorre-
pelentes e hidrofugantes, podem
ser aplicados pela própria mão
de obra da construção. Porém,
materiais como a manta asfálti-
ca, por exigir o uso do maçari-
co, precisam de profissionais
especializados para a colocação.

OUTRAS VANTAGENS RÍGIDOS OU FLEXÍVEIS? de Normas Técnicas (ABNT) – Seleção e


Além da proteção das superfícies, a Os impermeabilizantes são divididos Projeto de Impermeabilização – , dá as
medida aumenta a vida útil das estruturas em dois sistemas: os rígidos e os flexí- diretrizes básicas para a escolha de um
e impede a corrosão do concreto. Para veis. O primeiro é indicado para locais sistema impermeabilizante de uma
obras de alto padrão, a etapa represen- com carga estrutural estabilizada e con- maneira geral. Antes de selecionar o
ta de 0,5 a 1% do custo total, enquanto dições de temperaturas constantes, ou produto, avalie também fatores como
que, em construções menores, os gastos seja, não trabalham em conjunto com a movimentação estrutural, exposição
ficam em torno de 2% a 3%. a estrutura nem suportam grandes varia- aos fenômenos climáticos, existência ou
Porém, se for deixada de lado, o custo ções de calor. O sistema torna a área não de trânsito de veículos e pessoas e
para o reparo pode ser superior a 15% do impermeável com a inclusão de aditivos exposição a agentes químicos, verifique
valor da obra, dependendo da extensão químicos, aliado à correta granulome- também se eles possuem a correta cer-
dos danos, já que muitas vezes há neces- tria dos agregados e à redução da poro- tificação e se são de marcas consolida-
sidade de reparação estrutural, troca de sidade da superfície. das no mercado.
revestimentos e pisos, sem falar na possível Já o sistema flexível é indicado para O impermeabilizante deve trabalhar
perda de móveis e equipamentos. lugares como lajes maciças, piscinas sus- em conjunto com a base, absorvendo
O processo é frequentemente negli- pensas, coberturas planas, entre outros, a movimentação e demais esforços,
genciado em construções residenciais que possuem movimentação e estão podem ocorrer deterioração e perda de
unifamiliares de padrão médio ou baixo sujeitas ao aparecimento de fissuras. Os desempenho caso o produto escolhido
ou então feito de maneira errada. Esse produtos são compostos por elastôme- não seja apropriado. Sempre que utili-
quadro gera uma estatística de que mais ros e polímeros. Quando o sistema erra- zado material impróprio, será preciso
de 50% das obras terão em menos de do é utilizado, corre-se o risco da área correção, na qual a superfície terá que
cinco anos algum problema de falha na sofrer trincas, fissuras ou destacamen- ser quebrada e refeita para receber a
impermeabilização. O cenário só é to, possibilitando a infiltração. impermeabilização adequada.
melhor em obras de alto padrão. Antes de adquirir os produtos, é preci-
São inúmeros os problemas que isso GARANTIA DE SUCESSO so calcular a metragem quadrada da área
ocasiona, entre os mais comuns estão as O primeiro passo é fazer um projeto que será tratada e seguir as orientações
manchas nas pinturas das paredes, o de impermeabilização, que deve ser rea- descritas pelos fabricantes. Toda imper-
aparecimento de trincas e rachaduras. lizado por profissional especializado que meabilização é utilizada a partir de um
Além disso, quando a água atinge a analisará as condições naturais do terre- consumo mínimo por metro quadrado.
estrutura de concreto armado, oxida o no e a forma com que a água atua na Multiplique esse consumo pela área a ser
aço estrutural e compromete toda a sus- edificação. impermeabilizada e acrescente 10% a
tentação do imóvel. A NBR 9575, da Associação Brasileira mais para evitar a falta do produto.

63
impermeabilização

APLICAÇÕES:
Aplicada com maçarico, a manta asfáltica é indicada para muros de arrimo, terraços, varandas, lajes de cobertura, piscinas e jardineiras.
Flexível, a resina acrílica protege os baldrames

VIGAS BALDRAMES LAJES a norma NBR 15575 (Desempenho das


É um dos primeiros componentes que É uma etapa essencial. A não realiza- Construções) e diversas outras relativas
necessita de tratamento. Esse trabalho é ção da impermeabilização em lajes pode ao projeto e condições do telhado e seus
fundamental para evitar que a umidade gerar não só danos à estrutura, como componentes, como a NBR 8039: 1983
existente no solo afete o alicerce da edi- também o surgimento de problemas nos (Projeto e Execução de Telhados com
ficação, comprometendo a estabilidade forros de gesso, pintura, mobiliário e a Telhas Cerâmicas Tipo Francesas); NBR
da estrutura, a falta ou falha na imper- instalação elétrica. Para não errar e saber 13858-1:1997 (Telhas de concreto – Par-
meabilização dos baldrames provocará qual é o tipo de impermeabilizante mais te 1 – projeto e execução de telhados),
focos de umidade ascendente nas pare- adequado para o local, é preciso avaliar, NBR 10844 (Instalações Prediais de Águas
des, o que pode ocasionar danos em por exemplo, se ela será de piso ou Pluviais), entre outras. Para isso deve-se
reboco, rodapés e pintura. Além disso, cobertura, se estará exposta às condições avaliar inclinação, telhas corretas, calhas,
também aparecem outros problemas bas- do tempo e se terá ou não trânsito de rufos e cumeeiras. É preciso respeitar a
tante graves como mofo, fungo e bolor. pessoas. inclinação mínima que cada tipo de telha
Entre os impermeabilizantes que podem Lembre-se de que os produtos devem necessita. Caso contrário, a água das chu-
ser aplicados em vigas baldrames estão ser suficientemente flexíveis para acom- vas ficará empoçada e provocará vaza-
as emulsões asfálticas, os asfaltos elasto- panhar a movimentação do telhado. mentos. Quanto às calhas e rufos, o seu
méricos, as soluções asfálticas, as arga- Entre os indicados, há desde as mantas dimensionamento deve garantir que a
massas impermeáveis e poliméricas e a asfálticas até as membranas moldadas no quantidade de tubos e seus respectivos
manta asfáltica. Para a perfeita aplicação local. Por isso, nunca se esqueça de con- diâmetros sejam suficientes para o tama-
basta seguir as recomendações do fabri- trarar profissionais habilitados para esco- nho da cobertura em questão.
cante e ter mão de obra qualificada. lha e execução.
CUMEEIRAS
ÁREAS MOLHADAS TELHADO O assentamento deve ser feito com
Ambientes como cozinhas, banheiros Não basta ter uma cobertura bonita se cuidado e precisão. A argamassa con-
e áreas de serviço precisam de atenção ela não for construída com perfeição. Além vencional não é o material adequado
redobrada. Por serem áreas laváveis, a de dimensionar corretamente a estrutura para a etapa, pois, por ser rígido, trinca
ausência de impermeabilização acarreta- de acordo com o tipo de telha, é funda- com o passar do tempo e pode causar
rá infiltrações e danos à estrutura e a faci- mental estar atento para evitar goteiras e infiltrações. Para isso, o uso de selantes
lidade para o desenvolvimento de fungos vazamentos que incomodam toda a famí- elásticos é o mais adequado, pois dão
e bactérias. Além da especificação do lia e ainda podem danificar outros mate- estanqueidade, acompanham a movi-
impermeabilizante, os ambientes devem riais presentes na obra, por exemplo, a mentação das telhas, que sempre estão
ser projetados com caimento correto para madeira usada na estrutura. sujeitas à ação dos ventos, trepidações e
que a água escoe em direção ao ralo. Devem ser levadas em consideração outros fatores.

64
MANTA ASFÁLTICA

MANTA ASFÁLTICA EMULSÃO ASFÁLTICA

Abaixo: argamassa polimérica, emulsão acrílica e tela usada como estruturante para aumentar resistência

65
impermeabilização
ACERTE NA ESCOLHA:
CONHEÇA MAIS SOBRE CADA TIPO DE IMPERMEABILIZANTE
PINTURA ASFÁLTICA MANTA ASFÁLTICA
FIQUE ATENTO! Caracterizada por uma película de Exige a contratação de mão de obra
pequena espessura, é um complemen- especializada para aplicá-la. É um pro-
A impermeabilização elimina a to do sistema ou, em alguns casos, uma duto pré-fabricado constituído por um
proteção simples. A aplicação é realiza- estruturante central recoberto em ambas
umidade e combate as infiltrações. da sobre superfície de concreto ou alve- as faces por um composto de asfalto
Para torná-la ainda mais eficiente naria, muros de arrimo e alicerces. modificado com polímeros e diversos aca-
e prolongar sua vida útil confira bamentos superficiais. São classificadas
algumas dicas. em A, B e C, que aponta o composto
asfáltico e a qualidade. Existem três tipos:
II, III e IV. A primeira é indicada para ter-
Nas paredes externas, impermea- raços, varandas e pequenas coberturas.
bilize o reboco. Nas internas, dê A III é mais usada em lajes de cobertura,
atenção especial para laje, cozi- piscinas e jardineiras. A última, em locais
nha, banheiro e área de serviço. com maior resistência à tração. Há ain-
da o produto autocolante, que dispen-
sa o maçarico e o asfalto. Por possuir
Para evitar que o impermeabilizan- massa altamente adesiva em sua com-
te seja “lavado” pelas chuvas, opte posição, a simples remoção do filme faz
por produtos de secagem rápida com que o produto esteja pronto para
ou sistema que não necessite de ser instalado.
secagem como manta asfáltica.
MANTA/MEMBRANA ACRÍLICA
Indicada para lajes sem recortes, o
Quando for realizada alguma material é pré-moldado em forma de
interferência na região imper- rolo, aderido a um tipo de primer e fun-
meabilizada – como troca de ante- dido com fogo. Não pode ser classifica-
na ou tubulação –, ela deve ser do como manta, pois o termo refere-se
somente a produtos industrializados.
bem planejada para não interfe- Como a moldagem é feita na obra em
rir no sistema aplicado. Caso seja forma de pintura, a aplicação é seme-
perfurado, providencie o quanto lhante a das emulsões asfálticas com
antes o reparo para garantir a demãos e estruturada por uma arma-
estanqueidade. dura tecida de poliéster. A diferença está
no número de aplicações, sendo neces-
sário, nesse caso, maior quantidade para
Adote produtos de qualidade e formar a espessura mínima de 3 mm
indicados para a finalidade dese- CALAFETADOR
jada. Além disso, faça manuten- Responsável por selar juntas de pisos,
ção periódica das superfícies para lajes, fachadas, alvenaria, concreto e jun-
ção entre diferentes materiais, é um pro-
que, ao detectar o primeiro sinal
duto com boa flexibilidade, capacidade
de problema, seja solucionado evi- de aderência e estabilidade dimensional.
tando mais danos. A aplicação é realizada com cartuchos
com bicos adequados para preencher
A impermeabilização preventiva perfeitamente as fendas ou trincas.
oferece segurança estrutural e bai-
xo custo.

A receita do sucesso envolve ape-


nas três ingredientes: solução ade-
quada, produtos de qualidade e
mão de obra especializada.

66
EMULSÃO ACRÍLICA de polímeros acrílicos. Ela é classificada RESINAS TERMOPLÁSTICAS
Por ser líquida, é flexível e pode ser como industrializada e pode ser aplicada São impermeabilizantes bicompo-
moldada facilmente no local. A aplica- em reservatórios, tanques, piscinas, pisos, nentes formados por cimento modifica-
ção é recomendada para lajes de cober- paredes e muros em contato com a terra do e polímero. Por serem flexíveis, são
tura sem qualquer circulação de pessoas. e o subsolo. Também possui resistência à indicados para evitar umidade e infiltra-
pressão hidrostática positiva e negativa. ção em estruturas elevadas ou suspen-
sas, como piscinas, caixas d’água, saca-
das, cisternas e muros de arrimo.

EMULSÃO ASFÁLTICA
É um produto para a moldagem da HIDRORREPELENTES
membrana no local. A principal caracte- Devem ser misturados ao cimento e
rística é a flexibilidade obtida com a apli- à areia e são indicados para as regiões
cação de sucessivas demãos e com a da construção com revestimentos de
incorporação de um estruturante cen- alvenaria. O resultado é uma combina-
tral. O uso é indicado para a proteção ção que impede a passagem da água. HIDROFUGANTES
de banheiros, áreas externas – como ter- Evita eflorescências, manchas e escure- São misturados na massa de cimen-
raços e varandas – e em pequenas lajes. cimento de rejuntamento, não apre- to e areia e aplicados diretamente sobre
senta brilho, não modifica a aparência as superfícies minerais como reboco, tor-
das superfícies e também pode ser apli- nando-se repelentes à água. Eles são
cado em argamassa, superfícies de con- indicados para concreto e tijolo apa-
creto, tijolo aparente, telhas cerâmicas, rente, telhas, fachadas de pedra e blo-
entre outros. cos cerâmicos.

ARGAMASSA POLIMÉRICA
É formada por pó e líquido, os quais
misturados criam um revestimento imper-
meável. O pó é formado por cimentos,
agregados minerais inertes e aditivos. O
líquido é composto por emulsões à base

67
estrutura

BASE
SÓLIDA MEDIANTE PLANEJAMENTO
E ESCOLHA CORRETA, OS DIFERENTES
TIPOS DE FUNDAÇÕES SUSTENTAM
O PESO DAS CONSTRUÇÕES

Por ficarem abaixo do solo, muitas de estrutura determinará a mais indica-


pessoas não dão a devida importância da para o projeto, dimensionando a bito-
às fundações. Mas sem dúvida, para la do aço, a resistência do concreto e as
garantir a solidez e o sucesso da obra, é respectivas profundidades. As estacas dire-
fundamental ter atenção ao escolher tas, o radier (ou laje de sustentação) e as
dentre os distintos tipos de fundações e estacas escavadas são as mais utilizadas
suas execuções, pois são elas que sus- em obras residenciais.
tentarão toda a construção e impedirão
que haja deslocamentos nas estruturas CONCRETAGEM
que causariam danos nos demais ele- Para garantir mais qualidade para a
mentos construtivos. etapa, recomenda-se adquirir o concre-
Caso sejam escolhidos tipos de fun- to usinado. Durante o trabalho, é preciso
dações não recomendados, a obra pode- vibrá-lo para que preencha todos os can-
rá ficar comprometida, ocasionando a tos de forma coesa. Esse fator evitará as
necessidade de reforços estruturais, super- famosas 'bicheiras', que ocasionam pro-
dimensionamento com o consumo exces- blemas como infiltração de água ou fer-
sivo e desnecessário de materiais, ou até rugem das armações de aço.
mesmo cair. Outro ponto importante é verificar nos
projetos de instalações hidráulicas e elé-
DEFINIÇÃO DA FUNDAÇÃO tricas os pontos em que os tubos ficarão
A sondagem ainda é a maneira mais embutidos na estrutura. Por isso, as pre-
garantida para escolher. A partir do senças do engenheiro responsável e do
momento em que são conhecidos os empreiteiro no dia da execução das fun-
solos existentes no terreno, o projetista dações é obrigatória.

68
FUNDAÇÃO RASA OU DIRETA Sapata corrida armada magro com até 5 cm de espessura. A
São recomendadas para terrenos com É a mais utilizada, pois é recomendada solução indicada impede o contato dire-
solo firme e de boa resistência. A execu- para projetos com vãos pequenos e pou- to da alvenaria com o solo.
ção é mais simples que as indiretas e o cus- cos pavimentos. As cargas são distribuídas
to é menor. Elas nunca devem ser cons- ao longo das paredes. A construção é fei- Sapata isolada
truídas em lotes com aterros, solo não ta com uma camada de concreto magro – Também é opção para transmitir as
compactado, argila mole ou areia fofa. São com espessura de cerca de 10 cm, para cargas concentradas dos pilares. O
classificadas como diretas as sapatas cor- nivelá-la no terreno. A face superior deve- dimensionamento e profundidade são
ridas, isoladas e o radier. A superestrutu- rá estar reta, para que possa receber o ali- feitos de acordo com a carga transmiti-
ra é ligada à fundação por pilares e se cerce e a parede. Para a execução, é pre- da ao solo. A construção da base é seme-
caracteriza pela transmissão de carga da ciso cravar piquetes de nivelamento uni- lhante a das sapatas corridas e também é
estrutura ao solo por meio das pressões formes e lançar o concreto até que as interligada por vigas baldrames.
distribuídas pela base. cabeças estejam cobertas.
As sapatas são interligadas por vigas Radier
baldrames, que servem de apoio para Sapata corrida simples É frequentemente escolhido para
a execução de toda a alvenaria. Com É indicada para construções térreas ou obras no litoral, pois equilibra todo o peso
isso, elas absorvem o peso da viga bal- com cargas relativamente baixas. É um sobre a areia. Também é conhecido como
drame, concentram no bloco da sapa- alicerce feito de alvenaria de tijolos maci- laje de sustentação e costuma ser mais
ta e distribuem para o solo. O radier, ços, nos quais são criadas valas com até caro se comparado aos demais tipos de
indicado para terrenos que suportam 1 m de profundidade. Para sua constru- fundações diretas, portanto, deve ser uti-
pouco peso, tem carga distribuída em ção ser um sucesso, é importante que lizado apenas quando as outras opções
uma área maior. seja aplicada uma camada de concreto não são viáveis.

FUNDAÇÃO RASA OU DIRETA

FUNDAÇÃO
PROFUNDA OU INDIRETA

RADIER SAPATAS

69
estrutura

FUNDAÇÕES INDIRETAS
OU PROFUNDAS
São especificadas quando o terreno
possui solo pouco resistente ou com água
próxima da superfície. As estacas de con-
creto como as brocas, a escavada e a
strauss são as mais usadas em obras resi-
denciais. Porém, é preciso estar atento à
movimentação e resistência à água.

Estacas de madeira
São usadas em casos específicos, como
construções em locais com mangue. O
custo é acessível, porém a vida útil não
ultrapassa dez anos em razão do conta-
to com a água. O eucalipto é a madeira
mais usada e as cargas suportadas variam
de acordo com o diâmetro da peça.

Estacas de aço
São recomendadas para residências
apenas quando encontrado solo muito
mole e também são ideais para apoiar os
pilares de divisas. Fabricadas com aço
laminado em forma de 'H', podem atingir
qualquer profundidade e têm fácil manu-
seio. Mas nunca devem ser usadas em
locais sujeitos ao contato com a água.

Estacas de concreto
Podem ser pré-moldadas ou feitas in
loco. Confira os tipos existentes:
Centrifugada: resiste a cargas entre
25 e 30 toneladas. Leva esse nome pois
é fabricada pelo método de centrifuga-
ção em alta velocidade. Conta com
armado longitudinal de aço especial de
alta resistência.
Vibrada: é feita com armadura lon-
gitudinal de aço, na qual é utilizada vibra-
ção com aparelho manual e, por isso,
não forma ‘bicheiras’. Suporta de 20 a
40 toneladas.

FUNDAÇÃO
INDIRETA OU PROFUNDA

SAPATAS

70
Protendida: apresenta aço especial extremidades, para ancoragem nos blo- estruturas vizinhas.
de alta resistência, possui cantos vivos e cos de fundação. Tubulão a céu aberto: pouco utili-
tem formato quadrado. Pode aguentar Strauss: é indicada para terrenos zada em residências, salvo algumas exce-
cargas entre 16 e 30 toneladas. encharcados e é a estaca de concreto ções. São executados manualmente e
que tem o custo mais elevado. Pode atin- com riscos consideráveis aos funcionários.
Feitas na própra obra (in loco) gir qualquer profundidade e é usada Quando a profundidade é atingida, a
Brocas: são estacas perfuradas ma- quando não é possível utilizar a pré-mol- base do tubulão é alargada para aumen-
nualmente com uma ferramenta conhe- dada. Ao ser perfurada, é colocada uma tar a área. Por isso, deve ser concretado.
cida como trado. Além disso, é mais bara- espécie de “camisa”, que ficará no local A armadura é similar à das estacas perfu-
ta que as demais estacas e atinge pro- até a cura completa de todo o concreto. radas, para ancorá-lo no bloco de fun-
fundidade máxima de 4 m. Suporta até Franki: esta estaca se difere por pos- dação ou na viga baldrame.
oito toneladas. suir em sua ponta um bulbo de concre- Raiz: é uma estaca de pequeno diâ-
Escavada: conhecida também como to. Uma das grandes vantagens é que metro cuja perfuração é realizada por
perfurada ou rotativa. Para a execução é ela pode ser construída em diferentes rotação ou roto percussão, em direção
utilizada uma máquina perfuratriz com tipos de solo, com presença ou não de vertical ou inclinada. Essa perfuração se
uma ponta tipo saca-rolha. Por se tratar água, o que faz dela um dos tipos mais processa com um tubo de revestimento e
de escavação mecânica, atinge profun- flexíveis. Entretanto, seu uso em locais o material escavado é eliminado conti-
didade de até 12 m e possui alta capaci- próximos a edificações existentes deve nuamente, por uma corrente fluida
dade de carga, podendo chegar a 60 ser avaliado criteriosamente, visto que a (água, lama ou ar) que introduzida atra-
toneladas. Não é executada com arma- execução da estaca gera muita vibração vés do tubo refluí pelo espaço entre o
duras e apresenta pontas de ferro nas do solo, o que pode comprometer as tubo e o terreno.

EXECUÇÃO ESTACAS ESCAVADAS


Para a construção, é preciso usar uma máquina perfuratriz para
a escavação ser mais rápida. Ela possui ponta tipo saca-rolha
que faz a perfuração e é responsável pela retirada da terra.
As principais etapas são:
• Piquetes marcam os locais a serem escavados;
• Furos são feitos com a máquina perfuratriz;
• Checagem do buraco, antes da concretagem, para a constata-
ção da profundidade especificada no projeto estrutural;
• Concretagem, sendo necessária a colocação de aço para a an-
coragem nos blocos de fundação. Prefira o concreto usinado,
pois proporciona maior qualidade.

CONSTRUÇÃO EM ENCOSTA

MURO
DE ARRIMO

71
estrutura

EM ENCOSTAS OU Além disso, existem legislações esta- com a impermeabilização das fundações.
PRÓXIMO AOS RIOS duais e federais que estabelecem a dis- Em ambos os casos, a indicação são cons-
Quando o terreno está localizado em tância entre as construções e os rios, ria- truções suspensas com pilotis. Quando há
regiões montanhosas e próximo de rios, chos, córregos e nascentes, variáveis de a necessidade de muros de arrimo, é fun-
é preciso redobrar a atenção. Segundo acordo com as características de cada um. damental prever o escoamento da água
especialistas e autoridades, não são ape- Nas regiões próximas de rios também para que ele não ceda.
nas as chuvas fortes e os rios que causam é preciso estudar todas as características Nas áreas próximas de rios, onde os
alagamentos, inundações e enchentes – como relevo, formação geomorfológica, problemas com enchentes são maiores,
os grandes vilões das tragédias. As cons- tipo de solo e declive, pois até mesmo as deve-se prever a colocação de pisos dre-
truções em áreas irregulares, também casas construídas a uma distância segura nantes nas calçadas e em garagens situa-
conhecidas como locais de riscos, caso do leito maior dos rios podem apresen- das no térreo, pois quanto mais pisos
de encostas ou taludes de morros e pro- tar problemas de rachaduras e desmo- impermeabilizados houver, maior o risco
ximidades das margens de rios, são as que ronamentos em razão do solo úmido e de enchentes e alagamentos. Em regiões
vitimizam grande número de pessoas. muitas vezes pouco resistente. de encostas, deve-se evitar o plantio de
Por isso, antes de construir qualquer Ao planejar a futura moradia, o arqui- bananeiras que favorecem o acúmulo de
edificação residencial ou comercial é fun- teto deve buscar soluções para as con- água no solo e podem causar desliza-
damental aprovar o projeto na prefeitu- dições do local, ou seja, executar a edi- mentos de terra.
ra e, quando estiver em área de preser- ficação de forma que em caso de fortes
vação ambiental, ter a autorização de chuvas os problemas sejam amenizados. DÁ PARA EVITAR?
órgãos ambientais como o Ibama, que A educação ambiental é o passo ini-
possui legislação específica para deter- Moradia com segurança cial para evitar grandes tragédias. O Ser-
minar a porcentagem do terreno que Construir a residência a uma distância viço Geológico do Brasil, por exemplo,
pode ser construída, autoriza ou não a segura do leito maior dos rios e evitar a busca por meio de cartilhas e palestras
poda e corte de árvores nativas e infor- implantação perto da borda ou no pé da com a comunidade conscientizar as pes-
ma se poderá ou não ter movimentação montanha são primordiais. Na parte supe- soas para evitar construções em áreas de
de terra no terreno. rior, deve-se construir a pelo menos 5 m risco e o descarte de lixo nos córregos,
de distância da borda, enquanto na base rios e nas ruas.
a distância deve ser de no mínimo 10 m. Também deve ser implantado o Siste-
Em regiões no pé dos morros, a maior ma Nacional de Alerta, que juntamente
preocupação é com os detalhes técnicos com os serviços meteorológicos, as pre-
de muros de arrimo e dos diferentes tipos feituras e a Defesa Civil das cidades, tem
de fundações. A casa também precisa ser a missão de estar alerta para eventuais
implantada de forma que não haja movi- casos de emergência. Assim, antes de
mentações de terra nem corte da vegeta- grandes chuvas, as pessoas que moram
ção existente, a fim de evitar qualquer em áreas com risco de tragédias são avi-
impacto possível no meio ambiente. sadas, em tempo hábil, para deixar o local.
Em áreas próximas de rios, Esse sistema é importante para evitar gran-
como há maior umida- de número de acidentes. Porém, não eli-
de do solo deve mina danos materiais provocados pelo
haver cuidado evento, como chuvas fortes, alagamentos
e deslizamentos de terra.

CONSTRUÇÃO EM ENCOSTA

MURO
DE ARRIMO

72
CORRENTES CALHA

CONECTOR METÁLICO

de terra encostada nele sem tombar, ou


PILAR seja, suportar toda a pressão e o peso
proveniente da terra”, completa Chie-
righini Filho.
SAPATA

CONDUTORES Modelos
Tem a função de ESTACA Podem ser de gravidade, alvenaria de
desviar a água pedra, concreto ciclópico, gabião, sacos
das chuvas de solo-cimento e flexão, entre outros.
Em obras residenciais os mais usados são
CONSTRUÇÃO EM ENCOSTA os de concreto armado.
Nesses locais deve haver cuidado com a implantação. SOLO
A casa precisa ficar a pelo menos 5 m da borda e a 10 m de distância da base
Neste caso, são feitas as fundações e
vigas baldrames e a alvenaria é erguida
em conjunto com as vigas e os pilares de
MURO DE ARRIMO ta drenagem da água”, explica o enge- concreto armado. Todos devem ser cons-
É ideal para lotes em encostas, com nheiro civil Rogério Coradini, da Araucá- truídos por profissionais especializados,
aterros ou grande inclinação quando é ria Comércio e Serviços. já que o componente envolve a drena-
preciso fazer a contenção de terra para O engenheiro civil Alberto Chierighi- gem e a impermeabilização.
escorar os taludes. Porém, vários fatores ni Filho, de Itu, SP, explica que são usa-
devem ser analisados antes da constru- dos nas divisas dos lotes quando a inten- Drenagem e impermeabilização
ção do muro de arrimo. ção é aproveitar ao máximo suas exten- São tão importantes quanto o projeto
“A etapa é uma das mais complicadas sões. Nestes casos, são construídos no estrutural. É preciso instalar tubulação
da obra, pois requer cálculo estrutural limite do terreno a fim de deixá-lo plano. hidráulica junto à base do muro para que
bem planejado e soluções para a corre- “O muro de arrimo deve conter a carga a água não fique parada atrás dele, sen-
do que deve ser colocada manta bidin
ao redor dos tubos.
É preciso, ainda, fazer o escoamento
superficial de água e colocar drenos inter-
PERFIL DO TERRENO nos, já que um muro mal projetado e
sem sistema de drenagem é perigoso e
pode causar prejuízos enormes.
Quanto à impermeabilização, as solu-
CAMADA FILTRANTE (BRITA) ções devem ser analisadas individual-
mente. Se a etapa não for realizada,
DUTO DE GOTEJAMENTO
pode comprometer toda a estrutura que
entrará em colapso, visto que a água
removerá partículas dos materiais que
formam o muro e logo a estrutura per-
de a resistência e os prejuízos,
TUBO DE DRENAGEM dependendo do porte da
obra, são incalculáveis.
O projeto de imper-
meabilização definirá os
PILAR DE CONCRETO ARMADO produtos mais indicados
para cada caso específico.
Vale lembrar que a apli-
cação deve ser feita sem-
BASE DO MURO pre seguindo as orientações
técnicas das embalagens.

73
estrutura

Qual
estrutura
escolher?

CONFIRA O MELHOR MÉTODO


CONSTRUTIVO PARA SUA CONSTRUÇÃO
A escolha certa do sistema construtivo garante a racionali-
zação da obra e a durabilidade do futuro imóvel. A estrutura
de concreto armado, a alvenaria estrutural, o steel frame, o
sistema monolítico autoportante e a estrutura metálica são os
mais utilizados.
O método construtivo deve ser definido durante a criação
do projeto arquitetônico da casa para elaborar o projeto estru-
tural de acordo com as características e vantagens do siste-
ma escolhido. Além disso, evitam-se imprevistos, improvisos
no decorrer da obra e novas adaptações do projeto, que
podem resultar em um aumento significativo do custo da
construção. Cada método construtivo também necessita de
mão de obra especializada. o sistema construtivo mais resistente às características de nos-
so País, como diferenças de solo, clima e troca de tempera-
CONCRETO ARMADO tura. “Porém, se a estrutura ficar aparente, sem reboco ou
É formada por pilares, vigas e lajes de concreto, sendo que revestimento, deve ser impermeabilizada, pois o concreto
os vãos são preenchidos com tijolos de barro, blocos cerâmi- absorve a água”, aconselha Kílaris. Não existe restrição para o
cos ou de concreto para vedação. Neste caso, o peso da cons- número de pavimentos, limites para futuras reformas e esqua-
trução é distribuído nos pilares, vigas, lajes e fundações e, por drias sob medida podem ser especificadas.
isso, as paredes são conhecidas como “não-portantes”, ou A construção costuma ser mais cara quando comparada à
seja, não possuem funções estruturais. alvenaria estrutural por exigir “rasgos” nas paredes para a ins-
Segundo o arquiteto Aquiles Nícolas Kílaris, com escritórios talação de tubulações de elétrica (conduítes) que são coloca-
em Americana e Campinas, ambas no interior paulista, esse é das no momento da concretagem da laje.

74
ALVENARIA ESTRUTURAL Blocos cerâmicos ou
Obra racionalizada, organizada, bem de concreto estruturais?
definida, sem desperdício de material e A escolha e as dimensões devem ser
mão de obra são algumas das vantagens. feitas durante a criação do projeto arqui-
As paredes portantes funcionam como tetônico. Para os blocos cerâmicos, o pro-
vedação e estrutura e resistem às cargas jeto e a construção precisam seguir a nor-
verticais e horizontais. Para a confecção, ma da ABNT 15.812 – Cálculo de Alve-
são utilizados blocos cerâmicos ou de naria Estrutural Com Blocos Cerâmicos.
concreto estrutural.
Entre os fatores que garantem eco- Blocos de concreto estruturais
nomia estão a simplificação de técnicas Têm menor consumo de argamassa,
construtivas, que gera rapidez na execu- permitem aplicar gesso e azulejos direta-
ção e a redução de custos com formas, mente sobre o bloco, têm menor índice
escoramentos e aço, além do tempo de propagação de incêndio e garantem
necessário para desforma. “Com a uni- uniformidade de textura. Também pos-
formidade dimensional dos blocos, dis- suem dimensões precisas e melhor efi-
pensa reboques de regularização e enri- ciência bloco x parede, que possibilita a
jecimento das paredes”, ressalta o arqui- construção de prédios mais altos.
teto paulistano Beni Skitnevsky.
Outro ponto forte é que o sistema Blocos cerâmicos estruturais
resulta em melhor conforto termoacústi- Possuem baixo índice de absorção ini-
co. “Além disso, as cargas estruturais são cial, menor quantidade de juntas de movi-
todas distribuídas nas sapatas corridas, mentação e maior conforto termoacústico. No caso dos de concreto estrutural,
evitando assim a construção de estacas Garantem também diminuição de carga os blocos de 14 cm podem ser ergui-
profundas que encarecem a etapa de na fundação e maior rendimento da mão dos até 22 andares, enquanto com os
fundação”, diz Skitnevsky. de obra em razão do peso. de 19 cm são permitidas construções
de até 30 pavimentos.
Número de pavimentos
Já se constroem edifícios com blocos Em caso de reformas
cerâmicos estruturais de até 16 pavi- Como as paredes são estruturais,
mentos, já que alguns modelos possuem futuras reformas devem ser previstas no
resistência à compressão de até 25 MPa. projeto, caso contrário, será necessário
Prédios mais altos também poderiam ser um estudo para cada situação específi-
construídos com a tecnologia, mas são ca e, em algumas ocasiões, não serão
economicamente inviáveis. permitidas alterações.

TABELA COMPARATIVA

Características Alvenaria Estrutural Concreto Armado

Tipo de parede Portantes Não-portantes


Elementos de sustentação Nenhum Pilares, vigas e lajes
Tempo para execução Menor Maior
Tijolos comuns de barro,
Blocos de concreto estruturais blocos cerâmicos ou de
Materiais necessários
ou cerâmicos estruturais concreto para vedação,
formas de madeira e concreto
Instalações hidráulicas Tubulações feitas
Com rasgos na parede
e elétricas internamente
Reformas futuras Há restrições Sem restrições
Terreno Sem exigências Sem exigências
Fundações Similares Similares
Esquadrias Medida padrão Não há exigências

75
estrutura

SISTEMA MONOLÍTICO
AUTOPORTANTE
É composto por painéis de EPS (Polies-
tireno Expandido), também conhecido
como isopor, que são fechados por telas
metálicas e argamassa, tornando as pare-
des estruturais. Assim, dispensa o uso de
vigas e pilares. Testes de compressão do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do
Estado de São Paulo (IPT) certificaram
que 1 m pode resistir até 40 toneladas.
De acordo com a engenheira e sócia
da LCP Engenharia & Construções, Lour-
des Cristina Printes, é possível montar
uma casa de 100 m 2 em 180 dias. “A
rapidez da obra é devido às paredes
autoportantes”, diz.
A obra começa com a construção da
base de concreto sobre o terreno nive-
lado. Em geral, são utilizadas lajes de sus-
pensão chamadas de radier, o que reduz
até 30% dos custos, em comparação aos
sistemas de fundação. Em seguida, são
instaladas as partes elétricas e hidráuli-
cas e feita a montagem das paredes fixa-
das com esferas de ferro. Ao final, os pai-
néis são grampeados e cobertos com
argamassa CP3, que polui menos o
ambiente. “Essa tecnologia é chamada
de argamassa armada. Por formar um
bloco monolítico de painéis estruturais STEEL FRAME
não sujeitos à movimentação do solo, Economiza com a fundação e reduz
evita o aparecimento de trincas e fissu- o tempo de obra. É ainda ecologica-
ras e, se aplicadas molas entre os blocos mente correto, pois é produzido com
de EPS, torna-se resistente a terremotos”, materiais certificados que podem ser reci-
explica Lourdes. clados. Por ser um sistema resistente à
Além disso, o isopor é considerado corrosão, não propaga fogo e pode
uma alternativa sustentável – é 100% suportar cargas de velocidade de vento
reciclável -, rápida, limpa e econômica, de até 180 km/h, terremotos e descar-
sem contar que garante o conforto tér- gas atmosféricas.
mico da residência. “O peso de uma residência em steel
frame pode ser até 70% menor que o
de uma tradicional, pois esse tipo de
estrutura metálica é leve, o que favore-
ce as fundações e até viabiliza constru-
ções em terrenos de baixíssima capaci-
dade de cargas”, ressalta Carolina Fon-
seca, gerente executiva do Centro Brasi-
leiro da Construção em Aço (CBCA).
De acordo com Heloisa Pomaro, arqui-
teta e proprietária da Construtora Micu-
ra Steel Frame, depois de prontos, os
projetos executivos de arquitetura e de
engenharia são executadas as funda-
ções. Um sobrado de 250 m2 pode ser
construído em 120 dias.

76
Pex, por ser flexível e ter fácil colocação na homewrap) que vai atuar como bar-
e manutenção”, diz Heloisa. reira contra intempéries, reduzindo a infil-
As paredes internas possuem fecha- tração de ar externo, aumentando a efi-
mento em drywall, enquanto as exter- ciência do isolamento térmico e assegu-
nas em placas cimentícias ou em chapas rando a estanqueidade das paredes, per-
de OSB. “Para garantir maior durabili- fis e isolamentos internos contra a infil-
dade da obra, é recomendado instalar tração de água”, explica a gerente exe-
um sistema de proteção (tipo membra- cutiva do CBCA.

Mais vantagens
Oferece excelente desempenho ter-
moacústico, ausência de fissuras e manu-
tenção econômica. “Ainda apresenta
total versatilidade arquitetônica e per- ESTRUTURA METÁLICA energia, do consumo de matérias-primas
mite construções de até cinco andares”, Oferece rapidez de construção e eco- e da geração de detritos. Os impactos
afirma Heloisa. nomia de material e mão de obra. Tam- no canteiro de obras em termos de resí-
De acordo com Carolina, o sistema bém é possível utilizar a estrutura para duos, emissão de poeira, tráfego e ruí-
construtivo utilizando o steel frame vencer grandes vãos. Por ser um processo dos sonoros também são menores. Com
garante a racionalização de materiais, totalmente industrializado, minimiza o isso, há uma melhor organização do can-
diminui o contingente de mão de obra, desperdício e garante precisão geomé- teiro e a redução de desperdício de mate-
que é treinada e capacitada para a exe- trica e agilidade na montagem. Conse- riais. “Uma casa de 200 m2 com estrutu-
cução do trabalho, e oferece maior dura- quentemente, reduz custos e permite ra em aço gera apenas um 1 m3 de resí-
bilidade e garantia. retorno mais rápido do investimento. duos recicláveis durante a construção”,
Assim como nos demais métodos Na busca permanente de práticas exemplifica Carolina.
construtivos, eles são determinados por mais sustentáveis nos processos produ- A estrutura em aço mostra-se espe-
meio do estudo do solo. “Por ser uma tivos, é fundamental destacar sobre uma cialmente indicada nos casos onde há
estrutura leve, o radier é uma das mais característica importante do aço: é 100% necessidade de adaptações, ampliações,
usadas e possibilita uma economia de reciclável. Essa capacidade de retorno reformas e mudança de ocupação de
até 30% na etapa”, afirma a profissonal permanente à cadeia produtiva como edifícios, melhor aproveitamento do
da Construtora Micura. matéria-prima, sem perder a qualidade, espaço interno e aumento da área útil.
Depois de feito o contrapiso, os perfis faz dele um dos materiais mais recicla- “A cultura da industrialização na cons-
de aço galvanizado chegam prontos no dos do mundo. trução é uma tendência em todos os seg-
canteiro de obras. As instalações passam Outro benefício das construções que mentos. O mercado busca soluções que
pela parte interna dos perfis. “Para a o utilizam é o menor impacto sobre o gerem maior produtividade”, finaliza a
hidráulica, indico a utilização do Sistema meio ambiente, com redução do uso de gerente executiva do CBCA.

77
estrutura

Paredes caprichadas
PARA GARANTIR A SEGURANÇA DA CASA E O CONFORTO DA FAMÍLIA,
É FUNDAMENTAL EXECUTÁ-LAS COM PERFEIÇÃO

Uma “casa sem paredes, nem nada” contratar mão de obra especializada. trução, é o momento de tomar uma deci-
existe apenas nas cantigas de infância. Além disso, todos os envolvidos nessa são pra lá de importante: decidir se as
Na vida real, elas têm funções indispen- tarefa devem ter experiência para desen- paredes serão estruturais ou de vedação.
sáveis: dividem ambientes, garantem a volver o trabalho com perfeição. A escolha deve ser feita ainda na fase de
vedação e asseguram o conforto termo- A segunda etapa também é funda- projeto para evitar gastos desnecessários
acústico. Porém, para executá-las é pre- mental para o sucesso da obra. Antes e problemas no futuro. Não decidiu ain-
ciso muita atenção! O primeiro passo é mesmo de começar a dar vida à cons- da? Então, saiba que os dois tipos apre-

BLOCO CERÂMICO
sentam características distintas e funções colunas e vigas com graute e ferragens, decisão com antecedência. Para evitar
específicas. As de vedação são feitas com bem como os elementos das instalações gastos desnecessários e problemas futu-
blocos de concreto ou cerâmicos, placas elétricas e hidráulicas, que ficam embu- ros, verifique se o engenheiro respon-
cimentícias e drywall (esse último é indi- tidas nas paredes. sável pela obra tem acesso aos projetos
cado apenas para paredes internas). Os Para evitar problemas futuros nas pare- de fundação, infraestrutura de blocos
tijolos de barro também podem ser usa- des, e isso vale para os dois métodos, a e baldrames, elétrica, hidráulica e de
dos na alvenaria de vedação. dica é garantir prumos, alinhamento e vedação. No caso da alvenaria estrutu-
Quando o assunto é alvenaria estru- nivelamento das paredes, preenchimen- ral é importante verificar com atenção
tural, o mais indicado é o uso de blocos to de juntas, ficar de olho nas condições e rigor o alinhamento, o prumo e o
de concreto ou cerâmicos estruturais, de armazenamento e tempo de uso das nível das paredes.
além do tijolo solo cimento. Esse méto- argamassas e demais procedimentos de Com as plantas em mãos, é possível
do é indicado para paredes que supor- boas práticas construtivas. Consulte a optar pelo ferramental adequado, além
tarão as cargas da residência (telhados, Associação Brasileiras de Normas Técni- das peças básicas, uma boa obra deve
lajes e peso). Elas irão compor a estrutu- cas (ABNT) para garantir que a constru- ter régua de prumo e nível, escantilhões
ra da edificação. ção aconteça de acordo com as regras. (tripé metálico que faz o alinhamento da
É simples identificar com qual dos dois Ficou com dúvida? Não se desespere, parede), esquadros com precisão e
métodos as paredes foram erguidas. A pois fomos atrás de tudo o que você deve dimensões acima de 60 cm, gabaritos
estrutural faz as vezes de estrutura e veda- saber sobre as futuras paredes da sua para portas e janelas e masseiras metá-
ção da edificação. Com esse método, as casa. Vale a pena conferir! licas ou plásticas.
paredes recebem e distribuem de forma Não esqueça de...
homogênea toda a carga da obra, além IMPORTANTE! Usar blocos cerâmicos com qualifica-
do isolamento termoacústico. A de veda- A boa execução depende da análise ção de acordo com as normas da ABNT.
ção recebe apenas o seu próprio peso. do projeto construtivo, que antecipa os
No entanto, o assentamento é parecido tipos de laje, os blocos de alvenaria, os
nos dois casos, porém há uma diferen- traços das argamassas e todos os deta-
ça: na estrutural há o preenchimento de lhes construtivos. Por isso, vale tomar a

ALVENARIA ESTRUTURAL

79
Placas cimentícias
O método é mais leve em compara-
ção ao tradicional e pode gerar econo-
mia desde as fundações. O material ofe-
rece facilidade de montagem, de manu-
seio e transporte devido à leveza dos ele-
mentos. A vantagem é a redução do uso
de recursos naturais e do desperdício.
Porém, é preciso contratar mão de obra
especializada. Pode ser usada em pare-
des internas e externas, sendo indis-
pensáveis em áreas sujeitas a intempé-
ries como fachadas, platibandas e forros
TIJOLOS BLOCOS DE de beirais. As placas são produzidas em
DE BARRO CONCRETO camada única de concreto leve e refor-
çado nas faces por telas especiais, que
permitem o manuseio e parafusamento
Conforto termoacústico Vergas e contraverga seguro. Aceitam diversos tipos de reves-
O barulho que vem de fora é impe- timentos compatíveis com alvenaria, pin-
dido de entrar! Já dentro de casa, os turas e porcelanatos.
ambientes são fresquinhos, perfeitos em
qualquer estação. Que tal um lar assim? Drywal
Se você gostou da ideia, é preciso adotar É usado apenas em paredes internas.
algumas soluções que garantem o con- Entre as vantagens está a leveza e o
forto termoacústico. Algumas delas aproveitamento do espaço. Há a redu-
podem ser usadas ainda no processo de ção de peso descarregado na estrutura
construção das paredes. do edifício, ganho de área útil em fun-
ção de uma menor espessura das pare-
Lã de vidro des, facilidade de mudança de layout,
Assegura o isolamento termoacústico mínimo desperdício de materiais, manu-
e pode ser usada em todos os sistemas tenção simples e melhor desempenho
de vedação. O material apresenta diver- acústico. As paredes devem ser execu-
sas qualidades: é versátil, leve, tem cus- tadas de acordo com as normas da
to acessível e pode ser usado em todos ABNT. Também é fundamental usar mate-
os ambientes. Vergas e contravergas ficam nas aber- riais em conformidade com o PQS (Pro-
turas que receberão portas e janelas. Se grama Setorial de Qualidade de Drywall)
Lã de rocha você optar por alvenaria estrutural, as e optar por mão de obra especializada.
É durável, apresenta custo acessível vergas irão suportar as cargas das lajes,
e é resiste à água. Pode ser aplicada das vigas e de todo o peso da alvenaria.
entre as paredes e assegura alta absor- Isso evita que o peso da obra se apoie
ção acústica. em portas e janelas. Se isso acontecer,
elas quebrarão ou ficarão deformadas.
EPS No caso da alvenaria de vedação, as ver-
É o famoso isopor! Pode ser usado em gas suportam o peso dos blocos que
paredes e forros e garante ambientes ficam nas fiadas. As contravergas são as
fresquinhos e sem qualquer barulho. responsáveis por evitar fissuras e possí-
veis aberturas na alvenaria.
Vermiculita
O material é aplicado junto ao reboco BOAS ALTERNATIVAS
e possui baixa condutividade e densida- As placas cimentícias e as feitas com
de termoacústica. drywall garantem agilidade e rapidez
durante a construção das paredes. O
Argila expandida melhor é que não necessitam de água
Tem boa resistência mecânica e deve para instalação. Por esse motivo, as obras
ser misturada à argamassa de cimento desenvolvidas com esses materiais são
usada no momento de erguer a parede. conhecidas como secas.

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