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19 anos
ajudando
quem constrói
e reforma

Cobertura nota dez


nº2 Atualizado
e revisado

Saiba tudo sobre telhados,


telhas e tipos de forros
Instalações eficientes
Conheça as novidades em
elétrica, geração de energia
e iluminação

Lajes, pilares e vigas: acerte na execução e garanta estrutura firme e duradoura

Conexões
hidráulicas
Planejamento
correto permite
economizar água

O ÚNICO
MANUAL DA
CONSTRUÇÃO
Beleza e tranquilidade: planeje as escadas para embelezar em apenas
e assegurar o acesso preciso aos andares da residência 3 fascículos

E mais: ar-condicionado, isolamento termoacústico, automação e segurança


editorial

Há 19 anos, o Guia Construção do Começo ao Fim é referência para todos


aqueles que pretendem construir a tão sonhada casa. Remodelado, o manual traz
conteúdo explicativo e detalhado em um novo projeto gráfico que valoriza a lei-
tura agradável.

Profissionais e empresas do setor foram consultados para elaboração do guia


em que se encontra passo a passo todas as etapas da construção até os acaba-
mentos finais. Serão três edições ao longo do ano. Em suas mãos, a segunda abran-
ge estágios fundamentais para assegurar o bom uso da morada, como pilares,
lajes, telhado, hidráulica, elétrica, automação e segurança.

A cada capítulo com fotos e gráficos ilustrativos, o sonho vai saindo do papel,
por meio de dicas e alertas importantes desde como escolher o modelo e materiais
para as escadas, tipos de telhas, opções de interruptores e tomadas, lâmpadas,
canos e muito mais.

Boa leitura e sucesso na obra!

77
Redação Janaína Silva
Publicidade Kilma Lima
Administrativo Natália Seemann
Assinaturas, Atendimento ao Leitor e Revenda Danielle França

Colaboradores Alexandra Iarussi, Amanda Agutuli, Amanda Costa, Ana Luísa Lage, Andressa Trindade, Bea-
triz Schadeck, Camilla, Chevitarese, Camila Toledo, Carolina Pera, Claudia Dino, Cristina Tavelin, Deise Vieira,
Janaína Silva, Juliana Duarte, Lucie Ferreira, Marcos Guaraldo, Paula Andrade, Rafaela Rebouças, Renata Pu-
tinatti, Roberta Benzati, Suzana Mattos, Vanessa Barcellini e Vanessa Sarzedas (Textos); AC Design, Chris Bor-
ges (Ilustrações), Alessandro Guimarães, Antônio Di Ciommo, Bruno Carvalho, Carlos Edler, Chico Lima,
Edson Ferreira, Eduardo Liotti, Evelyn Müller, Fran Parente, Gimenez, Gui Morelli, Gustavo Xavier, Hamilton
Penna, J.Vilhora, Leonardo Farchi, Marcelo Negromonte, MCA Estúdio, Patrícia Cardoso, Rafael Coelho, Ri-
cardo Bassetti, Sérgio Jorge, Tarso Figueira e Tatiana Villa (Fotos)

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índice

estrutura
Lajes, pilares e vigas 81

estruturas internas
Escadas 88
Lareiras 94
Elevadores 100

cobertura
Telhados 102
Forros 114

hidráulica
Tubos e conexões 118

elétrica
Instalações elétricas 128
Ar-condicionado 140
Automação e segurança 142
Aquecimento 148

isolamento termoacústico
Soluções para ter espaços
aconchegantes 152

Contatos 156
80
estrutura

Sustentação
para a sua obra
LAJES, PILARES E VIGAS SÃO FUNDAMENTAIS PARA A ESTRUTURA DA CONSTRUÇÃO.

Responsáveis por suportar o peso da ter uma obra econômica, a dica é conhe- e armações a serem usadas. Dessa for-
residência, lajes, pilares e vigas são ele- cer todos os pontos positivos e negati- ma, o calculista realizará o dimensiona-
mentos estruturais que exercem papel vos de cada método construtivo e esco- mento correto para garantir segurança
fundamental para a construção. Eles tra- lher aquele que mais se adapta às neces- e estabilidade à edificação.
balham em conjunto e dão estabilidade sidades dos moradores. O próprio cons- A engenheira civil paulistana Vivian
à edificação. Quando entra em cena, a trutor deve solicitar ao engenheiro cal- Cristina Guersoni explica que existem
laje distribui a carga suportada por toda culista o detalhamento do projeto para duas normas técnicas a respeito. Pilares
a sua extensão e transfere para as vigas estimar a matéria-prima necessária e o e vigas devem ser executados seguindo
que, imediatamente, repassam para os custo da mão de obra para a execução. a NBR 6181, da ABNT, de forma a resis-
pilares e fundações. Vale ressaltar que a construção deve tir a ventos, compressão, tração, torção
Durante essa etapa é importante que seguir as normas da Associação Brasilei- e cargas. A outra, a NBR 14931, é com-
o profissional detalhe e dimensione as ra de Normas Técnicas (ABNT), que regu- plementar à anterior e refere-se à exe-
armaduras e formas de estrutura. Para lamenta o dimensionamento do concreto cução de estruturas de concreto.

81
estrutura

VIGAS
Inseridas na horizontal, elas distribuem
o peso das lajes e conferem resistência e
estabilidade à construção. Muitas vezes,
apresentam pilares em suas extremidades,
e são conhecidas como vigas biapoiadas.
Em alguns casos, há continuação da viga
após o pilar mais extremo de apoio, que
gera um trecho com somente um apoio
denominado balanço.
A execução é semelhante a dos pila-
res, porém devem estar posicionadas de
acordo com o especificado no projeto
arquitetônico para que fiquem embuti-
das na alvenaria.
A fôrma pode ser feita isolada ou
simultaneamente à alvenaria. A retirada
é realizada após, em média, 28 dias da
concretagem. O concreto usinado é a
melhor opção para agilizar essa etapa
da obra. Se for produzido na obra, deve
ser feito em uma betoneira elétrica,
seguindo as orientações do responsável
técnico sobre a dosagem necessária e
ponto da mistura.

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PILARES
Eles recebem as cargas das lajes e
vigas. A localização não deve interferir
na arquitetura e atender a melhor modu-
lação de forma a atingir todos os pavi-
mentos. Caso não sejam construídos de
forma correta, podem ocasionar trincas
e, até mesmo, o desmoronamento par-
cial ou total da casa.
Com a posição determinada, as arma-
ções são inseridas seguindo o projeto de
fundações. Na lista dos materiais mais
usados estão areia, pedra britada, con-
creto usinado, aço em barras e madeira
para as formas. Durante a execução
entram em cena barras verticais de aço
e estribos, com bitolas determinadas no
projeto estrutural.
No próximo passo a armação da colu-
na é montada com ferros mais conhe-
cidos como arranques, presos com ara-
mes de aço. Realizada essa etapa, for-
mas são usadas para a concretagem. A
mais usada é a de madeira, retirada após
a cura do concreto. Porém, se a esco-
lha for pelas feitas juntamente à alve-
naria, o cuidado deve ser redobrado
para armação, prumos, espaçamento
entre a alvenaria e armaduras da estru-
tura. Um trabalho mal realizado resulta-
rá em sérios problemas.

FORMAS MADEIRA
Aplicadas em construções residenciais, apresenta
Elementos importantes para o sucesso abertura na região superior. A dica para garantir o
da execução de pilares, vigas e lajes. perfeito desempenho é molhá-las antes da concreta-
gem para dilatar e diminuir as folgas.
PAPELÃO
Para obter tamanhos e formatos diferenciados, os
modelos de papelão reduzem o tempo de execução,
chegam prontas à obra com as medidas solicitadas,
evitando o desperdício. A montagem é simples, rápi-
da e dispensa mão de obra especializada. Os moldes
podem ter até 8 m de comprimento e os diâmetros
variam de 0,15 a 1 m, com o intervalo de 5 cm.

METAL
As formas metálicas, de aço ou alumínio, são soluções
industrializadas que eliminam a necessidade de equi-
pe especializada e reduzem as perdas de materiais,
além de aumentar a produtividade na construção.

83
estrutura

84
LAJES pode diminuir a vida útil do imóvel. apoiadas em uma estrutura do mesmo
As mais usadas são as maciças, mistas, O projeto estrutural deve prever a laje material, também conhecida como esco-
pré-fabricadas, planas ou protendidas. A mais indicada para a residência, assim ramento. Em alguns casos, precisa ser
escolha depende da carga a ser recebida, como seu correto dimensionamento. mantida por 28 dias após a concreta-
vãos existentes, agilidade na execução, “Nele também devem constar o sentido gem da laje. Dentre as vantagens, pode
entre outros fatores a serem avaliados. A de instalação e o tipo de concreto e sua ser armada em uma ou mais direções,
montagem da laje é feita logo após a cons- respectiva resistência”, ressalta o arqui- possibilita acabamento direto com ges-
trução dos pilares e vigas e deve seguir as teto Mauricio Moser, de São Paulo, SP. so, massa corrida ou até mesmo pintu-
recomendações presentes no manual ra, tem execução rápida e é fácil de mon-
enviado pelo fabricante. Deve-se ficar aten- Concreto estrutural ou maciça tar e concretar.
to às informações de apoio, escoramento, Com capacidade de vencer grandes Para evitar problemas e erros, verifi-
ferragem e distribuição para que não apa- vãos e apresentar boa impermeabilida- que se o sistema elétrico e tubulação
reçam trincas ou fissuras. A má execução de, a opção é usar formas de madeira hidráulica estão bem posicionados.

LAJE MACIÇA

85
estrutura

LAJE PRÉ-MOLDADA TRELIÇADA

Pré-moldada correto já que faz uso racional da maté- a 4 m. Para a cobertura, a medida indi-
Pedida para as mais variadas obras, ria-prima e evita o desperdício. cada da abertura é de 4,80 m. O mode-
conta com redução de escoramento, agi- A laje treliçada usa vigotas pré-mol- lo pode ser ajustado de diversas formas
lidade na execução e diminuição no con- dadas apoiadas nas vigas e intercaladas como, por exemplo, apoiada em vigas
sumo de concreto. Entre os tipos estão com EPS ou lajotas cerâmicas. São cober- de balanço, assimétricas e beirais.
a treliçada e a protendida. A primeira é tas por uma camada de concreto de, no O diferencial é a armação de aço em
mais usada em obras residenciais. O mínimo, 4 cm. Quando aplicada em formato triangular que dispensa o uso de
modelo é considerado ecologicamente piso, o vão máximo sugerido é de 3,80 formas de madeira durante a montagem.

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Laje nervurada
Solução estrutural que se diferencia
pelo processo rápido de execução, ele-
va a produtividade e a economia, reduz
o peso da estrutura, permite a criação de
vãos maiores e proporciona liberdade na
criação de layouts. Essas lajes são subes-
truturas de pisos formadas por uma asso-
ciação de laje com nervuras espaçadas
com vãos inferiores a 1 m, distribuídas
em uma única direção ou em duas, cha-
LAJE NERVURADA
madas ortogonais. Elas são maciças e de
um único tipo de material - concreto, ção confere agi-
argamassa, metal e madeira - e mistas. lidade à obra.
Em relação ao processo construtivo, exis- Feita de polipropi-
tem quatro tipos: moldadas in loco, pré- leno (PP) pelo pro-
moldadas, pré-fabricadas e industrializa- cesso de injeção com
das. Em casas e sobrados, o processo aditivos que aumen-
mais comum é o de lajes nervuradas em tam a proteção contra
uma direção, conhecidas como treliça- os raios UV, a forma está
das, laje vigota ou laje treliça. Entre os disponível na cor branca que
benefícios, destacam-se a melhoria do diminui a absorção do calor,
conforto térmico e acústico e redução do reduzindo a variação dimensional por
uso de formas. dilatação e pode ser reutilizada na mes-
LAJE PRÉ-MOLDADA PROTENDIDA
Da Astra, a forma plástica para fundi- ma ou em outras obras.

CONCRETAGEM é o dela mesma ou de um telhado. nomia (Crea) e se possui um engenheiro


A concretagem é importante para o Na laje de piso deve-se adicionar mais civil responsável, uma exigência do Crea.
sucesso e eficiência dos elementos estru- ferragem além da determinada na treli- As empresas especializadas oferecem
turais. O concreto usinado é o mais indi- ça para que se possa atingir a sobre- informações técnicas sobre o tipo de laje
cado por ser adquirido na dosagem dese- carga desejada que é de, no mínimo, mais adequado para a obra. Antes de
jada e ter a garantia de acerto na medi- 250 kgf/m², enquanto a de cobertura contratá-la, peça indicações de outras
da necessária. “Como segunda opção, precisa resistir a cargas de pelo menos obras para serem visitadas. Também é
pode ser feito na obra. Contudo, é neces- 80 kgf/m². importante conversar com antigos clien-
sário ter um controle mais rígido para evi- As espessuras das duas variam de acor- tes e ver lajes já construídas há mais de
tar falhas na composição”, explica o arqui- do com as indicações do projeto. Uma sete anos. Duvide de preços muito bai-
teto paulistano. laje de cobertura nunca deve ser instala- xos, pois nesses casos são fornecidos pro-
Todo cuidado é pouco durante essa da no lugar de uma de piso. Caso isso dutos de pouca qualidade, que resulta-
etapa. A aplicação nas peças estruturais ocorra, pode haver desde rachaduras e rão em defeitos e prejuízos.
deve ser realizada por camadas e com a vibrações na estrutura, trincas na alve-
ajuda de aparelhos vibradores de imer- naria, rompimento de encanamentos, sol-
são para adensamento correto do mate-
rial. Hidrate as regiões concretadas para
tura de revestimentos até desabamento. FIQUE ATENTO!
A casa ficou pronta e os ambientes
evitar a retração por falta de água no CONTRATAÇÃO DO FORNECEDOR
processo de cura. É importante deixar as Comprar as lajes, principalmente as não são suficientes para acomodar
formas bem fechadas para não perder pré-moldadas, de empresas especializa- confortavelmente toda a família?
água ou nata de concreto. das é a garantia de adquirir produtos de Se você deseja ampliar a moradia
qualidade, além da possibilidade de ter com mais um pavimento, fique
DE PISO OU COBERTURA? mais profissionais assessorando a equi- atento para que a construção seja
Antes de dimensionar a laje, é preciso pe da obra, antes, durante e depois da realizada de forma segura.
saber se acima dela estarão os ambientes construção. As empresas são obrigadas a
Para começar as obras, contrate
do pavimento superior ou o telhado. A oferecer garantias de cinco anos. Porém,
diferença entre elas está na espessura, quando o projeto e a execução são rea- um profissional da área para estu-
sendo que cada uma possui resistências lizados corretamente, a durabilidade da dar detalhadamente o projeto.
distintas. A laje de piso, por exemplo, deve laje ultrapassa cem anos. Preste atenção no desenho origi-
suportar as cargas como móveis, pessoas, Antes da contratação, verifique se a nal e verifique a necessidade de
estantes e até mesmo banheiras. No caso empresa é registrada no Conselho Regio- reforços nas fundações e pilares.
de uma laje de cobertura, o único peso nal de Engenharia, Arquitetura e Agro-

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estruturas internas

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Sobe e desce
SAIBA COMO PROJETAR A ESCADA IDEAL E SEGURA PARA A SUA CASA

Projeto Studio Deux Fotos Divulgação

MODELO SEGURO
Para que os moradores tenham
acesso seguro e confortável entre
os andares, a ergonomia da escada
deve estar associada ao movimento
correto do usuário, ou seja, eleva-
ção e afastamento do passo. A rela-
ção entre essas medidas faz com
Fundamental em qualquer residência Vale lembrar que também é muito que as passadas pelos degraus
com dois ou mais pavimentos, a escada importante conferir medidas do vão e sejam naturais. Para definir estas
funciona como elemento estético do pro- da altura entre os andares, pois se a dis- medidas e dos espelhos, avalie as
jeto, já que a composição criativa de mate- tância for grande, a escada precisará de características dos moradores.
riais da estrutura, corrimão e degraus cria patamares de descanso. Com acesso fácil Um adulto jovem de 1,90 m de
altura, por exemplo, se movimenta
verdadeiras obras de arte. Porém, diver- e seguro, o modelo deve ter estética
de maneira muito distinta a de
sos fatores devem ser analisados antes da compatível com o restante dos ambien- uma senhora de 1,55 m. Por isso,
escolha. Planeje o modelo ainda no pro- tes da residência. um projeto de escada bem
jeto arquitetônico, pois quando é definido Outra questão a ser avaliada é se será sucedido tenta fazer com que
após a obra finalizada, haverá necessi- construída com a própria mão de obra a maioria dos usuários vença
dade de adaptações e podem surgir res- da construção ou pré-fabricada por a subida ou descida com o
trições quanto a formatos e tipos. empresas especializadas. menor esforço possível.

89
estruturas internas

FEITAS NA OBRA OU
PRÉ-FABRICADAS?
As primeiras possuem grande durabi-
lidade e permitem o uso de qualquer
acabamento. A estrutura é de concreto
armado e a construção deve seguir as
especificações do projeto estrutural para
evitar o aparecimento de trincas e fissu-
ras. Além disso, é importante que a mão
de obra esteja atenta às medidas previs-
tas para que os degraus e espelhos não
fiquem com tamanhos incorretos e fora
das normas de ergonomia.
As moldadas por empresas não geram
desperdício ou sujeira na obra. Nos
modelos metálicos, por exemplo, o impac-
to no meio ambiente é baixo, pois os pou-
quíssimos resíduos gerados durante a
montagem são recicláveis. Por chegarem
prontas à obra, proporcionam menor cus-
to e maior precisão dimensional. A madei-
ra e os materiais metálicos são os mais
usados na estrutura.

90
COMPOSIÇÃO DE MATERIAIS
A madeira e os materiais metálicos,
como o aço e o aço inox, são usados
com mais frequência na estrutura de
escadas feitas sob medida. Para o piso,
há diversas opções: madeira, mármore,
granito, vidro, cerâmica, entre outros.
Independentemente da escolha, a par-
te estrutural deve ser bem calculada
para evitar o comprometimento do
material selecionado.
A empresa precisa acompanhar de
perto a instalação da pisada, que sem-
pre deve ser colocada na espessura cor-
reta. Nos modelos de madeira, é preci-
so escolher espécies certificadas, indica-
das para piso e estrutura de escadas,
com resistência suficiente para suportar
as pisadas. No caso do vidro, o cuidado
deve ser redobrado, pois sempre há o
risco de trincar ou ter as quinas quebra-
das com a queda de objetos.

CONTRATAÇÃO PERFEITA!
Caso opte por um modelo sob
medida, confira algumas dicas:

• Procure empresas consolida-


das no mercado, que possuam
mão de obra especializada e
que deem garantia quanto ao
serviço prestado. Senão, possi-
velmente haverá defeitos, como
diferenças nas dimensões de
pisos e espelhos;

• Busque indicação com arqui-


tetos, engenheiros e até mesmo
com amigos. Antes da contrata-
ção, veja fotos de escadas já
construídas, visite obras realiza-
das e peça o contato de anti-
gos clientes;

• O ideal é que seja instalada


antes da colocação de qualquer
revestimento;

• Em determinadas residências,
alguns modelos apresentam limi-
tações técnicas para a execução.
A empresa responsável deve
orientar o cliente. Avalie, por
exemplo, se as paredes da casa
suportam o peso da escada, caso
ela seja fixada nas laterais.

91
CONCRETO ARMADO EM I CONCRETO E MADEIRA EM I

FORMATOS
Podem ser circular, caracol ou reta,
que, quando dividida em trechos, via-
biliza formar os modelos L, U, I, J e Y.
A caracol permite ganho maior de área
nos dois pavimentos. Porém, exige um
projeto bem planejado para que a dis-
tribuição dos degraus garanta o con-
forto do usuário. Os modelos circulares
são indicados para espaços maiores e
proporcionam design mais arrojado.

MADEIRA
Como o material sofre alterações
dimensionais com a variação da umidade
do ar, o projeto deve utilizar madeiras
duras e com a porcentagem ideal de
secagem conforme a região. As que têm
densidade maior (peso por m³) costumam
ser mais apropriadas, como jatobá, ipê,
cumaru e garapeira.

METÁLICA
Garantem leveza, versatilidade, design
arrojado, montagem rápida e economia
de mão de obra. Porém, para evitar pro-
blemas – inclusive a queda do compo-
nente –, devem ser montadas por pro-
fissionais e empresas especializadas. Os
modelos metálicos geralmente usam na
estrutura e no guarda-corpo chapas
dobradas, perfilados e tubos. Já os
degraus recebem chapas antiderrapan-
CONCRETO E MADEIRA EM L
tes ou lisas.

92
METAL E MADEIRA EM L CONCRETO E MADEIRA EM J METAL E VIDRO EM L

CONCRETO ARMADO CORRIMÃO


Podem ser pré-moldadas ou feitas in É um item importante e deve acom-
loco. Os diferenciais são a durabilidade, panhar o formato e extensão da escada.
os diversos formatos e a variedade de Pode ser de aço carbono, alumínio, aço
acabamentos. São construídas pelos pro- inox e madeira. O diâmetro ideal fica
fissionais da obra e devem seguir as espe- entre 1 e 1/2" e 2" e a altura interna deve
cificações do projeto estrutural para evitar ser de 94 cm e a externa de 1 m. Lem-
o surgimento de trincas e fissuras. bre-se de que a instalação precisa ser rea-
lizada por mão de obra especializada que
VIDRO garantirá qualidade, durabilidade e pou-
Os degraus de vidro conquistam pelo ca manutenção. A colocação do corri-
visual e são capazes de acrescentar ele- mão e do guarda-corpo deve ser realiza-
gância e modernidade aos projetos. A da após as etapas de acabamento e pin-
fixação é feita com cola especial que poli- tura da residência. É importante especi-
meriza com luz ultravioleta. Outra opção ficar em contrato todos os detalhes do
é o silicone natural. Mas também é pos- negócio, inclusive se os componentes
sível fazer a instalação com parafusos, chegarão acabados ou não na obra.
neste caso os furos nas placas são feitos
previamente. Em relação à estrutura, o
ideal é que seja metálica e, de preferên-
cia com perfis bem delgados. FIQUE ATENTO!
Quanto menos material for empre- Para evitar atrasos na obra, ao con-
gado, mais vazado e transparente, o tratar a empresa, informe-se sobre
conjunto vai ficar. Fique atento, princi- o prazo de entrega, pois o tempo
palmente no período de obras, para que demandado para a escada ser pro-
os trabalhadores não risquem a superfí- duzida é longo. Por isso, não deixe
cie com o excesso de areia preso nos para procurá-las na última hora. Ao
sapatos. As escadas de vidro custam definir quem fará a escada e o cor-
mais do que as produzidas com outros rimão, redija um contrato especifi-
materiais, pois o degrau custa cerca de cando todos os materiais que serão
três vezes mais que o de madeira. O utilizados, as formas de pagamento
modelo de vidro da foto acima tem e prazos. No caso de escadas resi-
estrutura central metálica, degraus em denciais, é indicado fechar o con-
vidro temperado e laminado com guar- trato com antecedência de pelo
da-corpo em aço inoxidável, executado menos 60 dias.
MADEIRA EM L
pela Só Escadas.

93
estruturas internas

Invista no aconchego
AS LAREIRAS AQUECEM E LEVAM CHARME AOS AMBIENTES

94
Prepare o chocolate quente, reserve mente, do lado de fora do seu lar. No ter uma, não desanime. Isso não impe-
uma manta (a mais fofinha que tiver) e entanto, para espantar o frio de vez é de sua construção, pois há kits pré-mol-
feche as janelas. Seguir esses passos é essencial tomar alguns cuidados espe- dados que podem ser instalados a qual-
imprescindível já que o tema da vez é ciais. A melhor opção é seguir as orien- quer momento.
mais do que especial: a lareira dos seus tações do fabricante na montagem da A boa notícia é que não há restrições
sonhos. Ter uma em casa é fundamen- peça, evitando trincas e quebras futu- para a instalação. Todos os ambientes
tal para deixar o inverno, definitiva- ramente durante a utilização do pro- podem recebê-la, desde salas, escritórios
duto. Depois dessa etapa, a próxima e até mesmo o quarto. Para acertar na
tarefa, segundo o arquiteto paulistano escolha, ela deve ser escolhida confor-
André Eisenlohr, é escolher a localiza- me o volume que se pretende aquecer.
ção da lareira. “Ela deve ter uma posi- Tem que analisar a metragem do ambien-
ção estratégica para o calor ser melhor te e consultar profissionais capacitados a
distribuído no ambiente”, comenta. Mas dimensionar o tamanho da lareira segun-
se a casa estiver pronta e seu sonho é do o ambiente que irá ocupar.

QUEM É QUEM
A estrutura da lareira é formada
por três elementos fundamentais:

1. CHAMINÉ 1
Elimina a fumaça e a fuligem.

2. COIFA OU CAIXA DE FUMAÇA


Capta a fumaça e retém o ar frio.

3. CÂMARA DE FOGO
Espaço feito com
materiais refratários
e abriga as lenhas.

95
estruturas internas

ACERTE NA ESCOLHA DEFININDO O MODELO sentam custo mais acessível e têm quali-
Eleger o acabamento ideal para a Existem dois tipos de lareiras, as pré- dade garantida. Nesse caso, o assenta-
lareira é um dos últimos passos. A dica moldadas e as feitas na obra. As duas divi- mento das peças deve ser realizado com
nesse momento é optar por materiais dem opiniões e apresentam característi- massa refratária.
que combinem com o restante da casa. cas distintas. A primeira é comprada pron- As lareiras feitas na obra podem ser
Se a ideia é garantir ares de rusticidade, ta em lojas especializadas. Esse modelo desenvolvidas da maneira escolhida
vale apostar em dormentes, cruzetas, já vem bem dimensionado e dificilmen- (dimensões e formato), são duráveis e
madeira de demolição, tijolinhos con- te apresentará problemas, como retorno se adaptam a qualquer espaço. No
vencionais ou detalhes feitos com ferro. de fumaça. A instalação é simples e deve entanto, é fundamental contratar pro-
As mais clássicas pedem mármore, gra- ser realizada por profissionais capacita- fissionais experientes, pois, se o cálculo
nito e outras pedras. Em projetos con- dos (dê preferência para mão de obra e a instalação forem desenvolvidos da
temporâneos, o concreto aparente está indicada pelo fabricante). Outro benefí- maneira correta, não haverá retorno
entre os mais usados. cio é a economia. As pré-moldadas apre- ideal da fumaça.

96
97
IMPORTANTE:
AS LAREIRAS DE
ALVENARIA COM
BOM ISOLAMENTO
TÉRMICO ACEITAM
QUALQUER
ACABAMENTO.

DICA ESPECIAL
Para calcular o tamanho da lareira, considere a quantidade de pessoas
que moram na casa e o cômodo que deverá recebê-la. Ambientes com
pé-direito alto, corredores ou grandes vãos podem prejudicar o aquecimento.
TAMANHO DA BOCA DIÂMETRO DA CHAMINÉ AQUECE
(altura x largura x profundidade)

0,57 x 0,70 x 0,55 m . . . . . . . . . . . . .0,20 m . . . . . . . . . .100 m3


0,62 x 0,70 x 0,55 m . . . . . . . . . . . . .0,20 m . . . . . . . . . .de 100 a 240 m3
0,67 x 0,94 x 0,55 m . . . . . . . . . . . . .0,25 m . . . . . . . . . .de 100 a 240 m3
0,75 x 1,09 x 0,60 m . . . . . . . . . . . . .0,25 m . . . . . . . . . .de 240 a 330 m3
0,85 x 1,26 x 0,60 m . . . . . . . . . . . . .0,30 m . . . . . . . . . .de 330 a 450 m3

SEM FUMAÇA COMO MANTER SUSPENSA


Para evitar que a fumaça invada os Para uma lareira bonita e eficaz por As lareiras suspensas metálicas são ten-
ambientes, é essencial realizar o dimen- muito tempo, é preciso limpá-la após dência nos projetos e ajudam a compor
sionamento adequado da lareira para apagar o fogo. Recomenda-se esperar o os ambientes, levando um toque de
garantir a vazão. O duto de saída de ar resfriamento completo para evitar aci- modernidade. Podem ser a lenha, se hou-
deve estar livre de todos os obstáculos dentes. Não é indicado usar água ou ver possibilidade de instalação de cha-
(vigas, lajes ou ripas que estruturam a qualquer produto líquido. Basta recolher miné, elétrica ou com fluído a base de
cobertura). as cinzas e varrer seu interior. etanol de cereais.

98
LISTA DE OPÇÕES vel. É fundamental que os modelos portáteis com rodízios.
Descubra qual lareira escolhidos atendam os requisitos da Como funciona: o combustível é o
combina com o seu lar: Associação Brasileira de Normas Téc- etanol de cereais, encontrado em lojas
nicas (ABNT). especializadas ou nos próprios fabri-
GÁS cantes das lareiras.
É segura, pois conta com dispositivos LENHA
que a desligam automaticamente em Campeãs de pedidos, as principais ELÉTRICA
caso de problema. Dispensa o uso de características são resistência, segu- É considerada ecologicamente corre-
chaminés e possui controle regulável rança e conforto térmico garantido, ta e proporciona baixo consumo ener-
de temperatura. O acendimento é devido valor calórico (30%). gético (cerca de R$ 0,52 por hora).
fácil; basta acionar o botão da chama Como funciona: basta acender a Tem capacidade para esquentar
piloto ou usar o controle remoto. Ela lenha e aproveitar o calor. A chaminé ambientes de até 25 m². Para a insta-
aquece o ambiente sem fumaça e sem deve estar no ponto mais alto do imó- lação, não é necessária mão de obra
sujeira, podendo ser usada em casas, vel (a pelo menos 80 cm do telhado). qualificada e, diferentemente do mode-
apartamentos, espaços gourmets e lo a álcool, não exige armazenamen-
áreas externas. FLUÍDO to de combustível.
Como funciona: o gás passa por É uma excelente opção, pois possui Como funciona: o aquecimento é
um cano de cobre, que alimenta a fácil instalação, não necessita de feito por meio de um termoventilador.
lareira. Em alguns casos, pedras vul- exaustão por não emitir fumaça. Há Para acioná-lo, em geral, usa-se ape-
cânicas funcionam como combustí- vários modelos e tamanhos, inclusive nas o controle remoto.

99
estruturas internas

Projeto Construtora
Casa da Montanha
Foto Eduardo Liotti

100
Subida sem esforço
FUNCIONAIS, OS ELEVADORES CONFEREM PRATICIDADE PARA ACESSAR O PAVIMENTO SUPERIOR

Comodidade e facilidade são termos ELEVADOR HIDRÁULICO ELÉTRICOS X HIDRÁULICOS


que podem descrever como é ter um ele- TEM MAIS FLEXIBILIDADE NA CONSTRUÇÃO Nos modelos eletromecânicos, a má-
vador na própria residência. Além de dri- DA CASA DE MÁQUINAS quina de tração é acionada pela eletri-
blar o sobe e desce constante das esca- cidade e a cabina é movimentada por
das, a instalação do equipamento tam- cabos de aço ou elementos de tração.
bém está associada ao estilo de vida do Os hidráulicos, por sua vez, têm pro-
proprietário. “As pessoas tendem a optar pulsão por meio de um pistão a óleo.
por eles quando julgam que a casa é Um reservatório desse material, ao lado
para a vida toda, projetando o conforto da caixa, é responsável pelo movimen-
na velhice. Outro aspecto é o custo to do pistão, que proporciona a mobili-
menos elevado, justificando a execução”, CILINDRO VÁLVULA dade da cabina.
conta o arquiteto Marcelo Sena, de Belo Para residências, os modelos mais
Horizonte, MG. PISTÃO FLUIDO indicados são os eletromecânicos sem
Dentre o perfil de quem tem um ele- HIDRÁULICO casa de máquinas, que consomem
RESERVATÓRIO
vador em casa, o profissional destaca ain- menos energia. Os hidráulicos têm limi-
da clientes que estão começando uma tação de pavimentos e velocidade máxi-
BOMBA GIRATÓRIA
família e outros que buscam status. Nor- ma reduzida. Com relação à sustentabi-
malmente são destinados às residências lidade, os eletromecânicos são mais sus-
de classes média-alta e alta que possuem ELEVADOR ELÉTRICO tentáveis, pois não utilizam óleos lubri-
até quatro andares. Também são indica- O MODELO É INDICADO PARA QUEM BUSCA ficantes. Além disso, apresentam res-
dos para casas onde residem pessoas CONFORTO DURANTE A VIAGEM postas rápidas nas partidas.
ELEVAÇÃO DA
com dificuldade de locomoção, ou seja, CAIXA DO ELEVADOR
portadores de deficiência física, idosos,
gestantes e usuários de cadeira de rodas.
Para evitar eventuais problemas e
garantir seu funcionamento efetivo, esses
equipamentos demandam manutenção.
Em determinadas cidades brasileiras, ela PARADA EXTREMA SUPERIOR
deve ser realizada mensalmente, da mes-
ma forma que nos elevadores para edifí-
cios de apartamentos. As empreseas pos-
suem planos de manutenção preventiva
onde os itens são verificados conforme a
idade de cada equipamento.

ESPECIFICAÇÕES
A capacidade mínima de um elevador PERCURSO E PARADAS/ANDARES
residencial é de três pessoas. Para aten-
der um passageiro com cadeira de rodas,
recomenda-se uma cabina com capaci-
dade para oito pessoas, medindo 1,10 x
1,40 (cerca de 630 kg). Os materiais uti-
lizados no equipamento são aço inox,
vidro ou policarbonato.
Caso prefira instalar o equipamento PARADA EXTREMA INFERIOR
alguns anos após a construção, o proje-
to deve prever vão vertical mínimo, de
1,3 x 1,6 m, e laje soerguida de 1,5 m
no último pavimento da casa.

101
cobertura

Beleza
no topo
COMO FAZER UM
TELHADO IMPECÁVEL,
SEGURO E COM ESTILO

102
Um telhado bem dimensionado faz bem alinhado e em harmonia com as
toda a diferença em uma construção. cores, destaca o conceito arquitetô-
Além de valorizar o imóvel, é garantia nico proposto.
de proteção para a casa. O projeto bem Respeitadas todas as fases, é hora de
executado oferece conforto térmico, evi- contratar um profissional especializado
ta a ocorrência de vazamentos e agrega na área para ter um telhado para a vida
valor estético à moradia. toda, seguro e com baixa manutenção.
As etapas de como fazer um telha- A mão de obra é responsável por 50%
do começam ainda na planta, para do resultado final. Não adianta traba-
dimensioná-lo corretamente de acor- lhar com materiais de boa qualidade se
do com o peso e a estrutura escolhi- o instalador não souber manuseá-los.
da. Durante a obra é importante defi- Para ajudá-lo a entender como fazer
nir se ele será aparente ou embutido, um telhado, apresentamos detalhada-
a inclinação, recortes, sobreposições, mente o processo. Confira as dicas para
cor e resistência desejada. Quando a construção da cobertura.

103
cobertura

ESTRUTURA em excelentes condições – sem que este- ca com custo acessível e resistente ao ata-
Ela é a responsável pelo suporte às ja empenado – para não prejudicar a que de cupins. Uma alternativa é inves-
telhas para manter o nível plano neces- segurança e o efeito estético. Na hora de tir no eucalipto extraído de áreas de
sário para cobrir o telhado. As mais usa- construir, deve-se calcular o custo-benefí- manejo florestal. É importante ressaltar
das são as de madeira e aço. Para ame- cio do material por metro quadrado e não que, independentemente do tipo a ser
nizar o impacto ambiental, recomenda- por peças para não ter surpresas no final. usado na estrutura, é preciso solicitar o
se o uso de madeira de qualidade, pro- Na lista das madeiras mais utilizadas Documento de Origem Florestal (DOF)
veniente de áreas de reflorestamento e devido à alta resistência estão angelim, ao realizar a compra.
com certificados de procedência de áreas itaúba, garapeira, bacuri e pedra tataju- A madeira também deve estar seca e
de manejo sustentável. ba. Ipê, jatobá e maçaranduba também naturalmente resistente ao ataque de
são indicadas, porém em determinadas insetos e fungos. Mesmo assim, é indi-
MADEIRA regiões não são encontradas facilmente cado realizar o tratamento para aumen-
É fundamental que a estrutura apre- em função do desmatamento das espé- tar sua durabilidade e evitar problemas
sente perfeito esquadro e madeiramento cies. A cupiúba é uma opção econômi- futuros com o material.

104
POR DENTRO
Conheça um pouco CUMEEIRA

mais sobre os elementos


fundamentais que RIPA

estruturam a cobertura. CAIBRO

TERÇA

TESOURA
FRECHAL
LINHA

Tesouras: suportam o peso total do telhado Linha: compõe a tesoura e é a maior peça
e definem a inclinação. É um sistema de vigas estrutural. É responsável pela concentração
estruturais executadas com barras ligadas de todos esforços de tração.
umas às outras pelas suas extremidades e Cumeeira: é a região mais alta do telhado.
auxilia na cobertura para suportar as telhas. Terça: elemento que sustenta os caibros.
Contudo, todo cuidado é pouco na hora Frechal: é a última terça do telhado.
da execução. O formato deve ser triangular Ripas e caibros: garantem a sustentação
e resistente à tração e compressão. das telhas.

METÁLICA
Quando se está definindo como fazer
um telhado, é relevante analisar a estru-
tura metálica como alternativa para agi-
lizar a construção da cobertura e ficar em
dia com o meio ambiente. Resistente e
leve, o material é indicado para regiões
litorâneas devido à alta durabilidade. A
montagem é simples e dispensa manu-
tenções periódicas.

105
cobertura

1. ALUMÍNIO
As telhas de alumínio conferem design
diferenciado às edificações em função de
sua geometria e elevada capacidade refle-
tiva. O material é leve e contribui para o
conforto térmico dos ambientes. Por ser
100% reciclável, está inserido dentro dos
conceitos de construções sustentáveis. 1
Dependendo das dimensões do pano do
telhado, é possível usar apenas uma peça
da cumeeira ao beiral, o que diminui a
presença de emendas.

2. FIBROCIMENTO
Pedida para vencer vãos considerá-
veis, estão disponíveis em diversas medi-
das e formatos, com a opção de receber
a cor desejada de acordo com o proje-
to. São indicadas para todas as obras em
função da resistência, durabilidade, eco-
nomia e facilidade de instalação. 2

3. CONCRETO
Os modelos são duráveis, com boa
resistência mecânica e estética. Propor-
cionam encaixes precisos e, em função
dos tamanhos maiores das unidades, con-
somem menos peças por metro quadra-
do. As telhas mais tradicionais são as de
perfis com duas ondulações e planas. Em
média, o rendimento é de 10,5 peças por
metro quadrado. É muito usada em edi-
ficações com estrutura metálica que, com
a ajuda de acessórios especiais, agilizam
a montagem dos telhados.
A distância entre as ripas – também co-
nhecida como galga – deve ser de 32 cm,
TELHAS com exceção para a primeira fiada junto
Chega o momento de escolher a que ao beiral onde é indicada a presença de
mais combina com seu telhado. Vale lem- uma ripa com dupla altura para preencher
brar que a escolha deve ser feita antes da a ausência da telha de apoio a frente. 3
confecção da estrutura, que é planejada No caso de telhados situados em locais
de acordo com o modelo eleito. Ao fazer com grande incidência de ventos, todas
a seleção, consulte sempre o fabricante as peças devem ser amarradas ou para-
para verificar os acessórios de acaba- fusadas. Com as de concreto, apesar de
mento. Existem peças especiais, como a serem mais pesadas que as cerâmicas,
cumeeira três vias e as telhas capas late- também devem ser fixadas. Porém, ape-
rais, que valorizam a estética da cobertu- nas as duas fiadas devem estar mais pró-
ra. No catálogo ou site de cada fabrican- ximas do beiral. Esse fator segurará as
te podem ser conferidas as funções de demais. Ele indica que sejam usados para
cada peça. Contudo, antes de fazer a sele- fixação materiais não corrosivos como fios
ção é fundamental avaliar a inclinação do de cobre ou arame galvanizado, ambos
projeto, cor, beleza, peso, características com 18 mm, ou parafusos especiais. Os
termoacústicas, tamanho e custos. fios e os arames geram melhor praticida-
Com todas as etapas feitas, chegou a de na instalação e nunca devem ser usa- 4 5
hora de escolher o modelo. dos pregos, pois podem quebrar a telha.

106
4. VIDRO E POLICARBONATO
Com um charme especial, levam clari-
dade para os cômodos e são indicadas para
espaços sem janelas e jardins internos.
Estão disponíveis em diversos formatos,
desde os tradicionais até os ondulados.

5. CERÂMICA
A opção é facilmente encontrada no
mercado e há grande disponibilidade de
modelos e cores – destaque para a colo-
nial, italiana, portuguesa, americana e
paulista. A principal vantagem é a dura-
bilidade. Apresenta estabilidade durante
mudanças bruscas de temperatura.
As telhas cerâmicas possuem como
principal característica a reflexão do sol,
o que garante ótimo isolamento térmi-
co e acústico. As peças absorvem menos
água e são leves, o que facilita a insta-
lação. Segundo a NBR 15310, da ABNT,
cada unidade deve apresentar identifi- 9. TAUBILHAS 8
cação do fabricante, dimensões e mode- São telhas artesanais de madeira que
lo. Quando usadas, a estrutura indica- favorecem o aspecto rústico às constru-
da para o telhado é a de madeira com ções. Há também novos modelos indus-
inclinação mínima de 30º para um pano trializados feitos de eucalipto ou pinus.
de 7 m.

6. CERÂMICA ESMALTADA
Após a queima, as peças ficam com
cobertura com efeito vitrificado. As uni-
dades são muito resistentes. O acaba-
mento é dado com esmalte cerâmico e
corantes. Dispensam a aplicação de
impermeabilizantes e apresentam baixos
índices de absorção.

7. SHINGLES
O sistema shingle é muito mais leve
que outros tipos de coberturas. Imper-
meável e maleável com adaptabilidade
para qualquer formato do telhado, pas-
sível de instalação em inclinações múlti-
plas entre 15º (baixíssima) até 90º, que
possibilita aplicações em fachadas e
ampla utilização de sótãos.
9 6
8. RECICLADAS
São produzidas a partir de conteúdo
reciclado, como garrafas PET, embalagens 7
e até fibras vegetais de pinho, eucalipto,
sisal, bananeira e coco. Além do apelo
ecológico, as telhas caracterizam-se pela
leveza, resistência e vida útil similar às tra-
dicionais. Disponíveis em vários modelos
e composições. Também existem opções
compostas por base de manta asfáltica,
produzidas de fibra de vidro e revestidas
por grânulos sinéticos reaproveitados.

107
cobertura

CONHEÇA UM POUCO MAIS: SAIBA AS CARACTERÍSTICAS DE CADA MODELO


1. PORTUGUESA 3. ROMANA 5. COLONIAL
Rendimento por m²: 16/17 peças Rendimento por m²: 16/17 peças Rendimento por m²: 16 peças
Peso por unidade: 2,7 kg Peso por unidade: 2,7 kg Peso por unidade: 2,5 kg
Inclinação mínima: 30% Inclinação mínima: 30% Inclinação mínima: 30%

2. ITALIANA 4. AMERICANA 6. MEDITERRÂNEA


Rendimento por m²: 13 peças Rendimento por m²: 12 peças Rendimento por m²: 13,5 peças
Peso por unidade: 2,9 kg Peso por unidade: 3 kg Peso por unidade: 2,5 kg
Inclinação mínima: 30% Inclinação mínima: 30% Inclinação mínima: 30%

CERTIFICAÇÃO DE TELHAS SUBCOBERTURAS


Para garantir um telhado seguro e
com qualidade, vale a pena investir
em telhas certificadas. Na hora da
compra, fique atento se o produto
possui selo reconhecido pelo CCB
(Centro Cerâmico do Brasil), organis-
mo creditado pelo INMETRO. É a
garantia de que você irá adquirir
peças feitas com materiais especiais
que não comprometem a constru-
ção. Já as de alumínio são fabricadas
de acordo com as normas da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Téc-
nicas). É recomendado levar sempre
um profissional para auxiliar no
momento da compra. Como ele está Responsáveis pela melhoria de con- trução dos raios ultravioleta e captam o
forto térmico nas coberturas, levam segu- calor. Há também as aluminizadas com
habituado com a maioria das telhas,
rança para a moradia e ajudam a elimi- dupla face, que apresentam alta resis-
irá indicar as que são melhores para nar eventuais goteiras e infiltrações. São tência térmica.
o projeto. aplicadas na parte de baixo do telhado e Vale lembrar que o produto selecio-
Mas atenção! Além dos selos de qua- apresentam camadas refletoras. nado deve ser apropriado para a estru-
lidade, também é importante verifi- As mais usadas são as de EPS, tam- tura e telhas usadas, e a instalação deve
car a queima e absorção de água bém conhecido como isopor. Por outro ser executada por mão de obra especia-
durante o processo de produção. lado, as de alumínio protegem a cons- lizada e antes da cobertura final da telha.

108
UMA ÁGUA DUAS ÁGUAS TRÊS ÁGUAS QUATRO ÁGUAS

ÁGUAS ÁGUA BEIRAL RINCÃO ÁGUA ESPIGÃO


Ficar atento à inclinação do telhado
é importante para viabilizar o escoa-
mento da água da chuva por meio das
telhas. As superfícies são chamadas de
águas ou planos de águas e são deter-
minantes para definir a quantidade de
elementos que compõem o telhado,
como cumeeiras e espigões, também
conhecidos como divisor de duas águas.

ÁGUA DO TELHADO
Para evitar problemas de infiltrações
pelo telhado, é necessário fazer o escoa-
mento. Isso é feito com a formação de
algumas superfícies inclinadas, para que
a água da chuva possa escorrer sobre elas.
Essas superfícies são denominadas “águas”
ou “planos de água” e o formato depende
do projeto da casa e dos escoamentos que
o telhado terá. Quanto mais “águas” tiver,
mais elementos como cumeeiras, espigão
e rincão serão utilizados.
O telhado de duas águas possui ape-
nas a cumeeira, enquanto o de três ou
mais águas tem a cumeeira e o espigão,
que é o divisor de duas águas em plano
inclinado ou oblíquo.
Para os telhados que possuem vários
ângulos, deve-se incluir o rincão ou água
furtada, cuja função é captar dois planos
de água descendentes, em uma junção
de duas águas.

BEIRAIS
São feitos com PVC, madeira, placas
cimentícias, entre outros para formar a aba
do telhado. Imprescindíveis para evitar que
a água escorra pela fachada do projeto
para a preservação da pintura e dos mate-
riais usados nos acabamentos da obra.

109
cobertura

ÁGUAS PLUVIAIS
Uma forma de viabilizar o escoamen-
to da água da chuva é investir na insta-
lação de um sistema que a conduza até
os pontos específicos da residência.
Calhas, rufos, zincões e funis entram em
cena e exercem esse papel. Ralos e cai-
xas com grelha são os responsáveis pelo
recolhimento.
Materiais diversificados dão forma às
calhas. As de PVC não enferrujam e dis-
pensam manutenção. As de alumínio são
resistentes à umidade. Elas recebem o
escoamento do telhado e precisam estar
desobstruídas para o eficiente funciona-
mento. A limpeza é simples e pode ser
realizada com uma mangueira.
No projeto do arquiteto Claudio José
Monteiro, o sistema de captação de água
de chuva atende a irrigação dos jardins e
descarga nos banheiros. A chuva é cap-
tada por calhas e direcionada pelos con-
De plástico PVC com proteção contra raios ultravioleta, as calhas, da Astra,
dutores até cisterna enterrada. De lá, a são resistentes a mudanças de temperatura, não racham ou descascam,
água é bombeada para uma caixa d’água possuem, ainda, sistema exclusivo antifolhas, que impede a passagem de
detritos. O produto é encontrado na cor branca e pode receber esmalte
específica para uso nas descargas. A água sintético, permitindo a personalização conforme a pintura da fachada.
da cisterna é usada também para irriga-
ção do jardim e torneiras da área externa.
Por meio de filtros, as folhas não entram
na cisterna e, nos períodos de seca, o sis-
tema de descarga e irrigação utiliza água
da rua. Isto é possível porque uma boia
faz o controle e indica quando a água da
cisterna está com nível baixo, acionando
o sistema tradicional.
Ricardo Bassetti

110
COBERTURA EMBUTIDA
É composta por platibandas que têm
a missão de dar acabamento na parte
de cima das residências. Deste modo, o
telhado fica “escondido” e não pode ser
visto por quem está ao nível da rua. O
sistema é mais barato e mais leve que o
telhado convencional tanto na execução
quanto na manutenção. Porém, é pre-
ciso ser calculado corretamente preven-
do vãos, apoios, captação de água,
dimensionamento de peso e caimento.
Existem dois modelos de coberturas
embutidas: com laje impermeabilizada
ou telhas (que podem ser de fibroci-
mento ou metálicas). No primeiro caso,
é importante contratar uma empresa
especializada para realizar a impermea-
bilização. No segundo, as telhas mais
indicadas são as de alumínio ou galva-
nizadas tipo sanduíche, que possuem
isopor ou poliuretano.

COMO EVITAR
VAZAMENTOS
• O primeiro passo é fazer um pro-
jeto detalhado e executá-lo correta-
mente. Além disso, é fundamental
utilizar produtos de qualidade.
Para evitar problemas, uma solução
é embutir a impermeabilização
durante a fase de obra.

• As telhas devem ter baixa absor-


CASA PROTEGIDA sobre o mastro que está localizado na
ção de água e serem impermeáveis.
Os para-raios não fazem parte do parte mais alta do telhado. O elemento
Na hora do assentamento, a melhor telhado, porém, não devem ser esqueci- é ligado a cabos de descida que levam
opção é o selante elástico, que dos para deixar a residência ainda mais a descarga elétrica até o solo. Para o
garante estanqueidade e segura. Os métodos mais usados para a segundo sistema a cobertura é cercada
acompanha a movimentação das instalação são o Franklin e o Gaiola de por fios metálicos que levam as descar-
telhas. Os especialistas não reco- Faraday. No primeiro há um captador gas para o chão.
mendam o uso da argamassa
convencional, pois é rígida e
trinca com o passar do tempo.

• Muitas vezes uma telha quebrada


ou um mesmo o destacamento
da argamassa utilizada no assenta-
mento podem ser as causas do
vazamento, assim, a substituição
da peça costuma ser a solução
indicada. Em outros casos, talvez
seja preciso fazer uma nova
impermeabilização. Se o
MÉTODO FRANKLIN MÉTODO GAIOLA DE FARADAY
problema for generalizado,
aconselha-se procurar um
profissional especializado.

111
cobertura

CAPTAÇÃO E REÚSO lamentações para a captação da água possível contaminação.


Tendências atuais, a interceptação das da chuva e, em outras, há incentivos fis- Existe, também, a possibilidade de ins-
águas pluviais por meio das calhas interli- cais como abatimento nos impostos. talar apenas uma tubulação com o uso
gadas às cisternas e o reúso de águas cin- Informe-se na prefeitura do seu município de sensores automatizados que detec-
zas, oriundas do banho e dos lavatórios antes de iniciar a obra. tam os níveis existentes de água. “A solu-
são opções viáveis e com bons resultados Se a intenção é empregar a água cap- ção é mais eficiente, pois uma única ins-
na irrigação de jardins, lavagens de quin- tada da chuva nas descargas da resi- talação colabora na manutenção, já que
tais e fachadas e até em vasos sanitários. dência, os especialistas recomendam um quanto mais ligações mais complicado
De acordo com o professor Helio Nar- sistema hidráulico paralelo, para que seja é encontrar um problema, como um
chi, do curso de engenharia civil da Fun- possível utilizar a caixa d’água quando vazamento”, fala o engenheiro civil.
dação Armando Álvares Penteado (FAAP), o reservatório pluvial estiver com capa- Os acessórios como filtros, freios
de São Paulo, SP, o uso da água não cidade insuficiente. Contudo, o investi- d’água, sifão-ladrão e conjunto de suc-
potável é possível desde que sejam toma- mento deve ser avaliado, pois são preci- ção ajudam a evitar a entrada de folhas
dos cuidados, como a retirada das folhas sas duas instalações hidráulicas, gastan- e outras matérias orgânicas e afastam
e cloração da água captada pela chuva, do-se o dobro ao se considerar apenas pequenos animais que possam tentar
para evitar proliferação de bactérias. A as tubulações. O engenheiro civil Mar- atravessar pelo cano, garantindo a segu-
identificação é outra precaução, para celo Azuma, do escritório Arqbox, de rança e a qualidade líquida. O filtro de
que não seja consumida pelos morado- Curitiba, PR, alerta para a implantação sedimentos deve ser trocado a cada seis
res ou animais. de uma válvula de retenção pluvial, para meses e a manutenção de todo o siste-
Em algumas cidades já existem regu- que não haja a mistura entre as águas e ma precisa ser realizada anualmente.

112
CISTERNAS
Os modelos para aterramento precisam
ser previstos ainda na fase do projeto da
residência, por conta das instalações
hidráulicas e pela própria localização do
equipamento. Para as moradas já cons-
truídas ou quando existem limitações de
espaço, há os tipos aparentes. Para defi-
nir o tamanho da cisterna, calcula-se a
oportunidade de captação de chuva, mul-
tiplicando-se a área do telhado (m²) pelo
índice pluviométrico da localidade.
Saiba mais sobre captação e reúso na
CISTERNA HORIZONTAL
seção Hidráulica, a partir da página 118.
DE 5.000 LITROS

Trabalhando telhas cerâmicas associadas a minicalhas metálicas,


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e acústico de um telhado convencional em baixas inclinações.
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cobertura

114
Teto cheio de charme
APOSTE NA DURABILIDADE DOS FORROS PARA OBTER DIFERENCIAL ESTÉTICO
Mesmo nas alturas, o forro é capaz de esconder possíveis imperfeições causa- investir em adesivos e tecidos. Fique aten-
roubar a cena e dar destaque ao proje- das durante a mão de obra. to: cada um dos materiais possui carac-
to por ser um ótimo elemento decorati- Diversas versões podem ser encontra- terísticas específicas e, por isso, instalação
vo e completar os ambientes. Os bene- das. Escolher o modelo ideal, no entan- apropriada. A aplicação deve ser feita por
fícios não param por aí: além da beleza to, requer alguns cuidados especiais, pois profissionais qualificados e empresas reco-
agregada, o recurso tem algumas fun- ele deve combinar com as propostas do nhecidas no mercado. Pesquise sempre
cionalidades de destaque, como a veda- resto da residência. Entre as opções mais antes de comprar os materiais ou contra-
ção e o conforto termoacústico. comuns estão gesso (artesanal e drywall), tar os serviços.
Para os profissionais da arquitetura, a madeira e PVC. Para ambientes rústicos, Antes de eleger o forro, a dica é
opção ainda apresenta mais uma utili- escolha bambu, palha, sisal, buriti ou estei- conhecer mais sobre cada um deles.
dade: materiais diferenciados ajudam a ra de talisca de dendê. Além destes, vale Confira os detalhes!

GESSO fissionais da área na hora de pensar no VANTAGENS


Artesanal acabamento ideal. Como são fabricados com materiais
É muito usado por garantir conforto industrializados, não geram resíduos
termoacústico e ajudar a controlar a Acartonado – Drywall e tornam mais limpa essa etapa da
obra. A estrutura é composta por
umidade do ar, pois absorve água. Na As vantagens do material, de acordo perfis de aço galvanizado e chapas
listinha de benefícios há espaço para com profissionais do setor, são inúme- parafusadas, o que evita trincas e
leveza, resistência e facilidade para mol- ras. As placas não trincam, possuem ins- manchas amarelas. As mais usadas
dar o material. Essa opção é indicada talação fácil e rápida, proporcionam bom têm formato standard em forros
para quem deseja usar o forro como isolamento térmoacústico e são resis- monolíticos que recebem pintura
elemento decorativo. Com ele, é possí- tentes ao fogo. É possível atingir as mais como acabamento. A mesma chapa
vel criar efeitos de luz com sancas, lumi- exigentes performances mecânicas e pode ser aplicada em modelos remo-
nárias embutidas e rasgos para ilumi- acústicas quando usados bons compo- víveis. Há também as perfuradas que
nação. Além disso, a remoção é simples nentes inseridos por mão de obra espe- oferecem alta performance em
absorção acústica. A aplicação das
e sem quebra-quebra. O produto pode cializada que respeite as propostas do chapas pode ser ajustada de acordo
ser encontrado em pó ou na forma de projeto. Os forros de drywall podem ser com as necessidades de cada
placas. A quantidade a ser comprada colocados em todos os ambientes e têm ambiente, sendo que existem diver-
deve ser calculada por metro quadra- boa durabilidade. A única manutenção sas maneiras de instalação. É possí-
do. Vale consultar um profissional para indicada é pintar a superfície quando vel criar elementos decorativos, que
não haver desperdícios. for necessário. A aplicação dispensa a são definidos no momento da mon-
Importante: se a aplicação for rea- manutenção preventiva nos painéis, ape- tagem estrutural do forro. Além dis-
lizada corretamente, não é preciso pin- nas deve-se cuidar no caso de alguns so, a iluminação indireta pode ser
tura ou qualquer revestimento. Para ins- acidentes como vazamentos hidráulicos embutida em diferentes variações.
Importante: para locais com alta
talá-lo, o profissional deve usar parafusos e enchentes. umidade relativa do ar, como é o
ou pinos. Seguindo todas as orientações indica- caso de regiões litorâneas, recomen-
Assim, a opção mostra muitas vanta- das, o resultado certamente será positivo da-se a diminuição do espaçamento
gens em termos funcionais e estéticos, e a cobertura não trará problemas para dos perfis do forro. De 600 mm
ganhando a preferência de diversos pro- os proprietários no longo prazo. reduza para 400 mm.

115
cobertura

CONCRETO MADEIRA NATURAL MADEIRA PINTADA

ARGAMASSA tura de madeira ou metálica. O espaça-


Opção aplicada pela mão de obra da mento entre elas deve ser de 750 mm e
própria construção. É econômica e uma são colocadas com pregos, parafusos zin-
das formas de instalação necessita de cados, de latão ou aço inoxidável.
madeiramento, tela e enchimento de arga- Dicas: para garantir a durabilidade do
massa. É preciso deixar uma distância de material, aplique pintura à base de ver-
50 cm entre os sarrafos quadriculados que niz. Se preferir mais claridade no ambien-
compõem a madeira e posicioná-los lado te, pinte a madeira com tinta látex para
a lado para montar a estrutura. obter efeito de pátina.

MADEIRA PVC
As mais recomendadas são cedrinho, É versátil e fácil de aplicar. Pode ser
ipê, cumaru, peroba e marfim. Além delas, usado para o fechamento dos ambien-
muitos profissionais adotam peças res- tes, estrutura do telhado ou até mesmo
gastadas de demolição para agregar apa- como revestimento da laje. Entre as van-
rência envelhecida aos cômodos. Lembre- tagens oferecidas, destaque para imuni-
se de não escolher as que têm baixa den- dade a cupins, mofo e corrosão. É imper-
sidade, pois absorvem umidade e podem meável, por isso é uma boa alternativa
deteriorar no futuro. Para a instalação, é para áreas molhadas da casa. Além disso,
necessário fixar as réguas em uma estru- os forros de PVC são duráveis e resisten-

116
PVC FIBRAS

tes, não mancham com facilidade e, nor- ta, pois o recurso se renova com facili- mento do material pode ser natural,
malmente, as empresas fabricantes ofe- dade. As esteiras feitas com o material cozido, (amarelo claro), flambado ou
recem uma extensa cartela de cores. são pregadas nos caibros ou sob o ripa- negro (carbonizado).
Outra característica é que proporcionam mento das telhas. Elas são feitas com ripas
isolamento térmico e acústico. O pro- que se transformam em painéis. Podem FIBRAS
duto pode ser aplicado em estruturas ser artesanalmente executados com uma Antes de aplicar superfícies compos-
metálicas e de madeira, não propaga técnica antiga utilizada para confeccio- tas por palha e piaçava, é necessário veri-
fogo e nem conduz eletricidade. nar balaios e cestos. A manutenção é a ficar se os materiais estão imunizados
mesma usada em paredes de alvenaria contra insetos e utilizar como base um
Importante: a instalação é simples, e madeira. Para o acabamento, da área compensado no teto. A fixação é feita
basta fixar o rodaforro em volta do escolha stain, látex, verniz, esmalte, mas- com pregos sobre barrotes de madeira,
ambiente e, logo em seguida, os perfis sa corrida, betume ou texturas. que deve ser protegida com verniz fos-
de PVC. Para a manutenção, use água co uma vez ao ano. Outro cuidado
e sabão neutro. A estética do PVC adap- Atenção! O material precisa ser tra- essencial é averiguar se a instalação elé-
ta-se facilmente a diversos tipos de tado para ter durabilidade. Caso con- trica não está em contato com os mate-
ambiente, agregando um estilo mais trário, amido e açucares nele contidos riais. Lembre-se de providenciar trata-
clean para a residência. atrairão brocas e cupins. Recomenda-se mento antifogo na etapa de construção
imersão e cocção em sais especiais para da cobertura. O revestimento pode ficar
BAMBU uso interno e a impregnação por auto- ao natural, receber verniz ou ser pinta-
É uma opção ecologicamente corre- clave para áreas externas. O acaba- do com tinta latéx branca.

117
hidráulica

COMPONENTES BEM
DIMENSIONADOS
GARANTEM USO
EFICIENTE DA ÁGUA

Planejar e
economizar!
Não adianta ter em mãos um pro- estudo da pressão que a tubulação deve- Caso a contratação seja feita pelo
jeto arquitetônico bonito se o res- rá suportar. empreiteiro ou pelo engenheiro, é impor-
tante não estiver funcionando. Uma Outro ponto importante é escolher tubos tante se certificar de que o encanador
etapa que não pode ser deixada de e conexões para água quente do mesmo está apto para a realização do serviço. Se
lado é a de instalações hidráulicas. fabricante para que a garantia não fique foi contratado, por exemplo, para desem-
Antes de iniciá-la, avalie itens como comprometida. Além disso, deve ser testa- penhar as funções de encanador e ele-
o perfil de consumo de água na resi- do conforme a norma técnica NBR 7198 tricista, o proprietário tem a possibilida-
dência, contando o número de morado- para água quente, da ABNT. de de dispensá-lo.
res e a quantidade de banheiros. Opte sempre por materiais de quali- Se optou por novas tecnologias, como
O bom dimensionamento permite dade. Materiais baratos podem, no futu- o Sistema Pex, não se preocupe, é possí-
pressão e vazão de água suficientes, pro- ro, ser responsáveis por problemas, como vel encontrar mão de obra especializa-
porcionando conforto, qualidade de vida vazamentos e infiltrações e a manuten- da. Os principais fabricantes fornecem
e segurança. Especifique se deseja água ção deverá ser feita em um espaço menor regularmente treinamentos aos profis-
quente em todos os pontos de consu- de tempo. sionais, além do programa de visita à
mo, como chuveiros, torneiras de lava- fábrica e construções em que o material
tórios, pia de cozinha e tanque, além da MÃO DE OBRA está sendo utilizado.
ducha higiênica. Para evitar problemas, contrate um O sucesso da etapa também está atre-
O projeto definirá os melhores pontos engenheiro especializado para elaborar o lado à fiscalização e ao acompanhamento
para a passagem das tubulações e saídas projeto e um encanador para executá-lo. do arquiteto ou engenheiro responsável
de água e esgoto, facilitando manuten- Em ambos os casos, peça indicações ao pela obra.
ções. Ele deve ser elaborado e executado arquiteto e procure referências sobre eles.
em conjunto com o projeto estrutural. É importante conhecer algumas obras CERTIFICAÇÃO
Ter em mãos todos os detalhes cons- em que o profissional trabalhou e pro- O projeto e os materiais hidráulicos
trutivos facilita futuras obras. A dica é con- curar entidades que formam mão de devem respeitar as normas da Associa-
tratar um técnico projetista para fazer o obra, como escolas técnicas. ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

118
Por isso, antes de comprar tubos e cone- Sistema misto: congrega o direto e o Sifão
xões, verifique se constam o nome do indireto, mas é aplicado somente em casos Ele é o responsável por receber efluen-
fabricante e o número da NBR (Norma específicos e apresenta custo elevado. tes do esgoto sanitário.
Brasileira), pois são garantias de qualida- Caixa sifonada
de. Verifique ainda se estão estampados PRINCIPAIS COMPONENTES É um desconector que recebe efluen-
nos produtos itens como o telefone do Ramal predial externo: é a parte tes do ramal de descarga. Por isso, apre-
fabricante para assistência técnica, selos executada pela concessionária pública e senta várias entradas e uma saída.
de qualificação como o ISO 9001, Inme- ligada a tubos, conexões e registro. Fecho hídrico
tro, IPT, entre outros. Cavalete: é formado por um conjunto Camada de líquido com função de
de tubos, conexões e registro onde será impedir a entrada de gases.
ABASTECIMENTO instalado o hidrômetro. Deve ficar em Caixa de inspeção
Ao comprar o terreno, confirme se a local protegido do sol e da chuva. Permite a inspeção, limpeza, desobs-
região é servida pela rede pública. Caso Hidrômetro: mede o consumo de trução, junção e mudança de direção das
positivo, faça o pedido de ligação à con- água. Pode ser digital ou analógico com tubulações. Tradicionalmente feita na pró-
cessionária, que só executa o serviço ponteiros. pria obra em alvenaria ou concreto, pode
quando alguns itens como o cavalete e ser encontrada já pronta em lojas de cons-
as tubulações para o hidrômetro já estão trução e em materiais como o PVC. Sua
instalados. Depois, o restante do serviço vantagem é a praticidade na instalação e
fica por conta do proprietário. manutenção. Os modelos em PVC ainda
Caso contrário, a água deve ser reti- possuem bolsas com dupla atuação com
rada por meio de captação em nascen- anel de borracha ou adesivo plástico e
tes ou lençol freático e o tratamento e a tampas herméticas para permitir o aca-
manutenção ficam sob responsabilidade bamento semelhante ao do piso.
do proprietário. Para o tratamento de
água de nascentes, armazene-a em reser-
vatórios e depois faça os trabalhos de Barrilete: é o conjunto de tubulações
purificação e adequação às condições de de saída do reservatório superior que ali-
potabilidade. Em relação ao lençol freá- menta as colunas de distribuição.
tico, são utilizados poços para acumular Coluna de distribuição: é o con-
a água, que deve ser bombeada para junto das tubulações que parte do barri-
chegar à superfície. lete e desenvolve-se verticalmente para CAIXA DE INSPEÇÃO
Ao elaborar o projeto, o sistema de dis- alimentar os ramais. DE PVC E ABAIXO
A LOCAÇÃO ONDE
tribuição deve ser especificado. Existem Ramais: levam a água dos subrramais. SERÁ ENCAIXADA
quatro tipos para obras residenciais. Entre Subrramais: são responsáveis pela
eles estão o sistema direto, o indireto, o ligação com os aparelhos sanitários.
hidropneumático e o misto. Peças de utilização e aparelhos sani-
Sistema direto: é o menos comum. tários: são ligadas aos subrramais para
Sai da rede pública até os pontos de saída utilização da água como, por exemplo,
de água sem a utilização de reservatórios. torneiras, chuveiros e os vasos sanitários.
Deve ser adotado somente quando há
garantia da perfeita vazão e pressão. ESGOTO
A rede de esgoto residencial é forma-
Sistema indireto: existem com e sem da por itens (tubos e conexões), caixas
bombeamento. No primeiro, é necessária sifonadas, ralos, sifões, caixas de gordu-
a utilização de uma bomba para levar a ra e de inspeção, válvula de retenção e
água do reservatório inferior até o supe- ramal de ventilação. O projeto e os mate-
rior. É usado quando a pressão de água riais devem cumprir as normas técnicas
não é suficiente e não apresenta regula- NBR 8160 (para o projeto) e NBR 5688
ridade de abastecimento. No segundo, (para os materiais), da Associação Brasi-
o reservatório fica em local alto e, com leira de Normas Técnicas (ABNT), que
isso, a água é distribuída sem bomba, visam o perfeito funcionamento da rede,
bastando a ação da gravidade. pois se mal projetada ou feita de manei-
ra inadequada pode trazer muitos pro- CAIXA DE INSPEÇÃO
Sistema hidropneumático: normal- blemas aos moradores. DE ALVENARIA
mente é a última opção para residências FEITA NA PRÓPRIA
OBRA
que necessitam de pressão em determi- PRINCIPAIS COMPONENTES
nados pontos, mas não conseguem em Desconector
razão da gravidade. É pouco utilizado Veda a passagem de gases e, por isso,
pelo alto custo e constante manutenção. está presente em qualquer instalação.

119
hidráulica

INSTALAÇÃO DAS
TUBULAÇÕES DE
ÁGUA QUENTE E FRIA

ÁGUA QUENTE E FRIA


Os tubos e conexões de PVC são os
mais utilizados para a passagem de água
fria, enquanto os de cobre, CPVC, Sistema
Pex e o Polipropileno Copolímero Ran-
dom (PPR) são de água quente. O pro-
jeto de instalações deverá especificar as
bitolas ideais, os tubos que serão usados
para a passagem de água quente e fria,
assim como o sistema de aquecimento.
O projeto deve atender às condições de
cargas estabelecidas e devem ser especi-
ficadas conforme as normas da ABNT.
Alguns tubos para a passagem de
água quente necessitam de isolante tér-
mico, pois além da perda de calor, par-
te dele passa para as paredes, o que
pode ocasionar problemas, como que-
da dos revestimentos.
A ABNT determina que a água quen-
te tenha no máximo 70ºC. Porém, os
materiais devem ser fabricados com uma
margem de segurança, caso o equipa-
mento de controle de temperatura apre-
sente problemas e a água aqueça mais.
Para a água fria, os tubos e as conexões
devem atender à NBR 5626 e, para água
quente, à NBR 7198.

PVC
Utilização: água fria
e esgoto.
Medidas: de 20 a 110 mm
na versão soldável e de
½” a 2” na roscável.
Vantagens: é atóxico, reciclável, resis-
tente à corrosão, apresenta baixo peso,
ótimo desempenho hidráulico, menor
rugosidade, baixo custo de instalação e,
no caso da versão roscável, possibilita o

120
reaproveitamento das conexões, permi- lação e têm resistência à pressão. Tubo de ventilação
tindo que possa ser usado em instala- Durabilidade: mais de 50 anos. Encaminha os gases para a atmosfera.
ções provisórias. Principais fabricantes: Amanco, Astra,
Durabilidade: mais de 50 anos com Barbi do Brasil, Emmeti e Tigre. Caixa de gordura
pressão de serviço de 750 kPA e tempe- Segura os produtos gordurosos vin-
ratura em torno de 20º C. Polipropileno Copolímero dos da cozinha antes de chegarem às
Principais fabricantes: Amanco, Krona Random (PPR) tubulações, mantendo a casa longe do
Tubos e Conexões e Tigre. Utilização: água quente mau cheiro. Deve ser conectada ao sifão
e fria. da pia. Pode ser de alvenaria ou con-
CPVC Medidas: de 20 a 110 mm. creto, feita na própria obra, ou de PVC
Utilização: água Vantagens: o produto é confecciona- adquirida em lojas de materiais. Existem
quente e fria. do com Polipropileno Copolímero Ran- modelos de PVC com capacidade de até
Medidas: de 15 a 114 mm. dom tipo 3, por isso, não apresenta pro- 19 litros de gordura.
Vantagens: bom isolamento térmico, blemas como a corrosão. As junções uni- Para evitar problemas, é preciso lim-
facilidade e rapidez de instalação com das por termofusão eliminam vazamen- pá-la pelo menos a cada seis meses.
soldagem feita por adesivo a frio, resis- tos, têm resistência a ataques químicos, Outro cuidado deve ser tomado quan-
te a altas pressões e a picos de tempe- suportam até 95º C e possuem boa do os pratos ou os alimentos são lava-
ratura de até 95ºC, não sofre corrosão absorção acústica. dos na pia, pois os restos de comida que
e, quando usado para a passagem de Durabilidade: 50 anos operando a 80º escoam pelo ralo podem entupir a cai-
água fria, suporta uma pressão de 240 C e 10 anos a 95º C. xa de gordura e ocasionar prejuízos ou
mca a 20º C. Principais fabricantes: Acqua System/ trabalhos desagradáveis.
Durabilidade: superior a 50 anos. Grupo Dema, Amanco e Tigre.
Principais fabricantes: Amanco (Ultra-
temp CPVC) e a Tigre (Aquatherm). PRINCIPAIS COMPONENTES
Caixa de passagem FIQUE ATENTO!
Cobre Recebe as águas secundárias. Para ter um banho com temperatura
Utilização: para água mais agradável, siga as dicas abaixo
quente e fria e uso na Caixa ou ralo seco para a correta escolha dos tubos e
passagem de gás. Nele passa a água do chuveiro e tem conexões para água quente.
Medidas: de 15 a 104 mm. entrada somente pela parte superior.
Vantagens: resistência a altas tempe- 1. O sistema deve ser definido por
raturas – é aprovado com facilidade no Ralo sifonado profissional capacitado que precisa
teste com água acima de 80º –, propor- Diferentemente do ralo seco, contém analisar o tipo de construção, o prazo
ciona pouca perda de calor e é um mate- um sifão. da obra, as disponibilidades de mão
rial bactericida e reciclável. Para garan- de obra e as possibilidades de econo-
tir a durabilidade da instalação, não deve Aparelho sanitário mia de tempo.
ter contato com a tubulação de outro É conectado junto à instalação pre-
metal, como ferro ou alumínio, pois ocor- dial e fornece água para fins higiênicos. 2. Quando o cronograma de obras for
rerá a corrosão galvânica que danifica a reduzido, uma opção é utilizar o siste-
tubulação. Ramal de descarga
ma PEX que possui tubulação maleá-
Durabilidade: mais de 50 anos. É responsável por receber os materiais
vel fornecida em bobinas. O sistema
Principais fabricantes: Eluma e Ter- provenientes dos aparelhos sanitários.
utiliza um menor número de cone-
momecanica.
xões. Isso reduz o tempo de instalação
Ramal de esgoto
em relação aos sistemas tradicionais.
Sistema Pex Através das caixas sifonadas, passam
Utilização: água quente efluentes do ramal de descarga.
3. É importante considerar também a
e fria, gás e sistemas de
calafetação como o piso Tubo de queda qualidade do produto, segurança do
radiante, usado para É vertical e leva os materiais do ramal sistema e a durabilidade.
aquecer ambientes. de descarga e de esgoto.
Medidas: de 16 a 90 mm. 4. A instalação deve ser feita sempre
Vantagens: usa poucas conexões, é Subcoletor por mão de obra especializada e
flexível, tem fácil manutenção resiste a Esta tubulação primária encaminha seguindo as recomendações da nor-
impactos e à pressão, suporta tempera- efluentes de ramais de esgoto e tubos ma técnica NBR 7198 da Associação
turas de até 95ºC permanentemente de queda. Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
com ocasionais picos de até 110ºC Esse procedimento é fundamental
durante 48 horas. Os tubos multicama- Coletor predial para garantir o perfeito funcionamen-
das Pex – AL (Alumínio) – Pex apresen- Trecho final de ligação entre a última to de toda instalação.
tam desempenho e segurança na insta- caixa de inspeção e o coletor público.

121
hidráulica

MEDIDAS DOS TUBOS EQUIVALÊNCIA ENTRE TUBOS


Ao elaborar o projeto, o engenheiro PVC Aquatherm Sistema Pex Amanco PPR Cobre Acqua Polegadas
Soldável (CPVC) System
irá especificar e requisitar os tipos e as
medidas dos tubos e conexões ideais 20 mm 15 mm 16 mm 20 mm 15 mm 20 mm 1/2”
para a obra. Para dimensionar o diâme- 25 mm 22 mm 20 mm 25 mm 22 mm 25 mm 3/4”
32 mm 28 mm 25 mm 32 mm 28 mm 32 mm 1”
tro da tubulação é preciso checar a altu-
40 mm 35 mm 32 mm 40 mm 35 mm 40 mm 1 e 1/4”
ra em que a caixa d´água será instalada 50 mm 42 mm 40 mm 50 mm 42 mm 50 mm 1 e 1/2”
e verificar a distância até os pontos de 60 mm 54 mm 50 mm 63 mm 54 mm 63 mm 2”
consumo. As medidas dos tubos roscá- 75 mm 73 mm 63 mm 75 mm 66 mm 75 mm 2 e 1/2”
veis como os de PVC são fornecidas em 85 mm 89 mm 75 mm 90 mm 79 mm 90 mm 3”
polegadas e as das peças soldáveis, 110 mm 114 mm 90 mm 110 mm 104 mm 110 mm 4”
como o cobre em milímetros. Além dis-
so, a espessura das paredes dos mate-
riais é diferente. Aquelas onde passam
os tubos de cobre, por exemplo, são
mais finas.

BOA OPÇÃO SISTEMAS DE DESCARGA


O Kit Industrializado da Astra é uma Caixa acoplada: é um dos modelos
solução pré-fabricada para a instalação mais econômicos, possui tubulação de
hidráulica e composta por tubulação Pex. menor diâmetro, tem rápida instalação
Serve à distribuição de água em vaso sani- e gasta menos água. A cada des-
tário, cuba dupla, máquina de lavar rou- carga são utilizados cerca de seis
pas, lavatório e chassi estrutural do chu- litros. Porém, existem
veiro. Ele chega na obra embalado e com mecanismos que libe-
identificação para colocação. Além de sair ram três ou seis litros
de fábrica completamente testado, reduz quando acionados,
o tempo de instalação e o custo com a também exitem kits
mão de obra pode cair até 80%. para troca caso a
sua caixa acoplada
seja de acionamen-
to simples (6L)
como este exem-
plo da Censi.

Válvula de descarga: é o sistema


mais caro, pois necessita de maior núme-
ro de tubulações e gasta mais de dez
litros. Este volume pode ser reduzido,
caso o usuário utilize a válvula de forma
racional. Um modelo devidamente regu-
lado pode despejar somente três litros
de água quando acionado rapidamen-
te. Também possuem acionadores de
dois volumes.

Caixa de descarga: tem instalação


prática, custo acessível e manutenção sim-
ples. Além disso, permite ganho de espa-
ço, economia de água e baixo custo de
instalação e manutenção. Deve ser insta-
lada ainda na fase de alvenaria e não
pode ser colocada ao final da obra. Atual-
mente é possível encontrar modelos de
caixas acopladas ou válvulas economiza-
doras com mecanismos de dois volumes.

122
ACESSÓRIOS HIDRÁULICOS
Devem ser comprados separadamente e escolhidos de acordo com as louças e metais adquiridos. Confira quais são os principais:
A - SIFÃO
É O DISPOSITIVO EM QUE ESCOA A ÁGUA USADA NA
PIA. A PRINCIPAL FUNÇÃO É NÃO PERMITIR QUE O MAU
CHEIRO DO ESGOTO RETORNE PARA O AMBIENTE. HÁ
OPÇÕES EM AÇO INOX, PVC BRANCO E PVC CROMA-
DO, BASTA ESCOLHER QUAL COMBINA MAIS COM O
PROJETO, POIS A FUNÇÃO É A MESMA.

B - LIGAÇÃO FLEXÍVEL
CONECTA O PONTO
DE ÁGUA À TORNEIRA
OU MISTURADOR DAS PIAS
E LIGA O FORNECIMENTO
DA ÁGUA PARA BACIAS
DE CAIXA ACOPLADA.

C - VÁLVULA DE ESCOAMENTO
FICA POSICIONADA NA ENTRADA
DO RALO DA CUBA E ESTÁ CONECTADA AO SIFÃO. É
INSTALADA COM O USO DE ARRUELAS (QUE ACOM-
PANHAM O PRODUTO) E UMA FINA CAMADA DE SILI-
CONE – PARA GARANTIR VEDAÇÃO PERFEITA. PERMI-
TE A CONEXÃO DO RECIPIENTE COM A REDE DE ES-
GOTO E COM O ACABAMENTO DOS LAVATÓRIOS, IM-
PEDE A PASSAGEM DE OBJETOS PEQUENOS QUE PO-
DERIAM PROVOCAR O ENTUPIMENTO DA TUBULAÇÃO
E POSSIBILITA AINDA O ACÚMULO TEMPORÁRIO DE
ÁGUA COM A AJUDA DE TAMPÕES.

D - PARAFUSOS DE FIXAÇÃO
FIXAM A PIA, O TANQUE
E O VASO SANITÁRIO.

E - ANEL DE VEDAÇÃO
FEITO COM MATERIAL
MALEÁVEL, QUE NÃO
ENDURECE OU QUEBRA
COM O TEMPO, VEDA OS
ODORES. É COLOCADO
ENTRE A BACIA E O PISO.

F - TUBO DE LIGAÇÃO
CONECTA O SIFÃO AO PONTO DE SAÍDA
DO ESGOTO.

G - CANOPLA
SUA FUNÇÃO É
DAR ACABAMENTO
AO TUBO FLEXÍVEL
NA PAREDE.

123
hidráulica

FOSSA SÉPTICA
Essa é a solução quando o terreno
não é servido pela rede pública de
esgoto. Ela faz o tratamento primá-
rio do esgoto proveniente dos apa-
relhos sanitários. Por isso, o con-
junto da fossa séptica também
deve ter o filtro anaeróbico e
o sumidouro e ser dimensionado
conforme a residência, o número
de moradores e as normas
NBR 7229 e 13969, da ABNT.
O funcionamento se dá da seguin-
te forma: a água, ao sair dos apare-
lhos, segue diretamente até a fossa
séptica, que armazenará todos os
resíduos sólidos que irão se decom-
por por fermentação com o decor-
rer do tempo. A parte líquida será
lançada no filtro ou no sumidouro.
Por isso, deve ser sempre projetada
e construída na parte frontal da
casa, o que também facilita a lim-
peza. Os resíduos sólidos que não
ficaram na fossa passam pelo filtro,
enquanto o sumidouro serve para
infiltrar o efluente líquido no solo.
É importante lembrar que a instala- CAIXAS D´ÁGUA são duráveis e resistentes ao tempo e ao
ção não deve ser feita próxima a Também são fundamentais em qual- uso permanente. A ausência de cantos
poços ou perto do nível do lençol quer instalação hidráulica. Afinal, garan- vivos favorece a higiene e a limpeza, evi-
freático, pois estes componentes tem o abastecimento de água, já que tando o acúmulo de resíduos laterais.
não devem ser poluídos pelos servem desde torneiras até chuveiros e Entre os principais fabricantes de caixas
efluentes do sumidouro. os boilers de aquecimento. Mas, é pre- d´água estão Sander Inox, Eternit, For-
ciso analisar uma série de fatores para tlev, Infibra e Tigre.
garantir o conforto dos moradores. As
necessidades da casa, a possibilidade de Caixas d´água ou tanques?
falta de água na região e o número de Armazenam a água para o consumo.
moradores definem o tamanho ideal. A principal diferença é a tampa. Nas cai-
É importante calcular cerca de 150 xas, ela cobre totalmente o tamanho do
litros de água por pessoa em um dia. O modelo, enquanto nos tanques é menor
mercado disponibiliza modelos de 310, e rosqueável. Para ambos, a legislação
500, 740, 1 mil e 2.500 litros. Também exige que sejam vendidos com tampas.
é possível encomendá-las sob medida
para o projeto. Instalação
Sempre devem ser colocadas entre o
Principais materiais forro e o telhado ou em torres específi-
Polietileno, fibra de vidro, aço inox e cas. Não é aconselhada a instalação em
fibrocimento são os mais usados na pro- áreas externas, pois a exposição ao sol
dução. Atualmente o mercado brasileiro pode alterar a durabilidade e, se ficar
está migrando para os modelos em polie- sem água, pode rachar.
tileno, que são mais duráveis. Indepen- É preciso prever tubulações de entra-
dentemente do material, a caixa d´água da e saída, bem como o suspiro ou
deve ser produzida de acordo com as ladrão e o acesso para a limpeza. Deve
normas técnicas da ABNT. Além disso, as ter altura suficiente para permitir melhor
de polietileno são mais leves, possuem vazão e pressão e estar em lugar prote-
proteção ultravioleta, resistência ao gido do pó e das intempéries. Se for ins-
manuseio e transporte e fechamento sob talada no interior da residência, a laje
pressão sem a utilização de porcas ou deve suportar o peso cheio de água.
parafusos. Os modelos de fibrocimento Quando instalada sob telhados, reco-

124
infiltração em forros de madeira, pintu- modelo e o tipo de cisterna, analise fato-
ra, entre outros materiais. res como resistência, design, facilidade
A metragem ao redor e em cima da de instalação, matéria-prima, durabili-
caixa d’ água também deve ser bem estu- dade e, principalmente, impermeabili-
dada. Para que inspeção e limpeza sejam dade. Também é muito importante veri-
garantidas, o entorno deve ter dimen- ficar a altura do lençol freático.
são mínima de 45 cm ou proporcional Para escolher o tamanho, é necessá-
ao tamanho de quem efetuará a manu- rio avaliar a finalidade. Se for instalada
tenção. A altura mínima entre a caixa e o em locais com problemas de falta de
forro deve ser de 1 m. água, a capacidade de armazenagem a
ser planejada deve calcular o consumo
ÁGUAS PLUVIAIS projetado x o tempo possível para falta
Quatro etapas formam o sistema de de água.
instalação: coleta, condutores, escoa- Se for utilizado para a captação e
mento superficial e rede de coleta. A armazenagem da água pluvial, é reco-
água pluvial do telhado é conduzida por mendado avaliar a intensidade das chu-
peças, como calhas, rufos, rincões e vas na região da obra versus o consumo
CAIXA DE FIBRA
funis. Lembrando que a condução pode previsto para o correto dimensionamen-
ser feita através do uso de correntes es- to. Atualmente, há modelos de cisternas
peciais ou tubos embutidos nos pilares. com capacidade de 1 mil a 10 mil litros.
Nesse caso, a solução deve ser prevista O concreto, a fibra de vidro e o polie-
no projeto de estrutura e instalações para tileno são os materiais mais usados na
que o concreto não perca a resistência confecção da cisterna
necessária para a sustentação. No quin-
tal, o recolhimento é feito por meio de
ralos e caixas com grelhas ou bocas de
lobo. O sistema deve obrigatoriamente
ser colocado separadamente das tubu-
TANQUE DE POLIETILENO lações de esgoto.

Água das chuvas


Protege os recursos hídricos e permi-
te economia de até 40% na conta de
água. É muito importante desenvolver
um projeto e contar com orientação téc-
nica. Fique atento aos itens:
• O tamanho da cisterna e da tubu-
lação deve ser dimensionado conforme
o índice pluviométrico da região da resi-
ABAIXO UM ESQUEMA
dência. SIMPLIFICADO DE APROVEITAMENTO
• O sistema de aproveitamento e dis- DAS ÁGUAS PLUVIAIS ASSIM COMO
tribuição de água das chuvas não pode DOS LAVATÓRIOS DA RESIDÊNCIA

estar cruzado com o sistema de distri-


buição predial de água potável, como
A
determina a NBR 5626 da ABNT; UV
CH
• Se a água da chuva reaproveitada
for ter contato com o corpo humano, é
preciso instalar um sistema de desinfec-
ção e, assim, evitar problemas como
CAIXA DE AÇO INOX micoses, por exemplo.

menda-se a adaptação de aberturas para CISTERNAS


a circulação de ar, a fim de evitar a for- Tem função parecida com a de uma
mação de massas de ar quente e úmido caixa d´água. É um reservatório, nor-
que, em contato com as paredes do malmente enterrado ou instalado no sub- CISTERNA
reservatório, provocam condensação de solo, que serve de apoio à rede pública. CAIXA DE
umidade e,consequentemente, acúmu- Também pode funcionar como receptor DECANTAÇÃO
lo de água na base de assentamento do e armazenar a água de chuvas.
reservatório, ocasionando problemas de Antes de definir o local onde ficará, o

125
hidráulica

POÇO ARTESIANO Poço Poço


É opção para os locais sem abasteci- artesiano artesiano
mento de água e condomínios e alter- em rocha em rocha
nativa para os períodos de racionamen- cristalina sedimentar
to do recurso hídrico. Ao escolher a
empresa para construir um poço artesia- LAJE DE PROTEÇÃO

no, verifique se ela está cadastrada no CIMENTAÇÃO


Conselho Regional de Engenharia e Arqui-
tetura (CREA) e integra a Associação Bra- TUBO DE ISOLAMENTO SANITÁRIO

sileira de Águas Subterrâneas (ABAS), com TUBO DE ADUÇÃO DE BOMBA SUBMERSA


geólogos autorizados para o desenvolvi-
mento das atividades. CABO ELÉTRICO

Na execução da obra, é necessário TUBO DE REVESTIMENTO


analisar as características locais do solo e
espaço disponível para perfuração do FILTRO

poço – a extensão deve ser suficiente para


PRÉ-FILTRO
colocar três caminhões no local. Assim, é
possível definir diâmetro, profundidade e
método a ser utilizado. Após definir o valor
do projeto, a empresa entra com o pedi-
do de licença de perfuração junto ao
Departamento de Águas e Energia Elétri- ROCHA CRISTALINA ROCHA SEDIMENTAR
ca (DAEE), responsável pela fiscalização,
que avalia o entorno da obra para per-
mitir sua continuidade. Após a conclusão
do processo, ainda é preciso uma outor-
ga de uso emitida pelo mesmo órgão.
A fase de perfuração demora de dois
a três dias para ser concluída e deve seguir
as indicações da NBR 12212 (projeto) e
NBR 12244 (construção) da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Devido à escassez de água, a média de
profundidade tem aumentado e pode
chegar a 250 metros. Mas, esse número
BOMBA SUBMERSA
também varia de acordo com a região.
Os dois aquíferos mais encontrados são
os fraturados e os sedimentares, sendo o
primeiro composto pela água que per-
corre as fissuras das rochas cristalinas. O
lençol freático inclui a água mais superfi- TUDO LIMPO Caixas d’ água
cial, como a da chuva, e sofre contami- Para permitir a melhor eficiência de A limpeza deve ser feita a cada seis
nação, por isso não é utilizado. Com a elementos da residência que servem para meses. Se a residência estiver em local
perfuração feita, passa-se ao teste de condução de água das chuvas e do esgo- com constantes cortes no abastecimen-
vazão para avaliar a quantidade de água to, é fundamental fazer regularmente a to, deve ser realizada em um intervalo
que pode ser extraída por hora e o tipo limpeza e a manutenção. Itens como menor, pois quando o sistema é retoma-
de bomba ideal. A mais utilizada é a sub- calhas, ralos e grelhas externas acumu- do é comum vir sujeira pela tubulação.
mersa, mas há também as injetoras, de lam sujeira, o que acaba obstruindo a O procedimento correto para limpeza
eixo prolongado e sistemas com com- passagem correta do fluxo de água e inclui a reserva de 15 cm para o escoa-
pressor de ar. esgoto. Com isso, pode haver o trans- mento da água. Lembre-se de que as saí-
Fique atento, pois há custos de manu- bordo e a consequente infiltração em das de água para os pontos da casa
tenção, limpeza, troca de equipamento e diversas partes da casa. devem ser tampadas e é preciso despe-
trâmites legais. Paga-se ao Estado uma No caso das caixas d´água, é neces- jar um litro de água e, posteriormente,
taxa anual, por m³, dependendo da quan- sário realizar a limpeza para manter a lavar e esfregar o interior.
tidade utilizada – para uso familiar pode água sempre limpa, sem a contaminação Para enxaguar, basta soltar a boia para
haver dispensa de outorga. de fungos e bactérias. a água entrar e, em seguida, escoá-la

126
pela saída de limpeza. É aconselhável e pode facilmente entupir a rede de esgo-
cautela nas primeiras lavagens de roupa, tos. Então, retire-a semanalmente e depo-
assim como no banho das crianças, pois site-a em sacos de lixo. Para abrir a caixa
pode haver a presença, mesmo que míni- de gordura basta remover a tampa. Por
ma, de água sanitária. O serviço deve ser isso, para mais praticidade durante a
feito por mão de obra especializada. Para manutenção, prefira os modelos disponí-
controlar as datas, a dica é marcar o dia, veis em lojas de materiais de construção,
mês e ano da última limpeza na parte pois as feitas na obra em alvenaria ou con-
externa da caixa. creto não possuem grande mobilidade.

Caixa de inspeção Ralos de banheiro


Devem ser realizadas revisão e limpe- A regularidade na manutenção depen-
za uma vez ao ano ou caso perceba a de da intensidade de uso. Banheiros uti-
diminuição da velocidade de escoa- lizados diariamente e com alta frequên-
mento da água. Após remover a tampa, cia de mulheres acumulam muito mais
com o auxílio de uma luva, retire manual- cabelos. Para limpar, remova a grelha e
mente o excesso de sujeira. Com uma desobstrua a passagem de água. Caso o
mangueira, lave as paredes da caixa de ralo ou a caixa sifonada tenha um fecho
inspeção e direcione o jato para dentro hídrico removível, recoloque-o após a
das tubulações de entrada e saída de tarefa. Não use cabo de vassoura, para
água para auxiliar a desobstrução inter- não romper o ralo.
na dos tubos. Adicione 1 L de água sani-
tária para completar a higienização. Caixa de gordura
Os serviços de manutenção das caixas A manutenção varia conforme a quan-
de gordura e de inspeção podem ser fei- tidade de gordura que se joga na pia. A
tos pelo proprietário da obra. gordura fica em estado sólido quando fria
elétrica

Para não levar


choques...
...nem $U$TO$
SAIBA COMO PLANEJAR A INSTALAÇÃO ELÉTRICA RESIDENCIAL COM SEGURANÇA

128
Ela é fundamental para qualquer resi- atualizado em relação às normas técni- PADRÃO MONOFÁSICO
dência e garante conforto. Afinal, fazer cas vigentes, tecnologias e confirme sua A TRÊS CONDUTORES
a instalação elétrica residencial diz res- formação técnica. O bom eletricista se Caso possua padrão de entrada mono-
peito a preparar toda a estrutura para a mantém informado em relação aos lan- fásico a três condutores, não há proble-
passagem de energia para tomadas e ilu- çamentos do setor. ma em ter a instalação de tomadas e ilu-
minação, telefonia, internet, entre outros. O proprietário deve estar atento, pois minação em 110 V e alguma em 220 V.
O primeiro passo é verificar as neces- boa parte das falhas é decorrente da fal- Para equipamentos que consomem mais
sidades atuais e futuras dos moradores ta de capacitação e qualificação. Existem energia, como chuveiros e aparelhos de
e definir a reserva, isto é, espaços nos muitas iniciativas que visam aumentar a ar-condicionado, em 220V, a instalação
quadros de distribuição e tubulações oferta de mão de obra qualificada para o elétrica é mais econômica em razão dos
para alterações futuras, por meio da con- segmento de energia e instalações elétri- condutores elétricos serem de seção
tratação de profissionais qualificados. cas, como os treinamentos oferecidos nominal menor se comparados a 110V.
Vale ressaltar que é preciso definir as pelos fabricantes e os cursos técnicos do
cargas elétricas a serem alimentadas. O Senai. Para uma boa contratação, é impor-
projeto deve ser elaborado rigorosa- tante solicitar indicações a conhecidos.
mente dentro das normas técnicas da
NBR 5410 – Instalações Elétricas de Bai- PADRÃO ELÉTRICO
xa Tensão, da Associação Brasileira de O projeto ficou pronto? Então é hora
Normas Técnicas (ABNT). de solicitar a ligação de energia à con-
É fundamental saber como fazer ins- cessionária local. É sempre válido lem-
talação elétrica residencial com total segu- brar da importância de definir todos os
rança. Caso contrário, podem surgir pro- eletrodomésticos que a casa terá, como
blemas como fuga de corrente, que cau- geladeira, televisores, micro-ondas, entre
sa o choque elétrico; sobrecargas, que outros. É fundamental saber se serão ins-
ocorrem quando a corrente ultrapassa a talados componentes como banheira,
capacidade que os fios e cabos supor- piscina, sauna, sistema de ar-condicio-
tam, o que provoca aquecimento além nado e o número de chuveiros elétricos.
do normal e danifica a isolação, além de Caso sua obra necessite de um
curtos-circuitos e sobretensão. padrão bifásico e você solicite um trifá-
O projetista deve preparar uma lista sico, a conta de luz ficará mais cara. Para
detalhada dos materiais elétricos. Quan- exemplificar: uma residência vazia com
do o projeto é elaborado conforme as nor- padrão trifásico gasta duas vezes mais
mas técnicas, garante-se o dimensiona- que um bifásico. Com isso, tenha em
mento correto, evitando falhas e prejuí- mente que, se demorar para colocar apa-
zos. O superdimensionamento resulta em relhos que requerem um padrão maior,
gastos excessivos com componentes elé- a economia de energia com um modelo
tricos e pode dar origem a falhas e, con- bifásico será maior.
sequentemente, despesas desnecessárias.
O quadro de luz, fios e cabos, disposi- 110 OU 220 VOLTS?
tivos protetores de surtos (DPS), disjunto- No Brasil, há regiões onde a distri-
res, dispositivos diferenciais residuais, con- buição elétrica é em 110 V, em outras, FIQUE ATENTO!
duítes, tomadas e interruptores são os 220 V e, até mesmo cidades em que é É comum encontrar profissionais
principais produtos que formam a insta- há ambas as voltagens. que desempenham diversas fun-
lação elétrica. Todos devem ser fabrica- Por isso, a regra é observar qual é sua ções na obra. Porém, como a par-
dos conforme as normas técnicas da tensão antes da compra do terreno para te elétrica é uma das fases mais
ABNT, sendo que alguns ainda devem ter não perder dinheiro em equipamentos importantes, contrate um excelen-
a certificação compulsória do Inmetro. com a voltagem errada. te eletricista. Lembre-se que é
impossível ser especializado em
Além disso, existem várias diferenças
todos os segmentos da obra.
CONTRATAÇÃO DO ELETRICISTA entre as tensões. 110 V pode ser 115, Problemas com o funcionamento
Profissionais habilitados são funda- 120 ou 127 V e o 220 V pode ser 208 de interruptores e tomadas, fuga
mentais para o sucesso do projeto, do ou 230 V e isso dependerá da configu- de corrente e pontos de ilumina-
contrário, assim como adquirir materiais ração das ligações elétricas utilizadas no ção fora da altura especificada
não certificados resulta em economia transformador da área. O consumo é o são frequentes quando contrata-
apenas no primeiro momento, o mesmo mesmo nos dois casos. A diferença está do algum profissional com dupla
ocorre com os profissionais não prepa- no valor de corrente que circula pela ins- função. Então, se o profissional
rados, gerando gastos com consertos e talação e pelo aparelho, sendo menor falar que fará perfeitamente tanto
desperdício de energia elétrica. em 220 V. Com isso, o equipamento a hidráulica como a elétrica de
Consulte antigos clientes e obras rea- pode utilizar fios ou cabos elétricos com sua casa: não o contrate!
lizadas pelo eletricista, verifique se está bitola menor que o ligado em 110 V.

129
elétrica

da, de acordo com a corrente elétrica que


passará por fios e cabos e pelos dispositi-
vos de proteção como os disjuntores. Por
isso, devem ser compatíveis, ou seja, o
disjuntor deve ser adequado ao condu-
tor para protegê-lo em caso de uma sobre-
carga ou um curto-circuito, desligando
imediatamente a energia. Confira alguns
exemplos no quadro abaixo:
A NBR 5410 estabelece quantidades
mínimas para tomadas e pontos de luz
em ambientes internos, potência míni-
ma de iluminação e tomadas de uso
geral e específico. As de uso geral são
utilizadas para ligar aparelhos móveis ou
portáteis como aspiradores, televisão e
aparelho de som. As de uso específico
são destinadas aos aparelhos fixos como
chuveiros, máquinas de lavar e secar rou-
pas e micro-ondas.
O engenheiro elétrico ainda deve ela-
borar um conjunto de plantas, em que
serão representados esquemas e deta-
lhes, com o descritivo de todos os ele-
mentos necessários. Além disso, devem
PLANTAS COMO SOLICITAR LIGAÇÕES ser realizados três itens para garantir a
Os esquemas e detalhes deverão estar Deve ser pedida junto às concessio- qualidade da instalação: memorial, espe-
com os elementos necessários para a exe- nárias do município. As empresas exigem cificações e orçamento.
cução do projeto. Ele é representado por a declaração da carga da casa. Esse valor No memorial, o projetista justifica e
quatro desenhos, que demonstram a ins- será fornecido de acordo com os equi- descreve todas soluções encontradas.
talação global ou parte dela por meio pamentos a serem instalados. Antes de Nas especificações, são listados todos os
de símbolos gráficos: comprar um terreno, informe-se se a materiais que serão utilizados e as nor-
Planta unifilar: apresenta, sem mui- região possui rede de abastecimento de mas técnicas recomendadas para a apli-
tos detalhes, o funcionamento de todos água, eletricidade, gás de rua e esgoto. cação e o orçamento, no qual são levan-
os circuitos. Mostra o número de con- tados a quantidade e o custo de todos
dutores, trajetos e posição; DIMENSIONAMENTO os produtos e como será a forma de
Esquema funcional: permite inter- É calculado sobre a carga e a deman- pagamento da mão de obra.
pretar a sequência dos circuitos, sem a
preocupação de dar a posição física dos
componentes;
Esquema multifilar: utilizada somen-
Tipo de circuito Tensão Potência máxima Bitola do fio Disjuntor máximo
te para circuitos elementares, pois apre- (volts) (watts) (mm²) (ampère)
senta apenas os condutores e não mostra
Iluminação 127 1.500 1,5 15
a posição dos componentes do circuito;
Planta de distribuição: é unifilar e Tomadas 127 2.000 2,5 20
apresenta a distribuição dos circuitos e Tomadas 220 4.000 2,5 20
dispositivos. É dividida em dois dese- Aparelhos de ar-condicionado 220 3.600 4,0 25
nhos: funcionamento e localização. A
instalação elétrica deve ser feita antes Chuveiros 220 6.000 6,0 35
da colocação do medidor de luz, mais Torneira elétrica 220 4.800 4,0 25
conhecido como relógio, porque pro- Geladeira 220 800 2,5 15
porcionará menos riscos durante os ser-
Máquina de lavar roupa 220 2.000 2,5 20
viços. Se não for possível, o mais indi-
cado é utilizar um instrumento de medi- Micro-ondas 220 1.500 2,5 15
ção elétrica (multímetro), para distinguir NOTA: a bitola dos fios pode sofrer variações de acordo com o projeto. Quanto maior a distância entre o qua-
dro de distribuição e o ponto de instalação, serão necessários mais fios com maior bitola. Por isso, antes de
os fios neutro e fase. comprá-los, peça recomendações ao projetista ou técnico.

130
COMPONENTES seis meses, no mínimo. Vale lembrar que elétrica. Categorias de proteção: classe I
Confira as características e a impor- o melhor local para instalação é junto ao (barra maior energia), classes II e III (me-
tância dos principais produtos: quadro de distribuição. nor energia), e os que combinam as clas-
ses I e II no mesmo dispositivo.
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO Disjuntores: instalados no quadro de É interessante ter pelo menos um
É o centro de toda a instalação elétri- distribuição elétrica, desarmam determi- DPS na entrada de energia elétrica da
ca: recebe energia por um circuito ali- nado circuito em caso de sobrecargas e casa, para proteger os equipamentos.
mentador (entrada) e a distribui por curtos-circuitos. Devem ser compatíveis Para garantir mais segurança, instale
vários outros (saída). O tamanho varia com os circuitos e dimensionados con- um DPS classe I na entrada de energia,
conforme o projeto e é fabricado de plás- forme a potência de cada equipamen- um de classe II no quadro de distribui-
tico ou ferro. Ele abriga e protege os dis- to, número de lâmpadas e tomadas. ção e um de classe III junto ao eletro-
positivos que alimentam e comandam a doméstico. DPSs das classes I e II se asse-
instalação elétrica e os equipamentos DPS: protege os equipamentos eletroe- melham a um disjuntor enquanto que
que ficam conectados à rede. letrônicos contra sobretensões transitó- os de classe III são implantados dentro
Nele são dispostos componentes rias (surtos), provocados por raios ou ma- do eletrodoméstico.
como o dispositivo DR (diferencial resi- nobras tais como ligar e desligar a rede
dual) e os disjuntores. O quadro deve
estar em local visível e de fácil acesso
para ser ligado e desligado quando hou- FIOS E CABOS
ver necessidade de manutenção. Nele, DPS

é obrigatório identificar cada circuito.

ITENS DE PROTEÇÃO ELÉTRICA


Para que todos os pontos de luz e
energia funcionem corretamente e com
segurança, não esqueça dos disjuntores,
dispositivos protetores de surtos (DPS), dis-
positivos diferenciais residuais (DR) e do QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO
aterramento. De acordo com a NBR 5410
da Associação Brasileira de Normas Téc-
nicas (ABNT) – Instalações Elétricas da Bai-
xa Tensão – eles são obrigatórios.
O DR e o DPS têm funções distintas DR
das do disjuntor e do aterramento. "O
DR protege contra os choques elétricos
seccionando o circuito elétrico em caso
de falha do equipamento com a possi-
bilidade de choque. Em conjunto com DISJUNTORES

o aterramento, esse equipamento faz


com que seja desligado sem oferecer ris-
co. O DPS barra os picos de tensão cau-
sados por um raio, por exemplo, e o des-
via para a terra pelo aterramento. Os dis-
juntores protegem os condutores para
que a corrente elétrica não seja ultra-
passada e, com isso, aqueça os fios e
possa iniciar um incêndio.Todos preci-
sam seguir as normas técnicas da ABNT
e alguns devem ter a certificação com-
pulsória do Inmetro.

DR: além de desligar o circuito elétrico e ELETRODUTO

oferecer riscos de choque, o dispositivo


controla a segurança pois evita possíveis
incêndios causados por eventuais falhas
na instalação elétrica. Obrigatório em
qualquer construção, deve ter um botão
que permite averiguar o funcionamento.
É fundamental testar o produto a cada

131
elétrica

Aterramento: desvia correntes e ten- isso, transforma a energia elétrica em


sões elétricas para a terra que podem co- calor, que é desperdiçado. Quando
locar em risco as pessoas. dimensionado corretamente, diminui o
Todos os pontos devem ser aterrados risco de incêndio por curto-circuito, o
individualmente, porém devem estar inter- calor desperdiçado e, consequentemen-
ligados entre si e com o solo por meio de te, as perdas, economizando energia elé-
condutores apropriados e que são conhe- trica. Estudos demonstram que há eco-
cidos popularmente como fio terra. nomia de até 20% de energia com o
Nas tomadas, o aterramento deve dimensionamento adequado.
estar ligado aos modelos com três polos, Em casos de ducha ou chuveiro elé-
sendo que até 16 mm² a seção (bitola) trico, por exemplo, a escolha de um fio
do fio terra tem de ser igual ao do con- com seção nominal menor desarmará o
dutor fase do circuito. A partir dessa disjuntor constantemente ou poderá Fios e cabos nus: em residências são
seção sofrem redução de acordo com a ocorrer um curto-circuito. Para não haver usados somente em circuitos de aterra-
tabela da NBR 5410/2004 da ABNT. incompatibilidade entre os metais e cor- mento ou como condutores dos siste-
rosões, as partes metálicas de outros mas de para-raios.
FIOS E CABOS componentes devem ser de cobre.
São os responsáveis por levar energia Fio terra: desvia das pessoas a corrente
elétrica desde a entrada até os pontos Fios e Cabos Flexíveis: ambos possuem elétrica, que pode escapar de aparelhos
de utilização. Em construções residen- a mesma capacidade de condução de elétricos.
ciais é obrigatório o uso de fios e cabos corrente elétrica, desde que comparados
de cobre isolados de PVC para tensões até na mesma seção nominal. A NBR 5410 CAIXAS DE PASSAGEM
750 V e temperatura máxima de 70º C. da ABNT determina, por exemplo, que a Organizam a distri-
Além disso, são especificados em mm2 seção mínima para tomadas de uso geral buição de fios e cabos
e a seção nominal (bitola) ideal é indi- é de 2,5 mm² e, para os circuitos de ilu- nos locais em que há
cada em projeto. minação, 1,5 mm². mudança de direção e
Quando as bitolas dos condutores Embora tenham as mesmas aplica- fixam os terminais como
estão abaixo do recomendado, haverá o ções, durabilidade e qualidade, a esco- tomadas e interruptores.
aumento do consumo de energia devi- lha de um ou outro produto deve levar Como atualmente vários
do ao aquecimento dos condutores. Nes- em conta a flexibilidade. Os cabos flexí- sistemas construtivos estão
se caso podem chegar a trabalhar em veis proporcionam maior facilidade no surgindo ou se aprimo-
sobrecarga, elevando os riscos de curtos- manuseio, pois deslizam nos eletrodutos rando, elas devem acom-
circuitos e acidentes. Não há problema e agilizam a instalação, enquanto os fios panhar essa evolução.
técnico quando estiverem acima dos míni- sólidos e os cabos rígidos requerem mais Por isso, o mercado disponibiliza
mos recomendados para cada caso. cuidado e atenção ao passá-los pelo con- modelos para paredes de alvenaria con-
Quanto maior a corrente que passa por duíte por serem menos flexíveis, e demo- vencional, para blocos estruturais, dry-
um condutor, mais ele aquece e, com ram mais para serem instalados. wall, concreto armado e ainda para lajes.
Instalada em paredes e tetos, a esco-
lha deve ser baseada na quantidade e
nos tipos de conduítes, porque existem
modelos para a conexão de conduítes
rígidos e outros para o flexível. Podem
ser encontradas em diversos tamanhos
que pedem mais de uma tomada ou
interruptores para iluminação.
Prefira sempre marcas que seguem as
CABO FLEXÍVEL FIO-TERRA normas técnicas da ABNT, que determi-
na que sejam fabricadas em PVC, por ser
um material antichama. Para ter bons
resultados, é preciso contratar bons pro-
OS FIOS E CABOS SÃO
DISCRIMINADOS POR COR:
fissionais habilitados para elaborar o pro-
• AZUL-CLARO = NEUTRO jeto elétrico e realizar a instalação e mate-
• VERDE OU VERDE COM riais de qualidade.
RISCO AMARELO = TERRA
• PRETO OU OUTRAS CORES COM Erros de instalação resultam na colo-
EXCEÇÃO DAS ANTERIORES = FASE/RETORNO cação de caixas muito fundas nas pare-
des ou lajes e na impossibilidade de fixar

132
os espelhos de tomadas e interruptores. TIPOS DE CAIXAS DE PASSAGEM
Além disso, as caixas de passagem Alvenaria
possuem diferenças quanto ao design, convencional
cores, recursos e aos pontos de fixação. São os modelos mais
Ao adquiri-las, é recomendado que usados, já
todas sejam do modelo indicado de acor- que a maioria das resi-
do com o tipo de estrutura da constru- dências é construída
ção para que o serviço não seja com- com alvenaria conven-
prometido. Por exemplo, caso as pare- cional. A instalação depen-
des sejam de drywall e a mão de obra de exclusivamente do seu chumba-
tente instalar as indicadas para alvenaria, mento na parede.
o resultado não será satisfatório. Cores: amarelo e preto
Para ajudar, confira na tabela ao lado,
os tipos de caixa de passagem. Alvenaria
estrutural
ELETRODUTOS São planejadas
Conhecidos como conduítes, servem para acompanhar
para a passagem de fios e cabos entre a velocidade com
o quadro de luz e os pontos elétricos e que são feitas
garantem a integridade física dos con- obras da alvena-
dutores. Por isso, devem ser antichamas ria estrutural. Por isso, geralmente
e resistentes a impactos. possuem travas, superfícies com
São divididos em rígidos e flexíveis. O ranhuras para melhor aderência da
primeiro, fabricado com material plástico argamassa e formato redondo para
ou metálico, é indicado para locais como se adaptarem aos blocos estruturais.
lajes ou superfícies a serem concretadas. Cor: vermelha.
Os conduítes flexíveis são instalados,
geralmente, sobre as paredes da resi- Drywall
dência e produzidos em material plásti- Possuem travas de
co, embora existam produtos metálicos. fixação, têm formato
Adquira sempre um produto com um arredondado para
diâmetro maior que o necessário, para evi- melhor se adaptarem
tar a troca de todos os conduítes no caso aos furos feitos pela
de ampliação da rede elétrica, no futuro. serra de copo. Podem também ser
usadas em paredes de placas cimen-
tícias. Cor: verde
ELETRODUTO METÁLICO

Concreto armado
Possuem espaçadores
para alinhá-las à espes-
sura das paredes. Tam-
bém têm tampa que
permite a vedação
completa do material durante a
obra. Cores: cinza e azul

Lajes
ELETRODUTO DE PVC
Muito parecidas com as de alvenaria
convencional, porém mais resistentes
ao concreto usado nas lajes, essas
caixas possuem conexões para diver-
sos conduítes. O
outro modelo pos-
sui suporte
para lajo-
tas cerâmi-
cas. Cores:
ELETRODUTO FLEXÍVEL
vermelho
e amarelo

133
elétrica
PARA INSTALAÇÕES APARENTES, A TRAMONTINA DISPONIBILIZA SIS-
TEMA MODULAR DE SOBREPOR, COM OPÇÕES PARA 1, 2 OU 3
MÓDULOS E TAMPA É FECHADA POR SIMPLES ENCAIXE (PRESSÃO)

A LINHA BRAVA!, DA SIEMENS-IRIEL, AGREGA DESIGN INOVADOR E PRATICIDA-


DE. OS MÓDULOS ESTÃO DISPONÍVEIS NA COR PRETA PARA INTERRUPTORES, TO-
MADAS E CARREGADOR USB

o uso de interruptores, com acionamento à mão e fácil de usar e se conectar, como


automático de circuitos de iluminação, TV/Vídeo, RJ45, telefonia, entre outros.
INTERRUPTORES E TOMADAS e contribuem a redução dos gastos com As tonalidades são destaque, mas a
A organização das funções de toma- energia elétrica. cor branca nunca sai de moda e dialo-
das e interruptores garante conforto, pra- ga com todos os estilos das moradas. Os
ticidade, economia e segurança à mora- Materiais acabamentos metálicos estão em alta e
da. As marcas disponibilizam inúmeras Entre os materiais mais frequentes conferem um toque atual aos espaços.
funções, módulos e diversidade de pla- estão PVC, metal, plástico ABS, policar-
cas. As composições, além de adiciona- bonato e poliestireno, e partes condu-
rem beleza aos espaços por conta das toras em liga de cobre (interruptores) e
novas cores e design, ajudam também parafusos de fixação de placas em ferro.
a organizar os eletrodomésticos, evitam Alguns modelos possuem componentes
o uso de extensões e, consequente- que evitam a propagação de chamas em
mente, impactam na economia e na caso de incêndios.
segurança da morada.
Na hora de definir o uso dos espaços, Novidades
é importante que o engenheiro eletri- Teclas com luz de LED para ajudar a
cista responsável e o arquiteto sigam as localização em espaços de pouca lumi-
recomendações da norma NBR 5410 da nosidade, módulos USB para carrega-
Associação Brasileira de Normas Técni- mento de equipamentos eletrônicos,
cas (ABNT), para o dimensionamento cor- proteção aos raios ultravioletas e a ris-
reto da instalação elétrica e o número cos, ausência de parafusos aparentes e
exato de pontos. Por exemplo, em uma sistemas de encaixe simplificados são
cozinha, pode-se ter micro-ondas, fornos algumas novidades que os fabricantes
elétricos, eletrodomésticos de bancada, de interruptores e tomadas apresentam
como liquidificador, mixer, cafeteira, tor- para ampliar a praticidade no dia a dia
radeira, entre outros. O mesmo ocorre das residências.
nas salas com equipamentos diversos, A modularidade é mais um atrativo que
como televisão, DVD, home theater, adiciona praticidade na hora da troca e
blue-ray, videogame, antenas, cujo estu- adoção de novas funcionalidades. Os con-
do do consumo precisa ser previsto para juntos podem ser trocados individual-
aumentar a segurança das instalações. mente e combinam-se às necessidades
ESTRUTURA SEM PARAFUSOS APARENTES E SUPERFÍCIE
Enquanto isso, os sensores de presença dos moradores que contam com uma BRILHANTE QUE NÃO RETÉM POEIRA SÃO OS DIFE-
para áreas de baixa circulação eliminam oferta variada de aplicações para ter tudo RENCIAIS DA LINHA DUALE UP, DA SIEMENS-IRIEL

134
SEM PARAFUSOS APARENTES, A SÉRIE EVIDENCE, DA FAME, POSSUI PLACAS EM ABS COM ACABAMENTO BRI- EM SETE TONALIDADES, A LINHA REFINATTO PRE-
LHANTE E PROTEÇÃO AOS RAIOS UV. POSSUI SISTEMA DE ENCAIXE MODULAR E A FIXAÇÃO DE CONDUTORES MIUM, DA WEG, APRESENTA ACABAMENTO EM ALTO
É FEITA COM BORNE GAIOLA E PARAFUSOS IMPERDÍVEIS BRILHO E É ENCONTRADA COM TECLAS BRANCAS
OU PRETAS

DOIS INTERRUPTORES SIMPLES E TOMADA USB DA LI- VIVACE CARBONO É A LINHA, DA SIEMENS, COM ACA- DA TRAMONTINA, A OPÇÃO VARIADOR DE LUMINO-
NHA DELTA CRYSTAL, DA SIEMENS, QUE APRESENTA BAMENTO ESPECIAL NA COR CARBONO E DESIGN AS- SIDADE (DIMMER), DA LINHA IZYFLAT, É FABRICADA
PLACA EM ALUMÍNIO COM PINTURA METÁLICA E SIMÉTRICO PARA DAR UM TOQUE DE SOFISTICAÇÃO EM TERMOPLÁSTICO ANTICHAMA COM ACABAMEN-
APLICAÇÃO DE CRISTAL SWAROVSKI AOS AMBIENTES TO BRILHO, NAS CORES BRANCO E GRAFITE

135
elétrica

ILUMINAÇÃO à rede. As dicroicas LED são também


EFICIENTE E ECONÔMICA encontradas em diversas potências,
A tecnologia Light Emitting Diode como as similares.
(LED) distingue-se por não emitir calor
diretamente aos ambientes e pela isen- DE OLHO
ção de gases tóxicos, que poluem o NA ETIQUETA
meio ambiente. O sistema LED consis- Os consumido-
te em um componente eletrônico semi- res devem buscar
condutor que, ao ser submetido à o selo do Inmetro
energia elétrica, emite luminosidade. na embalagem.
Entre os principais diferenciais estão a Regulamentadas
eficiência, maior vida útil, possibilida- pelo Instituto
de de qualquer aparência de cor, alto Nacional de
índice de reprodução de cores, isen- Metrologia,
ção de materiais pesados e design. Qualidade e
As lâmpadas LED têm vida útil supe- Tecnologia
rior às lâmpadas tradicionais e conso- (Inmetro) desde 2015,
mem muito menos energia, sem exigir as lâmpadas LED, que já passaram
novas instalações. Há soluções equi- pelo processo de certificação, são
valentes a todos os tipos de tecnolo- comercializadas com a Etiqueta Nacio-
gias tradicionais. As antigas incandes- nal de Conservação de Energia, na
centes e fluorescentes eletrônicas (eco- qual o consumidor é informado sobre
nômicas) podem ser substituídas pelos capacidade de iluminação e eficiência
modelos de bulbo A60, que usam a energética, além visualizar um com-
mesma rosca E27 e têm a vantagem parativo de consumo com a incan-
de funcionar nas voltagens 110/127 e descente e fluorescente compacta. A
220 Volts. Os modelos de Tubo LED certificação representa a garantia de
repõem as tubulares fluorescentes, com que as lâmpadas atendem aos requi-
a vantagem de não precisarem de rea- sitos do Inmetro e oferecem seguran-
tor, funcionando ligadas diretamente ça e desempenho.

O EFEITO DA
TEMPERATURA
DE COR NOS
AMBIENTES

QUENTE, FRIA OU NEUTRA?


Como é um componente eletrônico,
os parâmetros na hora da escolha dife-
rem dos empregados em relação às
incandescentes e fluorescentes, deven-
do-se atentar ao fluxo luminoso que cor-
responde à quantidade de luz que a lâm- QUENTE NEUTRA FRIA
pada é capaz de fornecer, ou seja, quan-
to maior a área do local a ser iluminada,
maior deve ser o fluxo luminoso.
Outro fator que impacta o efeito dese-
jado é a temperatura da cor, indicada
em kelvins ou k, que indica a tonalida-
de de cor da luz. As cores quentes são
Divulgação/Stellatech

mais próximas às radiações solares.


Quando olhamos para o sol vemos cores
quentes, mais amarelas. Quando elas

136
FIBRA ÓTICA tetos, pisos, paredes, piscinas, lagos e
Sem condução de eletricidade, fibra jardins. Com o toque certo, esse tipo de
ótica ilumina com segurança, economia iluminação ainda pode ser parte inte-
e versatilidade. Além de eficiente e com grante de projetos arquitetônicos, crian-
efeitos surpreendentes, ela é campeã em do efeitos de volumetria em fachadas e
economia e segurança. “O sistema de dando destaque a determinados ele-
iluminação ótica funciona através de mentos do projeto. Outra aposta certei-
uma única lâmpada, cuja luz é trans- ra é o uso para balizamentos, além da
portada por diversos cabos de fibras até iluminação de nichos, escadas e obras
DA FAME, MODELO A60 NAS VERSÕES LUZ BRANCA E a outra extremidade”, explica Wilson Sal- de arte.
AMARELA GARANTE 85% DE ECONOMIA louti, especialista na tecnologia e diretor Para a criação de pontos iluminados,
da Fasa Fibra Ótica. é preferível optar por superfícies perfurá-
ficam mais brancas, temos as frias. O uso dessa tecnologia exerce papel veis com facilidade, como gesso, madei-
A temperatura da cor da lâmpada é funcional e decorativo, oferecendo tan- ra, fibra de vidro, tecidos, isopor e outras
diretamente ligada ao conforto visual e tas possibilidades quanto a criatividade forrações. Outra forma criativa de usar a
ao ambiente.“Para áreas nas quais é permitir, seja em áreas internas ou iluminação ótica em áreas internas é na
desejado maior conforto visual, como ambientes de lazer e jardins. “As lumi- composição de luminárias e de desenhos
salas de estar e quartos, recomendam- nárias residenciais decorativas se trans- em paredes, sendo possível criar o efei-
se lâmpadas com menor temperatura de formaram em elementos que vão muito to requintado de cristais iluminados.
cor, algo em torno de 2700K e 3000K, além da função de iluminar e assumem
o chamado branco morno. Para os locais papel de suma importância na compo- ECONOMIA E SUSTENTABILIDADE
nos quais haverá desenvolvimento de sição de interiores. Além dos aspectos Além de figurar em primeiro lugar no
atividades que exijam maior atenção, funcionais, elas precisam ser opulentes, quesito segurança e resistência a intem-
como cozinha, lavanderia e banheiro, o exuberantes e nada minimalistas. Não péries, a fibra ótica também ganha pon-
indicado são lâmpadas com maior tem- obstante, estas peças precisam sur- tos que se refere à manutenção. Se o
peratura de cor, algo em torno de 5000K preender e, neste sentido, a tecnologia ponto iluminador for uma lâmpada LED,
a 6500K, o chamado branco frio. da fibra ótica aliada às fontes de LED ofe- por exemplo, a durabilidade pode ser de
rece uma contribuição muito valiosa”, até 60 mil horas. Caso a fonte de luz
QUAL A INTENSIDADE? afirma Sallouti. queime, basta fazer a troca e todos os
Algumas lâmpadas LED permitem As aplicações mais comuns são em pontos voltam a funcionar.
regular intensidade de luz, por meio do
uso de dispositivos de variadores de lumi-
nosidade (dimmers). Verifique as infor-
mações na embalagem se a lâmpada
escolhida permite o recurso.
DICRÓICA
LED GU 10 TEM
VIDA ÚTIL DE ATÉ
25 MIL HORAS,
É BIVOLT E
ENCONTRADA
NAS VERSÕES
LUZ FRIA (6.500K)
E QUENTE
(3.000K)

137
elétrica

POR DENTRO DO SISTEMA


Nos sistemas isolados ou off-grid, os
componentes básicos são módulos foto-
voltaicos ou painéis solares, responsáveis
pela transformação da luz solar em ener-
gia elétrica; controlador de carga, que
supervisiona as baterias e evita o exces-
so de carga ou descargas profundas;
banco de baterias, responsável pelo
armazenamento da energia para o uso
noturno ou em dias nublados; e, ainda,
inversor, que transforma a energia das
baterias de corrente contínua (12, 24 ou
48 Vcc) em corrente alternada (110/220
Vca), para alimentação de eletrodomés-
ticos em geral. Esses sistemas são vanta-
josos apenas em locais que não possuem
acesso à energia elétrica da rede, pois
demandam mais baterias para uma auto-
nomia mínima de 3 dias. Além disso, a
descarga diária das baterias no sistema
isolado reduz significativamente a vida
útil delas. Estes dois pontos somados ele-
vam muito o custo inicial e o operacio-
ENERGIA FOTOVOLTAICA cas instaladas. nal do sistema, tornando-o pouco inte-
Limpa, renovável e econômica, a A área do telhado não é um fator limi- ressante para quem já tem a rede, mes-
energia fotovoltaica é produzida com tante ao número de módulos fotovoltai- mo que o fornecimento seja precário,
radiação solar difusa, sendo viável em cos, pois suportes permitem instalar com quedas frequentes e prolongadas.
todo o território nacional, mesmo em novas placas caso seja necessário dar um Já os sistemas conectados à rede ou
dias nublados. Para a geração de ener- upgrade na capacidade de energia elé- on-grid não utilizam baterias. Por meio
gia, deve-se calcular a média do consu- trica gerada no futuro. do inversor, a energia gerada em cor-
mo em quilowatts-hora (kWh) anual, O arquiteto e urbanista André Luís rente contínua é transformada em ener-
considerar a tensão da rede e, então, Pace, da Pace Arquitetura Campinas, no gia da mesma qualidade da rede elétrica,
dimensionar o sistema fotovoltaico – interior paulista, explica que os painéis de acordo com a tensão e frequência. A
tarefa para profissionais, que também fotovoltaicos podem respeitar a proposta “sobra” da produção diurna passa para
cuidam dos trâmites com a concessio- arquitetônica do projeto. “A instalação do a rede e, à noite, retorna para a unidade
nária distribuidora de energia. sistema fica tanto melhor quanto maior consumidora. Portanto, a rede funciona
Em relação a investimentos, o custo for a experiência da empresa responsável como uma bateria, armazenando a ener-
acompanha o valor do watt. Em uma pela execução”, ressalta Pace. Os módulos gia elétrica até o momento do uso.
residência com consumo médio, o inves- também podem servir como revestimen- Segundo a Aneel, os custos para a ade-
timento no sistema fotovoltaico é recu- tos de fachadas. A manutenção se resu- quação ao sistema de medição de ener-
perado em, aproximadamente, sete me à limpeza com água e detergente gia são de responsabilidade do proprietá-
anos. Já a economia pode ser parcial ou neutro, para a remoção dos resquícios de rio do micro ou minigerador. Os consu-
total e depende da quantidade de pla- poluição, quando necessária. midores conectados em baixa tensão (B)
não são obrigados a ter o medidor bidi-
recional (que mede tanto a energia gera-
da quanto a consumida) e podem optar
pelo uso de dois medidores unidirecionais.
Depois de instalado(s), o manuseio, manu-
tenção e eventuais custos com a medição
ficam a cargo da distribuidora.

CRÉDITOS DE ENERGIA
O Cabo Solarcom pode ser utilizado em instalações fixas, em conexões entre as placas e painéis fotovoltaicos, Quando a quantidade de energia
caixa de junções (String Box) até os inversores do sistema de geração de energia solar, suportando condições
extremas de temperatura e intempéries. O produto atende a norma internacional TUV 2 Pfg 1169/08.2007 - gerada for maior do que a consumida
Requisitos para cabo para utilização em sistemas fotovoltaicos no mês, o excedente passa para a rede

138
distribuidora, resultando em um crédito de distribuição principal. Dessa forma, a devido à latitude, é entre 10° e 30°.
de energia. O saldo é abatido na fatu- energia dos painéis solares se mistura A parte elétrica é bem simples e não é
ra do mês subsequente ou pode ser usa- com a energia da rede e segue através preciso mexer na fiação já que o sistema
do em outra unidade cadastrada, des- do quadro de distribuição para todos é conectado antes do quadro de distri-
de que sob o mesmo titular e na mes- equipamentos da unidade consumido- buição. Mesmo os inversores, podem ser
ma área de atendimento da rede. Trata- ra. A energia solar não é dedicada a uma instalados tanto dentro como fora da
se do autoconsumo remoto. É crescen- carga ou equipamento específico, mas casa. A fixação é feita com suportes espe-
te, também, o número de condôminos abastece toda a unidade consumidora ciais que se prendem às estruturas de
que optam pela geração distribuída e em conjunto com a rede pública. sustentação do telhado ou então dire-
repartem a energia em porcentagens Ao dimensionar o sistema, deve-se uti- tamente nas telhas, como nas metálicas.
por eles previamente definidas. Cabe res- lizar a média anual de radiação solar e Tudo depende do tipo de cobertura, pois
saltar que o crédito de energia não pode isso já considera os dias claros, nublados há suportes específicos para cada tipo.
ser revertido em dinheiro e que tem vali- e chuvosos. Nos dias nublados, a energia Além de suportar o peso das placas, o
dade de 60 meses. é garantida pela rede pública, assim sistema deve suportar a força dos ven-
como acontece à noite. É preciso evitar tos e evitar infiltrações na cobertura.
COMO SE PRODUZ ENERGIA? sombreamentos causados por prédios, Tanto em construções novas quanto
Os painéis solares são instalados sobre árvores, chaminés, antenas ou qualquer em reformas, o proprietário necessita pro-
a cobertura da construção ou sobre áreas objeto que projete sombra sobre os pai- videnciar o projeto elétrico assinado por
abertas e fixadas ao solo, ficando expos- néis solares a fim de não prejudicar a pro- um engenheiro responsável, que pode
tos para captar a maior quantidade pos- dução de energia. Os painéis devem contemplar ou não o sistema fotovoltai-
sível de radiação solar. A energia solar é estar totalmente livres de sombra espe- co, e submeter este projeto junto à dis-
convertida em energia elétrica, através cialmente entre 9 e 15h, quando a radia- tribuidora, solicitando a conexão à rede.
das chamadas células fotovoltaicas e ção solar é maior. Cabe à distribuidora avaliar o projeto e
depois passa por um equipamento cha- No Brasil, a radiação solar é melhor eventuais riscos para aprovar o ponto de
mado Inversor, que é responsável por aproveitada se os painéis estiverem na conexão, fornecendo a potência neces-
proteger nossa rede e converter a ener- face norte do telhado. No entanto, uma sária conforme o projeto. No caso do
gia dos painéis em nossa eletricidade instalação voltada para leste ou oeste solar, cabe também à distribuidora vis-
convencional (DC - AC), ou seja, em 110 pode ter uma produção bem próxima à toriar o sistema após a instalação para
ou 220V. A energia convertida pelo inver- da face norte desde que feito um estu- garantir que seguiu o projeto aprovado.
sor é levada até a entrada da unidade do detalhado que garanta a melhor per- Trocas e manutenção do relógio são,
consumidora e ligada em paralelo com a formance. A inclinação também influen- também, responsabilidades das compa-
rede pública, antes mesmo do quadro cia na produção de energia. No País, nhias de energia.
SISTEMA CONECTADO À REDE
Painéis de captação: coletam a luz do sol
e a transformam em corrente contínua.
Medidor Sistema de monitoramento:
de eletricidade: equipamento opcional que
o sistema de serve para visualizar o que
energia solar acontece, em tempo real,
pode gerar com a energia gerada.
mais eletricidade
do que a casa
utiliza, fazendo o
medidor regredir
e alimentando Caixa distribuidora: a energia
a rede elétrica convertida chega ao painel com
da concessionária. fusíveis de desarme e é distribuída Inversor:
a todos os circuitos de sua casa. converte
Rede de energia elétrica: quando o a corrente
sistema gera energia excedente, joga-a contínua (DC)
na rede e permite que seja usada por em alternada
outras unidades consumidoras. (AC), para ser
utilizada nos
eletrodomésticos
e lâmpadas.

139
elétrica

SISTEMA SPLIT
É um sistema dividido em dois módu-
los, denominados unidade interna (eva-
poradora) e unidade externa (conden-
sadora). Essas duas partes são unidas por
tubulações de cobre onde acontece a
AR-CONDICIONADO passagem do gás refrigerante e do dre-
Para garantir melhor conforto térmi- no que escoa a água da evaporadora,
co, deve ser especificado ainda no pro- resultado da condensação da umidade
jeto arquitetônico. Existem sistemas pla- interna. A característica principal desse
nejados para a climatização de vários sistema é o fato da unidade interna ser CONDENSADORA
cômodos, como os splits, que atendem silenciosa porque a parte externa é que DO SISTEM SPLIT
de um a quatro ambientes com apenas faz todo o trabalho de troca de ar e con-
uma condensadora e o sistema de ar-con- sequentemente barulho.
dicionado central que controla a tempe- As unidades internas (evaporadoras)
ratura de toda a casa. Lembre-se que podem possuir diferentes características,
especificar o sistema o quanto antes evi- que deverão atender as necessidades de
ta interferências como quebra de pare- cada projeto. Veja os modelos ao lado.
des, retoques e adaptações.
SISTEMA CENTRAL
Antes da compra é aconselhável Possui vantagens como o baixo cus-
fazer alguns questionamentos to de manutenção, a melhor distribui-
como, por exemplo: ção do ar refrigerado, o melhor contro-
• Devo instalar um sistema
le da temperatura e o baixo consumo de
de ar-condicionado?
• Qual é o padrão da residência e energia elétrica. A principal diferença
quais cômodos serão beneficiados? com o split está na operação, pois o sis-
• Quanto posso gastar? tema central é controlado em apenas
um ponto. Porém, como a manutenção
DIMENSIONAMENTO deve ser feita por circuito, garante-se
Para definir a potência dos aparelhos que, no mínimo, 50% do sistema se
é preciso analisar fatores como: mantenha em operação.
1- O tamanho do ambiente Nos sistemas de ar-condicionado cen-
(largura x comprimento tral, a distribuição do ar pode ser reali-
x pé-direito) zada através de dutos ou do uso de água
2- Dimensões de portas e janelas gelada, também conhecido como siste-
3- A passagem aos outros
ma de expansão indireta. No primeiro
ambientes
4- Número de pessoas caso, um condensador específico distri-
que utilizam o cômodo buirá o ar refrigerado para quantos eva-
5- Quantidade de aparelhos poradores for deter-
eletrônicos no local minado no projeto.
6- Sua exposição ao sol No sistema de
e à sombra expansão indire-
ta, será preciso a
instalação de um
chiller,aparelho
que resfria a água
para refrigerar o
ambiente, sendo
que neste caso é
preciso prever um
ponto de água
para o sistema.

CONDENSADORA
DO SISTEM CENTRAL

140
Split cassete
São indicados para os ca-
sos em que o aparelho
será instalado em for-
ros de gesso rebaixa-
dos. O equipamen-
to para um am-
Split dutado biente possui dois
Split Hi-wall
É a solução para quando o projeto requer instalação módulos: um condensa-
É instalado na parte mais alta da parede e deve
embutida. O número de evaporadoras e condensa- dor e um evaporador.
ser dimensionado de acordo com o projeto.
doras é definido em projeto.
O equipamento deve ficar embutido
Split console
em sancas de gesso e o acabamento
São colocados rente ao teto ou sobre o piso.
é feito pela grade de alumínio.
Devem ser dimensionados de acordo com o projeto.

FIQUE ATENTO!
Caso não conheça quem faça o
projeto e instale estes equipa-
mentos, peça indicação ao arqui-
teto ou consulte o site da Asso-
ciação Brasileira de Refrigeração,
Ar-condicionado, Ventilação e
Aquecimento (Abrava), que dis-
ponibiliza empresas credencia-
das: www.abrava.com.br.
Sobre a localização da condensa-
dora, deve ser instalada fora do
ambiente climatizado, porque
é a unidade externa do ar-condi-
cionado e sua função é trocar
o calor presente no cômodo
para o exterior.

DRENAGEM
É um dos pontos mais importantes do
sistema de ar-condicionado. Os drenos
possuem a função de retirar a água con-
densada na unidade interna (evapora-
doras), sendo que, na maioria dos casos,
as redes de drenagem são embutidas
nas paredes e a tubulação é formada por
tubos e conexões de PVC marrom. Nos
aparelhos com funções quente e frio
BI, TRI…? também será preciso ter um dreno na
Os equipamentos split unidade externa (condensadora).
podem ser compostos Com exceção do split cassete, que pre-
por uma condensadora cisa de uma bomba para que a água
e até 8 evaporadoras,
passe pelo dreno, todos os outros siste-
dependendo de cada
capacidade e são deno- mas funcionam por gravidade.
minados mono-slit, bi- A tubulação de drenagem deve ser
split, tri-split, quadri-split conectada à saída de águas pluviais, pois
e multi-split para os de caso seja instalada junto à rede de esgoto,
5 ou mais evaporadoras o mau cheiro pode invadir os ambientes.

141
elétrica

O futuro é a
casa inteligente
AUTOMAÇÃO E INTERNET DAS COISAS PROPORCIONAM SEGURANÇA,
PRATICIDADE E ECONOMIA AOS MORADORES

O mercado de automação residencial com senhas quanto com leitura biomé- irrigação automatizada.
faz o lifestyle dos Jetsons parecer ultrapas- trica ou facial. Na sequência estão os Atualmente muito debatida, a inter-
sado. De itens de segurança a facilidades assistentes de voz, usados em residên- net of things (IoT ou internet das coisas)
mil, há “de um tudo” para melhorar o dia cias na forma de temporizadores e toca- promete ser a resposta para executar
a dia. A economia nas contas de luz está dores de música. Cada usuário acaba tarefas do cotidiano de maneira mais fácil
entre os principais fatores que levam à ins- descobrindo novos recursos, como con- com um melhor custo-benefício. O con-
talação dos dispositivos. Em seguida, vêm trole de luzes, lista de supermercado e ceito, que permite que dispositivos este-
segurança e entretenimento. até a internet das coisas”, opina a arqui- jam conectados à internet, transmitindo
“Os moradores procuram proteção, teta Adriana Canova, de Jundiaí, SP. e recebendo informações e interagindo
conforto e praticidade. Estes são os obje- Dentre os sistemas mais requisitados entre si de diversas formas para promo-
tivos para automatizar a residência, mas estão controle de iluminação; home thea- ver serviços, está acelerando a proposta
a segurança continua sendo um dos ter; câmeras; cortinas motorizadas; fecha- de casa inteligente. “Nos novos empreen-
itens mais solicitados tanto com sistema duras biométricas; aspiração central e dimentos residenciais, as construtoras já

142
estão entregando os imóveis com a infra- móveis por meio da rede local do clien- noma”, esclarece. Em uma casa inteli-
estrutura necessária para IoT”, afirma te; e à distância, quando o acesso à inter- gente, um sensor de luminosidade na
George Wootton, diretor técnico da Asso- net se faz necessário, sendo recomen- sala define o melhor momento para
ciação brasileira de Automação resi- dado checar a qualidade das conexões e abrir as persianas, aproveitando a luz
dencial e Predial (Aureside). operadoras na localidade. “Se a auto- externa. um sensor de temperatura ajus-
mação adotar uma plataforma aberta ta o ar-condicionado para um ambien-
PARA TODOS para incluir o máximo possível de equi- te bem climatizado. Por meio da inte-
Adriana explica que o projeto de auto- pamentos, inclusive de marcas diferen- gração com o GPS do celular, ao se che-
mação é feito após o arquitetônico, jun- tes, corre-se o risco de maior vulnerabi- gar em casa, as luzes se acendem e o
tamente com o de elétrica, assim, as lidade, ataques e invasões (como de hac- portão abre automaticamente.
tubulações para automação são execu- kers em computadores) perdendo o con-
tadas ao mesmo tempo das instalações trole sobre a experiência do usuário”,
elétricas, de acordo os pontos do proje- alerta a arquiteta.
to para instalação de caixinhas, conduí-
tes, pontos para tela e teclado, câmeras AUTOMAÇÃO X INTELIGÊNCIA
de segurança etc. Há níveis de automatização em que
A utilização de sistemas sem fios facili- a própria casa ativa ou desativa os ele-
ta a instalação, por dispensar interven- trodomésticos, irriga o jardim e comu-
ções na parte civil, em casos de reformas, nica o volume de água nos reservató-
proporcionando flexibilidade aos projetos rios. mas, segundo o professor rodrigo
de automação residencial, atendendo des- Filev, do Departamento de Ciência da
de pequenos apartamentos de 50 m², por Computação do Centro universitário FEI,
exemplo, a grandes moradas. receber um sistema desse tipo não torna
Para saber o que é preciso em cada uma casa inteligente. “Automação e inte-
casa, a empresa de automação responsá- ligência são coisas diferentes. A casa
vel elabora um projeto considerando as automatizada precisa de sensores, moto-
necessidades atuais e prevendo as possí- res e equipamentos de controle (con-
veis necessidades futuras dos moradores. trolador lógico programável ou ClP) Sistema KNX: tecnologia para automação
Há dois tipos de conectividade em para que seus dispositivos trabalhem jun- residencial que proporciona operação intuitiva,
com aplicações personalizáveis e remotas
automação residencial: interno à casa, tos. uma casa inteligente vai além, pois (via dispositivos móveis) e combina todas as
que permite o uso de equipamentos precisa tomar decisões de forma autô- principais funções residenciais

PrOJETO DE
ImPlANTACãO
DE AuTOmAçãO
PArA IlumINAçãO
DE AmbIENTES

143
elétrica

BENEFÍCIOS
Praticidade: com apenas um
toque no celular, é possível contro-
lar vários equipamentos ao mesmo
tempo, como acender a luz da
sala, ligar a TV, entre outros

Conforto: o sistema permite que o


ambiente fique climatizado antes
que se chegue em casa, ligando o
ar-condicionado minutos antes da
chegada do morador

Segurança: é um dos principais


pilares da automação residencial.
Acender a luz aleatoriamente
quando o morador estiver viajan-
do, simulando a presença de pes-
soas em casa. É possível integrar a
automação com o sistema de
monitoramento e alarme

Economia: viabiliza o acesso do


nível de consumo dos dispositivos
da casa em tempo real, podendo-
se ter o controle do ar, da ilumina-
ção, evitando gastos desnecessá-
rios. Integração com os equipa-
mentos eletrônicos, proporcionan-
PowerTag®: sensor de energia que proporciona conectividade
do amplo controle nos ambientes
sem fio para monitorar e proteger instalações elétricas do proprietário
Nice Air: é sistema touchless que possibilita o con-
trole dos sistemas de automação para persianas
com um simples movimento da mão, sem tocar o
dispositivo. O sensor detecta o movimento da
mão, que reconhece e confirma o acionamento
através de uma luz lED.

Nice Agio: permite a partir de um único


ponto e com um simples gesto ativar todos
os tipos de lâmpadas, persianas e toldos e,
ainda, controlar a intensidade da luz, abrir e
fechar o portão, a porta da frente ou a gara-
gem, ativar o sistema de irrigação de qual-
quer lugar da casa ou do jardim.

144
PROCURANDO INSPIRAÇÃO?

201 202 203

204 205 206

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elétrica

Segurança dobrada
GARANTA O CONFORTO E A PROTEÇÃO FAMILIAR COM SISTEMAS CONFIÁVEIS

Antecipar as necessida- vulneráveis do projeto e 24 HORAS DE PROTEÇÃO


des de proteção do local e indicará equipamentos mais Porteiros eletrônicos em conjunto com
o sistema a ser instalado é adequados e locais para a fechaduras elétricas lideram os equipa-
a melhor solução para evitar futura instalação. Cada casa mentos mais indicados para proteger o
gastos futuros com adapta- é diferente e, por isso, deve patrimônio. O ideal é ter uma porta de
ções. Por isso, a implantação receber uma solução de acordo entrada de madeira maciça ou aço e sem
dos aparelhos deve ser prevista com as características do imóvel. áreas vazadas. Assim, não será possível
ainda na planta de forma a viabili- O responsável também deve anali- visualizar a circulação interna. A segu-
zar a análise das dimensões e particu- sar se a morada é térrea ou sobrado e a rança fica maior com fechaduras acio-
laridades arquitetônicas da residência. quantidade de portas e janelas, com aten- nadas por senha.
uma edificação de concreto armado, ção especial àquelas que podem ser Os sistemas conhecidos por Controle
por exemplo, pode se revelar um pro- visualizadas da rua. Fechado de TV (CFTV) também são usa-
blema para o morador que deseja ins- Outro ponto importante é buscar refe- dos com frequência. São eficientes e con-
talar um sistema integrado de segu- rências da empresa contratada, uma tam com câmeras com gravadores de
rança com alarme wireless monitorado sugestão é consultar a Associação brasi- imagens, monitores e iluminadores. Há
24 horas, pois o ferro atrapalha a trans- leira das Empresas de Sistemas Eletrôni- ainda os sensores internos e externos que
missão de informações entre os equi- cos de Segurança (Abese) e o Sindicato facilitam a identificação de pessoas quan-
pamentos. das Empresas de Segurança Privada (Sin- do há circulação.
Para encontrar a melhor solução, o desp). A prestadora de serviços deve ofe-
primeiro passo é consultar um profissio- recer suporte após a instalação, caso con- SEGURANÇA POR TODOS OS LADOS
nal especializado. Ele avaliará os pontos trário não contrate. Os tradicionais sistemas de segurança
podem ser complementados com a blin-
ALTERNATIVAS dagem das paredes, portas, janelas e
muitos equipamentos estão disponí- vidros. Qualquer produto pode ser
FIQUE ATENTO! veis no mercado. Há porteiros eletrôni- blindado desde que testado confor-
Os tradicionais sistemas de segu- cos, alarmes, fechaduras e portões ele- me as normas Nbr 15000 da AbNT e
rança podem ser complementa- trônicos, videoporteiros, câmeras, cercas NIJ STD 0108.01 da National Institu-
dos com a blindagem das pare- elétricas, sistema de monitoramento 24 te of Justice, dos Estados unidos, que
des, portas, janelas e vidros. horas e rastreamento por satélite. Invista observam rigorosamente armas e seus
"Qualquer produto pode ser blin-
dado desde que testado rigorosa- na iluminação do patrimônio. Esse recur- calibres; parâmetros de distâncias e núme-
mente conforme a NBR 15000 da so ajuda a inibir a ação dos ladrões, dei-
Associação Brasileira de Normas xando-os mais expostos.
Técnicas (ABNT). Vale lembrar que é importante a ins-
talação de uma linha telefônica fixa. É
Quanto sai? por meio dela que as tentativas de inva-
Os valores dependem do grau de sões serão comunicadas à central de
proteção dos itens vendidos e da monitoramento. Analise também as
respectiva qualidade. redondezas para identificar a necessida-
O custo de um sistema de segu- de de proteção periférica e perimetral.
rança também varia de acordo
com as dimensões da proprieda- mas as vantagens vão além da segu-
de, equipamentos e grau de pro- rança. Quando os equipamentos contam
teção solicitado pelos moradores. com sistema de automação, é possível
Porém, quando a instalação é fei- poupar gastos de energia e água. Os
ta durante a obra os gastos são modelos inteligentes minimizam o impac-
reduzidos em até 40%. to ambiental por meio de sensores de
presença e evitam o desperdício de luz.

146
ro de disparos; massa, configuração, ace- nos muros que delimitam o lote, é uma POrTAS blINDADAS
É preciso fazer uma análise
leração e velocidade de projéteis, tem- das soluções de segurança mais eficien- de risco do local do imóvel
peratura e velocidade do vento, entre tes. Com isso, quem passa pela casa supõe e informar-se a respeito da
outros elementos. que há outros dispositivos protegendo o assistência técnica oferecida.
A espessura e o peso final
Ao optar pelo recurso, o morador imóvel. mesmo quando o sistema de alar- também são fundamentais,
reduzirá até 80% a chance de ser assal- me da residência está desativado, a pro- já que determinam sua resis-
tado, transferindo o risco para locais mais teção das cercas elétricas continua. tência aos tiros. Para garantir
a eficiência, é importante che-
vulneráveis. Se o proprietário usá-lo cor- Os fabricantes indicam que o muro car antes de fechar a compra,
retamente, ter controle das chaves e onde a cerca elétrica será colocada tenha se a empresa está registrada
no Exército brasileiro e no Con-
orientar bem os empregados, é mínima a altura mínima de 2 m. Para instalá-la, con- selho regional de Engenharia
chance de roubos. trate empresas especializadas e fique aten- (Crea). Visite também obras
A blindagem total é a mais recomen- to à qualidade dos acessórios de instala- finalizadas para conhecer
melhor o trabalho.
dada pelos profissionais consultados, sem- ção, como hastes, fios e isoladores. O
pre com todos os acessórios e compo- choque é de geralmente 8 mil volts em FECHADurAS
nentes certificados pelo Exército. corrente alternada com duração de 0,5 Não basta proteger a porta
ou a janela e não instalar fe-
milésimos de segundo e energia de até chaduras contra arrombamen-
CERCAS ELÉTRICAS 1 joule com intervalo de 1,2 segundos. tos. O modelo indicado deve
ter diversas travas, com desta-
basicamente, o equipamento é classi- Essa intensidade é capaz de imobilizar que para o de 12 pinos que é
ficado entre os que são monitorados e os uma pessoa, mas, segundo especialistas, mais usado em casas. Ele apre-
que não são. A seleção é dada de acor- não tem capacidade de matá-la. senta no corpo principal uma
lingueta com quatro pinos.
do com as necessidades dos moradores. Vale lembrar que o custo com o equi- Há duas fechaduras distribuí-
O cliente também pode escolher se pamento e instalação depende do perí- das nas áreas superior e infe-
deseja incluir choque pulsativo ou se quer metro a ser protegido, modelo de cer- rior, considerando que cada
uma tem três pinos.
apenas instalar uma barreira no imóvel. ca e cabos, quantidade de fios e avalia- A segurança fica completa
A concertina (protetor perimetral per- ção de risco. com os outros dois que ficam
presos ao piso e batente.
furante), cerca cortante utilizada sem ele- O acionamento é realizado
tricidade nem monitoramento é uma de forma mecânica por meio
SENSOR INFRAVERMELHO
opção para a proteção. Apesar de ser de chave feita eletronicamente
com diversos segredos que
facilmente violada e apresentar alto índi- dificultam a cópia. Os interes-
ce de acidentes, gera um efeito moral. sados em agilizar as aberturas VIDrOS
e fechamentos podem apostar A blindagem é feita
Além das cercas elétricas dificultarem a com a união de múlti-
na automatização.
entrada de invasores, também protegem plas camadas com PVb
(Polivinil butiral) e cha-
no sentido inverso. Isso porque prefe- BLINDAGEM DE JANELAS
pa de policarbonato
rem locais com fuga fácil. Instalar o com lâmina de poliure-
equipamento, principalmen- tano. A espessura varia
de acordo com o nível
te a opção eletrificada de segurança desejado

CERCA ELÉTRICA
CERCA ELÉTRICA

SENSORES DE PRESENÇA

CÂMERAS DE MONITORAMENTO

BLINDAGEM DE PORTAS

BLINDAGEM DE PAREDES

FECHADURA BIOMÉTRICA

O mErCADO DISPONIbIlIzA
EQuIPAmENTOS QuE GArANTEm A
SEGurANçA E PrOTEçãO DE TODA
A FAmílIA. bASTA DImENSIONá-lOS
PORTÕES ELETRÔNICOS COrrETAmENTE E CurTIr A mOrADA

147
elétrica

148
Na medida certa
CONHEÇA OS DIFERENTES TIPOS DE AQUECIMENTO PARA DEIXAR A TEMPERATURA DA ÁGUA AGRADÁVEL

DE PASSAGEM (por causa da gravidade) e por uma o equipamento elétrico dos sistemas con-
Aquece a água instantaneamente. tubulação a gás. São produzidos com vencionais e ainda diminui o uso de ele-
Como exemplos, há os chuveiros elétri- material metálico. Utiliza-se cobre nas tricidade. Deve ser instalado após a colo-
cos e o aquecedor a gás de passagem. tubulações de água e chapa de aço nos cação da caixa d'água, junto ao boiler e
demais componentes. O alumínio pode à bomba.
GÁS DE PASSAGEM ser usado em partes expostas a tempe-
Trata-se de um processo de aquecimento raturas não elevadas. CHUVEIRO ELÉTRICO
pela queima de gás, que esquenta a água O sistema completo é composto pelo O funcionamento é simples. Quando
longe de seu ponto de uso. O aquecedor aquecedor de passagem, pressurizador aberto o registro, a água fria percorre o
funciona pela circulação contínua de água de água – quando não houver pressão cano até chegar à câmara de aqueci-
em seu interior e não conta com reserva- suficiente – e conjunto para exaustão dos mento, onde é acionado um dispositivo
tório para acumular a água aquecida, que gases (como chaminé e abraçadeira). para ligar o aparelho e a resistência elé-
é fornecida instantaneamente. Quando acionado, um diafragma de trica aquecer a água.
Os aparelhos têm capacidade de libe- borracha é pressionado pela passagem Devido ao baixo custo de aquisição e
rar de 6 l/m a 40 l/m. A vazão é defini- de água fria, no interior da válvula de instalação, é uma boa pedida para todas
da de acordo com a necessidade dos água, que faz com que a válvula de gás as residências. Além disso, o sistema tam-
moradores. É alimentado com água fria, (solenoide)seja acionada. Simultanea- bém evita o desperdício por aquecer ime-
disponível em um reservatório elevado mente, é enviado um sinal para a uni- diatamente a água.
dade de comando eletrônico (UCE) que Porém, antes da escolha do modelo,
CHAMINÉ
dispara faíscas, produzindo a queima na é importante verificar a pressão da rede
Câmara de Combustão. A água conti- hidráulica. Para residências com pouca
nua seu trajeto ao redor do trocador de pressão, é recomendada a utilização de
calor (serpentina), para ser aquecida no pressurizador. Assim, o proprietário garan-
nível desejado, e segue até a saída de te aquecimento e segurança para todos
água quente. os ambientes.
No projeto hidráulico, é preciso prever
GASES DE
duas redes de água (fria e quente), assim
COMBUSTÃO como pontos para misturá-las e garantir DIAGRAMA PLATINADO
um banho agradável e relaxante. É fun- DE CONTATO

damental implantá-los em locais com ven-


tilação constante para dispersão dos gases
resultantes da queima. Geralmente, são RESISTÊNCIA
dispostos nas áreas de serviço.

TROCADOR DE CALOR ENTRADA


Transfere o calor do ar para a água DE ÁGUA
FRIA
SERPENTINA
que, quando aquecida, é armazenada
em um boiler. Esse processo pode levar
até duas horas. Foi feito para substituir

TROCADOR DE CALOR SAÍDA DE ÁGUA QUENTE

BOMBA DE
CIRCULAÇÃO ENTRADA DE ÁGUA FRIA

ENTRADA DE
RESERVATÓRIO TÉRMICO
ÁGUA FRIA

SAÍDA DE ÁGUA QUENTE

149
elétrica

AQUECIMENTO CENTRAL Nesse sistema, a temperatura tende


Também conhecido por acumulação, a ser constante e a vazão maior. Há a
a água é aquecida e armazenada em um possibilidade de usá-lo como central
boiler. Nesse caso, podem ser usadas as térmica geral, o que reduz o consu-
energias solar, a gás e elétrica. mo de energia.

GÁS SOLAR
O aparelho é definido pela capacida- Atualmente existem dois mode-
de de aquecer determinado volume de los no mercado capazes de cap-
água, armazenada em um tanque isola- tar luz: placas coletoras ou tubos
do. Para uso doméstico, há modelos de a vácuo. As placas têm ciclo
50 a 300 L. diário de funcionamento e
São compostos por válvula de gás e armazenam a água quente
queimador de gás, com as mesmas durante cerca de oito horas.
características dos aquecedores de pas- É composto por reservatório térmi-
sagem, tubulação montada sobre o quei- co e coletores. Ele absorve a radiação
mador para conduzir os fumos até a cha- do sol, o calor é transferido para água,
miné e tanque de água com paredes ter- que será armazenada em um boiler e,
moisoladas de poliuretano expandido, quando utilizada, circulará no interior
lã de vidro ou rocha. Há ainda dispositi- das tubulações. Para não ocorrer pro- COLETOR SOLAR BOILER CAIXA D’ÁGUA
vos de segurança, que operam como blemas na instalação, é imprescindível
nos de passagem e termostato que seguir as regras da norma 15569 da
comanda a abertura e fechamento de Associação Brasileira de Normas Técni-
válvula de gás em função da tempera- cas (ABNT). Os coletores devem ficar vol-
tura da água armazenada no tanque e tados para a face norte do telhado e a FIQUE ATENTO!
chaminé. São indicados para lugares com tubulação é outro ponto importante, Ao adquirir o chuveiro elétrico,
demanda elevada. recomenda-se o uso de PPR, PEX ou verifique se ele é compatível com
peças de cobre. o dispositivo DR. Caso contrário, a
CHAMINÉ
Um técnico deve avaliar as condições rede será desarmada constante-
ENTRADA DE mente. Se sua casa possui aqueci-
ÁGUA FRIA para instalação no local e o funciona- mento solar, o modelo deve ser
SAÍDA DE mento do aquecedor. O posicionamen- compatível com o sistema.
ÁGUA QUENTE to da caixa d'água determinará o tipo de Não compre aquecedor solar, por
boiler. É necessário fazer uma reserva telefone, pois existem várias condi-
dupla (para dois banhos) por pessoa: 80 ções técnicas para o perfeito fun-
L para cada. Além disso, o sistema se cionamento, como espaço dispo-
mostra uma boa opção para o aqueci- nível para placas e boiler, necessi-
mento da piscina. dade de pressurizador de rede e
De acordo com os profissionais do setor, dimensionamento do reservatório.
os tubos a vácuo são feitos com paredes Além disso, cada caso deve ser
VÁLVULA avaliado individualmente, afinal, o
DE PRESSÃO E duplas de vidro de borosilicato. Uma das que é bom para um projeto pode
TEMPERATURA vantagens é que o sistema não sofre inter- não ser para outras residências.
ferência do meio ambiente e, assim, as
perdas de calor são reduzidas. Em até duas SAÍDA DE
horas chega-se a uma temperatura de 80 ÁGUA QUENTE
a 100°C. E, mesmo em regiões com -30ºC, ENTRADA DE
os tubos não congelam. ÁGUA FRIA

DRENO
ELÉTRICO
Possui uma resistência elétrica, acio-
TERMOSTATO nada por um termostato, que comanda
o liga-e-desliga e está localizada na par-
QUEIMADOR
te interna do boiler, transmitindo o calor
à água. Conta ainda com sifonagem que DRENO
evita o retorno de água quente à rede
fria. Apesar de ter instalação econômica,
o custo de energia é mais alto. REGISTRO TERMOSTATO

150
isolamento termoacústico

Temperatura e
ruídos sob controle
VEJA QUAIS SÃO AS OPÇÕES PARA MANTER O CONFORTO TÉRMICO E ACÚSTICO DA MORADA

À noite, o bate-papo do público do retano e polipropileno é possível barrar telhados a opção indicada é o FOIL,
bar próximo à sua residência parece estar o ruído e as temperaturas desagradáveis. manta composta por duas faces de alu-
dentro do seu quarto? E o calor dos Lajes, paredes, pisos e janelas podem mínio separadas por um papel kraft e
cômodos dificulta o sono? E de manhã, receber sistemas para o conforto térmi- estruturação mecânica em fibra de vidro.
o barulho de buzinas vai acordá-lo? Com co. É possível garantir conforto térmico Nas tubulações de água pode-se utilizar
a utilização de materiais como drywall, ao utilizar poliestireno extrudado (XPS) espumas elastoméricas, que oferecem
lãs minerais e sintéticas, espumas de poliu- em lajes de cobertura e paredes. Para ótimo desempenho térmico.

152
TELHADO FORRO ESQUADRIAS
EPS (poliestireno expandido). Drywall e lã mineral. É composto por placas Vidros duplos ou triplos.
A espuma de poliestireno em gesso acartonado, preenchidas com lã mi- Lembre-se que o isolamento
moldada é rígida e pode ser neral absorvedora e manta de alta densidade. é resultado dos materiais
cortada no mesmo perfil das Além da barreira acústica, apresenta sistema escolhidos e de suas
telhas formando um sanduí- antivibração, contra ruídos estruturais. Serve dimensões (largura,
che (telha + isolante + telha). tanto para isolamento externo como interno. altura e espessura).

PAREDES
A lã mineral propicia
adequação sonora que
permite maior conforto
acústico e qualidade do
som interno. O gesso
acartonado (drywall)
deve ser aplicado ape-
nas em paredes inter-
nas não estruturais.

PAREDES
INTERNAS PORTAS
O gesso acartonado Portas de madeira de alta densida-
Piso (drywall) deve ser de com trava retrátil para vedação
Manta acústica para isolamento de ruído de im- aplicado apenas em da base e perfil esponjoso para ve-
pacto. É um material antivibratório usado para paredes internas dação. O cuidado reduz a passa-
eliminar vibrações dos passos, por exemplo. não estruturais gem de ruído pelas frestas e porta.

Pode-se tratar as lajes ou coberturas com drywall. Estas apresentam bom isola- lada entre a laje e o contrapiso propor-
o sistema de forros para isolar ou absorver mento acústico, com flexibilidade de ins- cionando redução sonora, atingindo
e até mesmo ambos. Em paredes, o ideal talação e redução do peso estrutural nível superior ao estipulado pela norma
é adotar o sistema de contraparedes. quando comparado às paredes de alve- de desempenho NBR 15575.
Para obter conforto acústico interno, naria. Em relação ao ruído de impacto, a Vale a pena definir as necessidades
entre ambientes, é preciso utilizar divi- melhor opção é a manta à base de fibras dos ambientes e o melhor material a ser
sórias acústicas bem dimensionadas em de poliéster com alta elasticidade, insta- empregado durante o projeto.

153
isolamento termoacústico

Um dos benefícios de adotar esse cui- Da WdB, a manta termoacústica Isolat-


dado é que ao especificar a utilização de herm é indicada para coberturas em ge-
paredes de drywall, na fase de projetos, ral que precisem de isolamento térmico
e/ou bloqueio à condensação da umida-
haverá redução considerável da carga de. O material pode ser aplicado, ainda,
prevista no projeto de estruturas e de em dutos de ar-condicionado, economi-
fundações, além de otimizar o crono- zando energia e aumentando a eficiên-
cia do sistema, e em sistemas de aqueci-
grama de obras. mento solar e elétrico, mantendo a tem-
Contudo, se não tiver sido previsto no peratura da água aquecida.
projeto, haverá a possibilidade de apli-
car revestimentos de drywall adiciona-
dos de lã mineral para auxiliar na solu-
ção. É muito importante que os mate-
riais sejam instalados por profissionais
qualificados, pois a eficiência dos siste-
mas depende da correta instalação.
Por fim, deve-se ressaltar que em
empreendimentos em fase de projeto, a
adequação do conforto acústico e tér-
mico é mais viável que em construções
já finalizadas, pois as intervenções neces-
sárias ficam mais limitadas, além dos cus- fusadas em uma estrutura metálica leve, separam unidades habitacionais.
tos serem elevados. e a mola é o espaço vazio entre elas,
que é preenchido com lã de vidro, pro- PADRONIZAÇÃO
PAREDES E FORROS porcionando também conforto térmico De acordo com o engenheiro Davi
Para obter bom isolamento, é pri- por evitar o desperdício de calor. Akkerman, da Associação Brasileira para
mordial interromper a transmissão do De acordo com a intensidade do som a Qualidade Acústica (ProAcústica), a Nor-
som por meio de barreiras. “É dessa for- que se deseja barrar, é possível aumen- ma de Desempenho, em vigor desde
ma que age o sistema drywall para pare- tar a espessura interna das placas. Para julho de 2013, contém importante capí-
des, garantindo o amortecimento das ampliar o isolamento acústico desejado tulo de acústica, que trata de três clas-
ondas sonoras, diminuindo, assim, a pas- o projetista poderá lançar mão de mais ses de desempenho (mínimo, interme-
sagem de ruídos para outros ambientes. camadas de chapas ou, ainda, adicionar diário e superior), além de níveis de ruí-
Esse sistema é composto por “massa + lã mineral (lã de rocha ou lã de vidro) em do aceitáveis, gerados por equipamen-
mola + massa”, sendo que as massas são seu interior. Em forros, para isolamento tos motores e instalações hidrossanitá-
as placas de gesso para drywall, para- mais simples, poderá ser instalado teto rias. “O importante é que os usuários
unidirecional. Para isolamentos mais arro- tenham embasamento para reclamar
jados poderão ser executadas montagens quando constatarem problemas acústi-
especiais com duas ou três camadas. cos em suas habitações. É possível avaliar
Mesmo sem a aplicação de isolante objetivamente se uma obra segue ou
(lã de vidro), o sistema consegue barrar não os padrões estabelecidos", afirma
a passagem do som por ter estrutura rígi- Akkerman. A norma permite avaliar, den-
da e oca. É o que acontece com os sis- tre os vários sistemas disponíveis, as solu-
temas Drywall. Se houver a inserção da ções construtivas mais adequadas para
lã de vidro no interior de paredes, forros cada tipo de empreendimento. "O siste-
ou revestimentos, podemos atingir per- ma drywall é uma escolha interessante
formances ainda mais significativas. que se adapta às tipologias construtivas.
Para se ter uma ideia da potência e Pode ser utilizado com diferentes confi-
qualidade, numa parede de drywall é gurações para atender os diferentes
possível criar composições a partir de níveis de desempenho previstos pela nor-
36 dB, chegando-se até 75 dB (ou mais ma", ressalta. De modo geral, as pare-
ainda em casos especiais), enquanto em des também são mais leves do que as de
uma de alvenaria convencional essa fai- alvenaria, podendo ser instaladas inde-
xa fica em torno de 38 dB. pendentes das estruturas, o que pode
As paredes de vedação asseguram um reduzir em até 10% os custos com as fun-
isolamento acústico de até 46 dB para dações. Segundo Akkerman, os valores
áreas privativas dentro de uma mesma exigidos pela norma garantem ao usuá-
unidade e até 52 dB para as paredes que rio privacidade e conforto.

154
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