Estudo para Atividade Pontuada 2 – Circuitos Eletropneumáticos

Simbologia dos componentes eletropneumáticos

Na indústria também é assim! Cada área utiliza simbologias próprias para representar os componentes e
demais informações nos respectivos projetos, tendo como referências suas normas específicas. No caso dos
circuitos pneumáticos e eletropneumáticos utilizamos como referência a norma ISO 1219.1.

Consulte a norma ISO 1219.1 Fluid power systems and componentes – Graphic symbols and circuit diagrams
– Part 1 (Sistemas e componentes hidráulicos e pneumáticos – Símbolos gráficos e diagramas de circuitos –
Parte 1) para obter maiores informações sobre símbolos eletropneumáticos.

Todos os componentes que tenham a mesma função serão representados da mesma maneira nos projetos,
independente da sua construção física ou origem, pois são regidos por normas internacionais.

No decorrer dessa unidade de estudo, conheceremos a representação simbólica de alguns componentes de

acordo com a norma ISO 1219.1.

SIMBOLOGIA PNEUMÁTICA E ELETROPNEUMÁTICA

Como a simbologia Pneumática e Eletropneumática é muito ampla e não temos como ver todas aqui, vamos
considerar algumas partes desses sistemas, como: preparação do ar, distribuição do ar, válvulas de controle,
acionamento, válvulas direcionais e atuação de um circuito eletropneumático e tratar de alguns símbolos que
estejam envolvidos nessas partes.

Assista ao vídeo com a apresentação de diversos símbolos e suas descrições.

https://youtu.be/G5c82RxNvhw

https://youtu.be/XBD4aVEgHzE

https://youtu.be/OTrfPwdXj70

https://youtu.be/5dBPD5vXShI

https://youtu.be/R7gwBiZC4qM

Componentes eletropneumáticos: características e aplicações

EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA

Você já reparou o quanto evoluímos tecnologicamente? Atualmente são fabricados carros que não necessitam
de condutor. Os carros se movem e estacionam sozinhos, bastando apenas um comando. Mas como tudo isso
é possível? Esses carros são dotados de vários sensores que monitoram tudo ao seu redor, enviando sinais para
uma central (módulo de comando) que toma as decisões, ou seja, o carro é dotado de um sistema automatizado.

Um sistema automatizado nada mais é que um conjunto de componentes ou processos que atuam comandando,
controlando e executando tarefas sem a ação humana.

A partir de agora iremos reconhecer componentes eletropneumáticos, considerando suas características e

aplicações em sistemas de automação.
TECNOLOGIA PNEUMÁTICA

Você já deve ter escutado falar sobre a pneumática e suas utilizações, como em portas, cadeiras com
amortecimento como a de motoristas de ônibus, etc. Quando falamos na indústria, a tecnologia que envolve a
pneumática utiliza a pressão do ar para mover motores e atuadores, gerando assim um trabalho mecânico.

Para tanto, são necessários alguns componentes para formar o seu sistema. São eles:

SENSORES

A pneumática, assim como a maioria das tecnologias, permite um certo grau de automação, permitindo o uso
de sensores e acionamentos que dispensa a ação humana.

Mas você sabe o que são sensores?

São componentes eletromecânicos, utilizados para monitorar as variáveis do sistema, ou seja, quando a
variável do sistema alterna o seu status, o sensor emite um sinal para uma central e este executa alguma ação,
por exemplo, parar uma esteira de uma linha de produção.
Os sensores são classificados de acordo com seu estado físico. Vamos conhecer alguns desses componentes
utilizados na automação da tecnologia pneumática?

https://youtu.be/xn8awc_Mce4

Sequência de montagem

No nosso dia a dia frequentemente montamos e desmontamos pequenos objetos sem nem nos darmos conta.
Trocar as pilhas de um controle remoto, por exemplo, parece-nos algo bastante intuitivo. Mas você já teve a
oportunidade de montar um móvel, como uma mesa, cadeira ou armário?
Assim como na montagem de um móvel, automatizar uma máquina ou equipamento requer a orientação de
algum esquema para que possamos alcançar o resultado esperado. Mas de onde vem esse esquema? Como
podemos elaborar? É isso que vamos entender a partir de agora.

Na indústria são utilizados equipamentos e máquinas para desempenhar as mais diversas funções, e para cada
função a ser realizada, uma ou mais ações deverão ser executadas. Por exemplo:
Essas ações são possíveis por meio dos componentes de atuação, sejam os cilindros ou os atuadores rotativos
que são controlados por meio das válvulas de controle direcional, compatíveis a cada tipo de atuador e
acionadas eletricamente por solenoide. No esquema a seguir temos:

 Atuador 1A e os sensores de posição 1B1(recuo) e 1B2 (avanço);

 Atuador 2A e os sensores de posição 2B1(recuo) e 2B2 (avanço);

 Atuador 3A e o sensor de posição 3B1(avanço);

 Sensores de presença B5 e B6.

Sabendo quais serão os atuadores utilizados no sistema e quais as válvulas de controle direcionais serão
necessárias para controlá-los, é possível desenvolver o esquema de acionamento do sistema.

Analisar a possibilidade de automação de máquinas ou equipamentos industriais significa identificar quais as

funções existentes em um processo produtivo. Essa análise é feita observando a sequência em que são
realizadas e verificando qual a importância de cada função no processo, levando em conta os requisitos de
qualidade, disponibilidade e segurança em cada uma delas.
Neste momento devemos observar quais tipos de movimentos devem ser realizados e qual a sequência de
movimentos que a máquina deverá seguir. Além disso, analisar características como: forças e velocidades
necessárias à realização das tarefas. Feito isso, é possível indicar quais os tipos de atuadores necessários, bem
como determinar seus tamanhos, e ainda qual deverá ser a tecnologia de acionamento dos atuadores
escolhidos.

DIAGRAMA TRAJETO-PASSO

O diagrama trajeto-passo é utilizado para representar a sequência de movimentos de um circuito. A partir dele
é possível identificar problemas e apontar soluções no posicionamento dos elementos.

A sequência de movimentos poderá ser representada graficamente, por meio de um diagrama, ou na forma
abreviada, onde o sinal de (+) indica o avanço e o sinal (-) indica o recuo do atuador. Observe o diagrama e a
representação abreviada:
Na representação gráfica, a linha em negrito indica cada passo e posicionamento do atuador. Por exemplo, o
cilindro A, no passo 2, encontra-se avançado. Nesse mesmo passo, o cilindro B encontra-se recuado.

A representação abreviada ainda nos permite identificar facilmente se uma sequência é direta ou indireta,
bastando apenas dividir a sequência ao meio e observando a ordem em que as letras se apresentam de cada
lado dessa divisão. Uma sequência é dita direta se as letras se apresentam na mesma ordem em ambos os
lados, independentemente do sinal que as acompanham.

Software de simulação

Você já parou para pensar como os pilotos de aviões aprendem a pilotar? Seria prudente que um piloto em
formação assumisse o comando de uma aeronave real quando ainda está aprendendo a lidar com aquela
quantidade de controles e quando não está acostumado com as diversas situações que podem ocorrer durante
um voo? Certamente que não! Antes de assumir um avião real, os pilotos devem passar horas e horas em
simuladores de voo e o motivo você já deve imaginar.
Na indústria, em especial, as simulações são extremamente úteis para prever o comportamento de um produto
ou processo que está sendo desenvolvido, submetendo um modelo a determinadas condições de análise. Esse
modelo deve ser uma representação do sistema físico real.

Quando pensamos em máquinas e equipamentos industriais que utilizam elementos de automação

eletropneumática ou eletro-hidráulica, logo podemos pensar na representação desses sistemas através dos
esquemas eletropneumáticos ou eletro-hidráulicos, respectivamente, e de posse dessa representação, ou seja,
desse modelo, é que poderemos analisar seu comportamento, através de um ambiente de simulação, a fim de
identificar possíveis falhas no projeto e ainda de testar propostas de melhorias na solução.

Nesta unidade de estudo vamos discutir brevemente sobre como analisar o comportamento de esquemas
eletropneumáticos ou eletro-hidráulicos, utilizando os softwares de simulação.

SIMULANDO ESQUEMAS DE AUTOMAÇÃO ELETROPNEUMÁTICA OU ELETRO-

HIDRÁULICA

Os softwares de simulação são ferramentas computacionais bastante importantes para análises de circuitos de
automação, auxiliando a atividade do profissional da indústria ou ainda no ensino de estudantes nos cursos
técnico e superior.
Num software de simulação, o profissional técnico deverá, antes de mais nada, elaborar todo o esquema de
acionamento e de comando da solução proposta. Ainda na elaboração dos esquemas, devem ser levadas em
consideração quais funcionalidades são esperadas pela solução proposta, quais os requisitos do cliente e,
principalmente, o atendimento às normas, sobretudo àquelas ligadas à saúde e segurança do trabalho.

Os softwares de simulação permitem a utilização dos diversos componentes da automação eletropneumática

e eletro-hidráulica, por meio de simbologia própria que permita identificar esses componentes.
Através do software de simulação, o profissional poderá alterar livremente os esquemas de acionamento e
comando, e ainda alterar os diferentes parâmetros do sistema.

O atendimento aos requisitos do cliente e às funcionalidades do sistema poderão apontar para a necessidade
de introduzir outros componentes ao sistema, por exemplo, a utilização de válvulas auxiliares, como as
válvulas reguladoras de vazão que permitem ajustar as velocidades dos atuadores; ou as válvulas reguladoras
de pressão que permitem ajustar a força exercida por um atuador.

O atendimento às normas de segurança também deve ser observado com atenção. A Norma Regulamentadora
12 – NR 12, por exemplo, prevê a instalação de dispositivos que garantam que a pressão máxima admissível
nos circuitos não seja excedida e que quedas de pressão não possam gerar riscos.

Na análise do comportamento de um esquema, por meio do software de simulação, o profissional técnico

deverá observar se as sequências de movimentos dos atuadores estão de acordo com o esperado, adequando
especialmente o circuito de comando para este fim.

Além disso, deverá verificar os parâmetros do projeto, como a pressão de operação, a vazão de fluido fornecida
pela bomba ou compressor, as regulagens das válvulas auxiliares, as dimensões dos atuadores, entre outros.

O profissional será capaz de analisar também o comportamento de algumas variáveis importantes, em

diferentes pontos do sistema, como pressão, vazão, velocidade e força, permitindo extrair conclusões acerca
da solução que está sendo simulada
https://youtu.be/VFuLVJKSKyc

Normas técnicas na elaboração de circuitos eletropneumáticos e eletro-hidráulicos

Na indústria, também existem normas, que regem as atividades de manufatura, operação de maquinário,
segurança, higiene, etc. Entre estas atividades existe o sistema de automação que pode ser representado por
símbolos como é o caso do Diagrama dos circuitos eletropneumático e eletro-hidráulico.
É a representação em forma gráfica do circuito demonstrando a relação entre os componentes do comando. O
diagrama permite interpretar com rapidez e clareza o funcionamento dos circuitos. Por isso, deve-se
representá-los com símbolos normalizados, respeitando certas regras quanto à disposição dos elementos.

A simbologia das tecnologias pneumática e hidráulica é regida por várias Normas Técnicas Brasileiras. Dentre
elas, podemos destacar a:

Outras normas importantes são: DIN 24300 e ISO 1219. Os detalhes mais importantes a serem observados no
projeto são:

1. O símbolo caracteriza sua função;

2. As válvulas são simbolizadas por meio de quadrados;

3. O número de quadrados indica o número de posições que a válvula pode assumir;

4. Dentro de cada quadrado, as vias de passagem de uma válvula são indicadas por linhas e setas. As setas,
usualmente, indicam o sentido do fluxo.

O técnico deve consultar as documentações disponíveis para elaboração de diagramas elétricos ou de

funcionamento. Não perca tempo! Consulte o site da ABNT em www.abntcolecao.com.br e você terá todas
as informações necessárias sobre as normas técnicas.
NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE CIRCUITOS ELETROPNEUMÁTICOS E ELETRO-
HIDRÁULICOS

Para elaboração de circuitos pneumáticos e eletropneumáticos utiliza-se a norma DIN ISO 8573-1 que define
as classes de qualidade do ar comprimido, quanto ao tamanho das partículas e morfologia, já que os
compressores pegam não somente o ar atmosférico, mas também as suas impurezas, as quais podem estar em
alta concentração.

Para a hidráulica e eletro-hidráulica que utiliza reservatórios, a norma é PNB NBR 109 - Projeto e construção
de vasos de pressão soldados não sujeitos à chama. A Norma recomenda: “Nenhum reservatório deve operar
com uma pressão acima da Pressão Máxima de Trabalho (PMT) permitida, exceto quando a válvula de
segurança estiver dando vazão; nesta condição, a pressão não deve ser excedida em mais de 6% do seu valor”.

Os circuitos hidráulicos e pneumáticos de funcionamento são utilizados para representar as sequências

funcionais, de comandos mecânicos, pneumáticos, hidráulicos, eletropneumáticos, eletro-hidráulicos,
eletrônicos etc. O diagrama de funcionamento é, em muitos casos, a base para elaboração dos esquemas de
funcionamento, conforme a norma DIN 40719, e/ ou a norma ISO 1219.

Os circuitos pneumáticos e hidráulicos são constituídos por elementos e dentre eles está o de comando
(válvulas). As válvulas são elementos de comando para a partida, parada direção ou regulagem, elas
comandam também a vazão ou a pressão do ar armazenado em um reservatório, são classificadas segundo
suas funções e obedecem a norma ISO 1219/DIN 24300. As válvulas mais comuns utilizadas são: Válvulas
de Controle Direcional; Válvulas de Bloqueio (Anti-Retorno); Válvulas de Controle de Pressão; Válvulas de
Controle de Fluxo.

A norma regulamentadora NR-12 que trata da Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos deve ser
contemplada na elaboração de um circuito eletropneumático e eletro-hidráulico, como por exemplo na
necessidade de parada de emergência de máquinas com aproximação de pessoas em zona controlada, pode-se
utilizar scanner de movimentação, barreiras de luz ou invólucros, cada um com sua limitação como espaço
para instalação e procedimento de operação.