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FÍSTULA INFRAORBITÁRIA EM CÃO – RELATO DE CASO

Guilherme Nunes Cavalheiro (1)


Carla Sordi Furlanetto (2)

(1) Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária, Centro Universitário Mater Dei,


guile.cavalheiro@hotmail.com.
(2) Professora Mestre e Médica Veterinária, Centro Universitário Mater Dei.

Resumo

Um caso muito comum na rotina da clínica médica veterinária é a ocorrência de


fístula infraorbitária, uma enfermidade caracterizada por osteólise periapical
dentária, geralmente no quarto dente pré-molar superior, também chamado
“dente carniceiro” – devido a função de auxiliar na caça, rasgar e triturar
alimentos. A patogenia desta afecção gera infecção bacteriana e processo
inflamatório no ápice da raiz do dente, levanto ao aparecimento de um abcesso
facial na região do seio maxilar. Devido a recorrência clínica de tal
enfermidade, compreende-se como relevante a constante discussão de
diferentes relatos de casos. Neste sentido, o presente estudo buscou descrever
brevemente o caso de uma cadela da raça Labrador, 11 anos, que apresentou
sinais clínicos compatíveis ao diagnóstico de fístula infraorbitária. No primeiro
momento realizou-se a anamnese junto ao tutor, onde este relatou que a
paciente apresentava há cinco anos um abcesso com secreção purulenta na
região do seio maxilar, a qual demonstrava melhora a curto prazo quando
tratada com antibiótico, porém reincidia o quadro após o término do tratamento
clínico. Na sequência do atendimento, em uma avaliação completa da cavidade
oral e na região facial da paciente, observou-se fratura e exposição da polpa
dentária com grande grau de inflamação no quarto dente pré-molar. O quadro
apresentado permitiu o diagnóstico de fístula infraorbitária unilateral, não
havendo necessidade de exames complementares para este caso. Como
tratamento, foi realizada a cirurgia de exodontia do dente acometido, seguido
de administração de anti-inflamatório e analgésicos. Os procedimentos
realizados apresentaram prognóstico favorável ao quadro clínico com a total
recuperação da paciente. Contudo, é importante ressaltar que para casos onde
os sinais clínicos não são evidentes para um diagnóstico conclusivo,
recomenda-se a utilização de radiografia como exame complementar. Assim,
corrobora-se que para uma avaliação completa requer-se atenção à diferentes
fatores como: sinais clínicos, histórico do paciente, exames complementares e
alternativas de tratamento.

Palavras-chave: canino, exodontia, osteólise periapical, dente carniceiro.

Centro Universitário Mater Dei – UNIMATER – Pato Branco/ PR


08 e 09 de setembro de 2022

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