(1) Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária, Centro Universitário Mater Dei,
guile.cavalheiro@hotmail.com. (2) Professora Mestre e Médica Veterinária, Centro Universitário Mater Dei.
Resumo
Um caso muito comum na rotina da clínica médica veterinária é a ocorrência de
fístula infraorbitária, uma enfermidade caracterizada por osteólise periapical dentária, geralmente no quarto dente pré-molar superior, também chamado “dente carniceiro” – devido a função de auxiliar na caça, rasgar e triturar alimentos. A patogenia desta afecção gera infecção bacteriana e processo inflamatório no ápice da raiz do dente, levanto ao aparecimento de um abcesso facial na região do seio maxilar. Devido a recorrência clínica de tal enfermidade, compreende-se como relevante a constante discussão de diferentes relatos de casos. Neste sentido, o presente estudo buscou descrever brevemente o caso de uma cadela da raça Labrador, 11 anos, que apresentou sinais clínicos compatíveis ao diagnóstico de fístula infraorbitária. No primeiro momento realizou-se a anamnese junto ao tutor, onde este relatou que a paciente apresentava há cinco anos um abcesso com secreção purulenta na região do seio maxilar, a qual demonstrava melhora a curto prazo quando tratada com antibiótico, porém reincidia o quadro após o término do tratamento clínico. Na sequência do atendimento, em uma avaliação completa da cavidade oral e na região facial da paciente, observou-se fratura e exposição da polpa dentária com grande grau de inflamação no quarto dente pré-molar. O quadro apresentado permitiu o diagnóstico de fístula infraorbitária unilateral, não havendo necessidade de exames complementares para este caso. Como tratamento, foi realizada a cirurgia de exodontia do dente acometido, seguido de administração de anti-inflamatório e analgésicos. Os procedimentos realizados apresentaram prognóstico favorável ao quadro clínico com a total recuperação da paciente. Contudo, é importante ressaltar que para casos onde os sinais clínicos não são evidentes para um diagnóstico conclusivo, recomenda-se a utilização de radiografia como exame complementar. Assim, corrobora-se que para uma avaliação completa requer-se atenção à diferentes fatores como: sinais clínicos, histórico do paciente, exames complementares e alternativas de tratamento.