ESCLEROSE MÚLTIPLA: VISÃO FAMILIAR, QUALIDADE DE VIDA E
SEUS DIREITOS APÓS DIAGNÓSTICOS
Autor (es) MARILIA SILVA SANTANA RAFAELA NUNES DE SOUZA ROCHA
MARCOS MARCELO R. DA SILVA LARA DA CUNHA ALVES
BRUNA DA SILVA ALVES CESAR AUGUSTO MARCONDES VICTORINO
RAQUEL STHEPHANY DORATIOTO
Orientadora: Mayra Priscila Boscolo Alvarez
Categoria do Trabalho: Acadêmico Instituição: ANHANGUERA – FACULDADE ANHANGUERA Palavra-chave: Diagnóstico, direitos, acompanhamento. Introdução A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória degenerativa do sistema nervoso que provoca elevados níveis de incapacidade física, motora, cognitiva e psicológica (Morales. Rogerio, 2007). O diagnóstico de EM obriga o indivíduo a experimentar uma série de mudanças no contexto familiar, profissional e pessoal. Diante do diagnóstico, muitos pacientes passam por diversas dificuldades como a aceitação familiar, problemas financeiros e também a busca pela melhor qualidade de vida, levando em consideração que é uma doença crônica. A EM afetam de formas diferentes cada indivíduo, na grande maioria dos diagnósticos, a convivência com a doença é desafiadora. Pessoas com EM podem apresentar sentimento de tristeza, sentir ansiedade e se preocupar com a progressão da doença e até mesmo desenvolverem um quadro depressivo. Embora uma pessoa com EM possa não querer que seu diagnóstico dite sua vida, seus parceiros devem ser adaptáveis a mudanças de planos. A EM é imprevisível e pode exigir que suas vítimas e familiares diretamente envolvidos alterem as atividades programadas ao longo do tratamento, claro que isso pode variar dependendo do grau de complexidade e do avanço da doença. Mudanças de humor são comuns em pessoas com EM ,um exemplo incomum é AFETO PSEUDOBULBAR que cerca de 10% dos indivíduos com EM experimentam. Essa condição é a desconexão de “como se sentem” e “como expressam suas emoções”, por exemplo: eles podem rir mesmo que não achem algo engraçado. Na parte sexual a EM pode afetar a intimidade nos seguintes aspectos: alterações no sistema nervoso que alterem a função ou sensação sexual, sintomas físicos que afetam indiretamente o ato sexual como fadiga ou fraqueza muscular; fatores emocionais, como preocupações com a imagem corporal ou autoestima; Dificuldades de relacionamento, como problemas de comunicação principalmente quando esse paciente é casado(a). O diagnóstico da EM causa um grande impacto psicológico também para o parceiro/cônjuge, pois a partir desse acontecimento o conjugue terá que se adaptar ao novo estilo de vida do paciente que certamente trará grandes desafios, pois seu parceiro passará a ter um novo estilo de vida. Conviver com pacientes portadores de EM requer empatia, força, determinação tanto do paciente como das pessoas próximas principalmente do conjugue. (Associação de Pacientes de Esclerose Múltipla do Estado do Rio de Janeiro). Objetivo Compreender como o apoio familiar afeta o tratamento e a qualidade de vida após diagnóstico de Esclerose Múltipla. Materiais e métodos Foi realizada uma revisão de literatura das bases de dados de artigos científicos do Google Acadêmico e do Scielo. Foram incluídos artigos publicados em português e inglês, entre os anos de 2007 a 2014. Resultados e discussões Falando desses pacientes, estudos apontam que é fundamental a contribuição do apoio emocional oferecido pela rede de apoio no processo de diagnóstico, da adaptação e do esclarecimento sobre a Esclerose Múltipla, desempenhando um papel crucial na desmistificação das percepções incoerentes a essa condição, permitindo que os pacientes e seus familiares reajam positivamente a doença com informações e apoios adequados. Vale ressaltar que um estilo de vida saudável pode influenciar positivamente em sua qualidade de vida, sendo esses estilos caracterizado por uma alimentação saudável, exercícios físicos regulares (com orientação médica e acompanhamentos de fisioterapeutas) e padrão adequado de sono, proporcionando uma condição aceitável para que essa pessoa possa enfrentar os desafios da (EM). Além disso, podem ser feitas modificações práticas nas atividades diárias, nos ambientes físico de casa e do trabalho com o intuito de facilitar as tarefas em sua rotina (Ferreira. Laura, 2013). Entretanto seguindo tratamento e orientação médica o paciente pode trabalhar normalmente e não deve ser descriminado pelo seu quadro clinico. Caso esse mesmo paciente esteja totalmente impossibilitado de exercer qualquer atividade laboral e apresente em seu diagnostico CID G35 Esclerose múltipla a legislação brasileira prevê na lei artigo 186 §1° 811 2/1 990 alguns benefícios possibilitando uma melhor qualidade de vida como aposentadoria por invalidez ou auxílio a doença ( LOAS), também medicamentos e transportes gratuito, isenção de impostos, prioridades à justiça, desde que esteja enquadrado nos pré-requisitos exigidos pela previdência social brasileira. Conclusão Conclui-se que a pessoa com a EM precisa se adaptar as novas rotinas e estar disposta a enfrentar todos os desafios imposto pela doença já que essa a mesma ainda não tem cura. A jornada com a EM pode ser complexa, porém com os recursos disponíveis hoje é possível almejar uma vida satisfatória, desafiando as limitações impostas pela doença e abraçando as possibilidades que o futuro oferece. Estar sempre que possível perto de pessoas que o motivam e que podem proporcionar momentos de alegria e descontração, trazendo para esse momento um motivo pra sorrir e uma vida mais leve. Referências Botega, N. J., p, M. P., Medeiros, P., Lima, M. G., & Guerreiro, C. A. M. (1998). Validação da escala hospitalar de ansiedade e depressão (HAD) em pacientes epilépticos ambulatoriais. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 47(6), 285-289. Botega, N. J., Bi, M. R., & Z, M. A. (1995). Transtornos de humor em enfermaria de clínica médica e validação de escala de medida (HAD) de ansiedade e depressão. Revista de Saúde Pública, 29(5), 355-3532 CONELLI, R. M., Ferraz, M. B., Santos, W., MEINÃO, I., & Quaresma, M. R. (1999). Tradução para a língua portuguesa e validação do Questionário Genérico de Avaliação de Qualidade de Vida SF-36. Revista Brasileira de Reumatologia, 39(3), 143-150. Costa, C. C. R., FONTELES, J. L., Praça, L. R., & Andrade, A. C. (2005). 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