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CURSO PER/DCOMP – LEGISLAÇÃO E PREENCHIMENTO

1. Conceito
O Pedido Eletrônico de Restituição, gerado a partir do Programa PER/DCOMP, constitui-se o
documento a ser apresentado à RFB pelo contribuinte que apurar crédito relativo a tributo ou
contribuição administrado pela RFB, passível de restituição, e que desejar ser restituído desse valor,
nas seguintes hipóteses:
I – tratando-se de pedido de restituição formulado por pessoa física, em todos os casos em que o
crédito tenha sido reconhecido por decisão judicial transitada em julgado e nos casos em que o
crédito do contribuinte se refira a pagamento indevido ou efetuado a maior que o devido a menos de
cinco anos, nos seguintes casos:
a) Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) relativo ao exercício de 1996 ou posterior sob qualquer
código de receita de IRPF, exceto 0190 e 0246, inclusive lançado de ofício;
b) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) sob qualquer código de receita do ITR,
inclusive lançado de ofício; e
c) multa ou juros moratórios do ITR ou IRPF exigidos de ofício isoladamente.
II – tratando-se de pedido de restituição formulado por pessoa jurídica, em todos os casos em que o
crédito tenha sido reconhecido por decisão judicial transitada em julgado e nos casos em que o
crédito do contribuinte se refira a:
a) saldo negativo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) relativo a período de apuração
encerrado há menos de cinco anos;
b) saldo negativo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) relativo a período de apuração
encerrado há menos de cinco anos;
c) pagamento indevido ou a maior que o devido de IRPJ, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF),
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e
Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF), ITR, Sistema Integrado de Pagamento de
Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples), CSLL,
Contribuição para o PIS/Pasep, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins),
Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de
Natureza Financeira (CPMF), Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), RET –
Patrimônio de Afetação, CSRF, COSIRF ou Parcelamento, inclusive lançado de ofício, além de multa
e juros isolados relativos a esses tributos, efetuado há menos de cinco anos sob qualquer código de
receita do respectivo imposto ou contribuição; e
d) IRRF de cooperativas relativo ao exercício de 1996 ou posterior, retido há menos de cinco anos,
mediante o código de receita 3280, e remanescente, ao final de um exercício financeiro, da
compensação de débitos de IRRF da Cooperativa, incidente sobre o pagamento de rendimentos aos
cooperados, relacionado aos códigos de receita 0588 e 3280.
O Pedido Eletrônico de Ressarcimento, gerado a partir do Programa PER/DCOMP, constitui-
se o documento a ser apresentado à RFB pela pessoa jurídica que desejar ser ressarcida de:
a) crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), passível de ressarcimento, desde que seu
crédito tenha sido reconhecido por decisão judicial transitada em julgado ou se refira a período de
apuração relativo ao exercício de 1999 ou posterior e tenha sido apurado há menos de cinco anos,
exceção feita aos créditos do IPI ressarcimento de IPI a missões diplomáticas, repartições consulares
e representações permanentes de órgãos internacionais de que o Brasil faça parte, que não podem
ser requeridos pelo Programa;
b) crédito da Contribuição para o PIS/Pasep, passível de ressarcimento, desde que seu crédito tenha
sido reconhecido por decisão judicial transitada em julgado ou tenha sido apurado há menos de cinco
anos; e
c) crédito da Cofins, passível de ressarcimento, desde que seu crédito tenha sido reconhecido por
decisão judicial transitada em julgado ou tenha sido apurado há menos de cinco anos.
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EDUARDO CAIO SAMPAIO CARVALHO
Rua Gonçalves Ledo, 1708 – Joaquim Távora
Fones: (85) 3253.1314 / 3091.1604 / 9987.4996
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A Declaração de Compensação, gerada a partir do Programa PER/DCOMP, constitui-se o


documento a ser apresentado à RFB pelo contribuinte que apurar crédito relativo a tributo ou
contribuição administrado pela RFB, passível de ser objeto de Pedido Eletrônico de Restituição ou de
Pedido Eletrônico de Ressarcimento (conforme relação acima e ressalvadas as hipóteses de
compensação de créditos não passíveis de restituição ou de ressarcimento mencionadas nas
Observações “1”, “2”, “3” e “4” abaixo), e que desejar utilizá-lo na compensação de débitos próprios
relativos aos tributos e contribuições sob administração da RFB, nas seguintes hipóteses:
I – tratando-se de compensação efetuada por pessoa física, caso o débito do contribuinte se refira a:
a) ITR relacionado ao código de receita 1070 ou 2050, referente a período de apuração de 1991 ou
posterior;
b) IRPF relacionado ao código de receita 0190, 0211, 0246, 1054, 4600, 6015, 8523 ou 8960,
referente a período de apuração de 1990 ou posterior;
c) tributo lançado de ofício, relacionado ao código de receita 2892, 2904 ou 7051, referente a período
de apuração de 1990 ou posterior;
d) multa por omissão ou atraso na entrega da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física
(DIRPF), relacionada ao código de receita 5320 ou 7130, referente a período de apuração de 1990 ou
posterior;
e) multa por omissão ou atraso na entrega da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial
Rural (DITR), relacionada ao código de receita 5300, referente a período de apuração de 1990 ou
posterior;
f) juros moratórios lançados de ofício isoladamente (art. 43 da Lei nº 9.430, de 1996);
g) multa relacionada ao código de receita 2185, 3391 ou 5149, referente a período de apuração de
1990 ou posterior; e
h) débito relativo a tributo ou contribuição mencionado nos itens “a” a “h”, relacionado a código de
receita diverso dos códigos neles mencionados, instituído posteriormente à aprovação do Programa
PER/DCOMP, o qual deverá ser incluído na Tabela de Códigos do Programa previamente ao
preenchimento da ficha de débito correspondente (vide como efetuar referida inclusão nas instruções
de preenchimento das fichas de débito).
II – tratando-se de compensação efetuada por pessoa jurídica, caso o débito do contribuinte se refira
a:
a) IRPJ relacionado ao código de receita 0220, 0262, 1599, 2089, 2319, 2334, 2362, 2390, 2430,
2456, 3317, 3320, 3373, 5625, 5788, 5993, 6297, 8972 ou 9086, referente a período de apuração de
1990 ou posterior;
b) IRRF relacionado ao código de receita 0297, 0422, 0430, 0473, 0481, 0490, 0561, 0588, 0730,
0764, 0916, 0924, 1283, 1708, 2063, 2103, 2281, 3208, 3223, 3249, 3251, 3264, 3277, 3280, 3426,
3674, 4424, 5136, 5192, 5204, 5217, 5232, 5273, 5286, 5299, 5557, 5565, 5598, 5600, 5706, 5928,
5936, 5944, 6799, 6800, 6813, 6826, 6839, 6891, 6904, 8045, 8053, 8468, 8673, 9385, 9412, 9427,
9453, 9466 ou 9478, referente a período de apuração de 1990 ou posterior;
c) IPI relacionado ao código de receita 0668, 0676, 1020, 1097, 5110 ou 5123, referente a período de
apuração de 1993 ou posterior;
d) IOF relacionado ao código de receita 1150, 1270, 1351, 1458, 3467, 4028, 4290, 4465, 5220,
6854, 6895, 7893 ou 7905, referente a período de apuração de 1990 ou posterior;
e) ITR relacionado ao código de receita 1070 (período de apuração de 1997 ou posterior) ou 2050
(período de apuração compreendido entre 1991 e 1996);
f) Imposto de Exportação relacionado ao código de receita 0107 ou 1089;
g) Simples relacionado ao código de receita 6106, referente a período de apuração de 1997 ou
posterior;

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h) CSLL relacionada ao código de receita 2030, 2372, 2469, 2484, 4397, 5638, 5802, 6012, 6758 ou
6773, referente a período de apuração de 1990 ou posterior;
i) Contribuição para o PIS/Pasep relacionada ao código de receita 3084, 3092, 3703, 3885, 4409,
4574, 5434, 6824, 6912, 8002, 8109, 8205, 8301 ou 8496, referente a período de apuração de 1991
ou posterior;
j) Contribuição ao Fundo de Investimento Social (Finsocial) relacionada ao código de receita 1783 ou
6120, referente a período de apuração compreendido entre 1990 e 1992;
l) Cofins relacionada ao código de receita 2172, 4407, 5442, 5856, 6840, 7987 ou 8645, referente a
período de apuração de 1992 ou posterior;
m) CPMF relacionada ao código de receita 5869, 5871, 5884 ou 8536, referente a período de
apuração de 1997 ou posterior;
n) Cide relacionada ao código de receita 8741 ou 9331, referente a período de apuração de 2001 ou
posterior;
o) Débito relativo ao regime especial de tributação do patrimônio de afetação, relacionado ao código
de receita 4095, 4112, 4138, 4153 ou 4166, referente a período de apuração de 2004 ou posterior;
p) CSRF relacionada ao código de receita 5952 (período de apuração de 2005 ou posterior), 5960,
5979 ou 5987, referente a período de apuração de 2004 ou posterior;
q) COSIRF relacionado ao código de receita 4085, 6147, 6150, 6175, 6188, 6190, 6215, 6228, 6230,
6243, 6256, 6875, 6883, 8726, 8739, 8754, 8767, 8770, 8835, 8848, 8850, 8863 ou 9060, referente a
período de apuração de 1990 ou posterior;
r) imposto ou contribuição mencionado nos itens “a” a “m” ou relativo a débito aduaneiro ou a ele
vinculado, que tenha sido objeto de lançamento de ofício, relacionado ao código de receita 2892,
2917, 2932, 2945, 2958, 2960, 2973, 2986, 2999, 3260, 3308, 3316, 3332, 3345, 3359, 3360, 3375,
4562, 4685, 5477, 5788, 5790, 5802, 6656, 7051, 7104, 7200, 7213, 7307, 7403, 7500, 7606, 7702,
7809, 7878, 9303 ou 9304, referente a período de apuração de 1990 ou posterior;
s) multa por omissão, erro ou atraso na entrega de declaração, conforme a seguir:
1. Declaração de Contribuições e Tributos Federais ou da Declaração de Débitos e Créditos
Tributários Federais (DCTF), relacionada ao código de receita 1345, referente a período de
apuração de 1990 ou posterior;
2. Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), relacionada ao código de receita
2170, referente a período de apuração de 1990 ou posterior;
3. Declaração de Imposto Territorial Rural (DITR), relacionada ao código de receita 5300,
referente a período de apuração de 1990 ou posterior;
4. Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (DIRPJ) ou da Declaração de
Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), relacionada ao código de receita
5338, referente a período de apuração de 1990 ou posterior;
5. Declaração Trimestral, da Declaração de Não Incidência ou da Declaração de Informações
Consolidadas (DIC) ou de Medidas Judiciais da CPMF, relacionada ao código de receita
9479, referente a período de apuração de 1997 ou posterior;
6. Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon), relacionada ao código de
receita 6808, referente a período de apuração de 2003 ou posterior;
7. Declaração do Imposto sobre Produtos Industrializados (DIPI), relacionada ao código de
receita 3199, referente a período de apuração de 1990 ou posterior;
8. Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob), relacionada ao código de
receita 6680, referente a período de apuração de 1990 ou posterior;

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9. Declaração de Operações Imobiliárias (DOI), relacionada ao código de receita 6744, referente


a período de apuração de 1990 ou posterior;
t) multa relativa a imposto ou contribuição mencionado nos itens “a” a “m” lançada de ofício
isoladamente (art. 43 da Lei nº 9.430, de 1996), relacionada ao código de receita 3482, 3682, 6094,
6324, 6337, 6378, 6380, 6405, 6418, 6420, 8128, 8130, 8143, 8156, 8169, 8171, 8197, 8209, 8504 ou
8651, referente a período de apuração de 1990 ou posterior;
u) multa relativa a outro tributo ou relativa a débito aduaneiro ou a ele vinculada, lançada de ofício
isoladamente, relacionada ao código de receita 2185, 3391, 3738, 4288, 5149, 5572, 5937, 5940,
6841, 6882, 6907 ou 6939, referente a período de apuração de 1990 ou posterior;
v) juros moratórios relativos a imposto ou contribuição mencionados nos itens “a” a “m” ou relativos a
débito aduaneiro ou a ele vinculados e lançados de ofício isoladamente (art. 43 da Lei nº 9.430, de
1996), relacionados ao código de receita 3495, 3711, 6542, 6570, 6583, 6596, 6608, 6610, 6623,
6636, 6649, 6651, 8211, 8224, 8237, 8240, 8252, 8265, 8278, 8293, 8619 ou 8660, referentes a
período de apuração de 1990 ou posterior;
x) débito relativo a imposto ou contribuição mencionado nos itens “a” a “m”, relacionado a código de
receita diverso dos mencionados nos itens “a” a “x” instituído posteriormente à aprovação do
Programa PER/DCOMP, o qual deverá ser incluído na Tabela de Códigos do Programa previamente
ao preenchimento da ficha de débito correspondente (vide como efetuar referida inclusão nas
instruções de preenchimento das fichas de débito).
OBSERVAÇÃO 1: A pessoa jurídica optante pelo lucro real no trimestre ou ano-calendário em
que lhe foram pagos ou creditados juros sobre o capital próprio com retenção de Imposto de
Renda poderá, durante o trimestre ou ano-calendário da retenção, utilizar referido crédito de
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) na compensação do IRRF incidente sobre o
pagamento ou crédito de juros, a título de remuneração de capital próprio, a seu titular, sócios
ou acionistas. Essa compensação será efetuada mediante a entrega da Declaração de
Compensação gerada pelo Programa PER/DCOMP.
OBSERVAÇÃO 2: O crédito do IRRF incidente sobre pagamento efetuado a cooperativa de
trabalho, arrecadado mediante o código de receita 3280, poderá ser utilizado pela
cooperativa, durante o ano-calendário da retenção, na compensação do IRRF incidente sobre
os pagamentos de rendimentos aos cooperados, relacionados aos códigos de receita 0588 e
3280. Essa compensação também será efetuada mediante a entrega da Declaração de
Compensação gerada pelo Programa PER/DCOMP.
OBSERVAÇÃO 3: O crédito da Contribuição para o PIS/Pasep ou da Cofins apurado pela
pessoa jurídica ao longo de determinado mês relativamente a custos, despesas e encargos
vinculados às receitas decorrentes das operações de exportação de mercadorias para o
exterior, prestação de serviços a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior,
cujo pagamento represente ingresso de divisas, e vendas a empresa comercial exportadora,
com o fim específico de exportação, que remanescer da dedução de débitos da respectiva
contribuição, embora não sejam passíveis de ressarcimento, podem ser utilizados na
compensação de débitos relativos aos tributos e contribuições administrados pela RFB.
OBSERVAÇÃO 4: Embora sejam passíveis de compensação com débitos relativos aos
tributos e contribuições administrados pela RFB, não são passíveis de ressarcimento os
créditos da Contribuição para o PIS/Pasep ou da Cofins apurado pela pessoa jurídica ao
longo do trimestre-calendário, remanescentes da dedução dos débitos da respectiva
contribuição, relativos a aquisições para revenda de embalagens destinadas ao envasamento
dos produtos classificados nas seguintes posições da TIPI (Decreto nº 4.542, de 2002):22.01
(apenas água, refrigerante e cerveja sem álcool):
1. 22.02 (apenas água, refrigerante e cerveja sem álcool);
2. 22.03 (cerveja de malte); e

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3. 2106.90.10 Ex 02 (preparações compostas, não alcoólicas, para elaboração


de bebida refrigerante).
Atenção! A compensação por iniciativa do contribuinte será efetuada mediante a entrega da
Declaração de Compensação ainda que o débito e o crédito objeto da compensação se
refiram a um mesmo tributo ou contribuição.
Os débitos relacionados na Declaração de Compensação devem ter valor total igual ou
inferior ao crédito nela informado, considerando-se os valores originais dos débitos adicionados de
seus acréscimos moratórios (juros de mora e multa) e o valor original do crédito adicionado de seus
juros compensatórios (quando for o caso), ambos calculados até a data da transmissão da
Declaração de Compensação.
É possível elaborar, mediante utilização do Programa PER/DCOMP, Declaração de
Compensação de crédito recolhido (apurado) há mais de cinco anos, mas que já tenha sido objeto de
pedido de restituição ou de ressarcimento formalizado perante a RFB antes do transcurso do referido
prazo, desde que a restituição ou o ressarcimento encontre-se pendente de pagamento à data da
transmissão da Declaração de Compensação.
Atenção! Não podem ser objeto de compensação efetuada pelo contribuinte, seja mediante
transmissão da Declaração de Compensação gerada a partir do Programa PER/DCOMP, seja
mediante utilização do formulário “Declaração de Compensação” aprovado pela SRF:
I – o débito apurado no momento do registro da DI;
II – o débito que já tenha sido encaminhado à PGFN para inscrição em Dívida Ativa
da União;
III – o débito consolidado em qualquer modalidade de parcelamento concedido pela
SRF/RFB;
IV – o débito que já tenha sido objeto de compensação não-homologada, ainda que a
compensação se encontre pendente de decisão definitiva na esfera administrativa;
V – o débito do sujeito passivo para com a Fazenda Nacional com crédito de terceiro;
VI – o débito e o crédito que não se refiram aos tributos e contribuições administrados
pela RFB;
VII – o saldo a restituir apurado na DIRPF;
VIII – o crédito que não seja passível de restituição ou de ressarcimento;
IX – o crédito do sujeito passivo para com a Fazenda Nacional reconhecido por
decisão judicial que ainda não tenha transitado em julgado;
X – o valor objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento já indeferido pela
autoridade competente da SRF/RFB, ainda que o pedido se encontre pendente de decisão
definitiva na esfera administrativa;
XI – o valor informado pelo sujeito passivo em Declaração de Compensação
apresentada à SRF/RFB, a título de crédito para com a Fazenda Nacional, que não tenha
sido reconhecido pela autoridade competente da SRF/RFB, ainda que a compensação se
encontre pendente de decisão definitiva na esfera administrativa; e
XII – outras hipóteses previstas nas leis específicas de cada tributo ou contribuição.
XIII - os débitos relativos a tributos e contribuições de valores originais inferiores a R$
500,00 (quinhentos reais);
XIV - os débitos relativos ao recolhimento mensal obrigatório da pessoa física
apurados na forma do art. 8º da Lei nº 7.713, de 1988; e
XV - os débitos relativos ao pagamento mensal por estimativa do Imposto sobre a
Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL.

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Nas hipóteses previstas nos incisos I a XV acima relacionados, será considerada não
declarada a compensação objeto do documento intitulado “declaração de compensação”
apresentado à Secretaria da Receita Federal do Brasil Também será considerada não
declarada a compensação nas hipóteses em que o crédito:
a) seja de terceiros;
b) refira-se a "crédito-prêmio" instituído pelo art. 1o do Decreto-Lei no 491, de 5 de
março de 1969;
c) refira-se a título público;
d) seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado; ou
e) não se refira a tributos e contribuições administradas pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil; ou
f) tiver como fundamento a alegação de inconstitucionalidade de lei que não tenha
sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação direta de
inconstitucionalidade ou em ação declaratória de constitucionalidade, nem tenha tido sua
execução suspensa pelo Senado Federal.
Atenção! Somente nas hipóteses em que a restituição, o ressarcimento, o reembolso ou a
compensação do crédito do contribuinte relativo a tributo administrado pela RFB, embora
admitida pela legislação tributária federal, não possa ser requerida ou declarada mediante
utilização do Programa PER/DCOMP, o contribuinte poderá apresentar à RFB pedido de
restituição, pedido de ressarcimento, pedido de reembolso ou declaração de compensação
utilizando-se dos formulários aprovados pela RFB.
Atenção! O fato de o contribuinte conseguir, mediante utilização do Programa PER/DCOMP,
elaborar e transmitir declaração de compensação ou pedido de restituição, de ressarcimento
ou de reembolso não significa necessariamente que o crédito informado seja passível de
restituição, de ressarcimento ou de reembolso, ou que o débito ou o crédito informado seja
passível de compensação mediante a entrega da Declaração de Compensação.
Por fim, existe o Pedido de Cancelamento, que é o documento que o contribuinte gera a partir
do Programa PER/DCOMP com o objetivo de cancelar um Pedido Eletrônico de Restituição, um
Pedido Eletrônico de Ressarcimento, um Pedido Eletrônico de Reembolso ou uma Declaração de
Compensação que já tenha sido transmitido à SRF/RFB (inclusive aqueles gerados a partir das
versões anteriores do Programa PER/DCOMP).
2. Entrega do Pedido e da Declaração
O Pedido Eletrônico de Restituição, o Pedido Eletrônico de Ressarcimento, Pedido Eletrônico
de Reembolso, a Declaração de Compensação e o Pedido de Cancelamento serão transmitidos pelo
contribuinte à RFB via Internet, mediante utilização do Programa Receitanet, o qual está disponível
para download na página da RFB na Internet, cujo endereço é http://www.receita.fazenda.gov.br.
Também está disponível para download na página da RFB na Internet o Programa
PER/DCOMP, gerador do Pedido Eletrônico de Restituição, do Pedido Eletrônico de Ressarcimento,
do Pedido Eletrônico de Reembolso, da Declaração de Compensação e do Pedido de Cancelamento.
O Pedido Eletrônico de Restituição, o Pedido Eletrônico de Ressarcimento, o Pedido
Eletrônico de Reembolso e a Declaração de Compensação poderão ser retificados pelo contribuinte
(inclusive aqueles gerados a partir de versões anteriores do Programa PER/DCOMP), na hipótese de
inexatidões materiais verificadas no preenchimento de referido documento, mediante o envio à RFB
de documento de igual natureza, elaborado a partir do Programa PER/DCOMP, que contenha os
dados corretos e no qual seja informado, na ficha “Dados Iniciais” da pasta “Cadastro”, a informação
de que o documento constitui-se uma declaração ou um pedido retificador e o número da declaração
ou do pedido a ser retificado.

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Atenção! A retificação de Declaração de Compensação gerada a partir do Programa


PER/DCOMP (ou versão anterior) não será admitida quanto tiver por objeto a inclusão de
novo débito ou o aumento do valor do débito compensado mediante a apresentação de
referida Declaração de Compensação à RFB. Nesse caso, o contribuinte que desejar
compensar o novo débito ou a diferença de débito deverá apresentar à RFB nova Declaração
de Compensação.
Os Pedidos Eletrônicos de Ressarcimento e as Declarações de Compensação cujo crédito
tenha como origem um ressarcimento de IPI deverão ser sempre apresentados pelo estabelecimento
matriz, ainda que o titular do crédito seja um estabelecimento filial.
Tratando-se de crédito apurado por pessoa jurídica sucedida, o Pedido Eletrônico de
Restituição, o Pedido Eletrônico de Ressarcimento, o Pedido Eletrônico de Reembolso e a
Declaração de Compensação devem ser apresentados pelo estabelecimento matriz da pessoa
jurídica sucessora.

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