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Apostila de Exercícios

ARTICULAÇÃO

Quando vamos cantar precisamos da técnica para que o som seja produzido com qualidade
enriquecendo a interpretação fazendo com que nossa voz seja mais saudável uma vez que
usamos manobras, recursos para aperfeiçoar nossa produção vocal.

A articulação é um fator muito importante para o canto, pois a mensagem precisa ser bem
compreendida pelo receptor para isso precisamos pronunciar bem cada palavra ou frase.

Articulação é a movimentação muscular, articular dos órgãos articuladores, a saber: lábios,


língua, musculatura do rosto, dentes e mandíbula.

As vogais são sons puros produzidos pelas pregas vocais e amplificados nas cavidades de
ressonância

As consoantes são produzidas diretamente pelos articuladores causando obstruções ao som


diferentemente do que acontece com as vogais.

Wilson Fanini Lima Neves


EXERCÍCIOS DE DICÇÃO:

Exercitando a Consoante M:

O mameluco melancólico meditava e a megera megalocéfala, macabra e maquiavélica,


mastigava mostarda na maloca miasmática. Migalhas minguadas de moagem mitigavam
míseras meninas. Moleques magricelas mergulhavam no mucurro, murmurinhando como uma
matinada de macacos. A mucama modulando monótonas melodias moía milho e macaxeira
para a moqueca e o mungunzá do medonho mercador de mumanamonas.

Exercitando a Consoante B:

Bela baiana, boneca de bronze, bailava brejeira um burlesco Bendenguê da Bahia. O barraco
do Babalaô borborinha; Babel de baixada, bacanal de bárbaros, bebem, blasfemam, batem,
batucam, bamboleiam no bulício de um bestial bambaquerê. Ao som de búzios, berimbau,
baco-bacos, badalam, bimbalham, bolem, rebolam e berram: “É o bamba do bambu de
bambuê, é o bamba de bambu de bambuá, bambulelê, bambulalá”.

Exercitando a Consoante P:

"Parece peta. A Pepa aporta à praça e pede ao Pupo que lhe passe o apito. Pula do palco e,
pálida, perpassa por entre um porco, um pato e um periquito. Após, papando, em pé, pudim
com passa, depois de paios, pombos e palmitos, precípite, por entre a populaça, passa,
picando a ponta de um palito. Peças compostas por um poeta pulha, que a papalvos perplexo
empulha, prestando apenas para apanhar os paios...Permuta a Pepa por pastéis,
pamonha...Que a Pepa apupe o Pupo e à Popa ponha papas, pipas, pepinos, papagaios!"
(Emílio de Menezes)

Pedro pediu perdão, padre parou para pensar, Pedro permaneceu parado, padre promoveu
Pedro para presidente peruano particular para perambular pelo pântano procurando pintas
pontudas particularmente pesadas, Pedro procurou pensando: padre pirado!

O pinto pia, a pia pinga. Quanto mais


o pinto pia, mais a pia pinga.
Pinga pia, pinto pia. Pinto pia, pia pinga.

Perlustrando patética petição produzida pela postulante, prevemos possibilidade para


pervencê-la porquanto perecem pressupostos primários permissíveis para propugnar pelo
presente pleito pois prejulgamos pugna pretérita perfeitíssima.

O peito do pé de Pedro é preto.


Quem disser que o peito do pé de Pedro é preto,
tem o peito do pé mais preto do que o peito do pé de Pedro.
O princípio principal do príncipe principiava principalmente no princípio principesco da
princesa.

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém,
pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras
para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para
Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porem, pouco praticou,
porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para
poder pagar promessas.
Pálido,porém personalizado, preferiu partir para Portugal
para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto,
Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los.
Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos
pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois
perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam
pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois,
pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas.
Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos,
procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza,
precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos,
perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se.
Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder
prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam
pelo pensamento, provocando profundos pesares,
principalmente por pretender partir prontamente para Portugal.
-Povo previdente!
Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios,
pintando principais portos portugueses.
-Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.
-Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois
pretendo progredir.
Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais,
porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo
provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para
prosseguir praticando pinturas.
Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo
portão principal. Porem, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:
- Pediste permissão para praticar pintura, porem,
praticando, pintas pior.
Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?
- Papai, - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitiste,
porem, preferindo,poderei procurar profissão própria
para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.
Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar,
procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois
pretendia por Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro!
Passando pela ponte precisaram pescar para poderem
prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porem, passando pouco prazo,
pegaram pacus, piaparas, pirarucus.
Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar
pertinho, para procurar primo Pericles primeiro.
Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro
profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porem prometeu pagar pequena parcela
para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porem,
Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos.
Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios.
Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre
Pedro Paulo, pereceu pintando...
Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois
pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei.
Portanto, pronto pararei.

O prestidigitador prestativo e prestatário está prestes a prestar a prestidigitação prodigiosa e


prestigiosa.

Exercitando a Consoante F:

Na oficina “Quem com ferro fere com ferro será ferido”, forjam fronte a fronte com fragor, o
ferreiro Felisberto Furtado e seu filho Frederico Felizardo. Na fornalha flamejante fulge o fogo
com furor; o fole frenético faz fumaça e fagulhas fulgurantes que ofuscam. Afinal ofegante e
farto de fazer força, o Felisberto Furtado força o filho fanfarrão a forjar com firmeza e sem
fadiga ferraduras, ferrolhos e ferramentas.

Fia, fio a fio , fino fio, frio a frio.

Exercitando a Consoante V:

O vento veloz varre a várzea com violência. Verdugo vingativo vergasta vigoroso a vegetação
que reveste o vale vulnerável de Vetuverava. Gaivotas aventurosas voavam na voragem em
vertiginosas reviravoltas.

Exercitando a Consoante T:

O turco tatuado, troncudo e tagarela com o tabuleiro a tiracolo, troca tudo pelo triplo: tecidos,
trajes, ternos, túnicas, tapetes, toucas, tetéus, tesouras, talheres, termômetros, torneiras,
tigelas, turíbulos, taramelas, tintas, treliças, tamborins, tartarugas, talismãs, e outros.

Tinha tanta tia tantã.


Tinha tanta anta antiga.
Tinha tanta anta que era tia.
Tinha tanta tia que era anta.

O tempo perguntou pro tempo


quanto tempo o tempo tem
e o tempo respondeu pro tempo
que o tempo tem tanto tempo
quanto o tempo tem.

O atleta atravessou o Atlântico com o Atlas de atalaia.

O tatuador tatuado tatuou a tatua do tatu. Tatua tatuada enfezada, tatuou o tatu e o tatuador
já tatuado!

Exercitando a Consoante D:

Dançam depressa, disciplinados e decididos os dez dedos delgados da datilógrafa dinâmica que
decifram os documentos do déspota draconiano para o diário de deputado demagogo.

Exercitando a Consoante L e N:

Lana, Lina, Lena, e Lola levam Nila e Madalena nas salinas sonolentas para ver a lua em
plenilúnio. Leonel leva o animal indócil pela alameda marginal. Calmaria, céu azul, sol fúlgido,
libélulas ligeiras voltejam leves sobre lilazes em flor. No laranjal abelhas laboriosas em tumulto
coletam o pólen para o delicioso mel de suas colméias. Por que palras pardal pardo? Palro,
palro e palrarei, porque sou o pardal pardo palrador d´El Rei.

Na noite de natal ninguém notou o anão Aniceto nanando a nenenzinha. Louvamos a leveza
das lindas alouradas lavadeiras lisboetas na lida de lavar longos lençóis de linho.

Lalá, Lelé e Lili e suas filhas,


Lalalá, Lelelé e Lilili e suas netas
Lalelá, Lelalé e LeLali e suas bisnetas
Lilelá, Lalilé e Lelali e suas tataranetas
Laleli, Lilalé e Lelilá cantavam em coro
LÁLÁLÁLÉLÉLÉLILILI.

Exercitando a Consoante S e Z:

Sófocles soluçante ciciou no senado suaves censuras sobre a insensatez de seus filhos
insensíveis.
Suave viração do sueste sussurrante sobre sensitivas silenciosas.
Sábios centenários assistiram sem se cansar a sensacional sessão, selecionando seus sessenta
discípulos sorteados.
O saci passou assoviando e assustou as moças sensíveis.
A zebra zurrando ziguezagueava, zombando do zoófobo zaranza que zangado zurzia, com
zaguncho do suevo.

Cinco oficiais esfomeados passando certo dia por Santos apreçaram salsichas:
Quando custam essas salsichas?
- Seis centavos.
E estas salsichas?
- Cinco centavos.
Quanto custam dez salsichas?
- A seis centavos são sessenta centavos e a cinco centavos são cinqüenta centavos; saibam que
são saborosas e substanciais.

Sob a sombra do cedro centenário o passante solícito descansa sossegado e sonhador.


A brisa silenciosa espalha as essências sutis do sândalo. A estrela cintila no céu imenso. Um
pássaro de asas sedosas esvoaça sem destino.

sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia que o sábio não sabia que o sabiá não sabia
que a sábia não sabia que o sabiá sabia assobiar

Essa pessoa assobia, enquanto amassa e assa a massa da paçoca de amendoim.

Exercitando a Consoante J:

Vejo no jardim japonês gentis jaçanãs, jandeiras jaspadas, jaburus, janotas e juritis gemendo.

Nas jaulas o jaguar girando, javalis selvagens, jararacas e jibóias gigantes.

Girafa gingando com jeito de gente.

Jacarés, jucuruxus e jabotis jejuando.

Exercitando a Consoante X e CH:

Xaveco do Xavier chegou com o xalavar cheio de peixes. Xaréus, xareletes, xirás, xixarros e
xundaraias.

O cheiro do chá da China chilreando na chaleira é chamariz.

Sacha saiu sem saber se Natacha, que Sacha sabia sem senso, saiu na chuva sem seu xale
chinês.
Exercitando a Consoante R:

- Reboque rompeu na Rua Ramalho Ricardo, rolando ribanceira, retardando a recepção


requintada.
- O rato roeu a roupa do rei de Roma e da Rainha Regina.
- Vera, Sara e Clara, adquiriram reles restos rotos de revistas remotas.
- O rato, a ratazana e o ratinho roeram as rútilas roupas e rasgaram as ricas rendas da rainha
Dona Urraca de Rombarral.
- A serrilha do serrote do carpinteiro range serrando ripa verde.
- Ri o roto esfarrapado, ri o torto atarracado, mas não ri o morto aparvalhado.
- O melro comeu todos os pilritos do pilriteiro.
- A bilroeira bilrou os bilros.

A aranha arranha a rã.


A rã arranha a aranha.
Nem a aranha arranha a rã.
Nem a rã arranha a aranha.

Aranha, ararinha, ariranha, aranhinha

Arara paralelo, tiro-liro, plan,plan,plan, tiro-liro, lirulá

A rosa perguntou à rosa qual era a rosa mais rosa. A rosa respondeu para a rosa que a rosa
mais rosa era a rosa cor de rosa.

Exercitando a Consoante Q e G:

O liqüidificador quadridentado liqüidifica qualquer coisa liqüidificável e quebra as


iliqüidificáveis

A aglomeração na gleba glacial glosava a inglesa glamourosa que glissava com o gladiador
glutão.

O gato cruel cravou as garras no cangote do camundongo que comia crosta de cará na
cumbuca quebrada. O cão que cochilava acordou com o conflito e correu com o gato.

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