Prova 3 PNEE
➔ Texto 1: Políticas de saúde e
concepções de surdez e de
deficiência auditiva no SUS: Um
monólogo?
➔ Duas concepções sobre a surdez e a
deficiência auditiva: a orgânico-
biológica e a socioantropológica; o
texto tem o objetivo de identificar
como as concepções se expressam
nas políticas de saúde voltadas às
pessoas com deficiência
auditiva/surdez; Em 2013, 1,1% da
população possuía deficiência
auditiva, sendo 0,9 adquirida e 0,2
desde o nascimento;
➔ Deficiência e surdez são tratadas
como sinônimo na produção
científica;
➔ O olhar educativo evidencia o
desenvolvimento de uma habilidade
de comunicação que independe do
aparelho auditivo, sendo o grupo
identificado como minoria
linguística e propõe uma pedagogia
própria para a educação das
crianças surdas e não se considera
deficiente;
➔ a experiência do homem na relação
com sua condição com o meio é que
determina a normatividade desta
condição;
➔ em 1960 as comunidades surdas
possuiam representações e técnicas
identidades diversificadas sobre a
surdez na sociedade, não só
formada por surdos, mas por pais,
amigos, professores que conhecem
e usam a língua de sinais para se
comunicar;
➔ A deficiência auditiva contempla
pessoas oralizadas, tendo como
primeira língua o português e as não
oralizadas, tendo a libras como
primeira língua;
➔ Referencial Teórico
➔ Concepção orgânico-biológica:
pautada na habilitação e reabilitação
do aparelho auditivo e
aprendizagem das habilidades
auditivas, linguagem oral;
➔ Concepção socioantropológica:
pautada na particularidade
linguística e cultural da surdez,
valorizando a linguagem visuo-
gestual;
➔ Na concepção biológica, a
linguagem oral é a única alternativa
para a linguagem; sendo o
desenvolvimento cognitivo
dependente da eficácia oral;
➔ A cultura surda faz referência ao
uso da linguagem de sinais e a
valorização das especificidades
manifestadas na língua, nos hábitos,
modos de funcionamento cognitivo
que dão origem a identidade
própria;
➔ A língua de sinais oferece uma
possibilidade de legitimação do
surdo como sujeito de linguagem,
transformando a “anormalidade”
em diferença;
➔ Percurso Metodológico
➔ A pesquisa documental é um
procedimento que utiliza métodos e
para a apreensão,
compreensão e análise de
documentos dos mais variados
tipos; foram usados os termos para
as pesquisas: surdez, perda auditiva,
pessoas com deficiência auditiva,
audiologia, saúde auditiva, aparelho
auditivo, implante coclear. 185 docs
foram encontrados, sendo 11 que
expressavam mudanças normativas;
➔ Resultados
➔ O MS instituiu o Programa de
Atenção à Saúde da Pessoa
Portadora de Deficiência - não escuta, mas tem que escutar, o
regulamentando a concessão de
órteses e próteses, além de
processos de reabilitação em nível
ambulatorial e hospitalar no SUS;
➔ Diretrizes da RCPD: garantia de
autonomia, independência e ➔
liberdade às pessoas com
deficiência para fazerem as próprias
escolhas, promoção da equidade e
do respeito às diferenças e aceitação
de pessoas com deficiência, com
enfrentamento de estigmas e
preconceitos, garantia de acesso e
de qualidade dos serviços, mas em
relação à deficiência
auditiva/surdez também se
apresenta como uma política
limitada às ações de reabilitação do
aparelho auditivo, pois não
menciona aspectos relacionados à
cultura surda;
➔ Em 2012 - Diretrizes de Atenção e
à Triagem Neonatal, cuja finalidade
é a identificação precoce da
deficiência auditiva nos neonatos,
com intervenções antes dos 6 meses
de vida;
➔ Discussão
➔ A análise do conteúdo das políticas
públicas de saúde com foco na
pessoa com deficiência auditiva/
surdez demonstra que não há
referência às particularidades
linguísticas e culturais do surdo.
➔ Todas as políticas do país são
pautadas na lógica orgânico-
biológica, visando a correção/cura;
o que leva à exclusão de uma parte
da população a quem a política se
destina;
➔ Práticas pautadas em: aquele que
que não fala, mas tem que falar;
assumindo um papel excludente e
discriminatório que não enxerga
outras formas de se subjetivar pela
surdez;
“Medicalização da surdez”:
depender das habilidades e dos
instrumentos médicos para curar
aquilo que na perspectiva dos
ouvintes falta: a audição;
➔ Plano Nacional de Educação e Lei
Brasileira de Inclusão: discorrem
sobre as diferentes modalidades de
ensino que podem garantir a
inclusão dos surdos;
➔ Atendimentos em Libras nos
serviços de saúde são escassos, o
que aumenta a vulnerabilidade dos
surdos. Essas barreiras de acesso à
rede de atenção à saúde encontradas
pelas pessoas surdas não condizem
com o que é preconizado como
direito aos cidadãos e provocam
iniquidades desde as ações de
educação em saúde até a assistência
Texto 2: Deficiência visual, causas e
atendimento pedagógico
➔ Pesquisa para obtenção de
informações sobre a quantidade de
alunos atendidos no Centro de
Atendimento Especializado na área
de Deficiência Visual de Umuarama
PR – CAEDV; levantamento de
causas das deficiências e indicar
tratamentos/atendimentos;
➔ Os professores demonstram medo
quando uma criança com
deficiência visual aparece na classe;
é preciso repensar as estratégias de
atendimento para pessoas com
deficiências específicas;
➔ Fundamentação teórica
➔ Os conceitos a respeito da
deficiência visual foram evoluindo
de acordo com as crenças, valores
culturais, concepção de homem e
transformações sociais;
➔ No séc 18 já se falava sobre a defesa
do princípio de que pessoas cegas
deveriam ter a mesma educação das
pessoas que enxergam;
➔ Em 1854, o Brasil institui o
Imperial Instituto dos Meninos
Cegos (atual Instituto Benjamim
Constant), sendo o primeiro
educandário para pessoas com
deficiência visual da América
Latina;
➔ Na década de 1980, a legislação
tinha um caráter assistencialista e
paternalista, Tais políticas
centravam-se, no caso dos
deficientes visuais, na organização
do ensino e instalação de classes em
Braille e na adaptação social e
reabilitação. Sendo assim, cabia à
pessoa adaptar-se ao meio onde
vivia e não o contrário.
➔ Atualmente vive-se o paradigma da
inclusão, representada da
Declaração de Salamanca, em 1994;
➔ “O termo necessidades
educacionais especiais refere-se a
todas aquelas crianças ou jovens
cujas necessidades se originam em
função de deficiências ou
dificuldades de aprendizagem. As
escolas têm de encontrar maneira de
educar com êxito todas as crianças,
inclusive as que têm deficiências
graves. (SALAMANCA,1994, p. l7
)”
➔ Conceituando a Deficiência Visual
➔ A definição do termo deficiência
está pautada na Convenção da
Guatemala de 1999, refletida na
Constituição Brasileira pelo
Decreto nº 3.956/2001, em seu
artigo 1º que define deficiência
como (...) “uma restrição física,
mental ou sensorial, de natureza
permanente ou transitória, que
limita a capacidade de exercer uma
ou mais atividades essenciais da
vida diária, causada ou agravada
pelo ambiente econômico e social”.
➔ Áreas afetadas pela cegueira: acesso
à palavra escrita - realizada com
caneta esferográfica ou outro
material para leitura visual,
locomoção independente, a
interação social e controle do
ambiente, podendo causar atrasos
no desenvolvimento;
➔ A OMS subdivide em: pessoas
cegas e pessoas com visão
subnormal ou baixa visão;
➔ Pessoas cegas: não tem visão
suficiente para aprender a ler em
tinta, e necessitam utilizar outros
sentidos (tátil, auditivo, olfativos,
 gustativos e cinestésico) no seu
processo de desenvolvimento e
aprendizagem;
➔ Visão subnormal (VSN) ou baixa
visão abrange sujeitos que
apresentam incapacidade,
implicando em condição em que
eles, apesar de uma diminuição
grave da visão, possuem resíduo
visual e possibilidade de correção;
➔ Em termos educacionais: deficiente
visual é aquele que necessitará de
professor especializado, adaptações
curriculares, materiais específicos e
adicionais de ensino para
desenvolver suas potencialidades;
➔ a criança cega congênita dependerá
dos sentidos remanescentes como a
audição e o tato para adquirir
informações à sua volta e criar
imagens mentais, no entanto se a
deficiência visual manifestou-se
após os cinco anos ela reterá as
imagens visuais e será capaz de
relacioná-las com as impressões
recebidas por outros órgãos dos
sentidos.
➔ É preciso levar em consideração
doenças e fatores que fazem com
que o indivíduo perca a visão
progressivamente;
➔ A não aceitação da deficiência pode
levar o aluno a oferecer resistência
à utilização de recursos e técnicas
que favoreçam a minimização das
limitações; (ex: precisar usar lupa
pode ser um fator de rejeição);além
disso, estudos mostram que crianças
com baixa visão podem sofrer mais
com a adaptação, visto que vivem
entre os dois estados (cegueira e
visão);
➔ Atendimento Escolar e
Intervenções Pedagógicas
➔ A lei 7853/1989 prevê que o
atendimento escolar deve ser em
classe comum; a pessoa cega ou
com baixa visão tem o direito de
frequentar a Sala de Recurso
Multifuncional Tipo II; os
professores apresentam um papel de
suma importância para a integração
da criança, além de propiciar meios
para a utilização da visão residual
da criança;
➔ No estudo foi identificado que
existe um plano para cada aluno
matriculado no semestre, contendo
a seguinte estrutura: identificação;
avaliação clínica, incluindo
aspectos sociais e psicoafetivos do
aluno; objetivo geral; objetivos
específicos, atividades pedagógicas
a serem trabalhadas durante o
semestre. Cada plano atende as
deficiências e necessidades de cada
aluno, além de ter o
acompanhamento pedagógico
exercido pela equipe; o atendimento
é individualizado, podendo ser de 1
a 3 vezes por semana, com
possibilidade de atendimento em
grupo;
➔ Foi verificado que cada plano
atende às necessidades dos alunos,
seguem o conteúdo indicado e
proporciona o aprendizado
autônomo do indivíduo e a
integração na sociedade;

Texto 3: Os padrões de comunicação da
surdocegueira nos contextos familiar e
educacional.
➔ O trabalho teve o objetivo de
compreender e analisar os padrões
de comunicação de duas jovens
surdocegas no contexto familiar e
escolar, analisando a possibilidade
de desenvolvimento de uma
linguagem simbólica no processo
de interação com esses ambientes;
➔ A análise apresentou quatro
categorias: padrões de
comunicação na família, padrões
de comunicação na escola,
linguagem concreta e linguagem
abstrata;
➔ Existe uma carência de
conhecimento dos professores
universitários em relação à
surdocegueira, sobretudo no campo
da pedagogia; pessoas surdocegas
merecem uma investigação não
apenas no contexto da
comunicação, mas também da
interação social e o
reconhecimento de sua parte
constitutiva deste;
➔ Acredita-se que a família em geral
é a primeira a dar suporte e a
conviver com a pessoa que nasce
ou adquire a surdocegueira,
podendo se beneficiar de um apoio
multidisciplinar;
➔ Escola Residencial para
Deficientes Auditivos Visuais
(ERDAV), localizada em São
Caetano do Sul/SP, a primeira
escola na América Latina (SILVA,
2007).
➔ Surdocegueira classificada em dois
grupos: pré-linguística e pós-
linguística; a pré diz respeito ao
sujeito que adquiriu a deficiência
antes da aquisição da linguagem,
desenvolvendo outros sentidos
(olfato e contato corporal como
sentidos compensadores), a pós foi
adquirida depois da estruturação da
linguagem;
➔ As condições da comunicação
estão sempre associadas às
estruturas sociais; “não existe
atividade mental sem expressao
semiótica”; a dupla privação
sensorial restringe o acesso às
regras que regem a linguagem,
impactando não somente a relação
do sujeito com a língua, mas
também suas interações sociais e
sua atividade mental, uma vez que
é organizada pela expressão
semiótica;
➔ A família se reverte em um meio
extraordinário para elaborações e
aprendizagens de forma muito
significativa. A família não é a
única instituição com caráter de
socialização na sociedade, mas é a
primeira com a qual a criança tem
contato, podendo aprender com a
própria experiência na vida
familiar; a família passa a ter um
papel muito mais central no que diz
respeito aos modelos sociais para a
criança;
➔ Sobre a escola: a individualidade e
dignidade de cada aluno com
surdocegueira deve ser respeitadas
em todas as interações de
comunicação e nas atividades de
aprendizagem; os sujeitos
necessitam de um mediador entre o
seu contato com o meio; O
mediador será o responsável por
 expandir o conhecimento do
mundo que está ao redor desse
indivíduo, com o objetivo de lhe
proporcionar autonomia e
independência;
➔ Participantes: duas jovens de 21 e
24 anos, junto com suas
mães/genitoras, além de
acompanhar as professoras/guias;
➔ Instrumentos de coleta de dados:
roteiros de entrevistas
semiestruturadas e individuais;
questionário sociodemográfico
➔ A apreciação das entrevistas a
partir da análise de conteúdo
resultou na construção de quatro
categorias: 1) padrões de
comunicação na família; 2) padrões
de comunicação na escola; 3)
linguagem concreta; 4) linguagem
abstrata.
➔ A linguagem concreta não faz
representações, não conceitua, não
faz conexões de pensamento e não
há uma junção de signos
linguísticos para produzir uma fala
com sentido. Ela é construída
através da relação e da interação
social.
➔ a linguagem abstrata como
resultado de uma interação social.
A linguagem abstrata se
desenvolve através do contato
social, desde que a criança que
tenha qualquer tipo de deficiência
comece a ser estimulada e a
interagir logo com seu meio.
➔ É ressaltado que a presença da
família era fundamental para o
bem-estar da participante 2, era
fundamental a presença da família
para que a mesma evoluísse, fato
esse apresentado pela
professora/guia; a participante 1
não teve a mesma oportunidade de
ser acompanhada por profissionais
capacitados que notassem essa
questão;
➔ As crianças surdocegas não tem a
possibilidade de estabelecer um
contato vocal, mas podem
enriquecer sua interação através do
contato gestual - linguagem
corporal;
➔ Uma criança surda não tem a via
auditiva, mas ainda assim tem
imagens e pode vir aprender a
falar. Por outro lado, se ela não for
estimulada a desenvolver o
pensamento crítico, tomada de
decisões, expressar sentimentos e
ter contato com conteúdos
abstratos, não conseguirá dialogar
criticamente, formular frases,
expressar sentimentos e
compreender conteúdos mais
simbólicos. Portanto, embora
aprenda a falar, se não houver
sentido para o que ela está falando,
seu pensamento será pobre. Por
isso, a importância do significado,
para o surdo, dos sinais.
➔ De acordo com os dados
organizados em relação aos
padrões de comunicação na
surdocegueira, verifica-se que o
uso da linguagem de sinais
continua da mesma forma em cada
família, sendo que a única
mudança é que passou a ser
utilizada a Libras tátil, ou seja, o
tipo de padrão. Rebelo (2014)
afirma que a língua gestual tátil é
comparada ao motor, o qual forma
símbolos indispensáveis ao
 desenvolvimento cognitivo da
criança surdocega.
➔ A individualidade precisa ser
respeitada;“Para a maioria das
pessoas surdocegas, o mundo
começa e acaba na palma das suas
mãos”
➔ Tecnologia assistivas: pode-se usar
a tecnologia para auxiliar no
desenvolvimento cognitivo, desde
a tomada de decisão, pensamento,
linguagem, escrita, memória,
codificação, ou seja, ele precisará
armazenar certos caminhos através
de uma representação mental para
arquivar ou reter, por exemplo, o
processo para se abrir um
aplicativo ou um e-mail, ou usar o
display braille, um aparelho que
codifica toda palavra no
computador em braile.
➔ A comunicação de sucesso
contribui para a autoestima e
promove experiências pessoas e
apoio a aquisição de
conhecimentos;
➔ não basta saber a Libras tátil, é
necessário ter representação de
pensamento para poder expressar
suas ideias e pensamentos a
respeito de algo.
Texto 4: Tecnologias Assistivas Para
Pessoas com Deficiência Visual
➔ O objetivo deste trabalho foi
realizar uma análise tecnológica de
produtos de acessibilidade para
pessoas com deficiência visual.
➔ A OMS classifica a deficiência
visual em categorias, desde a perda
leve até a ausência total da visão;
➔ 6,2% da população brasileira tem
algum tipo de deficiência, sendo
3,6% a deficiÊncia visual
➔ Em dezembro de 2006, a
Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência, adotada
em reunião da Assembleia Geral da
Organização das Nações Unidas
(ONU), reafirmou a universalidade,
a indivisibilidade, a
interdependência e a inter-relação
de todos os direitos humanos e
liberdades fundamentais, bem
como a necessidade de que todas as
pessoas com deficiência tenham a
garantia de poder desfrutar
plenamente desses direitos, sem
discriminação;
➔ Tecnologias assistivas como a
audiodescrição é uma ferramenta
que transforma o signo visual em
verbal, permitindo a compreensão
integral do conteúdo;
➔ A busca de dados no INPI e
Espacenet resultaram em: Após a
mineralização dos dados, foram
selecionadas 14 patentes, sendo
oito no Espacenet e seis no INPI, e
mais 33 programas de computador
(INPI), totalizando 47 inovações.,
➔ Predominantemente voltada para
cultura, educação e serviços gerais;
➔ A Política Nacional para a
Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência prevê que o ambiente
universitário esteja adequado às
pessoas com deficiência,
estabelecendo, ainda, a adoção de
planos e de núcleos de
acessibilidade, fator este que
favoreceu a produção de pesquisas
e de soluções tecnológicas para
 atender à comunidade docente com
algum tipo de deficiência
➔ A Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia oferece o
curso de bacharelado em
Engenharia de Tecnologia
Assistiva e Acessibilidade com o
objetivo de promover a
funcionalidade relacionada à
atividade e à participação de
pessoas com deficiência,
incapacidades ou com mobilidade
reduzida, visando à sua autonomia,
independência, qualidade de vida e
inclusão social.
➔ Exemplos de TAs
➔ A Fundação Certi é uma instituição
sem fins lucrativos que atua em
pesquisa, desenvolvimento e
serviços tecnológicos para o
mercado de forma geral. O
dispositivo permite ao estudante ler
arquivos eletrônicos de texto tanto
em Braille como em áudio ou
simultaneamente em áudio e em
Braille. O dispositivo também
permite escrever textos e editar
arquivos no teclado Braille
embutido ou em um teclado normal
conectado por USB, além de
capturar texto impresso, e converte
em arquivo de texto para ser lido
em Braille ou em áudio.
➔ O Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Mato
Grosso do Sul é o titular do
Speakcode. Esse aplicativo pode
ser usado para “leitura e transcrição
do conteúdo de códigos QR em
áudio”, por meio do qual o usuário
com deficiência visual pode
identificar “produtos e objetos
previamente marcados, facilitando
a realização de tarefas cotidianas e
profissionais”.
➔ A Université Mohammed
de Rabat do Marrocos é a titular
do Método para acessibilidade de
imagens digitais em tempo real a
pessoas com deficiência visual.
Essa invenção permite traduzir
automaticamente o conteúdo
semântico da imagem científica
em um formato de texto
padronizado em tempo real
➔ O Aparelho para
gerenciamento multimídia de
dispositivos de computação para
pessoas cegas ou com deficiência
visual foi depositado pela empresa
eslovena Feelif, D.O.O, que tem
foco em sistemas de informação
exclusivamente voltados para a
inclusão de pessoas com
deficiência visual a informações
em formato digital, com conteúdo
educacional digital multissensorial,
jogos e aplicativos. É um aparelho
para gestão multimídia de
dispositivos de computação, que
permite que pessoas com
deficiência visual usem
 computadores desktop, laptops,
tablets PCs, computadores
portáteis, telefones inteligentes e
todos os tipos de dispositivos de
computação que utilizam tela
sensível ao toque para se
comunicar com os usuários.
➔ Segundo o Censo 2010, há mais de
6,5 milhões de pessoas com
deficiência visual no Brasil, sendo
582 mil cegas e 6 milhões com
baixa visão, mas estima-se que
apenas 10% dessas pessoas sejam
alfabetizadas em Braille (IBGE,
2010).
➔ Barcode Speak), que tem como
finalidade consultar a descrição de
itens com código de barras ou QR
Code, por meio das interfaces de
comunicação com o banco de
dados de organizações públicas
e/ou privadas, utilizando a câmera
de smartphones ou similares para
descrever as informações por meio
do sintetizador de voz do aparelho,
além disso, é possível escolher
produtos para compra via carrinho
virtual.
Texto 5: Um procedimento de inclusão
escolar de uma criança cega
➔ O objetivo geral deste estudo foi
avaliar o efeito de procedimentos
de intervenção, em ambiente
escolar inclusivo, no
desenvolvimento motor e no
repertório de interação social de
uma criança cega com seus colegas
crianças videntes
➔ Para a criança com DV, a escola é
um ambiente social importante,
pois as características sociais da
criança podem mudar de acordo
com a variação das características
do ambiente escolar em relação às
oportunidades e às demandas que
lhe apresentam;
➔ O ambiente escolar influencia nos
padrões de amizade da criança
cega, as interações sociais entre a
criança cega e seus colegas
dependerá das características de
sociabilidade dos colegas e da
mediação dos adultos nessas
interações;
➔ Os profissionais precisam criar
contextos que promovam a
inclusão social das crianças com
deficiência visual ao mesmo tempo
que investem no desempenho
acadêmico. É papel do educador
promover a integração da criança
com os demais colegas, sendo um
mediador dessas relações; o
educador tem o “poder” de
restringir ou ampliar a relação,
além de mediar a qualidade delas;
➔ Erwin (1993) e de D’Allura (2002)
preconizam que, para a inclusão ser
bem-sucedida, é necessário
promover um bom atendimento às
crianças com deficiência visual. É
preciso priorizar a qualidade das
intervenções, ou seja, fornecer
meios eficazes de desenvolver as
capacidades da criança, em vez de
quantidade. . Se crianças pequenas
são atendidas em programas
integrados com menos frequência e
têm mais estudantes em suas
classes, elas exibem
comportamentos comparáveis
àquelas crianças registradas em
ambientes especializados (ERWIN,
1993). Assim, estudantes que são
devidamente atendidos em
 programas inclusivos podem ter
muito mais benefícios.
➔