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das rochas
Prof. Klinger Senra
Propriedades-índice das rochas
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Propriedades-índice das rochas
Mas...
São utilizadas em aplicações associadas à rocha intacta, como:
Seleção de agregados para concreto;
Operações de perfuração e corte;
Avaliação de materiais para rip-rap em barragens, etc.
V Ps
s sólido
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Propriedades-índice das rochas
Peso específico
• Relacionado ao estado de tensões verticais da crosta terrestre;
• Fornece informações sobre mineralogia ou os constituintes dos grãos;
• Fornece informações sobre o grau de alteração da rocha: Amostra de rocha
V gasoso Pa = 0
a
𝑃 𝑃𝑠 + 𝑃𝑤 V
𝛾= = v
𝑉 𝑉 V
w
líquido Pw
V Ps
s sólido
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𝛾
G= Amostra de rocha
𝛾𝑤
VOLUME PESO
V gasoso Pa = 0
a
𝛾𝑤 - peso específico da água a 4ºC (1g/cm³ ou 9,8kN/m³). V
v
V líquido Pw
w
V Ps
s sólido
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Propriedades-índice das rochas
Amostra de rocha
𝑃𝑠
𝛾𝑠 = VOLUME PESO
𝑉𝑠
V gasoso Pa = 0
a
V
v
V líquido Pw
w
V Ps
s sólido
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Propriedades-índice das rochas
VOLUME PESO
V gasoso Pa = 0
a
V
v
V líquido Pw
w
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Propriedades-índice das rochas
𝑛
Onde:
𝐺𝑠 = Gs𝑖 𝑉𝑖 Gs𝑖 = densidade relativa do constituinte mineral i;
𝑖=0 N = número de constituintes;
Vi = porcentagem do volume da lâmina ocupado pelo
constituinte mineral i.
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Propriedades-índice das rochas
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Propriedades-índice das rochas
V gasoso Pa = 0
𝑉𝑤 a
𝑆𝑟 = (%) V
v
𝑉𝑣 V
w
líquido Pw
V Ps
s sólido
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𝑃𝑑
𝛾𝑑 =
𝑉
Amostra de rocha
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Propriedades-índice das rochas
Porosidade
𝑉𝑣
𝑛= (%)
Representa a proporção de vazios no volume total da rocha. 𝑉
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Propriedades-índice das rochas
Porosidade
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Propriedades-índice das rochas
Porosidade
Meios fraturados:
A porosidade, denominada porosidade fraturada, é originada pelos vazios resultantes da quebra
da rocha, ou seja, pelas descontinuidades.
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Propriedades-índice das rochas
Porosidade
Porosidade cárstica:
Comum em rochas solúveis (carbonatos e sais), é formada pela dissolução de porções da matriz
rochosa pela água que percola pelas descontinuidades.
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Propriedades-índice das rochas
Dupla porosidade
Exemplos:
Algumas rochas sedimentares;
Horizontes de transição solo-rocha.
O efeito de intemperismo, especialmente nas microfissuras, no contorno dos grãos e nas juntas,
pode acarretar aumento da porosidade, a qual serve como um índice bastante preciso ao se
avaliar a qualidade de tais rochas.
Resumindo:
• n 2% (sãs);
• 20% n 50% (intemperizadas).
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Propriedades-índice das rochas
Em rochas sedimentares...
... formadas pelo acúmulo de grãos, fragmentos de rocha ou conchas, a porosidade varia de
aproximadamente 0 a 0.4 (n=40%).
Neste tipo de rocha, a porosidade geralmente decresce com a idade geológica e com a
profundidade, outros fatores mantidos constantes. Quanto mais antiga a rocha, maior a presença
de minerais estáveis; os instáveis já foram alterados, lixiviados e substituídos por outros estáveis,
conferindo menor espaço de vazios ao material (MARQUES E VARGAS Jr, 2022).
Resumindo:
Rochas sedimentares: 0 < n < 90%;
calcários – n 50%;
arenitos – n = 15% (valor típico).
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Propriedades-índice das rochas
É o volume de poros efetivamente disponível para ser ocupado por fluidos livres (Ve ↔ exclui
todos os poros não conectados, inclusive o espaço ocupado pela água adsorvida nas argilas)
dividido pelo volume total.
Isso se deve à parte da água ser retida no solo ou na rocha pela ação das forças moleculares e
pela tensão superficial. Ou seja, apenas parte da água armazenada pode ser liberada.
𝑉𝑒
𝑛𝑒 = (%)
𝑉
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Propriedades-índice das rochas
Da água contida no meio, parte é retida por efeitos capilares e moleculares, sendo expressa pela
capacidade de retenção específica (𝑛𝑠 ), definida pela relação entre o volume de água retida pelo
meio (Vs), após escoada a água livre ou gravitacional, e o volume total (V):
𝑉𝑠
𝑛𝑠 = (%)
𝑉
Como o volume da água liberado pela ação da gravidade é determinado pela porosidade efetiva,
a capacidade de retenção específica corresponde à diferença entre porosidade total e a porosidade
efetiva:
𝑛𝑠 = 𝑛 − 𝑛𝑒
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Propriedades-índice das rochas
Para os meios com porosidade de fraturas, foram elaboradas leis específicas de escoamento,
no campo da Mecânica das Rochas.
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Propriedades-índice das rochas
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Propriedades-índice das rochas
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Propriedades-índice das rochas
Isso permite a obtenção do volume de vazios e total da amostra, e assim, a determinação da porosidade e
do peso específico aparente seco.
Os detalhes do ensaio podem ser encontrados em Rezende (2014).
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𝑤𝑠𝑎𝑡 . 𝐺𝑠
𝑛= para Sr = 100(%)
1 + 𝑤𝑠𝑎𝑡 . 𝐺𝑠
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Rezende (2014).
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ROCHA IDADE PROFUNDIDADE (m) POROSIDADE
(%)
Anfibolito W1 (MG) Proterozóico Superfície 0,56
Anfibolito W1/W2 (MG) Proterozóico Superfície 0,36
Anfibolito foliado W1 (MG) Proterozóico Superfície 0,21
𝑀𝑤
𝑤= (%)
𝑀𝑠
Para rochas que se encontrem completamente saturadas (Sr = 100%), pode-se definir o teor de
umidade de saturação (𝑤𝑠𝑎𝑡 ).
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Propriedades-índice das rochas
Algumas relações entre índices físicos, usados na classificação e identificação de rochas, são
expressas por meio das seguintes equações:
Gs w S e
s Gs S e
d sat w
d G s w (1n ) 1e 1 e
n w sat G s
e n , S100 %
1n 1 w sat G s
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Propriedades-índice das rochas
Muita calma nessa hora porque é possível se deduzir todas estas equações!
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Propriedades-índice das rochas
Velocidade de propagação de ondas ou velocidade sônica
Vibrações nas rochas se propagam, principalmente, por meio de ondas longitudinais e
transversais. Teoricamente, a velocidade com que uma onda se propaga através da rocha
depende exclusivamente de suas propriedades elásticas (E, ) e de sua massa específica, .
Na prática, o que se tem observado é que o grau de fissuramento da rocha interfere nessas
medidas (a velocidade de propagação diminui com a presença de fissuras). Desse modo, a
velocidade de propagação da onda pode ser usada como índice para avaliar o grau de
fissuramento da rocha (GOODMAN, 1989).
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Velocidade de propagação de ondas
Logo, conclui-se que:
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Velocidade de propagação de ondas
Este índice é muito usado para determinar zonas de fraturamento e, ou, alteração em escavações
subterrâneas.
Velocidade de propagação de onda em uma amostra de rocha pode ser obtida da seguinte maneira:
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Velocidade de propagação de ondas
Velocidade de onda
longitudinal dos minerais
(FOURMAINTRAUX,
1976).
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Velocidade de propagação de ondas
b) Determina-se a velocidade de onda longitudinal (vl) da amostra de rocha em laboratório.
c) Calcula-se o índice de qualidade (IQ) por meio da equação:
vl
IQ (%) * 100%
vl
Fourmaintraux (1976) observou que o índice de qualidade é ainda influenciado pela presença dos
poros e propôs a seguinte relação para IQ:
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Velocidade de propagação de ondas
Com o valor da porosidade conhecido e o valor de IQ calculado, é definido um ponto em uma das
cinco faixas:
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Alterabilidade e durabilidade
Exemplos:
Granitos: intactos, são duráveis pois podem ser submetidos a ciclos de umedecimento-
secagem sem se desintegrarem.
Folhelhos – incham ou desintegram-se quando expostos às condições atmosféricas.
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Alterabilidade e durabilidade
Índice de alterabilidade
Está diretamente relacionado à velocidade de intemperismo da rocha e indica sua
tendência de desagregação.
Entre os processos que alteram as propriedades das rochas, pode-se citar tanto químicos,
como hidratação, solução e oxidação; quanto físicos, tais como esfoliação, desagregação e
abrasão.
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Alterabilidade e durabilidade
Índice de alterabilidade
Alterabilidade é a facilidade que uma determinada rocha tem de se alterar.
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Alterabilidade e durabilidade
Ensaio de durabilidade
Ensaio proposto por Franklin e Chandra (1972), utilizado para determinar a resistência de
rochas a ciclos de molhagem-secagem.
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Alterabilidade e durabilidade
Ensaio de durabilidade
As paredes do cilindro são formadas por uma malha metálica com abertura de 2 mm.
Uma amostra de rocha de aproximadamente 500 g é quebrada em 10 pedaços de 40 a 60 g,
previamente secos e pesados, que são colocados dentro do cilindro.
O cilindro é imerso em um tanque com água (ou qualquer outro fluido de interesse – água de
mina, por exemplo) e submetido a uma velocidade de 20 rpm durante 10 minutos.
Amostras de rocha de moderada a baixa durabilidade desintegram-se progressivamente e os
fragmentos passam através da malha.
Após os 10 minutos, o cilindro com a fração remanescente da amostra é removido, levado a secar
em estufa e a fração remanescente da amostra é pesada.
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Alterabilidade e durabilidade
Ensaio de durabilidade
A relação entre o peso seco da fração de amostra retida no cilindro e o peso inicial da amostra é
definida como índice de durabilidade (Id):
peso final
Id
peso inicial
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Alterabilidade e durabilidade
Ensaio de durabilidade
Gamble (1971) propôs que se submetesse a amostra a um segundo ciclo de 10 minutos após a
secagem.
Uma classificação de durabilidade proposta por Gamble (1971) é apresentada na Tabela.
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Alterabilidade e durabilidade
Ensaio de durabilidade
Foi observado que a durabilidade varia diretamente com a densidade e inversamente com
o teor de umidade natural:
Id densidade
Id 1/umidade
Em relação a outros ensaios de desgaste, tais como o ensaio de Los Angeles ou o ensaio
de Micro-Deval, o “Slake” é um ensaio simples de efetuar pois necessita de amostras
pequenas (Ferreira e Antão, 2006).
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Alterabilidade e durabilidade
Exemplo: Resultado do ensaio na rocha gnáissica Madeira Branca intacta (Filho, Xavier
e Maia, 2013).
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Ensaio com esclerômetro de Schmidt
Utilizado para determinação da resistência à compressão uniaxial (UCS) da matriz
rochosa, a partir de valores de rebote (R), em especial para os materiais existentes nas
paredes de descontinuidades.
Há dois tipos de martelos:
- Tipo L – para ensaios em materiais menos resistentes –
intemperizados, porosos ou brandos;
- Tipo N – para ensaios de campo.
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Ensaio com esclerômetro de Schmidt
Amostras devem ter, preferencialmente:
- Diâmetro > 54,7mm, para ensaios com martelo tipo L;
- Diâmetro > 84mm, para ensaios com martelo tipo N.
- Blocos devem ter no mínimo 100mm de espessura no ponto de impacto.
- Aconselha-se a utilização de uma base de aço para a realização dos ensaios.
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Ensaio com esclerômetro de Schmidt
Martelo mecânico vs martelo digital
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Ensaio com esclerômetro de Schmidt
Martelo mecânico vs martelo digital
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Ensaio com esclerômetro de Schmidt
Correlações de literatura mais comuns:
Baesso (2021)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• AZEVEDO, I. C. D.; MARQUES, E. A. G. Introdução à mecânica das rochas. Ed. UFV, 2006. 361p.
• GOODMAN, R.E. Introduction to rock mechanics. 2ª Ed. New York: John Wiley & Sons, 1989. 562 p.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• MARQUES, E. A. G; VARGAS Jr, E. A. Mecânica das rochas. Oficina de Textos, 2022.
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