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Yoshizane
Universidade Estadual de Campinas – C E S E T
NOTAS DE AULA
MECÂNICA DOS SOLOS
I - INTRODUÇÃO: Este material didático, foi trabalhado com o intuito de através de uma linguagem
simples, fazer com que os leitores e usuários entendam melhor o solo, que é uma ciência relativamente
recente, e requer mais e mais estudiosos para atingirmos a meta científica do desenvolvimento
humano.
Os estudos da mecânica dos solos levam-nos ao conhecimento das características físicas dos solos,
através de ensaios ou experiências. Na área das ciências exatas o que predomina é o conhecer o solo
quanto a sua estrutura e formação, para solicitá-los e utilizá-los.
I -1- HISTÓRICO:
Neste período, os solos eram analisados com propriedade dos materiais homogêneos e estudos mais no
ponto de vista matemático do que físico. Todos os estudos relativo a solos, se baseavam em dados
empíricos.
Em decorrência aos insucessos das pesquisas e das análises matemáticas do período clássico, o solo
passou a ser analisado experimentalmente e em observações dos fenômenos que ocorriam
naturalmente. Nesta época, evidenciava –se o desenvolvimento industrial e conseqüentemente uma
expansão muito grande de estradas e transportes, bem como a construção civil fazendo com que os
estudos dos solos se evidenciassem também.
II– 1 – O GLOBO TERRESTRE: Segundo pesquisas, o globo terrestre se constitui de três camadas
“geosferas”
II–1-1 – NÚCLEO: Camada central do Globo terrestre com formação relativamente sólida de níquel e
ferro. Seu raio aproximadamente é de 3400km.
II–1-2- MANTO: Camada intermediária com espessura aproximada de 2900 km, constituída por
silicatos ferromagnésianos com alta densidade e temperatura.
II–1-3- CROSTA: Camada externa do globo com uma espessura média de 50 km, consideradas em
duas partes, isto é:
Crosta inferior: Constituídas por rochas contendo silicatos ferromagnésianos.
Crosta superior: Constituídas por rochas ricas em silício e alumínio.
2
II – 2 – FORMAÇÃO DO SOLO:
II-2-1-INTRODUÇÃO: O objeto dos estudos da geologia e mecânica dos solos é a camada de pequena
espessura e bem variável de região para região, que é resultante da composição dos elementos minerais
componentes da rocha, através do intemperismo.
II-2-2-INTEMPERISMO: o intemperismo nas rochas ocorrem devido à ação de dois tipos de agentes,
ou sejam:
II-2-2-1-INTEMPERISMO FÍSICO: Causado por alívio de pressões, por congelamento das águas que
se depositam nas fissuras das rochas (orvalho e chuva), variação da temperatura ambiente. Na ação do
intemperismo físico, não há alteração na composição química e minerológica da rocha, mas sim
laterações texturais, ou seja dissociação das partículas das rochas, que conseqüentemente resultam em
solo grosso.
II-2-2-2 INTEMPERISMO QUÍMICO: Causados pela ação de agentes que atacam as rochas,
alterando assim a constituição mineralógica da rocha matriz. Dos agentes químicos, o mais comum é a
água, que através da oxidahidratação e carbonatação, dão origem a solos com características próprias,
com partículas pequenas „finos.”Os efeitos dos materiais orgânicos tem também um papel muito
importante na formação de alguns tipos de solos, os quais são denominados solos orgânicos”.
II-2-3 GRUPO DE SOLOS: De acordo com a origem geológica, os solos são agrupados em:
II-2-3-1 SOLOS RESIDUAIS: São os que desde a sua origem até a data de análise por
amostragem permaneceram no mesmo local da formação, e que se subdividem em dois grupos:
II-2-3-1-2 ORGÃNICOS: Solos formados basicamente por restos de organismos, como animais
(marga-depósito de calcário) como vegetais (turfas, argilas turfosas).
VENTO: “Solos eólicos”: Possuem geralmente textura „ partículas‟ finas e uniformes compreendidas
entre areias grossas e siltes.
ÁGUA: “Solos aluvionares”: Possuem textura condizente com a velocidade de arrasto e distância de
transporte.
GELO: “Solos glaciais”: Formados por partículas de tamanho diversificado, devido às grandes
pressões desenvolvidas e à abrasão (Raspagem) durante o movimento das neves.
3
II – 2 – 3 – 3 PERFIL ESQUEMÁTICO DA FORMAÇÃO E TRANSPORTE DO SOLO
Areia fina
Rocha Sã Mar
Argila, Silte
e Areia fina
II-2-4- SOLOS COLUVIONARES: São formados nos pés das elevações, sendo em geral de textura
grossa, heterogênea e não coesiva.
III-PARTÍCULAS:
As partículas do solo possuem várias formas.
III-1- ESFEROIDAIS: Arredondadas: Possuem forma arredondada em decorrência arrasto pelas águas
(polimento, lixiviação) são típicos de solos transportados, e textura grossa.
4
III-5- TAMANHO DAS PARTÍCULAS: Um solo normalmente é constituído por partículas de
tamanhos diversos. De acordo com a textura, o solo pode possuir partículas de pedregulhos, areias,
siltes e argilas.
IV-1- DEFINIÇÃO: É uma relação entre volume e peso e vice versa, das três fases físicas que
constituem um solo.
IV-2-1-FASE SÓLIDA: Formada pelas partículas, qualquer que seja sua origem.(mineral, orgânica ou
mineral-orgânica)
IV-2-2-FASE LÍQUIDA: Formadas geralmente por água contida nos vazios entre partículas
componentes da fase sólida.
IV-2-3-FASE GASOSA: Formada por ar ou outros gases que ocupam os vazios entre partículas.
Amostra de
Solo
Partícula
(fase sólida)
Fase Líquida
(Água)
Fase Gasosa
(Ar)
5
VOLUMES:
Gasosa VAr
VV VH2O Líquida
VAr Gasosa
VT Líquida VH2O
PESOS:
Onde: P = Peso
PH2O = Peso da água
GASOSO
PG = Peso dos Sólidos
LÍQUIDO PH2O P
VT = VG + VAR + VH2O
P PG PH 2O
S S
V V
Onde:
S = PESO ESPECÍFICO DO SOLO
G = PESO ESPECÍFICO DAS PARTÍCULAS
H2O = PESO ESPECÍFICO DA ÁGUA
nat = PESO ESPECÍFICO NATURAL
Obs: nat é medido no campo.
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V - RELAÇÕES FUNDAMENTAIS:
VV
V-1- e ÍNDICE DE VAZIOS
VG
VV
V-2- n POROSIDADE
V
PH 2O
V-3- w x100 TEOR DE UMIDADE
PG
PH 2O
PG
1 w
VH 2 O
V-4-
SR x100 GRAU DE SATURAÇÃO
VV
emax enat
V-5- GC GRAU DE COMPACTAÇÃO
emax emin
V AR
V-6- G A x100
VV
VV VH 20
GA 1 SR
V
GA 1 S R GRAU DE AERAÇÃO
8
V-7 – PARA SOLOS SATURADOS S R 100%
G ex H 2O
SAT ou
1 e
G x H 2O
S
1 e 1 e
VV e
n
V 1 e
PH 2O VH 2O x H 2O H 2O x S R x VV
w
PG VS x H 2 O H 2O x xVS
S 1 w
G 1 w
1 e
9
V-12- PESO ESPECÍFICO SUBMERSO ( SUB )
SUB 1 nx G 1 n x H 2O
SUB 1 nx G H 2O
SUB NAT H 2O
V-13- EXERCÍCIOS:
1)Tem se 1900g de solo úmido, o qual será compactado num molde, cujo volume é de 1000 cm3. O
solo seco em estufa apresentou um peso de 1705g. Sabendo-se que o peso específico dos grãos
(partículas) é de 2,66g/cm3 determine:
a- o teor de umidade
b- a porosidade
c- o grau de saturação
dados: G 2,66 g / cm 3
P = 1900g
PG =1705g
V = 1000cm3
a) w =?
PH 20 195
w x100 w x100 w = 11,4%
PG 1705
b) n =?
VV PG PG
n x 100 G 2,66 g / cm 3 G VG
V VG G
1705
VG VG 640,98cm 3
2,66
VV
n x100 n 358, 02
x100 n 35,90%
V 1000
10
c) SR =?
V
S R H 20 x100 VH 2O
PH 20
VH 2O
195
Vw 195cm 3
VV H 2O 1
195
SR x100 S R 54,31%
359,02
VV
Sabendo que: n (Porosidade do solo)
VT
Então podemos deduzir que: VV nxVT
então, VG VT x(1 n)
VH 20
Se SR ( grau de saturação) , então podemos expressar que VH 2O S R xVV e,
VV
Substituindo VV é o mesmo que nVT então, concluímos que: VH 2O S R x n xVT
Se PH 2O VH 2O ÁGUA , isto é o peso é o volume multiplicado pelo seu peso específico então,
podemos nos expressar que: PH 2O S R x nVT x ÁGUA
Se PG VG x G porque o peso específico dos grãos nada mais é do que o volume dos grãos
multiplicado pelo seu peso específico, então podemos expressar que:
PG VT x(1 n) x G
Se PT PH 2O PG , isto é , o peso total nada mais é do que o peso da água somado ao peso dos
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grãos então, PT ((S R . n .VT ) . ÁGUA ) ((VT (1 n) . G ))
Com estas equações acima, (determinação de volume e peso), determinamos os outros índices, isto é:
e (índice de vazios)
VV
Sabemos que: e e que VV nVT e que por dedução VG VT VV ou VG VT (1 n ) ,
VG
nVT nVT
Podemos nos expressar da seguinte maneira : e ou ainda e então, finalmente
VT VV VT (1 n)
nVT n
concluímos que e e
VT (1 n) (1 n)
w (teor de umidade)
Sabemos que: w
PH 2O
e, que PH 2O S R .n .VT . H 2O e PG VT .(1 n) . G ,então podemos
PG
S .n .VT . H 2O
expressar da seguinte maneira: w R então,
VT .(1 n) . G
S R .n . H 2O
w
(1 n) . G
S R .VT . H 2O VT (1 n) g
seguinte maneira: NAT
VT
NAT S R . H 2O (1 n) G
12
Pg
Sabemos que s e que PG (1 n) G .VT então podemos expressar da seguinte maneira:
VT
(1 n) . G .VT
S S (1 n) G
VT
PG VV . H 2O
Sabemos que SAT e que PG VT (1 n) G e também que VV n .VT então,
VT
Podemos expressar da seguinte maneira:
VT . (1 n) . G n .VT . H 2O
SAT SAT (1 n . G ) (n . H 2O )
VT
Sabemos que SUB NAT H 2O e que SUB S R . H 2O (1 n) G então, podemos
expressar da seguinte maneira:
Resolução:
Considerando:
Ps = Peso da cápsula Ps = 258,7 - 73,8g
Ps =184,9g
13
PG PTS = Peso da cápsula Ps = 241,3 - 73,8g
Ps =167,5g
Calculando w :
w
Pw
x100 PW PS PG
PG
P
Conceituais:
V
PH 2O
H 2O H 2O 1g / cm 3
VH 2 O
PH 2O PFINAL PINICIAL
se H 2O 1g / cm 3 e
P
então: PH 2O 17,4 g
V
PH 2O
VH 2O
1
Temos:
PG PH 2O
AP AP (VG VV ) PG PH 2O
VG VV
VV 55,33cm 3
VV 55,33
e e e 0,67
VG 82,6
14
PH 2O 17,4
w x100 w x100 = 10,39%
PG 167,5
PG 167,5
G G = 2,03g/cm3
VG 82,6
PT 184,9
S ou NAT S 1,85 g / cm 3
VT 100
3 ) Conhecidos:
O Grau de Saturação;
O peso específico dos grãos;
O índice de vazios;
O volume dos grãos;
Determinar todos os demais índices físicos, bem como o volume e o peso.
Resolução:
Correlações:
VV
1- Se e VV e .VG
VG
2- Se VT VV VG VT VG (1 e)
VH 2O
3- Se S R VH 2O S R . e .VG
VV
PG
4- Se PG VG . G VG
G
5- Se PH 2O VH 2O . H 20 PH 2O S R . e . VG . H 2O
6- Se PT PH 2O PG PT S R .e .VG . H 2O VG . G
PH 2O S R . e .VG . H 2O S R . e . H 2O
Se: w , temos : w
PG VG . G G
15
VV e .VG e
Se: n , temos : n
VT VG . (1 e) (1 e)
Determinação da NAT
PT V . S . e . H 2O
Se: NAT G R , temos:
VT VG . (1 e)
S R . e . H 2O G
NAT
(1 e)
Determinação da SAT
PG VV . H 2O VG . H 2O e .VG . H 2O
Se SAT
1 e VG (1 e)
G . e . H 2O
Temos: SAT
(1 e)
PG VG . H 2O
Temos: S temos :
VT VG (1 e)
G
S
1 e
e . S R . H 2 O G H 2 O
SUB
1 e
16
4-Depois de executado em aterro de areia, para a implantação de uma indústria, foram determinados:
1- O teor de umidade;
2- O peso específico do aterro;
3- O peso específico dos grãos;
4- O índice de vazios máximo e mínimo
O grau de compactação específico no projeto, é de 0,5 (- 2%; ±). Verificar se o Aterro está dentro da
especificação:
eMAX 0,721
eMIN 0,510
2,89
1,7 1,7+ 1,7 e = 2,89
1 e
1,19
e= e = 0,700
1,7
Sabemos que:
17
G .C 0,100
5 - Sabendo se que:
w = 24%
S R 74,5%
NAT 1,88g / cm 3
Determinar: G, S , e, n
e . S R . H 2 O e . 0,745 . H 2O
w então 0,24
G G
e . S R . H 2 O G e . 0,745 .1 G
NAT 1,88
1 e 1 e
G 3,11(0,952) G 2,96 g / cm 3
G 2,96
S S S 1,51g / cm 3
1 e 1 0,952
e 0,952
n n n 0,487
1 e 1,952
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6 ) Uma amostra arenosa, colhida em um frasco com capacidade volumétrica de 594cm3,pesou 1280g.
O peso deste frasco coletor é de 350g. Feita a secagem em estufa à 105 oC, a amostra passou a pesar
870g. Sabendo-se que o peso específico dos grãos é de 2,67g/cm3 determine:
a) O índice de vazios;
b) A porosidade;
c) O teor de umidade;
d) O grau de saturação;
Resolução comentada:
Dados iniciais:
PT 1280 g (frasco + amostra arenosa)
PT PAMOSTRA PFRASCO
PAMOSTRA 950 g
Sabemos que o peso da amostra após secagem em estufa, passou a ser de 870g, isto quer
afirmar que os pesos da fração sólida junto com a porção aquosa, era de 930g antes de secar. Então,
para se saber qual o peso em água na amostra, basta deduzirmos assim:
PT PH 2O PG
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Obs: Até aqui, trabalhamos numericamente para definir e determinar os dados de peso. Agora,
passaremos a trabalhar numericamente para definir e determinar os dados volumétricos.
P g k ton
unidade 3
3
3
V cm cm m
Sendo assim, poderemos determinar qual é o volume da fração ou porção sólida contida na amostra, da
seguinte maneira:
-O peso dos grãos foi determinado: PG 870 g então, o volume dos grãos VG é determinável assim:
PG 870
VG VG VG 325,84cm 3
G 2,67
Portanto agora poderemos determinar qual é o índice de vazios desta amostra arenosa assim:
VV 268,16
Sabemos que e então, e e 0,823
VG 325,84
Se e
VV
e, VV VT VG , vamos então substitui-lo:
VG
20
VT VG VT VG VT
e é o mesmo que: e então: e 1 II
VG VG VG VG
Quando não temos o valor volumétrico dos grãos VG , podemos determiná-lo da seguinte maneira:
PG
VG (da mesma forma utilizada anteriormente no item 2)
G
Porém, incorremos muitas vezes na necessidade de utilizarmos fórmulas correlacionadas, que para o
índice de vazios é:
VT
e III
PG
G
I = II = III
VV V VT
e = T 1 = 1
VG VG PG
G
VV VT VG VG
n n ou n 1
VT VT VT
268,16
n n 0,451
594
PH 2O 60
w w w 6,90%
PG 870
PH 2O 60
V
S R H 2O SR
H 2O
SR 1 S R 22,37%
VV e .VG 0,823 . 325,84
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V – ESTRUTURA DOS SOLOS
V - 1- INTRODUÇÃO:
Nos estudos da engenharia dos solos, representamos os solos como agregados de partículas.
Devido a grande diversidade das dimensões e formas das partículas, podemos resumir o que
ocorre entre partículas em termos de ação das forças peso e forças superficiais de correntes da ação
elétrica estrutural.
A ação ou sob ação da força peso das partículas, podemos analisar o comportamento dos solos
granulados, sem coesão, e sob ação da força superficial elétrica o comportamento dos solos coesivos.
Sabe-se, porém, que existe umas parcelas apreciáveis de solos, que se situam intermediárias a
este extremo acima mencionado, isso faz crer que haverá uma consolidação de partículas não coesivas,
isto é, grãos de silte ou areia formando uma estrutura contínua, em cujos interstícios, apresentam uma
massa argilosa (finos).
É muito importante saber que nos solos tanto residuais como transportadores, as formas
estruturais sempre estão evolutivas, onde a presença da água exerce a função de intemperismo
“hidrólise” nas partículas minerais, mantendo os sempre em equilíbrio com o meio ambiente, ou até
mesmo, formando uma película de revestimento nas que já se encontram em equilíbrio com o meio
ambiente.
Assim sendo, podemos considerar os solos granulares como estacionarias, pois é notória a
desproporção entre o volume de água e o volume das partículas.
Nos solos finos argilosos, a fração líquida é considerada pelo fato de seu potencial elétrico, que
influi diretamente no seu comportamento mecânico.
Resumimos então que enquanto nos solos com partículas maiores, o efeito da água pode ser
considerado independente da natureza mineralógica da fração sólida, nos solos argilosos a água e o
mineral formam um conjunto mútuo.
2- O atrito entre as partículas, depende muito da natureza mineralógica e o grau de alteração desses
minerais.
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V-2-2- MODELO MACROMERÍTICO:
Este modelo assimila os solos a líquidos macromeríticos (moleculares) tendo em vista que
tanto os solos como os líquidos possuem estrutura aleatória e tem atrito interno. Este estudo relaciona
as forças interpartículas, que nos líquidos são predominantemente forças de Van der Waals e que
podem ser simuladas nos solos granulares mediante aplicação de forças externas. Sendo assim, um
solo granular pode ser considerado um líquido em potencial, uma vez que a sua passagem para o
estado líquido pode processar-se mediante uma quantidade de energia fornecida o suficiente para
modificar a sua estrutura.
Força Van der Waals: forças intermoleculares existentes em todos os pares de átomos e
moléculas que não estão quimicamente ligados.
São responsáveis pelo surgimento de sólidos e líquidos e afetam a tensão superficial e a
viscosidade dos líquidos, e são também as responsáveis pelo esfriamento dos gases quando estes se
expandem de forma súbita.
Esta força tem três determinantes ou fatores, isto é, o número de elétrons, o tamanho das
moléculas e a forma das moléculas.
Johanes Diderik Van der Waals –Químico Holandês(1837 –1923)- Prêmio Nobel de Química
1910.
V- 3 – SOLOS COESIVOS:
23
1- Uma camada de silicatos, denominada Tetraédrica.
2- Uma camada de alumínio ou magnésio, denominada Octaédrica.
V-4-1 A -GRUPO DA CAULINITA: É a combinação de uma camada tetraédrica com uma octaédrica,
intercaladas, com espaçamento basal de 7 A. Esta superposição forma a caulita, dickita e nacrita, cuja
formulação é: Al2O3. 2 e SiO2 .2H2O estável em presença de água.
V-4-1-B -GRUPO DAS ESMECTITAS: É a combinação de uma camada octaédrica justaposta a duas
tetraédricas, com espaçamento basal de 14A para as condições normais de hidratação e quando
aquecido, esse espaçamento pode ser reduzido a 10A. Dentre os representantes dessa combinação,
temos como exemplo a Montemorilonita, cuja formulação química é Al2O3. 4 SiO2.H2O expansiva
em presença de água.
V-4-1-C –GRUPO DAS CLORITAS E ILITAS: É basicamente formado por duas camadas
tetraédricas e uma octaédrica, semelhante ao grupo das esmectitas, porém melhor compensada sendo
assim menos expansiva e não apresenta água intralamelar. As micas de maior interesse são a
muscovita K2O. 3 Al2O3.6 Si O2.2 H2O e a biotita K2O.6(Mg,Fe)O.Al O3.6SiO2.2H2O.
V-4-1-D –GRUPO DAS CLORITAS: estrutura semelhante a das micas, porém apresentando no
espaço intralamelar um camada de brucita Mg (OH) 2, de constituição estrutural semelhante à de uma
camada octaédrica.
Deve –se escolher considerando as variações locais ou regionais. Deve ser feita em solos
representativos e que realmente possibilitem uma verdadeira amostragem da classe a que pertencem.
A seqüência ideal para ser amostrada deve ser em três posições fundamentais como: baixada,
encosta e elevação.
A posição recomendável para a amostragem de solos normais, é aquela para a qual o trabalho
da erosão não supera o da formação original.
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VI-2- IDENTIFICAÇÃO DOS HORIZONTES:
Horizontes são camadas diferenciadas que se sucedem em profundidade, o qual define o perfil
de um solo. É de salientar que nem todos os solos possuem horizonte.
Cada horizonte se distingue pelas características tais como “cor”, “textura”, “estrutura”,
“consistência” e formações especiais como concreções, adensamentos, carbonatos, etc..
A identificação de um horizonte é feita pela caracterização morfológica de campo, e
complementando com análise de laboratório. Assim na descrição de perfis de solos, coletam-se
amostras representativas de cada horizonte diferenciável, para a confirmação e caracterização analítica
de laboratório. Cada horizonte é identificado por símbolo, identificando o através da característica
visual e pelas transformações do material de origem do solo.
Letras maiúsculas: O; A; B; C e R.
O – Horizonte Orgânico.
A e B –Horizontes Minerais
C –Camada do Regolito (fragmentos rochosos)
R –Rocha
Algarismos arábicos:
Referem –se aos Sub-horizontes:
Algarismos romanos:
Indicam e designam as descontinuidades litológicas, tanto em horizonte como em camadas.
IB2, IIC1, IIIC2 ...
Letras minúsculas:
Indicam características complementares ou associadas às reveladas pelas maiúsculas.
25
as- Acumulação de sais mais solúveis que o carbonato de cálcio;
si – Cimentação sílica “ valida somente para horizontes C”;
a – Acumulação de argila por sedimentação anelar;
x – presença de limo “fragipan”
VI - 4 – A COR DO SOLO:
VERMELHA: Associa-se à presença de óxidos de ferro hidratados e devido a isto, este tipo de solo
tem boa drenagem interna.
Nos países tropicais, a pedologia pode ser utilizada na engenharia rodoviária e engenharia dos
solos, em especial na estabilização dos solos, como elemento complementar às técnicas clássicas de
análises de solos, influindo na definição do número de ensaios necessários para a caracterização das
ocorrências.
Na pedologia, um outro fator considerável é de que solos semelhantes ocorrem em geral em
condições análogas de materiais, inclinações e desgastes, oque leva elementos como padrões de
drenagem superficiais, características erosivas e cor a refletirem aspectos da natureza e do
comportamento do solo.
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VI-6- TABELA PARA IDENTIFICAÇÃO DO SOLO NO CAMPO
TIPOS DE SOLOS
PROPRIEDADES ARENOSOS SILTOSOS ARGILOSOS TURFOSOS
Granulação Grossa (olho nu) Fina (tato) Muito Fina Fibrosa
Plasticidade Nenhuma Pouca Grande Média a Pouca
Compressibilidade
Pouca Média Grande Muito Grande
(carga estática)
Compressibilidade Pouca Média Grande Muito Grande
(carga vibrada)
coesão Nenhuma Média Grande Pouca
Resistência ao
Nenhuma Média Grande Média a Pouca
Solo Seco
Tato
Tato Pela cor escura (preta)
Se molhar torna-
Quando seco se Quando Molhado, é bem
se bem plástico
Resumo para Tato esfarela
Se imergir na
plástico.
caracterização Visual Se imergir uma Nota-se ser um material
água, mesmo
porção seca na fibroso
depois de seca
água desagrega cheiro
não desagrega.
27
VII – CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA DOS SOLOS
VII –1 GRANULOMETRIA:
28
As curvas são lançadas no gráfico semilogarítmico onde nas abscissas, tem-se o logaritmo do
tamanho das partículas e nas ordenadas, a esquerda, a % retida acumulada, isto é, o porcentual do solo
em massa que é maior que um certo diâmetro, à direita o inverso.
A Granulometria do solo, portanto, é a distribuição dos seus grãos pelos diversos tamanhos em
porcentagem em relação ao peso do material seco.O estudo granulométrico se faz por peneiramento
conforme peneiras, de malhas quadradas onde os materiais grossos vão se retendo até os retidos na
peneira 200, com malha de 0,074mm que corresponde a areia fina.(ver quadro peneiras)
Os materiais que passam por esta peneira (silte e argila) só podem ter sua granulometria
estudada por sedimentação, que se baseia na lei de Strokes, segundo a qual, a velocidade de
sedimentação é proporcional ao diâmetro da partícula. Assim, vão se precipitando primeiro as
partículas maiores, e quanto menor a partícula, maior será o tempo necessário para a sua precipitação.
VII-2-1- INTERNACIONAL
VII-2-4-CLASSIFICAÇÃO DA ABNT
29
VII-2-5- LEI DE STOKES
S H 2O z
V .D 2
18 . t
V = velocidade da queda
S = peso específico do material solo
H 2O = peso específico da água
D = diâmetro da esfera
= viscosidade da água
18 = constante multiplicativa
z = altura
t = tempo
18 . z
D .
S w t
30
4,8 mm Nº 4 4,8 ±3 +5 +10 1,54 5
4,0 mm Nº 5 4,0 ±3 +5 +10 1,37 5
3,4 mm Nº 6 3,4 ±3 +5 +10 1,23 5
2,8 mm Nº 7 2,8 ±3 +5 +10 1,10 5
2,4 mm Nº 8 2,4 ±3 +5 +10 1,00 5
2,0 mm Nº 10 2,0 ±3 +5 +10 0,900 5
1,7 mm Nº 12 1,7 ±3 +5 +10 0,810 5
1,4 mm Nº 14 1,4 ±3 +5 +10 0,725 5
1,2 mm Nº 16 1,2 ±3 +5 +10 0,650 5
1,0 mm Nº 18 1,0 ±5 +7,5 +15 0,580 5
0,840 mm Nº 20 0,840 ±5 +7,5 +15 0,510 5
0,700 mm Nº 25 0,700 ±5 +7,5 +15 0,450 5
0,600 mm Nº 30 0,600 ±5 +7,5 +15 0,390 10
0,500 mm Nº 35 0,500 ±5 +7,5 +15 0,340 10
0,420 mm Nº 40 0,420 ±5 +12,5 +25 0,290 10
0,350 mm Nº 45 0,350 ±5 +12,5 +25 0,247 10
0,300 mm Nº 50 0,300 ±5 +12,5 +25 0,215 10
0,250 mm Nº 60 0,250 ±5 +12,5 +25 0,180 10
0,210 mm Nº 70 0,210 ±5 +12,5 +25 0,152 10
0,175 mm Nº 80 0,175 ±6 +20 +40 0,131 10
0,150 mm Nº 100 0,150 ±6 +20 +40 0,110 10
0,125 mm Nº 120 0,125 ±6 +20 +40 0,091 10
0,105 mm Nº 140 0,105 ±6 +20 +40 0,076 15
0,088 mm Nº 170 0,088 ±6 +20 +40 0,064 15
0,075 mm Nº 200 0,075 ±7 +30 +60 0,053 15
0,063 mm Nº 230 0,063 ±7 +30 +60 0,044 15
0,053 mm Nº 270 0,053 ±7 +30 +60 0,037 15
0,044 mm Nº 325 0,044 ±7 +30 +60 0,030 15
0,037 mm Nº 400 0,037 ±7 +30 +60 0,025 15
def d10
Corresponde como d10 , a quantidade de 10% em peso total, de todas as partículas inferiores a
ele isto é:
31
% que passa
100
90
80
70
60
50
40
30
20
def
10
d 60
V
d10
(d 30 )
CC =
d 60 .d10
32
% que passa
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
Ø partícula
d10 d30 d60 (mm)
VII –7-EXERCÍCIOS:
OBS: Para melhor entendimento, o aluno deverá sempre acompanhar e lançar os dados no gráfico da
curva de distribuição granulométrica.
No da
10 40 60 140 200 __ __ __
Peneira
Abertura
2,000 0,420 0,250 0,105 0,074 0,050 0,005 0,0001
(mm)
% que
100 96 89 76 66 60 18 6
passa
33
VII-7-2- Num peneiramento, de dois tipos de solo, o resultado obtido quanto aos percentuais passantes
foram:
No da
4 10 30 60 100 200 __ __
Peneira
Abertura
4,76 2,0 0,595 0,250 0,149 0,074 finos finos
(mm)
% que
passa- 72 69 49 32 21 5 3 2
Solo A
% que
passa- 100 96 78 42 14 9 6 0
Solo B
Pede-se:
a- Traçar a curva granulométrica:
b- d e
c- C
d- CC
e- Classificar o solo granulométricamente
f- Citar uma aplicação para cada tipo de solo
VIII-3- LIMITES: São baseados no conceito de que um solo é constituído por partículas de pequeno
tamanho ou diâmetro, os quais se concentram e se encontram em qualquer dos estados seguintes:
- Sólidos: Inerte, sem variação volumétrica.
- Semi – Sólidos: Forma sólida e não se retrai ao secamento.
- Plástico: Moldável
- Líquido: Forma de Lama ou de aparência fluida.
A Passagem de um estado para o outro, é gradual, sendo que os teores de um estado para o outro,
são denominados “Limites de Consistência dos Solos”.
Então:
34
O Limite de Consistência do Estado Plástico para o estado Líquido, é denominado de Limite de
Liquidez do Solo “L.L.”
ESTADO LÍQUIDO
(LAMA)
ESTADO PLÁSTICO
(MOLDÁVEL)
ESTADO SEMIPLÁSTICO
Possui aparência sólida, mas ao secar,
deforma-se.
ESTADO SÓLIDO
Não se deforma na secagem.
IC = LP – LC
w LP
IL = onde w = umidade natural
IP
LL w
IC =
IP
Sendo w as umidades naturais da argila, que mede a consistência de uma argila em função da
umidade.
35
Determinações:
VIII – 5 – EXERCÍCIOS:
LL = 57%
LP = 28%
WNAT = 32%
LL = 60%
LP = 27%
WNAT = 32%
Determine:
Qual o seu índice de consistência;
Qual o seu índice de plasticidade;
Classifique este solo quanto a sua consistência.
B= w = 7%
LL = 4%
LP = 6%
C= w = 10%
LL = 12%
LP = 7,5%
D= w = 20%
LL = 20%
LP = 15%
36
IX-CLASSIFICAÇÃO UNIFICADA DOS SOLOS
- Pedras -- Cobbles
- Cascalhos ou pedregulhos -- Gravel
- Areia -- Sand
- Finos -- silte -- Silt
Argila -- Clay
37
IX-4- DENOMINAÇOES E SIMBOLOS DOS GRUPOS:
GP = Para cascalho (pedregulhos), cascalho e areia sem muito finos, mal graduados;
ML = material siltoso e areias muito finas, pó de pedra, areia fina, siltosa ou argilosas, ou siltes
argilosos com baixa plasticidade;
CL = Argila magra, argila de plasticidade baixa ou média, argila com cascalhoou com silte ou com
areia;
IX-5-1 – “GW”
SIMBOLOGIA:
- COR: vermelho
- COMPRESSIBILIDADE: mínima
38
- PESO ESPECÍFICO APARENTE SECO MÁX: 2000 a 2240kg/m3
- DRENAGEM: excelente
IX-5-2- “GP”
SIMBOLOGIA:
- COR: vermelho
- COMPRESSIBILIDADE: mínima
- EXPANSIBILIDADE: mínima
- DRENAGEM: excelente
39
- C.B.R.: 30 a 60
- GRANULOMETRIA: Solos mal graduados, contendo cascalho e areia, sem muitos finos(
menos de 5% passando na peneira 200).Típicos cascalhos uniformes, areias uniformes ou
misturas desuniformes de material muito grosso e areia fina faltando, portanto as partículas
intermediárias.
IX-5-3- “GM”
SIMBOLOGIA:
- COR: amarelo
- PERMEABILIDADE: K= 10 -3 a 10-6cm /s
- EXPANSIBILIDADE: pouca
- C.B.R: 40 a 60
40
- PERCOLAÇÃO: Trincheiras de pé de talude
Barragens: Estabilidade razoável, pouco indicada para capas, pode ser aplicada em cut-off.
41
PROPRIEDADES
Resistência
G
ao Compressibilidade
R Permeabilidade Trabalhabilidade
Cisalhamento quando Qualidade
U quando como material
quando compactado e como
P compactado de construção
compactado saturado fundação
O
e saturado
GW Permeável Excelente Quase nenhuma Excelente Excelente
Muito
GP Bom Quase nenhuma Bom Excelente
permeável
Semipermeável
GM Bom Quase nenhuma Bom Excelente
a permeável
Bom a
GC Impermeável Muito baixa Bom Excelente
regular
SW Permeável Excelente Quase nenhuma Excelente Excelente
SP Permeável Bom Muito baixa Bom Boa
Semipermeável
SM Bom Baixa Bom Boa
a impermeável
Bom a
SC Impermeável Baixa Bom Excelente
regular
Semipermeável Bom a
ML a impermeável
Média Regular Regular a má
regular
CL Impermeável Regular Media Regular Regular a má
Semipermeável Má a muito
OL Regular Média Regular
a impermeável má
Semipermeável Má a muito
MH Pobre Alta Pobre
a impermeável má
Má a muito
CH Impermeável Pobre Alta Pobre
má
OH Impermeável Pobre Alta Pobre Muito má
Extremamente
PT Impermeável -------- -------- --------
má
X-1 – INTRODUÇÃO:
Esta classificação, leva em conta a granulometria, o limite de liquidez e o índice de plasticidade
do solo. É uma classificação utilizada especificamente na engenharia rodoviária.
Tem como novidade em relação à classificação unificada, o índice de grupo “IG‟, que é um
número inteiro variando de zero a 20, que melhora sensivelmente a ordenação dos solos, dentro de
um mesmo grupo, na ordem inversa da sua qualidade como material”.
São classificados em “7” grupos, de acordo com a granulometria e o intervalo de variação dos
limites de consistência e do índice de grupo.
42
X-2 –SOLOS GRANULARES:
Tomando-se como parâmetro básico que se considera como tais quando menos de 35% do
material em peso possuem diâmetro inferior a 0,074 mm “P-200”, pode-se classificar em três
grupos “A-1, A-2, A-3”.
SUBGRUPO A-1 a: Solos formados por fragmentos de rocha (pedra) ou pedregulho, com ou sem
material aglutinante.
SUBGRUPO A-1 b: Solos formados por areia grossa com ou sem material aglutinante.
X-2-2 – GRUPO A-2: Compreendem de uma grande variedade de material granular, com
graduação regular e pouco material aglutinante. São solos com características satisfatórias para
construção de aterros ou para serem utilizados como revestimento de solos plásticos ou siltosos.
Quando bem compactados são muito estáveis.
X-2-3 –GRUPO A-3: Compreendem às areias finas sem material siltoso ou argiloso e ás areias
finas com pouco silte plástico, e também as areias provenientes dos rios, porém com pouca
quantidade de pedregulho e areia grossa. São solos que permitem boa drenagem e quando
confinados, constituem subbases de qualquer tipo de pavimento.
X-3-1 – GRUPO A-4: São aqueles formados de solos principalmente siltosos, pouco ou nada
plásticos e de misturas de areia e silte, sempre quando o percentual de material granular “não
ultrapasse” de “64%”.
São pouco estáveis e impróprias ao uso como subleito de pavimentos rígidos.
X-3-2 – GRUPO A-5: São semelhantes às do grupo A-4, porém contendo materiais micáceos e
diatomáceos, que possuem elevado limite de liquidez e elásticos.
X-3-3 – GRUPO A-6:O solos típico deste grupo, é a argila, incluindo –se também as misturas silto
arenosas, que deixam menos de 64% na peneira P-200. Os Solos deste grupo, de modo geral
apresentam variações sensíveis de volume entre estados seco e úmido.
X-3-4 – GRUPO A-7: São semelhantes às do grupo “A-G”, porém mais elásticos e elevados
limites de liquidez.
43
Obs: No índice de grupo “IG”, variando de 0 a 20, define-se como solos ótimos em termos de
aplicabilidade em estradas, quando (“IG = 0) e péssimos quando (“ IG = 20).
A determinação do “IG”, baseia-se nos limites de Atterberg do Solo, e no percentual do material
fino com diâmetro inferior a 0,074 mm ( P-200).
“b” = Percentual do material solo com diâmetro inferior a 0,074 mm (P200), subtraindo de 15. Se
o resultado desta subtração for superior ou maior que 55%, adota-se P = 55%. Se o resultado desta
subtração for menor que 15%, adota-se 35.
Se:
b = P-15 então quando
P> 55% P = 55
P< 15% P = 15
44
Supondo 60% passando na P200
b = P- 15
b = 60% - 15% b =45(errado)
“c”: Valor de limite de liquidez subtraído 40, quando LL >60, adotamos 60,
quando LL< 40, adotamos 40
c = LL – 40
intervalo de variação 0 a 20%
“d”: valor de índice de plasticidade subtraído de 10, quando IP> 30, adotamos 30, quando IP < 10,
adotamos 10.
d = IP – 10
Intervalo de variação 0 a 20 %
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS :
I - CAPUTO,Homero Pinto – MECÂNICA DOS SOLOS E SUAS APLICAÇÕES V1-V2-V3
Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda. 6ª Edição.
III-DA CRUZ, Paulo Teixeira e SAES, José Luiz - MECÂNICA DOS SOLOS
Editora Grêmio Politécnico.
45
46