UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL

-AULA 0 –
REVISÃO DE MECÂNICA DOS SOLOS I

PROF. SILVRANO ADONIAS DANTAS NETO, DOUTOR EM GEOTECNIA

ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS

 OS SOLOS SÃO FORMADOS A PARTIR DA DECOMPOSIÇÃO DAS
ROCHAS:
 AGENTES FÍSICOS: ÁGUA, VENTO, TEMPERATURA, ETC;
 AGENTES QUÍMICOS;
 COMBINAÇÃO DE AMBOS;
 AGENTES FÍSICOS:
 DESINTEGRAÇÃO MECÂNICA;
 FORMAÇÃO DE SOLOS COM PARTÍCULAS DE MAIORES DIMENSÕES
(PEDREGULHOS E AREIAS);
 AGENTES QUÍMICOS:
 ALTERAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS E MINERALÓGICAS:
HIDRATAÇÃO, CARBONATAÇÃO, OXIDAÇÃO, ETC.
 FORMAÇÃO DE SOLOS FINOS: ARGILAS, POR EXEMPLO.

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PROPRIEDADES DAS PARTÍCULAS
 PESO ESPECÍFICO DOS GRÃOS;

Vs Ps ms .g
g   (kN / m3 )
Vs Vs
ms

 NATUREZA DOS GRÃOS: SOLOS GROSSOS E SOLOS FINOS;

 FORMA DOS GRÃOS: POLÍEDRICOS, LAMELARES, FIBRILARES;

PROPRIEDADES DAS PARTÍCULAS

 GRANULOMETRIA DOS GRÃOS:
 MATACÃO: 1 m – 25 cm;
 PEDRA DE MÃO: 25 cm – 7,6 cm;
 PEDREGULHOS: 7,6 cm – 4,8 mm;
 AREIA: 4,8 mm – 0,05 mm:
- GROSSA: 4,8 mm – 2,0 mm;
- MÉDIA: 2,0 mm – 0,42 mm;
- FINA: 0,42 mm – 0,05 mm;
 SILTE: 0,05 mm – 0,005 mm;
 ARGILAS: < 0,005 mm

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 PROPRIEDADES DAS PARTÍCULAS
 ATIVIDADES DAS PARTÍCULAS:
 A < 0,75: ARGILAS SEM ATIVIDADE DE SUPERFÍCIE;
 0,75 < A < 1,25: ARGILAS NORMAIS
 A > 1,25: ARGILAS ATIVAS.
Camada de água adsorvida

-
Íons atraídos pela carga elétrica existente
na superfície do grãos
- +H

+H +H
+H
-
- - -
Partícula
- - +H - -O2
+H - - - +H
- - - -
+H +H
+H
-
+H
- -
+H -
+H
-
Superfície da partícula

ÍNDICES FÍSICOS DE UM SOLO

 FASES CONSTITUÍNTES DE UM SOLO:
Vazios:
água (mw, Vw) + ar (mar, Var)

Var Ar mar
VV
Vw Água mw
Vt mt

Vs Sólidos ms

Material sólido = solo (ms, Vs)

Estrutura mt,Vt = vazios +
floculada sólidos

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ESTRUTURA DOS SOLOS
 DEFINIÇÃO: É O ARRANJO DAS PARTICULAS DO SOLOS;
 ESTRUTURA GRANULAR SIMPLES;
 ESTRUTURA ALVEOLAR;
 ESTRUTURA FLOCULADA;
 ESTRUTURA EM ESQUELETO;
 ESTRUTURA GRANULAR SIMPLES:
 CARACTERÍSTICA DAS AREIAS E PEDREGULHOS;
 PREDOMINAM AS FORÇAS DE GRAVIDADE NA DISPOSIÇÃO DAS
PARTÍCULAS QUE SE APÓIAM UMAS DIRETAMENTE SOBRE AS
OUTRAS;

LIMITES DE CONSISTÊNCIA
 A PLASTICIDADE DE UMA ARGILA É FUNÇÃO DO TEOR DE
UMIDADE:

Estado Estado Estado Estado

Sólido Semi-sólido Plástico Elástico
w(%)
LC LP LL
IP

LC: Limite de Contração (%);

LP: Limite de Plasticidade (%); Limites de Atterberg
LL: Limite de Liquidez (%).

Índice de Plasticidade:
IP = LL – LP

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CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS : SUCS

TENSÕES DEVIDO AO PESO PRÓPRIO

 NATUREZA DAS TENSÕES ATUANTES NUM MACIÇO DE SOLO:
 PESO PRÓPRIO (DEVEM SER LEVADAS EM CONTA POIS TÊM
VALORES CONSIDERÁVEIS);
 CARREGAMENTOS EXTERNOS.
 CÁLCULO DAS TENSÕES VERTICAIS DEVIDO AO PESO PRÓPRIO:

QUANDO O SOLO É ESTRATIFICADO

A TENSÃO VERTICAL EM QUALQUER
PONTO RESULTA DA SOMATÓRIA DO
EFEITO DAS DIFERENTES
CAMADAS;

EXEMPLO:

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PORO-PRESSÃO DA ÁGUA E CONCEITO
DE TENSÕES EFETIVAS
 SEJA O PERFIL DE SOLOS SEGUINTE:
NO PONTO A:
v = .zA
NO PONTO B (ABAIXO DO NA):

v = EFEITO DAS CAMADAS SUPERIORES

A PRESSÃO DA ÁGUA NO PONTO

B INDEPENDE DA POROSIDADE
DO MATERIAL E SIM DA SUA
PROFUNDIDADE EM RELAÇÃO
AO NA;

u = .(zB – zA)

PORO-PRESSÃO DA ÁGUA E CONCEITO

DE TENSÕES EFETIVAS
 PROPOSIÇÃO DE TERZAGHI PARA O CÁLCULO DA TENSÃO TOTAL
ATUANTE NO INTERIOR DE UMA MACIÇO DE SOLO:
T = ’ + u
ONDE:
T: TENSÃO EFETIVA TRANSMITIDA PELOS CONTATOS GRÃO A GRÃO;
u: PORO-PRESSÃO, OU PRESSÃO NEUTRA, DEVIDO À PRESENÇA DO NÍVEL
DE ÁGUA SOBRE O PONTO CONSIDERADO;
 PRINCÍPIO DAS TENSÕES EFETIVAS:
 A TENSÃO EFETIVA PARA SOLOS SATURADOS É DADA POR:
’ = T - u
 TODOS OS EFEITOS MENSURÁVEIS RESULTANTES DAS VARIAÇÕES
DE TENSÕES NOS SOLOS, COMO COMPRESSÃO, RESISTÊNCIA AO
CISALHAMENTO, SÃO DEVIDAS À VARIAÇÕES DE TENSÕES EFETIVAS;

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TENSÕES EM PROFUNDIDADE
 NUM PONTO AS TENSÕES SE PROPAGAM AO LONGO DA
PROFUNDIDADE NO SOLO DA FORMA MOSTRADA NA FIGURA
SEGUINTE:

BULBO DE TENSÕES
 DEFINIÇÃO: LUGAR GEOMÉTRICO DE TODOS OS PONTOS NO
INTERIOR DO SOLO COM IGUAL ACRÉSCIMO DE TENSÕES
VERTICAIS;
 IMPORTÂNCIA:
 PROJETOS DE FUNDAÇÕES, POR EXEMPLO.

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TENSÕES NO SOLO: TEORIA DA ELASTICIDADE
 SOLUÇÃO DE BOUSSINESQ PARA CARGAS PONTUAIS:

TENSÕES NO SOLO: TEORIA DA ELASTICIDADE

 CARREGAMENTO LINEARMENTE DISTRIBUÍDO COM COMPRIMENTO
INFINITO:

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TENSÕES NO SOLO: TEORIA DA ELASTICIDADE
 CARREGAMENTO DISTRIBUÍDO SOBRE ÁREA COM LARGURA FINITA E
COMPRIMENTO INFINITO NA SUPERFÍCIE DO TERRENO:

TENSÕES NO SOLO: TEORIA DA ELASTICIDADE

 CARREGAMENTO TRAPEZOIDAL DISTRIBUÍDO NA
SUPERFÍCIE DE UM SEMI-ESPAÇO INFINITO:

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TENSÕES NO SOLO: TEORIA DA ELASTICIDADE
 TENSÃO CAUSADA POR UM CARREGAMENTO RETANGULAR
NA SUPERFÍCIE DE UM ESPAÇO SEMI-INFINITO:

TENSÕES NO SOLO: TEORIA DA ELASTICIDADE

 TENSÃO CAUSADA POR UM CARREGAMENTO RETANGULAR
NA SUPERFÍCIE DE UM ESPAÇO SEMI-INFINITO:

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TENSÕES NO SOLO: TEORIA DA ELASTICIDADE
 TENSÃO CAUSADA POR UM CARREGAMENTO RETANGULAR
ATUANDO ABAIXO DE UMA SUPERFÍCIE SEMI-INFINITA:

TENSÕES NO SOLO: TEORIA DA ELASTICIDADE

 TENSÃO VERTICAL DEVIDO ÁREA CIRCULAR
UNIFORMEMENTE CARREGADA:

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