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Para falarmos sobre a luta de crianças contra o câncer precisamos nos atentar

aos números, falando em um âmbito nacional no caso Brasil estima-se 4.310


novos casos no sexo masculino e 4.150 para o sexo feminino, para cada ano
do triênio 2020-2022, fazendo o câncer infantojuvenil líder no ranking de
causas de mortes em crianças e adolescentes, entre 0 a 19 anos.

As taxas de incidência do câncer infantil


aumentaram nos últimos anos, mas com o avanço
nas pesquisas e devido ao apoio de ONGs que
auxiliam crianças e adolescentes com câncer, o
índice de sobrevivência também subiu.
(ROSAPENIDO 2018)

Falando em um âmbito mundial segundo a Agência Internacional de Pesquisa


em Câncer (Iarc, na sigla em inglês) espera que todos os anos 215.000 casos
são diagnosticados em crianças com menos de 15 anos e aproximadamente
85.000 em adolescentes entre 15 e 19 anos.

O descobrimento do câncer na infância pode ser um golpe muito duro não só


para criança, mas também para toda a família, o psicológico é uma parte muito
afetada, por isso demanda um acompanhamento medico tanto tratando o
câncer quanto os possíveis traumas psicológicos.

Na fase do diagnóstico do câncer na criança são


observadas reações de estresse e sofrimento psicológico
tanto nos pacientes quanto em seus familiares
(Hildenbrand, Clawson, Alderfer, & Marsac, 2011;
MacLaren & Cohen, 2005; Pai et al., 2008). Tais reações
psicológicas podem ser amplificadas por estressores da
doença e do tratamento, como o afastamento do
ambiente familiar, uma vez que, em geral, é no hospital
que o processo de diagnóstico e início de tratamento se
desenrola (Kohlsdorf & Costa Junior, 2012; Silva &
Cabral, 2015). A etapa do diagnóstico caracteriza-se,
portanto, como um momento em que a intervenção
psicológica precoce junto à família se faz necessária, de
modo que ela consiga ser fonte de apoio significativo
para a criança (Hildenbrand et al., 2011).

Esse trajeto se torna muito desgastante tanto para o paciente quando para a
família, todos precisam se preparar para o pior cenário, desde o diagnostico ate
a fase final seja cura ou a morte do paciente.

O momento do diagnóstico do câncer na infância é


descrito como altamente ameaçador e de difícil manejo
para a família e, também, para a criança (Kohlsdorf &
Costa Junior, 2012). No curso da doença, o diagnóstico
constitui-se na primeira etapa de um processo que pode
ter inúmeras fases: início do tratamento, remissão,
término do tratamento médico, sobrevida, cura, recidiva,
fase terminal, morte e ajustamento familiar após a morte
do paciente, quando esse for o caso (Katz, Dolgin, &
Varni, 1990).

Tendo em vista todo desgaste sofrido pela família, as ONGs surgem como um
refugiu, dando apoio e suporte para família e claro para o paciente, as ongs
buscam dirigir, coordenar, administrar e cuidar do desenvolvimento de uma
instituição que não visa ao lucro, mas vive de doações e repasse de imposto do
governo.

Em geral, contando apenas com o auxílio financeiro de


doadores individuais, essas organizações conseguem dar
suporte emocional, financeiro e medicamentoso a muitas
crianças. Muitas delas se engajam em pesquisas,
enquanto outras promovem o divertimento e a auto-
estima necessários à infância, para superar o câncer com
força e determinação. (ROSAPENIDO 2018)

O acompanhamento durante esse processo deve ser delicado e deve conter


elementos para a criança venha se sentir confortável e atiçar nela a vontade de viver,
e a arte pode ser uma arma poderosa, instigar a curiosidade e o descobrimento pela
arte deve leva-lo a se conhecer e descobrir suas aptidões sejam elas musicais,
cênicas, plástica ou qualquer outra.

O papel das artes na melhoria da experiência


do paciente e no apoio emocional nos cuidados e luto
paliativos e no final da vida também está bem
documentado. Além disso, o envolvimento com as artes
pode trazer benefícios preventivos, incluindo o aumento
do bem-estar e da saúde mental, reduzindo o impacto
do trauma e o risco de declínio cognitivo e da fragilidade
na terceira idade.(SCHAINBERG, 2019)

Existem mais de 3000 estudos que mostram o papel da arte na prevenção de


problemas de saúde segundo um relatório publicado em 2019 pela OMS a arte
tem uma forte influência na saúde.

Estudos têm apontado que a música ajuda a controlar


os níveis de glicose no sangue e hemoglobina
glicada durante situações comuns e estressantes em
pacientes com diabetes. A hipertensão aumenta o risco
de sérios problemas de saúde e vários estudos já
mostraram melhora nos níveis de pressão
arterial e glicemia através de atividades artísticas como
em sessões de musicoterapia reduzindo a pressão
arterial e estudos com dança melhorando controle da
glicemia e níveis de pressão arterial.

Tendo em vista que a arte auxilia na recuperação da saúde, podemos abordar o uso
da arteterapia, basicamente a arteterapia é uma disciplina baseada principalmente em
psicologia e arte, ela se utiliza de recursos artísticos visuais ou expressivos com
elemento terapêutico.

As artes, como toda expressão não verbal, favorecem a


exploração, expressão e comunicação de aspectos dos
quais não somos conscientes. Neste sentido, o trabalho
com as emoções através da arteterapia melhora a
qualidade das relações humanas porque se centra no
fator emocional, essencial em todo ser humano, nos
ajudando a ser mais conscientes de aspectos obscuros, e
facilitando deste modo o desenvolvimento da pessoa
(Duncan, 2007).
Em volta desses argumentos podemos ver que o incentivo a artes em ONGs pode
promover uma qualidade ainda melhor na recuperação do paciente e fazendo-o
projetar sua vida em torno da arte.

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