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Atração de Investimentos no
Estado do Ceará
Junho 2009
Fortaleza – Ceará – Brasil
CID FERREIRA GOMES
Governador
Índice
Apresentação................................................................................................9
1. Sumário Executivo.................................................................................11
1.1 Organização . ............................................................................11
1.2 Pontos importantes dos Principais dos Capítulos.................................11
1.3 Utilidades do Trabalho..................................................................17
2. Introdução...........................................................................................17
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Anexos
Anexo A: Requisitos do Terreno para Projetos de Energia Eólica..........................149
Anexo B: Modelo de Contrato de Arrendamento de Terreno...............................155
Anexo C: Modelo de Solicitação de Propostas................................................168
Anexo D: Modelo de Contrato de Compra e Venda de Energia.........................191
Anexo E: Modelo de Contrato de Interconexão...............................................240
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Lista de Figuras
Figura 7-1. Contribuição de Capacidade em Países Europeus........................... 120
Figura 9-1. TVP Níveis de Emprego do Projeto............................................... 131
Lista de Tabelas
Tabela 3-1. Capacidade Recentemente Instalada de Energia Eólica na Dinamarca...... 32
Tabela 3-2. Resumo dos leilões da NFFO (Inglaterra e País de Gales).................... 34
Tabela 3-3. Desenvolvimento da Energia Eólica nos Estados Unidos e o PTC........... 38
Tabela 3-4. Exigências de RPS para os Estados nos EEUU................................... 42
Tabela 3-5. Resumo das Políticas Discutidas...................................................... 55
Tabela 4-1. Vantagens e Desvantagens de Diferentes Estruturas de Pagamento.......... 72
Tabela 4-2 (a). Preços Pagos nos Arrendamentos dos Projetos Revistos – Royalty........ 75
Tabela 4-2 (b). Preços Pagos nos Arrendamentos dos Projetos Revistos – Taxa Fixa......... 77
Tabela 5-1. Etapas do Desenvolvimento do Projeto sob Diferentes Opções de Suprimento.......86
Tabela 5-2. Resumo das Alternativas de Engenharia e Construção......................... 87
Tabela 7-1. Tamanho do Projeto para Diferentes Interconexões de Voltagens........... 114
Acrônimos
AC Alternating Current (Corrente Alternada)
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
AWEA American Wind Energy Association (Associação Americana de Energia Eólica)
BLM U.S. Federal Bureau of Land Management (Agência Federal de Gerenciamento
de Terras dos Estados Unidos)
BoP Balance of Plant
CGE Câmara de Gestão da Crise de Energia (Brasil)
CI Contrato de Interconexão
Co-ops Cooperativas de Energia Eólica
DB Design and Build (Projetar e Construir)
DBC Design, Build and Construct (Projetar, Incorporar e Construir)
DBO Design, Bid and Operate (Projetar, Licitar e Operar)
DKK Danish Kroner (Kroner Dinamarquês)
DM Deutsche Mark (Marco Alemão)
DOE U.S. Department of Energy (Departamento de Energia dos Estados Unidos)
DtA Deutsche Ausgleichsbank
€ Euro
EEG Erneuerbare-Energien-Gesetz (Lei Alemã de Energia Renovável)
EPC Engineer, Procure, and Construct (Engenharia, Suprimento e Construção)
EPRI Electric Power Research Institute (Instituto de Pesquisa de Energia Elétrica)
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
A p r e s e n ta ç ã o
A energia motora que leva à elaboração de um trabalho como esse é, sem dúvi-
das, a vocação do Nordeste e do estado do Ceará, em especial, para a geração de
energia através dos ventos.
Uma das condições necessárias para se aproveitar bem a energia contida no vento
é quando há a instalação de um parque eólico, onde exista um fluxo permanente e
razoavelmente forte de vento.
A combinação das brisas diurnas com os alísios de leste resulta em ventos médios
anuais entre 6m/s e 9m/s, na parte que abrange os litorais do Maranhão, Piauí,
Ceará e Rio Grande do Norte. As maiores velocidades médias anuais de vento ao
longo dessa região, abrangem os litorais do Rio Grande do Norte e Ceará, onde a
circulação de brisas marinhas é especialmente intensa e alinhada com os ventos alísios
de leste-sudeste.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Numa iniciativa novamente pioneira, o Ceará produz neste trabalho um estudo téc-
nico da cadeia produtiva eólica, que pode servir de base e orientação a todos aqueles
que queiram investir no nosso estado e, com isso, poderão trazer desenvolvimento
social, emprego e renda para as populações distribuídas ao longo das mais diversas
regiões cearenses.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
1 Sumário Executivo
Para suprir a necessidade de informação, materiais, ferramentas e referências no
apoio aos interessados no desenvolvimento da energia eólica sustentável no estado
do Ceará, a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará – ADECE, com base
em pesquisas feitas pelo Instituto Winrock International, em cooperação com a Global
Energy Concepts (GEC), com os sistemas FIEC/FIESP, com a Universidade Estadual do
Ceará – UECE e o Banco do Nordeste do Brasil – BNB, viabilizou um documento para
fomentar o “Desenvolvimento de Projetos de Energia Eólica”. Objetiva trazer informa-
ções sobre um amplo número de tópicos relacionados ao desenvolvimento de energia
eólica em larga escala às principais partes interessadas e tomadores de decisão nos
mercados no estado do Ceará.
1.1 Organização
Capítulo 1: Sumário
Capítulo 2: Introdução
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
De maneira geral, desenvolvedores de projetos têm duas alternativas para adquirir o di-
reito de instalar turbinas eólicas em um terreno: arrendando ou comprando. Desenvolvedores
podem desejar comprar terras sem restrições para projetos eólicos, porém, isso não é muito
comum já que essa alternativa adiciona um investimento extra em um projeto naturalmente
intensivo em capital. Além do mais, em função das turbinas ocuparem uma porção pequena
do terreno, e porque as turbinas são compatíveis com a maioria de outros usos existentes do
terreno, torna-se desnecessária a aquisição da terra para um projeto de energia eólica.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
2 Introdução
A energia é um dos principais insumos da indústria, sendo que a disponibilidade,
o preço e a qualidade do suprimento energético são fundamentais para a competitivi-
dade. O custo da energia para o consumidor industrial tem crescido acima da inflação
e restrições ambientais têm adiado os projetos de expansão do parque gerador.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
No âmbito nacional, o estado do Ceará destaca-se por ter sido um dos primeiros
locais a realizar um programa de levantamento do potencial eólico. Outras medições
foram feitas também no Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, litoral do Rio de Janeiro
e de Pernambuco e na ilha de Marajó.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Porém, apesar de todo o esforço que está sendo feito, ainda há falta de incentivo
e de uma política industrial. Vários outros fatores servem de barreira para o surgimento
de novos empreendimentos, como:
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Consultas adicionais:
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Alguns elementos de política regulatória, como uma bem definida e estável estrutura
legal que apoia e protege o investimento privado, são benéficos para todas as tecnolo-
gias de energia. Outros elementos de política regulatória, que levam em conta atributos
específicos para energia eólica, são mais eficazes na promoção do desenvolvimento
de uma indústria de energia eólica. Por exemplo, algumas das mais eficazes políticas
e regulamentações para promover o uso da energia eólica consideram o benefício
ambiental da energia eólica quando comparam seus custos ao das fontes de energia
convencionais como o carvão ou a nuclear.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Existem outras abordagens indiretas para apoiar a energia eólica, como incenti-
vos para atrair plantas de produção ou políticas de desenvolvimento e pesquisa para
apoiar os avanços tecnológicos em turbinas eólicas. O estado do Ceará vem apoiando
atividades e iniciativas que visem desenvolver tecnologia e gerar recursos humanos
para atuar na área de energia eólica. A própria UECE – Universidade Estadual do
Ceará criou um curso de Mestrado na área de energias renováveis e vem pleiteando a
criação de um curso de Engenharia em Energias.
3.1.1 Alemanha
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
A REFIT foi substituída em 2000 por uma nova lei nacional de energia renovável,
Erneuerbare-Energien-Gesetz (EEG), a qual requereu que os operadores do sistema de
energia da Alemanha comprassem energia de cada forma específica de energia reno-
vável (incluindo eólica) por 20 anos, por um preço fixo mínimo. Em 2003, o preço ini-
cial para uma nova geração de energia eólica era 0,089/kWh pelos primeiros cinco
anos. Após o quinto ano, a tarifa cai para 0,06/kWh e manteve-se constante por 15
anos. Para projetos iniciados depois de 2003, o alto (primeiros cinco anos) e o baixo
(de 6 a 20 anos) preço de referência caia em 1,5% por ano. Se a geração de energia
de um projeto estava abaixo de 150% do desempenho de referência da turbina2, o
período de preço fixo mais alto era estendido em dois meses, com duração da exten-
são sendo proporcional ao quanto abaixo de 150% do desempenho de referência da
turbina o desempenho real do projeto esteve. A intenção desse sistema é proporcionar
suporte para projetos em lugares com menos vento, enquanto evita fornecer subsídios
“excessivos” a projetos em lugares com muito vento.
A chave para uma política eficaz de preço fixo é a determinação do preço. Preços
muito baixos não impulsionam o desenvolvimento, enquanto que preços muito altos
podem prejudicar o apoio público e político à política de preço fixo. Para garantir que
1
Tarifa Feed-in é uma modalidade tarifária que busca mitigar o risco do baixo fator de capacidade (25-40%)
típico de empreendimentos eólicos.
2
A turbina de referência compreende uma série de tipos de turbinas operando em uma velocidade média de
vento de 5,5m/s e altura para o centro do eixo de 30m, usando uma curva de potência aprovada [4].
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Como foi mencionado previamente, o sistema alemão tem sido bastante eficaz em
estimular o desenvolvimento da energia eólica. O curso estável das receitas em preços
suficientes para fornecer um retorno satisfatório, combinado com custos relativamente
baixos dos financiamentos e subsídios para atacar a natureza intensiva em capital da
tecnologia, têm resultado em altas taxas de crescimento. Em resposta ao sucesso, uma
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
emenda ao EEG, proposta em 2003 pelo ministro do ambiente alemão, busca, entre
outras coisas, diminuir os incentivos aos projetos de energia eólica através da:
• redução do período máximo. Os projetos localizados em regiões com pouco ven-
to podem estender seus “períodos de altos preços” para 10 anos (para um total de
15 anos a partir do começo do projeto, incluindo o período base de 15 anos);
• redução do “período de preços baixos” aplicáveis nos anos 6 a 20 em locais com
muito vento em 0,005/kWh (por exemplo, para projetos terminados em 2004, os
preços seriam de 0,054/kWh ao invés de 0,059/kWh de acordo com a lei atual).
3.1.2 Dinamarca
Líder inicial em tecnologia eólica, a Dinamarca também tem sido eficaz em enco-
rajar o desenvolvimento desse tipo de energia. Em 1995, a Dinamarca tinha 637MW
de capacidade eólica instalada. Esse número aumentou para 2.880MW em 2002 e
para 3.136 em julho de 2007. A Dinamarca tem um total de cerca de 13.000MW
de capacidade de geração elétrica instalada com, aproximadamente, 76% de energia
gerada por combustíveis fósseis, nada por fissão nuclear e 22% de energia eólica.
Essa estrutura tem tendido a aumentar custos em função da falta de economias de escala,
mas tem reduzido a oposição local do desenvolvimento de projetos, porque eram pequenos,
tinham apoiadores locais e maximizavam os benefícios econômicos locais.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Mais de 150.000 famílias dinamarquesas têm turbinas eólicas, através das co-ops
ou individualmente, e representam uma grande força política no país. Além disso, a
Associação dos Proprietários de Turbina Eólica publica, mensalmente, estatísticas de
operacionais por tipo de turbina eólica, incluindo histórias bem sucedidas e de proble-
mas. Essa divulgação pública fornece fortes incentivos para a fabricação de produtos
de qualidade e dar suporte durante o período de operação das turbinas.
Outro elemento da política de energia eólica que tem afetado a indústria dinamar-
quesa de eólica é a exigência de certificação da turbina. O governo dinamarquês criou a
Estação de Testes de Turbina Eólica Risø e, para receber subsídios, as turbinas têm que ser
certificadas para poderem ser conectadas à rede de transmissão.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Devido à Dinamarca ter sido um dos primeiros líderes em energia eólica, muitas
turbinas eólicas lá atingiram o final de suas vidas úteis (desenhos obsoletos). Um sistema
de certificado de substituição foi criado para promover a remoção de equipamento anti-
go (abaixo de 100 a 150 kW de capacidade indicada) e instalação de equipamento
novo. Um detentor de um certificado é premiado com um preço superior pela energia
produzida por turbinas novas até o máximo de duas ou três vezes da capacidade
substituída (dependendo da turbina substituída). Como resultado, em 2002, 300 novas
turbinas, totalizando quase 300MW, substituíram aproximadamente 1.300 turbinas
com capacidade total de 100MW. As instalações de turbinas eólicas dinamarquesas,
em 2002, totalizaram 526MW, assim, o programa de substituição representou mais
da metade das instalações naquele ano.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
A tabela 3-2 resume os resultados dos cinco leilões NFFO. Como apresentado
na tabela, os preços foram significativamente reduzidos desde as rodadas 1 e 2 (com
contratos de compra de energia de curto prazo que terminaram em 1998), e rodadas
subsequentes (contratos de compra de energia de 15 anos). Outros fatores que prova-
velmente contribuíram para a redução das propostas de preços foram os avanços das
turbinas eólicas, a eficiência adquirida pelos desenvolvedores através da experiência
e a maior familiaridade do investidor com a tecnologia, que deve reduzir as taxas de
juros cobradas ou as exigências de retorno sobre o investimento. A Tabela 3-2 indica o
montante da capacidade eólica que foi premiada com contratos sob a NFFO; muitos
dos projetos que ganharam contratos NFFO não serão construídos devido a dificulda-
de em obter licenças locais, falta de acesso às linhas de transmissão, dificuldades de
financiamento e outros fatores.
Enquanto que a NFFO era esperada por muitos para apoiar uma vigorosa indústria de
energia eólica no Reino Unido, durante 2001 apenas 525MW de capacidade foi instalada,
capacidade essa que é bem menor que na Dinamarca e Alemanha. A razão primordial para
essa discrepância é a dificuldade em obter licenças de forma rápida. Além disso, obstáculos
para a transmissão de energia parecem limitar o desenvolvimento da energia eólica no Rei-
no Unido. De uma maneira geral, o Reino Unido opera com excesso de geração no norte
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(onde os recursos eólicos são melhores, mas a demanda de energia é relativamente leve) e a
energia flui por linhas de transmissão restritas no sul (onde os recursos eólicos são menores e
a demanda é relativamente pesada). Por isso, o desenvolvimento da energia eólica no norte
tende a exacerbar as limitações de transmissão, ao invés de ajudar a aliviá-las.
Os Estados Unidos têm instituído diversos mecanismos de políticas nos níveis fe-
deral e estadual para encorajar o crescimento da indústria de energia eólica, com
variados graus de sucesso. Os Estados Unidos têm um total de cerca de 850.000MW
de capacidade de geração de energia elétrica, com 70% sendo gerada a partir de
combustíveis fósseis (predominantemente carvão e gás), 21% de fissão nuclear e menos
de 1% de energia eólica.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Com preços fixos progressivamente mais altos e um crédito fiscal muito lucrativo, o
financiamento de projetos poderia ser conseguido quando os investidores fossem capa-
zes de atingir retornos favoráveis em seus investimentos somente através dos incentivos
fiscais e depreciação acelerada, independentemente dos projetos produzirem energia
ou não. Frequentemente, esses financiamentos incluíam como garantia de dívida bancá-
ria o próprio projeto. Essa combinação de políticas resultou em um número de projetos
precariamente localizados e que utilizavam tecnologia de turbinas não comprovada.
Muitos desses projetos não tiveram o desempenho esperado e bancos, companhias de
seguro e investidores sofreram perdas significativas. Embora os incentivos fiscais e con-
tratos de compra de energia com preços altos tenham resultado numa quantidade sig-
nificativa de capacidade de energia eólica instalada, os efeitos econômicos colaterais
dessas políticas ainda hoje influenciam decisões de investimento. Bancos americanos
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
são geralmente céticos em relação à energia eólica por causa dessas falhas iniciais,
mostrando-se relutantes em reentrar no mercado de empréstimos para energia eólica.
Nos últimos anos, a maioria dos empréstimos para projetos nos Estados Unidos
vêm de instituições europeias ou canadenses.
Em 1992, uma Lei de Política de Energia Federal foi colocada em prática e incluía
um crédito fiscal para a produção de energia renovável (Production Tax Credit – PTC).
Baseada na produção ao invés do investimento, essa provisão encorajava o desenvolvi-
mento de projetos de energia eólica focados em operações de longo prazo. De 1992
até 2002, 3.100MW de capacidade extra de energia eólica em nível de concessio-
nária foi adicionada em 15 estados; em julho de 2007, os EUA tinham 11.603MW
de capacidade instalada. Outros fatores, como avanços tecnológicos, que reduziram
os custos de produção de energia eólica, o crescente apoio político para energia “lim-
pa” e decretos estaduais, que resultaram na desregulamentação da legislação, também
ajudaram a incrementar a demanda por energia eólica.
Atualmente, o PTC é a política federal primordial dos Estados Unidos para apoiar
o desenvolvimento de energia eólica. Uma provisão similar, o Incentivo à Produção de
Energia Renovável (Renewable Energy Production Incentive – REPI), está disponível para
entidades públicas de energia ou outras que não paguem imposto de renda federal,
porque o REPI requer a apropriação de fundos federais a cada ano, sendo mais limi-
tado do que a PTC, além do valor poder ser reduzido se mais candidatos requisitarem
mais fundos do que foi alocado.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
A tabela 3-3 mostra a capacidade eólica instalada nos Estados Unidos em relação à
expiração da PTC. Como foi discutido previamente, a falta de uma política consistente de
longo prazo tem sido prejudicial ao crescimento da indústria eólica nos Estados Unidos.
Capacidade Crescimento em
Ano Status da PTC Instalada no final Relação ao Ano
do ano, MW Anterior, MW
1997 1.611 21
1998 2.141 530
Projetos em via de qualificação devem es-
tar concluídos até 30 de junho; estendido
1999 2.445 304
até dezembro de 1999 para que projetos
concluídos até 2001 se qualifiquem.
2000 2.610 165
Projetos em vias de qualificação devem
estar concluídos até 31 de dezembro; es-
2001 4.245 1.635
tendido até março de 2002 para que pro-
jetos concluídos até 2003 se qualifiquem.
2002 4.674 429
Projetos em vias de qualificação devem
2003 6.361 1.687
estar concluídos até 31 de dezembro
1
Fonte: BTM Consult World Market Updates, exceto pelo crescimento de 2003, o qual é da Global Energy Concepts.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Com um RPS, varejistas de energia são obrigados a comprar uma porcentagem mí-
nima de energia de fontes renováveis. Um varejista pode cumprir com suas obrigações
construindo e operando seu próprio projeto de energia renovável, comprando energia
diretamente de um produtor de energia renovável, ou comprando energia através de
um intermediário. Espera-se que esse sistema utilize as forças de mercado que irão mi-
nimizar os preços pagos pela energia renovável.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
As metas mostradas na Tabela 3-4 podem ser ilusórias e de difícil comparação sem
que se conheçam detalhes adicionais. Embora as metas de RPS de Maine e Connecticut
sejam altas, as políticas não encorajam o desenvolvimento de nova energia renovável
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
para satisfazer a demanda crescente. Maine já recebia 45% de sua energia de hidre-
létricas pré-existentes e de recursos bioenergéticos. Além do mais, energia hidrelétrica
gerada fora do estado também pode ser usada para atingir as metas de RPS de Maine.
Em Connecticut, a linguagem confusa da legislação prejudicou a implantação do RPS.
A comissão estadual de concessionárias públicas, que regula concessionárias elétricas,
determina que os requerimentos do RPS apliquem-se apenas àqueles consumidores que
trocaram seus fornecedores originais (antigos monopólios) de energia por fornecedores
concorrentes. Dado que poucos consumidores trocaram de fornecedor, isso efetivamen-
te reduziu as exigências RPS para baixo de um nível significativo.
Obrigações para energia renovável também têm sido colocadas em prática por
outras ações legislativas ou regulatórias. Em Minnesota, por exemplo, a comissão de
regulamentação requisitou que a maior concessionária do estado instalasse 400 MW
de energia eólica como parte de um acordo que permitia o armazenamento de lixo
nuclear dentro do estado. Reguladores também têm requisitado obrigações de desen-
volvimento de energia eólica como parte de acordos de fusões entre concessionárias.
Praticas empreendedoras como essas podem ser tomadas como exemplo no fo-
mento da energia eólica no estado do Ceará, no Brasil. Exemplos de legislação e
regulação podem ser tomados como modelo, já que nos EUA o potencial instalado de
energia eólica tem crescido de maneira expressiva, ao contrário do Brasil, que ainda
caminha de maneira lenta.
Porém, sabe-se que muito não pode ser aqui aplicado, devido a diferenças na
legislação e na configuração dos empreendimentos. Isso faz com que se procure fazer
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
adaptações nos modelos vencedores. Uma diferença básica que tem que ser observa-
da é com relação a autonomia administrativa de cada estado americano, que costu-
mam fazer suas próprias regelações, de modo que a matriz legal de implementação de
energia renovável no território americano seja heterogênea.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Outros países têm iniciado atividades para aumentar a consciência sobre o po-
tencial da energia eólica e para demonstrar a tecnologia. Atividades como essas são
geralmente precursoras das políticas de desenvolvimento. Por exemplo, muitos países
têm desenvolvido mapas detalhados dos recursos eólicos para quantificar seus poten-
ciais energéticos eólicos em regiões-alvo ou em todo o país. O Laboratório Nacional de
Energia Renovável dos Estados Unidos (U.S. National Renewable Energy Laboratory)
desenvolveu recentemente mapas para o México, Filipinas, Sri Lanka e parte da China
– cada um mostrando centenas de MW de potencial de desenvolvimento eólico. Um
número de países tem instalado projetos de energia eólica com assistência de fundos
de ajuda internacional. Alguns são pequenos projetos de demonstração, como o pro-
jeto eólico de 3MW no sul do Sri Lanka, e outros são de tamanho importante, como o
projeto de 50MW em Huitingxile, no interior da Mongólia, na China. Pretende-se que
os resultados e experiências com tais projetos encorajem legisladores a implementar
incentivos adicionais para o desenvolvimento de energia eólica.
Mesmo que fortes políticas ou incentivos não estejam em prática, muitos países
têm instalado projetos comerciais de energia eólica, frequentemente com preços mais
altos do que outras opções de geração. Decisões como essa são motivadas por uma
variedade de fatores, incluindo um interesse em ganhar experiência com a tecnologia e
a operação de recursos intermitentes de geração de energia, um desejo de diversificar
os portfólios de energia ou usar recursos nativos ou ainda como uma proteção contra
futuros aumentos nos preços dos combustíveis.
A Costa Rica tem garantido contratos de compra de energia a diversos projetos eólicos
para aproveitar seus excelentes recursos eólicos (média anual de 10 m/s). Um pequeno
projeto de demonstração foi instalado no México no início dos anos 90 e a concessionária
nacional está desenvolvendo atualmente uma solicitação para um projeto de 50MW com
potencial expansão para 100MW, na mesma região do seu projeto-piloto.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Fundamentalmente, esses requisitos precisam ser satisfeitos para que haja uma po-
lítica eficaz de energia renovável em qualquer parte do mundo.
3.3.1 India
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Além do mais, o governo indiano tem desenvolvido novas políticas para facilitar o
desenvolvimento de uma indústria mais sólida e de longo prazo. Essas políticas incluem
regras de energia de mercado, que ajudam a participação de projetos de energia
renovável no mercado de energia. Algumas dessas regras incluem tarifas de compra
de energia publicamente disponíveis, transporte de energia, vendas a consumidores
livres e realocação de energia. O transporte de energia tem permitido o crescimento
do setor de produtores independentes de energia (PIE). PIEs podem usar diferentes
plataformas de linhas de transmissão, pagando um taxa para fornecer energia direto
ao consumidor. Produtores de energia eólica também podem realocar o excesso de
energia entregue à linha de transmissão durante a estação de ventos monções, quando
a geração de energia é alta, mas a demanda por energia é baixa, e usá-la mais quan-
do a demanda aumentar. O governo indiano também garante concessionárias locais
(PPAs). Essas novas políticas ajudaram a aumentar significativamente o desenvolvimento
de energia eólica na Índia.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
3.3.2 Brasil
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
• Em sua segunda fase, os PPAs de 15 anos tem capacidade equivalente para aten-
der pelo menos 15% de crescimento anual do mercado energético com energia
eólica, biomassa e hidrelétricas de pequena escala.
• Na segunda fase, os preços sob os contratos PPA devem ser baseados em preços
competitivos de uma combinação entre plantas de ciclos combinados de energia
de gás e hidrelétricas de grande escala. A diferença entre preços competitivos e
tecnologias específicas será compensada por uma conta especial chamada CDE
(Conta de Desenvolvimento Energético) a qual deverá ser financiada por contribui-
ções compulsórias dos consumidores.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Algumas dessas políticas foram eficazes apenas por um curto período de tempo
(não suficientemente longos para promover o desenvolvimento de projetos de energia
eólica de longo prazo), enquanto que outros são relativamente novos e seus principais
passos de implementação estão em andamento.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Potência
Usina Proprietário Município
Fiscalizada (kW)
100% para Wobben Wind
Eólica de Prainha 10.000 Power Industria e Comércio Aquiraz - CE
Ltda
100% para Wobben Wind Po- São Gonçalo do
Eólica de Taíba 5.000
wer Indústria e Comércio Ltda Amarante - CE
Parque Eólico de 100% para Usina Eólica Eco-
25.600 Beberibe - CE
Beberibe nergy Beberibe S.A.
100% para Wobben Wind Po-
Mucuripe 2.400 Fortaleza - CE
wer Indústria e Comércio Ltda
100% para SIIF Cinco Gera-
Foz do Rio Choró 25.200 ção e Comercialização de Beberibe - CE
Energia S.A.
100% para Rosa dos Ventos
Eólica Canoa
10.500 Geração e Comercialização Aracati - CE
Quebrada
de Energia S.A.
100% para Rosa dos Ventos
Lagoa do Mato 3.230 Geração e Comercialização Aracati - CE
de Energia S.A.
100% para Eólica Paracuru
Eólica Paracuru 23.400 Geração e Comercialização Paracuru - CE
de Energia S.A.
100% para Bons Ventos Ge- São Gonçalo do
Taíba Albatroz 16.500
radora de Energia S.A. Amarante - CE
Total: 9 usinas 121.830
Fonte: ANEEL, 2009.
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Exemplos onde
Tipo de Política Comentários
Foram Usadas
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Exemplos onde
Tipo de Política Comentários
Foram Usadas
Financiamento
Alemanha, Índia
governamental
56
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Exemplos onde
Tipo de Política Comentários
Foram Usadas
Terras governamen-
tais oferecidas para
Estados Unidos, Índia
o desenvolvimento
eólico
Note-se que cada país ou estado visto nessa sessão teve sua própria aborda-
gem para uma política de energia renovável. A Alemanha e a Dinamarca têm usa-
57
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
58
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Essa sessão trata de questões que precisam ser consideradas na aquisição de terras
para um projeto eólico. Desenvolvedores de projetos eólicos geralmente podem obter con-
tratos de arrendamento de terreno de longo prazo para uso do projeto. Frequentemente,
isso é feito em duas fases: uma fase de opção e uma fase de arrendamento de longo prazo
(esse modelo é o que é usado no estado do Ceará, geralmente contratos de 15 a 20 anos).
Para determinar se uma porção de terra tem fortes recursos eólicos, o desenvolvedor deve
ter acesso à terra para instalar equipamento de monitoramento eólico. Esse acesso de curto
prazo é normalmente conseguido através de um Contrato de Opção. Se os testes revelarem
bons recursos eólicos e outros fatores indicarem que o projeto é factível, o desenvolvedor
normalmente executaria a opção e o contrato de arrendamento de longo prazo seria assina-
do. Do contrário, a opção expira. Também é possível que o contrato de opção de curto pra-
zo e o contrato de arrendamento de longo prazo seja incluído em um único documento.
4.1 Contexto
59
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
60
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
vedores compram terras para projetos eólicos, mas isso não é muito comum. A maioria
das compras de terrenos ocorrem quando as concessionárias são donas do projeto ou
para projetos de pesquisa (ex: em um ambiente não-competitivo e não-comercial). A
compra do terreno é incomum porque resulta numa despesa que deve ser adicionada
para um projeto que já é naturalmente intensivo em capital. Além do mais, devido às
turbinas ocuparem uma pequena porção do terreno e serem compatíveis com a maioria
dos usos dados à terra, não há a necessidade de se adquirir todo o terreno para o
projeto de energia eólica.
61
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Uma vez que locais com potencial são localizados, o desenvolvedor assinará um
contrato de opção com o proprietário da terra para ganhar acesso à terra, para testar
e para assegurar o direito à terra se o projeto for adiante. O desenvolvedor geralmente
precisa de seis meses a dois anos de dados eólicos confiáveis numa localização espe-
cífica para avaliar os recursos eólicos.
62
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
caso, durante esse período de opção, for decidido que o projeto de energia eólica não
será desenvolvido. Se o projeto não for adiante, a expiração da opção significa que o
desenvolvedor não está preso a uma propriedade não desejada, nem a pagamentos e
o proprietário da terra pode, potencialmente, arrendá-la para outro desenvolvedor.
Arrendamentos devem ser cuidadosamente elaborados para que possam tratar, cla-
ramente, de questões importantes para o desenvolvedor do projeto e para o proprietá-
rio do terreno, desde o início até os anos seguintes de operação do projeto. Em muitos
casos, as pessoas que originalmente negociam o arrendamento não são as mesmas
que estarão envolvidas na operação do projeto depois, portanto, é importante que todo
entendimento entre as partes seja devidamente tratado no contrato escrito para prevenir
futuras más interpretações.
4.2.1 Prazo
63
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
do por sua vida útil, enquanto que um prazo de 40 a 50 anos provavelmente cobriria
dois ou três ciclos (um projeto e depois outro projeto no mesmo local ao final da vida
útil do primeiro). Alguns contratos incluem cláusulas especificando as condições sob
as quais cada parte tem o direto de rescindir o contrato. Essas cláusulas de rescisão
devem ser razoáveis para que o risco de se instalar as turbinas eólicas e ter o contrato
rescindido seja baixo e gerenciável.
64
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
como já ressaltado. Mesmo assim, verifica-se que a maioria dos usos de terrenos
rurais é compatível com projetos de energia eólica, no entanto, poderão haver algu-
mas restrições. Por exemplo, no caso de um projeto eólico no Texas, o desenvolvedor
pediu que a caça fosse restringida na área ao redor das turbinas, por medo que os
projéteis danificassem o caro equipamento. A queima da cana-de-açúcar pode ser
um problema, já que gera muito calor e fumaça que podem danificar o equipamen-
to e afetar seu desempenho. Nesses casos, é possível que a renda recebida pelo
proprietário do terreno ao alugar a área para um projeto eólico possa mais do que
compensar qualquer renda a ser perdida ao trocar o uso do terreno. Desenvolvedores
também estarão preocupados com quaisquer formas de uso do terreno que possa afe-
tar o vento na área das turbinas. Plantação de árvores ou grandes estruturas podem
ser restringidas.
4.2.4 Acesso
As instalações de um projeto de energia eólica precisam ser acessíveis tanto via es-
tradas quanto via cabos elétricos. Cessões de uso são frequentemente usadas para esse
propósito. Pagamentos adicionais podem ser feitos para esses itens, particularmente se
as terras por onde passam os cabos pertencerem a outros proprietários. Para esses tipos
de arranjo, pagamentos fixos menores são comuns e o valor é geralmente baseado em
valores locais comparáveis.
65
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Turbinas eólicas são geralmente vizinhos que não incomodam. Entretanto, proprie-
tários de terrenos podem querer incluir disposições que assegurem que residentes, ani-
mais e outros não sejam adversamente afetados pelo projeto de energia eólica. Isso
pode incluir padrões de ruído para as turbinas eólicas (medido junto às turbinas ou em
casas próximas) e padrões de ruído para atividades de construção, incluindo horários
razoáveis para construção. Ruído e outros distúrbios podem ser difíceis de ser medidos.
Se tais disposições forem incluídas, alguns cuidados devem ser tomados ao redigi-las
para que sejam interpretadas sem ambiguidades e não sejam usadas injustamente por
uma parte contra a outra.
Normalmente, turbinas eólicas podem operar em campos produtivos com mínima inter-
ferência. No entanto, há situações em que danos à plantação podem ocorrer, e o contrato
de arrendamento deve dispor como isso será tratado. Disposições típicas do contrato reque-
rem que os desenvolvedores façam os maiores esforços para evitar os danos, mas prevejam
a possibilidade da ocorrência dos danos e, submetendo a parte causadora dos danos ao
pagamento de compensações. Por exemplo, se uma turbina sofrer danos em uma hélice
proveniente de um relâmpago durante a época de crescimento da plantação, pode ser
necessário que uma grua seja trazida para removê-la, colocá-la sobre o solo e instalar uma
nova hélice. Essa atividade normalmente faria com que algumas áreas de plantio ao redor
das turbinas fossem aplanadas para que as hélices repousassem sobre o solo. Normalmen-
te, o proprietário do terreno receberia um pagamento do projeto de energia eólica pelos
danos à plantação, calculado pela quantidade do produto perdido multiplicado pelo valor
de mercado desse produto na época na qual a plantação foi danificada ou destruída.
66
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
4.2.10 Desmobilização
4.2.11 Impostos
4.2.12 Compensação
68
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
• Penhores e Inquilinos – nos quais o arrendador garante não haver hipotecas, ônus
de arrendamentos, penhoras, promessas de compra e venda, direitos minerais ou de
óleo e gás ou outras restrições ao direito de propriedade, exceto quando descrita
em um declaração ou documento entregue ao desenvolvedor do projeto;
• Impedimentos: Notificações de Hipotecas Exigidas – incluindo o direito de impedir
o endividamento em benefício do arrendador;
• Transferência – assegurando ao desenvolvedor o direito de vender, transferir, con-
ceder ou garantir diretos sob o contrato de arrendamento sem o consentimento do
proprietário do terreno;
• Rescisão – garantindo a ambas as partes o direito de rescindir o contrato de ar-
rendamento por descumprimento e definindo os eventos de descumprimento que
constituem falta;
• Força Maior – perdoando qualquer das partes de descumprimentos do contrato
devido a motivos de força maior ou a circunstâncias incontroláveis;
• Propriedade das Instalações – definindo as instalações como pertencentes ao de-
senvolvedor do projeto;
• Memorando – assegurando que o arrendamento será executado legalmente e registrado.
69
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
variar também se o preço de venda da energia for variável. A receita pode ser medida
pelos recebimentos brutos ou pela produção aferida multiplicada pelo preço da energia
pago ao projeto eólico. Uma opção bem aceita é a de que o desenvolvedor e o operador
do projeto eólico forneçam um resumo dos recebimentos brutos junto com o pagamento (tri-
mestralmente, anualmente ou outro período acordado no contrato), com os desenvolvedores
permitindo ao proprietário do terreno acesso aos dados quando requerido.
Pagamento único/total: esse tipo de contrato é o arranjo menos comum, mas pode
ser satisfatório para ambas as partes se o proprietário do terreno necessitar de dinheiro
imediato e estiver disposto a abrir mão da perspectiva de um fluxo de renda estável e o
desenvolvedor tiver a capacidade de dispor de uma grande quantia de dinheiro anteci-
padamente. Esse arranjo não é o ideal já que elimina o contínuo acordo econômico entre
o proprietário do terreno e desenvolvedor, e por possíveis problemas se a propriedade do
terreno for transferida sem benefícios econômicos fluindo para o novo dono do terreno.
70
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
receitas brutas, não em receita líquida ou lucro. Receita bruta é definida como o mon-
tante de energia (kWh) entregue vezes o preço de compra de energia (preço por kWh).
A receita bruta equivale ao montante pago pela concessionária local ao desenvolvedor
do projeto (ou outro comprador de energia) pela entrega da eletricidade. Devido à
receita bruta ser determinada antes que qualquer despesa do projeto seja considerada,
é relativamente fácil de verificar e documentar através das transações oficiais e registro
de pagamentos entre o comprador e o operador do projeto.
A maioria dos casos que usava uma estrutura de taxa fixa era para projetos eólicos
menores (ex. entre 2 a 5 turbinas, geralmente pequenas demonstrações e projetos de
teste). Quando uma taxa fixa é usada, é normalmente devido a sua simplicidade e ao
fato de que os montantes totais são relativamente baixos. Além disso, porque a maioria
desses projetos menores não é financiada, a relação entre os pagamentos do arrenda-
mento e as receitas do projeto são menos importantes para a viabilidade econômica
do projeto. Embora representantes da indústria mencionem que pagamentos também
podem ser baseados em montantes fixos por MW por ano, a amostra de contratos não
produziu nenhum contrato desse tipo. Entretanto, dois exemplos de projetos maiores
(25-50 MW, e >50MW) usam pagamentos fixos por turbinas, o que sugere que o
pagamento fixo (por turbina, hectare ou MW instalado) também é abordagem razoável
para grandes projetos).
71
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Uma abordagem que foi elaborada para compensar mais justamente os proprietá-
rios é um “arrendamento em conjunto”, compartilhado. Em um projeto no México que
envolve centenas de pequenos proprietários, sendo todos importantes para o sucesso
do projeto, o desenvolvedor usou um contrato no qual todos os proprietários dentro da
“área do projeto” juntam-se e dividem os royalties, independentemente da qual infraes-
trutura, se alguma, está situada em seus lotes individuais de terra (turbinas, fios, subesta-
ção ou nada). O royalty é calculado e depois pago a cada proprietário individualmen-
te com base na área (por hectare). Isso permite que todos os proprietários façam parte
do projeto, além de minimizar disputas internas com relação a localização das turbinas.
Consequentemente, todos os proprietários de terras envolvidos desejarão que o projeto
seja um sucesso, independentemente de terem ou não turbinas em seus terrenos.
72
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
73
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Como discutido acima, os arranjos mais comumente achados nos projetos revistos
(dos Estados Unidos) foram arranjos de taxas fixas e arranjos de royalty, com o arranjo
de royalty sendo frequentemente suplementado por um pagamento mínimo garantido.
As Tabelas 4-2 (a) e (b) apresentam um resumo de preços pagos sob diferentes arranjos
nos contratos revistos. Apresentação de informação de pagamentos em dólares por
MW é útil porque isso normaliza, ou corrige, pela variação do tamanho das turbinas.
Tabelas 4-2 (a) e (b) de fato contêm algumas poucas “exceções” que representam cir-
cunstâncias únicas e não são consideradas típicas.
Outras fontes e dados sustentam os valores apresentados acima. Por exemplo, o pro-
grama Wind Powering America (WPA) do Departamento de Energia dos Estados Unidos
(United States Department of Energy – DOE) fornece materiais sobre desenvolvimento eco-
nômico rural eólico, citando receitas anuais para os fazendeiros de US$1.500 por turbina.
Embora o tamanho da turbina não seja mencionado nos documentos do WPA, o tamanho
74
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Tabela 4-2 (a). Resumo dos Preços Pagos nos Arrendamentos dos Projetos Revistos – Arran-
jos de Royalty
Tamanho Tarifa Outros
Pagamento Anual $
do Projeto Tipo Inicial Evolução Acordos de
Mínimo por MW
(MW) Anual Pagamentos
Taxa de cons-
Royalty (% da
<10 3% Não Desconhecido trução, valor *
receita bruta)
desconhecido
Adicional por
Royalty (% da
<10 3% Sim Sim acre pagamen- *
receita bruta)
to trimestral
Royalty ($ por Taxa anual de-
<10 $5.000 Sim Sim $2.222
MWh) finida
Percentual ini-
cial primeiros
Royalty (% da
10-25 2% Sim Desconhecido 20 anos, 4% *
receita bruta)
para os próxi-
mos 20 anos
Royalty (% da desconhe-
10-25 2% Desconhecido $2.660
receita bruta) cido
Percentual ini-
cial primeiros
10 anos, 6%
Royalty (% da para os próxi-
10-25 3% Sim Desconhecido *
receita bruta) mos 10 anos;
pagamento ini-
cial, valor des-
conhecido
Projetos Múl- Royalty (% da
2% Não Não **
tiplos (~40) receita bruta)
75
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
76
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Tabela 4-2 (b). Resumo dos Preços Pagos nos Arrendamentos dos Projetos Revistos – Arran-
jos de Taxa Fixa
Tamanho Tarifa
Pagamento Outros Acordos Anual $
do Projeto Tipo Inicial Evolução
Mínimo de Pagamentos por MW
(MW) Anual
Tarifa fixa Ajuste por índice da
<10 $2.500 Sim Sim $3.788
(por turbina) inflação em 5 anos.
Taxas por turbina
Tarifa fixa pagas independen-
<10 $400 Não Sim $6.235
(por turbina) temente da produ-
ção.
Tarifa fixa Mínimo $1.500;
<10 $1.270 Sim Sim $2.117
(por turbina) $7.500 construção.
Informação de
Tarifa fixa
<10 $500 Não Sim pagamento indis- $500
(por ano)
ponível.
Taxas por turbina
Tarifa fixa desconhe- pagas indepen-
25-50 $1.000 Sim $1.111
(por turbina) cido dentemente da
produção.
Tarifa fixa
>50 $1.500 Não Sim $2.145
(por turbina)
Desconhe- Tarifa fixa Desconhe- Desconhe-
$1.500 $2.000
cido (por turbina) cido cido
77
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
78
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Outras classificações são possíveis, incluindo métodos híbridos que não se adequam
em nenhuma das três classificações usadas acima. Cada alternativa de compra é mais
discutida abaixo, assim como as questões principais geralmente encontradas em uma
solicitação de proposta (RFP), que é frequentemente usada para solicitar propostas de de-
senvolvedores privados de energia eólica. Um exemplo de RFP é fornecido no Anexo C.
Caso uma companhia elétrica (ou o sistema integrado nacional - SIN) decida con-
tratar compra de energia eólica ou comprar uma usina de energia eólica, os objetivos
da companhia incluem:
• O melhor preço de compra possível (para energia ou para o projeto), assumindo
que qualidade e outras exigências e objetivos tenham sido satisfeitos;
• Projetos que irão ajudar a companhia elétrica a atingir as quantidades mínimas de
energia eólica exigidas por regulamentações aplicáveis;
• Projetos que irão começar a entregar energia de acordo com um cronograma
específico (ex: satisfazer picos sazonais das necessidades de geração, ou para
qualificar-se para um crédito fiscal específico ou outro incentivo com uma data de
expiração - PROINFA);
• Projetos que tenham uma grande possibilidade de ser construídos e que estejam entre-
gando a quantidade de energia esperada para o período total do contrato (ex: com
um potencial mínimo para problemas financeiros, de aprovação ou técnicos);
• Boa integração com o sistema elétrico das companhias, tanto em termos de onde
a energia é entregue quanto quando as entregas tendem a ser baseadas em recur-
sos eólicos específicos no local do projeto.
79
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Na situação ideal, cada comprador é capaz de apresentar seu projeto e mostrar que é o
mais desejável para o comprador em termos de preço, quantidade de energia entregue, loca-
lização, prazo e mitigação de risco (financeiro, de aprovação, técnico etc). Além dos objeti-
vos listados acima, companhias propondo vender sua energia eólica querem uma companhia
elétrica que seja capaz de comprar a energia em termos relativamente simples, idealmente
tomando posse da energia no local do projeto eólico e pagando em bases relativamente
simples como um preço fixo por MWh entregue ao longo de cada mês.
81
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Esquemas de preço para energia eólica são quase sempre baseados em preço por
unidade de energia – como dólares por kWh ou MWh – efetivamente entregues pelo
projeto durante suas operações. Outros cenários, como preços baseados no MW de
capacidade de geração instalada, são raramente usados. Compromissos, geralmente
baseados em que parte correrá que riscos, são frequentemente negociados durante os
processos de negociação de CCEs.
Companhias propondo vender seus projetos (com os objetivos listados acima) pre-
cisam de uma definição clara do que elas precisam construir com o propósito de cum-
prir as especificações da companhia elétrica.
Mais uma vez, o RFP, preparação das propostas e o processo de avaliação das
propostas podem ajudar a determinar o conjunto de compromissos mais apropriados,
resultando em um arranjo aceitável para ambos comprador e vendedor. Por causa de
questões que irão variar conforme o projeto, o processo de seleção de projetos a ser
comprados pelas companhias elétricas é geralmente baseado em critérios que buscam
o melhor equilíbrio entre localização, tamanho do projeto, prazo e preços, frequente-
mente com método de classificação ponderada de propostas.
82
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Esse tipo de arranjo será importante, para o estado do Ceará, numa segunda fase,
onde os leilões de incentivos não serão mais necessários e a atividade de geração de
energia eólica “andará com as próprias pernas”.
5.2 Desenvolvimento
84
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Algumas dessas tarefas podem ser desempenhadas pelo próprio pessoal da com-
panhia elétrica, enquanto que outras podem ser desempenhadas por consultores com
experiência em pesquisa, engenharia geotérmica (condições do subsolo), engenharia
civil (para estradas e fundações), engenharia elétrica (para fiação, transformadores e
controles) e energia eólica (avaliação de recursos, elaboração de projeto, especifica-
ções de turbinas).
85
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Etapa do Desenvolvimento
CCE Comprar o Projeto
Desenvolvimento Próprio
Prospecção de local Desenvolvedor Desenvolvedor Companhia Elétrica
Controle do local Desenvolvedor Desenvolvedor Companhia Elétrica
Avaliação de recur-
Desenvolvedor Desenvolvedor Companhia Elétrica
sos eólicos
Estudo de viabilidade Desenvolvedor Desenvolvedor Companhia Elétrica
Desenvolvedor ou
Aprovação do projeto Desenvolvedor Companhia Elétrica Companhia Elétrica
(1)
Desenvolvedor ou
Elaboração detalha-
Desenvolvedor Companhia Elétrica Companhia Elétrica
da do projeto
(1)
Desenvolvedor ou
Procura de equipa-
Desenvolvedor Companhia Elétrica Companhia Elétrica
mento
(1)
Desenvolvedor ou
Financiamento Desenvolvedor Companhia Elétrica Companhia Elétrica
(1)
Desenvolvedor ou
Construção Desenvolvedor Companhia Elétrica Companhia Elétrica
(1)
Desenvolvedor ou
Construção Desenvolvedor Companhia Elétrica Companhia Elétrica
(1)
Operações e Manu-
Desenvolvedor Companhia Elétrica Companhia Elétrica
tenção(2)
(1)
Dependendo de quando no processo de desenvolvimento o projeto é comprado pela companhia elétrica.
(2)
Efetivas atividades locais de operação e manutenção são mais comumente conduzidas pelo fabricante das turbinas
eólicas durante o período de garantia das turbinas, e por companhia de serviços após o período de garantia.
86
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Compra dos
Projeto & Construção &
Abordagem Licitação Principais Operação
Engenharia Comissionamento
Equipamentos
Proprietário ou em-
preiteiro (geralmen-
Projeto, Licita- Donos con- Dono com Empreiteiro
Dono contrata te fornecedores de
ção e Cons- tratam enge- o apoio de contratado pelo
fornecedores turbinas eólicas du-
trução (PLC) nheiros engenheiros proprietário
rante período de
garantia)
Proprietário ou em-
preiteiro (geralmen-
Projeto e
Empresa de Empresa de Dono contrata te fornecedores de
Construção Empresa de PC
PC PC fornecedores turbinas eólicas du-
(PC)
rante período de
garantia)
Proprietário ou em-
Engenharia, preiteiro (geralmen-
Suprimento Empresa de Empresa de Empresa de te fornecedores de
Empresa de ESC
e Constru- ESC ESC ESC turbinas eólicas du-
ção (ESC) rante período de
garantia)
Projeto,
Construção Empresa de Empresa de Empresa de Empresa de
Empresa de PCO
e Operação PCO PCO PCO PCO
PCO)
87
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
empreiteiro geral poderia ser contratado baseado num acordo negociado com um
parceiro de negócios confiável, ou como resultado de um processo de apresentação
de propostas competitivo. Além do mais, o dono do projeto pode também escolher
comprar diretamente certos componentes (como turbinas eólicas, que normalmente cor-
respondem a mais da metade do custo total do projeto), ou deixar a compra de alguns
ou todos os equipamentos para o empreiteiro-geral. Um empreiteiro-geral normalmente
executa boa parte da construção com sua própria força de trabalho, mas contrata
subempreiteiros para executar trabalhos específicos como fundações de concreto, ope-
ração de gruas e fiação elétrica. O empreiteiro-geral também é responsável por todo
o processo de construção, e por coordenar os esforços de vários sub-empreiteiros. En-
quanto que essa abordagem tradicional fornece mais poder de decisão para o dono
do projeto, pode resultar num cronograma de projeto mais lento, envolve mais riscos
para o dono do projeto e pode resultar em ineficiências, já que alguns participantes
podem querer culpar outros se algo ocorrer errado durante o processo de construção.
89
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
RFPs para projetos de energia eólica devem tratar as seguintes questões, de rele-
vância, independentemente da RFP ser uma solicitação de propostas para a venda de
energia eólica (com o projeto pertencendo continuamente a um dono que não seja uma
companhia elétrica) ou a venda do próprio projeto de energia eólica para a proprie-
dade da companhia elétrica.
91
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
anos) e outras podem ser específicos (até 31 de dezembro) com o objetivo de cumprir
prazos associados às exigências legislativas, como um RPS ou data de expiração de
um crédito fiscal.
92
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Preços: a RFP e as propostas devem definir com clareza o que está incluso nos
custos propostos e por quanto tempo os preços oferecidos são válidos (ex.: quando ex-
pira a proposta). No caso da compra de energia usando um CCE, RFP e as propostas
devem também definir com clareza o prazo desejado no CCE (geralmente entre 15 e
20 anos), se o preço inclui a energia elétrica somente, ou energia elétrica e atributos
“verdes” associados à geração de energia de uma forma ambientalmente preferível.
Questões relacionadas ao cronograma de transmissão, desequilíbrios do cronograma e
exigência de projeções eólicas e de energia também devem ser claramente definidas.
Para propostas envolvendo a compra de projetos, os termos devem ser claros com rela-
ção a se peças sobressalentes, garantias, manuais operacionais, sistemas de controle,
escritórios, instalações de manutenção, desenhos do projeto etc estão incluídos.
Qualificações do Proponente: a RFP deve requerer dos proponentes que eles de-
monstrem suas experiências técnicas e operacionais com projetos similares e sua solidez
financeira, fatores importantes para assegurar um projeto bem-sucedido.
93
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Cronograma: a RFP deve incluir uma agenda para a submissão, avaliação, escla-
recimentos e tarefas seguintes, como negociações de contrato, aprovações do conselho
diretor e início dos serviços.
Pessoa de Contato: a RFP deve incluir uma pessoa de contato da companhia lan-
çando a RFP e especificar um procedimento de perguntas e respostas para ser usado
durante a preparação da proposta.
Direito de Recusar a Seleção: a RFP deve também incluir uma declaração com
relação ao direito do emissor da RFP de parar o processo se necessário devido a
mudanças nas circunstâncias ou porque nenhuma proposta adequada foi obtida.
Emissores de RFPs devem examinar cuidadosamente se a inclusão de tal cláusula
é necessária, e, para evitar esforços desperdiçados, não devem emitir RFPs a não
ser que eles tenham um interesse real em comprar energia eólica ou um projeto de
energia eólica.
94
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Como e para Quem Publicar a RFP: muitas RFPs são publicadas na Internet
para que qualquer um leia, enquanto outras exigem pagamento ou um processo de
registro gratuito para que se obtenha a RFP. Algumas RFPs são postadas para partes
potencialmente interessadas, enquanto que outras são enviadas apenas para quem
tenha mostrado interesse. Independentemente do método de publicação, compa-
nhias elétricas devem pelo menos notificar as partes interessadas usando métodos
como comunicados na imprensa e cartas às associações comerciais.
Qualificações Mínimas dos Proponentes e Projetos: algumas RFPs têm exigências espe-
cíficas para qualificação dos proponentes, como experiência prévia em desenvolvimento
de projetos, solidez financeira mínima, ou requerer projetos que já tenham atingidos certas
metas de desenvolvimento (como requerendo que o projeto já tenha o controle do local ou
que tenha estudos completos de interconexão).
95
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
reembolsáveis. Outro método menos comum é cobrar uma taxa de participantes interes-
sados em obter uma cópia da RFP. Taxas ou garantias de manutenção funcionam como
redutores do número de propostas casuais ou não-sérias e podem ajudar a compensar
o custo de avaliação das propostas. No entanto, se as taxas definidas forem muito
altas, elas podem agir contra os interesses da companhia elétrica, desnecessariamente
limitando a submissão de propostas.
96
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
O CCE define o vendedor e o comprador, o que está sendo comprado (ex.: ener-
gia, capacidade, “créditos verdes”), quanto está sendo comprado e que preços devem
97
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
ser pagos pelas compras. Um CCE de longo prazo (15 a 20 anos), tendo uma das
partes com boa classificação de crédito, é essencial para o financiamento de um proje-
to de energia eólica porque assegura um fluxo de receitas para energia produzida pela
planta, ao contrário de operar o projeto em um ambiente “mercante” onde as vendas
não são garantidas. Um CCE de longo prazo reduz os riscos financeiros aos olhos dos
financiadores. CCEs de projetos eólicos normalmente envolvem a venda mensal e anual
de energia (medida em kWh ou MWh), não a venda de capacidade (quantos kW ou
MW de capacidade de geração instalada) ou o montante de energia (medido em Kw
ou MW) gerada em qualquer momento no tempo.
CCEs são contratos que, de costume, requerem que o vendedor produza energia e
que o comprador pague por ela. Além desses princípios básicos, muitas outras questões
devem ser tratadas no CCE, incluindo como e quando a energia deve ser entregue, como
e quando pagamentos devem ser feitos, o que acontece se o pagamento não for feito,
por quanto tempo as entregas devem ser feitas, como os preços pagos podem mudar
ao longo do tempo e a comunicação entre as partes. Se um projeto tem compradores
múltiplos, CCEs separados serão redigidos para cada comprador, e podem se referir aos
outros CCEs. Similarmente, o CCE pode conter referências ao CI e garantias e documen-
tos relacionados à construção. Uma companhia “mãe” do vendedor ou comprador pode
também ser uma das partes em um CCE devido às responsabilidades do fiador.
Definições: essa sessão fornece definições detalhadas para termos comuns usados
ao longo do CCE, como data efetiva, ano do contrato e ponto de entrega. Esses termos
são geralmente escritos em negrito ou em maiúsculas ao longo do documento, indican-
do ao leitor que mais informações são fornecidas nas sessões de definição. Algumas
definições explicam uma data ou uma palavra, enquanto que outras fornecem disposi-
ções contratuais detalhadas. Por exemplo: eventos de força maior podem ser listados
sob as definições, enquanto que mecanismos para reclamar um evento de força maior
estarão em outra sessão do CCE. Um exemplo de definição em um CCE é:
98
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Prazo, Término e Renovação: essa sessão contém cláusulas a respeito do prazo ini-
cial do contrato, término no final do contrato, término prematuro e renovação de contrato.
CCEs normalmente começam quando uma nova usina é concluída (uma ocasião que é
comumente definida como “Data de Operação Comercial”), mas pode ser outra ocasião
dependendo das circunstâncias específicas do projeto. Durações de contrato variam de
5 a 20 anos, ou ainda mais longos para certas tecnologias. A duração é determinada,
em parte, conforme o tipo de mercado em que a usina será operada. A cláusula do tér-
mino no fim do contrato libera as partes de qualquer obrigação adicional. A maioria dos
contratos também esboçam os passos a serem tomados para o término prematuro ou re-
novação contratual. A cláusula de término prematuro especifica como cumprir obrigações
finais e pode incluir uma taxa de término. Renovações contratuais frequentemente são
para períodos de curto prazo (um a cinco anos), e podem vir com estruturas de ajuste de
preços e diferentes opções envolvendo qual das partes (comprador, vendedor, ou ambos)
pode se eleger para renovar o contrato e quando tal renovação pode ocorrer.
Disposições de Reparo: fornecem uma rota definida para comprador e vendedor resolve-
rem eventos de descumprimento sem a necessidade de eventos mais drásticos como o término
do contrato ou litígio. Essa sessão descreve, em linhas gerais, os períodos de reparo e as
definições de esforços razoáveis da parte descumpridora para reparar a falta. Períodos de
reparo normalmente duram entre 60 e 90 dias e podem conter disposições de extensão.
99
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Preço: essa sessão define o preço a ser pago pelos produtos comprados, os quais
podem incluir preços separados para energia, capacidade e créditos ambientais. Pre-
ços de energia podem ser uma taxa fixa, ou podem variar conforme a estação e ou
hora do dia. Por exemplo: entregas poderiam ser cobradas a uma taxa fixa anual de
$50/MWh ou taxa de sazonal de $30/MWh pelos meses de inverno e $60/MWh
pelos meses de verão. Se o preço sazonal/hora-de-uso for usado, os períodos serão
definidos na Sessão de Definição. Os preços podem permanecer os mesmos ou evoluir
anualmente tanto a uma taxa definida (como a 2% ao ano) quanto por algum indexa-
dor como o índice de preços ao consumidor (IPC), que será determinado a cada ano.
Diferentemente, preços anuais podem ser ajustados com base nos preços de mercado.
Alguns projetos podem receber pagamentos de capacidade por terem capacidade dis-
ponível para uso mesmo que não esteja sendo usada. Pagamentos sobre capacidade
são geralmente expressos em US$/MW e pagamentos de energia em US$/MWh.
Créditos ambientais podem ou não estar disponíveis para um projeto em particular,
dependendo do tipo de usina construída, o combustível usado e as políticas do locais,
regionais ou nacionais. Se os créditos devem ser comprados, sua compra pode ser
agrupada com a da energia ou pode ser uma transação separada. A sessão sobre pre-
ço pode também incluir preços para excedentes de geração, que podem ter um preço
baseado no mercado à vista para entregas acima do montante ao preço de contrato.
Essa sessão também inclui cláusulas sobre receber energia de teste, receber ener-
gia de expansão de projeto e o ponto de entrega da energia. Dependendo de como a
data de operação comercial é definida, o comprador pode receber energia assim que
cada turbina for concluída ou receber energia teste. Energia teste é a energia produzi-
da por turbinas em operação durante o período de construção.
100
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Força Maior: se ainda não estiverem listados na definição, essa sessão lista todos
os eventos que estão fora do controle de cada parte e pode fazer com que o projeto
abrevie as entregas ou pare a operação. Eventos típicos incluem, entre outros, convul-
são política, desastres naturais, terrorismo, guerra e eventos naturais atípicos (ex.: torna-
do, tempestades severas). A sessão também define o processo para reportar um evento
de força maior, aceitação da outra parte e a capacidade de reparar o evento. Se o
evento não puder ser reparado, disposições quanto ao término prematuro do projeto
devem ser acionadas. Projetos eólicos podem ter condições de clima específicas que
podem causar “força maior”. Essas condições são mais discutidas na Sessão 6.1.2.
101
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Transferência: essa sessão diz se uma das partes pode transferir o contrato para
uma filial ou terceiros. Se o contrato puder ser transferido para uma outra entidade, as
exigências para aprovação governamental e outras disposições são descritas.
Disposições Fiscais: essa sessão define qual das partes é responsável pelos impostos,
além de definir como esses impostos são conhecidos na época da assinatura do contrato.
Leis Regentes: essa sessão define as leis do país ou estado sob as quais as partes
irão se conformar para a interpretação, desempenho e aplicação do contrato.
Idioma Regente: essa sessão indica qual idioma rege o contrato. Embora uma tra-
dução possa ser incluída para propósitos ilustrativos, um idioma específico é geralmente
indicado para a interpretação oficial do contrato.
102
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Definição de Produto: qualquer CCE precisa definir claramente o(s) produto(s) sen-
do vendido(s). Em um projeto eólico, as alternativas de produto se expandem para
incluir “prêmios verdes”, “créditos de energia renovável” e ou “créditos ambientais”. O
CCE também precisa definir se a energia será do tipo “quando disponível” (quando
produzida a qualquer momento pelo projeto) ou um produto estável ou definido, o
que envolve a suplementação da energia do projeto com energia da rede de vez em
quando. Desenvolvedores de projetos de energia eólica normalmente não têm pronto
acesso aos recursos necessários ao fornecimento de serviços estáveis e definidos. Nor-
malmente, é mais eficiente para a companhia elétrica recebedora de energia fornecer
esses serviços do que para o desenvolvedor do projeto de energia eólica fornecê-los à
companhia. Dessa forma, é geralmente preferível para o CCE de energia eólica que
seja um contrato do tipo “quando disponível”, medido na subestação do projeto.
103
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Garantia de Entrega: como já foi dito, garantia de entrega é mais comum para tec-
nologias baseadas na queima de combustível fóssil. A dificuldade de se obter previsões
precisas por hora de recursos eólicos torna arriscada a garantias de entrega. A maioria
dos CCEs de energia eólica simplesmente permite entregas variáveis, com algumas ga-
rantias contra a queda do fornecimento de energia para um nível determinado ao longo
de meses e anos, mas raramente têm exigências específicas para entregas por hora.
104
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Força Maior: fora os eventos-padrão de força maior, CCEs de projetos eólicos po-
dem incluir eventos atrelados às limitações de performance da turbina eólica em função
de condições climáticos e/ou ambientais. Por exemplo: em climas onde a formação
de gelo pode ocorrer, o congelamento severo das hélices pode ser incluído como um
evento de força maior devido às preocupações sobre o desprendimento do gelo e fa-
lhas mecânicas. O congelamento severo ocorre quando se acumula mais gelo do que
as hélices foram projetadas para suportar em um curto período de tempo. Em outros
casos, CCEs podem não incluir uma referência específica sobre o congelamento como
um evento de força, uma vez que a formação de gelo é considerada como qualquer
outro fator (como a falta de ventp) que contribui para a intermitência da geração de
energia eólica. Até onde for possível, a cláusula referente aos eventos de força maior
deve ser atrelada ao desenho ambiental da turbina eólica. Por exemplo: se as turbinas
forem desenhadas para suportar velocidades do vento superiores a 60 m/s e um vento
de 70 m/s danificá-las, isso seria considerado um evento de força maior, mas um vento
de 59 m/s não seria.
105
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
6.1.4 Contratos-Padrão
106
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Antes de assinar em um CI, uma das partes de um CCE irá elaborar um Estudo de
Impacto no Sistema de Transmissão. Através desse estudo, o provedor de transmissão avalia
os impactos de interconectar o suposto projeto com seus atuais e planejados usos das linhas,
para determinar se a linha tem capacidade e suporte de voltagem, se uma modernização
faria a interconexão viável, ou se a interconexão não é viável. Em geral, a parte requisitante
o estudo reembolsa o custo da condução do estudo ao provedor de transmissão.
108
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Quantidades: enquanto que CCEs podem conter disposições para lidar com ca-
pacidade ou energia adicional do projeto, um CI é elaborado ao redor de uma quan-
tidade conjunta de capacidade de interconexão. Assim sendo, se um projeto espera
adicionar capacidade extra, o dono do projeto pode negociar por uma quantidade,
incluindo a capacidade futura, ou entrar em um CI separado posteriormente durante os
estágios do planejamento de expansão.
109
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
querer que o projeto de energia eólica instale equipamentos de comunicação para tornar o
projeto “visível” para o centro de operações da rede, de forma que o operador receba dados
em tempo real e automaticamente desconecte o projeto da rede em caso de emergência.
110
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
adequada esteja disponível, além de ajustar as entregas até o ponto em que esteja
disponível uma capacidade de transmissão suficiente. A programação de fornecimento
de energia eólica é complicada pelo fato de que pode ser difícil de saber exatamente
como o vento irá soprar em um momento específico no futuro.
Transmissão limitada não-firme força a maioria dos projetos eólicos a operar dentro
do mercado de transmissão firme. A indústria está melhorando rapidamente sua habi-
lidade de produzir previsões diárias e horárias. Tais previsões ainda são imprecisas e
não têm nenhuma garantia, diferentemente de contratos de fornecimento de gás natural
ou carvão mineral terem tais garantias. Por isso, uma falta de habilidade em ajustar a
programação diária antecipada prejudica significativamente projetos eólicos, já que o
recurso eólico irá variar sempre, causando um desvio na programação da transmissão.
O projeto eólico pode então sofrer penalidades importantes por sobre ou subprodução.
Essas penalidades podem ser tão caras a ponto de inviabilizar o desenvolvimento da
energia eólica.
111
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
O CCE e o CI devem ser redigidos de forma que sejam aceitáveis para entidades
financiando o projeto. Questões-chave que devem ser tratadas para ter um projeto
financiável incluem:
• Longos prazos (15 a 20 anos) com preços definidos;
• Comprador com boa reputação de crédito ou garantia aceitável, caução, ou ou-
tras garantias;
• Tolerância adequada para desvios de desempenho esperado para responder a
variabilidade do recurso eólico;
• Sem penalidades por falhas em satisfazer entregas em momentos do dia ou da
estação (preferivelmente sem preços sazonais ou para diferentes horas do dia);
• Reconhecimento da natureza intermitente do recurso e dos desafios em se prever a
produção do projeto.
Até onde for possível, as instituições que irão financiar os projetos propostos devem
ser consultadas a respeito dos termos desses documentos antes de finalizá-los.
112
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
113
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
114
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Uma característica particular da energia é que ela não pode ser armazenada.
A qualquer momento em uma rede, existe um equilíbrio instantâneo entre produção e
consumo. Quando um consumidor acende uma lâmpada ou liga um aparelho elétrico,
uma estação elétrica em algum lugar deve discretamente aumentar sua produção para
acomodar o aumento da carga. Quase nenhum consumidor de energia programa seu
consumo, assim redes e operadores de plantas geradoras devem variar a produção
de energia rotineiramente para igualar o consumo. Energia eólica é produzida quando
o vento sopra, e afeta o equilíbrio entre produção e consumo da mesma forma que a
variação de consumo o faz.
Turbinas eólicas podem ser classificadas como de velocidade fixa ou variável. Tur-
binas eólicas de velocidade fixa (as quais podem operar em uma ou duas velocidades
fixas) representam a tecnologia mais simples e normalmente usam geradores de indu-
ção. Turbinas eólicas de velocidade variável estão se tornando mais comuns, apesar de
sua complexidade adicional, mas oferecem vantagens no desenho geral da máquina,
controle de potência e maior produção de energia. No estado do Ceará, as turbinas
instaladas são deste tipo. Turbinas eólicas de velocidade variável podem adaptar a
velocidade do rotor para melhor capturar a energia do vento, além de usar sistemas in-
versores para mudar a frequência variável, alterando a corrente do rotor para converter
a energia para a frequência constante demandada pela rede.
115
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
ance oscilante em níveis tão baixos quanto 0,3% e em redes fracas, como as comumente
encontradas em áreas remotas onde as condições de vento são diferentes das favoráveis
para o desenvolvimento de energia eólica. Isso pode ser o fator limitador na quantidade de
energia eólica que pode ser instalada sem a necessidade de melhorias custos na rede.
117
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
118
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
119
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
0.40 Denmark
Greece
Italy
0.35 Poland
France
0.30 Ireland
Capacity credit/rated power
Netherlands
United Kingdom
0.25
0.20
0.15
0.10
0.05
0.00
2 4 6 8 10 12 14 16
Energy Penetration, %
120
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121
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122
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
• Taxas de gerenciamento;
• Custos operacionais e administrativos;
• Taxas de transmissão ou interconexão;
• Custos de manutenção, incluindo: peças, mão-de-obra, equipamento, material
para manutenção programada, reparos não-programados e revisões gerais.
123
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
124
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
outros tipos de projeto, o retorno esperado deve ser maior. Investidores individuais
e companhias geralmente têm um “alvo” ou uma taxa crítica a qual o investimento
esperado deve exceder. Nos Estados Unidos, taxas críticas têm variado de 12% a
15% nos últimos anos, medida pelo retorno sobre o investimento depois do impos-
to. No Ceará, trabalha-se com taxas de 15%. Outras experiências internacionais
irão variar consideravelmente dependendo da indústria, moeda, política, inflação
e outros riscos.
• Participantes de dívidas estão associados com empréstimos ao projeto e esperam
ter seu dinheiro de volta, com juros. Credores geralmente tomam precauções,
como requerer índices mínimos de cobertura dos serviços da dívida e contas de
reserva, para ter certeza de que os empréstimos serão pagos; além dos credores
normalmente cobrirem seus custos iniciais, e talvez algum lucro, através da co-
brança de tarifas. Credores podem também tomar alguns ativos do projeto como
garantia, muito embora, esses ativos frequentemente não estejam na melhor posi-
ção para remediar questões associadas ao projeto que causam problemas com o
re-pagamento das dívidas.
Existe uma ampla variedade de estruturas de capital e abordagens que têm sido
usadas para se obter financiamento para um projeto eólico comercial e a maioria das
estruturas de negócio são próprias. Embora esteja além do escopo desse documento
fornecer um lista exaustiva de oportunidades de financiamento, fontes potenciais de
financiamento de projeto incluem o seguinte:
• Fontes Privadas de Financiamento: companhias privadas ajudam desenvolvedores
de projetos para assegurar financiamento para projetos ambientais e de energia nos
Estados Unidos e em outros países. Essas incluem fontes diretas de financiamento as-
125
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Outras fontes de participação em ativos não descritas acima são projetos naciona-
lizados (projetos pertencentes ao próprio governo), propriedade individual e por coo-
perativas, como é comum na Dinamarca, e propriedade da companhia elétrica, onde
um projeto de energia eólica torna-se uma das várias fontes de geração pertencente à
companhia elétrica integrada que gera e distribui energia para os consumidores. Uma
usina de propriedade do estado do Ceará está sendo planejada e terá capacidade de
geração nominal média de 60MW.
127
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Para plantas movidas a combustíveis fósseis, uma parcela significativa dos custos anuais
representam o custo do combustível ao invés do custo de mão-de-obra.
n Emprego na Construção
n Emprego em O&M
130
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
meses. Nos Ceará, cada serviço programado geralmente requer duas pessoas por um
período de 8 horas para turbinas entre 500kW e 1000kW (1MW).
y = 0.09x
5
Níveis de Emprego
0
0 10 20 30 40 50
Número de Turbinas
131
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
n Emprego na Indústria
A maioria das turbinas eólicas são fabricadas na Europa e nos Estados Unidos, no
entanto, o uso do termo “fabricação” pode induzir a uma má interpretação. Embora
muitos dos fabricantes de turbinas produzam muitos de seus próprios componentes,
outros são melhor descritos como montadores, porque a maioria dos componentes das
turbinas é produzida por outras companhias e depois montados em seus modelos de
turbinas eólicas. A Associação Americana de Energia Eólica (American Wind Ener-
gy Association –AWEA) estima que fabricantes de componentes e de turbinas eólicas
contribuem diretamente para a economia de 44 estados americanos. Essas compa-
nhias fabricam e comercializam torres, caixas de transmissão, hélices, equipamentos
de monitoração e outros equipamentos relacionados à energia eólica. Componentes
individuais são frequentemente fabricados em países diferentes dos países do fabricante
de turbinas.
133
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Projetos de energia eólicas podem gerar oportunidades para residentes locais não
somente através dos pagamentos de royalties, mas também através de investimentos co-
munitários em cooperativas de proprietários locais que desenvolvem projetos de energia
eólica e vendem a energia para a companhia elétrica.
134
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Enquanto uma usina eólica tem um impacto substancial na região, ela tem um
impacto mínimo na infraestrutura local e estadual por causa da alta relação entre
capital e mão-de- obra das operações das plantas. Empregos adicionais e impostos
territoriais agregam valor à economia local sem criar um fardo substancial no sistema
existente de água e esgoto, rede de transporte, emergência, educação ou outros
serviços públicos.
135
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Áreas rurais tendem a ser mais culturalmente homogêneas que áreas urbanas. Para
projetos ou indústrias em áreas rurais, a adição de mão-de-obra qualificada externa
pode pressionar a comunidade local devido a diferenças culturais. Trabalhadores estra-
nhos ao local relocados para a área podem potencialmente trazer atitudes, normas e
práticas sociais diferentes. Em áreas onde o tamanho do desenvolvimento é pequeno e
limitado a projetos de energia eólica, esses componentes de estresse cultural são normal-
mente minimizados uma vez que a construção de projetos de energia eólica dura uma
média de seis meses e operações em andamento e atividades de manutenção podem
ser frequentemente feitas por pessoal local.
136
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
O que se pretende ressaltar neste ponto é que o estado do Ceará reúne, como
mostrado ao longo do trabalho, mais vantagens competitivas para implantação de
parques eólicos ou unidades de produção industrial para a industria eólica do que
qualquer país do mundo. Os exemplos acima podem ser potencializados e implemen-
tados de maneira mais fácil neste estado. Pretende-se, com isso, acender a centelha
de desenvolvimento do estado do Ceará e destacar seu pioneirismo no fomento e na
criação de políticas públicas que visem o seu desenvolvimento, como principal ator
nacional na geração de energia renovável.
137
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
[...]
[...]
[...]
138
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
139
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
A própria lei no 10.438/02 que criou o PROINFA criou também a Conta de de-
senvolvimento Energético – CDE nos seguintes termos:
141
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Por outro lado, a lei original de criação do PROINFA, não prevê apresentação de
instalações na Chamada Pública, em número inferior à disponibilidade da Eletrobrás.
Esta particularidade é tratada na lei no 10.762/03, I, e, verbis: concluído o processo
definido na alínea d sem a contratação do total previsto por fonte e existindo ainda em-
preendimentos com Licença Ambiental de Instalação(LI), válidas, o saldo remanescente
por fonte será distribuído entre os estados de localização desses empreendimentos, na
proporção da oferta em kW, reaplicando-se o critério da antiguidade da LI até a con-
tratação do total previsto por fonte. Outra alteração registra-se no índice de nacionali-
142
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
zação que passou de 50% para 60%. Por fim, registra-se a quebra da distribuição equi-
tativa das três fontes, eólica, PCH e biomassa com 1.100MW cada se até 30.10.04
houver insuficiência de projetos habilitado. Neste caso caberá a Eletrobrás contratar
imediatamente as cotas remanescentes de potência entre os projetos habilitados nas de-
mais fontes seguindo o critério de antiguidade da Licença Ambiental de Instalação(LI).
É relevante observar que neste estágio do Programa não há, nos termos da lei,
meta de contratação de certa capacidade ou potência como na primeira etapa. Para
esta se previa contratação de 1.100MW de potência eólica.
A segunda etapa do programa, sob este aspecto, não sofreu alteração pela lei no
10.762/03. Assim, o artigo 3o II, a permanece em vigência. Deve-se entender desta
alínea que a meta é de energia e não de capacidade, de potência de instalação. Ainda!
Não há rigor na divisão da energia produzida pelas três fontes, eólica, PCH e biomassa,
citadas nesse dispositivo. Irrefutável é que as três fontes atenderão a dez por cento do
consumo anual de energia elétrica no País, objetivo a ser alcançado no ano de 2022.
Para a segunda etapa do PROINFA não foi definido um número para a capacida-
de instalada, contudo nos termos do artigo 3º, II, h, a distribuição será igual entre as
três fontes participantes do Programa.
143
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
144
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
1ª ETAPA 2ª ETAPA
Lei 10.438/02 Lei 10.762/03 Lei 11.075/04 Lei 10.438/02 Lei 10.762/03 Lei 11.075/04
PARÂMETROS
Referência Referência Referência Referência
Referência Temporal Dispositivo Referência Temporal Dispositivo Dispositivo Dispositivo Dispositivo Dispositivo
Temporal Temporal Temporal Temporal
Lei Lei
Contratação 29.04.04 Art.3°,I,a 29.04.04 Art.3°,I,a 30.06.04 Art.3°,I,a Após 30/12/08 Art.3°,II,a Após 30/12/08 10.438/02 Após 30/12/09 10.438/02
Art.3°,II,a Art.3°,II,a
Se Insuficiência de sem regula- Sem regulamen- sem regula- Sem regulamen- sem regula- Sem regulamen- sem regula-
Sem regulamentação 30.10.04 Art.3°,I,g Art.3°,I,g
Projeto mentação tação mentação tação mentação tação mentação
Lei Lei
PRAZO
2 anos a partir da 2 anos a partir da 2 anos a partir da
Instalação e Operação 30.12.06 Art.3°,I,a 30.12.06 Art.3°,I,a 30.12.08 Art.3°,I,a Art.3°,II,g 10.438/02 10.438/02
contratação contratação contratação
Art.3°,II,g Art.3°,II,g
Período de Compra
15 anos Art.3°,I,a 20 anos Art.3°,I,a 20 anos Art.3°,I,b 15 anos Art.3°,II,b 20 anos Art.3°,II,b 20 anos Art.3°,II,b
(entrada operação)
LI mais antiga LI mais antiga
LI mais antiga. Limite LI mais antiga. Limi- Lei LI posteriormen-
Regra Geral LI, posteriormente LP Art.3°,I,d Art.3°,I,d Art.3°,I,d limite 20% por Art.3°,I,d limite 20% por Art.3°,I,d
20% por Estado te 20% por Estado 10.762/03 te LP
Estado Estado
Se instalação com LI Licenças ambien- Licenças ambien- Licenças ambien-
Licenças ambientais Licenças ambientais Licenças ambientais
e LP em maior número tais com menores tais com menores tais com menores
com menores prazos Art.3°,I,e com menores prazos Art.3°,I,e com menores pra- Art.3°,I,e Art.3°,I,e Art.3°,I,e Art.3°,I,e
que disponibilidade de prazos de vali- prazos de vali- prazos de vali-
de validade de validade zos de validade
contratação dade dade dade
Se não há con-
Se não há con-
tratação do total
tratação do total
obedecido os 20%
obedecido os 20%
por estado será
por estado será dis-
distribuído entre
Se número de instalação sem regula- tribuído entre estados Sem regulamen- sem regula- Sem regulamen- sem regula- Sem regulamen- sem regula-
Sem regulamentação Art.3°,I,e estados de localiza- Art.3°,I,e
CRITÉRIO DE CONTRATAÇÃO
menor que previsto mentação de localização na tação mentação tação mentação tação mentação
ção na proporção
proporção de oferta
de oferta em kW
em kW reaplicando
reaplicando o crité-
o critério de antigui-
rio de antiguidade
dade da LI
da LI
Lei
Valor do piso tarifa média 80% com crédito Crédito Comple- Crédito Comple-
80% Art.3°,I,b 90% Art.3°,I,b 90% 10.762/03 Art.3°,II,d Art.3°,II,d Art.3°,II,d
nacional complementar mentar mentar
Art. 3º,I,b
Lei
Índice nacionalização com parti- Art. 3º II, Art. 3º II,
50% em valor Art.3°,I,f 60% em valor Art.3°,I,f 60% em valor 10.762/03 60% em valor Art.3°,I,f 90% em valor 90% em valor
cipação direta de fabricante §4º §4º
Art. 3º,I,f
Lei Lei Lei
Distribuição Capacidade Ins- 30.06.04 Não definida, mas Não definida, mas Não definida, mas
29.04.04(1100MW) Art.3°,I,a 29.04.04(1100MW) Art.3°,I,a 10.762/03 Art.3°,II,a 10.438/02 10.438/02
talada (1100MW) equitativa equitativa equitativa
Art. 3º,I,a Art.3°,II,a Art.3°,II,a
Lei Lei Lei
Flexiblização distribuição equitati- Art.3°, I, d, Após 5 anos e a Após 5 anos e a Após 5 anos e a
Não prevista - 28.12.04 10.762/03 Art.3°,III,h 10.438/02 10.438/02
va capacidade instalada e, g, h cada 5 anos cada 5 anos cada 5 anos
Art. 3º,I,g Art.3°,II,h Art.3°,II,h
10% consumo 10% consumo 10% consumo
anual País a partir anual País a partir anual País a partir
L e i Lei Lei
Meta de capacidade ou energia maio/2002 com Art.3°,II, maio/2002 com maio/2002 com
29.04.04(1100MW) Art.3°,I,a 29.04.04 10.762/03 Art.3°,I,a 10.438/02 10.438/02
a ser contratada incremento anual a,c,e incremento anual incremento anual
Art.3°,II,a Art.3°,II,a,c,e Art.3°,II,a,c,e
de 15% para as 3 de 15% para as 3 de 15% para as 3
fontes-CER fontes-CER fontes-CER
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
10.4 Conclusão
A Tabela que se apresentou traz uma síntese e, portanto por ela é possível se tirar
muitas conclusões. Às vezes, porém, uma conclusão não é imediata.
Observa-se pelo texto que o PROINFA teve o objetivo não só de promover a dis-
ponibilidade de energia elétrica, mas também de aumentar a competitividade do setor.
No sentido da competitividade vê-se um melhor enfoque à contratação com os PIAs
admitindo participação dos PIEs desde que não houvesse preterição dos primeiros. Sua
participação poderia ser de até 50% na primeira etapa da contratação reduzindo-se
para 25% na segunda etapa.
Por fim, é atribuída por Lei ao Ministério das Minas e Energia a elaboração de
Guia de Habilitação por fonte, onde se insere a eólica, consignando as informações
complementares às licenças de instalação necessárias.
146
ANEXOS
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Esse anexo fornece detalhes adicionais sobre o tipo de terreno e área neces-
sária para projetos de energia eólica. Ele fornece detalhes adicionais sobre como
desenvolvedores de projetos de energia eólica podem identificar o terreno que eles
desejam incluir no Contrato de Opção ou no Contrato de Arrendamento descritos
na Seção 3.
149
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
vezes47 a energia que o vento soprando a 8 metros por segundo. Entretanto, um projeto
de energia eólica com velocidade média anual do vento de 10 metros por segundo
não produzirá o dobro da energia de um projeto com velocidade média anual do
vento de 8 metros por segundo. Isso ocorre por causa do limite máximo de controle da
turbina, nem toda energia disponível é convertida em eletricidade.
47
103 dividido por 83 é igual a 1.95, ou quase duas vezes.
150
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
48
Considerando que uma turbina eólica gera eletricidade a partir da energia do vento, o vento após
passar pela turbina deve conter uma menor energia potencial do que o vento chegando à turbina.
151
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
152
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
153
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Tabela A-2. Exemplo de Requisitos da Área para Projetos Eólicos baseados no Relevo e
Direção do Vento
Espaçamento Espaçamento
Direção do
entre Turbinas entre as linhas Área do Terreno ha/ Turbina
Vento/Tipo de ha/MW
(diâmetros do (diâmetros do Eólica
Relevo
rotor) rotor)
m2 Hectares
Multidirecional/
8 10 184,320 18.4 20.5 18.4
Relevo plano
Multidirecional/
10 15 345,600 34.6 38.4 34.6
Montes
Multidirecional/
Cume de monta- 15 20 691,200 69.1 76.8 69.1
nhas
Unidirecional/
3 10 69,120 6.9 7.7 6.9
Relevo plano
Unidirecional/
4 15 138,240 13.8 15.4 13.8
Montes
Unidirecional/
Cume de monta- 4 20 184,320 18.4 20.5 18.4
nhas
Assumindo o diâmetro do rotor da turbina igual a 48m e potência de 900kW. A área estimada na tabela baseia-se em uma
turbina posicionada em uma matriz de turbinas. As turbinas no perímetro da matriz requerem menos espaço porque a reserva no
exterior da matriz é menor do que o espaçamento requerido entre as turbinas e linhas. Geralmente, apenas um diâmetro do rotor é
requerido como reserva em volta da matriz de turbinas.
As informações na Tabela A-2 assumem que uma turbina eólica de 900kW foi
usada no projeto. A Tabela A-3 mostra qual é a área necessária variando-se o tama-
nho das turbinas, mantendo as características de relevo e vento constantes. A área do
terreno requerida entre turbinas eólicas (hectare/turbina) aumenta com o diâmetro da
turbina; entretanto, a área requerida por MW é relativamente constante (ex. 7,7 a 10,4
ha/MW). A variação nesse valor depende da relação entre a potência da turbina e
o diâmetro do rotor. Ele não é dependente exclusivamente da potência ou do diâmetro
do rotor.
154
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Tabela A-3. Estimativa dos Requisitos do Terreno para Ventos Unidirecionais e Relevo Plano
Diâmetro do Rotor
72 60 54 48 52 50 47
(m)
Potência da
1500 1300 1000 900 850 800 660
Turbina (kW)
Hectares por MW 10.4 8.3 8.7 7.7 9.5 9.4 10.0
Hectares por
15.6 10.8 8.7 6.9 8.1 7.5 6.6
turbina
Assumindo uma espaçamento 3 x 10. Baseado na área requerida por uma turbina dentro de uma matriz de turbinas.
entre
EMPRESA
CNPJ/MF
ENDEREÇO
- doravante denominada“ARRENDATÁRIA” -
e
(Arrendador)
CPF/MF 000.000.000-00, RG 000000000
qualificação
Rua XX, n.º XX
Bairro ...., Município de /Estado
Brasil
155
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Índice:
Considerando que:
156
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Anexo II: plano de localização do qual constam os pontos previstos para a instalação
dos aerogeradores, a rede elétrica, as posições das estações, bem como as rodovias
de acesso e montagem necessárias. Esse plano pode ser modificado a critério da
arrendatária, sem anuência dos arrendadores, por razões de ordem técnica ou por
exigência das autoridades competentes.
Licenças Necessárias: toda e qualquer licença exigida por lei, seja municipal, estadual
ou federal.
157
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Vida Útil do Aerogerador: tempo durante o qual o aerogerador pode ser operado. A
vida útil do gerador finda quando não mais for possível realizar manutenção e consertos
necessários a custos razoáveis.
Qualquer compromisso
158
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
a) ceder à ARRENDATÁRIA o uso e o gozo do terreno, para que nele seja instalado
parque eólico, que englobará a construção, manutenção e operação dos aeroge-
radores, bem como as construções ancilares necessárias descritas no Anexo I;
b) adotar todas as medidas cabíveis para garantir a mansa e pacífica posse da área, sem
prejuízo das eventuais providências que possam ser tomadas pela ARRENDATÁRIA;
h) assinar o plano de instalação final a ser preparado após a obtenção das licenças
necessárias, conforme a Licença Ambiental de Instalação e em conformidade com
todas e quaisquer condições impostas pelo Anexo II, sujeito a eventuais alterações;
i) permitir que a ARRENDATÁRIA ou terceiro por ela indicado instale os cabos neces-
sários no terreno a uma profundidade mínima de ____ metros da superfície do solo
e abaixo do nível da drenagem existente;
159
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
o) não turbar nem esbulhar a posse da ARRENDATÁRIA sobre o terreno e sobre as ins-
talações dos aerogeradores nele construídas, nem permitir que terceiros o façam;
160
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
161
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
162
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Parágrafo único: o parque eólico começará a operar assim que a ARRENDATÁRIA ob-
tiver as licenças necessárias e que o referido parque for conectado à rede elétrica pública.
5.2 O contrato poderá ser prorrogado por dois períodos consecutivos de _____
anos cada. A prorrogação dar-se-á mediante notificação escrita, a ser enviada pela
ARRENDATÁRIA aos ARRENDADORES até o dia 30 de junho do ano de término do
contrato. (sugiro estipular em dias. Ex: 180 dias para o término)
5.3 Se a vida útil dos aerogeradores for inferior ao prazo de vigência contratual,
este contrato terminará ao final do mês no qual os equipamentos e aerogeradores
referidos no item 4 (j) supra forem removidos do terreno. , salvo se houver interesse na
substituição ou se acarretar prejuízo em razão de repercussão em contrato conexo.
163
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
a) o aluguel será dividido em ___ parcelas, cada uma delas paga até o _____ dia
útil do mês subseqüente ao trimestre civil transcorrido, aos ARRENDADORES ou a qualquer
pessoa ou agência autorizada pelos ARRENDADORES a aceitar esses pagamentos.
164
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
165
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
a) que se encontrem ou venham a cair em domínio público sem que haja descumpri-
mento do dever de sigilo ora acordado;
b) que possam ser obtidas com não mais do que diligência razoável por terceiros;
c) cuja publicidade seja determinada por disposição legal, desde que tão somente
pessoas autorizadas por lei tenham acesso a elas;
11.1 Invalidade parcial: Caso qualquer das disposições deste contrato seja consi-
derada legalmente inválida e/ou ineficaz, ou caso este contrato contenha omissão, a
validade das disposições remanescentes não será afetada.
166
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
b) se enviada via fax, no primeiro dia útil após a transmissão do documento com
confirmação de recebimento; ou
Para os ARRENDADORES:
Endereço:
Cel:
At:
Para a ARRENDATÁRIA:
Cel.
167
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
12.5 Vias Originais: O contrato é firmado em ___ (quatro) vias de igual teor e
forma, na presença de duas testemunhas que assinam abaixo.
Local, data.
ARRENDATÁRIA: ARRENDADORES:
EMPRESA
Testemunhas:
Nome: Nome:
CPF: CPF:
Muitas questões nesse modelo de RFP são comuns a qualquer RFP. No entanto,
freqüentemente, existem questões que são peculiares a um projeto em particular que
são incluídas em uma RFP. Por exemplo, algumas das linguagens no modelo de RFP
tratam do Crédito Fiscal de Produção (Production Tax Credit – PTC). O PTC é um
fator importante na economia da energia eólica nos Estados Unidos, e na época em
que a RFP foi escrita, era incerto quando e como o PTC seria renovado após 2003.
Enquanto que questões relacionadas com o PTC podem não ser relevantes para pro-
jetos fora dos Estados Unidos, a linguagem do PTC foi mantida no modelo de RFP
para fornecer um exemplo de como essa questão específica foi tratada na RFP. Podem
existir outros fatores peculiares de outros projetos os quais podem usar a linguagem
de PTC no modelo de RFP como um exemplo de como tratar incertezas na época em
que for redigida a RFP.
Esse modelo de RFP é apresentado como um exemplo apenas. Leitores são encora-
jados em consultar seus consultores para garantir que seus objetivos serão atingidos e
seus interesses serão protegidos antes de assinarem um contrato comprometedor.
168
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
[Emitente]
[data]
1. Introdução
169
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
2. Produtos Requeridos
170
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
3. Desenvolvedores Elegíveis
171
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
A descrição, tamanho, número e fabricante das turbinas eólicas que serão usadas.
Forneça um resumo das experiências comerciais de operação das turbinas escolhidas.
Se uma seleção final das turbinas ainda não tiver sido feita, liste os candidatos sendo
considerados e o status e programação do processo de seleção e qualquer compro-
misso do fabricante. Para cada turbina sendo considerada, forneça as seguintes infor-
mações:
• Especificações Técnicas;
• Tipo de torre e altura proposta do eixo;
• Data do projeto da turbina;
172
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
4.3.1 Dados Eólicos: Inclua na proposta qualquer relatório de avaliação dos recur-
sos eólicos, dados resumidos e a fonte subjacente dos dados que foi usada para prever
a produção de energia do projeto. Esses devem incluir:
4.3.2 Cálculo Energético. Forneça a análise usada para estimar a produção anu-
al, mensal e diária do projeto. Essa análise deve incluir pelo menos:
173
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
174
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
• Adequação regulatória
• Construção e comissionamento do projeto
• Gerenciamento de risco e seguro
• Operação do projeto
• Manutenção do Projeto
175
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Índices de capacidade de pagamento (ano mais alto, ano mais baixo e média)
176
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Outros impostos
Lucro líquido
pro forma deve ser entregue em planilha de Excel assim como na proposta.
177
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
4.7.1 Programação.
178
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
4.7.4 Licenças.
Identificar todos as licenças do projeto com ênfase especial nas licenças principais
(como um uso condicional ou certificação local) requisitados para construir e operar o
projeto. Discutir o status atual dos pedidos e procedimentos, a programação para a
obtenção de licenças e aprovações principais, e a abordagem a ser usada. Delinear o
processo planejado para envolver residentes locais e outras partes afetadas no proces-
so de planejamento/licença.
179
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
4.7.6 Construção.
4.7.7 Testes.
5. Proposta Preço(s).
[Companhia Elétrica] prevê várias opções potenciais para preços do projeto. Para
Contratos de Compra de Energia, esses incluem:
180
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Uma combinação dos itens acima ou outras alternativas adequadas que possam
ser propostas.
Uma combinação dos itens acima ou outras alternativas que possam ser propostas
pelo desenvolvedor.
181
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
taxas evolutivas a serem aplicadas caso existam, e todas outras informações de preços
para [companhia elétrica] avaliar por completo a proposta. Em todos os casos, os
proponentes devem prever na sua proposta de preço que o modelo de contrato de
compra de energia e de termo de referência a compra pela [companhia elétrica] de um
interesse no projeto. Anexa a essa RFP estará a base para qualquer Contrato Definitivo
potencial com a [companhia elétrica].
6. Atributos Ambientais
7. Outros Requisitos
A proposta do desenvolvedor é genuína; não feita por interesse de, ou em nome de,
qualquer pessoa, firma ou corporação desconhecida; e não está submetida à conformida-
de com o contrato de regras de nenhum grupo, associação, organização ou corporação.
O desenvolvedor não procurou por conluio obter para si mesmo qualquer vanta-
gem sobre outro desenvolvedor.
182
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
8. Requisitos de Crédito.
183
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
controle negativo em conjunto com qualquer que possa ser incluído no modelo de con-
trato de compra de energia (Exibição 1) ou modelo de termo de referência (Exibição 2)
em todo e quaisquer Contratos Definitivos que o desenvolvedor ou [companhia elétrica]
possa assinar em conexão com a proposta do desenvolvedor.
9. Processo de Avaliação
184
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
185
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
para o portfólio geral de recursos da [companhia elétrica]. Essa análise irá além da
avaliação de propostas isoladamente. A análise do portfólio para uma determinada
proposta avaliará como o recurso proposto (incluindo custos da proposta, custos de
transmissão, custos de integração, forma de geração sazonal, etc) interagiria com ou-
tros recursos existentes e planejados no portfólio geral da [companhia elétrica] e com
as cargas elétricas de varejo da [companhia elétrica]. A análise também levará em
conta efeitos de dívida introduzidos associados a contratos de compra de energia,
efeitos finais para recursos com diferentes vidas e outros fatores. O resultado da análi-
se de portfólio inclui impactos no valor presente líquido de custos em 20 anos para o
portfólio geral e impactos no portfólio de risco (medido como variabilidade no portfólio
de custos).
Uma integração de custo integrada será incluída na análise de portfólio que quan-
tificará, até onde se souber, o custo de se integrar o recurso eólico ao sistema da [com-
panhia elétrica] em tempo real e outras bases. A integração de custos será baseada
na melhor estimativa da [companhia elétrica] até o momento, mas é reconhecido que
a informação para analisar a integração de custo não é atualmente bem conhecida e
constituirá a melhor estimativa da [companhia elétrica] apenas. [Companhia elétrica]
pretende continuar com sua aquisição de recursos eólicos através desse processo de
RFP e avaliará ainda mais e refinará a integração de custos como ganhos de experi-
ência da [companhia elétrica] com recursos eólicos e a integração de recursos eólicos
nesse portfólio e sistema de recurso elétrico.
9.2.2 Risco
186
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
• Probabilidade de financiamento;
Esse critério de avaliação considerará os fatores listados na Sessão 4.4 dessa RFP.
Esse critério incluirá uma análise da magnitude dos potenciais impactos ambientais,
a capacidade absoluta do plano em identificar e mitigar esses impactos independen-
temente de se a proposta resulta em um novo recurso sendo adicionado, além do nível
de suporte ou oposição de partes interessadas externas.
187
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
188
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Uma cópia lacrada da proposta, juntamente com todos os anexos e arquivos ele-
trônicos devem ser submetidos via correio, serviço de entrega, ou entrega em mãos
à [companhia elétrica] no endereço descrito abaixo. Todas as respostas devem ser
recebidas até [hora e data]. Perguntas e requisições de informações adicionais devem
também ser dirigidas à pessoa e endereço descrito abaixo. Todos os custos para par-
ticipar desse processo de RFP, incluindo a preparação de propostas, negociações, etc
são de responsabilidade do desenvolvedor.
Exceto quando exigido por lei ou para propósitos regulatórios, [companhia elé-
trica] manterá a confidencialidade da informação contida nas propostas submetidas.
Somente funcionários da [companhia elétrica], conselheiros legais, consultores financei-
ros ou outros contratados que estejam diretamente envolvidos nesse processo de RFP
ou quem tenha a necessidade de saber por razões comerciais serão permitidos a ver
propostas submetidas.
189
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Desenvolvedores devem identificar as partes de suas proposta que eles não quei-
ram que sejam reveladas para terceiros escrevendo nessas partes da proposta o termo
“Confidencial” em cada página. Se a [companhia elétrica] for requisitada a fornecer
tais informações, o desenvolvedor deve ser responsável por defender o status confiden-
cial da informação. O desenvolvedor deve ser responsável por custos legais e todos
outros custos incorridos na proteção da informação confidencial.
Como exigido por lei, [companhia elétrica] tornará disponível para o público um re-
sumo de todas as propostas recebidas e a classificação final de todas essas propostas.
Todas as informações fornecidas para a [companhia elétrica], ou geradas internamente
pela [companhia elétrica] devem permanecer de propriedade da [companhia elétrica]
e não devem estar disponíveis para qualquer entidade antes, durante ou depois desse
processo de RFP, a não ser que exigido por lei ou resolução. As propostas e todos os
materiais relacionados não serão devolvidos para os desenvolvedores. [Companhia
elétrica] reterá todas as informações pertinentes a esse processo de RFP por um período
de no mínimo sete anos ou até que [companhia elétrica] conclua sua próxima revisão
tarifária, o que seja mais tardio.
14. Documentos
190
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Vários assuntos são comuns a qualquer PPA, como preço, prazo de vigência do
acordo (anos) e forma de pagamento.
191
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
[Nome do Projeto]
Entre
[Nome do Comprador]
como Comprador
[Nome do Vendedor]
como Vendedor
ÍNDICE DE CONTEÚDO
ARTIGO 1º DEFINIÇÕES.................................................................................1
1.1 Definições............................................................................................1
192
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
ARTIGO 8º DIVERSOS..................................................................................27
8.1 Informações Sigilosas...........................................................................27
8.2 Sucessores e Cessionários; Cessão.........................................................29
8.3 Gravames de Financiamento.................................................................30
8.4 Notificações.......................................................................................31
8.5 Força Maior.......................................................................................32
8.6 Aditamentos.......................................................................................32
8.7 Renúncias Abdicativas..........................................................................32
8.8 Renúncia a Perdas e Danos Conseqüentes...............................................32
8.9 Subsistência.......................................................................................33
8.10 Separação.........................................................................................33
8.11 Lei Regente.........................................................................................33
8.12 Solução de Controvérsias.....................................................................33
8.13 Renúncia ao Julgamento por Tribunal do Júri..............................................33
8.14 Sem Terceiros Beneficiários....................................................................34
8.15 Sem Órgãos.......................................................................................34
8.16 Cooperação.......................................................................................34
8.17 Garantias Adicionais...........................................................................34
8.18 Cabeçalhos; Interpretação....................................................................34
8.19 Acordo Integral...................................................................................34
8.20 Outras Vias........................................................................................34
8.21 Serviço de Previsão.............................................................................35
193
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
T E S T E M U N H A M:
ARTIGO 1º
DEFINIÇÕES
1.1 Definições.
194
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(vi) todos os termos contábeis que não forem definidos, especificamente, neste ins-
trumento, serão interpretados de acordo com os princípios contábeis de uso comum nos
Estados Unidos da América, tendo estes aplicação consistente; (vii) subentender-se-á que
todas as referências feitas a este Contrato incluirão uma referência a todos os apêndices,
anexos, programas e documentos nele inseridos, como este poderá ser aditado, modifica-
do, complementado ou substituído, periodicamente; e (viii) o masculino incluirá o feminino e
o gênero neutro, e vice-versa. As Partes prepararam este Contrato em conjunto e nenhuma
das provisões nele inseridas serão interpretadas em detrimento de uma das Partes, sob a ale-
gação de que a referida Parte seria a autora do Contrato ou de qualquer de suas seções.
“Afiliada” significará, no tocante a qualquer Pessoa, (i) cada Pessoa que, direta ou
indiretamente, controlar, for controlada por, ou estiver exercendo o controle conjuntamente
com a referida Pessoa; (ii) qualquer Pessoa que for proprietária ou titularbeneficiária de dez
porcento (10%) ou mais de qualquer título mobiliário, com ou sem direito a voto, da referida
Pessoa, ou dez porcento (10%) ou mais da participação patrimonial eqüitativa da referida
Pessoa; ou (iii) qualquer Pessoa da qual a referida Pessoa for proprietária ou titular benefici-
ária de dez porcento (10%) ou mais da participação patrimonial eqüitativa. Para fins desta
definição, “controle” (incluindo, com significados correlatos, os termos “controlado por” e
“exercendo o controle junto a”), utilizado no tocante a qualquer Pessoa, significará a posse,
direta ou indireta, do poder de dirigir ou causar a direção da gerência e das diretrizes de
tal Pessoa, seja por meio da aquisição de títulos mobiliários, por contrato ou outros.
195
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
“Lei Aplicável” significará, quando referir-se a qualquer uma das Partes, todas as
leis, estatutos, códigos, decretos, tratados, leis municipais, normas, decisões judiciais,
mandados, resoluções, liminares, regras, regulamentos, aprovações governamentais,
licenças e permissões, portarias e requerimentos de quaisquer órgãos reguladores e
outras autoridades governamentais, em cada caso aplicável a ou obrigatório para a
Parte, ou, no caso do Vendedor, o Projeto Eólico.
“Dia Útil” significará todo Dia, à exceção dos Sábados, Domingos, ou quaisquer
Dias em que os bancos em [________________] tenham permissão ou sejam obrigados
a permanecerem fechados.
196
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
“Energia” é um termo utilizado para expressar a energia elétrica gerada pelo Pro-
jeto Eólico.
197
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
forma a afetá-lo; (d) explosão, acidente ou epidemia; (e) ação ou omissão governamen-
tal; (f) greves gerais, greve patronal ou outros tipos de mobilização coletiva / industrial
por parte de trabalhadores e funcionários, ou outras dificuldades de ordem trabalhista;
(g) a falha no funcionamento do Projeto Eólico ou de outra instalação ou equipamento;
(h) acidentes de navegação, perigos no mar, colapso ou avaria das embarcações,
acidentes em portos, cais, canais ou outros itens que prestam assistência a, ou comple-
mentem, o embarque ou a navegação, ou quarentena; (i) acidentes aéreos, naufrágios
ou acidentes de trem; e (j) a existência ou os efeitos de uma condição descrita em (a),
(b), (d), (e), (f) ou (i), que resulte em, ou cause a indisponibilidade ou limitação, relativa
à transmissão de Energia, das Instalações Transmissoras do Provedor de Transmissão ou
do Sistema Transmissor do Provedor de Transmissão; ressaltando-se, contudo, que não
constituirá Força Maior a falta de dinheiro ou as mudanças nas condições de mercado,
inclusive, sem limitação, a incapacidade do Comprador de vender, comercializar ou
re-comercializar a Energia, seja no mercado de varejo, atacado ou de outra forma.
198
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
giro, ou quaisquer outros requerimentos comuns aos negócios, do Projeto Eólico (inclusive
a manutenção, reparo, substituição ou melhoria do Projeto Eólico); (iii) para qualquer
financiamento de desenvolvimento, financiamento ponte, apoio de crédito, incremento de
crédito, ou proteção da taxa de juros em conexão com o Projeto Eólico; ou (iv) para a
compra do Projeto Eólico e dos direitos a este relacionados do Vendedor.
199
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
“Taxa de Juros para Clientes Preferenciais” significará a taxa de juros (às vezes
denominada de “taxa base”) aplicada aos grandes empréstimos comerciais, cedidos
a entidades com crédito na praça. A referida taxa é periodicamente anunciada por
Citibank, N.Y. (New York), ou seu banco sucessor. Caso tal taxa não seja anunciada,
então valerá a taxa periodicamente publicada em The Wall Street Journal como sendo
a “Taxa de Juros para Clientes Preferenciais”(se mais de uma taxa for publicada, consi-
derar-se-á a média aritmética destas). Em ambos os casos, a taxa será determinada a
partir da data em que a obrigação de pagar juros surgir, mas sob hipótese alguma será
utilizada taxa maior que a permitida pela Lei Aplicável.
200
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
201
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
ARTIGO 2o
COMPRA E VENDA DE ENERGIA
202
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Além disso, caso menos de cem porcento (100%) das Turbinas do Projeto Eólico
estejam em funcionamento até o dia 31 de dezembro de 2003, conforme já mencio-
nado, e o Vendedor pretenda instalar Turbinas Pós 31 de Dezembro de 2003 sessenta
(60) dias após esta data, o Vendedor proporá, por escrito, a venda, ao Comprador,
de cem porcento (100%) da Energia das Turbinas do Projeto Eólico que não estejam em
funcionamento até o dia 31 de dezembro de 2003, mas que forem postas em funciona-
mento no Projeto Eólico no dia ou antes de uma data subseqüente a 31 de dezembro
de 2003 (“Turbinas Pós 31 de Dezembro de 2003”), conforme poderá ser mutuamente
acordado entre as Partes, nos seguintes termos:
203
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(i) no caso de Turbinas Pós 31 de Dezembro de 2003 que não tenham sido bene-
ficiadas por nenhuma Promulgação de Prorrogação, a um preço razoável, do ponto de
vista comercial, estabelecido pelo Vendedor (acrescido de qualquer quantia adicional
requerida, em conformidade com o parágrafo final desta Seção 2.2). O Comprador
aceitará ou rejeitará tal oferta, por escrito, dentro de trinta (30) Dias, a contar do re-
cebimento da oferta. Se o Comprador não tiver aceito a oferta dentro de trinta (30)
Dias, o Vendedor poderá propor a venda de cem porcento (100%) da Energia gerada
pelas Turbinas Pós 31 de Dezembro de 2003 a terceiros; ressalvando-se, contudo,
que o Vendedor não proporá a venda desta Energia a terceiros durante o período de
noventa (90) Dias que se seguir ao final dos trinta (30) Dias, mencionados na cláusula
precedente, a um preço que seja mais favorável a terceiros que o preço proposto ao
Comprador, mencionado neste subparágrafo; e
(ii) no caso das Turbinas Pós 31 de Dezembro de 2003 que tenham sido benefi-
ciadas por uma Promulgação de Prorrogação, à Taxa Contratual de Base ou à Taxa
Inicial, conforme
204
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
205
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(ii) no mínimo quinze (15) Dias após o recebimento desta fatura (a menos que tal
Dia não seja um Dia Útil, caso em que o pagamento será devido no próximo Dia Útil),
o Comprador pagará ao Vendedor, por meio de transferência interbancária de fundos
imediatamente disponíveis, a uma conta especificada, por escrito, pelo Vendedor, ou
por qualquer outro meio aprovado, periodicamente, por ambas as Partes, por escrito,
o valor estabelecido como sendo devido na referida fatura. O Vendedor também terá o
direito de faturar o Comprador pelos pagamentos por este devidos sob a Seção 8.5,
deste instrumento, em função da celebração, pelo Comprador, de acordos com tercei-
ros para vender Energia Comprada, visando mitigar os efeitos de um “Acontecimento
de Força Maior”.
206
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
207
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Vendedor, que incluirá a quantidade de capacidade do Projeto Eólico que estará indis-
ponível devido à referida Interrupção Forçada, e a hora e data em que tal capacidade
voltaria a ser gerada. O Vendedor fornecerá uma atualização do relatório, conforme
necessário, para notificar o Comprador sobre mudanças nas circunstâncias em cone-
xão com a referida Interrupção Forçada.
208
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
que (i) o Comprador notifique o Vendedor por telefone, no Projeto Eólico, quanto ao
Nível Máximo de Operação Requerido (expresso em kV) solicitado pelo mesmo, no
mínimo dez minutos antes de sua aplicação na hora seguinte, devendo ser descrita
com mais detalhe nos Procedimentos Operacionais, e (ii) a notificação do Comprador,
conforme mencionado previamente, não estipule ou requeira, e o Vendedor não estará
obrigado a causar, que o Nível Máximo de Operação Requerido solicitado pelo Com-
prador, de acordo com esta Seção
2.7 (b), seja subtraído do Nível Máximo de Operação Requerido a qualquer tem-
po durante o período de uma hora que se suceder à aplicação de tal Nível. Até o limite
estabelecido pelas Partes nos Procedimentos Operacionais, conforme citado na Seção
2.10, o Comprador e o Vendedor poderão explorar os Procedimentos Operacionais
que fornecerem, ao Comprador, uma flexibilidade operacional adicional no estabele-
cimento do Nível Máximo de Operação Requerido a uma freqüência maior que uma
vez a cada hora.
2.7 (c)(i) da seguinte forma. Durante qualquer período de restrição, requerido pelo
Comprador, de acordo com Seção 2.7(b), o Vendedor determinará, primeiro, a quan-
tidade de Energia (expressa em kVh) gerada pelas Turbinas em funcionamento (e.g.,
Turbinas não sujeitas à restrição requerida pelo Comprador) durante o referido período.
O Vendedor determinará, então, a quantidade agregada de Energia que teria sido ge-
rada durante o referido período por todas as Turbinas, na Fazenda Eólica, dividindo-se
a soma, determinada na sentença precedente (expressa em kVh, conforme mencionado
anteriormente), pelo número de Turbinas em funcionamento, e multiplicando-se, então,
o resultado pelo número total de Turbinas restritas no Projeto Eólico. Caso um método
209
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
mais apurado para determinar-se a Energia restrita surja (calculada por SCADA ou de
outra forma), as Partes poderão concordar com tal método de cálculo, invés dos cálcu-
los acima delineados.
Tendo em vista que, com relação aos serviços de transmissão do Projeto, os paga-
mentos são realizados pelo Comprador sob a Tarifa, o Comprador adquirirá e o Vende-
dor venderá os Créditos de Transmissão a uma base dólar a dólar. O valor agregado
210
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
211
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(c) se a empresa independente de engenharia decidir que a ação proposta (ou seu
efeito resultante) terá um impacto adverso sobre o Projeto Eólico ou sobre a transmissão
eficiente e desimpedida de Energia deste, na forma contemplada neste Contrato, o
Comprador e seus Afiliados abandonarão a ação proposta sem que o Vendedor o
peça e sem recurso ao Vendedor.
212
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Sem limitar-se às provisões desta Seção 8.1, as Partes concordam que toda Infor-
mação transmitida a ou recebido por qualquer Parte, em conexão ou de acordo com os
Procedimentos Operacionais, será sigilosa e de natureza proprietária, estando sujeita
ao que dispõe a Seção 8.1 (c).
ARTIGO 3º
213
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(a) O Comprador fará com que a Garantia de sua Companhia Controladora Ga-
rantidora seja, por esta entidade, assinada e transmitida a, e em benefício do Vende-
dor, qualquer Mutuário e seu ou seus respectivo(s) cessionários.
[____________________].
(e) Aprovação do cumprimento, pelo Vendedor, dos deveres e das obrigações que
lhe couberem, sob este Contrato, pelo Conselho de Diretores do Vendedor ou de sua
Afiliada.
(f) O Comprador terá uma classificação de crédito a longo prazo com emissor
local, ou uma classificação de débito principal, sem cobertura e a longo prazo “Classi-
ficação de Crédito,” conforme o caso, de um (se apenas um dos seguintes órgãos emitir
a referida classificação) ou ambos (se ambos os seguintes órgãos emitirem a referida
classificação) de BBB- ou mais alto [caso haja uma classificação emitida pelo Standard
& Poor’s Rating Group ou qualquer de seus sucessores (“S&P”)] e Baa3 ou mais alto
[caso haja uma classificação emitida pelo Moody’s Investor Service, Inc., ou qualquer
de seus sucessores (“Moody’s”)].
Qualquer condição desta Seção 3.1 poderá ser abdicada por notificação escrita
ao Comprador pelo Vendedor, unicamente a critério do Vendedor, sem o consentimento
do Comprador.
Não obstante qualquer provisão em contrário, presente neste instrumento, este Con-
trato poderá ser rescindido pelo Vendedor através de notificação escrita ao Comprador,
214
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
3.3 Termos/Extensões.
As obrigações das Partes, conforme Seção 2.1 deste Contrato, começarão a ser
exigíveis a partir da Data de Funcionamento Comercial Parcial, e continuarão até a
215
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
data correspondente a vinte (20) anos após a Data de Funcionamento Comercial Par-
cial (o “Termo”). Todas os outros dispositivos deste instrumento começarão na data
deste, e continuarão a vigorar até o final do Termo.
Este Contrato está sujeito, ainda, a que o Vendedor seja considerado um EWG
pela Comissão Federal Reguladora de Energia. Para atingir esta condição, o Vendedor
deverá se inscrever no máximo sessenta (60) Dias após a assinatura deste Contrato.
(a) Além da extinção contratual prevista em Seção 3.1, deste instrumento, pelo Ven-
dedor, este poderá rescindir o presente instrumento antes de seu Termo final, conforme
especificado abaixo:
(ii) Pelo Vendedor, caso o Vendedor não tenha obtido a taxa, o título sobre os
direitos à posse e o uso do imóvel, ou outro título sobre ou participação patrimonial no
Site, e todas as aprovações, permissões, licenças e outras aprovações governamentais
de zoneamento necessários para construir e operar um Projeto Eólico da forma con-
templada neste Contrato, e que sejam finais, não mais estando sujeitas a apelação ou
impugnação legal, até [_________] de 2002; ressalvando-se que o Vendedor envie,
ao Comprador, notificação por escrito da rescisão dentro de quinze (15) dias, a contar
da referida data; ou
(iii) Pelo Vendedor, caso o Vendedor determine, em boa fé, que não poderá colo-
car cinqüenta porcento (50%) ou mais das Turbinas a serem instalados no Projeto Eólico
em funcionamento até o dia 31 de dezembro de 2003; ressalvando-se que o Vendedor
forneça, ao Comprador, notificação por escrito da rescisão dentro de quinze (15) dias
após a tomada da decisão pelo Vendedor.
(d) Não obstante qualquer provisão em contrário, presente neste Contrato, em caso
de rescisão, conforme esta Seção 3.5, as Partes serão dispensadas do cumprimento de
quaisquer obrigações que tenham surgido ou se acumulado em função deste instrumen-
216
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
to, a partir e após a data da referida rescisão; ressalvando-se, contudo, que a rescisão
não dispense ou alivie qualquer das Partes de qualquer obrigação de indenizar, sob
o Artigo 6º ou os dispositivos de Seção 8.1, deste instrumento, que subsistirão após
qualquer rescisão deste Contrato.
(a) Cada um dos seguintes itens constituirá um “Evento de Inadimplência” para fins
deste Contrato:
(i) A falha de uma das Partes em pagar qualquer valor devido, quando tal falha
não for sanada dentro de cinco (5) Dias a contar da data de vencimento;
(iii) O Comprador ou seus sucessores, por força de lei ou por cessão, de acordo
com os termos deste instrumento, esteja inadimplente de qualquer obrigação surgida
neste Contrato;
(v) A qualquer tempo, se: (A) por qualquer razão, a Garantia da Companhia
Controladora Garantidora do Comprador não estiver em pleno vigor, sendo executável
contra a Companhia Controladora Garantidora, em conformidade com estes termos;
ou (B) houver qualquer falha, por parte da Companhia Controladora Garantidora, no
cumprimento das obrigações delineadas sob a Garantia, e esta situação perdure além
de qualquer período de saneamento aplicável, conforme previsto na Garantia da refe-
rida Companhia Controladora;
217
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(b) Ocorrendo um Evento de Inadimplência por uma das Partes, a Parte adimplente
terá os seguintes direitos:
(i) rescindir este Contrato por meio de notificação escrita, enviada à outra Parte,
conforme o exposto nesta Seção 3.6, e, caso ocorra um Evento de Inadimplência pelo
Comprador sob esta Seção 3.6(a)(ii), o Vendedor terá o direito, mas não a obrigação,
de entrar em um acordo de reposição para o fornecimento de energia a longo prazo
com uma terceira parte;
(iii) aplicar qualquer outro remédio jurídico previsto neste Contrato; ressalvando-se,
contudo, que no caso de um Vendedor inadimplente, o Comprador envie aos Mutuários
(se houver), utilizando-se o endereço apresentado pelos Mutuários por escrito, ou pelo
Vendedor ao Comprador, notificação informando a ocorrência do referido Evento de
Inadimplência. Os Mutuários terão o direito (mas não a obrigação), durante noventa
(90) Dias após o recebimento de tal notificação, seja de sanar a Inadimplência a favor
do Vendedor, ou, após pagamento efetuado ao Comprador dos valores devidos e
não pagos pelo Vendedor, de assumir ou fazer com que a pessoa designada, o arren-
datário, ou o Comprador do Projeto Eólico assuma todos os direitos e obrigações do
Vendedor sob este Contrato, surgidos após a data da referida assunção. Caso qualquer
Mutuário, a pessoa designada, qualquer arrendatário ou Comprador do Projeto Eólico
assumir este Contrato, de acordo com Seção 3.6:
218
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
ARTIGO 4º
MENSURAMENTO E MEDIÇÃO
219
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
4.2 Medidas.
220
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(b) caso não exista, à época, informações confiáveis a respeito de que Medidor
estaria registrando de forma imprecisa, presumir-se-á, para fins desta correção, que a
referida imprecisão teria começado a um determinado momento entre a data do teste e
a última vez em que o Medidor teria sido testado e considerado preciso, sem exceder
a seis (6) meses antes da data do teste.
(a) A precisão de cada Medidor do Vendedor será testada e verificada, pelo Ven-
dedor, pelo menos uma vez por ano. O Vendedor concede, ao Comprador, acesso aos
Medidores do Vendedor para testar e verificar a precisão das medidas e registros de
tais Medidores, desde que o Comprador notifique o Vendedor com uma antecedência
razoável, e que o acesso se dê em horários razoáveis. Estas inspeções e verificações
serão realizados unicamente às custas do Comprador.
(c) Cada Parte arcará com os custos da testagem anual de seus próprios medidores.
(d) Cada Medidor terá uma variação de meio porcento (0.5%) na sua precisão.
221
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
tagem, determinar-se que qualquer dos Medidores esteja registrando de forma precisa
ou, embora esteja em erro, enquadre-se no percentual de variação permitido de meio
porcento (0.5%), registros prévios de tais Medidores serão considerados precisos na
computação das transmissões deste Contrato; porém, se for detectado o erro, o referido
Medidor será prontamente ajustado para registrar corretamente.
(v) Se, após testagem, determinar-se que quaisquer dos Medidores estejam regis-
trando de forma imprecisa, a um número que ultrapasse a variação permitida de meio
porcento (0.5%), então o referido Medidor será prontamente ajustado para registrar de
forma correta, e quaisquer registros anteriores, realizados pelo referido Medidor, serão
ajustados de acordo com Seção 4.2, deste Contrato.
(vi) Se, após testagem, determinar-se que quaisquer dos Medidores do Vendedor
contiver erro que ultrapasse o meio porcento (0.5%) de variação permitido, os paga-
mentos por Energia Comprada, realizados desde a testagem anterior de tal Medidor,
serão ajustados para refletir as medidas corrigidas, determinadas de acordo com
Seção 4.2 deste documento. Se a diferença entre os pagamentos de fato realizados
pelo Comprador e o pagamento ajustado for um número positivo, o Vendedor paga-
rá ao Comprador; se a diferença for um número negativo, o Comprador pagará a
diferença ao Vendedor. Em ambos os casos, a Parte que pagar a referida diferença
também pagará os juros à Taxa de Juros para Clientes Preferenciais, e tal pagamento
(incluindo os juros referentes) será feito dentro de trinta (30) Dias após o recebimento
de uma fatura corrigida.
222
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
ARTIGO 5º
(ii) O Vendedor detém o poder e a autoridade para firmar e assinar este Contrato,
não estando proibido de celebrá-lo ou de cumprir e realizar todos os pactos e obriga-
ções do Vendedor, a serem cumpridos sob e de acordo com este Contrato;
223
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(vi) Até onde tem o Comprador ciência, não existem ações, processos, julgamen-
tos, decisões ou ordens emitidas, ou na pendência de o serem, por qualquer Juízo ou
outro órgão governamental, que teriam um efeito material adverso sobre a habilidade
do Vendedor em realizar as obrigações assumidas em virtude deste Contrato.
(b) Este Contrato é uma obrigação legal, válida e vinculante para o Vendedor,
executável de acordo com seus termos, com a exceção das limitações estabelecidas
por leis de aplicabilidade geral, que restrinjam a imposição dos direitos do credor, ou
pelo exercício do poder discricionário do juiz, de acordo com os princípios gerais da
eqüidade.
224
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(vi) Até onde tem o Comprador ciência, não existem ações, procedimentos, julga-
mentos, decisões ou ordens emitidas, ou na pendência de o serem, por qualquer Juízo
ou outro órgão governamental, que teriam um efeito material adverso sobre a habilida-
de do Vendedor em realizar as obrigações assumidas em virtude deste Contrato.
(b) Este Contrato é uma obrigação legal, válida e vinculante para o Comprador,
executável de acordo com seus termos, com a exceção das limitações estabelecidas
por leis de aplicabilidade geral, que restrinjam a imposição dos direitos do credor,
ou pelo exercício do poder discricionário do juiz, de acordo com os princípios gerais
da eqüidade.
225
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
oposição a qualquer ação, ajuizada por qualquer órgão regulatório, tendo jurisdição
sobre o Projeto, que possa resultar na anulação de quaisquer dos termos e condições
deste, ou que tenha outro efeito material adverso sobre o Vendedor, o Projeto Eólico
ou este Contrato.
ARTIGO 6º
INDENIZAÇÃO E SEGURO
226
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
6.3 Seguro.
(a) Cada Parte, a custo próprio, manterá em vigor, a partir da data de assinatura
deste Contrato até a sua expiração ou rescisão, os seguintes seguros:
(b) Qualquer seguro cuja manutenção, por qualquer das Partes, seja requerida por
este Artigo, poderá ser mantido na forma de auto-seguro. Todas as apólices de seguro a
obtenção das quais sejam requeridas neste Artigo, fornecerão seguro para as ocorrên-
cias a partir da data deste Contrato, até a sua expiração ou rescisão. Toda cobertura
de seguro, requerida por este Contrato, que não for realizada por auto-seguro, será
emitida por uma seguradora com Melhor Classificação de no mínimo “A-“, ou outra
seguradora que seja razoavelmente aceitável para ambas as Partes.
(c) Cada Parte requererá que sua(s) seguradora(s) notifique(m) a outra Parte sobre
qualquer mudança material no, ou cancelamento de, seguro requerido por este Artigo,
227
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
pelo menos trinta (30) Dias antes da data efetiva da referida mudança ou cancelamen-
to. A pedido de qualquer das Partes, cada Parte fornecerá à outra e manterá com a
outra Parte, a partir de então, um certificado atual de seguro, ou documento comproba-
tório da existência da cobertura do auto-seguro, requerida por este Contrato.
ARTIGO 7º
APROVAÇÕES GOVERNAMENTAIS
ARTIGO 8º
DIVERSOS
228
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(i) tratará as referidas Informações com sigilo e cuidado razoável, para que não
sejam divulgadas a qualquer terceira parte, exceto nos casos previstos em lei, estando
sujeita às restrições abaixo estabelecidas;
(iv) após o término deste Contrato, destruirá ou devolverá as Informações que este-
jam em forma escrita ou outra forma tangível, e quaisquer de suas cópias.
(iii) informações que sejam conhecidas pela Parte Receptora antes de seu
recebimento por ação da Parte Divulgadora, ou que forem desenvolvidas inde-
pendentemente pela Parte Receptora; ressalvando-se, contudo, que a pessoa ou
pessoas que estiverem desenvolvendo tais informações não tenham tido acesso a
quaisquer Informações;
229
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(iv) informações recebidas por uma terceira parte, as quais não sejam reconheci-
das (após a devida investigação) pela Parte Receptora como sendo proibidas de serem
divulgadas em função de uma obrigação contratual, fiduciária ou legal; ou
(v) informações cuja revelação seja, de acordo com parecer razoável, emitido por
escrito pelo consultor jurídico da Parte Receptora, requerida, em conformidade com a
Lei Aplicável (incluindo qualquer pedido com fulcro na Freedom of Information Act (Lei
da Liberdade de Informação)); ressalvando-se, contudo, que a Parte Receptora, antes
de tal revelação, forneça notificação com antecedência razoável à Parte Divulgadora,
informando o tempo e âmbito da pretendida revelação, a fim de oferecer, à Parte Divul-
gadora, a oportunidade de obter uma liminar contra tal revelação ou, de outra forma,
prevenir, limitar o âmbito de, ou impor condições à referida revelação.
(d) Não obstante o ante exposto, o Vendedor poderá revelar Informações aos
Mutuários (se houver) e a quaisquer outros investidores, que expressem um interesse em
oferecer financiamento ou refinanciamento de dívida ou da emissão de ações, e/ou
apoio de crédito ao Vendedor, bem como ao agente ou fiduciário de quaisquer destes,
contanto que os Mutuários ou tais investidores concordem em observar as provisões de
sigilo que são substancialmente semelhantes àquelas estabelecidas nesta Seção 8.1.
(e) Nenhuma das Partes fará qualquer declaração à imprensa ou emitirá qualquer
anúncio publicitário ou outro tipo de anúncio, distribuirá ou divulgará qualquer infor-
mação, para fins de publicação (além de informações cuja distribuição ou divulgação
seja, de acordo com parecer razoável, emitido por escrito pelo consultor jurídico da
Parte Divulgadora, requerida, de acordo com a Lei Aplicável; ressalvando-se, contudo,
que a Parte responsável pela distribuição ou divulgação de tais informações tenha no-
tificado, e oferecido, à outra Parte, a oportunidade de impedir tal revelação, conforme
previsto na Seção 8.1), relativa a este Contrato ou à participação da outra Parte nas
transações aqui contempladas, sem a aprovação prévia, por escrito, desta, a respeito
de qualquer anúncio jornalístico ou publicitário, a aprovação dos quais não será retida
ou postergada senão por motivo razoável.
(f) Esta Seção 8.1 não impedirá que as Partes divulguem informações cuja re-
velação seja necessária para a obtenção de permissões, licenças, cessões e outras
aprovações governamentais relativas ao Projeto Eólico, ou que seja necessária para o
cumprimento das obrigações assumidas pelas Partes, sob este Contrato.
(g) As obrigações das Partes, sob esta Seção 8.1, vigorarão durante três (3) anos,
seguinte ao término deste Contrato.
230
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(a) Este Contrato entrará em vigor para beneficiar e obrigar as Partes e seus respec-
tivos sucessores e cessionários. Este Contrato não será cedido, assumido ou transferido,
no todo ou em parte, pelo Comprador (seja por contrato, dispositivo legal ou como
resultado defusão corporativa, consolidação, venda de subsidiária, cisão, desdobra-
mento de ações, criação de subsidiárias ou transação semelhante, pela qual a Pessoa
resultante, seja esta uma Afiliada de uma Parte ou outro, pretenda ter direito aos bene-
fícios e ao cumprimento das obrigações deste Contrato) sem que o Vendedor forneça
consentimento prévio por escrito, que não será retido ou postergado senão por motivo
razoável. Este Contrato não será cedido, assumido ou transferido, no todo ou em parte,
pelo Vendedor, sem que o Comprador forneça consentimento prévio, por escrito, que
não será retido ou postergado senão por motivo razoável.
(b) Não obstante o ante exposto, não será requerido consentimento para:
(i) qualquer cessão ou transferência deste Contrato, pelo Vendedor, a uma Afiliada
do Vendedor; e
(ii) qualquer cessão a qualquer dos Mutuários como garantia colateral pelas obri-
gações, constantes dos documentos financeiros, firmadas com tais Mutuários; e
231
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
todas as obrigações que surgirem neste instrumento relativas a esta) entre o Comprador
e tal Afiliada, conforme determinação do Comprador.
(c) O Comprador reconhece que, caso ocorra um evento de inadimplência sob qual-
quer dos documentos financeiros relativos ao Projeto Eólico, qualquer dos Mutuários poderá
(mas não será obrigado a) assumir ou fazer com que sua pessoa designada ou um novo
arrendatário ou Comprador do Projeto Eólico assuma, todos as participações patrimoniais,
direitos e obrigações do Vendedor que surgirem neste Contrato, a partir de então.
(e) As provisões desta Seção 8.2 beneficiam os Mutuários e as Partes deste Con-
trato também, sendo executáveis, pelos Mutuários, enquanto terceiros beneficiários ex-
pressos deste instrumento. Por meio deste instrumento, o Comprador concorda que
nenhum dos Mutuários, ou qualquer titular de garantia ou participante no interesse de
quem possam agir, será obrigado a cumprir qualquer obrigação, ou considerar-se-á
como tendo incorrido em qualquer responsabilidade ou obrigação, perante o Compra-
dor, prevista neste Contrato, ou terá qualquer obrigação ou responsabilidade perante o
Comprador, exceto na medida em que um destestornar-se uma parte deste instrumento,
conforme Seção 8.2.
232
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(c) Kit de Ferramentas para Energia EólicaApós enviar, ao Comprador, a referida no-
tificação inicial, o Vendedor prontamente informará, o Comprador, de qualquer mudança
nas informações fornecidas na notificação inicial ou qualquer notificação revisada.
(d) Se o Vendedor optar por gravar suas participações patrimoniais sob este Con-
trato, conforme permitido por esta Seção 8.3, as seguintes provisões serão aplicáveis:
(i) as Partes, exceto conforme previsto nos termos deste Contrato, não modificarão
ou cancelarão este Contrato sem consentimento prévio, por escrito, dos Mutuários, o
qual não será retido, atrasado ou condicionado senão por motivo razoável;
(ii) os Mutuários terão o direito, mas não a obrigação, de realizar qualquer ato
cujo cumprimento pelo Vendedor seja requerido, sob este Contrato, para prevenir ou
sanar uma inadimplência deste. Tal ato, realizado pelos Mutuários, terá a mesma eficá-
cia, no saneamento da inadimplência, que se tivesse sido executado pelo Vendedor;
233
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
sões que possam ser razoavelmente requeridas por quaisquer destes; ressalvando-se,
contudo, que qualquer acordo do tiponão modifique este documento, a não ser que o
Comprador, exclusivamente a seu critério, assim o queira.
8.4 Notificações.
234
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
8.6 Aditamentos.
Este Contrato não será modificado ou emendado a não ser que tais modificações
ou emendas sejam realizadas por escrito e assinadas por representantes autorizados
de ambas as Partes.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
com o cumprimento ou não deste Contrato, ou qualquer das obrigações nele contidas,
sejam estas baseadas em contrato, ilícito civil (incluindo, sem limitação, negligência),
responsabilidade estrita, garantia, indenização ou outros.
8.9 Subsistência.
8.10 Separação.
Todos os conflitos entre as Partes, surgidos sob este Contrato, que não forem resol-
vidos da forma apresentada nas provisões precedentes deste Contrato, serão solucio-
nados por meio de arbitragem, de acordo com as Regras de Arbitragem Comercial da
Associação Americana de Arbitragem, em Houston, Texas. Um árbitro independente será
selecionado por cada uma das Partes, e o terceiro árbitro será escolhido pelos dois pri-
meiros árbitros. Os custos e as despesas com a arbitragem serão partilhadas igualmente
entre as Partes envolvidas, independente de que Parte ou Partes prevaleçam, exceto que
cada Parte arcará com os honorários de seus advogados. A arbitragem será conduzida
de acordo com o seguinte cronograma, a menos que as Partes acordem mutuamente, por
escrito, de outra forma: (i) as Partes envolvidas no procedimento de arbitragem indicarão,
cada uma, seus respectivos árbitros, dentro de quinze (15) Dias após o final da data da
notificação do conflito pela outra Parte; (ii) a indicação do terceiro árbitro ocorrerá dentro
de cinco (5) Dias a partir desta data; (iii) dentro de dez (10) Dias após a indicação do
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Este Contrato não é unicamente destinado ao benefício das Partes aqui estabele-
cidas. Com a exceção do quanto estabelecido em Artigo 6º e nas Seções 8.2 e 8.3,
nenhum dispositivo deste Contrato será interpretado para criar qualquer dever de, ou
padrão de cuidado com relação a, ou qualquer responsabilidade por, ou qualquer
benefício para qualquer pessoa que não seja Parte neste Contrato.
8.16 Cooperação.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
instalações ou métodos de quaisquer das Partes, trazendo estes benefícios materiais a uma
das Partes, sem causar danos à outra, as Partes comprometem-se, mutuamente, a envidar
esforços razoáveis para cooperar e auxiliar uma à outra na realização de tal mudança.
Este Contrato poderá ser firmado em diversos vias, cada uma das quais será uma
via original, e todas juntas constituirão um único instrumento.
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
[VENDEDOR]_____________________ [Comprador]
Por:_____________________________ Por:____________________________
Cargo:__________________________ Cargo:_________________________
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
DESCRIÇÃO DO SITE
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
ENTRE
[Provedor IC]
[NOME DO GERADOR]
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
ÍNDICE DE CONTEÚDO
1. INTERPRETAÇÃO...................................................................................... 1
1.1 Definições.............................................................................................. 1
1.2 Interpretação.......................................................................................... 3
1.3 Separação............................................................................................. 3
2. GERAL..................................................................................................... 3
2.1 Título/Riscos/Responsabilidade do Sistema................................................. 3
2.2 Direitos de Ambas as Partes...................................................................... 3
2.3 Custos do Sistema................................................................................... 4
2.4 Mudanças ao Sistema.............................................................................. 4
2.5 Nenhum Outro Serviço............................................................................. 4
3. TERMO E RESCISÃO................................................................................. 5
3.1 Termo.................................................................................................... 5
3.2 Rescisão................................................................................................ 5
3.3 Efeito da Rescisão................................................................................... 5
4. COMITÊ OPERACIONAL........................................................................... 5
4.1 Constituição........................................................................................... 5
4.2 Autoridade Limitada do Comitê Operacional................................................ 6
5. OPERAÇÃO DE INTERCONEXÃO............................................................... 6
5.1 Interconexão.......................................................................................... 6
5.2 Requerimentos de Interconexão.................................................................. 6
5.3 Ordem(ns) de Operação.......................................................................... 7
5.4 Interrupções Programadas de Equipamento.................................................. 8
5.5 Controle de Perturbações no Sistema.......................................................... 8
5.6 Poder Reativo......................................................................................... 8
5.7 Medição............................................................................................... 8
5.8 Troca de Informações............................................................................... 9
5.9 Acesso ao Site........................................................................................ 9
5.10 Desligamento Imediato........................................................................... 9
5.11 Falha em Atender aos Requerimentos de Seção 5....................................... 9
242
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
7. FORÇA MAIOR...................................................................................... 10
7.1 Cumprimento Dispensado por Força Maior................................................ 10
7.2 Notificação.......................................................................................... 10
7.3 Rescisão por motivo de Prorrogação da Força Maior................................... 10
8. APROVAÇÕES REGULATÓRIAS................................................................. 11
8.1 Obtendo e/ou Mantendo as Aprovações.................................................. 11
9. SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIA................................................................ 11
9.1 Notificação de Controvérsias.................................................................. 11
9.2 Composição Amigável........................................................................... 11
9.3 Arbitragem........................................................................................... 11
9.4 Cumprimento Durante Solução de Controvérsia........................................... 11
9.5 Custo das Controvérsias......................................................................... 11
10. NOTIFICAÇÕES................................................................................... 11
10.1 Método de Notificação........................................................................ 11
10.2 Recebimento Presumido........................................................................ 12
243
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
ENTRE:
[Provedor de Interconexão]
(“Provedor IC”)
E:
_____________________________________________________,
_____________________________________________________
(o “Gerador”)
CONSIDERANDO QUE:
1. INTERPRETAÇÃO
1.1 Definições
244
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
1.1.3 “Emergência” significa qualquer condição pela qual, seja por força de uma
interrupção forçada, por preocupação com uma interrupção forçada ou por outra ra-
zão, existir um risco iminente de falha no equipamento, de perigo para os funcionários
ou o público, ou de risco na segurança ou confiabilidade do Sistema.
1.1.4. “Força Maior” significa qualquer caso fortuito, inquietação trabalhista, ato
de inimigo público, guerra, insurreição, perturbação social, incêndio, tempestade ou
inundação, explosão, colapso ou acidente com a maquinaria ou o equipamento, or-
dem, regulamento ou restrição imposta pelo governo militar ou legalmente estabelecido
por autoridades civis, ou qualquer outra causa que esteja fora do controle razoável da
Parte. Um acontecimento de Força Maior não inclui ato de negligência ou erro propo-
sital falta de dinheiro, crédito ou dificuldade econômica.
1.1.6 “Boas Práticas dos Serviços Públicos” significa quaisquer das práticas, mé-
todos e atos empregados ou aprovados por uma parte significativa da indústria de
energia elétrica à época, ou quaisquer das práticas, métodos e atos que, utilizando-se
bom senso, à luz dos fatos conhecidos à época em que a decisão foi tomada, seriam
esperados para se atingir os resultados almejados, a um custo razoável, em conformi-
dade com boas práticas comerciais, noções de confiabilidade, segurança, e rapidez.
As Boas Práticas dos Serviços Públicos não pretendem se limitar a uma prática, método
245
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
ou ato ótimo, à exclusão de todos os outros. Ao invés disso, pretendem ser práticas,
métodos ou atos geralmente aceitos em [________].
1.2 Interpretação
246
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(a) os títulos e cabeçalhos servem apenas para situar o leitor, não sendo destinados
a dirigir a interpretação deste Contrato;
(d) a menos que seja determinado de outra forma, a menção de uma Seção, Cláu-
sula ou Programa significa uma Seção, Cláusula ou Programa deste Contrato; e
1.3 Separação
Quando possível for, cada provisão deste Contrato será interpretada de forma a
se tornar efetiva, válida e exeqüível sob a lei aplicável. Caso qualquer provisão deste
Contrato seja, ou se torne, ilegal, inválida ou inexeqüível sob a lei aplicável, considerar-
se-á tal provisão eliminada deste instrumento, na medida de sua ilegalidade, invalidade
ou inexeqüibilidade, e sua ilegalidade, invalidade ou inexeqüibilidade não afetará a
legalidade, validade ou exeqüibilidade das provisões remanescentes, a menos que a
referida ilegalidade, invalidade ou inexeqüibilidade afete, material ou adversamente, o
intuito ou propósito deste Contrato.
2. GERAL
Cada Parte continuará a gozar do seu direito sobre, e a assumir o risco e a res-
ponsabilidade por, seu próprio Sistema, e a outra Parte não assume, sob este Contrato,
qualquer participação patrimonial, risco ou responsabilidade pelo referido Sistema.
Nada, relativo a este Contrato ou ao seu cumprimento, afetará os direitos e deveres
independentes das Partes de sempre responsabilizar-se por e exercer real controle físico
e posse sobre seu Sistema. Exceto conforme requerido por este Contrato, cada Parte
247
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Este Contrato não limita qualquer direito, das Partes, em firmar contratos ou transa-
ções com terceiros, desde que tais contratos ou transações não requeiram que a Parte
aja de forma inconsistente com referência às obrigações contraídas consoante este
instrumento, ou prejudique o cumprimento destas.
5.2.2 deste Contrato, e se, por conseguinte, for necessário que o Provedor IC modifi-
que o RIP, para que este reflita os referidos aditamentos, todos os custos do Provedor IC e
do Gerador, associados a tais mudanças, serão da responsabilidade do Provedor IC.
248
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
2.4.3 Não obstante qualquer revisão ou consentimento pelo Provedor IC, a respon-
sabilidade por tais adições, modificações, reparos ou substituições será inteiramente do
Gerador, e qualquer revisão ou consentimento, pelo Provedor IC, não constituirá uma
assunção de responsabilidade por este, nem dispensará o Gerador de assumir sua res-
ponsabilidade pelas adições, modificações, reparos ou substituições, bem como pelo
efeito gerado no Sistema do Provedor IC e na Interconexão.
2.5.2 Para evitar dúvidas, a celebração deste Contrato não constituirá uma solici-
tação de, ou uma provisão de, qualquer serviço de transmissão, sob as tarifas padrão
do Provedor IC, ou qualquer serviço de distribuição local.
3. TERMO E RESCISÃO
3.1 Termo
3.2 Rescisão
3.2.1 O Gerador rescindirá este Contrato após dar, ao Provedor IC, trinta (30)
Dias de notificação prévia, por escrito.
3.2.2 Se, por qualquer razão, o Sistema do Gerador for desligado do Sistema
do Provedor IC por um período longo ou prolongado, e o Gerador não agir de forma
diligente no propósito de religá-lo, então, sem prejuízo dos direitos da outra Parte, o
Provedor IC poderá rescindir este Contrato, apresentando notificação prévia de sessen-
ta (60) Dias, por escrito, ao Gerador.
249
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
3.2.2 Além disso, e não obstante o ante exposto, este Contrato poderá ser rescin-
dido de acordo com Seções 5.11.2 ou 8.4, ou por acordo mútuo entre as Partes.
3.3.1 As Partes reconhecem e concordam que, após a rescisão deste Contrato, não
restará a obrigação de permanecerem interligadas, e qualquer das Partes terá o direito
de desligar seu Sistema do Sistema da outra Parte a qualquer momento, a partir de então.
Não obstante a rescisão deste Contrato, todos os custos requeridos para efetuar o referi-
do desligamento serão assumidos pela Parte rescindente, a menos que tal rescisão tenha
resultado da inadimplência ou quebra deste Contrato pela Parte não rescindente, caso
em que a Parte não rescindente arcará com todos os custos mencionados.
3.3.2 Caso as Partes permaneçam interligadas após o término deste Contrato, sem
que outro acordo seja firmado em seu lugar, estas se submeterão aos termos e condições
do presente instrumento, até que seja celebrado um acordo substituto; porém, tal fato não
será interpretado como uma declaração, pelas Partes, de que os termos e condições do
contrato recém-terminado seriam apropriados para integrar o acordo substituto.
4. COMITÊ OPERACIONAL
4.1 Constituição
(b) reunir-se-á por acordo mútuo, sendo que tal acordo não será retido ou atrasado
se não por motivo razoável;
250
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(d) requererá no mínimo um (1) representante de cada Parte para que seja realiza-
da uma reunião;
(f) agirá de forma razoável e envidará esforços razoáveis para solucionar rapida-
mente os assuntos pelos quais o Comitê é responsável.
4.2.2 Qualquer conselho técnico, fornecido pelo Comitê Operacional, será con-
forme ao Programa B e aos Requerimentos de Interconexão, desde que, quando estes
requerimentos técnicos não anteciparem uma determinada circunstância que surgir, o
conselho técnico fornecido esteja de acordo com as Boas Práticas dos Serviços Públi-
cos.
5. OPERAÇÃO DE INTERCONEXÃO
5.1 Interconexão
5.1.1 Cada Parte interligará suas instalações com as da outra, no Ponto de Inter-
conexão, de acordo com os termos e condições deste Contrato. Para evitar dúvidas,
251
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
5.1.2 Cada Parte manterá e operará seu Sistema, incluindo suas respectivas partes
na Interconexão, de acordo com as Boas Práticas dos Serviços Públicos e os dispositi-
vos deste Contrato, ou fará com que o mesmo seja mantido e operado desta forma.
5.1.3 Sujeitas às provisões deste Contrato e de acordo com as Boas Práticas dos
Serviços Públicos, as Partes operarão seus Sistemas para que estes permaneçam interli-
gados no Ponto de Interconexão.
5.2.3 As Partes reconhecem que talvez os RIP não estejam inteiramente completos
quando da assinatura deste Contrato. O Provedor IC identificará qualquer informação
pendente, requerida para completar os RIP, e o Gerador a fornecerá ao Provedor IC,
sem demora.
252
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(a) Informação geral; (b) Operação normal; (c) Interrupções para manutenção/
forçadas; (d) Força maior/operação de emergência; (e) Autoridade de operação; (f)
Restrições de operação; (g) Troca; (h) Sincronização; (i) Proteção; (j) Medição; (k) Ser-
viço de Estação/black start; (l) Segurança; (m) Pessoal de operação; (n) Contatos; e (o)
Retenção de registros.
5.3.3 Cada Parte fará funcionar sua parte da Interconexão, de acordo com toda(s)
a(s) Ordem(s) de Operação. Caso a(s) Ordem(s) de Operação não abordem uma de-
terminada circunstância emergente, ou um acontecimento de Força Maior impeça que
as Partes cumpram com uma Ordem de Operação, as Partes agirão de acordo com as
Boas Práticas dos Serviços Públicos.
5.4.2 Cada Parte dará, à outra, notificação prévia razoável sobre interrupções
programadas de equipamento e, em conexão a cada uma das interrupções programa-
das, qualquer das partes poderá desligar, ou requerer o desligamento do seu Sistema
253
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
Cada Parte manterá e operará seu Sistema de acordo com as Boas Práticas dos
Serviços Públicos, de forma a minimizar a probabilidade de se criar uma perturbação
que poderia prejudicar a operação do Sistema da outra Parte. Cada Parte tomará as
medidas necessárias para, após o começo de tal perturbação, tempestivamente reduzir
a transferência de qualquer perturbação ao Sistema da outra Parte, dentro do limite
prescrito pelas Boas Práticas dos Serviços Públicos.
O Gerador aderirá aos requerimentos de poder reativo dos RIP. O Provedor IC poderá
requerer que o Gerador ajuste a produção var de suas instalações de geração periodica-
mente, a depender das condições do sistema. O Gerador envidará esforços razoáveis para
atender a todas as solicitações que estejam dentro do âmbito de tais requerimentos.
5.7 Medição
5.7.2 Falha do Medidor: Se qualquer medidor, instalado sob este Contrato, apresentar
erro de registro, ou se qualquer medidor registrar erro superior a um (1%) porcento, o medi-
dor impreciso será imediatamente reparado ou substituído pela Parte à quem pertencer.
254
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
5.7.3 Controvérsia: Não obstante a Seção 10, caso surja uma controvérsia a res-
peito desta Seção 5.7, as Partes a solucionarão dirigindo-se ao Comitê Operacional,
conforme descrito em Seção 4.
5.8.3 Responsabilidade por Dados: Cada Parte envidará esforços razoáveis para
fornecer dados precisos, de acordo com esta Seção 5.8. Porém, a Parte fornecedora
não terá responsabilidade alguma por imprecisões inerentes à informação, entregue ao
recebedor, para submissão a uma organização à qual uma ou ambas as Partes perten-
çam, assumindo, o recebedor, o risco por tais imprecisões.
(a) em caso de Emergência, qualquer das Partes terá o direito de executar as ações que,
utilizando-se um critério razoável, considerar apropriadas, incluindo o desligamento; e
255
Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
(b) tal direito de desligar-se será suspenso enquanto o Gerador diligentemente exe-
cutar uma ação corretiva, de acordo com as Boas Práticas dos Serviços Públicos.
6. LIMITAÇÃO DE RESPONSABILIDADE
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Energia Eólica – Atração de Investimentos no Estado do Ceará
esta limitação sobre a responsabilidade aplica-se apenas a este Contrato, e não será
estendida a quaisquer outros contratos que possam existir entre as Partes.
7. FORÇA MAIOR
Nenhuma das Partes será considerada inadimplente com relação a qualquer obri-
gação, estabelecida neste Contrato, na medida em que a Parte seja impedida de
cumpri-la por acontecimento de Força Maior. No entanto, a Parte impedida de cumprir
uma obrigação, sob este Contrato, por acontecimento de Força Maior, envidará esfor-
ços razoáveis para realizar suas obrigações sob este Contrato, e para sanear a Força
Maior com presteza razoável, desde que a resolução de greves, greves patronais e
outras inquietações trabalhistas estejam inteiramente sob o controle desta.
7.2 Notificação
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