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Concepção e Projecto
Celso Silva
Filipe Rocha
José Alexandre
[CONCEPÇÃO E PROJECTO]
PROJECTO]
Projecto académico de uma subestação 60/15 kV no âmbito do Mestrado Integrado de Engenharia Electrotécnica
e de Computadores da Faculdade de Engenharia do Porto
ÍNDICE
1. JUSTIFICAÇÃO.....................................................................................................................................................
JUSTIFICAÇÃO..................................................................................................................................................... 4
2. LOCALIZAÇÃO ..................................................................................................................................................... 4
3. CONSTITUIÇÃO ................................................................................................................................................... 4
3.1 Generalidades ......................................................................................................................................................4
3.1.1 Subestação exterior .........................................................................................................................................5
3.1.2 Subestação interior..........................................................................................................................................
interior ..........................................................................................................................................5
3.1.3 Quadro de Comando e Serviços Auxiliares......................................................................................................
Auxiliares ......................................................................................................5
3.2 ESQUEMAS UNIFILARES .......................................................................................................................................6
3.2.1 Esquema Unifilar de 60kV................................................................................................................................
60kV ................................................................................................................................6
3.2.2 Esquema Unifilar de 15kV................................................................................................................................
15kV ................................................................................................................................6
4. MONTAGEM.......................................................................................................................................................
MONTAGEM ....................................................................................................................................................... 7
5. APARELHAGEM .................................................................................................................................................. 8
5.1 ESTRUTURAS E FERRAGENS .................................................................................................................................8
5.2 APARELHOS DE 60kV ............................................................................................................................................8
5.3 EQUIPAMENTO DE 15kV ....................................................................................................................................10
10
5.3.1 Quadro de 15kV .............................................................................................................................................10
10
5.3.1.1 Composição do Normabloco.................................................................................................................
Normabloco .................................................................................................................10
10
5.3.2 Pára‐Raios de 15Kv ........................................................................................................................................11
11
5.3.3 ............................................................................................................................................................................11
5.3.4 Transformador Serviços Auxiliares, trifásico, em banho de óleo ..................................................................
..................................................................11
11
5.3.5 ............................................................................................................................................................................11
5.4 QUADRO DE COMANDO E SERVIÇOS AUXILIARES .............................................................................................11
11
5.4.1 Painel 1 – Serviços Auxiliares de C.A. e C.C....................................................................................................
C.C....................................................................................................11
11
5.4.2 ............................................................................................................................................................................11
5.4.3 Painel 2 – 60kV...............................................................................................................................................
60kV...............................................................................................................................................11
11
5.4.4 Painel 3 – Contagem ......................................................................................................................................12
12
5.4.5 FONTES DE ALIMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS AUXILIARES................................................................................
AUXILIARES ................................................................................12
12
5.4.6 Corrente Alternada ........................................................................................................................................12
12
5.4.7 Corrente Contínua .........................................................................................................................................12
12
6. LIGAÇÕES ......................................................................................................................................................... 13
6.1 EM 60kV E 15kV .................................................................................................................................................13
6.1.1 Rígidas............................................................................................................................................................
Rígidas ............................................................................................................................................................13
6.1.2 Ligadores........................................................................................................................................................
Ligadores........................................................................................................................................................13
6.2 EM 15kV .............................................................................................................................................................13
6.2.1 Cabos Isolados ...............................................................................................................................................13
13
6.3 LIGAÇÕES À TERRA .............................................................................................................................................14
14
Concepção e Projecto
6.3.1 Subestação Exterior .......................................................................................................................................14
14
6.3.2 Posto de Seccionamento ...............................................................................................................................14
14
7. REDE DE TERRAS...............................................................................................................................................
TERRAS............................................................................................................................................... 15
8. PROTECÇÕES .................................................................................................................................................... 16
8.1 EQUIPAMENTOS.................................................................................................................................................
EQUIPAMENTOS.................................................................................................................................................16
8.1.1 Protecções Eléctricas .....................................................................................................................................16
16
8.2 PESSOAS .............................................................................................................................................................17
9. NORMAS E REGULAMENTOS.............................................................................................................................
REGULAMENTOS............................................................................................................................. 19
10. ANEXOS............................................................................................................................................................
ANEXOS ............................................................................................................................................................ 20
Concepção e Projecto
1. JUSTIFICAÇÃO
Temos como objectivo a concepção do projecto de uma subestação de AT/MT de 60/15kV (com transformador de
potencia ‐ 10MVA, com regulação de tensão) A subestação será uma instalação mista, com aparelhagem de montagem
exterior a instalar no Parque Exterior de Aparelhagem e de montagem interior, a instalar no Edifício de Comando.
Todas as infra‐estruturas eléctricas incluídas no âmbito do planeamento da subestação serão concebidas,
dimensionadas e executadas em harmonia e conformidade com as peças escritas e desenhadas do respectivo projecto,
com as normas habituais de execução e em conformidade com os preceitos legais e regulamentares vigentes.
Na concepção geral do nosso projecto seguimo‐nos pelos princípios básicos de segurança geral das pessoas e bens;
simplificação e padronização da construção; facilidade de condução e manutenção.
Uma subestação deve funcionar com regularidade. Acima de tudo deve ser económica (custos finais e iniciais
reduzidos), segura e o mais simples possível. Deve prever uma ampliação e permitir funcionamento flexível, assim como
disposição adequada das linhas. Além disso, deve dispor de meios necessários para que seja feita a manutenção das
linhas, disjuntores e seccionadores sem interrupção de serviço.
A implementação de uma subestação permite uma melhoria na produção devido ao aumento da potência
fornecida ao consumidor e na diminuição de custos para a empresa devido à diminuição do custo da energia. Apesar do
grande investimento inicial, a diminuição do custo da energia origina um retorno do investimento a curto prazo. Além
disso, e cada vez mais importante hoje em dia, há um aumento de fiabilidade, sendo menos provável ocorrer uma
quebra no fornecimento de energia eléctrica o que implica óbvios problemas para a empresa a nível de produção. Este
aumento de fiabilidade deve‐se ao facto de uma rede de AT ser menos complexa que uma rede inferior havendo menos
espaço para falhas.
2. LOCALIZAÇÃO
A subestação projectada será do tipo exterior, construída numa zona não alagável num terreno com
aproximadamente 6000m2. Será situada no lugar de Penelas, freguesia de Cambres, pertencente ao concelho de
Lamego, distrito do Viseu.
3. CONSTITUIÇÃO
A subestação projectada é uma subestação muito usual, de tipo misto, com aparelhagem de montagem interior
e exterior, nomeadamente no Parque Exterior de Aparelhagem e no Edifício de Comando.
3.1 Generalidades
A realização deste projecto inicia‐se com a escolha do local onde irá ser implementada a subestação. Procurou‐
se uma localização geográfica que permitisse não ficar muito distante da linha de alta tensão e que houvesse alguma
equidistância aos restantes pontos de ligação.
Toda a projecção e estudo da subestação foram realizados tendo em conta as normas e regulamentos em
vigor, regulamentos esses que estão identificados no capítulo “Normas e Regulamentos”.
Regulamentos”.
Concepção e Projecto
3.1.1 Subestação exterior
O Edifício de Comando irá ser o local onde estará instalado o equipamento para MT (quadro metálico blindado
tipo NORMAFIX), assim como os sistemas de comando, controlo e alimentação, estes últimos integrados em armários
próprios para o efeito em espaço próprio. Será ainda dotado de um vestíbulo de entrada, instalações sanitárias,
armazém/arquivo, repartidor de saídas e sala de comando
Edifício de comando em alvenaria (concebido segundo um tipo de arquitectura que se enquadre, na medida do
possível, na paisagem envolvente), previsto para acomodar um No Edifício de Comando ficará instalado o equipamento
principal de MT ‐ quadro metálico blindado ‐ e os sistemas de alimentação e de comando e controlo, estes últimos
integrados em armários próprios para o efeito.
No edifício referido no ponto anterior, serão ainda adoptadas medidas construtivas que permitam assegurar
um elevado isolamento térmico, de modo a garantir uma temperatura média interior compreendida entre os 15ºC e
25ºC. Como acção complementar destas medidas, o edifício de comando, deverá ainda, ser dotado de um sistema de ar
condicionado.
Os serviços auxiliares de corrente alternada da subestação estão previstos para 400 ‐ 230 V, uma frequência
de 50 Hz, sendo que a sua alimentação é assegurada por duas fontes distintas que corresponderão aos dois
transformadores de serviços auxiliares MT/BT ligados a cada barramento de MT da instalação.
Existirá também um sistema automático que garanta a comutação para outra fonte disponível em caso de falha
da fonte em serviço.
Os serviços auxiliares de corrente contínua da subestação da subestação estão previstos para 110 V, sendo a
sua alimentação realizada a partir de um conjunto bateria‐carregador (bateria de tipo alcalino) que integra a função de
televigilância.
Concepção e Projecto
Estarão equipados com um dispositivo de controlo permanente do isolamento dos circuitos, para a detecção e
sinalização da ocorrência de defeitos à terra. Em caso de defeito o disparo automático não será provocado devido a
imperativos de exploração.
Seccionador de facas
Transformador de tensão
Transformador de intensidade
Transformador de potência
Disjuntor
Aparelhagem de medida
Pára‐raios
Pára‐raios
Bloco Normafix de cinco celas
o Interruptor seccionador
o Protecção do transformador com disparo por fusão de fusíveis
o Duas protecções gerais dos cabos
o Transformador de tensão
Transformador de serviços auxiliares
Aparelhagem de medida
Concepção e Projecto
4. MONTAGEM
Para a construção de uma subestação é necessário:
Sendo o objectivo deste trabalho apenas restringido à montagem da subestação, apenas iremos focar essa
parte do projecto. É necessário:
Concepção e Projecto
5. APARELHAGEM
5.1 ESTRUTURAS E FERRAGENS
O dimensionamento das estruturas metálicas a instalar no Parque Exterior de Aparelhagem deverá ser
calculado de modo a resistirem eficazmente à conjugação dos esforços resultantes das forças de tracção, do peso e do
vento que sobre elas sejam exercidos.
Os pórticos de amarração de linhas AT serão dimensionados para um esforço de tracção de 1500 daN numa
direcção perpendicular ao pórtico, por fase, no caso dos condutores, e de 500 daN também numa direcção
perpendicular ao pórtico, por cabeçote, no caso dos cabos de guarda.
As estruturas metálicas de suporte da aparelhagem AT e MT possuirão uma única coluna de apoio, em posição
central, executada em tubo de perfil quadrado de aço. Exceptuam‐se os seguintes casos, nos quais as estruturas
metálicas serão dotadas de duas colunas de apoio: suporte dos disjuntores de AT, devido aos esforços e vibrações
provocados pelo seu funcionamento, e suporte dos descarregadores de sobretensão fase‐terra e neutro‐terra, de forma
a facilitar a ligação do neutro do TP, independentemente da sua posição relativa.
A protecção anticorrosiva das estruturas metálicas e seus acessórios será assegurada por galvanização por
imersão em banho de zinco quente, com excepção dos parafusos, porcas e anilhas que serão de aço inox.
Seccionador
O seccionador escolhido foi o SHDT 72,5 fabricado pela EFACEC. Este seccionador é de duas colunas rotativas,
com corte central, de pólos separados, para exterior. Podendo ser actuado através de ser comando manual local ou
comando eléctrico à distância.
Disjuntor
Concepção e Projecto
Tensão nominal máxima: 72,5 kV
Intensidade de corrente nominal: 2000A
Tensão de Ensaio de impulso:
o Entre pólos e à terra: 325KV (pico)
o Sobre a distância de seccionamento: 375KV (pico)
Tensão de Ensaio à frequência Industrial: 140KV
Poder de corte em curto‐circuito: 31,5 kA
Poder de fecho em curto‐circuito: 80 kA p
Sequência de manobra nominal : A‐0,3seg ‐FA‐3 min‐FA ouFA‐15s‐FA
Duração nominal do curto‐circuito: 3s
Transformadores de tensão
O transformador de tensão escolhido é o UTB 72, 72, fabricado pela ARTECHE. O transformador de tensão
escolhido tem isolamento do tipo papel‐óleo, sendo hermeticamente fechado e funcionando com nível de óleo
constante. Este transformador possui um indicador do nível do óleo e uma válvula de forma a ser possível o controlo do
nível e da qualidade do óleo. São bastante utilizados devido ao seu tamanho, fácil manuseamento, sendo quase nula a
sua manutenção ao longo do seu tempo de vida útil.
O transformador de intensidade escolhido é o TICXH 72, 72, fabricado pela Arteche. Este transformador de
intensidade escolhido é isolado com resina epoxy sendo revestido a porcelana. Com esta solução, obtêm‐se as mesmas
características de um transformador a óleo, reduzindo o custo.
Concepção e Projecto
Pára‐Raios
O pára‐raios escolhido é o 2HSRC(P)75 fabricado pela Tyco. Este equipamento apresenta como principais
características a homogeneidade apresentada pela resina e fibra de vidro em torno da superfície de óxido de zinco, uma
boa condutividade mesmo quando sujeito a elevadas descargas e um peso reduzido em relação à porcelana.
Tensão Nominal: 75 kV
Tensão Máxima de Operação: 60kV
Corrente de Descarga: 10kA
Tensão Nominal: 60 kV
Tensão Máxima de Operação: 48kV
Corrente de Descarga: 10kA
Transformador de potência
Em seguida, enuncia‐se as características dos componentes que fazem parte destas células e respectivas
características eléctricas:
Concepção e Projecto
Normafix Interruptor (ISF):
Normafix Disjuntor:
O pára‐raios escolhido é o HSRB(P)24 que apresenta as mesmas características gerais dos dois anteriores
diferindo apenas nos valores de alguns parâmetros específicos.
Tensão Nominal: 24 kV
Tensão Máxima de Operação: 19kV
Corrente de Descarga: 10k
5.3.3
Será utilizado uma unidade terminal de protecção de transformadores e regulação de tensão, a TPU TC420.
TC420.
Esta unidade é equipada com regulador em carga, e com protecção e unidade terminal de supervisão e controlo do
respectivo andar de Média Tensão.
Este painel contém os serviços relativos à alimentação da aparelhagem auxiliar do equipamento instalado no
parque exterior, como motores e comandos dos seccionadores, disjuntores e motores de accionamento dos
ventiladores do transformador de potência.
Concepção e Projecto
5.4.3 Painel 3 – Contagem
A contagem é realizada a partir do quadro de comando que irá conter uma unidade UAC 420 com as seguintes
características:
Serviços auxiliares de corrente alternada em BT (230/400V) a partir do transformador de 25 kVA (15/0,4 kV).
Serviços auxiliares de corrente contínua em BT (12, 48, 110 V) sendo que os 110 V serão alimentados por
Carregadores Industriais de Baterias Switching: EFAPOWER CIB S 110/20 que apresenta as seguintes características
gerais:
Circuito AC
Circuito DC
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6. LIGAÇÕES
6.1 EM 60kV E 15kV
6.1.1 Rígidas
As ligações entre a aparelhagem de AT e a ligação dos painéis de AT ao barramento serão efectuadas em cabo
de alumínio nu multifilar. As ligações entre os seccionadores de barramento de painéis AT dispostos frente a frente
serão efectuadas em tubo de alumínio, sendo em cabo de alumínio nu multifilar a ligação destes tubos ao barramento
AT.
O barramento de AT em tubo de cobre nú será E‐Cu F 50/40 com secção de 706,9 mm2.
Todas estas ligações apresentam um afastamento entre fases de 1,5m com a excepção das ligações aos
disjuntores de AT e aos transformadores de potência AT/MT, que dependem da distância entre pólos do respectivo
equipamento.
O barramento de MT em tubo de cobre será E‐Cu F 40/36 com secção de 239 mm2.
O tipo de montagem adoptado para as ligações aos transformadores de potência permitirá a sua substituição
de uma forma expedita, uma vez que, apenas será necessário desligar os condutores em cabo de alumínio ligados aos
terminais AT e MT do referido transformador e as ligações de BT que serão asseguradas por intermédio de fichas
extraíveis.
6.1.2 Ligadores
Numa subestação, as ligações entre condutores nús (entre si ou entre estes e a aparelhagem) são realizados
por ligadores concebidos de forma a serem de montagem simples e com características eléctricas e mecânicas
adequadas.
Os ligadores devem:
Os ligadores podem ser fixos, elásticos ou deslizantes, de acordo com as ligações a realizar.
6.2 EM 15kV
Os cabos isolados de MT que realizam a ligação dos secundários dos transformadores de potência AT/MT, dos
transformadores dos serviços auxiliares MT/BT, das reactâncias de neutro e dos escalões de baterias de condensadores
às respectivas celas do quadro metálico de MT serão cabos unipolares, possuindo alma condutora em alumínio,
isolamento constituído por uma camada extrudida de polietileno reticulado (PEX) e blindagem em fios de cobre
envolvidos por fita de cobre.
Concepção e Projecto
No andar MT de 10 kV, devido à maior corrente estipulada necessária para os cabos isolados de MT, a ligação
dos secundários dos transformadores de potência AT/MT às respectivas celas do quadro metálico de MT será
assegurada por cabos unipolares com alma condutora em cobre.
Todos os cabos isolados de MT referidos deverão ter a sua armadura ligada à terra nas duas extremidades.
Os cabos isolados de MT referentes aos circuitos de ligação dos secundários dos transformadores de potência
AT/MT, dos transformadores dos serviços auxiliares MT/BT, das reactâncias de neutro e dos escalões de baterias de
condensadores às respectivas celas do quadro metálico de MT serão instalados na totalidade do seu trajecto em tubos
ou caleiras reservados para o efeito.
Os cabos isolados de MT referentes aos circuitos das linhas serão instalados em tubos ou caleiras reservados
para o efeito até à zona das saídas aéreas, onde passarão a ser instalados em valas até aos apoios de transição cabo
subterrâneo/linha aérea.
No dimensionamento dos cabos foi tido em conta a protecção contra curto‐circuitos, intensidade de corrente a
transmitir e a secção mínima que permite que se verifique a condição de queda de tensão.
Os cabos isolados de BT que asseguram os circuitos de corrente contínua e os circuitos de corrente alternada
serão do tipo XV, com tensão nominal de 0,6/1 kV e secção de acordo com as funções que irão desempenhar, tendo em
conta as considerações enunciadas atrás. Estes cabos devem ser isentos de halogéneos, resistentes ao fogo e não
propagadores da chama e do fogo.
Serão instalados em tubos e caleiras reservados para o efeito, com excepção dos trajectos de subida à
aparelhagem, aos comandos da aparelhagem e armários de reagrupamento de cabos. Todos os cabos isolados de BT
deverão ter a sua armadura ligada à terra nas duas extremidades.
A ligação à terra das massas da instalação é efectuada através de um afloramento de um eléctrodo de terra em
forma de laço, sendo que as ligações à terra dão‐se a nível de cada maciço das estruturas metálicas e apoios AT e junto
aos prumos de vedação da subestação.
Em pontos específicos serão instalados eléctrodos de terra verticais e varetas de aço cobreado com 2 m de
comprimento.
As ligações à terra são realizadas nas extremidades da armadura dos cabos de baixa e média tensão, assim
como ao nível do Quadro MT.
Concepção e Projecto
7. REDE DE TERRAS
De modo a reduzir os riscos de tensões de passo e de contacto e limitando ‐as a valores não perigosos, em caso
de defeito à terra é necessário conceber a rede geral de terras de forma a constituir uma rede equipotencial.
terra de protecção: destina‐se a contribuir para a segurança das pessoas nas proximidades de um objecto
metálico da instalação susceptível de colocação acidental sob tensão em caso de defeito de isolamento;
terra de serviço: destina‐se a influenciar o comportamento da rede em caso de defeito à terra;
cabos de guarda: para proteger a instalação contra descargas atmosféricas directas.
A rede geral de terras será uma terra única constituída por um circuito de instalação subterrânea e por um
circuito de instalação à superfície, ligados entre si, e deverá obedecer ao regulamento em vigor.
Para o seu dimensionamento teremos que ter em conta diversos factores condicionantes da localização da
subestação, tais como:
resistividade do solo;
valor da duração da corrente de curto‐circuito;
Em caso de rotura acidental de um cabo de terra, nenhuma massa deve ficar isolada. É então necessário dispor
duas vias de escoamento da corrente em todas as ligações, obrigando a que todas as estruturas e massas metálicas
sejam ligadas aos circuitos de terra malhados sem interrupção do condutor.
Na rede geral de terras, ficará o adjudicatário da empreitada de engenharia civil responsável por deixar pontas
derivadas do circuito de instalação subterrânea junto a cada maciço das estruturas metálicas e apoios AT, junto aos
prumos de vedação da subestação e no interior do Edifício de Comando. Ficará o Adjudicatário da Empreitada de
Equipamento responsável pelo estabelecimento do circuito de terra de instalação à superfície e pela interligação deste
às pontas derivadas do circuito subterrâneo, além da ligação dos tapetes e bancos equipotenciais.
Concepção e Projecto
8. PROTECÇÕES
A corrente eléctrica, quer enquanto fenómeno de causas naturais (caso, por exemplo, das descargas
atmosféricas) quer enquanto forma de energia – absolutamente essencial – é, como se sabe, invisível e, ao mesmo
tempo, perigosa para bens e pessoas.
Afectação da
Perigos da
Riscos Eléctricos Segurança de
Electricidade
pessoas e bens
8.1 EQUIPAMENTOS
A protecção dos equipamentos contra descargas atmosféricas directas será efectuada por meio da instalação
de um conjunto de condutores de terra ‐ cabos de guarda ‐ repartidos sobre a área total do Parque Exterior de
Aparelhagem, dando continuidade aos cabos de guarda das linhas aéreas, montados longitudinal e transversalmente
nos topos das colunas dos pórticos da subestação e da estrutura de suporte de equipamento MT do painel do
transformador 60 kV/MT.
Quanto às sobretensões de origem interna ou atmosférica que penetram na subestação irá ser realizada uma
protecção através da montagem de hastes de descarga nas cadeias de amarração das linhas AT, assim como através da
instalação de descarregadores de sobretensão nas fases das linhas.
Concepção e Projecto
8.2 PESSOAS
As partes activas do equipamento eléctrico devem ser permanentemente protegidas, a fim de se protegerem
as vidas e bens contra os perigos devidos à corrente eléctrica. Assim, devem‐se tomar medidas especiais de segurança
de acordo com a natureza do perigo que representam:
A protecção contra contactos acidentais com condutores nus ou aparelhos em tensão, que não se encontrem
protegidos por isolamento, é prevenida utilizando técnicas de segurança por afastamento e por obstáculo.
São consideradas duas zonas para as distâncias de afastamento de segurança: zonas de guarda e zonas de
segurança. A primeira assegura a ausência de risco de escorvamento e depende do valor da tensão, enquanto que a
segunda define o espaço dentro do qual todos os perigos relacionados com contactos eléctricos estão afastados. Esta
última é composta por distância de segurança vertical e para trabalhos.
â ç â ç
ç â ç
Zona de Zona de Segurança (m)
Tensão
Guarda Segurança Zona de Trabalhos
(kV)
(mm) Vertical Horizo
Horizonta
ntall Ver
Vertic
tical
al
15 240 3 3 3
60 700 3.5 3 3
Distâncias de afastamento de segurança
A segurança por obstáculos é também utilizada para tornar inacessível qualquer condutor ou aparelho não
protegido por isolamento que se encontre em tensão, por adopção de quadros metálicos.
Os quadros metálicos são envolventes metálicas que são sujeitas a normas de construção rigorosas,
apresentando boas características ao nível da segurança das pessoas, da qualidade de serviço e de fiabilidade:
Facilidade de montagem
Utilização de SF6 ou vácuo como meio dieléctrico
Integração dos encravamentos necessários para evitar falsas manobras
Seccionador de terra com operação independente do operador, possuindo poder de fecho para correntes
de defeito de curta duração da cela
Resistência ao arco interno
Os quadros metálicos são do tipo blindado e compostos por celas elementares pré‐fabricadas, cada uma das
quais se encontra dividida em compartimentos fechados em todas as suas faces.
Os arcos internos que eventualmente surjam no interior do quadro metálico, quando de um defeito ou
condições de serviço excepcionais, não podem colocar em risco a segurança das pessoas que possam encontrar‐se no
Concepção e Projecto
local, razão pela qual é dispensada grande atenção à sua concepção. Além disso, a concepção dos quadros é de forma a
garantir que um incêndio resultante de um defeito interno numa cela não se propaga às celas vizinhas.
Os equipamentos que exijam conservação periódica e os que tenham maior probabilidade de avaria, devem ser
montados de forma extraível. Um desses casos é o disjuntor, permitindo assegurar a função normalmente atribuída aos
seccionadores de isolamento de linha ou de barras, pois o corte é visível pela posição do disjuntor na cela.
Com a finalidade de não permitir falsas manobras, os quadros são dotados de dispositivos de encravamento
dos órgãos de manobra.
Apenas os trabalhos de conservação podem necessitar de desmontagem parcial das envolventes metálicas de
protecção e nesse caso, adoptar‐se‐ão medidas complementares de segurança tais como verificação de tensão e ligação
à terra dos condutores envolvidos nos trabalhos.
Quanto à protecção contra contactos indirectos com partes da instalação que é condutora temporariamente,
normalmente por avaria, mas que está isolada das partes condutoras da instalação, devem ter‐se em atenção medidas
adicionais no caso do contacto indirecto, de forma a prevenir a ocorrência ou a persistência de tensões de contacto
perigosamente altas, nos componentes do equipamento eléctrico ou nas partes condutoras na sequência de defeitos de
isolamento.
Existem vários tipos de ligações à terra, designadas normalmente por associação de duas ou três letras, onde a
primeira define a situação do neutro em relação à terra, e a segunda, a situação das massas em relação à terra; a
terceira letra fornece uma informação complementar sobre as funções do condutor de protecção.
O presente projecto usam o sistema TT que tem as seguintes características técnicas e operacionais:
A segurança de pessoas e da própria subestação deverá ser garantida pela instalação ou adopção dos seguintes
procedimentos:
Concepção e Projecto
9. NORMAS E REGULAMENTOS
Para a realização deste projecto foram utilizadas as seguintes normas e regulamentos:
Concepção e Projecto
10.ANEXOS
10. ANEXOS
CÁLCULOS ELÉCTRICOS
Impedância da Rede
250010 1510
0,08 1010 1510 2020 ... .
250010 1510
0,04 2510 1510 4000
4000 .. ..
Cálculo das correntes de curto‐circuito
Para a linha AT
60
2500
√3 √250010
36010
24
Para o transformador,
transformador, com z=8%:
11910
√3 √31510 4,58
Os cabos serão escolhidos tendo em conta a tensão da rede. Para a Média Tensão (MT), a 15 kV, os cabos
escolhidos foram do tipo LXHIOV da Cabelte. Cabos monopolares em alumínio e isolamento em PEX. É necessário ter
em atenção, aquando da escolha do cabo, as correntes de curto‐circuito para que em caso da ocorrência de um defeito
o cabo esteja dimensionado de forma a suportar o esforço até ao momento da actuação das protecções.
Dimensionando os três cabos que ligam o parque exterior á cela de entrada do quadro NORMAFIX
Assim e tendo em conta esta corrente e que a tensão máxima de serviço será 17,5kV, o cabo escolhido é:
LXHIOV (3x185mm2) ao ar e instalado em esteira. Tensão nominal: 8,7/15kV.
Escolheu‐se este cabo porque a intensidade de corrente máxima em regime permanente é de : 406 (A).
Portanto superior à corrente nominal de 384,90 (A).
Características do cabo:
Iz (A) 406
S (mm2) 185
Icc_máx (kA) 17,5
R20ºC (Ω/km) 0,164
Lesteira (mH/km) 0,48
C (µF/km) 0,35
Para o cabo que liga a cela de protecção do transformador de serviços auxiliares e o próprio:
Tendo em conta a corrente e a tensão máxima de serviço que será 17,5kV, o cabo escolhido é: LXHIOV (3x185mm2) ao
ar e instalado em esteira. Tensão nominal: 8,7/15kV.
Escolheu‐se este cabo porque a intensidade de corrente máxima em regime permanente é de : 406 (A).
Características do cabo:
Iz (A) 406
S (mm2) 185
Icc_máx (kA) 17,5
R20ºC (Ω/km) 0,164
Lesteira (mH/km) 0,48
C (µF/km) 0,35
Concepção e Projecto
1í 9020 1000 0,164 10,
⁰ ⁰ 1í 10,004 9020 10008,5 0,0017Ω
2 1000 2
2 50 0,48 10 10008,5 0,0013 Ω
⁰ 0,0017017 0,0,0013013 ΩΩ
1510
250010 0,09Ω
Cálculo da queda de tensão:
O cabo de baixa tensão que liga o transformador de serviços auxiliares e o quadro dos serviços auxiliares:
Sendo que a corrente nominal aqui é de 36,08 (A). Para este cabo optou‐se pela utilização de 3 cabos
multifilares em esteira do tipo: (4 x XV16mm2) (0,6/1kV).
Características do cabo:
Iz (A) 83
S (mm2) 16
Icc_máx (A) 96
R20ºC (Ω/km) 0,15
Lesteira
(mH/km) 0,24
Concepção e Projecto
1í 9020 1000 0,15
⁰ ⁰ 1í 10,004 9020 100012 0,00216Ω
15 10,
2 1000 2
2 50 0,24 10 100012 0,001 Ω
⁰ 0,0173
0173 0,0,00101ΩΩ
400
400
250010 6,6,4 10..
Cálculo de If e Iq:
0,002160, 0 01
33,7515,625 ..
1200,0190,0140,0540,039 400033,7515,625 33,824036,68 ..
Cálculo da corrente de curto‐circuito:
Concepção e Projecto
DIMENSIONAMENTO DOS BARRAMENTOS
Barramento de 60kV:
A distância entre as barras considerada é de 1,3 (m), e a distância máxima entre dois pontos de fixação é de 4 (m).
2,2,04 10 2,2,04 10 61 61 1,55 253
Momento flector máximo:
O momento de inércia é:
2,5
0,2 ;; 0,7.
Pelo que se obtém:
Condição de ressonância
Barramento de 15kV:
A distância entre as barras considerada é de 0,4(m), e a distância máxima entre dois pontos de fixação é de 5
(m).
2,2,04 10 2,2,04 10 11,66 6 0,54 34,7
Momento flector máximo:
Concepção e Projecto
Secção útil: 239 mm2;
Massa por unidade de comprimento: 0,02 kg/cm
Corrente permanente: 790 (A)
2,5
0,2 ;; 0,7.
Pelo que se obtém:
Condição de ressonância:
Os isoladores são dimensionados segundo a força electromagnética, dilatação longitudinal ou a força crítica de
encurvamento.
4, 3 410
∆ 4 45 0,0,0061 239 0,3 45 45,45,1⁰1⁰
∆ 2,39 1,1 10 1, 7 10 45,1 2014,3
Força crítica de encurvamento:
Concepção e Projecto
Força máxima para curvar o condutor tubular:
Classe de Isoladores:
34,7
Assim a força total exercida será:
34,7 347,4
2 2 2 2 174,6
Então, os isoladores intermédios a usar serão do tipo A, que suportam no máximo 375 kgf.
Concepção e Projecto