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Sítios arqueológicos da margem esquerda do Guadiana

Paleolítico – II Idade do Ferro

(Universidade Sénior – Amareleja – História Local)

Sítio Tipo Período Freguesia Descrição


1 Castelo de Noudar Castelo Moderno; Barrancos Castelo situado perto da fronteira com Espanha, em zona de
Contemporâneo; Medieval grandes declives, ladeado pelas ribeiras de Murtega e de Ardila.
Cristão; Idade do Ferro; Terá uma ocupação ininterrupta entre o Calcolítico e o séc. XIX,
Calcolítico altura em que foi definitivamente abandonado. Foram descobertas
em 1984 e 1991, durante os trabalhos de recuperação de antigas
habitações, duas lápides funerárias do inicio do séc. XI, da época
das primeiras Taifas.
2 Monte do Sepultura Idade do Bronze Amareleja Sepultura. Vestígios actualmente não visíveis, embora o Padre
Estanislau Lobato tenha referido o aparecimento, no local, de treze sepulturas
escavadas na rocha, da Idade do Bronze, aquando das obras feitas
na estrada que liga a Amareleja a Safara. No Montinho ou Monte
do Estanislau, contactámos o proprietário, Sr. Francisco Goufa
Moreira, filho do Sr. Mariano Estanislau Carrachás, e nos mostrou
o sítio onde, foram encontradas as sepulturas, cujo espólio
arrecadou o padre João R. Lobato.
3 Castelo de Sis/ Povoado Idade do Ferro Barrancos Povoado fortificado localizado a cerca de 230m de altitude, na
Castelo de Cid fortificado margem esquerda da ribeira do Ardila.
4 Cerro da Forca Povoado Idade do Bronze Barrancos Povoado da Idade do Bronze. Inicialmente, dada a existência à
superfície de algumas lajes, pensava-se que este sítio seria uma
necrópole de cistas da Idade do Bronze, contudo com o decorrer
dos trabalhos arqueológicos concluiu-se que estas integravam uma
estrutura de curral de época mais recente.

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5 Castelo Velho de Povoado Romano, República; Idade Safara O Castelo Velho de Safara (Safara, Moura), também designado por
Safara Fortificado do Ferro - 2º; Calcolítico Aldeia Velha, corresponde a um grande povoado fortificado
implantado num esporão rochoso na confluência da ribeira de
Safara com o rio Ardila. Inicialmente identificado por Fragoso
Lima, os primeiros estudos arqueológicos realizados no povoado
devem-se no entanto a António Monge Soares, que ali efetuou
recolhas de superfície nos anos 70, bem como a limpeza de um
corte estratigráfico de cerca de 6m2, realizado a partir de um
desmoronamento ocorrido na zona mais alta do sítio, numa
plataforma do esporão rochoso. Os artefactos recolhidos em
prospeção, por este investigador, permitiram identificar a
existência de ocupações no local do Calcolítico, Idade do Ferro e
Romano Republicano, sendo estes posteriormente estudados de
forma aprofundada no âmbito do mestrado em arqueologia de
Teresa Costa. Mais recentemente o Castelo Velho de Safara foi
intervencionado com a realização de trabalhos arqueológicos. Esta
intervenção teve como objetivos principais efetuar um registo das
estruturas que se encontram visíveis e em degradação no local,
bem como realizar uma sondagem que permitisse caracterizar as
diferentes fases ocupacionais deste povoado. Os resultados da
intervenção de 2018 permitiram assim colocar em evidência um
troço da muralha que rodeia o povoado e alguns compartimentos,
bem como atingir níveis de cronologia Romano Republicana.

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6 Barranco de Ponte Indeterminado Amareleja Pontão em xisto, ligando as duas margens do Barranco de
Valtamujo 2 Valtamujo. É constituído por três pilares prismático-
quadrangulares de cerca de metro e meio de altura (visível),
construídos em pedra tosca de xisto, sendo o central dotado de
talhamar. Cada lanço do tabuleiro é constituído por 2 lajes
inteiriças de xisto. Na margem esquerda, rebaixada em relação ao
tabuleiro este continua como um passadiço de lajes singulares
apoiadas em pedras assentes no solo. Este pontão é referido como
de época romana pelo Padre Lobato (1961).
7 Monte do Zebro 8 Indeterminado Paleolítico Superior Póvoa de O sítio localiza-se num coluvião na margem esquerda da Ribeira
São Miguel do Zebro. Foram recolhidas no local algumas peças (incluindo uma
lasca de talhe bifacial) que parecem indiciar uma ocupação local
no Paleolítico superior.
8 Mina de Aparis Mina Calcolítico; Romano Barrancos As galerias da mina encontram-se actualmente entulhadas.
Durante uma prospecção no terreno encontraram-se vestígios de
estruturas, um forno e galerias do século XIX. Nos armazéns ainda
se guarda o minério extraído.
9 Póvoa de São Mancha de Neo-Calcolítico Póvoa de No cabeço do depósito de água da Póvoa de S. Miguel. A superfície
Miguel 1 Ocupação São Miguel algumas lascas de quartzito e um instrumento de xisto jaspóide
retocado, tipo faca. Na prospeção de 2019, os vestígios apontados
não foram encontrados, Ao invés, foram detectados, em dispersão
de cerca de 600m2 a contar da área Leste do terreno, materiais
cerâmicos de Época Moderna, muito rolados (cerâmica vidrada),
bem como material de construção da mesma época.

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10 Marco Alto Habitat Neolítico Final Póvoa de À superficie, seixos e lascas de quartzito, numa área à volta do
São Miguel marco e no terreno até ao olival.
11 Monte da Volta Mina Idade do Bronze Barrancos Pequena mina de cobre junto à Ribeira de Murtega. Mineração de
Ferreira pequena dimensão com cascalheira.
12 Eira da Cortiça 1 Anta/Dólmen Neo-Calcolítico Barrancos Na Herdade da Coitadinha, a cerca de 100 metros da anta 2.
Apresenta-se muito destruída e violada, e é composta por quatro
esteios de grandes dimensões com cerca de 1 metro de altura,
parcialmente enterrados, dois deles pertencentes à câmara e os
outros dois ao corredor. Tratar-se-ia, muito provavelmente, de
uma anta de corredor e câmara poligonal regular e abertura
orientada a Este.
13 Eira da Cortiça 2 Anta/Dólmen Neo-Calcolítico Barrancos A cerca de 100 metros da anta 1, assemelha-se mais a uma tholos.
Situado num pequeno relevo na plataforma aplanada que separa o
leito do Ardila da ribeira de Múrtega, o monumento evidencia-se
na paisagem pelo artificialismo visual do cabeço onde assenta.
Actualmente são visíveis onze ortóstatos em xisto de dimensões
não superiores a 1 metro de comprimento, provavelmente
pertencente à câmara que se encontra cercada por um largo anel
de 16,5 m de diâmetro.
14 Almeneiro 1 Monumento Neo-Calcolítico Barrancos Trata-se de um monumento muito baixo pouco proeminente na
Megalítico paisagem localizado no sítio do Almeneiro - Russianas a 238 m de
altitude com visibilidade para a Ribeira do Múrtega e do Ribeiro
do Cadaval. São visíveis muitas pedras de xisto da couraça pétrea
do monumento e um esteio com pouco mais de 50 cm de alto

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ainda fincado verticalmente e outros partidos na sua parte


superior, mas ainda vincados no solo. Ainda é visível outro
possível ortostato do monumento tombado sobre o montículo.
15 Horta do Povoado Neo-Calcolítico Barrancos Vestígios ocupacionais.
Almeneiro 1
16 Monte da Ordem Monumento Neo-Calcolítico Barrancos Segundo Miguel Rego existe uma anta designada como Monte da
Megalítico Ordem. O levantamento de Barrancos, de Carlos Tavares da Silva,
dá conta de uma sepultura no Monte da Ordem. A localização é a
fornecida por este levantamento.
17 Herdade da Estela Idade do Ferro Barrancos Na herdade da Mofendinha foram identificadas 3 estelas com a
Mofendinha denominada escrita ibérica e mais 8 estelas gravadas com
caracteres indeterminados.
18 Minancos Mina Romano; Idade do Bronze Barrancos Vala de mineração pré-histórica que se encontra dentro da área
vedada de exploração da mina em época moderna/contemperânea.
De acordo com a bibliografia em 1889 eram visíveis vestígios de
escórias de fundição. De acordo com o PNTA 99/1(190) não foram
identificados vestígios desta época.
19 Olival da Rata 1 Cista Idade do Bronze Barrancos Cista da Idade do Bronze localizada por baixo do muro de uma
cerca. Segundo a Carta Arqueológica de Barrancos existe um
conjunto de cistas. A cerca de 150 metros para E-SE este
levantamento assinala outro conjunto de cistas.

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20 Olival da Rata 2 Cista Idade do Bronze Barrancos Segundo a Carta Arqueológica de Barrancos existe um conjunto de
cistas, sob o muro da cerca. A cerca de 150 metros para NW-NE,
encontra-se o conjunto de cistas do Olival da Rata 1.
21 Vale de Corcho 1 Sepultura Indeterminado Barrancos Carta Arqueológica de Barrancos: Conjunto de sepulturas
escavadas na rocha no pátio do monte de Vale de Corcho.
Localizado com base neste levantamento. Miguel Rego refere Vale
de Corcho 1 como cista da Idade do Bronze. Não é possível saber se
é o mesmo sítio.
22 Cerro dos Povoado Idade do Ferro Barrancos Povoado ocupado no séc. III a.C. Localizado na a uma altitude de
Castelheiros / Fortificado 280 metros sobre um grande afloramento rochoso a meia encosta
Cuco do Cerro do Cuco, aproveitando esse coroamento para adaptar
algumas estruturas habitacionais e facilmente defender esse
espaço.
23 Castelo de Povoado Inderteminado Santo Aleixo Implantado no cume de um cabeço, sobranceiro à ribeira de
Safareja Fortificado da Safareja, existiu outrora um recinto murado. Hoje é detectável
Restauração apenas pelo talude formado dos derrubes da cerca, que circunda
toda a elevação. O sítio ostenta ainda pequenos tramos de muro
conservado, com cerca de um metro de altura.
24 Castelo de Povoado Idade do Ferro, Romano e Santo Aleixo Implantado num cabeço rochosos, na margem esquerda da Ribeira
Murtigão Fortificado Medieval Cristão da do Murtigão, existe um castelo que parece ter sido mandado
Restauração edificar por Lopo Vaz de Castelo Branco, sem autorização do
monarca D. Afonso V e, provavelmente mandado arrasar por D.
João II. No local são visíveis os vestígios de três linhas de
muralhas, que aproveitam os afloramentos rochosos, e no topo

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existe uma pequena cisterna escavada no xisto. Segundo José


Fragoso de Lima situa-se num monte, junto à ribeira de Murtigão,
e teria sido romanizado. Para além de abundantes vestigios de
época medieval/moderna, existem algumas cerâmicas de época
romana. São evidentes as cicatrizes de numerosas escavações
clandestinas.
25 Ribeira do Vestígios Indeterminado Barrancos Sítio arqueológico identificado no decurso de levantamento
Murtigão Diversos arqueológico de Barrancos, lcalizado num cabeço com boa
implantação sobranceiro à Ribeira de Murtigão.
26 Serra da Gata Povoado Indeterminado Barrancos Três núcleos com vestígios de construção, um deles junto de antiga
malhada de porcas.
27 Courela do Guerra Arte rupestre Indeterminado Barrancos Covinha insculturada num pequeno afloramento xistoso.
2
28 Monte da Porta Sepultura Indeterminado Barrancos Sepultura escavada na rocha, segundo CAB. Não encontrei
indicação sobre a cronologia
29 Cabeço Redondo - Edifício Idade do Ferro e Romano Sobral da Quando em 1990 se fez um aterro total de um pequeno cerro,
Herdade do Adiça aparentemente artificial, para fins agrícolas, surgiram objectos
Metum / Herdade metálicos, tijolos com marcas de fogo, pesos de tear e, sobretudo,
dos Lameirões / grande quantidade de asas de recipientes que pareceram tratar-se
Monte Metum de ânforas datáveis da Idade do Ferro. Deve tratar-se de um
estabelecimento daquela época, relacionado com a zonas de minas
da Serra da Adiça que não fica muito distante. Em Novembro de
1986 foi recolhido próximo do local um fuste de uma coluna em

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calcário, provavelmente romana. As intervenções arqueológicas de


2011 e 2017 demonstraram que o sítio corresponde, não a um
povoado, mas a um edifício, único até agora em Portugal pela sua
singularidade, marcado pela construção de paredes e de muros de
base pétrea, erguidos em altura em paredes de adobe,
possivelmente revestidas com argamassas de cal, sendo os pisos
efetuados em argila compactada. A elevada frequência de adobes
queimados e vitrificados tem provável origem nos níveis da fase
final de ocupação do sítio e indicia a existência de um grande
incêndio de amortização final. Comprovou-se a prática da
metalurgia do cobre no local, com inúmeros fragmentos de restos
de fundição, vários fragmentos de lingotes de cobre e existência de
materiais com alguma importância económica e ritual, como uma
máscara hatórica de bronze - elemento decorativo de um braseiro
de bronze do século VII a.C.. Foi possível uma melhor
compreensão da arquitetura da fase construtiva final deste
edifício, bem como identificar o limite oeste da zona construída.
Não foi, pelo contrário, possível escavar os níveis estratigráficos
mais antigos, pois os mesmos foram obliterados por uma extensa
vala que destruiu toda a estratigrafia arqueológica. Todo o espólio
é coincidente com uma ocupação do período denominado Pós-
Orientalizante, durante o século V a.C.. A presença de raras peças
de cronologia mais recuada, como a máscara hatórica, deverá
prender-se com fenómenos de entesouramento e/ou com a

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sobrevivência no tempo de determinados objetos com carácter de


luxo, que confirmam, porém, a riqueza e relevância económica e
social do sítio.
30 Serra Alta Povoado Neolítico e Idade do Sobral da Povoado de altura, na margem esquerda do Guadiana.
Fortificado Bronze - Final Adiça Conjuntamente com o vizinho povoado do Álamo domina um dos
corredores de passagem entre a bacia do Chança e a do ardila.
Alguns artefactos de superfície apontam para um ocupação do
Neolítico médio/final.
31 Fatoquedo Povoado Neolítico Barrancos Vestígios de carácter habitacional. Aparece também mencionado
sepultura.
32 Póvoa de São Vestígios de Indeterminado Póvoa de Mancha de dispersão de raro e incaracterístico material cerâmico
Miguel 3 Superfície São Miguel de fabrico manual, indústria macrolítica sobre seixo de quartzito e
percutores de quartzo e quartzito.
33 Outeiro do Mancha de Neo-Calcolítico Amareleja Numa encosta abrigada e protegida por crista rochosa, regista-se
Pineque 2 Ocupação uma concentração de cerâmica manual muito fragmentada.
Grande diversidade de tipologias formais e pastas, com escassos
elementos líticos de quartzito associados, ressalvando-se a
presença de uma lasca cortical aparentemente retocada em um dos
bordos. Datarão da Pré-História Recente (eventualmente período
neo-calcolítico). Os materiais surgem incrustados sobre o
afloramento xistoso, consequência do rebaixamento do estradão
existente e da passagem de maquinaria responsável pela
regularização. Solo bastante desgastado.

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34 Monte das Pia Indeterminado Amareleja Na peneplanície, pequeno covacho de contorno elíptico (medidas
Sesmarias de eixos ortogonais: 21cm por 18cm; profundidade: 8cm).
Escavado no topo de um afloramento de rocha metassedimentar,
bem destacado na paisagem, com xistosidade vertical, alongado
em direção perpendicular à linha de água adjacente no lado
oriental. O covacho está alongado em direção perpendicular ao
plano de xistosidade. O eixo transversal, paralelo ao de
xistosidade, está orientado a 155º SE.
35 Barragem dos Arte rupestre Indeterminado Amareleja Afloramento metassedimentar alongado, de sentido NO-SE, que
Arrochais termina junto a uma linha de água, atualmente com uma
barragem. Na extremidade SE encontram-se dois blocos tombados
na horizontal com a superfície contendo diversas covinhas. O bloco
mais pequeno está ligeiramente sobreposto sobre o maior, tendo
duas covinhas; o bloco maior tem pelo menos nove covinhas. Os
diâmetros, profundidade e acabamento são variados, parecendo
pelo menos num caso ter um polimento de origem fluvial no fundo
(ainda que seja de considerar a possibilidade de ser um polimento
de origem antrópica), contrastando com a irregularidade da parte
superior. A maioria das covinhas têm paredes irregulares e
dificilmente terão uma origem fluvial. Em todo o afloramento não
se identificaram outras covinhas, formando o local onde estas se
encontram um espaço abrigado a Norte pelo afloramento e virado
para a linha de água. Todo o espaço está coberto por sedimentos

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apresentando um elevado potencial arqueológico, podendo ter sido


utilizado como abrigo.
36 Cebolal 7 Estrutura Indeterminado Amareleja Num rebordo em forma de esporão, no lado sudeste do planalto,
identificada uma estrutura (cairn) aparentemente subcircular,
pouco destacada acima do solo, evidenciada por concentração
compacta de blocos e calhaus de metassedimentos e quartzo
filoniano, com cerca de 3m de diâmetro. Pode corresponder a um
cairn tumular, comparável a casos conhecidos entre as Idades do
Bronze e do Ferro no sul de Portugal, embora não se observe
estrutura central ou depressão. Parece existir uma coroa de lajes
de metassedimento ligeiramente destacadas a acima do solo,
postas a pino, segundo um circuito circular, de diâmetro inferior
ao indicado para a concentração de clastos. Esta estrutura está no
interior de uma vala de florestação com pinheiro manso e
azinheira, de configuração circular, que envolve o ponto mais
elevado deste sector (existe uma velha azinheira anterior a este
povoamento). No interior desta vala e entre esta vala e a vala
seguinte, observam-se outras concentrações de pedras na
coordenada 0657298-4225798, menos evidentes, e pedras postas a
pino, que podem corresponder a outras estruturas similares.
37 Via do Cebolal Via Indeterminado Amareleja Na peneplanície, via fóssil de sentido N-S, com diversos pares de
trilhos marcados no afloramento metassedimentar, tendo trilhos
de carroças com eixo de 1,20m e de 1,30m, podendo haver um
trilho utilizado por carroças com eixo de 1,50m. a) Coordenadas

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0656937 - 4225576: Neste local tem três pares de trilhos, dois


deles bem delimitados na rocha; b) Coordenadas 0656959 -
4225633: Os mesmos três pares de trilhos encontram-se mais
afastados entre si, formando o trilho mais a Este dois trilhos que
utilizam o sulco central. Neste local parece haver um traçado de
carroças com 1,50m de eixo, ainda que tal não seja claro; c)
Coordenadas 0656920 - 4225426: Tem três pares de trilhos; d)
Coordenadas 0656932 - 4225327: Tem três pares de trilhos sendo
menos percetível o mais a Este. Trata-se seguramente de uma via
importante, dada a frequente utilização, embora não fosse possível
(nos trabalhos de 2019) determinar a sua cronologia.
38 Cebolal 4 Arte rupestre Indeterminado Amareleja Em zona de encosta, afloramento metassedimentar de sentido NO-
SE, com diversas covinhas abertas em planos horizontais. A
maioria das covinhas é irregular, parecendo não ter sido acabadas,
havendo uma perfeitamente identificável com 8cm de diâmetro e
4cm de profundidade. As restantes têm dimensões similares ou
mais pequenas, sendo cerca de 10. Existe, também, o que poderá
ter sido uma pia, com 20cm de diâmetro e 8cm de profundidade
39 Cebolal 1 (vértice Pia Indeterminado Amareleja Em encosta sobranceira a linha de água afluente do rio Ardila,
geodésico) situa-se um pequeno covacho de contorno subcircular (medidas de
eixos ortogonais: 13cm por 12cm; profundidade: 4cm). Escavado,
por picotagem, no topo de um afloramento de rocha
metassedimentar, sobranceiro à margem esquerda de pequena
linha de água. O covacho está em plano horizontal abaixo e a leste

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do ponto mais elevado do afloramento e alongado em direção


perpendicular ao plano de xistosidade. O eixo transversal, paralelo
ao de xistosidade, está orientado a 32º NE.
40 Monte do Arte rupestre Indeterminado Amareleja Numa encosta suave, um afloramento de xisto elevado e
Aeródromo 6 proeminente na paisagem. Painel oblíquo/semi-vertical, com
superfície voltada a 57º Nordeste. Na superfície, cerca de vinte
covinhas insculpidas. Na crista orientada a 319º Noroeste, pelo
menos três exemplares semelhantes visíveis. A concavidade de
maiores dimensões no conjunto parietal observado apresenta
cerca de 6cm de diâmetro. No topo, alcançam 7 - 8cm.
41 Tapada 6 Pia Indeterminado Amareleja Numa encosta suave, pia / caixa escavada em afloramento
rochoso. Contorno subrectangular e irregular (62 cm de
comprimento; 50 cm de largura de topo; 40 cm de largura oposta).
Pouco profunda (7 cm de profundidade máxima), eventualmente
não concluída. Assume uma orientação de 317º Noroeste.
42 Tapada 13 Via Indeterminado Amareleja Antigo caminho sobre afloramento rochoso, desgastado pela
passagem de carroças. Trilhos evidentes. Canal da via com cerca de
dois metros entre cristas. Afundamento muito regular do geológico
correspondente à circulação.
43 Tapada 14 Arte rupestre Indeterminado Amareleja Em encosta suave, uma crista/afloramento de xisto. No topo,
sequência de quatro covinhas insculpidas, orientadas em
alinhamento aproximado Este - Oeste (1.8cm de diâmetro e 4 cm
de profundidade; 2.5cm de diâmetro e 3cm de profundidade;

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3.6cm de diâmetro e 3 cm de profundidade; 4.4cm de diâmetro e


2cm de profundidade).
44 Tapada 15 Coluna Indeterminado Amareleja Fragmento de fuste de coluna em calcário, de secção circular
(22cm de diâmetro). Reutilizado como marca de limite de
propriedade. 24cm de altura máxima visível.
45 Tapada 21 Lagar Indeterminado Amareleja Poucos metros a sul de um monte aí existente, num longo
afloramento de rocha metassedimentar, com sentido NO-SE, ao
nível do solo, estão abertas três pias ou componentes de um lagar
rupestre, preenchidas com sedimentos. A que está a NO é
rectangular (94 cm comp. x 62 cm larg.), a do meio é circular (18
cm de diâmetro) e a que está a SE é ovalada (65 cm comp. x 30 cm
larg.).
46 Tapada 22 Arte rupestre Indeterminado Amareleja Em afloramento de rocha metassedimentar destacado na
paisagem, localizado poucos metros a SO de um monte aí
existente, identificaram-se diversas covinhas e uma marcação
subtriangular. No lado NE do afloramento está uma plataforma
mais baixa onde se encontram, pelo menos, quatro covinhas com
diâmetros rondando os 5 cm, afuniladas e muito regulares, abertas
por abrasão. Encontra-se uma quinta covinha idêntica no topo do
afloramento. Existem outras prováveis covinhas com dimensões
idênticas e outras maiores, todavia é incerta a origem antrópica
destas. Na extremidade NO da plataforma está uma zona aplanada
com a superfície polida delimitada por um picotado, com uma
forma subtriangular; dimensões 38cm x 32cm.

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47 Encosta de Vestígios de Indeterminado Barrancos Neste local foram identificadas algumas estruturas e materiais
Noudar Superfície cerâmicos, dispersos à superfície. Cronologicamente estas
ocorrências enquadram-se em época pré-histórica. Os trabalhos de
identificação foram efetuados no âmbito do levantamento
arqueológico da Câmara de Barrancos que decorreu na década de
80 do século XX.
48 Juntas Vestígios de Indeterminado Barrancos O local foi identificado como uma mancha de dispersão de
Superfície materiais de cronologia pré-histórica, de tipologia indeterminada..
Os trabalhos foram efetuados no âmbito do levantamento
arqueológico da Câmara de Barrancos que decorreu na década de
80 do século XX.
49 Malhada das Vestígios de Indeterminado Barrancos O local foi identificado como uma mancha de dispersão de
Vacas Superfície materiais cerâmicos de cronologia pré-histórica. Os trabalhos
foram efetuados no âmbito do levantamento arqueológico da
Câmara de Barrancos que decorreu na década de 80 do século XX.
50 Fonte da Figueira Achado(s) Neo-Calcolítico Barrancos ---
Isolado(s)
51 Encosta de São Vestígios de Indeterminado Barrancos O local foi identificado como uma mancha de dispersão de
Ginez Superfície materiais cerâmicos de cronologia pré-histórica.. Os trabalhos
foram efetuados no âmbito do levantamento arqueológico da
Câmara de Barrancos que decorreu na década de 80 do século XX.
52 Ginez Cista Idade do Bronze Barrancos Foi identificada no local uma cista, da Idade do Bronze. Aquando
da deslocação ao local a cista apresentava já indícios de violação.

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Os trabalhos foram efetuados no âmbito do levantamento


arqueológico da Câmara de Barrancos que decorreu na década de
80 do século XX.
53 Horta do Sepultura Idade do Bronze Barrancos Bronze do Sudoeste. Sepultura tipo cista no caminho horta do
Almeneiro 2 Alemeniro para o chaparro Inácio. A cerca de 200 metros a SW da
cista Horta do Alemeneiro 3
54 Olival da Rata 1 Cista Idade do Bronze Barrancos Cista da Idade do Bronze localizada por baixo do muro de uma
cerca. Segundo a Carta Arqueológica de Barrancos existe um
conjunto de cistas. A cerca de 150 metros para E-SE este
levantamento assinala outro conjunto de cistas.
55 Olival da Rata 2 Cista Idade do Bronze Barrancos Segundo a Carta Arqueológica de Barrancos existe um conjunto de
cistas, sob o muro da cerca. A cerca de 150 metros para NW-
Nencontra-se o conjunto de cistas do Olival da Rata 1.
56 Pilar da Rata Necrópole Idade do Bronze Barrancos "Sepulturas tipo cista e limitações de povoado da Idade do Bronze
frente ao Pilar da Rata".
57 Horta do Sepultura Idade do Bronze Barrancos Bronze do Sudoeste. Sepultura tipo cista no caminho horta do
Almeneiro 3 Alemeniro para o chaparro Inácio. Localiza-se a cerca de 200
metros a SE da Horta do Almeneiro 2.
58 Horta do Necrópole Idade do Bronze Barrancos Grupo de sepulturas de tipo cista do lado esquerdo (Oeste) do
Almeneiro 4 caminho da hrta do Almeneiro para Vale de Corcho. Localiza-se
entre Horta do Almeneiro 2 e 3.

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Tabela 2. Os tempos da Pré-História

Paleolítico c. 2,5 milhões - c. 300.000


Paleolítico Inferior
a.C.
Idade da Pedra
Paleolítico Médio c. 300.000 - c. 30.000 a.C.
Pré-
Paleolítico Superior c. 30.000 - c. 10.000 a.C.
História
Mesolítico c. 13.000 - c. 9.000 a.C.

Neolítico c. 10.000 - c. 3.000 a.C.

Idade do Cobre c. 3.300 - c. 1.200 a.C.

Idade dos Metais Idade do Bronze c. 3.300 - c. 700 a.C.

Idade do Ferro c. 1.200 a.C. - …

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