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Bronze atlantico
Período orientalizante
Período atlantico
Idade do ferro
Cultura castreja
Cultura dos campos urnas
Celtas
Diferença norte sul peninsula ibérica
Fontes da proto-historia
Idade do Bronze
Final da Pré-História, período de transição para a Proto-História.
Os povos da Idade do Bronze caracterizam-se pelo manuseamento do bronze.
Testemunhos sem documentos escritos, os que existiam não pertenciam à
sociedade que se está a estudar.
Os celtas não produziam escrita, apenas os fenícios
Antecedentes campaniformes
Bronze Atlântico
O aumento da circulação de objetos em bronze é evidente no Bronze Final. As
relações marítimas asseguravam a troca de matérias-primas e de objetos
manufaturados. Define uma época e região mal definidas onde os achados metálicos
mostram estreitas relações quer culturais, quer comerciais. Esquema da distribuição
geográfica e cronológica de tipos metálicos em bronze.
Bronze Pleno
Estratégias de povoamento:
Aparecimento de locais fortificados, já no Calcolítico, desaparece na Idade do
Bronze;
Povoados abertos
Não se constrói em altura, aparecem vestígios de acampamentos de palha e
restos de fogueiras;
Proximidade de necrópoles, em sítios abertos. Depósitos arqueológicos
(dificuldade em encontrar os ossos dos animais consumidos, devido a fatores
erosivos);
Em Portugal não existem muitos locais;
Cultura Material
Cerâmicas
Produções cerâmicas, mais comuns e abundantes a partir do Neolítico
Desejo funcional e estético. Formas simples
Tipos: colos, carenadas e troncocónicas
Metalurgia
Desenvolve-se a partir dos campaniformes anteriores do Calcolítico, como a
alabarda. Fusão do cobre com o estanho, que origina o bronze. Fabrico de pontas
de seta, machados planos, espadas e adagas.
Estratégias de povoamento
Povoados abertos (sem delimitação por muralhas e fossos), formados por
cabanas em material perecível (dura pouco, facilidade em se estragar), por vezes
ocultos na paisagem, localizados na adjacência de necrópoles de cistas.
A conservação orgânica é rara e a sua caracterização económica está muito
dependente das condições edáficas (relativa às características físicas e químicas
do solo) e topográficas envolventes.
Ex: povoado do Fumo (Vila Nova de Foz Côa), datado pelo radiocarbono de 1900 a.C.
Escavado entre 1996 e 1999, é um sítio aberto;
Foram identificadas fossas, lixeiras e lareiras;
O povoado do Fumo é um dos raros contextos habitacionais desta época com
restos faunísticos nas lareiras, tendo sido possível observar o predomínio do
pastoreio de animais domésticos (ovinos, caprinos e bovinos) sobre a caça
(veados);
Cabanas construídas, revestidas com argila (húmida) que secava;
Marcas de troncos, não se encontrou restos agrícolas, agricultura;
Encontrou-se restos de ossos de animais (identificar o que comiam)
Cerâmicas:
Surgem novos tipos de cerâmicas que revelam regionalismos e, por vezes,
processos de trocas, ex.: cerâmicas do “Grupo Baiões / Santa Luzia”, típica da Beira
Alta, surge também na Beira Baixa;
Também as cerâmicas de “ornatos brunidos”, do Sudoeste Peninsular como o
Baixo Tejo, Beira Baixa e Alentejo. Servem como indicadores cronológicos de sítios
arqueológicos associados a estas épocas, uma vez que predomina uma ausência destes
artefactos nos períodos anteriores e posteriores, caracterizadas essencialmente pela sua
morfologia e pela sua decoração.
Consistem em recipientes de cerâmica, cuja superfície interior ou exterior,
encontra-se decorada com motivos geométricos. Eram elaboradas à mão, de forma
artesanal. É uma cerâmica fina.
Metálicas:
Aumento da variedade de objetos de bronze, e destacam-se para além das foices
e machados as espadas de tipo pisciliforme e “em língua de carpa”, pontas de lança de
alvado e espetos e ganchos para consumo (ritual) de carnes.
As peças de adorno em ouro são agora mais abundantes, e de maiores dimensões
e maciças. Estão representadas sobretudo por colares e braceletes. Ex: tesouro da
Herdade do Álamo
Idade do Ferro:
Península Ibérica (800-700 a.C. até ao séc. II a.C.), possível presença romana;
Várias fontes literárias na segunda Idade do Ferro;
2ª Idade do Ferro - sul cartagineses e no norte celtas;
1ª Idade do Ferro, período orientalizante, presença dos fenícios;
Há indígenas que aprendem com os romanos o ato da escrita. Em sacrifícios
escrevem em pedras, sacrifício às divindades. Fontes epigráficas
Península ibérica
No centro chega influência mais continental;
Povos montanhosos mais conservadores;
Maiores contactos no litoral;
Fontes Literárias:
Heródoto, Hesíodo, Estrabão, Homero, Antigo Testamento, etc.
Heródoto
Refere os Tartessos como um território ocidental frequentado por Focenses e
Sâmios em torno dos Séculos VII e VI a.C.
A Tradição Épica, cuja importância é notória no Séc. VI a.C., bem como com a
construção das paisagens míticas ocidentais, está presente em Hesíodo e nos
Poemas Homéricos.
Notam-se influências egípcias e fenícias na construção destes relatos.
Consideram-se, para além do registo escrito, a cultura material e alguns aspetos
etimológicos.
A obra reflete o conhecimento limitado dos gregos sobre a Península, uma vez
que apenas menciona Tartessos, as Colunas de Hércules e a cidade de Cádis. A
Península ficava muito longe dos principais centros gregos e não tinha um
império poderoso como o dos persas, nem era habitada por povos exóticos ou
nómadas como os trácios ou citas, que atraíram muito mais a atenção de
Heródoto.
Estrabão
Berrões (rituais de adoração), escrita do sudoeste (estelas no Algarve, Alentejo,
Estremadura, machados do bronze atlântico).
I Idade do Ferro
É na I Idade do Ferro que se verifica acentuadas influências tartéssicas e fenícias
no sudoeste peninsular, daí poder ser também designado de período orientalizante, é
importante referir que este período é fundamentalmente caracterizado pelo surgimento
de novos tipos de cerâmica.
1ª Idade do ferro no Sul de Portugal
Povoados de unidades unifamiliares, com cerca de 30 habitantes. As habitações
eram de planta retangular, feitas de muros baixos sobre os quais se erguiam as paredes.
Os solos onde se implantam consentiriam uma atividade agropastoril pouco produtiva,
mas os filões de cobre que nas redondezas se encontram podem ter sido explorados.
Apesar da ruralidade, todos estes povoados proporcionaram artigos de
importação: cerâmica grega ou de engobe vermelho fenícia ocidental, ânforas, espetos
de bronze, facas de ferro.
Os enterramentos, por inumação, eram feitos em fossas, raramente com lajes de
revestimento, cobertas por tumuli de pedra, primeiramente circulares e mais tarde, os
retangulares, que apresentam alguns degraus e podem ser acrescidos de um recinto, que
um muro baixo define. As necrópoles são constituídas por vários tumuli adossados uns
aos outros, como um favo. A arquitetura funerária mantém tradições locais que
remontam à Idade do Bronze.
No Algarve ficavam os Cinetes. Não se conhece povoados desta região. As
necrópoles, de cistas retangulares sem tumuli, representam uma tradição diferente, mas
igualmente com raízes nos hábitos funerários regionais da Idade do Bronze. Encontra-se
novamente os casais ou pequenas aldeias.
Os Fenícios
Povo proveniente do oriente, essencialmente do mar e cronologicamente foram
contemporâneos dos gregos e romanos. Povoado viveu na Fenícia, que era constituída
por quatro cidades-estado principais, Ugarit, Biblos, Sídon e Tiro e os seus territórios
adjacentes.
O facto dos fenícios se organizarem em cidades autónomas acabou por os
diferenciar de outros povos.
Utilizavam navios chamados Galés, movidos a vela e remos, e foram grandes
exploradores e comerciantes, procurando transportar matérias-primas e produtos
manufaturados através do mundo.
Foram os primeiros a desenvolver a escrita do Sudoeste (a escrita mais antiga da
Europa Ocidental). Através das suas viagens comerciais, espalham o seu alfabeto, o que
levou a várias derivações na Península Ibérica. Este alfabeto, ou, pelo menos, o sistema
inventado pelos fenícios, vai influenciar a escrita das civilizações da Antiguidade. Os
fenícios trouxeram as casas retangulares através do comércio.
A sua dependência do comércio torna-os pioneiros na navegação marítima,
permitindo trazer muitas inovações tecnológicas e agrícolas, como novos tipos de
metalurgia (metalurgia do ferro, o moinho, etc.).
Ugarit
Cidade importante;
Ponte de interseção com cidades importantes;
Trazem para o ocidente: escrita, tecidos coloridos (púrpura), ferro, cerâmicas
mais evoluídas de grande qualidade, religião, conservação do peixe;
Fundam colónias na margem sul (Cartago). Grande presença em Portugal;
Na época pré-colonial, era um povo mercador;
Terão chegado ao ocidente no século XII a.C., (surge no alfabeto). Contudo,
foram encontrados vestígios que apontam para os séculos VIII e IX.
Arte fenícia em Cádis.
Tartessos:
Antiga civilização mediterrânea considerada mítica na História e Arqueologia,
desenvolvida no Sudoeste Peninsular, especialmente em Andaluzia, onde há uma maior
concentração de cultura tartesse.
Existem desde o Bronze Final até à Primeira Idade do Ferro conhecida como
Período Orientalizante.
A cultura tartéssia foi uma das mais importantes culturas da Proto-História,
causando uma grande mudança no estilo de vida dos povos da Península Ibérica.
Formada pela adaptação de uma cultura aos substratos de outra, no caso, a
junção dos fenícios com os indígenas que já lá habitavam. Com este fortalecimento de
ligações, alguns sítios cresceram muito devido à convergência de bens e população
provenientes de outras zonas, que em grande parte assimilaram o carácter fenício
facilmente. A partir do contacto com os fenícios os povoados alteraram-se e formaram
aglomerados populacionais com especificidades diferentes.
Os espaços eram geralmente caracterizados por estarem a baixas altitudes, sem
sistemas defensivos e de preferência com uma componente fluvial forte.
Dedicavam-se ao comércio e à metalurgia, sendo que era através destas
atividades, que obtinham relações fundamentais para a revolução da economia com os
gregos e os fenícios, pois os diversos e abundantes minérios como o ferro, cobre,
estanho, a prata e o ouro eram a chave para a economia. Esta sociedade também se
focava na agropecuária, tanto para consumo próprio como para comércio.
Não houve registo de Tartessos durante dois milénios, porém, em meados do
século XX foi encontrado o tesouro de Carambolo que, segundo os investigadores, terá
sido a primeira evidência arqueológica que comprova a existência deste povoado, e
ligadas a este estão também as estelas.
O tesouro faria parte da diversa riqueza dos Tartessos, que consistia em prata,
ouro e outros metais. Supõe-se que seja dos Tartessos, pois surgiu na Idade do Ferro na
mesma zona onde a cultura tartéssia predominava.
Nota-se inovações que refletem influências fenícias, uma tradição material do
Bronze que começa a incorporar a escrita, algumas cerâmicas e outras inovações numa
cultura influenciada pelos fenícios.
Não só as origens da civilização e cultura tartéssica permanecem um mistério,
como também o seu fim, já que no século VI, o povo Tartesso desapareceu subitamente.
II Idade do Ferro
Os povoados recorrem à agricultura e à pecuária, assim como a recursos
hídricos. Desenvolve-se a cultura castreja que já existe desde o Bronze Final. Esta época
também é marcada pelos povos celtas, que apresentam um conjunto de novas
tecnologias.
Os Celtas
I Idade do Ferro (Período Hallstatt) – pequenas vagas dos Celtas por volta de 600 a.C.
II Idade do Ferro - Vinda e fixação dos Celtas na Europa.
Os Celtas são um povo ou um conjunto de povos. São euro-asiáticos,
seminómades, pastores e guerreiros, no século XII a.C., começam a deslocar-se alguns
grupos seminómades para a Europa, mas só começa a haver vestígios das suas vagas no
século VI a.C.
Vindos do centro da Europa, os Celtas surgem na Península Ibérica durante a 1ª
Idade do Ferro. É notável um maior clima de instabilidade que se acentua tanto ao ponto
de se falar sobre uma 2ª Idade do Ferro.
O auge deste povo foi durante o século III a.C., que foi quando começaram a
habitar regiões da Europa e trouxeram consigo um conjunto de inovações, como o ferro
e algumas tecnologias (moinhos e os arados). Eram povos diferentes geneticamente e
em termos de cultura devido à mistura que tiveram com povos nativos, porém, o que os
ligava era a língua indo-europeia.
Os celtas também trazem a cerâmica estampilhada. É possível que a cultura
castreja esteja associada aos celtas.
Fontes da Proto-História
É quando os vestígios arqueológicos encontrados não coincidem com as fontes
literárias.