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IliBEL BELDIAGA t·)


TESTAME TO - 1628

1 VE TARIO - 1628

(•) Este nome acha-.se escr~to de diversas JllQ'tlleiras nos


autos de iiwenta.rio ; escolhemos para este ,fQ'O(ltispicio a · for.na
por que C!ltá escripto no testamento.
IYE. 'T.\HIO DE IZ.\HEL BELl>IAGA

hnentario d<' lzab •l


dP Yeliaga .

. \11110 do • 'ast:imenlo de ·osso Senhor .Jesus


Ch1·islo dl' mil l' s •isc •nlos e vinl · lrcs annos
nesta villa de Süo Paulo ('apitania de Sfw \ ' i-
t:l'llll' <ll' <[Ul' ; do11al:1ria perp •lua por Sua .\la-
0Psladl' a s(•nhnr.t <' ndt• ·sa do Vimi(•iro dona
.\larianntt dl' Sousa da (;ue1·ra •k. 1wsln ,·ilia
dl' ~:·10 Paul<, ao seis dias do nwz d' marco
na~, l'asas l' razl'nda qut• r 1i de Pasch'l:ll l.t>il •
dondl' dwm:1111 os J>inlwir >s t' Sl'udo alli [z:i-
hel do Prado dona viuva ondl' o juiz dos >r-
ff10 Ynsco da .\Ioll:1 <·ommigo l'S<'l'iY:to t'ornos
fazer i11vc11lario dos lwns <fll{' l'i<"tr:1111 d • lza-
i>el \'eliaga {' Diogo Hamirl's l' (; •raldo dl' .\lc-
di11a a <Jll('lll o dilo juiz dl•u j11ra11wnto dos San-
tos EvanHc•lhos para que dll-s aYaliassL·m os
bens que ficaram da dila del'unla o <Jlll' ludo é
tal ( Hno adiantt• largam •nk se n•rú l' l'll Pero
Leme <, moço •scrivão dos orl':tos 11 ·sta (lita
,·illn <IP 'ão Paulo • seus l •rnws por Sua .\la-
,ieslade o scrcvi. - Ya co da ~folia - .. . .. .

Jesus
Em nome de Deus am ·11 . Saibam quantos
est:1 ('l'dula ck lPsl:1m •nlo ,·ir('lll <Jlll' csla11d, PU
-- 8 -

,\ulo dt• irnt•nlarlo qm• man- t· se· assig11011 :1q11i com o dilo juiz e por 11:io
dou razt• · o juiz dos •orl'ãos Yas(•o 5alwr assig11ar :issignd ·11 por dia <' <'li J>.f.•1·0
da :u tlla do. lwns <1m• fü·a,·mn Lc·11H· " lll ', ro t's<·1·h~io dos odüos <[li: o csen·vi.
df' bnlwl dt• Bt•lil1ga. A . signo j>l'la ,·i11, ,1 lzahel do Prado Pl'ro LPme
~folia .
•\11110 11, 1 ':1s<'iJll(•11l , de • rosso S(•11ltor .IPs11s
Chrislo dp mil <' SPis<"enlos e d111t- ln•s :111111).· Tt>rmo dt• an,liadores
1wst:i ,·ill:i de São Paul•> 11:1 <"asa ot' l'.1Zl'IHl:1 que
t'oi dt· l'as<'ho:il L •ili• 111•sla vill:i d<' S;i > l'a11lo 1·: logo <lc•11 o dilo juiz j11n1111ento cios Santos
da •·apit:111i:i dt• S:í > Vi{'(·11lc· dt• q1H· e~ d 1 ,11:ita1 in 1-.., ,111gellius a Diogo l\:1111irt's P a ;crnldo de
a St'11l10rn 1·011<lcssa do Vimid/o dona ~l:1ria1111a ~kdi11a para que· ht•m l' vc 1·da,kinu11Pnlt' :1va-
ele So11s:i da (,11<·1-ra 1}erpd11a 1h-stn c·:1pil;-111ia dl• liassl'lll as c·o11sas spg11i11tcs e elles o promclle-
São Viccnh- <'I<". 11<' IH dit:1 villa nos l'inlH'iro r:1111 :1ssim l':1z1•r e e11 f><•1·0 Lc-111<· o moco • -
onclt' mora Izah I do 1'1·ado 011dr o juiz dos 01·- <Tinto dos 01·1":los q111• o t•s<Tc,•i. .:\folia
t'fíos c·ommigo Pscrivfío forno l':1zt•r invc·ntnrio Dioao Jfamirp .. - Gl'raldo dl• MNlina.
dos hcns (fll{' tknr:1111 de Izalwl de• Bl'liaga e por
Sl'r 11111111<·1· viu,·n e polH·t• 11:io l1·011x <'omsigo Ht"C·laratão do., filho:
A11dn~ Lop1·s m·m l'ed1·D ~lacki1"1 ·1Y:iliadorrs
po1· st• Psc·us:11· gastos n •m c11sl:1s :tlgumas pl'la lkd:irou :1 <lil:1 ,·i11,a lzahl'I do J>r:,do que
<lPl'unta Izahcl de Vl'liaga St'r viuva ..... e mi- lliio 1·011l1<•ci:1 l'illtos J1<•11lt1111s d:1 dila ddu11la
sc·raYt'I c· para s1· V{·r s,· li111t:1 :1 dila '<ld1111ta IH'lll do clt·1'1111to st•u marido mais qu1• uma lll<H,':1
filho:-. 1111 !'ilhas algumas ou :1lg1111s ht'IIS assim por nome Maria ú qual a elita ddunla (zahel cl.:
1><·rll'nc·t•nles :í dita viun1 c·omo perlcncl'lllt•s n \'c•li:iga clei.·a sua poh1"Zn c•orno aclia11I • iríí de-
sc·u marido defunto l>omi11gos h•rnandP , 'ohn• clar:tdo e (f llC' por noticia snhia slar 110 Espí-
. . . . . . morador . . . . . 1·e:il provinda de rito Sa11lo 011 na Bahia 011 l'l'i-11:unhtH·o ou Hio
e a im para ':ther e l'i<"ar:1m por III H'k d dt• .Tanriro uma l'ilha sua lia lard:1 a c1ual por
dito ddunlo alguns filhos lcgilimos 011 11at11raes i111'orma~·ilo dizc·m l'slar casada e sPgundn sua
011 hastard-0 · l' pela dila ckl'unla lz:ih •I d VP- l1·mh1·nnça ouvir:1 dizei· se chamava Brigid:1 Fl'r-
liag,1 mo1Ter em ·asa dt' Izah ·I do Pr.,ulo dona n:mdt's a qual esl:1\'a dizC'm l'slar casada ,•m sua
viuva mnllwr qm· l'oi de J>:1schoal L il ao qual digo C'nJ <'as:, de f.011çnl > Corn~:1 dC' S:í .
o dito juiz deu juram •uto dos 'anlos Evan-
gl'lhos para q11c· dc•d:irassl' todos os h<'ns mo- I·: logo ma11do11 o dil > juiz aos dilos Diogo
Yeis <' de raiz que· ficaram da dita det'unla falo Hamires C' 1,eralclo de ~I •di11a :ivali:issC'm a fa-
J)t'~·:1s ouro <' praia <'lia o prom!'tleu fazt'r assim zc•nda <[lll' e a<"hass<• por morl~ da diln clc-l'1lllla
-11-
-10-
....... l'illrn de seu mariclo Domingos Fc·niandes
Izahel d(• Beliaga sua pobreza <JLH' se achar ,a • ·obre jêÍ dl'f1111to respeitando a dila orfã ser já
qual a,·,diaram na l'orma seguinte: mulher e c-.>rrer risco assim de sua pessoa como
podl'r ser dcshonrada ve1Hlo a qualidade proceder
Foi m·aliacb uma ('amisa usada c·m c·cn- e nobreza de Izabel do Prndo donu vinvi1 lhe
lo <' sl'ssenla réis .·mo entregou a dila orffí ~laria ii qual a <•nem-regou
Outra c,nuisa de panno d' algod:to l'lll para que olhasse por ella e lhe cléssc a doutrina
.·l(i() Ílce<•ssaria e assim mais lhe enlrc•gou a pobreza
cento ·l' sessenta réis
Um It-11~·01 ele- panno de algodiio em Lre- qnl' se achou da dita defunla como se verú por
Z<·11los c vi nll' réis este i1wcnlario e ell:i o p1·fn11elku assim fazer
..... dois g11:1rda1wpos ..... . e por nilo saber assignar rogou a Anlonio Tclles
Oulra <·amisa ele J>:1nno de algodiio a\'a- que por clla assignass.r e eu Pero Leme o moço
;<-;l(i()
liada em l'cnto e sessenta r<-is escrivão elos odãos que o escrevi. Pero LC'me
Um l'll ·ergiio vl'lho avaliado l'lll qua- Autonio Telle,s _._ \'asl~o ela l\lolla.
tro , i11tc11s ·()80
Uma s:1ia de palmilha em mil réis azul 1:-iOOU O qnal i1wPntario c·u cscri\·iio e juiz o fi-
Um s:1io dl' hal'l:i ,·elho em tn·zc•nlos e zemos pelo m1101· de Deus sem por isso levar-
,·inh· réis mos cousa alguma e llll' assigno aqui nem os
Dois mantos Vl'lhos avaliados ambos em avaliadores. Per.o Leme o moço.
mil réis
Uma 11l'<1rn l'orrn por nome Victoria. Disse quatro missas a ~oss,1 SC'11l10rn por
Izabel Briaga cm l'é do que fiz este l' assignci
E 11iio se :u-11011 mais fazenda que se ava-• hoj<· l 1 ele maio de G23. Frei Francisco elo
liasse l' se ,1ssig11aram aqui os dilos anllind<i'res l\Ioraes.
(' eu P<•ro Lem.: o moro escrh üo dos orffíos que
0 est-re\'i. Diogo Hamirt'. - Geraldo de ~le- Hecchi a esmola de quatro missas <1uc Pero
dina. Leme me mm1d Hl dizc•r pela alma de Izahcl
de Belinga e por Ycrdadc <lei esle por 111im ,1s-
Entrega da orfã ~laria e de signado hoje ....... de maio de 623 annos.
. ua fazenda. O vigario Jnão Pimentel.

E Jogn pl'lo dilo juiz de.pois de ler feito i11- Pedro Fc.·1·narnles morador no Hio de Ja-
venta1·io da pohrl'Z:I da ddunla Izabel \'eliaga neiro ora es1anlc ncsla vilfa de São Paulo que
c eonl'<lrmando-st· l'0lll ...... tesl.lrnl'nlo d,1 dita a cll'l'unla Izahl'l Yeliaga <1uc DL'llS lc.•m cm vida
defunb1 t·m qtu· deixava sua ..... e sua cnll',1da
I~YENTAIUO DE U,\LTIIAZAH NUNES

Innnlario que mandou la-


zer o juiz dos orfãos Ualthazar
de Godoy da fazenda que fioou
1>or morte e .t'allecimenlo de Ilal-
lhazar Ntme' que l).(•us tem.

Anno do i rnscimeuto de Nosso Senhor Jesus


Chrislo de mil e seisce11 los e vinll' tres annos
aos Yinle e qualrn dias do mez de julho da so-
hredita era nesta viIJa de Sfw Paulo da capita-
nia de São Vicente parles do Brasil etc. no ter-
mo desta dila villa onde chamam lpiranga nas
casas e silio que ficou do defunto Ballhaza,i:
Nunes que Deus tem aonde Vl'iu o juiz dos or-
f:1os Balthazar de Godo:,' trazendo em sua com-
panhia a mim cscriv:io para fazer inventario.
da fazenda que ficou por morte e falledmcnto
do dito defunto na forma que Sua i\fagestade
manda para o qual cffeilo o dilo juiz deu ju-
ramento dos Santos Evangelhos sobre um livro
delles a Iznhel Dias dona viuva mulher que
ficou do dito defunto Ballhazar i runcs para que
declarasse toda e qualquer fazenda <JUe do dito
seu marido ficasse assim bens moveis como de
raiz ouro prata joias e ella o promelleu assim
- 17 -
rn-
lh'<"laro q11v s iu C"as:1do com fz:llH•I Dias l'
fazer l' o dito juiz dos orl'i:íos mandou fazer
IC'1d10 delln cincn filhos a saher dois machos
cslt• auto de irwcntario ((lll' assig11ou e pela dila
e ln·s l'êmt·as os quaes s:Í'J lu•rdeir,>s r·m meus
viu\'a nfw saber assignar a s<•u rogo assignou
bens.
por ella Arnfré Fernandes eu Calixto da ~Iotta
;\!ando crue S('lHlo Deus sr1·Yido l ·var-nw
cs('rivi'\o dos orl'i"íos o escrc\'i. André F<>r-
d<•sl:1 vida pres,•nll' llh'll l"''l')Y- s:·j:1 l'lllc·1·1·:1<h 11:1
nancle~ Godo~·. igrvj,1 nrnlr:iz desta \'ilia.
:\I:rndo <(li<' Sl' m<· l':1<::1 um ql'fjci,, dl' lrTs
li<JH'S, com sua missa can lada. e se· dir:io mais
E logo no mesmo dia nwz e anno atrús •s- drH'(, missas rcsadas a . ·ossa Senh >r:1 e o padre
1

('J'Íplo e dt•clara<lo pelo dilo juiz dos orl'iíos Bal- Joftc• AhTes me dir:í mais oulrns l'irH·o missas :1
Lhazar de G-odo~• perante mim escrivão l'oi dado l10nr:1 das C'inco chagas de .Tt•s11s Chrislo e só
juramento dos Santos 1'..vangelhos a Gonçalo ~la- dirt10 mais duas ,Í :\liscri<· Jrdia.
deira e a P ro '1 a<Jut·s moradores Besta dita !Jar-se-:í uma vaC"ca (i easn da S:u1la :\lise-
villa para que a\'aliasscm toda e cyualquer t'a- ricordia para que me le,'em o corpo na tumba,
zcntla que lhe fosse mosfrada para ser bolada e me acompanhe a bandeira.
nesll' inventario assim bens moveis corno de raiz Dir-mc•-i'\o mais cinco missas os religiosos
e assim o pr lmcttcram fazer t· o assignaram de • 'ossa Senh.ir·:t dn Carmo. e cll'i.·o :í dita c:1sa
aqui cu Cali.·to da Molla eseriviw dos orfãos uma IldYilha de esmola.
0 escrevi. Pêdro Taques - Godoy - G-0n- Mando que se dê d,c esmola dez varas de
çalo 1'1adeira. panno de algodão a minha cunliada Pauln Cuhas
mulher ele Paschoal Dias filho de .Jorge Peres.
Em nome de Deus amen
Mando que se dê nwis cineo varas de pmu10
Saibam quantos esta <'cdula de testamento de algodi'\o ele esmola a Catharina Diniz.
\'irem cm corno <.•u Balthazar • 'unes estando en- Declaro que os legados que deixo se paguem
fermo de enfermidade que 1 Tosso Senhor me deu no que houYcr porque dinheiro não possuo.
fiz esta ccdula de testamento como ao diante Declaro que 1·es1ando alguma cousa da mi-
se verá stando em meu perfeito juizo. nha terça deixo a minha mulher Izahl'I Dias.
Primeiramente encommendo minha alma a Declaro que deixo a minha mulher e a meu
Deus Nosso Senhor que a criou e remiu _com cunhado André Fernandes por meu testamentei-
seu precioso sangue e ú gloriosa Virgem Nossa ro e a dita minha mulher por euradora dr mrus
Senhora seja minha intcrcessora diante de seu filhos a (fll('tn enc:1mm('rnlo a <'ria<:rio <· dou-
bento Filho e a lodos os santos e santas da côr- trina delles.
te do céu.
- rn -
-- 18 -
Simão .\h'es - Fernã-0 1\lunhoz - Lourf'nço
.\rrl'\':tdar-st·-:í cl 11:is p,tl:l<'as de .\11 l:,nio Ca- Nmws - .\ntonio Peres - Anlonio Raposo -
lll:t!'ho <flll' t'i('ull obrigado p<>r st•u irm:to .los{· Fran<'isro Baldim.
Al\'rl's l)l'IIS lht· p,•rd<>,: a m'as pagar qu,· mt·
devia. Snihnm qu:111los l'Sk puhli(''l i11strumP11lo de
J>ev1·-mc nwu t·unl1:1do Diogo Dias duas pa- approY:tc;ão ,·in·m C[lll' 110 :rn110 do XasC'imt>nlo
l:ll':ts cll' d11as JH'rolt•ir:1s de mel qut• lhe dei, as de '-'ossu SPnhor Jesus Chrislo dt• mil l' 'ic'Í'--
q11at·s :11-rt·<':td:ir:i > dt'lk, 1• 11111 ('l'pilho qul' lllc· cenlos t' vinle. tres :11111:Js ,·m os l'iJH' > dias do
t'mJH"t•s[l'Í. mc·z de junho <1 1 dih :wno lll'Sl:1 ,·ill:1 de S:to
.\l:111do qut• ) p:1d1·t• .J_.,::-10 AhTt·s lllL' di,ra mnis Paulo ela capitania de Siio Yicl'llll' ela C >sl·1 cio
duas 111iss:1s a Siio .\ligul'I, l' outras duas a S:10 Brasil ele. nesta dila villa nas t·:tsa.., L' m:irnda
Br:1z. l' oulr,1s duas a S:1111:1 Calh:irina. de_ F('rnfío :\f unlwz acrui mornclor :idonde l'll pu-
Declaro que lenho um conh_ccinwnto de An- blico UilH'lli:io fui clwnrnclo csl:111<10 ulli doPnlc
tonio .\lyres que me dc•vc dl' quanlia de oilo rm uma c:mw Balllwz:1r :\'unl'S :1qt1i 11101"Hl ;r
mil r{•is. os <[11:ll'S se arrccadnrfío drllc clescon- dt> drH·nç-n que l>l'US :\'osso Senhor IIH• dt•u mns
t:11ul<' , cpie 1•slú ass1•11lad" <'lll o pé do :1ssig11ado em scn perfeito juizo e t'11lc-11dim('11lo <.;cgu11do
<Jlll' nH· km dado. parecia logo ahi me f'oi dilo por elle p(;rn111t·
l>t•daro (flll' uma 1110~·:1 que está em l':tsa as lesll'mu11h:1s <[lll' se ~1ch:11·am pr<'Sl'lllcs ao
tio llll'll <'llllh:tdo .\ndr<· Fer11a11dl'S por 110m1· diante assignadas a mim puhlico lahelliii.o que
Paula é mi11h:1 l'illw. l' mando que· quando l'llu cllt· mandara fazcl' esle leslamenlo pelo reve-
a qu1•ir:1 d:1r :1 minha mullH•r para que a U-nlw rendo padre .fofío .\.lvcs coadjutor desta ,·ilia
<' a lrnll' e imo l'illrn, sP )lH• darú outra por cita, e (JllC' cllc ora approvava e haYia por !Jcm tudo
e l'Olll isto hl'i este: l<'sta11w11lo por rl'ilo e aca- quanto ncllc- é eonleudo e d<·l'larado sem folla
bado por sl'r :1 mi11h~1 •ultima \'onlade e cslnr alguma l' p<'dia a lodas as jusliças ccdcsiaslicas
c·m 1111·11 pcdeil > juiz') t' r.igo :ís jusli<:as assim e sLeularcs lhe dcm cm ludo venladciro cumpri-
crd<'siastil'as eom) secular que o m:uHkm enm- mento porque clle hm·ia por lwm l'cilo e c1ca-
pri1· · e guardar todo assim <' dn maneira como bad,: o dito lcslamcnlo por ser sua derradeira
Hl'llt• se \'Onlém. t' r J~llt·i .w padre .Torto AhTes e ultima vontade e por assim ser conlcnh' man-
qut· o t'izcss~• e :1ssignass<' l'OlllO testemunha hoje dou ser feita esta appronwão estando por tcste-
W de maio d..: lü2:l an11os. Deixo feito ,uma m11nh:1-.; Francisco Preto e Frnueisco Baldim e
lembr:111~·:1 <k contas (flll' tenho com alguns ho- Fernão i\Im1hoz e (~aspar (;ornes, lodos :1qui
mens leito pelo dilo pmlrc João Alnes e assi- moradores cn Simão Borges Cerquc•irn lalH'llião
gn:,do por mim e p.ir elll' no cpwl se lhl' dará do puhli<'o ,iudidnl e notas nl'sla diln villa que
erl'dito como a'> pr<>prio IL·slamenlo De Bal- este escrevi e assignei clt• meu pnhlil'o signal
thazar , 'uni' ... - .Joãn ,\lne:.; - . : .......... .
- 20- - 21 -

<llll' tal é (l:stâ o .\ssigno pelo dilo


s1!111al p11bliro). :.\!andou-me mais duzia p meia de pratos de.
llallhazar por não poder assig,wr e a seu rogo louça.
Simão llorge,s Cerqueira - Francisco Ualdim .'\Iais cinco Yaras de picote.
Fernão Munhoz - Gaspar Gomes - Fran- :.\Iais trcs palacas de vinho.
cise,-o Pret.o. Deu-me mais trcs frascos de vinho, a saber
Cumpra - se eomo nelle se um grande e dois meãos.
contém. São Paulo 20 de junho Deu-me mais uma touca de Yolanle.
de 1li2:3. PimNtlPI. .'\fois um chapéo cm quatro patacas.
Mais uma caixa de marmelada.
Cumpra - Sl' l'Sk leslamcnto :\!ais um calçado de mulher.
eomo Jll'll-c· se c·,111lém hoje 23 de Um covado de hcrtanjol.
junho d1 lti2:l annos. Godoy. Uma botija ele azeite.
~Iais lura e meia de facas.
1-c11J/1ranç<1 das contas que
tenho C<il/1 (;aspar GolllCS. Lembranças das c1 1lfas qu e
1

tenho com /,opu N.ihciro.


no que lhe tenho dado
Jlrimcirnnwnlc• llw mandei tecer sdenta va- Tem um assignado meu cm seu poder da
ras de pauno dl· seu rio e lhe largul'i a varte qual quantia não e ·lou por ora lembrado quanto
que me vinha do lossume ' si<") por me cllc pedir é e á conta dclle lhe lenho dado ;ls ,eousas se-
que sãv dez varas. guinles:
Tcceu-sc-llll' mnis cm ('asa cento e cinco
varas de panno que lambem lhe larguei a :minha Trinla vmas de pan110 de algodão a sele
parle que são quinze varas. vintens.
.'\landei-lh<· tecer mais sclcnla. e cinco va- Uma porca em uma pataca .
ras de panno <IP palmo e meio de !argura para Uma porca em doze vintens.
velame. Mais quarenta e seis rnras de panno de ,algodão.
Aluguei-lhe mais vink e qualro JK'</as para Uma pataca çm gallinhas.
o mar. Mais cinco gallinhas e um frango em qua-
trncenlos e quarenta réis.
no que Gastar Go111cs me tem
.'\fois um moço que aluguei para o mar a
dado.
Pedro Taques á sua conta.
Primeiranwnlc nw mandou uma botija de Devo-lhe mais cinco varas de panno da
vinho de Snnlns. ' Judia fora do coulwcimcnto a doze vinlcns a
- 21- - 23 -

T1·(•s novilha'> dl• dois :111110 C'acla uma Fnranwnla


m aliada eadn 11111a ('111 dois el'u-
z:ulos 2. 10() Dàzl' e11x:1das já gastadas aYaliadas cada
Dois hl'.'zt•1To d<• tl' ::m no <'ada um 111 11111:t l'IH lllll losliil) 1. ·:wo
q1wt1· <'('tllos l'éis Seis l'oi('l'S j:í u:1sladas l'Hcla uma ·t,·:i-
l 1n:1 por<'~l eom mn leitã I nvnliada m liada ('111 um losl;-w ·(j()()

cpiinhcnlos réis Duas <'linha :l\:ili:tdas em um toslüo


Uma egna <'Olll 1111a poldr,1 tudo ava- ('ada uma <·200
li:.1d1 ('111 doi. mil r~is 2.·000 Dois JH'd:t<'os d(· <'llllhas :l\aliado ludo
<·om dois pl'cla ·us <l · l'oil'('s l' um
alY:tdo l'lll ln·zl·11los e vi11l(' r~is :~20
l•ma Yiola <ll' sl'IS <"ol'd:ts :tY:tli:tda l'l11
Jm f rragoulo d ra ela pard 1 :1\ alia- ((ll:ttro J)('SOS t.·280
d I Plll d i mil réis 2.·000 Trl's pratos dt· l'Slanho \'t ll10s dois JH'-
0

HoupPla c·1I ·lio dr panno rei. o usado


t• q11e11os . .. . .. . :1v:iliado Indo l'l11
em • c·is l1l il réis (i '( 1(10 ltTZl'lllos C \'Ílllt' réis .·:~W
Um drnp; <'Om sua lran<'a preto a\'a- .......... usados com dois penks {' dois
liaclo Plll mil réis 1 ·ooo . . . . . . . . . l' dois hakdorl's <·0111 sua
ma UH ias de cda vcrde-rnnr ava- urclidt•i1·a tudo :i\'ali:tdo l: com sua
liada cm mil ' sPist •111.o réis l 't.iOO (':lllt'lt•int ('Ili dois mil l't'ÍS 2, ·ooo
Umas liras preta antli, da em qnalro- em pt·d:t<;o de (':tllll:l\ i:tl :t\':tli:ulo l'lll
<'c•11los réis ·100 dois mil réis 2. ·()()()
l • mas nH'Í:1s d algodão em s('iscentos
r6is .·rioo Genh• forra do ,tentio da
Outras meias <IP algodf'w v •lhas a alia- lt'rra.
das Pm trezentos vinte réi
Umas meia de cahrcstilho iem trezen- Pattlo lcnH'lllÍIIÔ <·0111 s11:1 mulher lamhL•111
tos e vinte réi tenH'minú por 111J111 • Calharina <'OIU einc·o fillws
Uma espada <'Olll cintos e talahartcs de a sahcr \'il'enlt' .\lanuel JorgP .João lll'lena.
aquela maliada rm cloi. mil réis 2·000 Diogo e sua mulher Anna <lc na ·ão temi-
minós com dois filhos por nome , 1 icolau (' Dio,,.o.
Pren a Lucreda de nac;:to l(•miminô e sPu irmão
Bastifto da mesma naçi'to.
Unrn prensa dl' um fuso a\':lliada m mil
e duzentos réis 1.·200 Hodrigo solll-iro dl' 11ac;i10 hioheha.
'.W - 27-

,\11dt't' t· s11:1 11111IIH·1· Fl·li<'h d • 1inrftc, <·a1·ijú I>t>darou a dil:1 viu,·a qul' \nloni >
com uma l'illw JHH' 11011H' F I ippa. C:unadw l'ra :1 (ll ,·l'r duas patacas c·omo
0

.l(•ro11y111:1 c·orn c·itH'O rilllos <':tl'ij(, F1·a11cis<·a o dilo dd1111lo o dPl'larn no s •u lesla-
P:11il:1 .f 11lia11:i B:1rlllol ,nll'll l' Fr:111cisc·o. llll'llln
.lofíu solll•iro dl· na~·fío carijú. lkelarou mais <i'll' Diogo Dias ir-
lgn<·z sol! i1·a d1• 11:H'fi , c:1rij{1 <' sc·11 !ilho m:io dl'lla dila ,iuva l'ra a dever ao dilo
.\g11sli111t l. seu m:irido duas pal:icas l' um l'epilho
dl' l"l'rro J>L'<Illl'llo c·omo o dilo ddunlo
J>h·idas (f Ul' dHt'm ao d · o dt•dara L'lll s<'ll lcslmncnlo
funto.
Bilida. (fUt' dt'le o •h•hmto
F 1wla dil:1 , i11, :t lzalH'I l>ias l'ui
dilo q111• \11ló11i<> .\l\'L·t:·s 111or:1dor Jll'S· 1h-l'larou ({li<' o dito seu marido <le-
la dila \'illn l'r:1 a dc•,·c·r ao dilo seu 111·1- lo (!lll' Dt·us ll'm {- ,1 dever a Pl'rü
r1111
rido por um :1ssig11n<lo <Jll<' mostrou li- Taqucs dl' um:1 pcroll'ira dl' ,·inho qn<'
quido oito mil r;is <' :1<> p{, cio ,lil<> c·o- lh .. comprou Sl'is palal'as
nlH ,·imen!o umm, :1ddic·i, s que Sl' mus-
lrn ll'r recl'hido dois mil ,. no\'l•cento 11 1 l.1 diln ,·iuva lzahel Dias l'oi dilo que Jh>L"
1• trinta r<;is ficnnd liquido para 1• <'ü- 01"1 11:i.i linlw mais que lan~·:11· neste inventario
hra1· c·in<'o mil e• sPlcnln r~is :í.·()j(l prolLsl:111<111 dl lancar a lodo l<"lll)W que lht' 1 •m-
lJm c'iOnhccimenl) d, Franc·tsG > Ho- brnssl· L' todas as l'Ollsas lan~·adas nesll' inn·n-
dri•ri1 •s \'l'lho pelo qwd t· >11s!-t ler \"ll- lario l'icam t•n lregut·s ,í dila YiuYa par,1 dar conta
dido nD dilo drl'u11l0 sei l>rn~·as de> d1· l11d1) q11:111l'l lht· l'úr J>l'dido L' dl' ludo o dilo
cllãos qu · co11fronl:1m eom II qui11l·ll juiz d1,s 01·1'.ios m:rndou fazer t'slt' ll'rmo e pela
dt• l•ratH·isc· > .Joao eom, do dilo Pst·l"i- dil.1 ,·iun1 nfío sahe1· assignar a seu rogo assi-
pt:0 t·onsla. g11011 por l'll:1 sc•u procurador \ndn_-; Fcrnarnks
Oulr<> <'onh cimento do dilt> Fran- cu C:tlixlo d:1 ~Iolla esc·;·i,üo dos orl'üos o -es-
cisco Hodrigut's \'l'lho 110 qual t·onr ·ss~1 <Tc ,·i. Andr(- Fernande · - Godo)·.
tPr r('c·ehicl<> do dilo e! •funlo intP mil
<' <'<'Ili réis para lhL' faz ·r 11111:ts c·,1sns Aos quatro dias do mez ele agosto de mil e
d • dois l,lll<,;- >S com Sl'llS c-ort'cdon's sciscl'nlos t' vinte lres aimos nesta villa de São
dando o dito dcl"unlo a gt·nll' parn um Paulo nas C'asas de Fernão Jilunhoz onde pousa
taipal <' as mai:-; l'OllsHs ,1<-l'l,11··1d:1s n•> a viuva Izahel Dias mulher que fieou do defunto
dilo e mhecimento 20-·100 Hallhaznr • •uqes ondC" o juiz orclinario digo dos
-29-
-28-
que assignou aqui C')lll os ditos avaliadores e
01·rno, Balthazar de (;odo~· n•iu commigo C'S- pera dita Yínva Izabel Dias assig11ou por clla
crivft<' l' pela dila viuva t'<Ji la11~·ado 11rni'> neste a seu rogo .\.ndré Fernandes seu procurador eu
invc·11lal'io as cousas seguintes eu Calixl1> da Calixlo da :\Iolla escrivão dos orrãos o escrevi.
Jlolla escrivão dos orl'iios o cstTl'\'i. Godo~·. Goelo)' - Gonçalo :\ladeira - Francisco Prelo
.\.nclré Fernandes.
E logo pelo dilo juiz dos orl'ãos l'oi dado jn-
rnnl<'nt< dos Santos Evangelhos a Francisco Aos cinco dias eh llll'Z de agosto de mil ,e
l'rl'IP mor:1d,>r nesta dila villa p._1rn que ellc com st'is<·enlos t· vink e lrcs a11nos nc~ta Yilla de São
(;onralo Jladcira . .• . . . . . .. . . . . a l'aze11cl.1 que Paulo nas _pousadas de Pero ~unes estando ahi
pela dila vi uva .... como Nosso Senhor lhe déssc o ,iuiz elos orfãos Baltlrnzar de (rodov pelo dito
:1 cnlcn<kr e o dil-o Francisco Prelo o promcllt·n Pero Ntme~ lhe foi dito e requericio em .pre-
assim l':1zer e o assignou aqui cu C:tlixlo da sença de 1111111 escrivão dizendo <ruc ellc cslaYa
:\lolla est-rivão dos orfflos que o est-revi. Go- cloenlc e mal disposto <·orno a sua mercê eous-
doy - Fra1wiiiico Preto. lnvn pelo que <lcsislia d:1 curndoria de seus lll'-
l~s filhos. que ficaram de seu l'ilho Balthazar
nuas ilhargas de couro grandes curtidas Nunes c~efun1o que Dcns l('m pcl o <Jlll' requeria
avaliadas ambas em cineo loslüc-s :-;;:lOO a ell~ dito juiz fiz-esse outro curador que a sna
Dez ilhargas de couros nirl idos mais mercc p:u-ccessc e de tudo o dilo juiz dos orl'fws
somenos avaliadas umas por as ou- 1nandou fozcr este lcrmq parn se l'azer novo
tras a cento e s•csscnla réis cada uma curador en CalixLo da .\Iolta escrivão dos orl'ãos
somma mil e scisccn los réis 1~600 o escrevi. - P,e.r10, Nune-s - Godo)·.
Quatro pclles de veados eurlidas antlia-
<las eada nma cm seis vintcns :,.;t80
Termo ele como foi foilo
Um.t pcroleira de vinho tb lerra :w.ali:t- curador Fernão lUunhoz.
da em duas patacas
Dois gamelõcs de curtir couro avalia- E depois disto logo no dilo dia mcz e anno
dos cada um em urna pataca acima cscripto e declarado nesla villa de São
Umn roupeta e calção de serguilha usa- Paulo nas pousadas do juiz dos orfãos Balthazar
do ,\\'aliado e[m lrcs cruzados 1;:;200
de Godoy estando elle ahi por ellc foi dado ju-
ramento dos Santos E,,angelhos sobre um livro
E pela dita viuva foi dilo que não linha mai · delles perante mim escrivflo a Fernão ~Iuuhoz
que lançar neste inventario protestando de o fa- • morador nesta dila Yilla para que cite seja tura-
fuzc1· a todo lempo qnc lhe lembrasse e dê ludo dor dos orfãos filhos que ficaram do rlel'unto
o dito juiz dos orfãos mandou fazer este termo
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Sl'll ll-sl:111H'11lo S('f' Sll ' l rilh a Cfd ~' rs t:í
Ilallhazar TUIH's t· olhe· por Piles e procure por em <·as:1 d<· .\ndré Fernand es qw· <·m
sua fazenda t· por t•ll · foi dito assim o promcllia todos silo St'is herdeiros 11rnC'l10s e l't'-
l'azl'r como . ·osso Sl'11hor lh'o déssc a entender llll':ts vi11ll• l' quatro mil oilocl'ntos e
<' assignarmn aqui eu Calix.lo da ~Iolla escrivfto <ttiarc•nt:1 P seis réis e qualrn cdlis 2 (x8 IG
dos ndi"ío,s n t•sen·,·i - . Godoy - Ft•rnão .l\hmhoz. Cahc• d:i dila quantia dos vinlt' qu :1-
tro mil t· oil ' H'<'lll<is e qu:11·c•11la {' s ·is
.\cho11-se imp >rt.ir :i l':ize11da hota- réis <· q11alro c·c·itis ~, <·ad:1 um dos di -
da nt·slt• i11\'e11l.1rio l'Ulll cinco mil e sc·- los url':ios quatro mil l' cento t· qua-
lt-nla réis <Jlll' dt•,·r licp1ido .\nloni.i .\l- n•nta e· lllll rl'al J.· t Jl
vt•1·e~ do t·nnhl'cimenlo d ·c·l:irado 11.·sk
im·enlario sek11l:1 l' s,·is mil e quatro- E <ksla nwneira l10m·l' o dilo juiz dos ll rl':lOs
centos t• sdent.1 réis 7íi:; 170 Balthazar dl' (iodo)' as dilns p:1rlill rn s por fei -
Al'IJOu-sc· hav<'r divid:1s que JH•ste tas l' ae:ibud:is entre a dila , · iun1 l' o rl'iios Cd lll
iil\'l'Jllario esliio lwl:idas mil e nove- · d<-•clnra\·:iu <flte d{·sta ((lWlllia d o monle-11wr s; c
c.:l'ntos t· vinte reis , 1. ·<,)'_J() hiio de tirar os gaslus dos ol't'iC'iacs p :1rn o qual
.\batidos dos sl'lt·11 ln t· s ·is mil q11:1- effcilo ,> dilo juiz mandou l'dss c• <·onlndo e sl •
tro1·c·11los t' sl'l,·111:1 r<-is l'i<':tlll líquidos inventario as quat•s castas r 11·am l'eihs 1wlos
p:11 :1 se p:irtir (•11t1·c• :1 ,iu,·:1 <' orl':1 >S avali:1d1>1·c·s · partido res ( ,on<'alo ~laclPira l'
sdt·nt.i t· qu:t11·0 mil (' qui11hv11il)S 1· Francisci0 Prl'lo <rue aqui assig1wn1111 e· ,m o dilo
<'i II c·ot ·11 Ia réis 7 l •·:i.>0 juiz dos ro rf:ios eu Calixto dn ~lulla L'scrivi"'w
().ut• partidos JH'IO n1t·io l':li>l' :í par- dos ~irl'iíos o escrevi. -- GodoJ· Gonfalo Ma-
i<' da ,·iurn Izahê•I Dias ll'i11ta t• sel,· mil deira - Franl'isco Prelo.
e dtlZ(•ntos e Sl'tl'nla réis :G:.;'.!70
E outra tanta qua11iia <':the aos or- Quinhão que se de,u á ,,iuva
ff1os 'flll' sfít> outros trinta <' Sl'IP mil c· Izabel Dias nas cousas seguin-
duzl'nlos e setenta réis :~7:-;170 tes.
E desta cruanlia do quinh:io dos or- O silio dt• Ipiranga em seis mil réis ôxOOO
f:ios tirada a ter~·a do ddunlo que mon- Quatro vaecas em quatro mil r(>is 1::-000
ta doze niil quatrocentos C' vinte e Ires Duas novilhas que vão a dois annos mil
réis e dois ceitis 12$123 P seiscentos réis 1 ·GOO
Ficam líquidos para se parlircmentrc Dois hez~'rros oitocentos r é is ~800
os c·i1H'li orfãos filhos ll'gilimos do dilo A prensa dt> um fuso mil e duzent os
del'unto e com sua filha natural por

réis 1x200
nome Paula cp1c o defunto declara cm

i ,'\. :·. ~;.. " 4 , ~ _ ~ J t1 81dLIO ~CA

}_ /íº:.:::~~-}....~.:.~-:~ .~· ARQUIVO PUBLtCô MINEIRO


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Os pedaços das cunhas e pedaços de foi-


A111l'lade do cann:n·ial dois mil réi:-; 2. 000 ('t's em lrezenlos e vinte réis ~320
<> ('hap00 prelo com s1H1 lran~·a em mil .\ egua e poldra dois mil réis 2:::;000
réis t.·ooo Dois gamelõcs em seiscentos e quarenta
'J' rc-; pralos <1e cslanho lrczl'nlos e vin- réis ,·640
lt• réis ;·:~20 Os dois trarc-s com dois ...... e <luas
As sl'is l'oict·s 1·m SC'isce11los r{>is . •(iOO batedeiras dois mil réis 2:-iiOOO
St•is e11x:1das e111 seis tostões :-;(iOO
'inlt• mil t· cem r{>is qu · Francisco Ho- Importam cslas addições treze mil e qua-
drigues \'!·lho de,·t· na l'nrm·1 cb renta réis e fiea devend() desta conta seiscentos
ohrigac:fto de seu co11lH·c·i11H'lllo que réis que vão ele mais que juntos com mil réis
csl:í lançado neste' inventario :.w. ·too que (•m seu quinhfw levou de mais fiea devendo
a viun1 Jzahel Dias mil e seiscentos réis e a
Importam t'Sl:1s 11ddic,·(i(·s a!'illla e :llr.ís l'S· dila viuva se houv,c por entregue das cousas
criptas do quinh:io qu<' se <ll'll :í viu,·a lz:tht•l acima declaradas para cumprir os legados e o
Dias trinta t' sc•tl' mil e· dt1Z('lltos e sC'lenla n~i.._ juiz assim o houve por bem por lhe perlenccr
com d1·t·larat::1) que· hn,·t·1Hh <•JTO eh ('<1111-ls a o remanescente e por clla não saher assignar
todo tPmp·, se• dc•st·ontar:-,, 1· 1wsl:1 qu:111li:1 11.10 assignou por ella o tcslamenleiro André Fernan-
entram hl·ns dt' raiz 1' :i dila ,·itl\':I •sf' 11 >dV • des de que fiz este termo cu Calixlo da .:\Iotla
por t'11lri•g1w d dil) s •11 q11inll=io t' dr- conw ,o eserh·ão dos orfãos que o escrevi. .\ndré Fer-
rt'<'l'ht•u .issig11011 aqui p ,r t•ll:t s•·u pr'><'ltr:tdor namles - Godoy.
Andrr Fern:mcll's a Sl'll r,>g I pr,1· t·lla 11:í.<1 s:11>,·r
assign:tr t'll C:alixlo da i\lotl:1 l'StTiYão dos or- Quinbiío dos osfãos que são
f:ios o \'Scrt'Yi. Godo~· - FrancisN1 Prt•lo seis cinco lt'gitimo,' de. sua mu-
Fra1H'is<·o :\ladeira - Amlré F<>rnamll's. lher e a moça Paula .

. . . . . . . . . ({li<' se tirou para se JHtgar ,;s le- 1..:-ma p0rca e um lciUÍo quinhenlos réis
crados d<, dilo dl'l'unlo ·onforme o lesl'lm ·ui<' O frrragoulo de raxeta pardo dois mil
imporia doze mil l' quatrocentos e quart•nta rt'-is réis 2::sOOO
a qual <pwntia se entregou ú viuva nas cousas As meias de seda verde-mar mil e seis-
seguintes: centos réis 1$600
A ro11peta e e.tição de panno rôxo seis
Seis vac('as seis mil réis õ.·ooo mil réis 6$000
Um:1 novilha que vae a dois annos 1.;800 As ligas pretas quatrocentos réis $400
.,\ viola em mil e duzentos e oitenta réis 1~280
- 37 -

o risco dos ditos orfãos de morte e fugida e a


tender e de tudo fiz este termo eu Calixto da dila viuva se houve por entregue dcllas para dar
Mülla escrivão dos orfãos o escrevi. -- Pero conta dellas todas as vezes que pela justiça lhe
Gonçalyes Yar~jã,o - Francisco Preto. fossem pedichls e se obrigou com o serviço das
dilas peças a alimentar os dilos orfãos ú sua
Partilhas da gente forra custa de comer e vestir sem por isso lt•var nada
a(,S orfãos e as mais peças lançadas e dedarndas
Achou-se estar lançado neste inventario vin- ncslc inventario cabem no quinhão ,e sorte da
te c· sdc almas entre grandes e pequenas machos clit:1 viuva e de Ludo se fez este termo onde
e fêmeas das quaes se fizeram dois montes um assíg11011 o curador Fernão Munhoz com os dilos
de quatorze cabeças e outro de treze e se bo- partidores e pela dita viuva não saber assignar
lou sortes enlre os dois montes por se nfto po- a sen rogo assignou por ella André Fernandes eu
der partir uma peça t• sahiu a sorte idas qua- Calixlo <la :\lqtla escrivão dos orfãos o escrevi.
torze .í ,·i uva e chs ln•zt• aos urfã<~s e o quinhão - AudTé F.ernand~8 - F,ernã,o :\lunhoz - Fran-
dos ort'ãrn,; é o seguinte: dsco Pireto - Pl'ro Gonçalvies Varejão.

,\ndré de n:irão carijú sua mulher Cecilia (Segue-se a co11ta das cust!1S).

e sua filha Felippa.


João solleiro de 1wrã1J canJo. Termo de como Vieiu á pra-
Francisca moça .sol1cira de nação canJo. ça o juiz dos orfão~ 1>ara se vl'n-
Ignez com um menino de collo por nome der.
Agostinho de nação carijó .
.Juliana rapm iga de nação canJo. Aos treze dias do mez de agosto do anno
J eronyma e uma filha sua mo~·a por nome presente de mil e seiscenlos e vinle trcs annos
Paula l' um filho seu rapaz por nonie }'ran- na prnça publica desta villa de São Paul-o o juiz
cisco. dos orfãos Balthazar de Godoy por s,c•r domin-
Luiz mancebo s1,llciro de nação cadj.:i. go mandou vir 'á praça as cousas que .couberam
Dartholomeu de 11a~·ão ('arijó eom declara- no quinhão dos orfãos para se venderem a quem
ção que este m•)ço Barlholomeu eslú doente e poi-. cllas mais dér na forma que Sua :\Tagcsladc
sendo caso que morra da dita doença que lem manda ·e por nfín haver porteiro elo concelho
scrú obrigada a Yniva Izabel Dias dar outro moço mandou o dito juiz dos orfrios qne um rapaz
aos ditos orl'ãos por caber mais uma no ;seu ladino do gentio da terra trouxesse em prégào
quinhüo ....... dcclaraclo e o dito quinhão das as ditas cousas e de tudo fiz ,este termo eu Ca-
peças que eouhe aos dilus orl'üos o dilo juiz lixto da Motta escrivão dos orf:ios o es<'r,•Yi.
dos orl'ãos as l'nlreg:rn .í dila viuva correndo
38 -

I◄• lo ro !raziei por um rapaz ladino do gen-


tio da t •1Ta p r nome Luiz foi trazido em pré- !ado dois mil e lr~zcnlo pagos de IH>j(• a dois
gf10 a 1wroleiru de ,·ü1ho <la tcn-a tlizcndo qu ·m annos em <linheiro de contado (1,,11 JHII' st•u
quizl' · lan ·ar nclla fo e u cll • e lhe rc<"ebcria fiador e principal pagador n Jorgc· Hodrigu<'s I>i-
o u lan e anelam! a llita pcrolcira de , i- niza ~Hpti morador e o dito jniz lhe ~nando11 arr •-
nhu 111 µrégão lan · u 11 lla Fran ·i co Hodr~- matar o dito vestido na <lita quantia e o .1ssi-
guc \' lho m1ui morado,· eis nlos e nov •nla ano11 aqui eu Cali ·to da Moita c-scrivão dt1s or-
réis pago dt> hoj a dois turnos em dinheiro dt> ffíos o <' erevi. -- Godoy - J)lc Luiz ► Furtado
l'A alado a pnz e :1 salvo para os orl'ãos o .1111z. Jor~ Rodrigo , Diniza - Fernão lUunhoz.
dos orfiios o ahonou e o urudor Fcrnfío t\l 1-
nhoz foi conl •nlc o a signaram aqui Lali. lo Logo foi traz.ido em prégão pC'lo dilo rapaz
da ;\Jotta escrivão dos orffío o scrcvi. Godo., o rerragoulo de ra ·rta pardo fiado dl' hoje ;:.1
FraneL eo Hodrlg u · V ,lho - F não Munhoz. dois annos a pagar no dilo tempo em dinhci1·0
de <'ontado (' andando em pr(>gão lan '<Ht 110 dilo
Logo roram I r.1zidas l'm prégão a p ·li · ferrngoulo Diogo de Sousa <.•sta11t 11 . la villa
....... ilharga ...... qne L'Slão avali:ulas .... . dois mil e trezentos réis pago cm dinlH•iro de
e andando l'lll pr ~afio lançou o rc,-c1·-c11do p_a<lre c-0111:ido no tempo adma declarado a paz e .a
.lo:io Alvn• · nas difas pellcs d · veado <Jlle stão aho p.tra ~JS orfãos e por não haver quem me-
:1v:tiiada cada uma cm eis viI1lcns sele Yinlc-ns lh<>ra~ e o dito lanço o juiz dos orffíos mandou
em c·ada uma· e na ilharga cento e css nla réi lhe fosse arrematad > na dila cpr:.uui t ao dito
pago de hoj a dois anno em dinh •irn de <·on- Diogo de Sousa o qual deu por ·u fiador e pr·in-
tado a paz (' n nh·o para o· ,dão e o e11ra- cipal pagarlor a íldchior Orda rl<• L<'ão mor:i-
dor Fernão • f unhoz abonou ao dito padre e o clor nesta dita villa e o ·urad ,r a<'cl'ilou a dita
dilo juiz do oríãos lh'o maudo11 arrematar· na fianC'a e o assignnram aqui <'li C·tlixl > da ~fotla
dita quantia 'li Cali.·to da ~folia scl'ivà > dos escrivão dos orfãos o escrevi. Godo,· - Dio"o
orfãos o <' ·cr vi. O _µad1·c João .\ln · - Go- de Sousa ~ Belchior Ordas de I..Jeã,o - Fernão
do,· - FHnão ~lunhoz. Mtmhoz.

E log foi trazido em prérrfio pelo dito rapaz l•. logo foi trazido cm prcaao a <' padn dnlo
Lniz a ro11prta e eal ·iio ele 'rguilha fiado JHH' e talahnrtcs fiado por dois annos pag·11· a irli-
doi · anno pag > cm dinheiro de contado a paz nhciro de contado no dito tempo a paz (' a sal-
e u ah·o para o orfão · e lanç 11 no dilo \'(!. - v para os orf:10s anrlando assim l'lll prC- 11 ào
tido I uiz Furtado ayui m >rndor mil e <: 111 réi la11co11 na elita sparla cinto tnlnhart 's Fr:rnd -
o (l 1·t O j· lUZ
· <1·J .. • • • ·cs11·ct
, > llt'lo L liz, Fur- eo ·Preto aqui morador doí mil · • lrez u lo 1c·
oitPnla réis pago no dito tempo cm di11IH'ir< ele
- 10 -41-

e 11tndo .1 paz e n snlY , par:1 o orl'fios • 1 or silll ('lll pr ;gfio l:u1~·011 11cllas Francisco Prelo
nfto haYcr JlH:lll m lh r.1s ·e o dilo 1,lll~'.-f) o · acp1i mor:ul o r t1·ez nlos t· SL' s ·nta réis pagos no
jniz do orf'flo mnnclou lhe J'o e nrrenrntudo dito kmp o por nau ha,·,•r quem m ·lfw1·ass ·
na ditn qum lia d u p r fiador dia • o c111·.i- o lant'c, <i dito juiz dos odãos lhe mandou ar-
<lor Fcrnft :\1unhoz o Hbonou • o u ·:ig11arnin r·emnl;,r na dila q11anlia l' o t'uratlor o abonou
aqui <'ll Cnli. t, da ~folla es rivão do orfãos e assig11ara111 tu1ui •u Calixto da i\lolla PS<Ti-
Godoy - Ft rn"io 1'1unhoz -IJ.'rand .. co v:1< dos ol'l:1os o est-rt·vi. Godo.v - Ft•rnão
Preto. l\lunhoz - 1-'rancisc•o Prelo.

I·. logo foi ll'azido t·111 p1'P 0 fio ª" 11H·i:1s dt• E logo foi trazido l'lll prég:io as s ·is l'II ·a-
st>da l'iwlo por dois a1111os a J>ll 1ar 110 dito IC'mpo das fiadas por d is am10s p:1go no dilo ll'mpo
<'Ili dinh<·ir 1 <IP t· ntado a paz e a s.llvo p:1ra ,s Plll dinhl'irn dt> t'Onlado no dito tempo a paz e

orffios <' :11ul:rnd , nssim <·111 pr<'":ÍO lant·ou logo a sah o para s úrf:1os t· a11dt111do t·m p1·(-, 1:1o
Antouio dt> SoH·ral oito p:lla<'as ' 111 ·ia pn 11 n 10°11 la11rot1 nas dilas l'll adas Paulo do .\maral se-
duas paht·n · <'Ili dinhl'iro dP t· 11tad I p:ir·1 c.:ushs lct·t•11los l' ,·int · réis a pa 11 ar no dito l<'mpo !
dl'SI<• i11YP11l:11'io · ·is pal:wns e meia l'i<-a 1 - dru p o r spu l'iador P pri11dpal pagado1' a J>Pro
\'l'IHlo p:ir·1 p·tgar dt> hoj<' a dois :111110 · cm di- (~on~·ah· ·s \'arejiio o t·urndor ~,e itou a dita
nht iro ele <:ontad I e dc·u po1· · ·u fiador l' prin- fiant·a t· por na , hav1·r <fUt'lll m ·lhorasse o dito
ci pai pagad,)1' .1 Belchior Ord:i . d • t. fio mon1dor lanro o dilo juiz dos orl'iios· lht· mandou :11Te-
n<·:st:1 dil:1 villa e por 11:-w haY<'I' (!li · 111 mPlh >- 111:1lar 11a dila quantia cu Cttli to da ~J lia es-
rnss1· ( > dilo la11~·, > dilo juiz dos orfftos mandou t·1·1vao dos orl'iios o Ps<-rt•vi diz a t•nlrelinha
lht• foss • :11T<·111alnclu 11:i dila q11anli-t pur nft< P~1ul o d, .\maral l'll sobrl'dilo o e ·c.:n•vi. Godoy
lun·1·1· ((lll'lll melhorfü; ·t• o dito la1H'O o t·11rador l;t•rnão .:\lunhoz - Paulo do Amaral - P<•ro
:1<·t·~ito11 :i dila fi1111t·a e .o dit > ('Urndor 1· •e h • 1 a Gon(·ah e. Varejão.
ditas duas palat•ns Pll C:1li · to da M 1tl:1 (' l'l'i fio
do:-. orr:ws o Ps<Tt•,·i diz a •11lrt·li11h;i mand( 11 E logo foi trnziclo cm prégfio as meias de
t•11 sobreditu o est·1,evi Godo_v - BPl<·hior algodiio l'iadas P ' >r dois annus t•m dinheiro d ·
Ordas d • Lt•iio - Anl nlo dP So,il•ral - Ft•rnão c·t ntado :1 p:1z l' a sah·o para os 1orftto e n11-
Munhoz. cl,111do Plll pr(-gii i J:.incou 11l'llas Diogo de Sousa
. . . ..... . . .. .... . . .... .......... ... .. .. .. . .
E lo•ro foi trazido nn pr, gf1 pelo dilo rapaz fiado1 · t principal pagador u Belchior Ord:1s de
n. meia. d • cahrcstilho f'iadn por doi anno • L<•fio m ) r:idor 11 •sla dita \'ilia l\ o curad o r ac-
parras no dito temp > m dinh ·iro d' l'OHIU<lo CPilou a dita finura P por n- <> haYer 1uem me-
a paz e a salvo para o orrãos .rndando a - lh o ra s1· o dito lanco o dilo juiz dos orfi"to:-. lhe
- li -
zenlo:-. • H0\'1•11ta ' s is réis e outra tanta <11wn-
qu<' rit'aram <lo <ll'funlo Baltha1;ar , • 111 s Fl·1·11üo lia pagar:í a Yiuva mulher <1uc foi do dilo dc-
l l1111hoz logo pPlo dito juiz dos orl"f1m, l'lll p1· -
funl :> 1wrc1uanlo no inventario <fll, se fez por
SCll\'H d' mim ". criYão l'oi enl1·<·g11 • ao dilo cura- morte <' fall<'C'inwn lo elo dilo dl'fuulo se deve
~lor a mo ·a Patila qu<' até :1oor:1 l'Sll'Yr •m casa a mim s<'Íl'l't'nlos rl'is ao Pscrivão de s •u ..<;a-
de And1•{> I· nwnd s qu · o dilo ddunlo a dl'- lario mil l' vinil! réis aos avaliadores (;oncalo
claron p r sua filha <' lhe mandou a I ÍV<' • •m ~ladl'ira crualn><"nlos <' cinc:o •nla réis e ao :·1va-
cu pod r " a dülllI:inas <' (' ,mo forra ' livn• liador I•ranC'isl'o Prl'lo trezentos ' eincoenta réis
qn<' l'l':I na l'orma cp1e ua ~[ag tad · manda e da l'ont:igt•m sntt nla <· dois réis as quat•s custas
vi to tamhem {'I' eu <·u1·aclo1· • o dito F rn·-,o por não h:l\·c·1· C\Olll:tdor foram contadas por
~l11uhoz di.. e <JII' •111 tudJ cumpriria ·o qu · met'. mandado J)l'lo tahcllifio. imão lol'g1·s (' r-
por dl' clil, juiz lh • < ra IH 0111rne1Hlado 1· 1.-. qucl!'a e :-, · monl 111 a sohrcdila q11:111lia a mim
ludo ri1; l' I<' te1·111 > 011d' Sl' assic narnm ·u Ca- e aos dilos ort'id:ll'S de• seus salarios e dias que
lixlo da ~lott:1 l'S<'l'i,·f10 dos ort'iios o c•s<·n·,·i. gas_Laram 110 t'az1•r do dilo inve11tario cumpri-o
Ft•rn10 )lunhoz - Godo)·· nss1m uns (' outros (' ai niio l':1 ·ac·s dado nesta
dita villa dl' Siio Paulo sob men sign:il sonH·nte
A s doi lias do l1H';t; d >11 t ubro do t111110 hoje· vi1ll" e sele ele agosto de mil e ~cisc·1•11tos
pn·s1•11lt- de mil l' s ·is(' •nto. e vinil' Ires anno <' \·inll' P lrt·s annos Cali.·Lo da :\Ioll:i escrivão
1H•st:1 villa eh: s=-10 l'aulo nas pousada· do juiz dos ort'iíos o frz por meu mandado uralis. -
do orfiio Balthazar lc bodoy estando el 1 • :1 li i Uallhazar dt> Godoy.
anti· ell' apparec· u o curndor Fernão • lunhuz
e por elle foi re11ucl'ido ao dit juiz diz udo Hceebi s ·lcc:l'11los réis que s • me t'Onlou ... .
q111• sua mf•rcr- 11w11das e acostar :1 este i11v<•J1- os qt1:1es t'l'l'Cbi do curador Fernão :\lunhoz ... .
tario o mandado das custas q 1 1t· Sl' paoar:1111 ....... de agosto Hi23 annos . Godoy.
dl'. I(• im· ·11tario •tos ,rfidac · l' o dilo Juiz man- Ht'l'l•bi do e111·auor Fl'rnfto Mnnhoz ...... e
ou a mim tahcllião aoo ta. ·<·. o qual acost i cineol'11la réis que me vinha do m •u salario de
' tal como a diante e · gue •u ~ali to da a,·~lliad_or <' por ser vNd:tde d ·i sta quitação hoje
Motta 'Cri vão do ort'ãos o escre, i. dots dias do mcz dl' sclcmbro de mil ,e sl'is-
ccnlos e inlc e lres annos. Franelseo Preto.
Ballhazar <le Godoy juiz <los urffw. desta
vill~\ de . 'ão Paul e cus termo ele. mando Fernão :\funhoz eurador dos orffíos filhos
ao cura<lQr do· ort'ão t'ilho que ficaram do de- de Balthazar 1 unes que Deus tem me pagou
funto llalthazar 'unl's i; crnão .Munhoz que <lo da c·onlag<'m do inventario a Simão Borges se-
dinheiro q u ~ tem 'lll seu po<l ·r dos <li tos fll'- tenta <' dois rÍ'is. Simão Hori_foeS Cerqut'ira.
fão logo dê e ntregue a quantia de mil · du-
- 16-

BPe hi da viuva Iznh I l>ia trczcnto r i


e o ·urador do · orrftos I• e mão • funhoz me pa-
gou cento e cinoocnta réis por vcrdad · ,d i
ta quitn •fio para guarda do dito curador
viuva cm dcrracl iro de lrmbro de 1023 an-
n Gonçalo Madeira.

He hi dn l Dia dona viuv


lr pe qu m pa ou <l • m u alnrio h jc
o derrad 'iro d t •mh1 ) d 162'.3 anno . - Ca-
lido da Motta.
PEDRO NUNES

1 ' VE. 'TARJO 16:!3


.,,,.
B
---A

L ·vE 'T.\IUO DE PEDIU) :\'l :\'.ES

Saibam <fll:tlllos l'sla minha <·t•dula de lc-s-


laml'nlo vin·m t•m <'orno l'll P,•ro • ·u1w-.; mo-
rador l'lll •sta Yilla <I<• S:10 Paulo l'slando ;cn-
r<•rmo t·m minha· <'Hlll:t de cnfcrmidacl · qtH' D1·us
l •< sso Senil ll' lllL' deu fiz esl<· lc·slam,•11!0 <·01110

ah:ii:-w st· v1·r:í o <piai t'· o sl'guinlc.


l'rinwiramcnle en<·omm--11<!0 minha alma a
1) ·us • •osso Sl'nlwr qu' a ('riou ,' 1· •miu < 0111 u
s,•11 pl'rdo•, l ),:111g11..: • :í Yirg, m • ·oss·1 S,•nhora
que sl'ja minha iulL·r<·L·sso1·a dianl • do'.' seu 1, ·11l0
Filho e a lodos os saulos. e sanlas da <·<il'tc ce-
lestial.
Declaro que sun viuvo, e que da derradeira
mulher lenho dois filhos a saber uma menina
e um menino, e tenho mais dois filhos bastardos
a saber Jacomc 1 Tunes. e Balthazar ~ Tunes. já
defunto que lhe ficam seus filhos os quaes :1u
herdeiros em minha fazenda. Tenho mais um
filho da primeira mulher que lambem é h ·r-
deiro.
Declaro que quando Deus for servido le-
var-me desta vida presente que o meu corpo
será enterrado na igreja matriz e se farú um
offil'io ck t1·es lirü s sohrc a minha c·ova. e as-
sim mais nwndo que os religiosos <i<' 1 • ossa S ·-
Yem tenho mais um conhecimenlo de Gaspm·
tio seu <1ue cstú em lpin111ga onde ellc agora (;omes dt>t'laro que o conhecimento que aci-
cstú qne ll'nh > parte nelk porquanto se ni'io bo- ma digo de Homão Freire está já pago o qual
lou no inYcntario ilc sua sogra por esqueri- eslú na mão de André Fernandes para lh'o dar
menlo e islo ~e cnlendcr:í <JlWlldo cllc quizer e lhC; dei duas .Jlatacas ao dito André ,Fernandes
tirar da minha fazl'ncla o que adma estú decla- por mm1clado do dilo Romão Freire ele resLo
rado. do que pesou o tacho que me deu fú conla do
Jh-daro que uma menina que cst:'.í hohula ccrnhecimc'nlo o qual tacho pesou quarenta e
no i1wentario d:1 minha derradeira mulher por dois arrateis rnmo dirú Gaspar Gomes, e C:a-
nonw ......... <' Cedi ia sua l'ilha de IJo,mem li x I o da :\lo lla.
bran<·o l'orra <' li,Te e <JllC ....... e se ,'nlrcguc Deixo por meus lc•slamenlciros a meu sogro
a meu nl'lo P ·r > F,•rnancll's . . . . . . . , .. ..... . Barlholomeu GonçalYes, e a meu .g(•m·o Andr(~
. ........................ Fernandes e curador dos meus filhos o dilo meu
rapaz ;\[a11t1l'I ,· outro A1_1dr(· filhos do dito moç-o, sogro. l' lhes enc·ommetHlo que façam por minha
e um enll'aclo St'll por nom(• B:istião e mais .... alma como eu fizera por elles, e peço aos meus
nome Doming->s t· l\lathcus 11,-10 !'oram botados herdeiros que se hajam hcm nas parlilhas que
110 inn•nlari , d:1 dila minha derradrira mullH'r entre elles se fizerem, e nfío haja diffen·11~·.a
adrn Pm mi11h·1 <"Jnsc·it•nc·ia que· o não podia nenhuma, e l'avorc-çam a minha filha irm:I sua
fazer pelo c11w ma11clo se clêm partilhas deites dcllcs :\faria, e lhe 11fío lirem o (Jllt' lPnho de-
a todos os nwus herdeiros. e della, e sejam bo- darado, e assim hei por bem feito e ~1ca'iwdo
lados no inn·nlario, e dc·claro que \[arcos, Ih-1- eslu minha cedula de lcslamenlo por ser a minha
rhior, e .J anna sua mi'ie se dê a meu neto J\n- ultima Yonlade, e' estar em meu perfeito juizo:
tonio <[Ue foram de seu pae. e esla só valerá e hei por rcYogaclos I(' quebra-
Declaro mais q1H· ll'nho em casa unw n10~·.1 dos outros quaesqucr que lenha fl'ilo, e rogo
por nonw Beatl'iz l'ilha de braneo {• forra, liYre ás justiças assim ecclesiaslicas como sccul:in.-s
a qual estará <'Olll minlw l'ilha ~foria e se trate o mandem cumprir e guardar ludo o que ncllc
co1i1c: forra que é. t• filha <le homem J>ranco. se contém e roguei ao padre .Joi'io Alvres que
.\ssim mais <kclaro que lenho lres assign: - m'o fizesse e assignasse como testemunha com
elos que me den'm {I saber um (h! Francisco os que ao presente se acharem hoje 9 ele onlu-
de Siqueir.1, l' oulro eh- Homão Frc·ire, e outro hro de 623 annos. Pero Ntmes - O padre
de Jaques Felix. João .\lvres.
Dedaro que o rol que se achar dentro deste
lt'stamcnto por mim assignaclo lhe dem credito Saibam <JU,mtos l'sle publico inslrmnenlo tle
como ao proprio testa111(•11to c1ue si"to alguns approvnçfío de testamento virem <1ne no anno
aponH111w11t.,s d.: 111iud~·zas qur dcYo e me ele-
- 54 -
e judicial e notas nesta dila villa que este es-
tio . 'as<'illlt'nlo d(• 1 ~osso SC'nlior .I •sus Chrbto crevi e assignei de meu publico signal que tal r.
de mil e seiscc11lo. e vinte lr~s annrJs icm os (Está o sigual publico). Pagou cem réis e caminho.
llO\'t' dias do JlH'Z. de outubro do dilo anno nesta - Pero Nunes - Pero Leme o moçc.; - Fran-
vill:1 d(• São Paulo da capitania de São Vicente eiseo Nunes - João Clemente - Diogo Arias
Pie. ne. la dila villa na , po11sudas de P •rn .. 'un(•s de Aguirre - Gaspar Gomes.
acp1i morador adonde cu publico tahellião fui
chamado estando ahi Pero , 'unes doentP em Cumpra-se. São Pattlo
uma cama da doença que. Dl'lls 1 Tosso Senhor agosto 1623. Brito.
lhe deu logo ahi lllP foi dito por 1ellc a mim ta-
hPlliuo perante as testemunhas <1ue se acluiram Cumpra-se. São Paulo hoje
pr!'SL·ntes que c•ll<' maridarn fazer esta cedula ·31 tlc dezembro de 162-1 annos.
<,le lcslamcnlo atrús oonl ·uda e dct:larad:.i pelo - Pimentel.
n·, e rendo padre .T oft o ,\l ves por cl lcs ambos a~-
signada e que cl lc é conlcnlc e sal is feito de . . . . . . . contas que tenho com
todo o conlcudo no dilo leslamcnlo e declarado me11 compadre Gaspar Go·mes.
1· por tal o appro,·m'a 1· havfa por IJem sc.·m
diminnição alguma s(•nfto que cm ludo se lhe Primeiramente pagou por mim a Lourenro
dê vPrdadciro cumprimenlo e q,ier e é conll'nte de Siqueira dez mil réis que me ,era a dcYer ele
qut· a um mi <!llL' de fora deixa por ~lle assi- carnes e mantimentos da qual divida ........ a
gnaclo por aponlmnenlo que se lhe dê vc•rda- dever de resto mil e oitocentos e quarenta réis
deirn credito e l'é como ao mesmo testamento . .. . . .... conta dois arrateis de aço a doze vintcns
e qm• por eslc inslnuncnl() de approYaçuo havia por arratel . . . . . . . . lhe dei trinta e uma pe\:as
por Cfliehraclos e revogados lodos e (Jltaesquer parn o mar // dei-lhe mais quatro -alc1ueires de
outros lestamentos <Jne antes dcslc lenha feitos farinha de guerra // dei-lhe mais outro alqueire
........ porque somente esle quer que Yalha e quando levaram o gado para•o mar // trouxe-
lenha força e vibor na forma declarada por ser me meio arratel de . . . . . . . . .. e meia onça de
sua ultima e derradeira vontade e por assim ser scnc // mandei-lhe oito gallinhas ....... qnando
mandou ser f cita esta appr.ovação que assignou ... . .... varam as do padre vigario e para as
estando por testemunhas Gaspar Gomes e An- levar ao mar assim cllas como as que lhe ven-
lonio ~unes Pinto e Pero Leme o moço e Jo:1o deu o padre vigario dei dois negros que me deve
Cl:mcn_Le todos aqui moradores e Domingo~ o alugnel dellcs / / dei-lhe mais quinze pl'ças
Anas filho que ficou de Diogo :\rias morador quando foi para o mar com minha comadre //
na villa de Santos que lodos aqui assignaram mais dez peças quando veiu do mar á festa dos
eu Simão Borges Cerqueira labellião elo publico
que eu lhe de,· ··· se descontará do que ........ .
neste rol do que me elle tem dado \e o que lhe hotada em inventario assim hcns movei·s e de
tenho dado se descontará de parte e parte no raiz na forma que Sua :\lagestadc manda e o
que devermos a um e outro e oom isto peço ás proml'lkram assim fazer como Deus lhe déssc
j usti~·as ecclcsiasticas e secular s que me guar- a enknd,er e o assignaram aqui ('Olll o dito ,juiz
dem e cumpram este rol como o proprio te la- eu Pero Leme o moço escriviio dos orfãos o
mento porque tudo vac na ,. rdadc e por assim escrc,·i diz a entrelinha foi dado juramento cu
er me assigno aqui de meu signal <londc não sohredito o <'se:revi. -- .João de BrJlo Cassão
haja duvida nenhuma nii > ponham duvida al-
Gonçalo Madeira - .\lrnro N~to.
guns .. : .. risquei nc ·t rol.. - PeroT
Avaliação d-0 siUo ·
Titulo moos Foi :n-:diad•> um sitio com dois digo trcs
lanros d<' casas d · taipa <te pili\D co-
Jacomc 1 ·unes casado. hcrtas de telha t'JOIH mais outr ,s tn's
Balthazar .1. r unes ca ado já dl'funlo. lanços <te casas dt• taipa d<' mã > 1

P ro .F rnamlcs seu nch filho de sua filha cohertas de palha e {> sitio eom to-
Ja defunta :\Iaria 1 runcs mulher que foi de . n- das ....... que tem dentm na casa
dré Fernandes. (' mais suas arvores ............•.
Pedro de idade de d z ann is J> 111<·0 m~1is . .... mandioca e ...... tudo o mais
ou menos. . . . . . . . . no dito sitio cstand<> ava-
Maria de idad de sete annos p 111co mais 1iado em vinte e cinco 'mil réis o
ou menos. qual sitio ........ Ipiranga com seu
Anna já defunta. alpendre e duas camarinhas no dilo
alpendre com a prensa que está no
dito sitio 25$000
Termo de juramento dado
Foi avaliado o sitio que está na roça
aos avaliador .
com tres ou quatro casinhas velhas
e uma casa nova donde cslá o tra-
E logo no mesmo dia mez e annu .atrás de-
pichc com suas plantas de limei-
clarado pelo dito juiz dos orfãos João de Brito
ras laranjeiras e tudo o que está de
Cassão foi <lado juramento dos Santos Evan-
redor do dito sitio tudo avaliado
gelhos sobre um livro delles a Alvaro reto aqui
em tres mil réis 3$000
morador para que elle como avaliador em com-
Um trapiche de tres paus com suas cha-
panhia de Gonçalo ladeira tambem a\'aliador e
pas por bnix:o dP ferro aYnliado cm
que avalias em todOj e qualquer fazenda que fosse
seis mil réis 6 000
(j8
De?. frangos avaliado cada um nm \'in-
Gado vaccum lem somma tudo junto duzentos
réis $200
Primeiramente quinze \·accas paridas Trcs gallinhas com nove pintos avalia-
com i;ens filhos e filhas ao pé ava- da cada uma em quatro vintens
liadas cada uma :i trl's cruzados que somma tudo junto duzentos e qua-
somma tudo dt•zoito mil réis 18$000 renta réis $2-10
Vinte e <'ineo vaccas soltas avaliadas
cada uma cm mil réis somma ludo Pratos
vinte e cinoo mil réis 25$000
Oito novilhas que vão a dois para lres Um pralo de cosinha ,waliado em cen-
annos avaliada cada uma a dois cru- to l' SiCSS•Cll la réis $160
zados somma tudo junto st•is mil Cinco pratos pequenos de estanho ava-
e quatrooentos réis ü$100 liados cada um cm quatro vintens
Um boi de semente avaliado em mil e ~omma Ludo junto qualrocentos !réis $400
seisoenlos réis 1$600 Dois pralos Yclhos quebrados avaliados
Vinte e tres novilhos maclws e fêmeas ambos em· o i Lcnla réis $080
do anno passado avaliado eada um K ove ....... gastadas e velhas avalia-
em quatrocentos réis cada um som- das cada uma cm um loslàn somma
ma ludo junlo nove mil e duzentos ludo novecentos réis $900
~s ~~
Uma mesa com missagras sem pés ava- Porcos
liada cm seisoentos l' quarenta réis $640
Uma caixa oom cinoo palmos e <lois Tre~ porcos machos e urna porca ava-
dedos avaliada com sua chave cm liados cada um em seisoentos e qua-
seiscentos e quarenta réis $640 renta réis somma tudo junlo dois
mil e quinhentos e sessenta réis 2$560
Criação d.e gaJliuhas Um candieiro avaliado em quatro vin-
Novt' gallinhas pocdeiras avaliadas ea<la tens $080
uma cm trcs vintcns que somma
tudo junlo quinhentos e quarenta Cal
réis $540
Seis gallos avaliados -t·m meio toslüo trezentos e vinlc 1·éis $320
cada um somma ludo junlo Lrcz,·11- , Uma panela cheia de cal avaliada em
tos réis $300
,tJ -1
I •

Iro annos lll'Sl:t villa ele São Paulo no l nuo


Sal cldl:1 ado11dl' chamam Ipiranga a<lunclc estava
o juiz dos orffíos João de Brito Cassão commigo
Oilu paneçnns e duas p •rolciras ludo escriv:1o l' os mais avaliadores na fazenda que
<·om sal !lYaliados os panecuns a foi ele- t>l'rn Nunes que Deus tem e uhi requereu
duas patacas e as peroleiras a tre- Barlholrnncu Conc;alvcs ao juiz dos orfãos que
zentos e vinte réis cada uma que r<'qucria a sua mPn·ü não déssc pal"lilha a Bal-
ludo somma junto cinco mil e se- lhazar 1 Tllll<'S porcp1:tnlo não era herdeiro ncsla
1<·1· nlos ,e sessenta réis 5 ·760 fazenda por sPr feito depois <lc>lll' casado e ser
adulleri110 l' <[llP islo era o qur rí.'(]llC'ria n sua
Gamelôe· mercê e dl' ludo o dilo juiz mandou fazer eslc
ll'rmo cil' n·qu(•rinwnto em que assignou o dilo
Dois gamdõ(:s de Gedro av·1liados cada Hartholom('ll (;011çalvrs eu Pero Lrme o moço
11m Plll duzl'ntos réis somma ludo csc·1·i\':io dos orl':1os qu,e o escrevi e assim rc-
junto <fllalroccntos réis $400 q11en•11 mais o dilo Bartholomcu (;onçalves ao
dilo juiz crue pr ileslava que se a gente rugisse
Feijõe · ou l'all.is,c alg.i111 f.5<1do que o haveria por .\.ndré
Fernandes ou pur quem direito fosse <' d,• ludo
Doi:-; al<IU<'it-cs pouc > mais <>li 1ncnos u dito juiz mandou escrc,·rr aqui cru·• eu sohre-
<l<' feijões avaliado cadn alc1ueirc di to o <·se revi. Barlholom Gonçalves - João
cm dois toslürs ('ada alqueire som- de Brito Ca são.
ma tudo qualro('cntos réis os quacs
• são d(• guantm<·es dos que trepam Termo do que reqerettt An-
no milho $-100 dré Fernandes.
....... de feijões IJrancus , ...... •de An-
dré- Fernandes que lh'os empresta- Aos tres dias do mez de janeiro da era de
taram avaliados cada alqueire em mil e seiscentos e vinte e <.J.Ualro annos no pro-
cento e sessenta réis monta dois mil prio sitio r<'qm•reu André Fl'rnancll's ao juiz dos
l' quinhentos e sessenta réis 2 560 <,rt"ãos .João de Brito Cassão que elle nfío es-
laYa no fazer parlilhas d:i g<'nle nem d,) gado
Termo do qu • J'lequereu Bar- nt·n, de <'Ousa .ilguma que se achass" em .in-
tholomeu Gonçalves. ventario e que protestava nfío pagar nada de
cousa algumn e de rustas que se fizessem e~ que
· E logo aos lrcs dius do mcz; de janeiro tlo S(' t'izt'SSl' pr 1<·uradrJr a Jacome ~unes t· eoracão
armo presente de mil e seis0enlos e vinte qua-
-74-

q.ue
chad e e ve u o ava 1a o m
d,ois m1 a ·o n:tos réis 2$400
Outra ca pai~
tudo ava-
liado s réis 1$500

corredore Foi avali um


cabeceira e arma cortinas oom
l do avaliado
oom sua tal><»\ · por bai o tudô
quin-
avaliado .m uoi mH réii; 2 000
40IOOO

de espal-
Dua lu jifJrta
wna tudo atr ocnt . 400
clb
Um estradó de assen ar avaliado em tre-
zen 320
Tres ta ~s em dois
tostõ 200
oi
Fato de l1188tlr
Foi avaliad-0 um vestido de panno rôxo
~ forro panno de algodão guarne-
foi a ~~<ht uma ~~ei.ra de taboas cido de tafi tá rôxo com os botões
com d-01s àl ad ludo avaliado tambem tô. os tudo a aliado em seis
mil réis 6 000
em mil réi
- 82- -- 83 -

Foi avaliado 11111 tacho 1wqucno o qual Foi avaliado um pedaç•;> de cor<lovfto
pesou dois arratcis <'ada arralcl em preto em qualroecnlos réis
trezentos réis somma ludo seiscen- Foi tl\'aliado um pcda<:o de portalcgr{'
tos réis .;600 c1uc tem meio covado cm trezentos
e vinte réis
Fio

Foram avaliados dois arralcis de fio de·


Foi · avaliada uma hacia mrã cm dois
algodiío c:ida arralel cm cento e s,cs-
scnta réis somma tudo mil e s,cis- lostões ~200
('entos réis 1:$600 Foi :1valiada uma bacia mcã tamhcm
em cluzt'rllos réis
F o i a,·aliad:1 outra hacia maior cm cento
Chapéos
e sessenta réis por est:ir furada ~160
Foi nv:liiacJo 11m <'hap(>o 110,·o prelo cm
dois cruzados
l\lel
Foi avaliado 11111 clwpéo Yelho prelo cm Foram avaliadas sele pernleiras dt' mel
trrzc•nlos e ,,intc réis ~320 aYaliadu cada peroleira cm trezen-
tos e vinte réis sonuna lndo jun1o
Calçado
Peroleiras
Foram avaliadas umas h Jlas \'Clhas pi-
('adas prrl:1s l'lll d11z(:1ltos réis de Foram avaliadas dez peroleiras vasias
cordovfto 8200 cada uma em cento e sessenta réis
Foram a,·aliados uns sapatos ele cordo- somrna tudo junto mil e seisoentos
viio prelos cm d11zenlos réis s200 réis 1$600
Foi avaliado um gibão de panno de al-
Espada godão novo cm trezentos e vinte
réis $320
Foi avaliad ..1 uma espada ('Om uns tala-
harlcs r dnlos lu<ll) avaliado cm Ouro e prata
scis<'rntos e q 11:1 n'.n la réis
Foram anliiadas urnas meias de lã Uma cadeia de ouro que pesou trinta
usadas em dois hslfics $200 e quatro mil réis 3 t. ·000
-81- -85-

Um jarro de prata ehão que pesou ln•s Iam ambos de dois quatrocentos e
mil e oitocentos e sc·sscnla rris 3-"'860 oitenta réis S180
Um jarro ele prata com sua lapad .... Um castiçal avaliado de latão cm trc-
e suas . . . . . . . lavrad:1s que pesou zen los e vinte réis $320
<lczoilo patacas cinco mil e novc- . . . . . . . avaliado em oitenta réis :·oso
cenlos e vinte réis 5$920 Uma navalha de barbear com uma te-
Sele colheres ele prata e um garfo de soura tudo cm duzentos réis
prata que Iudo pesou lr s mil e Dois couros de bezerro curtidos avalia-
cp1inhcntos e sessenta réis 3$:>60 dos em cento e scsscnla réis ambos
;\lais duas pala<"as e nove vinlcns Clll de dois $160
dinheiro ."820 Uma faca de mesa an1liada em sessenta
Duas colheres de prata que estão em- réis S060
penhadas 1·111 dois cruzados i,;fío de Um espelho avaliado em cem réis $100
.J cronymo de Brito S800 Umas meias brancas de linha de algo-
Uma gargantilha ck conws que tem seis d o avaliadas cm quatrocentos réis
folhas de ouro a modo de coraçilo digo quatrocenlos e oilenta réis ::, L80
que a\'aliaram os avaliadores em Uma tesoura ele espevitar avaliada cm
sC'isccntos · quarenta réis •·640 cincoenta réis ..,050
Uns pendc·nlcs ele ouro com seus aljo- Um sobremesa listrada avaliada cm
rrcs e esmaltados que pesaram mil seiscentos e quarenta réis 8640
e oitocentos réis 1$800
Dois pares de <':tl>acinlws de ouro que Aço
pesaram mil e' ieisec•nlos rris ambos
os pares junt is 1 ·600 Dois arrateis de aço avaliado cada ar-
TrPs pares de a1-rc1•adns de ouro que ratei em cem réis monta duzentos
pesaram dois mil e quatrocentos réis 8200
réis que é cada par oitocentos réis 2x 00
Caneca
Frasqueira
l 111:1 fras<JlH'Íra com seis frascos gran- Uma caneca avaliada cm quarenta réis
des t' dois dig tr,e s pequenos ava-
liada cm dois mil réis 2~000 Alavanca
I )ois Yras<'OS cheios de agtw de rosa ava-
liado c·111 d · ,z · ,·inkn<; c:1da '11m 111011- Uma alavanca avaliada cm um cruzado 8400
- 102 -
-103 -
m:i r c1 libc,.,Jade nenhuma e o dilo Frands('o
Leão se obrigou a tirar a puz e a salvo ao dilo E logo no mesmo dia mez e anno ~1cima
S('II fiador e· de eomo se ohi-igaram se assign:1- declarado eu escrivão citei para as partilhas a
1·am aqui com o dito juiz Pero Leme D moro André Fernandes pae de Pero Fernandes her-
csc-nvao dPs odu():,; o <'scrrvi. -- Gonçalo l.\la- deiro nesta fazenda como seu neto do defunto
dt•ira - João cJ,e Brno 'Cassão - Francisco die t· de como dtei o dito André Fernandes para as
I.eão. parlilhas fiz este termo eu Pero Leme o moço
escrivão dos orfrtos o. escrevi. - Piero Leme.
E logo no mesmo diu mez e anno atds es-
<-riplo e· declarndo logo ahi citei para as par- Logu no mesmo dia mez e anno atrás es-
tilhas ao dilo Francisco de Leão cm nome dc- <'ríplo e declarado eu escrivão citei a B:1rth~-
sc•u c-onsliluinl,c .Tacome Nunes e de como o cilt>i lorncu t~onçalv-es avô e curador dos orfaos fi-
fiz este termo Pero Leme o moço cscrivflo dos lhos que fie-aram de Pero Nunes e de como
orffíos o Psc-n'Yi . P,ero Leme. º" cilci fjz este termo eu Pero Leme o moço
c•s<'rivão dos orfãos o escrevi. Pero Leme.
E logo no mesmo dia mez e anuo µcima
e nir:.í:--. tL•cL1rad .> p:.:lo dito juiz dos orfãos João
dado o jnramcnto dos Santos Evangelhos so- <k Brito Cassão foi dado juramento dos San-
hr<· um livro dellcs ~1 Lueas Femandes Pinto tos Evangelhos sobre nm livro delles a André
aqui morador para que fosse curador ú lide dos Fernandes aqui morador para que fosse cura-
filhos que ficaram de Ballhazar N nnes que l)r,us dor á lide de um orfão por nome Antonio filho
tem para que procurasse bem e verdadciramcnle ele Lourenço Nunes para arrecadar uma ~smola
por ellcs até vir seu curador Fernão ::\Iunhoz e que O dito seu avô Pero Nunes lhe ide1xou a
t'lk o promelteu assim fazer c·omo Dcns lhe ellc o prometteu. assim faz l'r como D_cus 11:e
déssc· a entender e d(' tudo fiz
csle termo Pern désse a entender e de como se obrigou fiz
Lt·rnc- o moço escrivão dos orfãos o escrevi. esk termo eu Pero Leme o mo~o escrivão dos
Lucas Fernandes Pinto - João cl1e Brito Cassão. orfãos o escrevi. - João de Brito Cassão -
André Fernandes.
E logo no mesmo dia eu escrivão o cHei
parn as partilhas de lodos os IJcns qu e se achas- Quinhão de Pero N:unes
sem ficar do dito Pero Nunes que Deus tem
e ele como citei o dito curador Lucas Fernan- Primciramellle lhe deram o co-
des Pinto fiz este termo Pero Leme o moço nhecimento de Gaspar Gomes que é de
escrivão dos orfãos o escrevi. Pero Leme. quantia de dezeseis mil réis cm dinlwi-
16$000
ro de contado.
- 1 ll --
- 110 -
isto se houve o dilo Bartholomeu Gon-
çalves por entregue e satisfeito de tudo
Uma cgua castanha e cria por duis
o qul' acima e atrás está declarado e iO
mil réis 2 000
dito juiz lh'n mandou entregar e os
Digo que esta egua . que est:í aqui
avaliadon·s lh'o cnt~cgaram tudo a seu
avaliada n:'\a pcrlcnc~ a esta conl·1 que
contento <' de como o dito Bartholomeu
é do orfão de Balthazar 1 unes.
Gonçalves se deu por entregue se assi-
• fuis quinzé Yaccas paridas com
gnou aqui com declaração que haven-
seus filhos e tem outras quinze crian-
do algum· erro de oonta a todo tempo
.:;as entre machos e fêmeas ludo cm se desfar:'1 ._. o assignaram aqui com
dezoito mil réis
Mais nmu a(•ca solür cm mil réis
18 ººº
1$000
o dito juiz dos orfãos e partidores Pe-
ro .Lcnw o moço <•scrivão dos orfãos
Mais quatro novilhas grandes dC'
o escrevi. - João de Brito Cassio -
dois annos ('lll trcs mil e duzcnt )S réis
Bartholomeu Gonçalves - Alvaro Neto
Vinl<' <· 11111 bezerros d<' sobre anno
Gonçalo Madeira.
cnln.• machos e fêmea cm oito mil e
quatrocentos réis 8 ·400
Quinhão de Jaoome NIUOOS.
Importam estas. addirt"H•s acima e
alds oitenta <· se1t~ mil qualroccnws Primciramcnk o vestido rôxo rou-
réis que lhe fi{'aram da parte de Bal- petu e cal~·fies e fcrragoulo tudo ava-
thazar unes cm gado para pagar as liado em doze mil réis 12$000
custas 1H'S1C' inventario que se fizeram Um vestido .... capa e rou1>eta em
com u juiz dos orfãos e avaliadores e 2 000 5$500
cinco mil e quinhentos réis
escrivão e oom isto se deu por entre- . 800
.Um chapéu preto em oiloocntos réis
gue e satisfeito das legitimas de seus
netos l>cdro · ~faria donde entram Um oolchão de floco em dois mil
réis 2$000
tamhem dois pratos velhos e um- são
tudo em duzentos digo •m cento e scs- Um cobertor em dois mil réis 2 000
sent~ réis <' um ho i <(UC cn1 ra n , ta Dois lençoes em mil e duzentos e
quantia dos oitenta e selt' mil e qua- 87 480 vinte réis 1 2'20
trocentos e oitenta donde entram lam- Um pavilhi'ío dr panno de algodão
bem os dois mil réis de Balthazar ~ u- em seis mil réis 6$000
nes com declaração que fica obrigado Cinco pratos de estanho e um meão
. . . . . . . . . pagar os legados que o dilo tudo cm niweccntos e sessenta réis $960
defunto deixa em seu testanwnto e es-
molas dr qur aoostar.í quilitçiks P com
-1. -

u-

i
a et e
curo em
tos réis

mil e
ma egua castanha escura em
mil réis
Um gibão de telilha elm quatrocen-
to réis 400
Um gib prumo de algod
nto e vinte réis taaO
Uma .clfsq qµatro ~4 · ~ 4e m-
m dois mil e quinhentos ~ ses-
senta réis 2 560
O mel duas peroieiras em is-
cento e qu ta · 6b
Cinco pe m oitocen-
tos réis g()O
~ sella oom estribeiras
f tu mil e trezep.t 300
ei m no óerltos
senta réig l960
eis gUardana~s em cento e vinte
réis 12«>
rntro foices em seiscentos e qua-
·éis 640
-114-
--11;;--
Cinco prato grand s em duzentos
200 O que tudo foi entregue ao curador á lide
réis
Lucas Fernandes Pinto o qual tudo recebeu a
Um panicum em cento e cinooenta
150 seu 001\tento para dar conta cada vez que pela
réi justiça lhe fôr pedido ~ o juiz dos orfãos lh'o
Uma toalhas de mesa que são duas
. 640 mandou entregar e os repartidores lh'o entrc-
chãs seiscentos e quarenta réis
ga,·am a seu contento tudo e de como o rcc·ehen
Duas ceroula · digo umas ceroulas a seu contento o dito Lucá Fernandes Pinto
em tre1.entos e vinte réis 320 se a.ssig11ara111 aqui Pero J,emc o moro e. erivfio
Uma cai a de cedro em mil e qui- do~ orfãos o escrevi com dPdarariio que ha-
nhentos réi · a cai a pequena l 500 endo algum e·rro il todo lcmpo se desfarú -eu
Quatro camisas duas novas e dua sobrcdito o escrevi. - João de Brito Cas io
usadas em mil e duz ntos réis 1.200 Gonçalo Madeira - IAINS Fernandes Pinto
Duas toalhas de mãos em duzentos
e q uar •nta réis 240
. Alvaro Na..

m gibão branoo usado cm <lu1..en- Aos nove dias do mez digo dez dias do nwz
to réi 200 de- janciro d ann<l p1·cscnte dl' mil l' seiscentos
. eis alqueires dt• feijões na mão e vinte e quatro annos neste• sitio de Ipir:tt1ga
dt' A1ulré J, crnnnd •s m no ecentos e _onde juiz <hs orf:íos .João d Brito .Cassi'\o
0

essenla réis 960 eshna fuzcnd'i eontas e aquinhoando os odãos


Uma mesa com mis agras sem pés e mais herdeiros e depois de aquinhoados logo
seiscentos e quarenta réis 640 o dito juiz entregou as (lCças dos órfãos a Rar-
Um cruzado que lhe coube na egua tholomeu Gonç~lve · as quacs pc<.:as coubera~
ca lanha 400 aos seus nd,0s Maria e Pedro por morte ide
D<'z vaccas l'lll d,ez mil réis as ua mã Catbarina de Pontes as quaes são às
quaes têm um signal na orelha direita seguintes primeiramente deu o dilo juiíl uma
e nma tem 1ta <•sq ucrda um bocado na moça por nome s nsa aos ditos orfão · em
banda dir<'ita fora 10 000 Fefens de outra moça por nome Cecília que <•ra
Com mais dois mil réis que se lhe dos ditos orfão a qual deixa o defunto em seu
tiram para gastos que lhe coube á sua testamento qnc a dêm a seu neto Pedro Fer-
park das custas <lc fazer este inventa- nandes e csh\ já dada em partilha aos dilos
rio o que tudo somma acima e atrás orfi'ios por morte de sua mãe defunta cm seu
quart'nta t' <rualro mil <' cento e cin- quinhno e p-ir essa razão d u o dito juiz ,em
<.XlCHta réis 44 150 seu logar a dila .\scensa mais lhe dcrmn ~1 >
--ll!l -
-118
gue das ditas duas peças dos ditos orfãos e os
vão dos 1rl'fios o cstTcvi as quacs peças lhe man- repartidores lh'as partiram e lh'as entregaram
dou dar o juiz dos ol'l'fi<>s l' os repartidores lh'as Pero Leme o moço escriviío dos orfãos o es-
partiram <' lh as entregaram eu sobrcdilo o t•s- crevi. - João de Brifio Cassão - Lucas F•f.'r-
Cl'Pvi. Jo:ão de Brito Ca:são - Franci. co Lf.'.ão nandes Pinto - Alvaro Neto - Gonçalo Ma-
Gonçalo l\ladeira - Alvar:o Neto. deJra.

Quinhão de Pero F,ernandos Quinhã() dos orfãos Pedro


das peças forras. e Maria netos de Bartholom('l<n
Gonçalv,es.
Dcnizia l'olll lllll fiiltu por uom1· .\lauriciu
e unw 111eni1w de pci[() J)Ol' nome Fauslina ,e Priml'iramrnlc couhc a Sl'U quinl~ão dos di-
uma mora po,· nome Cl'dlia estas peças acima tos orfãos ~fori,l e• J>pdro os qnaes sfio as se-
llOHH'adas ·ouheram ao quinhão de Pero Fcr- guintes:
rnrndt·s e foram entregues a seu pae .\ndré Fer- .Jorge // Simiiü / l' Sahina estas <ftW!ro p -
nandes e o juiz dos ol'i'fius lh'as ntregou 'L' os ças acima uom<•adas foram entrcg'ucs a B:irlllo-
rcpal'lidorcs 1l1'as parliram e de ('Orno se en- lomcu Gonçalves curador dos orfãos seus nP-
tregou o dilo André Fernandes se assignou aqui tos pelo juiz dos orfãos Joi'io de Brito Cassiio
<'Olll o dilo juiz e reparlidort•s Gonçalo ;\ladeira e º" avaliadores lh'as partiram e lh'as cnlrt>g,1-
e Al varo l relo Pero Lt•mt• o lllO\'.O escrivão dos ram e de como se cnlrego11 o dilo 13artholomt>u
orl'fios o escr ·vi. João ele Brito Ca são - (~onçaJvcs dns pec,·as dos dilos orfãos se assi-
André Fernandes - Gonçalo .iUadeira - Alvaro gnou aqui com os ditos r<'partidorcs e juiz dos
Neto. orfãos Pero L(•mc 0 nwço escrivão dos orLios
1

o escrevi. - João de Brito Cassão - Gonçalo


Quinhão dos -0rfãos filho.· Madeira - Bartholomeu Gonçalves - Alvaro
que foram de Ballhazar Nunes Neto;
das peças forras.
E logo no mesmo dia mcz e anno alr:'is dr-
~latheus sollciro e h·lippc <.·stas duas peça'> darado e escripto pelo juiz dos orfãos João de
couberam aos orf:ios filh<>s que ficaram de Bal- Brito Cassão foi feito fazer este termo de dc-
lhazar 1 runes da h~rança que herdaram por . .
claracão cm como estavam seis mocos no sertão
morte cle seu avô Per'> , ·unes as quaes ~luas que em vindo fariam partilhas com os mais her-
peças o juiz dos orfãos João de Drito Cassiio driros e ele como fiz este termo cu Pero Leme
as entregou a Lucas Fernandes Pinto como o moço csrrivfío dos orfãos o escrevi.
curador dos dilos orfitos ellc se deu por enlre-
filhos <ílll' fi<'arnm d(• Balthaz:1r ~1111~.s e· dr C'1lllo dito moço sempre bom sem embaraço -nenhum
\ iemos :í pr:iç:i l'iz c·stc termo Pc•ro Lc·nH' o mo<'o e o juiz houve a dita troca 1e concerto por· hcm
1·s<·1·ivfío dos orl'fios o l'S(T1·,·i Pero L~mmr. a dita troca visto ser hem para os ,orfiios e com
sua autoridade fizeram a dita troca a seu eon-
Aos oilo dias do mez de abril do :ll1110 dt' lcn1 o de ambos de dois e se nssignarmn aqui
mil ,, s1•isc·1·11los vinil' e· quatro annos nc•sta Prro Leme o moço c·scri\'ào dos orfiios o es-
, ilia dc• S·io P:111l0 cu ('S<TÍ\':ío fui :ís po11sad:1s c·revi. João die Brilo Cassão - André F~r-
d1• .\11drc~ FPruandes por mandado do juiz dos nandes - Bartholomeu Gonçalv:es.
C)I f:ws l' O 110/Ífi([UCÍ ([lll' appal'Cl'l'SSl' <'0111 :1,
p1·~·a!-. o <piai app:u <'<'l'll logo <"<>111 as pe\·as qu<' Termo de obrigação que fez
s;10 duas e· de como appar-e<'l'll por a ,notil'ica~·fto Barthotomeu Gonçalvies.
l'iz <",ll· ll·nn > Pl•ro L 'Illl.' o m<,~· 1 l'Scriviío dos
1

< rl'n >s o 1·s1·1·1·,·i. - Puro Lemme. ,\nno do NascinH•nto ele Nosso Senhor .Jesus
Christo de mil e seisocntos e vinl<' e quatro :m-
Termo do que rNruereiu ,o nos nesta villa de São Paulo nas pousadas donde
curador Barlho':mrnu Gonçalves. mor:1 n juiz dos orfãos João de Brito Cassão
:mil• c•llt• apparrc,'ll Bartholomcu Crn1çnlves cura-
.Aos treze dias do 1111·z de étl>ril do :urno prc- do,· de· S<'llS nel:)s filhos que fil-anm dl' sua
sc•11l1· de mil e seisvenlos c \'inlc e qurdr.ci mrn 1.-; lilha Catharina de Poules r de l't·1·0 Nunes e
nesta villa de• Sfto Paulo nas puusad:11; donde por <:lfl' foi dito ao dilo juiz dos orl'üos dizendo
mora o juiz dos orfãos .Joi'ío de Brilo Cassiio qnl' l'llc se obrigava a pagar cm dinhcir:1 ,de
antr ellc :tppar _ecu lhrt11,,lnnwu Con~·aln.'s e contado toda a fazenda d1• seus netos que tinham
André Fernandes diZ{'IHlo a,i dilo juiz que 11111 por mortl' de seu pae e mãe que esl:ivam neslc
moç I por nome Fernando que foi dado aos or- rnvcnlario e de como se ohricrou ,-,
a J>aaar
l'>
•em
fãos seus netos o tinha em su:1 c~1-;a o qual -es- clinlwirn d{• <·ontado a dila legitima de seus 1wtos
lava levantado para se ir para o serli'i.o .e ,clle Jwlas; aYaliações qu,e estão neslc inventario deu
<fito Bartholomcu Gonçalves ser \'clho não se por s;e11 fiador e principal pagador a (;onçalo
atrevia com o moço que <lc sua livre vontnde Mndcira aqui morador o qual se obrigou por
o queria trocar com oulro o qual (•ram ambos lodos seus bens moveis e de raiz havidos e por
l'Onlenlc·s de trocar e ell1• diln .\ndr{- F(•rn~1mln haver de fiar ao dito Bartholomr11 <ionealves
<leu outro moço por nonw Fel ippe o qual ~) a tudo o que dito tinha e afnstava de si 'todas
dito curador disse que era co11lc11lc da dila troca as liberdades qne pudesse ter para o cumpri-
por sua quietação e seguranra das outras per~1s mento da dita fiança e o dito Harlholomeu (~on-
e o dito André Pernand<'s se obrigou a fazr1· o çalvcs se obrigou a tirar a pnz r a salvo ao
12(i -
-- 127 -
dito seu fiador P o dilo juiz d ,::; orfãos acccilou
:, dila fian~·a e ho11n· ludo por carregado .na rlasse sua mercê notificar a André Fernand{•s
miio do dito Barlholomeu (~onçalves pelas a\'a- qu<· assim lh'o requeriam ambos de dois que
liações qur {'stavmn neste inwnlario visto ha\'cr trouxesse as peças que ,·ieram oom seu filho
muil:i fazenda que não podi:1 sPr ,·._•11dida r <lc elo sertão Pedro Pernandes as quaes peças lh 'as
1udo mandou o <lito juiz dos orL'íos fazt•r esll- cntrc>gara o capitão ~fanuel Prelo no st'rlão e
l<·r111<J dl' l'i:111~·:1 cm que se :1ss·ig1rnra111 aqui :i se chamam Braz e Martinho e B stiãn qnc fi-
dilo Barlholomcu í,011~·ah·c's e o dilo riador ·1s- car:nn do def1111to Prr·o '.'Junes e que viess~· dian-
signan11n <'0111 o dilo j11iz dos orl':ios Pero Lemr te de sua mercê para <1ue cada um levasse sua
o mo~·o t'S<Ti,·fio dos orl'iios por S1w :\Tagrslad(• dirC'ita parte o que visto pelo dito juiz mandou
o Pscrc,·i. Bartholomen Gonçalve. - Gon~·alo que nolifieasse ao dilo André Fernandes com
MadPira - .João de Hrilo Cas.-ão. pena clt> vinte cruzados que logo trouxesse os
ditos moços diante dell,e pata dar partilhas a
Aos doze dias do mcz de abril do :1111h> d: lodos os herdeiros e ontrosim viria lambem
mil t' seis<· ·nlos e vinil' ,. quall·:; a1111os p ·sta .Ja!'omc Nunes com peça e meia cruc levou de-
villa de• São P:llllo cu escriv:i•> fiz <'SI" knno mais para com as outras e levar cada 'um sua
t·m <'OlllO l'<>i l'lllre•iuc lodos Ch q.1:11·._•11!:1 ,. qu:,- dirPila parte e de ludo fiz este termo Pero Leme
lro mil 1· t·t•nl 1 <· eincne11l·1 r·{•i-.; ·, .l·l('ol 1 • . 111 •s o moço escrivão elos orfãos o escrevi. Bar-
que é <'llrador d · sc>us l'ill!os qu·· fit"11··11n de thofo,meiu Gonçalves - Brito.
Balthazar N111w;.; t· para que·<', 11-.k ,t t Hh 1 ·111po
•·m cünH> eslfio na miio dt· .1-tc llll • • '1111 ·s l'iz E assim mais no mesmo dia nw;1, e ann<>i
t•sll' termo em <Jllt' se assig11011 lamb 'lll o dilo alrás escripto e declarado requereram os dilos
.1:teOllH' .. Tlllll'S l'<•f~l LClll(' O 1110ro (''i('l'Í\'Jo dos Jacome Nunes e Bartholomeu Gonçalves que sua
orfãos o escrevi. Pt>ro Lemme. mercê mandasse citar digo notificar a Gaspar
Gomes que viesse fazer contas com pena que
.\os lrinla dias do mez <k dezl'mhn, <h :111110 niio vindo as fazer á sua revelia de que fiz este
pr<·st•nlc cl<• mil e sc>iscentos e vinte <' CÍJl('O au- tcrn10 Pero Leme o moço escrivão dos orfãos
nos nPsl:i ,·ilia de São Paulo era que assim se u escrevi.
1 11:1111:1 por ser passado dia de nat:l.1 ntls pou-

s:i<las donde morn o juiz dos orffios .To:lo de Aos quatro dias do mez de janeiro do anno
Brito Cassão apparcceu Bartholomeu Cio11çah·cs presente de mil e seiscentos e vinle e cinco an-
<·urador de seus netos e Jacomc • ~ancs assim nos nesta villa de São Paulo cu escrivão ,noti-
e.orno curador de seus irmão digo de seus so- fiquei a Gaspar Gomes que viesse fazer contas
brinhos (' por si dizendo ao dito juiz que man- com pena de dois mil réis e se fazer as contas
á sua revelia e de como o notifiquei fiz este
cie
ao 1 o cura r e aos mais que acima consta
dire· raç o q havendo ak
o tempo Sé desfará
oomo parec ro Leme

z o ue re
nasse as

........ n
tr qn rer leval-as o que

818\.1 1'1CA
ARQUIYO PU.ldtk) MIN&dlO
- 140- -141-

terça das peças forras o qu • visto pelo dilo Joãú para se achar quinta feira ãs contas que
juiz mai,dou a mim es rivão lhe tomas · u são tres deste presente mez acima nomeado e ôe
protesto e requ rimento e que os citasse e no- <.Xlmr: o notifiquei fiz este termo Pero Leme o
tificas e outra vez a todos para partilhas 110- moço escrivão dos orfãos o escrevi. - Pero
vament da peças para quintà feira tres dias Lemme.
do me z d • abril de is nro e vinte e cinco Tá"IDO do que requereu Rar-
annos e de tudo mandou fazer estt> termo cm
tliblomea Goo'al
que se assignou oom o dito Bartholomeu Gon-
çalves Pero se ivão dos orfãos Aos dois dias do mez de abril do anno pre-
o e crevi. 'ffld'tlíolo\míiló'· çal sente de mil e seiscentos e vinte e cinco annos
nesta villa <lc São P nlo nas pousadas do juiz
E logo no mesmo dia mez e anuo atr.is cs- do orfão João de Brito Cassão ante elle re-
cripl<, e declarado nas pousadas do juiz dos or- quereu Bartholomeu Gonçalves curador de seus
fãos João de Brito Cassão eu escrivão notifiquei tos fillios que ficaram de Pero unes e por
e ·itci a Barlholom n Gonçalves e a Jacomc u- ~lle foi dito e requerido ao dito juiz dizendo que
nes para novas partilhas cfa gente forra aos tres não désse partilhas a Balthazar Nunes digo a
dias de alffil deste p1 •sente anno que é quinta seus filhos porquanto era adulterino e não po- ·
feira é d como os citei fiz este termo ,,Pero dia ser herdeiro e o dito juiz lhe 1smandou -que
Leme o 1noço escrivão dos orfãos o escrevi. - prov~sse o que dizia e ·requeria e oonforme isso
PeN) Lemme. mandaria o que lhe parecesse justiça e de tudo_
fiz este termo eu Peru Leme o moço ,escrivão
F togo no mesmo dia mez e anuo atrás cs- dos orfãos o escrevi. Balthazar GonçalVM.
criptc e d clarado u escrivão citei a André Fer-
nandes para novas partilhas quinta feira ires Tenoo de oomo o ju:lz vclu á
dias ele mez de abrH de seiscentos e vinte ,e praça.
cincc annoo <' de oomo o eitei fiz este lcrmo Pero
Lcnw o moço escrivão dos orfãos o escrevi. - Aos dezenove dias do mez de maio do anuo
Pero Lemme. pre nte de mil e seiscentos e vinte e d~co
annos nesta villa de São Paulo na praça pubhca
Ao primeiro dia do mez de abril do pre- della p,>r ser dia sanfo das oitavas do ~spiri lo
scnt nnno de mil e seiscentos e vinte e cinco Santo veiu o juiz dos orfãos João de Brito Cas-
annos cu escrivão nolifique1 por mandado do são commigo escrivão e o curador dos orfãos
juiz dos orrrtos Joã , de Brifo Cassão a requr- Bartholomeu (;onçalvcs fazer leilão da fazenda
rnncnto cTP lfarffwloH1cu ( ion~"th es n ~[an ud que ficou de Pero Nunes e de como ,viemos
-- 143 -

nos cu sobrcdito o escrevi. Bartholomeu Gon-


fazer lcil:w fiz c:;le krmJ l'l'l ,, Leme o 1110\'U
çalves - Custodio Gomes - Antonio Pedroso
cscri vão <los orfãos o escrevi.
-- Brito. l
E logu foi arl'cmalada :1 se1-ra uraçal a l \~ro
~ladeira que nclla lançou mil e cem réis l'iadu E logo foi arrematado as gamelas de lavar ouro
po1· dois annos t•m dinheiro de contado cm paz em Luiz Hodrigucs Cavallinhos em quinhentos
e a sal\ o para o orfãos deu por lscu fiador réis pagos de hoje a dois annos em dillheiro de
e principal pagador a seu pae Gonçalo .Madeira oonlado a paz e a salvo para os orfãos por não
o cu1·ador o acceitou o qual andou cm prég:ío haver qu<·m mais lançasse se lhe arremataram
JWlo purlcÜ'O do concelho Chri tovão Garcia e o c11rador o acccitou .\leixo Leme o mo<;o por
nAo houve quem mais lançasse por is o se lhe seu l'iador e principal pagador e o juiz dos 1or-
atTl'malou ao dilo Pero Madefra e e assigna- fãos e assignaram aqui Pero Leme o moço ,cs-
ram aqui eom o dilo Juiz Pero Leme o moço criviio dos orfãos o escrevi. Luiz Itodrl,ues
t'st-rivão do~ orfâos o cscn·vi. João de Brno Cavalllriho - .\leilxio Leme - Brito - Bar-
Cassão Bartholomeu Gon •ai - Pero Ma- toolomeu Gonçalv ·.
ra.
1E logo se arrematou a alavanca a Francisco
.\o primeiro dia do 11wz de junho d(• st•is- Joiio que ncUa lançüu oiloocnlos e vinlc réis
ccnlos <' vinte e l'inoo annos 11csia villa d<· Sfih cm dinheiro de contado fiado por dois auuos a
Paulo o juiz de orfilos João de Brito .C assão paz e a alvo paru us orfãos o juiz dos <>rfãos
oommigo escrivão iu fazer leilão da fazenda o ali.mou o curador o acceitou Pero Leme IO
do orfãos que ficaram de P ro une ond • mo9c cscri vão dos orfãos o escrevi em dinhei-
veiu t mbem o curador Barlholomeu Gonçalves ro de contado. - Fr.anei8co João - Brito -
e cu P ro Leme o moço escrivão dos prfãos Barlholomeu Gonplves.
que o crevi.
E logo foram arrematados quatro leuçocs
E logo foi arrematado o coht•1·tor a Custo-
cm tres mil e trezentos réis t•m Manuel Antunes
dio (iumes que nelle lançou <lois mil e oem réis
pago cm dinheiro de contado de hoje a ~o~s
por não haver quem mais lnançassc em dinhei-
annos em paz e a salvo para os torfãos o J u1z
ro <lc contado a pazr e a salvo para os orfàos fia-
dos orfãos o abonou e o curador o acceitou e se
d-01 e prmcipal paga<lur Antonio Pedroso e o
assignaram Pero L me o moço escrivão dos or-
curador o abonou e o juiz dos orfãos o accci-
fãos o escrevi. -- Brllio - MaDUl8I AnllUDelS -
lou e assignaram aqui Pero Leme o moço cs-
Bartholomeu Gonçalves.
crivãc d.o orfãos o escrevi fiado por dois an-
-145-

E logo foram arrematadas qu.alro gamelas que nelle lançou fiado por dois annos em di-
em Pero Conça v, s Varejão em e e t stões fia o nheiro de contado a paz e a salvo par.a QS or-
por dois annos pago élll dinheito de co t o fãos Êstevão ançhes Pero Leme o moç ~s-
a paz e a salvo para os .orfãos o juiz d por crivão dos orfãos o escrevi. - O padre ~~~
seu fiador e principal pagador a Luiz Fernan- Ah~ - Brito - Estevão Saml~ - de Cf•rl!i-
d Bu no o curador o acoeitou e o juiz dos tm· + tarêfa. .
Pero Leme o moço crivão dos orfão
o e e i. Ptro Gonçal ~ - Bartbo- F logo foi vendido e arrematado o · lmof.~rj~
lometa GGnçal - Qrlto - I lz Fernandes em Francisco de Paiva que nellc lan~·ou míl f!-
trçzcntos réis por não haver quem mais cléssc
fiq.du por dois anuos a paz e a alvo para os
o primeiro dia dp z d junho do nuo orffios deu por seu fiador e principal p~~dor
pre te de mil e . 1scoQtos vinte inco a Paulo da Silva o proffilrador dq cur~dor ~
annQ n ta villa de São Paulo na praça :pu- acc~itou Q jµi~ do& orfãos P~ro Lfm.~ o mqs;q
b ·ca desta · villa v, iu o juiz dos o to Jo o esC'dviio dos orfãos o escrevi. Pauro da Silv..
de Brito Ca o fazer lei la1Je11 d Fran~soo ele P.aiva - Brito - Esl! vão S;m-
P ro une e com o procurador do curador el}e -- de Cbrlsto~~ + Garcta,.
stevão anches commi ·vão wr haver
muita gente nn viJla J)(>r ra ® Santa .E logo foi v ndif.lo e arr-ematado o ca tiçal
a Paulo da Silvk que nelle lançou quinhentQ
rW em dinheiro de contado fiado por dois an-
nos a paz e a al o pàt' o iôrfãos <J jtliz dos
or aoonou a cont-ento do curaf]or, e o por-
tei o t'h o,1~'~'il'rlam 1lou ~ Leme o ntoço escri-
vi. - ..... da S
Gb 1D

·W;'ât'i~ttll&UlffOI o
nelle llanciOU··
· o de oqntado
u fia-
-146-

r
s e vint.e ~ .....-•-",j
ulo cm a
l" ã tario in
µ Gaspar Gom 1-
i o juiz dos orfµos João de Brito Cassão
e pelo · · · · · · · que

pro,u
·· quantia de trinta e 'Cinco mil
q a mil réis p que tudo
d nta e cinco mil irti
dig<> a qu.atrQ annos
em ·n a paz e a alvo para
fA fiad9r e principal pag· -
dor a Andre ernandes aqui morador o qua
se obri u r s is e de
· ios que
r a e ue a an e udesse
r a u o como 1 o e e o dito
b
90
-1 - 153-

e Pero
e fioou
a 1 eseo
úti
no~
fiéis 289 531
s le-
()Ías e tfülo
de justiçtt.
o de sua legiti-

n-

ven o;
alfplm erro de a rodo tempo se fant
Leme o moço
1.J.>-

ii
tlie - - •uu.s Lo-
·- - par ln-
proeuràf.lo dó se.u
drigues

Ca o por · ·
tinham l o dia mez e
qu
ó urador de Juz
orfã át I foi filfb e
já casa d J ito
men OOD r
lAp s a uiz e o qui-
n o que cabiu á . mulher ck seu filho
el • U1e falta se assim
d · ·ma o que
d cS to o dito
p r o que stava
oonstar pelo qu elle dito Mathias -
<·urador do d · • filho tinha bido oos-
to u-lb,e deve ventario dito seu filhQ
I- "tima vinre e cte mil .e
das dit~s peças _entre ambo dito Uuiz q ce11Llos d qµ Q d.ito juiz Joã
mandou a mim tabelhão escrivão dos orfãos de Brito Cassão lhe maadQu ~ mandado
faz r ste t rmo em qu assignaram aqui o dito dcstn quantia oontra Gaspar Gomes para que
Lo,PCSi- .cQ,io procuradoF ba tante que lh'o pa uc do · ·
ilhe m~ido da dita Maria e s i
r dit p.iiz e~ · tre ue e s~ sf,
r n io .... na r do
le · hão de que de tudo
s fiz este t rmo que assignou com o JUI -
- 156-
il

sen a
cisco de Gaia eu Ambrosio Per1 c..au-.,.~,,-""~s
orfãos o escrevi. Pft'O Fenaandes - Calisto
da Moita - Frandseo de Gala.

Digo eu Pero unes que é verdade que re-


cebi de Manuel Godinho de Lara dois mil e cem
réis que era a dever na arrematação da fronha
e pelos eu receber do dito Manuel Godinho lhe
dei esta por mim feita e assignada e roguei
ao escrivão que esta fizesse que elle assignou
eu Ambrosio Pereira o escrevi. - Pero N
de Penlles.

Digo eu Pero Nunes de Pontes que estou


pago e satisfeito de Izabel Dias de quatro mil
réis que era a dever o defunto André Fernandes
no inventario de meu pae e por verdade lhe pas-
sei esta quitação neste inventario hoje 21 de se-
tembro de 1633. - f>«i(t NUllll!8 à Pw.ties.

mmam
1i2 -
- 1i3-
Foi avaliado 11 m (':tdeado redondo eo 111
Sll:I <"hav<• t•m ojtcnta 1·éis Foi avaliadn nma rêdc de dormir v,e lha
Mais foi avaliado outro cadeado grande em trezentos e vinte réis $320
l'lll crn lo e '>essen la réis Foi nv:11iada uma rêde velha em seis-
$160 ~640
ccnlos e· qu:irenla réis
Foi ::w:ilindo um machado e uma cunha
Roça
cm l rt>zcnlos e vin lc réis tndo ;.;320
Foi avaliado 11111 escopro de furar
Foi avaliado um ped:iro eh· roça cm <1,Jis
cunhas digo cahos de cunirns cm
mil réis <·om milho (Jlll' tem denlro
<ptare11ta réis 8010
na -roç,1 2,.:000 Foi avaliad'> um p·iqueno de s:il cm
Foram avaliadas dtws c;asas velhas de
c·c'nlo L' ,·inl~• r(•is
lnip.i de müo 1·1JIH·rlas de pHlha com
umas pl:1ntus de :tlgod:in ludo r·m
Foram tl\'aliaclas seis \'firas de panuo
n sele vinlcns :1 varn sommn I udo
l1·<'s mil réis
sdcec11los é' \'inL• r<-is
Foram avaliad1Js sl'is alqll(•in•s de fei-
jt><'s hra11cos r· prelos lodos <.;t'is cm :Mais oito v<11·,1s de panno qtw Frtm-
llOV('Cl'II IOS l' St'SSl'IJ la rris eisc;o Prelo declarou que as tinha
em seu poder q uc monta novcc:en-
Foi avaliacL, uma alavanc;a de f{•1-ro em
tos e' sc•ssc'1lla r{'is que foi ,n-aliado
Seis<"Plllos e· <Jt1:11·t·11l,1 réis ;:;610 a Yar:.1 :1 sck , inlcns
Foi avaliado um alrnocal'rc· cm oilenla
Foi avaliadn 11111a fronha de almofa-
rc~is ..;080 clinha lavrada de rctróz azul em du-
Foi avaliad:i 111na bacia <'Ili ccn Lo e scs-
zen los rris
sl'nta ri-is
Foi avaliada outra fr mha de almofa-
Foram aval indas Irc . . halPas em trezen- $1fü)
dinlrn em cento e sessenta réis .
tos nSis :.;300
Foi avaliada oulra fronha de ahnofa-
Foi avaliado um par de meias de seda dinha de pa1mo de linho em qua-
rosadas em dr)is mil réis 2:o:;OOO trocentos réis
Outro p:w de· ml'ias dl' seda azues cm
Foi avaliada uma faixa vermelha em
oilOCl'll[OS réis .
qunlroc:cnlos réis
Foi avaliado um vestido de pcrpcilwna Foi avaliado nm chumaço de almofa-
usado verde-mar roupeta e calciírs $080
dinlin cm oikntn r{>is
e capa lud.- ,·m :1ua!r'J mil e ll;)VC-
cc·nlos réis Foi avaliado um chapC>o prelo usado
{'Ili qui11lll'11los rris


- 18!) -
188
cinco visto não deixai· a terra a 11ing11em eom
h>i :t \·:ti iado 11111 1•ol>l'rlor j:í usa eh t•m declai·a\~ão que uma esmola Cfllt' deixava a uma
mil t' d11z<·11lo, 1• oitenta nfü, menina é já morta e porisso as partiram com
.\1:iis r )i dl'ilado qnnl1·0 mil r is que de- lodos os mais herdeiros.
, i:t Asc<"nso l ,uiz n qual <lissP qu, •
os dl'via. 1. ·ooo Com deelaraçào que o trigo ,• milho está
por avaliai: e os h •rdeiros dizerem ({lll' elles se
Dh·idas qm• dev<' esta fa- ha,·<'ri:1111 t·omo irmiios l' de tudo fiz {'Slt' ter-
zenda. mo Pero L<.·nw o moço Pscrivão dos orl':i.os o
CSCl'C'Vi.
l 'ri11H·ir;111H·11te 11111 eonh ·cimenl• que
Frandst·) Prl'I > diss · que lh · cl ·vb E calH' a C'ada um herdeiro dez mil ~
<, dd11nL.1 dt• q1IÍIIZl' pula ·as quatrJ
mil 1· Pil'lcL·nt,,s 1,'800
oiloeenlos e sessenta r<-is . 10~8ü0

.\lais :t H:irlhol 11111·11 llHl'IIO o velho dois E logo no mesmo dia mcz e anno atrüs de-
t•r11zados l'lll pann > dl' :ilgod:"jo .·800 clarndo p('fos dilos cinco hrrclciros foi clilo ao
.\!ais um mandado de .ManuC'I d,t <.unha dite, juiz dizeud i ([li(' lodos (•r.im pagos l' sa-
({lll' logo apn·scnlou dr. Ir •z1.•11los · l isl'<-ihs da ll('r;111r:1 <IP seu s Jgro ,• ,sog1·;1 ;1ssim
vinte t' dois réis uns (·orno outros do que llll's coulH· 1H·slt's i11-
.\lais st'is mil r~is para gastos d >S ,rfi- ve11!:11·ios (' dt• ludo mandou o dil I juiz t'aza
l'iaes que mandou o 1·11iz dos or- este l(•rmo em que se assignaram lodos os l1er-
. "
l'ãos ............. . l> 000 deirns <'Olll o dito juiz e repartidores J>"ro Leme
Importa toda l'sla l'az<·11<l:1 d"pois o moço es<"rivão dos orfãos o es<.Tl'Vi. Gon-
de lic}l1icladas contas <' ter-se enln:guc a çalo 1'ladeira - AI varo N elo - f◄Tancisco Pr,e,to
Francisl' > HodrigUt•s dig > ig11alado d JS - - André Botelho - Ascenso Luiz Gr4>/U - Pas-
mah. l'<tsados herdeiros e· abatidas as cli- choal Dia'!.
vida. e os gastos qu · ludo importa
a dita fazenda para 1uriir com )S cinco Com declaração que se bolou de fora por
herdeiros cincoenta qualr > mil e tre- cons<.•uliml'nto de lodos o rato todo de Francjs('o
zentos réis 3-1 300 Hodrigues e todas as meias e assim mais algumas
cousas que o defunto gastou em sua vida por-
Com declaraçfür qu da kr~·a est{t j:'í pag > quan 1-o estavam estas acldiçõcs atrás botadas
Francis('o Preto e André Botelho de sua sogra neste inventario e no outrn e não tSe ml'llcr nada
e d • seu sogr.(> jú pago pa 1:a <.'U lll pri r vs legados disto no monte-mor com cleclarnção ({llt' ha-
FrancisC'o Preto e o m, is partido por lodos
- 191-

conlas faça-se entrega da fazen-


- IHO - da o tutor que de sua pessoa
e mais faz.enda havida c por ha-
'endo algum PITO dr contas a todo tf'm po se des- ver .....
fará e de tudo fiz cslc lermo de declaração por
mandado do juiz dos orfãos Pero Leme o moço Conta que d~u Gierafd.o da
escrivão dos orfüos o escrevi. Pero Lemme. Silva por procuraç.ão do testa-
menteiro do d,e.funto Francisco
Aos I l'l'Zl' <IL1s <l<l llll'Z dl: ,1hril do aimo Rodrigues Barbeiro.
prese11l1' dP mil l' SC'ise:-nli>s <· vinte<' q11n!n :111-
Anuo do Nascimento de Nosso Senhor Jesus
nos n 'Sta vill:t de Sã-; Paulo nas pousad:is 1hn-
Chrislo de mil e seisoentos e trinta e tres annos
<i<' morn 1> juiz dos orFí ,s .To:io <1,, Brito Cns-
aos dczes,eis dias do mez de setembro da dita era
sfío anti· ellC' npparc<'cram lod.,s os hf'rd~:irJ)s
nesta. villa de São Paulo capitania de São Vi-
a saber André BnlPlho 1• Paschoal Dias(' .\._cc•n-
cente ,em pousadas do doutor Miguel Cisne de
so L11iz (;ro11 (' F1·:rnf"iS<"l Prelo e o orffio Fnrn-
Fari:i provedor-mor das fazendas dos defuntos
dsco Hodrig111·s e ahi Foi feito rn11t:1s com cllcs
e ausenles capcllas rcsiduos e orfãos em lodo o
pelo dilo juiz e a lodos foi p:1go 1Pm dinlwiro
estado do Brasil appart·ecu (;erald·l da Silva
d<• contado a parle <Jll<' lhe cabia das c:1sas q1H'
proeurador de Prnncisco Preto testamenteiro do
cslãc nPsla vilh L' fil':11·:1m llS' cas:1s a Frn11cis1·0
defnnLo Franciso·) Hodrigu,cs Barbeiro e por elle
Prc·to por Pile dar ,o 'di11lu·iro aos m:1is ll:·nl •iros
1

dito Geraldo da Silva foi dito que vinha dar


<' foi cnlrt'glll' ns dil:1s casas ;1 Fr:111<·ist"l f>I' •lo
a dita conta e logo o dilo provedor-mor lhe to-
l' o juiz dns ort'iíos lha t•11lrl'g'1u 1·0111 :is :1r:dia-
mou conta deite e de como lhe tomou ass1gnou
dor1•s (;onralo .\hdeira (' .\l\':11··, :\'t•l , o ,. •lho
aqni com o dito provedor-mor e ou :Manuel Go-
(' dr ludo n dilo juiz lll:tlld(HI fazpr- r,•sL· krm.i
dinho de Mattos escrivão da Provedoria-mor qne
parn :1 todo l<'mpo consl:11· scn•m :is 'ditas ("tsas
o cscTPvi. - Cisne - Geraldo da Silvai.
do diltl Francisco Prelo l' se assig1w11 :qui o dito
juiz com os :1valiadorcs Pero Leme o moço i·s- E logo 1110 dito dia mez e ,anno iatr::ís decla-
crh·fio dos ort'ãos por Sua :Mngestade nesta rlil:i rado fiz estes autos conclusos ao dito provedor-
villa de São Paulo e seus termos p ,es<-rrvi. mor para nelles mandar o qne lhe parecer jus-
Gonçalo Madeira - Brito. tiça eu Manuel Godinho de Mattos cscrivflo da
Provedoria-mor qne o escrevi.
(Sepue-s,· a conta elas custas.)
Vi este testamento e falta
Visto cm correição. Os or- quilação de llOmo o defunto
fãos lhes fique seu direito con-
tra o juiz e escrivãcs que mal
fizeram este inventario nas más
- 195 -
-194 -
por desobrigado e mando se lhe
Certifico eu o padre Francisco Jorge ca1>el- passe sua quitação pedindo-a. -
lão da Miserioordia em como é verdade que o Miguel Cisne d-e Faria.
defunto Francisco Hodrigues Barbeiro está en-
terrado na dita casa e fôi acompanhado com a Foi publicado o despacho acima pelo ?rove-
bandeira e tumba da propria casa e por ser ver- dor-mor o doutor Miguel Cisne de Faria ,em
dade passei esta hoje 27 de outuhro de 623 an- suas pousadas em audiencia e mandou se c_um- .
nos. O padre Francisco J ~ .
pnsse e eu Manuel Godinho de :M attos escrivão
da Provedoria-mor que o escrevi.
Certifico eu frei Domingos da Encarnação
sachristão-mor deste Convento de Nossa Senho-
ra do Carmo da villa de São Paulo que é ver-
dade que neste convento se disseram oito mis-
sas pela alma de Francisco Hodrigues sapateiro
(sic) defunto, as quaes mandou dizer Geraldo
da Silva e por assim passar na verdade passei
esta hoje 24 de outubro de 1633 ~mnos. - Prei
Domingos da Encama~.

Digo eu Francisco Preto que é verdade q uc


se repartiu por mandado do juiz dos orfãos .João
de Brito Cassão . . .. .... que deixou meu sogro
Francisco Hodrigucs a uma rapariga por nome
Martha filha de lzabel e por ella ser morta se
repartiu .......... minha parte e pelos herdeiros
.. . ....... e por verdade dei esta quitação como
testamenteiro do dito defunto e declaro que . : ..
a Ludo darei conta delles foita hoje vinte de
outubro de 633 annos. - Francisco Prelo.

Visfo oonstar das quiláções


juntas ter o testamenteiro salis-
feito com os legados e mais obri-
ções do dito testamento o hei
cin~o annos outro l"apaz pur HOIUt· ( ;11,.islovào as quacs lcrras parlem cum Bernardo de Qua-
de idade de oito annos outro índio por 1wme dros e' Calixlo da ,\Iotla cm Ibirapoeira t•stTivão
Bastião outro índio por nome Marlinhí, uma qul' fez a carta ílartholomeu Affonso cscriviio
india por nomç Iria todos carijós. cm T:mhahé.

Declarou mab u viuvo que linha fo- Oulrn 1':trl:1 <k d )ll' <· rnsallh'lllo ((U.' llt,· frz
ra umas argolas e µcndentcs que pe- ;\laria Pm•s ondt• lltl' d:í muelade das lctT,lS tfllt'
sava ludo <lois mil réis lt•m da outra banda ele :\I :-.,· l's<-rivão dellas Simão
Borges Cerqueira.
IJeclarou mais o viuvü que devia algumas
com,as digo dinheiro a certos homens e que lam- Prolesl.o que iit•z o yj!uvo
bem lhe deviam que nc:hav:i em sua consGiencia
que lanto era o que devia eomo o quç Jhc de- E logo 110 rnes1110 di:t nH'Z e :111110 alr:ís r:-;-
viam o qu<' tomava que• pagaria sem quebra dcslc cripto <' declarado pelo dilo vi11vo Diogo Mendes
inventario e o dito juiz nrnndou que com isso foi dito :w dilo juiz dizl'ndo <JLte n:lo linl_rn mais
<JJI(• lhe df'viam pagasse uma C'Ot1sa <'om outra. que lmwar 11csl<' inventario que prnkslavu ,l
lodo tempo que lllc J.cmhrar ])()[:Ir nl'sll' ill-
E de oomo o dito juiz assim II houve poe venlario t: de nüo inc-01-r(•r nas p ·nas ({lll' Sua
bem se assigno11 aqui <:0111 o dilo Diogo Men- 1 lagcsladl' dú aos que sonegam a f:iz('lld:t o que

des de que fiz este termo Pem Leme ,o moço visto pelo dito juiz mandou que lhe tomasse
escrivão dos orfãos o escrevi. Diogo Miendftl seu protesto e matHlou Ludo escrever e de tudo
• João dP Brito Ca:são. fiz csk termo c.;mo parece Pero lA·me o lllO(.'O
escrivão dos ol'fàos o escrevi. - .João ele Brito
Papei. Cassão - Hiog,ó i\Ieud~s.

Uma earbi de dada .d<· lerrns pan1 fazer ca- Dou rr eu l'S(Ti\'r10 que citei a Diogo Mendes
:sas na villa :1s (JWH·s deu :1 Camara de vinte para as parti! lias Pero Leme o m0ço cs<·riYilo
braças de' chãos as q1ml's estão delrás das casas o escreYi. Pero Lemm:e.
que são de Domingos de Gócs escrivão della Do-
mingos Cordeiro sendo Pscrivão ela Camara. Somnia ioda csla l':izcnda coHll> pelas ad-
dições alrás consta <,e11lo e doze mil e üiloccu-
Outra carta de dada de terras de du.ze11la1; tos réis q11e partidos pelo meio cnhe êÍ pa1:l_e
braças as quaes lhe vendeu João Paes mora- do viuvo citH'Ot'll1:t <' seis nüi (' qualn1c,•ulos n·1s
dor na villa de Nossa Senhora ela Coí1ocição e onlra !anta quantia :í park d._~ Sl'll l'ilhu lllL'-
- 212-

r a loallrn em d11z<•11tos 1·éis o qual tudo foi


cn I l'<'g11<· a Jo;io Pacs po1· l<•r a moça {'Ili ,·asa
a mo<:,, po,- lló>IIJ(' lg1wz e o dito Jofío Pacs S<'
holl\'(' j>IJI' <'llll'cgu<' d<· ludo (' d • ,·01110 S" ('11-
lrc gou fiz C'sl<• 1<•1·1110 <'lll quc- s' assigi1011 com
<' dilo j11i;,; d >s od·ios Pc•ro Lt>mr o moro {'s-
('rivik dos orf:ios o c·sc·rc•,·i João de Brito
ANTONIO CASTANHO
Ca,. ·ão - .João Pa ·.
1Sem testamento
( Srq11 • í•· u co1111J das 11st,1s l •
lN\lt:NTAl-?10 lfi:l l

.t\('oslei aos dezoito -dias do mcz de outuhro


cl1!mil e scis<·(•ntos e vinte e cinco ~1m1os duas
quilaç<'ws alr:b uma cio padre vigario João Pi- ANNEXOS
menlel de oito missas outra do pad,-e frt>i l.(•iío
c·om1, por as quilarües alr:ís consla as quaes fü~
acos(('i por 11w1Hln<lo do juiz dos ,orfãos .João de
ANT~NIO DO CANTO DE MESQUITA
Hrilo Cassiio ele (JtH· fiz este termo l'('ro Lc•rne
o 1noc:o 1·scrivilo dos 01·rfíos o escrevi.

Hc-cehi <k Diogo .\tendes a t•smola <lt> oito


missas que diss<.· por sua mulher que Deus km
e por verdade Ihc dei úste por mim feito e as-
AFFONSO GOMES r)
sigrrnclo hoje 11 de• maio de . . . . . . . O vigario
,foã.n Pimentel.

DC'daro .......... <[li(' estou pago de I>iogo


~Jc·nd<'s ............. , ...•.......•..........
.
. .. . . . . .. . . ... . . .. . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .
hoje 12 <11· 011t11hro ..... Frei Le,ão ..... .

Visto em c,orrciçüo o juii


tome Cllnla ao tutor. Cisne.
- 220 -
Brasil etc. nesta dita villa nas casas domJ.e es-
la dila sua irmã Pero Leme o moço escrivão tava a viuva Margarida Pires veiu fo juiz dos
dos orfãos o escrevi com declaração q Uie a .ne- orfãos Salvador Cardoso de Almeida a dar-lhe
gra por ser só fioou á dita viuva eu sobredito juramento para que declarasse se ficaram al-
o escrevi. - Brito - Fran~isoo de Proonça. guns bens do defunlo seu marido o capitão An-
touio do Canto e se fazer inventario e se lhe
Seja notificado o procurador da viuva que devem alguma oousa C')lllo lambem se deve al-
. ..... . . ... ... . . . ......................... guma cousa e os herdeiros que lhe ficaram o
.. .... . .. . .. . .................... . ... .. . . qut: ,e lla prometteu de dizer na verdade tudo o
que soubesse debaixo do juramento e disse que
Ao derradeiro d,e maio de seiscentos e vinte seu marido fizera testamento na villa de Tau-
e cinco annos req ucri a Francisco de Proença vaté e na dita villa ficara o testamento em
o despacho atrás do juiz dos orfãos .João de poder de Bartholomcu da Cunha .. .. ... ... .. .
Brito Cassão e me deu por resposta que clle ........... ' ............................ . .
acostaria quitaçfío comtudo o houve por reque- se pagarem suas dividas que eram muitas e de-
rido de que fiz este termo Pero Leme o moço clarou mais a dila viuva que nflo possuia mais
escrivão dos orfãos o escrevi. Piero Lemme. que um negro velho por nome .Jpn•mias e um
rapaz que não sahia . - ...... . ... d(' Anl nnio Bi-
Visto cm oorreição. Cisne.
cudo morador cm Tauvaté (' lamlwm linha
uma negra que o defunto s,eu marido .Antonio
Pires dera a umá filha sua e que routra ('ousa
não possuía e os herdeiros que lhe ficaram eram
L VENTARIO DE Ai 1T01 TJ() DO CANTO DE
os srguintes Maria do Canto casada com José
MESQUITA Ribeiro e outra solteira por nome Anna Maria
do Canto de treze annos e que não linha mais
Auto de inventario que man- que declarar de que de tudo mandou fazer o
dou fazer 4> juiz dos orfãos Sal- juiz este auto em que pela dita viuva por não
vador Cardoso de Almeida dos saber ler nem escrever se assignou a seu rogo Do-
bens que ficaram por morte e mingos Dias da Silva oom o dito juiz ,e u Jorge
fallecimento do capitão Anlonio Lopes Ribeiro escrivão dos orfãos o escrevi. -
do Canto de 1'l~ta. Salvador Cardoso oo Almeida.

Aos dois dias do mez de outubro de mil Com declaração que debaixo do juramento
seiscentos e vinte e oito annos nesta villa de lhe encarregou a curadoria de sua filha e ella
São Paulo capitania de São Vicente estado do
- 22~ -

acceitou sobredito o escrevi. .\ssigno a rogo que cllc promctteu fazer assim come,> lhe foi en-
de minha tia Margarida Pires . .._ Dorning,().~ Dias carregado de que fiz este autuamcnto, em que
da Silva. me assigno com o dito juiz eu Diogo Cronçalv,es
escriviio dos orfãos o escr,evi. Salvador Car-
doso de ·Almeida - :'.\lanuel Gomies.

11 1 VENTAHIO DE AFf·ONSO GOMES Tiluln dos filhos

Auto ,ie invt•ntario qne inan-


r João Gomes casado.
Manuel Gomes casado.
d:ou fazer o jtuiz d()s orfãos Sal-
vador Cardo o de Almeida por Sebastião de seis annos.
morte dr Affonso G-0m~•. Todos filhos naturaes.

Term-0 dos avaliadores


Anno do Nascim<.>nt<J de Nosso Senhor .Jesus
Christo <le mil e seiscentos e oilenta <' nm m1- E logo em dito dia mez e anno a~rás (escri-
nos nesta villa de Silo Paulo pni-tes do Brasil pto e ckcÍarado pelo dito juiz foi_da<;~ Jnrament~
de. nesta dila villa nos ,mzc dias <b llH.'Z de dos Sanlos Evangelhos a lgnac10 I nnentel e ,l
scl{'mhro da dita era nas casas (' nwr~idas de Pedro Simões qne l'ossem avaliadores e mandou
Pedro Simões da Costa vciu o juiz d(' :)rfftos 0 dilo juiz aos ditos avaliassem os bens que
Salvador Cardosü de Almeida com o C'S<Tivào moslracics lhes fossem de que fiz este termo cm
de seu cargo ,e avaliadores ao diank J10mc.ados que se assignaram com o dito juiz ,e~ Diogo
para effcito de se faz r inventario d s bens e Gonçalves escrivão dos orfãos o escrevi. - Al-
fazenda que ficou do dilo defunto• e rna dila casa meida - Iguacio Alvres Pimentel - Pedrio Si-
achou o dito juiz a Manuel Gomes filho do dilo mões da Costa.
defunto a quem -0 dito juiz deu juramento dos
Sanlos Evangelhos sob cargo do qual lhe en- Foi avaliada uma balança de pesos de
carregou que désse a inventario todos os hc·ns meia arroba cm sna avaliação de
e declarasse todos os bens assim moveis como dois mil réis 2$000
de raiz dinheiro ouro prata encommendas seus Foi avaliada uma frasqucira com cinco
procedidos dividas que a esta fazenda se devem frascos em sua avaliação de mil e
como as que a fazenda fôr devedora e se fez duzentos e oitenta réis 1$280
testamento e os herdeiros que lhe ficaram sob Foi avaliada outra frasqueira com sete
pena que escondendo alguma cousa de ser "tido frascos em sua avaliação de mil e
por perjuro e de incorrer nas penas da lei o seiscentos réis 1$600
lalil'lli:io l' l'SlTl\':l!J d )S t>rl':ios o t'S(Tl'\ i. Ga-.- Si,, :\liguei l' Sft 1 (;ahrit-1 e· ·1 todos os anais
par dt• Pinha - .João :\hu-i(•I. s:rnlos d:t cprll' do céu dianll' do PIPrno Dc'11s Í
Prinwirnim nk <Hssc q11c sendo ~osso S,•nhor
Em 110ml' de Deus aUH'JL Saibam quaulu.s sl'rvido ll'vnl-a desla vida presl'llk qucri e r c,_,n-
t•sll· p11hlico iuslr11llH'lllo d(' <·edula de ll'sla111c•11l.i lc•nlt' qul' sc11 corp) S('j~l c•nkrrndo no :\losle1ro
\'irem que 1w a111JO do , ·asl'imenlo de i\osso de . · oss:, SC'll h 1r;1 do Carmo desln ,·ilia e 110
St·11l101· .Jt•sus Chrislo c!P mil • st'ÍSl"l'lllOs t· , i111l' dilo m ,slt'ird 111:mda st• lllc digam dl'z missas
<' quatro annos l'lll os dcz<·sd(• dia, d,i llll'Z d(• n•sadas , 1 . ·oss:1 Senhorn do Carmo dl'st:1 ,·ilia
dl'Zl'lllhro elo dilo anno 1H·sla ,·ilia de São P:iulo q qlll O r •nwm•st'..'Utl' dl' sua Lcrçn dei_'.:1 a sl'1_1s
da c·apilanh, de• Sfío Vkt•111l• da <·oshl do Brnsil l'i)lrn!-. t' quc seu rn::iridn .h1iin dl' Prnlrn S('Jª
l'l<'. n(•sta dita villa 11:ts po11sacl:1s de Bt•r11:1rdo d.1 sen tc~lamcnll'iro t• foç-a por sua :tlnrn como ella
:\lol la aqui nrnr:1dor adonde l'll puhlieo l:tlH'l- fi;>;('l':l peln s11:1 dl'I le l' que assim_ as rniss:1s .c·omo
lifío fui chamado l'Slando ahi doente drilada em os n t· ,mp:i 11 hn11w111 os <!lH' 1lw r,zt•n•n~ :1ssm1 da
uma rêck Domingns Anl111H·s mulher de J oüo hnndcirn d:1 .\l ist•1·icordia t·omo os nrn1s ncompn-
dl' Pinlw aqui morndor mas em seu perfl'ilo nhanH'lllos st' pngarüo no que' IHHL\'l\r pel:1 krra
juizo t· l'llkndi111t·11t•, s •gt111do parecia logo uhi por<(lt:111l0 n·-w 11:1 clinlwirn. l' qut· <:'lia lem t!ua-
llll' l'oi dilo por t•lla l>omi11g:1s Anlu111·s a mim 11'1> l'ilhos do dilo st•t1 nwrido :1 salH'r :\fana e
publico lalwlliiio )H'l':lllll' as leslcmunhas que st· Asc<•ns:i l' lz;1h<'l e u1u machp por nome .João
al'lrnnun prt'Sl'llll's aqui ahaixo assignadas qul' os qt1:t('S sií<1 IH'r<kiros dl'· sl'llS li •ns (' ~)t'dt• e
Pll:t l'Slu,·a dot·11ll' d<· do ·nc;:, que Deus ~osso ron, r, 1
:ís •·111slin1s
,
de Sua .:\lagc•sl:id(• t' .io dilo Sl'll
S(•11hnr lh,· deu l' <1ue pnr 11fio salH'r o dia (' m:irido <flll' os dilos seus l'ilhos os ('Ili reguem _~l
hor:1 em que Deus .Nosso Senlw1· fosse ser\'ido 811 : 1 rniít· :\larin Lucas para <{lH' os lt·nhLl {' crie
lt•v,ll-a para si disse <' J)C'dia a mim lahclli:w lhl' t'lll s~u pode,,· l'lll(}ll:lllln ,·lla fôr viva porquanto
l'izt•sst• Psla c•pd11h de ll'sl:nncnlo para por ella t·omo sua m·ó <flll' é olhar:'t por l'lles como s_eus
desencarregar sua t·onscirnda 1·omo l'ü>l chris- netos qul' são t' que pnr:1· qtll' ollH•n_1 })l'l:~s dllns
lii e deixar suas cousas pnslas em ordem ,e• 11rn- meninas l' llll'llino se IIH· enlrt·g-ira a d1t:1 sua
nein1 <'orno 1!'1p de ohrigaçfio iodo o fiel chris- miie :\laria LtH'ilS umn 1wgra por 110111t· Barb:1ra
tiio '> (fllt.' Lud.i (, dn nwnt·ir~1 scgninlc: eom um !'ilho l' duas l'ilh:is qlll' l<'ll1 para que
Primeiramente disse que ella cncommc1Hla,·a olhem pelos ditos meninos ponp1anlo Sl'll pac
sua alma a Deus 1 \>sst, Scnhbr que a criou >ti não poder:'t dlh:1r p )r elles por ser l.wllH'lll que
remitt com seu precioso sangue e pede á Yir- llw 11:1 dl' Sl'r ,w,·ess,irio ;indar por lora e desta
gem '.\'ossa Senhora se lembre clella e seja sua matH·ir:1 cliss(' qut• lrnvia seu lc·sl:1111~•11l0 por í~•ilo
inlercPssora dianlc de seu pn·cioso Filho t· o e acahnclo l' p,•di:1 a lod:ts :is jusli<:as Íl'C('ks1:1s-
nwsmo pede e roga a1>s b--\nrnv ..·nturados a11jo-. <':1s cnmo st•t·til:ires lhe dt•rn \'l'rdndcir.i nrm-
- 23H -

das (fll(' vivessem l' de ('Orno se deu por c11tre- Foi publicado JO despacho acima pelo doutor
gue dellas fiz este termo que assign,ou Amhrn- Miguel Cisne de Faria em suas pousadas e ,em
sio Pereira tabellião que o escrevi <' l'scrivâo cumprimento delle dei vista ao promotor ~ eu
dos oríãos. - João Maciel - Gaspar tk> Pinha. Manuel Godinho ele Mattos escrivão da Pi ove-
doria-mor qnc o escrevi.
Conta que deu J,o~i-0 tlt• Pi-
nha neste inventario da defunta Vista
sua mulher Domingas ,\nl,-mws.
Falta por cumprir neste testamento:
Anno do Nascimento de Nosso Senhor .Jesus 1fostrar quitação de Maria Lucas. .
Chris[,) de mil e seiscentos e trinta e Ires annos Da 11e,1ra por nome Barl,ara com um filho _e
aos dezoito dias do mcz de agosto da dila •era duas fillu~ que a defunta deixou á dita ?Ia~rn
nesta dil:1 villa de São Paulo capitania de Si'ío Lucas e com isto . . . mandar passar qmtaçao.
VicentC' em pousadas elo doutor Miguel Cisne São Paulo ....... 633. Dio~o I.. op<'·S Ramos.
<le Faria provedor-mor das fazendas dos d,ef1111-
tos <' íausPntcs capcllas resíduos e orf'ãos cm 1odo E logo no dito dia mc:t e :umo ~trás dccl_u-
estado do Brasil appareceu João de Pinha tcs- rado pelo promotor Diogo Lopes Hamos me fo·
tamc•nlciro da defunta Domingas .\nlunes sua ram dados estes autos com sua resposta :1 (!L!al
mulhc•r 1· por elle l'oi dito que vinha dar conta notifiquei ao testamenteiro por mandado do dilo
do dilo testamento e o dito provedor-mor lhe provedor-mor e pel10 testamenteiro foi rlito que
tomou c·onta e de como assim foi assignou aqui avó ela defunta residira sempre em casa tlellc
o dito lPstamentcfro <'om o dilo provedor-mor testamenteiro com s,eus rnctos e com as pe-
e eu Manuel Godinho de Mattos escrivão da ças contendas na ,~esposta do promo_tor e ,~ue
Provedoria-mor qn-e o escrevi. - Cisne - João · ahi falle0era e <leixa outra vez as ditas peças
df\ Pinha. aos ditos seus netos como justificará por teste-
munhas e eu Manuel Godinho de M~ttos es-
E logo no difr> dia mcz e anno a'tr:is deda- crivfio da Provedoria-mor que o escrevi.
rado fiz estes antos <·,,nclnsos ao provedor-mor
o doutor Miguel Cisne de Faria para mnndar E logo O dito testamenteiro apresentou por
o que lhe parecer justiça e eu Manuel Codinho testemunhas a Bastião Fernandes e a InnocL:n-
de Mattos escrivão da Provedoria-mor quC' o es- cio Preto moradores nesta villa aos quacs º, dito
crevi. proYNlor-mor dPn juramento dos Santos Iwa1:-
H a,i:1 o pronrntor dsla. gclhos e I hcs encarregou que de~larassem , se
Cisne. passava na verdade n resposta do dito tcstnmcn-
2m -
- 218 -
llwr Eslacia 111,· deu lh mingos l· ,·1·11:11Hks 11.i
!';1111:td( s 1>:1u:,,
., llld( 1 11:is c·o11s:is q11<· lin•r <'lll amor 1· <Ti,1<,'::Í J Jllt'll f'ilh,1 me d li p:u--1 111(• s,'1'-
rninh:1 <':tsa ,·ir 1·111 minll:l vid:1 os quacs mando que po1·
D<·ixo d<· 1·smpl:1 :í S:111la )lis,•ri<'ordi:1 1nil minha rnorll' llll' tornem a dar <'0111 s<·11s l'i 1!los
n~is p:1gos no ([li<' h >llW•r por 111i11lw <':1s:1. tirando 11111:1 l'ilh,t a mais \'ellrn l'rs11L1 <Llll' a
1)<·ixu I r0s <Tllz:ul >S :1 • ·oss:t S<·nhor:i do tki :1 minlrn 111·lu )bría dl' \'il'loria <' 1 i111 aul1,-
Hosario p11gos no (flll' 1!011\'l'I" por mi11ha ridadl' d,> tlitll 1) >1ni11g,1s F,•1·11·11Hll's 1·01110 l'lk
o dir:í
P<in :to 1·1'\'l'rl'JHlo p:tdr~· , igario .Jo:io l'i- D<·í,o :1 11d11lw l'illrn ~l:1ri:1 Lurns lllll r:1-
mi ,ll<·l ,' 11 <' n1·0111p:1111Ji• ITll'II <'Ol'J>O • dar-se-llll'-:Í paz por lltJllH' .\gostinho d(.• rn1<_'i'io rarijó o qu:d
() <(lll' (' <'OSllllllC. llw ll·nho dad i lw rn11ilos a1111os sPndo prqn~'llO
l>,·i:x(, <' pC'<'•J :1 111v11 primo B<·rriardo da (jll<' o <'l'ÍOll .

.\loll:1 por lll<'ll l<·sl:1111<·11t •iro <· l'ac::i p ,r mim Tl•JllW lllll Ili JÇO por llüllll' Lo.rn·nro f'illio
('()Ili{) ('li l'iZl'l':t p,>1' SIHI :lima. dl' hr:111<·.ri sl' :tlgum ll'mpo :tpp:tr:·c<'I'
l10llll'lll
S('ll lh 'o dem l'')lll pag:u· :l (Tiacfto :1 llH'II',
():lt'
1kixo dt·p iis <11· s<· 1>:1cr:1r1'lll l' S('l'{'lll l'lllll-
• I">
l'ilhos neslt pnrlieular desPll<'HITt•gq mi11h:1 <' >ll-
pr,dns os l<'g:tdos miss:is ol'li<·ios l' ('Sll!Ol:1-. (f lll'
d1•ixn o rc·11w11c•s<·,•111(• d:1 minlw krc:t <l<'ixo H Sl' i l' 11 eia.
.\ssilll llOll\'t' <·slt' l<'sl:1111(•1!1,1 por· bom ,, \':1-
mi~1h:1 11<'1:1 )lari:1 d1• \'i<'tori:t.
liuso <' l!n,•.1•1Hlt> algum, ..... por n•,·ogados ·t·
1)iTl:11·0 <jll(' 11'·10 t{ 1 lllW p·1g(> :1i11d:1 :1 lh'lllllllll
qut>hrado son1t·nll' esk ....... :ís ,iusli<;as de
dos llll'IIS l'ill1 ,-. 1n:t<'h >s :1 kgil im:1 (Jlll' lll'rda- Sua )lagcsl:1dt' d:ir inll'iro <'UlllJH'illH'lll'i L' 111:111-
r:1111 di· s1·11 p·1t· qrn· l>c·11.-.. h:ij:1. 1-: Sl' :tlg11111 dos
dl 111 guardai· l' ('Umprir t'sk llll'll ll'st:JllH'lll > por
<'.tsados 10111011 :tlgulll:1 ('dllS:t por S('ll ,Ílll'lllll('ll- s<·r assim minha ullim·t • derrndeira ,·011ladt•
lo n d1'<'l:11·<•fll pw·:1 dlc·ilo dos solll'iros ,. rn,
l' rog11t>i :1 li:tsp:11· de Brito este l'iz<'SSl' (' assi-
m:1i-. ll•r·<·lll partes.
gnass<· p 1 ll: mim 1w1· l'II ser mulhrr e n:io s:)h,·r
lh•darq (ftll' t<"nho uma nwm •luca t'illJa d<· assignar t· ju11t:1menk 1·0111 as sei<' kstC'm11nlws
hr_an<' 0 por 11011H· P:1111a !'ilha dl' 11111:1 india :1q11i :il>ai:o :1ssig11ad:1s t'lll Sií.o P:1ulo L'Ill dl'-
m, 11 h:1 por n )llll' C:1lharin:1 dizem sl'I' de H:il- z<•s1•is dl' l'l'\'l'l'l'iro de mil e seiscentos e vinte
l;1:1zar da Co~la qtH' J>c·us lw ja por ·aJc1111ha 1' ttualro annos. ,\ssiguo lh>I' min~ l' por :1 ll's-
Iro .. • .. .' .. dP1xo-a forra lil><·rt:1 por allHJI' de lttdor:i Ga.-,1>ar de Bril~• - .\n lonio Pt•rt·s Ca-
1><·us dt·rxo a dita P:1111;1 :1 meu primo Bern:1r- lhamare~ - Pt>ra Gm1çah1{\S Yar,•jão - ,\ 1lonio
do ela .\ lotl :1 q11<· a arnpan· e :1 sustPlll<' c olhe ~ mu ;-; Pn-la - Innocencio Prdo ~lam.u•I Es-
por <'lia J>o1· :11110r de D<'11s. leV't'S - .Ueixo I..tMnl".
.. Dl'<·l:11·0 lflH' um incliri com s11:1 mulher •
1rlhos po1· ll<>111t· B:tlth:1z:11· Arnnissú l' . ua mu-
\l'rn1ro . ', lí) - G t ulo )Iad ira ......,1 Mauuel OS
. Je,1"·'os
i::,"U •
todos· e lhe fi('ar a terca

e assim mais
•-
.\ntune . lhC' foi entreo-11c a parlt' que largou Sebashao
b -
J• ernandcs e Innoccncio Fernandes qrn' sao onz<'
1·: logo pur Sehasliàu Fcniandes Prelo e In- mil r seiscentos digo onze mil r quinhentos •e
noccndo Feruandt·s foi dilü aos flitos l'Pparli- sessenla réis e de como se entregou de tudo ,as-
don's t• juiz dos ol'füos q ,e 11:10 qu ·riam nada sim ela terça como da parte que Sebastião I· er-
que o que lhe (':tbia larga\':1111 lud, d · sun lhre nancfl>s e Innocencio Fernandes largou para fn-
vonladl' para SL' t'azur 111·111 p l:í :dn1·1 cl • smi zer bem pela alma de sua mãe se deu por en-
mãe e Llc comi 11fto quizt·ram ,wda do q11e lhe tregue e satisfeito de tudo a seu ~ontenlo como
cabia do 1novl'I st• assig11:1r:tlll aqui e ,m <> dilo• sr assignaram aqui com o juiz dos orffíos e re-
juiz dos orff1os l't>ro L!'l1ll' o moço i('Sl'l'inio dos partidores fiz csle termo Pero Leme n moço
orfãos o escrevi. lnuneenrio .F1•ruaaul,•s - escrivão dos orfãos o escrevi. Brito r-- Ber-
Seba. tião Fnmnul · Pirelo. nardo da :llotta - Gon\•alo ~ladeira - .\lviaro
Ne-to.
Quinhiio d1• Ga. 1mr Ft•rnan-
dm, ,. C 1. lodio F -:-uamlPs. Parlilhas das peças Corras

Foi dad'> :1C11sl,,di, FPrll:lllll ·-; , w.i irnt,io E Jogo no mesmo dia mcz e anno atrás .es-
esk sitio, (!li!' foi :1valiadt1 <'Ili qu:1I ,rz · lllil r<-is criplo e declarado no mesmo di~ t~dos os her-
qu(• l'i<"am dois mil t· qualrt><'elllll:-. 1· ,;is ,k 111·1is deiros junlos e cada um por s1 disseram que.
os <ptal's ,os deram a H,•rnardo d,1 .\hll,1 p.·l:t cad:i um tomara sua peça a seu ,contento. qnc
parle· da ll'rra ,·isto t>sl:tr tJÍlrigwl , :i t·umprir ni"to queriam mais que uma pera que llw Yrnha
os l!·i.pidus 1s q11·1 •s S<' d<'rw11 p 1r ·nt,·cgu,·s l' a cada um <lcllcs primeiramente :\lanu('I ,~n-
salisl'cilos :1 sc·u c·u11l<·11!0 t' .JS :1,·:tli:1dores o ,·-11- tunes lhe coube uma moça po1: nome yau~t~~rn
lrcgaram . ...... . . se assign:wam acftri lo d .i .-. .. .. . a qual levou logoi e s·e entregou delta e Sebas:1•~:>
escrivüo dos orf:1os o •s TC\ i digo licarn de- F l'rnandes levou outra moça por nome Genebr <l
vendo ao dilo Bernardo <.la jlolla dois mil 1C a qual levou logo e se entregou fogo 1dclla a
quatrocenlos t· <1uarenta réis eu sollrcdilo o cs- seu conlento e Innocencio Fernandes levou um
cre,·i. Custodio J:<~ernand&S - Alvaro . elo - T moco por nome Francisco com sua mulher por
Hrilo - Gaspar Fernande · - Gonçal.o ;\faclwra. non~e Felippa já velh:r e Gaspar Fernnndcs levou
um moço por nome Miguel o crual se entregou
E logo no mesmo dia mcz e aunu alrás ,es.! 10110 delle e Custodio Fernandes levou um moço
criplo f,ui entregue toda a mais fazenda deslü ~. nome Francisoo O qual se entregou logo
· im•t•nl:.ll'io a 13crnarcb da Molta para cumprir dellc e todos os mais juntos se rntrcgarnm :1 s<·tt
E loofl 110 nH'SlllO di:1 llll'Z <' ·111110 :1lr:\s l'S-
<'Onknlo e S(' assig11aram aqui e ,m o ,1111z dos
criplo e• ~kcl:1r:id 1 . . . . . ditos ht•rdeiros foi dito
1

orl'ãus <' os pari idores · e11 J>l'ro Leme o 1110<· ,


ao dilo juiz ....... que sohrarn um que ►"ºL.· -
escrivão dos orfãos o <'S<Tevi. Seba!-liào FPr-
ja\'H um· r:1paz o qual c·lles s~ h:_1_n:riam_ ,1·1'.m
nandt Prieto hmocpm•io Fernandt>.-. - \)la-
c·lk uns 1'0111 outros e pel11 dilo ,1u1z foi dito
nuel .\nlrwu s Ga. par Ft•rnandl~ - .\lrnro
qul' irmftos <·r:1111 qtt,• SL' h'Hl\'l'SS,'lll bem uns
Neto.
com ,Js outros <' dt• tudo riz -<•st<· ,termo Pero
Li·mi· 0 moro 1•s<·ri\·:ío dos ol'l'iios que o -esereYi.
1'.. log" no mesmo dia 111 •z e anuo alr:'ts •s-
('l'ipk, e d clarado pelo . . . e nwi parli-
clorPs foi nlregue a lkl'llar 1, da ;\lott,1 ns pt'ra E logo pl'lo dilo juiz (' mais os ,tvaliadort's
dn terça <'.onforme ao despacho do ouvidor g<'r:d foram acahadas estas parlillrns eom declaração
!. azaro F •rnandPs as <{lt:.lf' · J)(•~·as sfío :1s ~e- qtH.' han•ndo algum c1-ro a todo tempo se <les-
, guintcs uma n 'l"l p >r noml' Catharin:i jií d1• lar:'t ticnndo ns terras por partir e <le Ludo fiz
idade C' uma por nomt· Fr:111C'isC':1 s11:1 l'illt:1 .i l'Sll' termo f>,t>ro. L<'llll' o 1110<:o t",<Tivão dos or-
qual se dt•u log< p r •11lrL'glll' dcll.1s · .111111:i- 1':ios o l'SlTC\'Í.
menl<' lhl' l'oi ntr gu...: 1m raJl:tz por nome· Lou-
rc·nço filho <IP hranoo o <pwl o li!o juiz t'll-
Dl'\'l' - s(• a l'C'ro LPme d qut• 1H•sll• i11-
lregou ao dilo Bcrnnrd, da )loll:i p:ir:1 qul' ·1 Y<'nlario Psc-rew·u d;i rasa <'l'lllo ,·
lod tem1 qu · lhe sahir sc•u JHte que , p •<·a
trinta r{!is
lh'o enlrrganí p·1gand , a criarão 11<-I k <·0111'111·-
])o autuaml'!ll'l do i11,·t·n lario qu:11·t•nl:1
1un ao l slamcnlo l' assim mais lh · 'l'11lre1fo11 1111a ;,;()JO
mo~;a p 1· nome Paula l'ilha dr hranco a qu.d réis
Jh- lermos cento e quarenta t' sele r:•is :::;l lí
llút entregou conforml' a v{•rl,a do Lesl:1111,·nlo
;li,H)(}
que a dcfunla dcL·av:1 a su:1 11 •[;1 ~1111lh<·r <ll- De dois dias for:1 c1ualr,H·e1Jlos r{•is
Bernardo da l\lolta digo ao dilo Ikrn:tnlo da :-;280
lk dt:irüt•s d11zenlos l' qj[c11l:1
.Molla e como testamenteiro clclla dl'1'1111t:1 com
declaração que fica obrigado a cumprir os l<-- Somnw
gados que para isto lh · dei. · 11 ·ua tcn;a • d ·
cc,1110 se entregou de tudo assignou c.i111 o ,1u1z ,\os aYaliadores a cada um <la av~lia-
dos orfã s e o mais avali:tdorvs f>l'ro Lcmt· ~·ão quinhentos e cincocnta réis a
o moç escrivão dos orl'iios (1 l'S<T ·vi. .\1- 1.-·100
!'ada um somma ambos
,•a;--o N1.ilo - Hrrnard~ d, )folia - ~Gon~·c1I •
"\o juiz dos orl':í.os sclcccnlos e quarenta
1\ladeira.
réis
271- - 27,) -

Oulrr> 11':l\'(•ssl·ir.i j:í us;id, dl' linh > Eslanho


dt1z(·11los r<·is ·:wo
l·uj :l\·afi:1da 11m:1 n~d(• l,l\T:1d:1 11s:1d:1 /('Ili Foi :i,·:il'iado um pralo gr:mdl' de es-
c·i1H·o JH's is 111il t· S(•isc·l·t1los l'<'is l X(i()() tanho e outro mais pequpno l' 011-
Foi :l\ :ti i:idr, 11111 í'ohl'rlo1· usado e111 lro dl' meia <'Osinha e cinco pequl'-
<'ÍIIl'o JH'S J<; 11111 <· '>l'Ísc·l·1ll ,s rC-is ÍK(j()() nos l' um s:deirn que ludri pesou
qualoi·zl' arralcis o arralcl m·aliado
Teares : 1 <'Cnlo e sesscnla rl'is que monta
dois mil (' dllZl'lllOS l' (llH\l'l'tlla
For:1m :iv:tliad1is dois le:..11·1•. <'Olll sl'us réis
01·11:11111·11lus lodos <·111 q11:ilro mil Foi :irnliado 11111 lacho de rohrc nsa-
r{·is
clo (flll' pesou quinze urrateis a qua-
Foram ,l\:tliad:rs s<'le C'Olhert·s (' uma lol'ze \'ÍlllL'llS o arralel 1110111a <pialro
lmnlJolad('ira qtH' pesaram mil e mil e duzt•nlos réis
oi[,<JC·c·ntos (' q11:w •111:1 r<'is h810 1 ·on· ro,ic'(:S dl' r,H:ar f.,r:1m :tYaliadas
For:1111 :tY:tli:1<Jr,s 1111s pL·:-. >S dl' 11wia ar- c·m cl UZl'll tos rC•is cada uma um:1s
1·oh:1 c·,,111 Sl'll hr.1<· J ('lll dois mil pco1· outras ([til' ,onrnrn ao lodo rnil
r{•is 2K()()() 1:-..800
e oil()cl'nlos r(-is
Foi :n·,tli.id:i uma c·.11. a grnnd(• dl' cinco For:irn aYaliadas sc'll' enxadas cada uma
p:tl111os e 111,·i , dig.J sl'is e meio iem em doze , inll'ns qut' somnw ao l<1do
quatro p· lacas ·()111 sua frclwdura e mil e seiscl'nlos e oitcnla rl'is lx680
chaYe Foram :n·aliadas seis enxadas mais p('-
Foi a,·aliado um til111ofariz t•m qualro-
c·1·11los r(is
qucnas usadas a seis vinl~ns <'ª:!ª ~720
1mm monta sl'lc·eentos e Y1t1ll' reis
F, i :tY:lliadÚ 11111 c:1slic;:d de lat:io em
Foram a,·aliados dois madrndos l'Jll
ll'l'Zl'lllllS l' ,·i11 I;• l\'Í'
qualroc('nlos l' uitcnla réis
Foi :1ntliada 11111a nrnl'nt de• fp1-rar gado
Foi :n-:11iada uma l'llXÓ de rn:1o em C'l'nlo
1·111 c-.e11lo t' s ·ss ·11t:1 r<.'•is :-,;JliO
e sessenta réis
h,ram m aliadas Sl'is foic1·s dl' segar
trigo t·m d11:1s p:tlac:1s xG10 .\os Yinle 110\'l' dias do mez k:le t~tgoslo da
sohrl'dita era no ll'rmn desta ,·ilia ondt· se dia-
Lou~·a branca
ma Urnn1hi ondt• Yl'Íll n juiz .Toão de Brilo C:1s-
Fol':tm :tY,lli:idos seis pl':tlos JH'(Jlll'll'>S e s:io e , 111 .>s :iY:tliadores :l\·:11i:1n1m :1 l':1z1•1Hla
lllll m:tior 1·111 ln·z.·nl·,.., l' vi11t · '!'•:-is mais neste im eiil:ll'io :11>:ti_..,;,, l' :1tr:í.s 11011w:Hh
- 2i6 - - 277 -

a qual é la! rnmo por rn <filo inventario se verá cima .............. com seu quin-
eu Amhrosio Pl'l'rirn cscrh°:í'> dos orfãos o es- tal até dar na outra rua defronte
crevi. de João Pacs em vinte mil réis 208000
Foi avaliado um chapéo novo em qua-
tro patacas 1$280
Foi avaliado um colchão de panno <lc
Foi avaliado um rnpolc de picolc ve- algodão cheio de marcela cm duas
lho cm scisC'entos e quarrnta réis $640 patacas
Foi nv:1liada umu prensa em oilo pata- Foi avaliado um catre de torno 1usado
cas 1$280 em duas patacas $640
Sltio da r,oça Foram avaliadas duas cadeiras de es-
tado velhas a pataca cada uma
monta $610
Foi avaliado o silio a casa oe tres lan-
ços com seu corredor coberta de Foi avaliada uma frasqneil'a de páu
pequena ,,;320
telha e uma casa da gente outrosim
coberta d(• telha e com um pedaço Foi avaliada uma cadeira rasa velha 8160
de algodoal e mandioca que tem Foi avaliada uma caixa arande ele seis
dentro t'm si tirado um pedaço que palmos e meio digo :,;ele e meio
é de l\Iarcos Fernandes e um peda- com umn l'cchaclura de cnnclla
cinho de algodoal do dito Marcos branca cm mil e oiloccntos réis 1x800
Fernandes, foi tudo avaliado tirado Foi avaliada outra caixa de seis palmos
um pedaço de Lerra que se diz não e meio com sua fechadura em qua-
ser do quintal <fo drfunto ,em trinta tro patacas 1;-;280
e dois mil réis 32$000 Foi avaliado um espelho cm . ~inco los-
Foi avaliada uma cunha em duzentos lõcs .;300
réis $200 Fornm avaliadas umas botas novas em
Foi avaliada uma foice digo podão )lc- quatro pa1acas 1$280
qucno em cento e vinte réis 8120 Foram avaliadas outras usadas bolas
usadas elll duas patacas
Casas da Tilla Foram avaliadas outras botas velhas
cncabeçndas cm quatrocentos réis $100
Foram avaliadas umas casas <ln villa
ele um lanço com um repartimento Foi avaliada uma mesa com sua cadeia
de taboado pelo meio e coberta por ele ferro cm <luas patacas
- 283 -

I>edarou ;1 viuv;1 <fllt' 1inh:i um p íiuc· 1 de Dl'claro11 a ,·iuv:1 <flll' devi,1 lk11riq11 1.· cl:1
algodão t•m c;1r,1ço (!lll' sl'd c·ousa (!e duas ,ou Cunlw ao cldunl r> vinil' l' cinc J :irr:ileis de l'10
Ires arrohas de algodão pouco mais ,011 llH'llos (1 1, :tluodiio
:-,
e <Jlll' lt.·m ahi {'111 l',ISH s,•il' :1rrnleis
o qu<• o dilo juiz mandou qtH' 1a dil.i viu,·:i o <ll' fio <flll' por todos siio trinta e dois :1rral<'is '<k
fiassl' com a gl'llh' C{lll' tinha pura com l'lll' Sl' fiei que lud-i f:1z som111:1 dl' trinta t' d'lis :1rrnll•is
pagar algumas dividas e por assim s ·rc•rn <·on- que l'icam l'lll poder d:1 viuva p.ira :1,iud:1 dt'
lenll's os herdci1· JS ~la11u ,1 Francisco ,. I· rnn- s<• pag:11·em :1lg11111as dividas dt• <[lH' s ~· 1\·z t•.~la
cisco .Jorge pro<·11r:Hlor de J>aschoal Delgado o dedar:H:iio eu .\mhr1Jsio !>(•reira escriviio dos or-
assignaram com o dilo juiz 1• t'll Amhrosio Pe- J';ios <(llt' o escn•,·i.
rl'ir:i lahellião l' cscrivfío dos orl'fíos <flll' o l'S-
<Tevi. ~fanueJ Francir--eo Pinh> - Fram·isc.·-o E desta n1:111t•ira lloun· o dito j11iz (•slc i1r-
.fo~,!( - Urilo. ve11lario JFll' l'í'ilo t· :1cahado com ledarar:10 que
l'ic:i toda :1 l':izl'llcla lallÇ '. tda l1t'Sle inn'nlari<l l:111-
Somma Ioda a l'azenda la11~"1da IH's- rad:1 <' nssim :is JW<:as do g,e11lin d:1 krra ludo
lc inventario lançada <'orno st· n~ <lesH1s enliTgtll' :í elita ,·im·:1 porquanto eram :tlguns llt'-
avaliaçt>cs cenlo e vinl,c l' um ~nil ,· ~;•! ·- gros alr:í :,; dil JS 11 1 st'rl•i íJ t' por mio :1pp:1rece-
centos e quarenta réis 121-·ilO rem algumas l'S<Tipturas e niio eslan·m 11:1 ll·1-ra
Da qual quantia se tiram drzcnon- alguns herclt'iros :llé vir{'lll do M'1·1fío parn cntfio
mil e cento e cinoocnla réis de di\'idns s<' l'azt·n'm partilhas da g<•nle (Jlll' 10s 11l'grus
aqui lançadas neste i1n-cntario rn.·1.>0 trou:-;1•n·m <' d <> que i•sl:1 lanr:ulo neste inr<·nlario
Fica parn se 1rnrlir com a viuva p,or a-.sim serem 1'onlc11les os hL'nkir JS que• dL'
herdeiros cento e dois mil e quinhen- pn•s(•11I,• se ad1·11·,11ll jfanud Fra1H·isc1J Pinto
tos e noventa réis 102!:!ifiHO <·omn her<leiro {' l<•sl:1111t•nt,•iro e Francisco .Jorge
Que partidos pelo meio· calH: ú parle como proc11ra<lor dt• Paschoal lklgado t' que
ela viuva como parece pela conta cin-. Jll(',JT('IHlrJ .ilgum g:1do Oll t><'ra lanc;adn lH'Sll'
coenla e um mil t' duzentos ll' ,10venta i11n·nl:1rio m >ITl'Sst• por <·ont:1 ck todos ai<- se
e cinco réis ,>1-·W,> a\'1·riguar e IPr rnd:1 11111 o :-.rn quinh:lo t'lll S(•II
Outra lanta quantia fica p '. 1ra os poder {' de como :issim ficou ludo <'111 phd<•r d:i
herdeiros ela qual se lira dez mil e\ lit ,- vinYu .\nn:1 de· Fn,ifas e foram conlc'utPs vr>s
centos e oitenta réis de legados que ,o hl'rdPiros cptt' de J>l't'St'nle se aclwram Francisco
defunto deixa cm seu lestanH'nlo 10. ·880 .forge procurndor de Paschoal Dclgarlo l' jfonm·l
Fica liquido para os herdc•ir is para Francisco aqui assignaram tnclos com o dito juiz
se repartir por todos qu:wt'nla mil P <' por a viuva não saber assig1iar 1cu lahclliilo
q11alrnrr11l Js e quinzr r(>is 10.~· llfl assignei por <'lia e a seu rogo Ambrosio Perl'i-
-- 281 -

ra labellião e cs<'rivão dos orfãos o escrevi. E desta conta setenta ,e dois réis feita
Amhrosio P~r,eira - l\lanueJ Franeisro Pinto - por mim JlllZ o primeiro de setem-
Fran<'isco .Jorge - Brito. bro 1628. Brito ~072
Deve-se ao juiz dos :orfãos dos dias
Tt.~rmo d1e pr.oeurailior á ·iiuya fora e partilhas e inventario sete-
centos ,e qnai~enta réis $740
E pelo dilo juiz dos orfãos foi dado pro-
curador: {i vh1 v:1 Anua de Frcilas parn por ella
E cln conta setenta e dois réis que tudo
procurar em l id:ts a, cousas tocanll'S neste in-
somma $812
n·nlario a .Joi.i.o de Barrns de .\hreu ao qua.l
logo deu o dito juiz o juramento dos Santos . . . ,. . Pereira,
J~vangelh is sr)hn• um li\'ro delles que bem e
Aos quatro dias do mez de setembro de mil
Yerdadeirament-c procun1ssc pd,1 dila viuva e
e seiscentos e vinte e oito annos nesta villa de
sua fazenda assim como ll1'0 désse a entender São Paulo pelo juiz dos orfãos João de Brito
o qual assim 1i prornl'lleu fazer sob o jnramenlo Cassão foi mandado a mim escrivão lançar neste
(lllC havin ret'ebido e que> assignou ,aqui oom
invet1lnrio as cousas seguintes por lhe requerer
o dito juiz e eu Ambrosio Pereira labellião e as lançasse o procurador da viuva 'd e que de
escrivão dos orfãos o escrevi. - João de Barro~ tudo c11 escrivão dos orl'fíos fiz ;esll' termo Am-
de Abreu - João de Brit,o 'Ca!-isão.
hrosi c Pereira escrivão cios orl'ãos que o es-
E logo foi pago a João Barbosa o contendo crevi.
no eonhccimcnto aqui Junto a qual quantia re-
Reoehi o qn•e me ooube do salario deste in-
cebeu Francisco de Siqueira aqui morador nesta
ventario e por verdade me assignei aqui ·em os
villa por ter ordem do dito .João Barbosa e de
quatro dias do mez de setembro de mil e seis-
como reoehen a dita divida o dito Francisco de
Siqucira assignou aqui e eu Amhrosio Pereira centos e vinte e oito annos. - Ambrosio Pie-
o escrevi. - Francisco Siqueira. J'leira.
Do que se lançoiu mais neste
Deve-se ao escrivão Ambrosio Pereira inventario.
de rasa termos de auto de inventa-
rio citação caminho fora tudo som- Um grilhão pequeno em $200
ma seiscentos e quarenta e quatro J\Iais vinte arrateis de fio para vclame.
réis digo noventa e quatro $694 l\lais duas perolciras vasias e uma bo-
Ao avaliador dos caminhos fora e da tija.
avaliação e partilhas oitocentos e :'.\Iais um marlello de oro-lhas.
cincocnta réis $850 l\Iais duas vaccas 2$000
- 287 -
- 28li -
J'ãos .Jo:io dt· Brilo Cassfio foi mand:ido a mim
.\):tis um :1lq11l'in· d(• sal :,180
eserivfío qtH' lançasse neste invt•nbll'io '.lS cousus
.\fnis qiwtro g:illinlws :;320
seguintes que atrás ficaram nome-adas por se
.\f ais um Jl(TÚ ::;;1GO
deYPn'm a Paulo d:1 Cosl:1 dr que eu cseri\'ão
i\lais 11111a capa l'lll mil e duzentos
dos orl'ãos fiz este ll'rmo .\ml>rosio J>ereir:1 ta-
(' oilt-11[:1 n~is 1Ç-;280
bcllião l' esrrivão dos orfãos qur <> escrevi.
, lais dois ('t•slos dl' t'eijõt's.
11nis qu:l101·ze :irral('ÍS de ferro t'lll 1u111:1
Divida qu{' se clt>viam a Pau-
barra :-i,>0<)
lo da Coí-ila alf aiale.
.\l:1is dnll' arr:ll,·is de l'iq de ,·,•l:un •
qu<· nrnndou .\nlonio .\nrnr, L •i-
lão <Jlll' d<·,·ia. Um:1 palaea de t'citio til' uma 1·ouJH"la
l.,111 Incho JH'<Jlll'Jm qu·c· 1wso11 dois de bm•la
arrakis t· meio ·m q11inht'nt.is rt•is :-;~()() .\lais dl' feitio de um t'erragoulo ,uma
pataca ::i;320
:\lais dh·idas Q'l.H' o jlli7. man- .\lnis de l't>ilio <k uns cal~·tics d-: raxl'ln
d1>.1 lantar n(• ... h• in\'l.'nlari:a. uma pataca x320
.\lai-. de l'eilio dt? 'Jttlrns c:d<;,jl's ,k p,•r-
.1\ l>o111i11gos da .l ilia d iis <'Ollht•<·i111 •11- peltwtw um,l pal:wa
los qut• p>\ diC'l'unlo dt•,·ia .1111 dt· mil De re:li) dl' lllll:l r JIIJH'l:1 de p:111110 p:tr-
l' 110\'l'('t'll l JS do 1· >mprida lrl'Z •nl.is t· \'inll' r\.'is
Outro do dilti 1) imi11go, d,1 .\loll:1 <ll- Mais de feitio ele outra roupcta de por-
sei!-. mil réis lalegn· comprida uma pataca ,;320
Dhida.; qm• dt>viam nrnh .\l:1is de outra rnnpela de picote de cor-
düu \'omprida uma palaea
.lorgl' h·rl's lri11la e u111:1 v:1r:1s <k pa1111< ► Mais <ll' fl'ilio de uns cal~·ües de cala-
dl' :dgodfiu. sol uma pataca :,;320
.\!ais dl' t'eilio ele outra roupeta de bae-
Termo de como o juiz dos ta C'Omprida uma pataca
orfaos João ele Brilo Ca:.;~ão .\lais dl' feitio de um fcrragoulo de hac-
mandou la1war ,neste inv,enlario La uma pataca • x320
as coiu:as seguintes a Paulo da .\lais dl' feitio de uns cal~·()l'S dt• s,•r-
Costa. guilha uma pataca
.\bis dl' fcilio de uma roupcta eompri-
.\os noY<' dias do ºrnez de ·ctcmhro dl' mil e
d:1 forrnd:1 de serguilha
seiscentos e Yinlc l' i0ito annos pelo juiz dos or-
- 298- - 2!HI --

qtH· l'll lahellião l'iz este ll•rmo cm que assignou Qninhão dP Manuel Gonçal-
com o juiz eu Arnhrosio Pereira tabcllião o es- ves.
t-rcvi. Jeronymo de Hrito - Paschoal Del-
gado - de r Oomlngos Slmoos .-- .M:anuieJ da Unw toalha de mesa lavrada em mil
Cunha. réis 1:i,000
11111:, toalha de rosto lavrada em cinoo
toslües
Quinhão dt• 11 nrique da
Um <"hapéo de homem em mil e du-
Cunha Lobo. }X28()
zentos e oitenta réis
Duas foices em qualrnocntos réis ~ 100
Os pesos com a halan~·a cm dois mil Uma rêde em mil e seiseenlos réis 1$600
réis 2;ii;OOO quatorze nrrateis de fio em quinhentos
Duns ('Olheres cm mil réis 1$000 réis $.íOO
Dt• custas meia pataca $160 Seis hac-oros 1>eq11•enos cm seiscentos
Uma camisa em cinco toslt>es ~f>OO réis
J)ois pan•s de ceroulas em seiscentos A sobremesa cm quatroocnlos e oitenta
t• quarenta réis ~G40 . réis $480
Duas foiC'es em quatro centos réis :;400 Umn toalha de rosto em duzentos réis ~200
Uma toalha de llH'S.l em seiscentos ie Tres lrav,esseiros em quatroeentos e
quarenta réis ;,640 quarenta réis
Um tear em dois mil réis 2.-·000 A mesa cm quatro digo seiscentos 1c
quatro hacoros em oito<'entos 1·éis :-.800 quarenta réis ~(i to
Q11atrn novilhos dos mais pcqu.cn('!s a
cruzado monta
1 • as addiçõcs atrás se· encheu Henrique da Um prnto de louça trezentos- e oitenta
Cunha Lobo o que lhe coube e vae menos cem réis
réis e pelas addiçües consta o qual se lhe dará
com a parle da orfà e de como se kleu por en- :\' as addirürs acima e atrás se encheu a
tregue o dito Henrique da Cunha por entregue parte que cahia ao herdeiro :\lanuel . Gon~·aln•s
do que lhe coube se assiguou iaqui com o juiz e o juiz logo o juiz lhe fez ,Pntrcga de Ludo
e partidores de que fiz este termo eu Ambrosio o que lhe coube pelns addiçiies atrás e por K>
Pereira labellião que o escrevi. Jt•ronymo de herdt>iro Paschoal Ddgado req11t•rer ao juiz n:io
Brito - Jfonrique da Cunha Lobo ~ l\lan,ul(•I podia herdar a mulher do dilo Manuel (;on-
da Cunha - de Domingo._,; ,· Simões. ~·alYes deu o dilo ~fanucl (~onçalves por fiador
- 307 -

quacs são tacs como por cllcs se verá .\mhrosio


cpll' linha já 111a1Hlauo passado do juiz dos or-
Pereira tahellião e scrivão dos orfiios o cscrcYi.
fãos que l'oi .João dl' Brito Cas ·ão e que lh'o
pagass('lll os lrerdeiros o dilo <linheiro do dito
Ajunte-s•e a escriptura de que o req.ucrcnle
mandado l' ({lll! ('Biregaria o que tinha do dilo
Paschoal Delgado faz menção ,e satisfeito, me
defunto ,\lalhias dP OliYcira e st~m embargo de
torne. SCTo Paulo 13 de março de 629 :m110s.
s11a ~·csposla o houv1• por notificado de que
passei a presente em o dia iatr,ts declarado Am- Silva.
hrosio Percfra labellião e escrivão o escrevi e
Vislo a justificação ....... que o requerente
llll' assignei. .\mbro lo Pereira.
Paschoal Delgado ....... a nobreza de seu so-
gro l\Ialhias de Oliveira defunto que Deus haja
. Aos doze dias do mez de março de mil e
em gloria para o qnc deviam .as partes ser d-
st 1S<'l(•11tos e vinil' e novt' annos nesta villa de
tadas primPiro pelo que mando o sejam e se
Si'ío l'aulo na rua publica dcsla Yilla flpparcoeu lh<' de vista para dizerem de sua jnstica e tudo
Paschoal Delgado ante o juiz ordinario •e dos satisfeito deferirei o <[lll' me parecer. Silo Pnulo
orfãns Paulo da SilYa e· por tclle 1h<' foi dito 17 de março de 6W. Paulo ela Silva.
qut• elle tinha !'eito 110 inventario de seu sogro
Mathias de Oliv ·i,·n alguns rcc111erimcnlos so- Foi puhlicado o ,1<-spacho do juiz ordiunrio
hr<' < l'rl:1s eo11s:1s qu ·na mercê veria e para
e dos orfãos Paulo da Silva /Cm audieneia pu-
outras matc•1·ia~ qul' IIH' faziam a bem de sua blica que aos feitos e parles fazia n:1s casas do
justiça tinha tirado certa prova de testemunhas concelho desta dita Yilla e mandou que se cum-
e <1uc requeria a sua mercê lhe mandasse ajm1tar prisse como nelle se continha de que fiz este
todos os papeis ao im·c•nfario e tudo junto lhe termo cu Amhrosio Pereira tnbclli.ilo e escrivão
~11~11<lasse fnzer concluso o que visto pelo dito
dos orfãos o escrevi.
.1u1z mandou a mim lahcllião e escrivão dos or-
f'ãos junlassl' tudo e lhe fizesse c.:oncluso para
Termo de como foi lançado
mandar > q11e lhe parecesse justiçn dl' que cu
nestie invientario um fato de ba('-
tulwllião fiz este termo Amhrosio Pereira ta-
ta e um glbão die tafielá de nm·
lH'llião e· <'SC'riv:1n dos orfãos o escrevi.
Jher.
E logo em ('Umprimcnto do· mnndado do
Logc pelo juiz ordinario e dos orfãos foi
juiz Paulo da SilYa c11 tahelliílo e escrivão dos
manda'do a mim tabcllião e escrivão dos orfflos
ort'ã,)s fiz l'sles rt·qut•1·il1n•11tos conclusos t"ajuntei
lançasse aqui neste inventario um rato ck kwta
a<1ui a este inwnlario papeis para o juiz· man-
de homem roupda e frrragoulo <' um gih:1o dl'
dar eni ludo o que lhe pare,·t•ssc j11sti,:a os
Henrique da·Cnnha Loh9 qualro varas de panno Considerando o mui santo P. (in\gol'io XIl 11
de algodão que dei.·ou seu pae que Deus tem Ponlifice Homano de gloriosa rncn101·ü1 e ora o
de esmola e por ser verdadt que recebi lhe dei nosso mui Santo Padre Crcgorio XV na Igreja
esta po1· mim nssignada hoje o primeiro de de Deus Presidente, o continuo lrabalho <.[tie
julho de 629 annos. -- Domingos CorcJ.t'iro. padecem os moradores dos lugares de ,\!'rica
sujeitos n Corôa de Portugal: pela tlcfensão d.:
Digo ou Aleixo .Jorge que recebi de Hen- nuss~t sanla Fé, co11lra os ::'llnuros, e outL·os in-
rique da Cunha Loho como lhesoureiro ~la fieis inimigos della. reprimindo conl111uamcntc
Santa Miscricordia quatro vai·as de panno que seus imJwtos, e rt>hatcs lendo sempre suas ,·idas
seu pac perdoe-lhe Deus dC'ixon de esmola á em perigo, e padecendo gr.wes liccessídades. pelo
dita casa e por as ter recebidas lhe dei esta gn~rnlP poder, e odio cnlranhavel dos inimigos.
par:., sua guarda hoje o primcirn de julho de F \'<.'ndo juntamente o darnno que se seguiria,
162!) annos. • .\lcixo .Jorge. niio s,,,m(·nlc a este Heino de Portugal. 111as
aindu :1 lod:1 a c·hríslarnl:Hle, se ,esll:!s legares.
l' J'ol'lalczas se pl·rdessem, desamparando-se. 011
Digo eu Ballhazar Correa mordomo da S<'-
nhora Santa Anna das Cruzes que é verdade deslnündo-sc, ou vindo á mão dos inimigos. E
que recebi mil réis de Hodrigo Alves ele esmola salwnclo lambem <">1110 a :\Iagcstade Catholi<.:a
que ~Ialhias de Oliveira que Deus tem deix-ou dei-Hei nosso senhor é t·onst1·nngido a fazer mui-
á diln St•nhora e por Yf'rdade passei esta qui- to maiores gastos, e despesas, para ,snstcnta~·ão.
tação para resguardo de quem pertencer hoj • e co11 S('n·açã o <los dilos logarcs do que as ren-
7 de abril de 1629 annos. . Ballhazar Corrí•a. das: e forças deste Reino o JJodem supprir. as
<1 uaes por cs larem nestes tempos faltas. e <.li-
minu idas, lhe é forçado por outros :meios com
Hecebi en Sebastião Fernan<lfs Preto como
<lifficuldadc buscar remedia para acudir aos
escrivão da confraria do bemaventurado São
dilos gastos. Approvamlo Sua Santidade seu bom
Paulo doze velas brancas da cêra da terra. do
zelo e santos intentos exorta com caridade pa-
senhor Henrique da Cunha Lobo por conta de
ternal a lodos os moradores deste Reino r- se-
seu pae defunto e por assim se passar na ver-
nhorios a que com suas esmolas ajudem a esta
dade lhe dei esta quitação para sua guarda hoje
dezeseis de junho de seiscentos e vinte e no~·e
santa obra, abrindo ora para isso r thesouro
espiritual da Igreja de Deus, tirando delle, -e
annos. - Sebastião Fe·ruamles Preto.
conoedendo muilas graças, e indulgencias, e fa-
vores para todos os que favorecem 'com as sua.s
Summario tirado da Bulia ela Santa Crn- esmolas, entre as q uaes graças conoe<leu aos de-
zadn, para as almas do fogo do Purgatorio. funtos o seguinte.
-322-
Foi avaliado um f erragoulo azul côr de
. . . . . . . . de idade de dois rumos pouco mais céu de portalegre em quatr,o mil
ou menos. 4$000
réis
Francisco de idade de nove mezes pouco Foram avalia<.los uma roupeta e calções
mais ou menos. de picote em dois mil e quatrocen-
tos réis 2$400
Titulo dos avaliadores
Foi avaliado um gibão de armas sem
E logo o dito juiz mandou aos avaliadores mangas usado em seiscentos e qua-
Gonçalo Madeira e Alvaro Neto que pelo jura- renta réis $640·
mento de s•e us officios avaliassem toda e qual- Foi avaliada uma tesoura de alfaiate
quer fazenda que lhe fosse mostrada e elles o em trezentos e vinte réis $320
prometlcram assim fazer e se assignaram aqui . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . ....... . ....... . .......
Pero Leme o moço escrivão dos orfãos o es- . .. . . .. . ....... .. . . .. . .. . . . . . . · •
. . . . . ....... . ........ . ....
crevi. - Gonçalo Madeira - Alvario Neto. . .. . .. com sua mulher Andreza // Gonçalo
e Luiza sua mulher // Malhias sua mulher Anas-
T,ermo de curador tacia // Jorge e sua mulher Romana // Joanna
E logo pelo dito juiz dos orfãos foi dado // Luzia.
juramento dos Santos Evangelhos sobre um li-
vro· delles a Diogo Martins da Costa perante Dividas que esta fazienda deve
mim escrivão para que sirva de curador dos
orfãos deste inventario ........................... . .... . . Primeiramente dez patacas que devia a
Diogo Martins da Costa seu cunhado 3$200
Mais duas patacas que de um co!Jertor
comprou no sertão para lo defunto $640
assignou oom o dito juiz Pero Leme· o moço
escrivão dos orfãos o escrevi. - João de Brito Mais dois tostões de uma roupeta ,que
lhe devia ao dito seu cunhado $200
Cassã-o - Dio~OI Martins da Costa.
Mais ao rendeiro Francisco Rodrigues
Raposo dois cruzados de avença $800
E por não haver testamento que morreu o $800
defunto ab intestado se não acostou aqui o tes- Duas patacas e meia a Gaspar Gomes
tamento eu sobredito o escrevi.
Somma esta fazenda todas estas addições
Avaliação do sitio atrâs escriptas nove mil e treicntos e sessenta
reis que pagas as dividas qu-e_ s e acha a dever
Foi avaliado o sitio de Curapuqua em neste inventario que importa cmco . -. • ..
dois mil réis 2$000


Ficam liquidos para partir com os orfiio. o fiz<'ram por amor de Deus. (;ralis. Jo.ã~
. . . . . . . . quatro mil e quarenta réis. dl' BiiHto Ca"sã,oi - Gonçalo :\ladeira .\lvaro
Cabe á parle da viuva dois mil e vinte rris Neit10.
e outra tanta quantia aos orfãos de que se ha
d(' !irar a terça digo que tirada a Lcrç-a l'ica :á Domingo quatorze dias do mez de abril de
terç:r seiscentos e' setenta e Lrcs réis. mil e seiscentos e vinte e quatro annos l'cz lei-
Fica para os orfãos liquidos mil e trezen- lão ,o juiz dos orfãos João de Ilrito Cassão (},esta
tos e quar,enta e seis réis e quatro ceitis. fazenda dos orfãos de que fiz iesle termo Pero
Cabe a cada um orfã.o qualrocenlos e ses- Leme o moço escrivão dos orfãos o escrevi.
senta e tres réis.
As peças forras cabem seis á viun1 e outras Termo que mandO!u fa1;er o
seis aos orfãos as qne cabem ':.í viuva s:i.o as sc- juiz dos o-rfã,os João d,t' Brilo
gu in!Ps. Cassão.
Izabel // Faustina // Duarte oom sua 111t1lhe~
Andreza // Gonçalo e sua mulher Lub:a c•slw, Aos vinll' l~·,'s dias cb 1nez ue novembro <lo
são as que cabem á vi11va e aos orf:ios as ·se- anno prescnle de mil ~ se~sccntos e vinte e cinco
guintes. annos nesta vil la de Sã- Paulo pelo jniz dos or-
fãos João de Brito Cassão foi tnandado a mim·
Peças dos orfãos
escrivão fazer este termo ,em como foi esta ra-
Mathias e sua mulher Anastacia . .1 orgc· e zenda á praça e não houve quem a comprasse
sua mulher Romana // .Tnanna // Luzi.1. e appareceu Anlonio Rodrigues dizendo que elle
queria tomar pela avaliaçã,o o ferragou_lo de
panno e uma r,oupeta e calções de ~ergmlha_ e
................................. ' .. ; ..... umas armas de algodão velhas ,e disse o dilo
oom a mais fazenda . . . . . . . cada vez (J ue rei :t juiz que visto não haver quem lançasse nas di-
justiça lhe fôr pedida e de tudo fiz esk termo tas cousas lh'o désse pela propria avaliação que
em que honve o juiz dos orfãos loda a fazen- é sele mil e quarenta réis conforme a avaliação
da por digo este inventário por acabado com como atrás consta e o dito juiz por não se 'per-
declaração que fica o sitio no quinhào da víu- der e ir comendo da traça lh'o deu pela ava-
va e se assignaram aqui Pero Leme o moço ,t•s- liação dos sete mil e qual'enta réis e o icurador
(Tívão d•>s nrfãos o ese1·evi. d,0s orfãos Diogo Martins da Costa o houvl'
assim por bem e abonou ao dito .Antonio Ro-
E lodos os offici~H·s juiz e CM't'h·ào e par- . drigues pela dita quantia de sete mil_ e quarcn~a
tido1·es niío levaram nada ele seus sah1rios que réis e de pagar o dito digo pelo dito Anlonw


<':thi.1 por direitu 1wr sc•r pare111l' 1uais chcg.ido - 329
o que visto pelo dilo juiz o que alleg!1va deu
logo j uramcnlo dos Santos Evangelhos sobre II m .\os vinll' e sele dias do mcz d(• fevereiro
livro dellcs ao dilo Antonio Pedroso para <flH' do anuo presente de mil P seist·e11los e vin le e
fosse curador dos orfãos filhos crue l'icaram dl' sek annos nesta villa de São Paul,o nas pou-
Francisco da Costa l'ncarregando-llw sob car- sadas dond<' mora o juiz dos orfãos onde o
go do dito juramenlo que hcm <' Yerd:1<lc•ir.,m,•11lc curador .\nlonio Pedroso veiu com o eurndor
............. oomo linha dr ohrigacão assim ele- velho Diogo .Martins da Costa a tomar-!lw con-
suas pessoas como de seu ensino e l'azcnda e tas desl(• i1ffcntario o qual dando-as fH·ou cl<'-
cllc.o promcttcu l'aZl'r como tinha d,· ohriga<;,-w venclo .... mil e vinte réis <111c logo ..... o cura-
e Deus lhe déssc a enlender e de tudo fiz este dor Anlonio Pedroso o qual ·· · · · · · · · ·· · · · · · · · · · · · · · ·
krmo c·o111 dl·<"lara~<i) <llll' mandou o juiz to- ..................... ' ......
masse conta a Diogo 1\larlins rla Cosla Pt>ro Lt·me se assignou aqni P,ero Leme o moç'.o escrivão
o moço escrivão dos orfiios o :Cscrcvi. dos orfiios o esci·evi. Brito - Anlonio Pe,-
droso.
Fiança que dt"u .\nlonio Pi•-
droso. E oulr.,sirn 1·eqm•reu o dilo curador .\11lonio
J>edrnso (!lll' llH· 111a1ulasse o dilo juiz enln:_gar
E logo no mesmo dia mez ,e :111110 alnís cs- os orl'ilos e as pc~:as Iodas <Jlll' cabem aos dilos
criplo e declarado pelo dito .\ntonio P.eclroso
foi dilo que dava por seu fiador e principal 1w-
odãos e o clilo juiz mandou ,~1
mim escrivão
lhe passasse mandado e de como assim mandou
gador á fazenda dos orfãos qul' lhe fosse en- lhe passassem mandado para lhe enlrcgar os or-
tregue a Eslevão Gomes Cabral que de presente fãos e suas peças fiz este termo Pero l .cme n
estava ................................ •· ... •••••·•· .. • •••• •• moço escrivão dos orfãos o escrevi. - Urilo.
e tudo que lhe fosse ........ dos ditos· orfàos
par~ o qual Pffeilo obriga loda sua fazenda e Termo ele requertnwnlo que
bens moveis e de raiz havidos e por haver e a h•z .Joã,o Misser Gigante ,ao juiz
tudo eslar obrigado como dito é e o dito .\n- elos orfã,o, .
tonio Pedroso se obrigou a tirar a paz e a sal-
vo ao dilo seu fiador e o dito juiz :aeceilou <It Aos vinl<' lres <lias do rnez de agosto de mil
dita fiança e o assignaram Pero Leme escrivão e seiscentos e vinte sei<• annos nesta \'ilia de
dos 1Jrt'àos o escrevi. Brito - Estc,·ão Gonws São Paulo enl' ponsndns do juiz dos orfiios Joiio
Cabral. de Brilo Cassão 1wrnnlc Plle apparC('C'll .loão
:Misser Gigante morndor na ,,ma dr San1:i .\ mrn
da Pernaibn <' por clle foi dilo :io di.to '.i11iz que

.
elle como tio dos orfãos filhos qut• ficaram de Fiança que doo Joã,o Misser
Francisco Lourenço qu<' ••• •• •·· • • • •• • • Gigante para ser curador dos or-
...
.... .. . . . . . ' ..... orfãos .

sua fazenda porquanto ........ Antonio Pedro- E logo no dito dia mez e anno acima e alrús
so nunca tomara posse da curadoria nem t'azcn- declarado pelo dito João Misser Gigante foi <lilo
da, mas antes a deixara a Diogo :\fartins da ao dito juiz dos orfãos que elle dava por seu fia-
Costa homem a quem não 1>ertence a dita cura- dor e principal pagaclor á fazenda dos orfãos c111e
doria em cuja mão a dita fazenda dos ditos or- lhe fosse entregue a Scbaslifío Fc1·nandes Preto
filos vai em diminuição pelo qne llH· requeria morador nesta villa de São Paulo que de pre-
a elle dilo juiz visto Antonio Pedroso n:io C{U{'rc·r sente eslava o qual disse que clle fiava corno
sl'r curador dos ditos orfãos :1 11m'm pcrlcn<'iu. de feito fiou ao dito .João Misser Gigante a ludo
<'lltrpgasse. a dila <·uradoria ·a clle dilo .loilo o que lhe fosse entrcgne do;s ditos orfãos para
Misst·r (;iganlP por ser tio dos ditos orfãos e o quu I cffeito obrigou e disse que obrigava toda
lhe 1w1·ll'nc-er <'ont'orrn(• a ll·i de Sua ~lagestade sna fazenda bens mov'Cis r de raiz havidos e
o que \'isto pelo dilo juiz o que allcgava ser por haver a ludo estando obrigado cQmo dito
justo. logo deu juramento dos Santos E\'ano(•- tem e pelo dito .João .'.\Iis-;er f;.igante l'oi dito
lhos :1 J dilo .Jorro Misser (;igm1tc sobre lllll ,.,li- que clle se ohrigavn .... - .. • . .. •• •••• •
vro delles. e por lhe cDnslar ser par~nlc dos . ' ....... ' ............. ·•· .. .
dilos orfàos chegado para ser seu curador en- . . ...................... moveis e de raiz havidos
carregando-lhe· sob cargo dn dilo juramento que e por hav~r e o dilo juiz acceitou a dila fiança
hem l' verdadeiramente olhasse- pelos ditos or- de CJll-l' mandou fazer este termo <]til' assigna-
fii'os e por sua fazenda procurando de a accre- ram en Fernão Rodrigues de C:ordovu 1escri\·ão
scentar aproveitando-a cmquanto pudl'sst• como dos orfãos o escrevi. -- Brito - de João 1 Mis-
Deus lhl' déssl' a Plllcnd(•r e {'l)c sob. cargo do ser Gigante - Sieba.sti,ão Fernandes Prelo.
dito jurumento assim o prometleu fazer em ludo
como Deus lhl' dés1-.l' a en L~•ndt•r ............. . Termo de l'le<JIU:erimunl,o que
dito juiz ....... a Antonio Pedroso ....... Diogo terz Anloni-0 Rodrigues ao .iniz
Martins da Costa visto ter a fazenda em seu po- dos orfã.os.
der e de tudo mandou fazer este termo que assi-
gnaram eu Fernão Rodrigues de Cordova escTi- Aos vinte oito dias do mez de agosto de mil
vão dos orfãos o escrevi. - Brito - de João , . e seisoenlos ,e vinte e sele annos nesta villa de
Misser Gigante. São Paulo cm pousadas do juiz dos orfãos .Toiio
.de Brito Cassfío 1wranle Plll' appar.-'<'l'll .\11i.inio

l H l t l L l ü íECA
ARQUIVO PUBLICO MINEIRO
isto em oorreição. O juiz faça termo de
tuto · do-lhe s bens
.!MVt;ailillllll/ WtJra :t,QD1* com idado

do mez de jàllio mil e


seiscentos ....... annos pelo juiz ordinario mais
orfãos Sebastião Fernandes Cama-
llião e escrivão
ventario concluso
justiça de
fiz este Wllo de que fiz este
Ambrosio Pere1 Uião rivão doS
fãos o crevi.
nformando..me m o regi nto do juiz
«rios e o paeho do ouvidor da comarca
notificados -0s curadores <pie f~-
(Sem testamento)

1616
Ferramenta Sella

Foram avaliadas quatro enxadas cada Foi avaliacla 11nm sella com suas 1estri-
uma rm duzentos e cincocnla réis beiras e dlha c''m 'm il e seiscentos
montam mil réis réis 1$600
1$000
Foram avaliadas onze enxadas já gas- Milbo
tadas cada uma em seis vintens
somrna ludo junto mil e trezentos Foram avaliadas quinhentas mãos de
e vinte réis 1$320 milho a dez réis rada mão montam
Foram avaliadas dez foices cada uma cinco mil réis fl$000
a duzentos réis s.omrna tudo junto
dois mil réis 2$000 Negra ele Guiné
Foram avaliados dois machados a du-
zentos e cinooenta réis cada um Foi avaliada uma negra moça de 'Gui-
somm:i tucl J quinhentos réis
1
né do gentio de Angola escrava por
Foram avaliadas duas cunhas em qua- nome Maria em vinte mil réis 20$000
trocentos réis ambas de duas $400
Espingarda
Criação de aves
Foi avaliacla uma cspingai·da r ío,s f,cchos
Foram avaliados cinco perús machos estão em casa de Man nel Preto o
<'U<la um em cenlo e sessenta réis qual disse que os daria avaliada em
sommam tudo junto oitocentos réis $800 tres mil réis 3~000
Foram avaliadas duas perúas fêmeas
cada uma em seis vintens somma Roça
tudo duzentos e quai;enta réis $240
F,oram avaliados onze perús pequenos Foi avaliada uma roça que vae ,a um
cada um em meio I islün somma anno de mandioca avaliada em cin-
ludo quinhl'11l :1s e cincocnla réis $550 co mil réis ;'3$000
Foram :wali,ulos sell' patos e patas ,c a-
da nm cm scssL·nla réis somma lu- Alambique
do qualréH'C'IÜos e viute réis $420
Foram :waliad 1Js Ires l'rangns lodos tres Foi avaliado nm alambique de estilar
em noven la réis $090 agua em mil e seiscentos réis 1$600
1'800

240
o

280

78320

2'800
:317

ao defunto vinte e nove mil e qua- gnado seu Pll1 dinheiro duzentos e
trocentos e vinte réis e do que se quarenta réis $240
ha de abater tres ,alqueires de planta Um conhecimento p0r onde deve Ber-
de trigo 29$420 nardo de Quadros de r,esto quatro
Outro l'Onhccimento de Balthazar Fer- • mil e quinhentos réis cm dinheiro
nandes de Parnaiha de que resta a ou farinhas de Lrigo postas no mar 4$500
dever ao defunto de resto de um Outro conhecimenl , <lc Pero de ~Ioracs
l'onhccimcnto d<' mor quantia mil o velho que deve rlc resto um co-
e seiscentos e oitenta réis 1$680 nhecimento de mor quantia d,eve
Outro conhecimento de Balthazar Fer- trcs mil l' sdscenlos réis o qual co-
nandes que seu sobrinho deve digo nhccimen Lo o fez seu filho Polycar-
fez cm seu nome por onde eleve de po de Moracs por mandado do dilo
resto o dilo Balthazar Fernandes seu pac Pero de l\foraes. Não tevt'
de mor quantia seis mil trezentos cffoito por estar pago.
e dez réis 6$310 Um eonlwcimcnto <le .\ndrç Fernan-
Outro conhecimento de Antonio Alvc~ des dt• J>arnaiba por onde deve ao
por onde deve ao defunto cinco mil defunto <pwtrorcntos l' qunrenta
e quatrocentos e quarenta réis em réis $440
dinheiro declaro que é .Antonio Al- Dois conhecimentos por onde deve Leo-
ves o sclleiro 5$440 nardo Hihciro de resto dos conheci- ·
Outro conhecimento de João Luiz San- mrntos cinco mil e seiscentos e sc-
ches de quantia de tres pesos iem trnta réis rm panno <le algod:1o 5$670
dinheiro de oontado $960 Outro ronhccinwnto de (~areia Hodri-
Outro conhecimento de Manuel Moura~ gues o velho pac do pndrc frei Vi-
to de cinco mil e oitocentos ie ses- cente de que deve de resto delle
senta réis cm dinheiro que deve .ao oito<'entos réis cm dinheiro de con-
defunto 5$860 tado $800
Outro conhecimento do proprio Manuel Outro conhecimento de Gaspar Gonçal-
Mourato que deve ao defunto em ves p-0r '();nde deve iao defunto de •·<>s-
fazenda posta na villa cm cai·nes e to delle uma pataca cm dinheiro $320
farinha postas nesta villa dois mil Outro conhecimento de Antonio Fer-
e cento e oitenta réis 2$180 nandes de Mogi Mirim por onde
Mais Antonio Alves selleiro de vinho consta dever sete mil e quarenta réis
que deve ao defunto por um assi- em carnes e panno de algodão . 7$040
m
e eito de a.
fr hinto pago'Ó; por lle
qu n rra 18570

0s qDe devem DO rol sio O


~tes.

Deve G :!J
d 080
Deve Pero ogue a e Pazes oonto e
sessenta réis de dois pentes 160
Deve André Botelho arratel e meio de
cêra. de resto s ~a-
tfo vjnten 080
~ve Pero Dias setecentos e q Ul:lrenta
réis em dinheiro de fazendas e bul-
ias que o defunto lhe vendeu 740
Deve Manuel d~ Costa de l>arnaiba seis-
cent éis Cjflle aba-
tidó ·ptl[llllí1a. ·s
de el
da s ua n e maris 430
Deve João de Olfve s
de resto de ooh -
zentos e vinte réis como consta no
dito rol do defunto '.Domingos de
Abreu 28320
Deve Joio dê &doí mi resto de con-
áts ao defunfq trezentos ,e vinte
réis em tfinhciro 320
Deve Francisco Hodrigucs Vclho de Deve Domingos Fernandes de Paruaiba
resto de uma pcrolcira de vinho de resto no rol do defunto de resto
que deu ao filho de naphael de Oli- de uma roça quinhentos e oitenta
veira mil e trezentos e sessenta réis 1$360 réis cm dinheiro de contado $580
Deve mais o dito Francisco Hodriglll's Gonçalo Ferreira de Parnaiba cento e
Velho n > rol do dilo defunto sessenta réis em dinheiro oonforme
meio arrnlcl de a~·> l'lll quatro vin- o rol do defunto $160
tcns 8080 Deve .Manuel Preto de resto de contas
Deve Simef\o A!Yes u velho ao dd11nlo que tem o defunto com cllc ,10 seu
duzcnlos e oitenta réis de resto rol sete mil e 1oitooentos e trinta
do que pagou u Paulo da Silva das réis cm dinheiro 7$830
carnes que deu a Santo .\ntonio $280
Deve André Fernandes de Parnaiba no
Deve Jacomc Nunes de resto de contas
rol do defunto dois mil e quar,enta
cenlo e setenta réis em carnes de
réis de uma perol,eira de vinho e de
porco no rol do <.lilo defunto $170
outras cousas de resto de contas
Dcv<' J\lanuel AnllllH'S de rPSl'l d' c·on-
qut· leve com o defunto no seu rol 2$040
tas que o defunlri ten com dlP
duzentos e oitenta r<-is ck r •si > d,· Devt• Hodrigo Fernandes Gomes trezen-
um conlweimcnlo Cfllt' dc,·ia :1qs •>r- tos ,, vinte· réis de sal que o defu11-
~s $~O lo lhe vencfeu cm Santos $320
DeV{' Paulo da Silva de addi<:õcs t1m· Deve Anlonio Hodrigues Mirand:.1 meia
tem o dcfunl) no seu rol de ("Ou- pataca de sal qne lhe vendeu tem
sas que lhe vendeu qualro mil rris Santos de resto de contas que teve
abatendo oito vintcns de milh<} qu_e com o defunto Domingos de Abreu $160
lhe deu fica liquido os qualrn mil Mignrl (;areia de resto de umas facas
réis em dinheiro de contado digo e valorio que lhe vendeu o defunto
q ualro mil duzentos e oitenta réis 4$280 trezentos e vinte réis em dinheiro
Luiz Fernandes de Moraes deve oiten- de contado $320
la réis de agulhas que compr.ou p:o Gonçalo Pfres o moço mil e duzentos
defunto $080 digo mil e oitocentos ,e oitenta iréis
Dev·c:· de addiçõcs Diogo de Lara no ('111 dinheiro de fazenda que lhe ven-
rol do defunto onze mil e quatro- deu o defunto no seu rol · 1$880
cento_s réis em dinheiro de contado Pedro de ~Ioracs o velho de .fita du-
conforme o dito rol 11$400 zentos réis $200
Deve Hcbello de r<'slo de contas cem
fica liquido quinhentos e vinte réis réis $100
em panno de algodão a seis vintens Deve .J.eronymo de Brilo quatro arra-
a vara 8520 lcis _ele ('êra da lerra que o defunto
Deve Francisco ela Costa cento e trinta lhe emprestou duzentos réis $200
réis de suas oontas oonforme ao rol Dev(' (;onçalo Pires de conlas que tem
do defunlo em dinheiro $130 com o deíunlo no seu rol ,e livro
de cotLsas qnc lhe 1cm dado e gas-
Deve Diogo Pcnctla de :iddi<_;ües que es- los que fez em cousas suas vinte
tão no rol do defunto e uma sen- e Ires mil e seiscentos fC ,·inlc
tença que tem oonlra cite que tirou réis como no rol mais largamente
de casa de Manuel .Jofío a pedimen- consta 23$62Q
t~ do dito Manuel .João digo ,a pe- Deve Calixlo da _:\lotla ao del'lmlo de
dunento de Diogo Pcneda e monta res~o de contas que com o dcrunlo
o que fica devendo ao defunto des- leve conforme o seu rol dois mil e
ooutando quatorze pesos de sete ar- seiscentos e sessenta réis 2$660
robas de carne qu,e deu ao defunto Risquei esta addição acima e atrás por
fica devendo o dito Diogo Pencda mandado elo juiz dos orfãos Jort0 ele
liquido quatro mil e setecentos e Brito Cassão por t:onslar Calixto da
trinta e oito 4$738 ::\folta ter pago ao defunto em sua
Devt! Antonio Corrêa de Santos no rol viela Pero Leme escrivão dos orfi'íos
do del'llnlo uma duzia de gallinhas o escrevi.
que lhe mandou para mandar ao Deve Francisco Jorge ao defunto de
Rio de Janeiro mil e duzentos réis 1$200 · . cousas qur lhe YPndeu abatendo o
Dev{' João da Silveira morador no Rio . panno e nm quarto de carne que
de Janeiro dois mil réis em dinhei- lhe deu fica devendo ao I iqnido tre-
ro no rol do defunto -2$000 zentos digo lres mil e trezentos e
Dev<· Lazaro Fernandes morador ;no Rio quarenta réis 3$340
de Janeiro de addições e cousas que De\'e Ballhazar Lopes mil e novecen-
o dd1111'1) lhe ,•pndl·n do Hio de Ja- tos e sessenla réis por Francisco
neiro onzl' mil seiscentos e oitenta da Costa conforme ao rol do de-
réis 11$680 funto digo mil novecentos e vinte
Deve Antonio Telles no rol do defnnlo réis nií.o faça duvlcla que diz mil
de addições (Ili{' lhe Yrndeu tres e novecentos e vinte réis hi920
mil e oitocentos réis 3$800
Deve faabel de Pro.:uça do11a viuva trigo fica devendo seiscentos e oi-
mulher que foi de Francisco Vaz tenta réis cm dinheiro $680
Coélho oitocentos e sessenta réis $860 .Deve Simft0 da Costa de oousas que
Deve Asoenso de Quadrqs no rol do de- comprnu no rol do defunto para
runto trezentos e oitenta réis $380 sua mãe ,e por si deve mil e vinte
Deve Luiz Cabral de Mesquita qui- réis de suas contas 1$020
nhen 1os e vinte réis 110 rol do de- Deve Francisco Barbosa de resto de
funto em dinheiro $520 oontas seiscentos réis em dinheiro
Dev(' Paulo cio Amaral mil t• cento e ucscontando pataca e meia que lhe
sessenta réis em carnes de porco 1$160 deu $600
Deve Vasc,o <la .\lolla 11111 C'tuz:ido no rol Deve Francisco Baldini cenlo e sessenta
· do defunto $400 reis de frete de cousas que lhe trou-
Gaspar dl' Brito dev<' de resto <lc eon- xe do Rio de .Janeiro cm dinheiro $160
las ao dcl'unto cm seu rol trezen- · Deve lnofre .Jorge ao defunto quatro
tos e vinte réis $320 vinlens em dinheiro $080
Dev<· Lonren~·o i 1 unes dl' resto de con- Franrisc0. Lourrnçn outros quatro viu-
tas no rol do defunto novc<'cnlos e tens em uma gallinha $080
sessenta réis cm dinheiro $960 Deve Gaspar da Costa uma pntaca em
Deve André Fernandes de Parnaiha dois especiarias e pataca e meia de alu-
vintens de resto de contas $040 guer das casas dos orfâos somma
Deve Antonio Pedroso de contas no rol tudo junto oitocentos réis cm âi-
do defunto quatro mil réis ern dro- nheiro
ga da terra 48000 Manuel de Freitas deve no rol do de-
Deve Bartholomeu Corrêa 110 rol do de- funto duzentos e setenta réis em di-
funto quinhentos réis cm dinheiro nheiro ronformc o rol do dHo de-
de contado $500 funto $200
Deve B:tlihaz:1r l'in·.s krrl•irn ele resto Antonio de Sampaio morador no Rio
desoontando o feitio de um martcllo de .Janeiro deve por seu sogro dois
e mais duas patacas que deu ao de- mil réis no rol do defu_nto em di-
funto fica devendo l iqnido quinhen- nheiro de contado 2$000
tos e quarenta réis cm dinheiro $54() Francisco Preto deve de agulhas que
Deve Asoenso Hibeir,<> no rol do dcl'un- oomprou ao defunto no seu rol
lo descontando quatrn alqueires de cento e sessenta réis em dinheiro $160
- 375 --
- 374 -
va como procurador Pedro Taqrucs Brito
Tt>rmo cfo euradora ele ,;f"l1s de Francisco t- Rodrigues.
filhos a ~faria de ;\foraes clona
viuva. Fiança que deiu a viluva l\Ia-
ria de 1\-loraes ~• curad1oria e fa-
Ao derradeiro dia <lo mez dr sclemhro do z('<ncla dos orf.ãos.
auno presente dC' mil e seiscenlos e vinle e cin- Anno do Nascimenlo de Nosso Senhor Jesus
co annos 1:csla villa de Si'ío Paulo nas pousa- Chrislo de mil e seiscentos e vinte e cinco an-
das donde morn :Maria de :\Ioracs <lona viu,·a nos cm o derradeiro dia do mez de selembro do
mulher que foi de Domingos de Abreu que Deus dilo anno nesta dila villa nas pousadas donde
tem a quem o juiz dos orf:íos Jo:ío de Brito mora Maria de I\Ioraes dona viuva donde eu
Cass:1o deu juramenlo dos Santos Evangelhos escrivão fui e por ella dila viuva me foi dilo
sobre um livro clclles para que fosse curadora que cm cumprimenlo do lermo alrás do juiz·
<lc lodos seus filhos assim dos primeiros como dos orffíos a seu mane.lado dava por seus fia-
desll p~qtteno agrJrn filho do clcfunto Domin- dores a Pedro TaqLtes e Paulo <la Silva aqui
gos de Abreu porquanto Francisco Hodrinucs b moradores a loda a fazenda qnc em seu poder
t,e,, p:·imo do dilo defanlo requereu ao dito juiz tivesse de seus l'ilhos dinheiro e fazenda que
que fizesse a dila viuva curadora por ser mu- lhe eslava entregue os quaes Pedro Taqncs e
llwr nobre honrada apta e sufficiente e das qna- Paulo da Silva disseram cada um por si que
lidudes que Sua :\Iagcslade em sua Ordenação elles fiavam a dila viuva Maria de l\IÓracs a
manda para o po~ler ser e que o dilo Fran- todo o dinheiro e fozemla que eslava entregue
cisco Hodrigues desistia de qualquer direito que ctc seus filhos assim os filhos qnc ficaram ele
para o ser po'dia Ler o que visto pelo dito juiz Francisco Hibciro como ele. Domingos de .\breu
o houve assim por bem e a houve a ldila ·,,iuva e de nfto se chamarem a liberdade nenhuma
Maria de l\loraes por encarregada na dita cura- nem leis mas a lutlo estar obrigados como dito
doria r fazenda com obrigação que os alimen- têm e pela dita viuYa ~faria de :\Iorncs l'oi dilo
tará e sustentará do uccessario como della se qne clla se obriganl por sua pessoa e bens a
espera com lodo o ensino necessario como mãe tirnr a paz e a salvo aos ditos seus fiadores
e de como assim se obrigaram se assignarmn
que é a que ludo se obrigou fazer guardar e
lodos aqui com o dito juiz e por a viuva não
cumprir e dará fiança a tudo e de tu<lo se assi~
saber assignar assignei por ella a seu royo Pero
gnou aqni seu procui·ador Pedro Taques por Leme o moço escrivão dos orfãos o escrevi. -
dia c~m o dito juiz e Francisco Hodrigues de Paulo da Silva - Pcclro Taq:aeis - Brito - Assi-
que fiz este termo Pero Leme o moço escri- gno pclu viuva Pero Lemme.
vfío dos orfãos o escrevi. - Assigno pela viu-
- 376- - 377-

Termo do que ~quef!eiu o <lern no <lilD dd'unlo por conta do dito José
procurador da viiuva. Prelo a,) dito Bernardo de Quadros não sendo
mni~ qu1• sele arrobas e outrosim faz menção o
Aos Ires dias do mez de outubro do anuo dito nssignnd') dai· aio dito Bernardo de Quadros
µrcsenlc de m.i:l e seiscentos e vinlo' e cinco a.nnos vintí' e sete alqueires de farinha posta no mar
nesta villa de São Paulo nas pousadas donde não sendo mais que dezenove nlqueires e os
mora o juiz dos orfãos .João de Brilo Cassãu oito alqueires mais para o cnmprimenlo dos
ank elk apparcceu .Manuel Mourato procurador vinte r sete recebeu nesta villa o dito Bernar-
bastante da viuva Maria de :\foraes dona viuva e do de Quadros da mão de Manuel Preto o que
por ellc foi dito e requerido ao dilo juiz dizendo tod0 declarou o dito Bernardo de Quadros pelo
que Pero de Mames é ido ii Bahia com uma juramento elos Santos EYangelhos que o dito
carregação de carnes do deftrn to que se não sa- juiz 1hr deu perante mim escrivão em um livro
bi~'. u que era que vindo o dilo Pero ,de Mo- ctellcs a eonscntimcnto dos procuradores cln viu-
racs .;e: saberia o que era porquanto não cons- va :\Iarin de Moraes Pedro Taqnes e l\Ianuel
tava nada por papel e que depois que viesse :o Mouralo e <lc Antonio Ribeiro os quaes assi-
<ti lJ Per-> de jforaes se s:ihcl'ia o que era e se gnaram <'Om ") clilo · Bernardo de Qnadros e o
botaria em inventario e o dito juiz mandou es- juiz o qual mandou se abatesse 'da conta de
crever tudo e de tudo fiz este termo Pero Leme José Preto no sen assignado a dita. quanlia de
o moço escrivão dos orfãos o escrevi. - Ma- duas nrrobas de carne e o carreto de oito al-
nuel Moiurato. queires de farinha que. tudo junto faz somma
eh' oito patacas as que se hão de descontar e
Termo do que requ,er,eiu B-er- O(' ludo fiz C'str termo Pero Leme o moço cs-
nardo de Quadros ao juiz dos crívfío dos orfãos o escrevi. - Brito - P,edro
orfão:s João de Brito Cassão. Taqut>s -- Beu~nardo de Quaclrio!i..

Aos qualro dias do mez de outubro do anno Aos· onze· dias do mez de outubro do mrno
pn:scntc de mil e seiscentos e vinte e cinco .an- presente de mil e seiscentos e vinte e cinco an-
uos nesta villa de São Paulo nas pousadas donde nos pelo juiz dos orfãos João de Brito Cassào
• mora o juiz dos orfàos ante elle appareceu cm me foi mandado deitar neste inventario um conhe-
suas 'pousadas Bernardo de Quadros aqui mo- cimrnto de D.omingos de Abreu que Deus tem
rador e· por ellc foi dito ao dito juiz clizendo por onde deve de avença a Francisco Rodri-
qur lendo um assignado que José Preto deve gues Raposo rendeiro do dizimo cinco pesos e
ao defunto Domingos de Abreu no qual achou meio cm panno de algodão como pelo dilo co-
tratar de nove arrobas de carne de porco que nhecimento mais largamente consta que cm meu
- 3i8 -
cscn·Yi. Pi>r mim e por minha irmã :Maria
pode,· lenho e de <'orno o deilci neste inventa- de· ~loracs Yinva Pero tle ;uora,es - Brito.
rio por mandado do juiz dos orl'ãos João de
Brito Cassão fiz este termo Pero Leme o moço Termo de avaliadores
csC'rivão dos orfãos que o escrevi. - Pero
Lemme. t,: Jogo no. mesmo dia rncz e anno alrás -es-
criplo e declarndo pelo dito juiz dos orfãos João
Dc•clarou <iaspu1· Gomes c1uc ele resto de Brito· Cassiio foi mandado aos avaliadores
ele contas que tiliha com o dcl'unlo Goncalo ;\ladeira e Alvaro Nclo o velho que
0

Domingos de Abreu lhe clc,-ia dois sob cargo do jurmnenlo qne tinham avaliassem
<"r11zados os qtta<'s os mandou <> juiz toda e qualquer fazenda que lhe fosse dada para
cios orffios .Jofío de Brito Cassfío isso e clles o prnmettcram assim fazer e de tudo
os deitasse neste inventario os ({llfü'S fiz csk termo Pero Leme o moço escrivão dos
os deíll·i aos vinte e cinco dias do orJ'ãos o cscrcYi. - Gonçalo i\Jade-tra - Alvaro
mcz dr oulnbro dr mil e seiscentos Neto.
e vinte e cinco mrnos , xSOO Panno

Aos dez dias do mez de j:mcir > do anno F logo foi avaliado cinco covaclos e meio
presente de mil e seiscrntos e vinte e' seis annos dt panno de Londres franjado o co-
nesta villa de São Paulo nas pousadas donde mo- yaclc a dois mil réis o cavado mon-
ra Maria de .Moraes dnna ,-iuva mulhe1· que foi ta ludo junto onze mil réis 11$000
de Doming,os de Abreu ornlc o juiz dos odãos Foi aYaliatlo lrcs covados e meio de
Joãc de Brito Cassão Yciu commigo escrinlo e panno azeilonado cada covado em
os avaliadores Gonçalo Madeira e AI varo· j\" elo mil e· duzrnlos e oitenta réis monta
o velho a fazer inv,enlario da fazenda que fi- tudo junlo quatro inil e quatrocen-
cou do defunto Domingos de .\hren do que Pero tos e oitenta réis 4$480
ele l\Ioraes trouxe da Bahia para o qual effcito
o dite juiz dos orfãos deu juramento dos San- Sarja
tos Evangelhos sobr~ um livro clcllcs á elita viu-
va Maria de :Moracs e a Pero de :\[ornes para Foram :wnliados dois ('Ortes de num-
que sob cargo elo dito jnrnmcnto descobrisse e tos de sarja preta nove covados ca-
declarasse toda e qualquer fazenda que trouxe da eorlc e cada covado a cruzado
da Bahia para ser botadn tudo cm inventario s01:rnrn Ludo junto sete mil e du-
e elles to' promPtteram assim fazer e ele tudo fiz zenlos réis 7$200
este termo Pero teme escrivão dos orfüos o
:mo - 391-

via de Sl'r L'HI l'azc·rnla porquanlo não havia• ta do termo atrás e deu as ditas con-
dinhLiro e q11a11dci niío que se venderia a fn- tas e descarga na forma seguinte e de
zenda em praça e· csprrassem po1· a paga e me '•Hlo fiz este· term ~, Pero Leme o moço
<le11 por n:spusta que n,io querin sinão dinheiro escrw:i u • ~" orfãos o escrevi.
cúml11do · o hom·e por no li ficado de que fiz este Primeiramente •. ... uuitação de
termo Pêro Leme o moço escrivão dos orfãos • Francisco Alves do Porto {JL.. ., 1131
o e, e revi. Prro Lemme. C'onsta havcr-llie pago vinte e tres mH
e noveoentos réis qu,e o defunto de-
Ao.., vinte <111alro dias do mcz de jancir<> via ao dil'l Frandsoo Alves como nella
do prP..,c•nl<- de mil e seiscentos e vinte e
,lllll'> ao di:inlt' :,;e vc>d anoslada com as mais
seis annos 11c..,la villa de São Paulo eu escrivão quilações 23$900
notifiquei a Pero Dias que se fosse pagar Pm Uma quilaçflo de Amador de Aguiar
fazc11da do que lhe deviam neste inventario sc- de freles que pagou na viUa de San-
nfío qm· l'sperassc que vendessem a dita fazenda tos da fazenda que trouxe e está ho-
fiad:1 na praça para ..,e lhe pagar e me deu por tadn ncsle inventario a qual quitação
resposta tfUP a lerra parle ficou o defunto de · é de oiln mil e nDveeentos e sessenta
lh<' dar t'm fazcndn t· ns duas terças cm dinhei- réb 8$960
ro e que lcm tomado mais do terço que queria Outra quilarflo que lambem acos-
JlH· désscm seu dinheiro comlu<lo o houve por tou aqui de Pero Dias de quantia ,te
notificado de que fiz este termo Pero Leme o doze mil réis que lhe pagoiU á conta do
moço escrivão dos orfãos o escrevi. - Pero que lhe devia o defunto neste inventa-
l,emme. rio 2$000
Outra quitação elo capiHio Fernão
Termo de descarga de Pero J)ias por :mdc recebeu do dito Pero
de \'Uoraes. de l\foraes á conta do que lhe devia o
defnnlc das carnes de quantia <le dois
mil oitocentos e oitenta réis 2$880
Aos sete dias do mcz de fevereiro do
anno presente de mil e sdscenLos e yinte Outra quitação de F,e rnã,o Dias o
.e seis annos nesta villa de São Paulo nas moço por onde o dito Pero de Moraes
pousadas donde mora o juiz dos orfãos lhe pagou pelo defunto Domingos de
Abreu seiscentos ,e quarenta réis $640
.fc.ã o de I3ritú Cassfío ante elle ,a ppa-
rcceu Pero de Moracs a dar conta e des- ~Iais outr,o conhecimento que pago11
cm·ga de setenta e dois mil e setecentos 72$700 a Paula Fernandes mulher que foi de
r~is qtH' carregam sobre elle como cons- Jorge de Edra corno pelo dito conheci-
mr>11lo se ver:i de <1uanli:i ele cinco mil
sc;hrc· elle alr:is carrega ele setenla e dois
e sclecentos <' sl!sscn1a réis ;) 760 mil e sc>tc<'<'ntos e vinte réis fica d<'-
.:\lais outra quilaçao de Anlonio fü.1- vendc nesta carrega~:üo que sobre cllc
püSL Tav:u·l·· por oIHl'l' conf,.. " 1·ccc-
IH'r do dilo Pero , 1.... Hlll'acs por co1~ta
'de Gonc:.i~ r 11 1cs que defunto Oomm-
.. . carrega <fll:tlro mil e duzentos e scss<'ll-
la ré.is de qm· mostrará aqui quila\·ão
1$260

,. ...e Abreu c.-a :i de,·et ~ o dilo r.ouçalo ou o dinheiro e de ludo o adma nas
Pire~ a qual qnitaç.fo deu o dilo Anlonio quilaçõc·:-. rica desobrigado que som_en-
Haposo Tavares como p1•úcurador has- lc deve a dita quantia de quatro mil e
lank que(! do clit(> ,onçalo Pire'> a qual duzenlos e quarenta réis P <l" tudo fiz
é de c111anlia d(• oito mil <.' quinhentos este termo Pero Leme o moço escri-
e scssen la réis vão cios orfãos o escrevi.
8 560
Outra quitnção de Pero Leme o ve-
lho como procurador de sua rrnic Leo- Termo de t·omo acostei as
nor Lemt· a velha ele quantia de mil cfuilaçõfü, aqui por mandado do
réi:-. que• o dilo Pero de Morncs lhe pa- juiz dos orfãos.
gou á eonla do qu<' lhe dcvin o dpfunlo
1>omingos de Ahre11 1.·000 I-'" 10<10
b
no mesmo dia rnc·z e :inno • atrás•
Assim mais um mandado dos offi- cscripto e· declarado eu escriv:1<> a<'osle1 a_q~n
ciae:; da Camarn <1ne ·o defnnto er1-1 :1 as quilaçües aqui adiank por mandado do JU~Z
dever ele fôro <k uns chãos cinto 1pe- cios orfãos .I não de Brilo Cassão e de tudo fiz
sos e· meio mil e setecentos e sessenta cst<' t .l'mo <"omo parece Pero Leme o moço es-
réis 1 '760 cri\':IO dos orfãos o escn·vi. Pero Lemme.
\ <;sim mais acostou um mandado
do juiz dos orfãos .João de Brito Cassao Com dcda1·as'.:'to que· acostei as quitações a
q11t.·· o dilo Pero de Moraes pagou aos folhas Irinl~1 p seis na volla como por ellas :~o
avaliadorpc; Gonçalo Madeira e .\ivaro diante• se verá por ler já cosido l'Sle inwnlano
Ndo o velho dt• seus salarios e do que até ás ditas folh:1s o escrevi.
o defunt > lhe devia de Indo trcs mil
réi" como pelo dito mandado aqui con.,ta 3$000 Deve-se ao escrivfio Pero Ll'llll' o rno~·o de
Importam estas a<ldições acima e rasa qninhenlos t' \'illl<• réis de fazer o inve1~tario
atr:'is <·scripta.., esscnta e oito mil e do :rntuamrnlo quarenta de• rita~·ões requcrun:n-
<1uatrorcntos e sessenta réis de que o tos duzl'nlos n~is de cin<'o dins f'ora da. ,·dia
dilo Per.o de ~foraes cleu desearga que qu<· diz gastou mil r<-is de lr1·11H1s e cam1111lt'.s
.ln•zt•nlos e lrinla e s~·is rt'is e llll sc•trnla c cl.11:-.
o dito ~çalo · , la reoebido
que
e te:
nta
n-
a
ao
l

r je'
r a dita quantia
d a réis, e de tudo
· · · zcr este termo que ~ i-
ri Cordo ·
sc~v rim-
aria

cffici Camara desta


au aixo assignados fazemos a sabe
nhor João de Brito C · · orfã
di i>
dq :~14\)J, ç
qµ, te anlaam~~.
396 -39'i-

escrivão de visse os li t-os do f<>- Maria de Moraes dona viu ll mulhet foi de
ros e senda t!Í1ou estai" devendo t'Ys Domink,os de Abreu que Deus tem e earadora
orfãos fllhos ue 1earliln de Frattclscl> Ribeiro de ~eus filhos que da fazenda q'lle em seu po-
ao ito Co'n.celho de e qumhento éi: • der tlv-er logo dê e paglle a Gonçalo Madeira
de nê cabe fó que reqite- avaliador e contador digo repartidor lbe dê e
r ê de s na Mag,c~- pague log,o a quantia de tres cruzados e um
s r :metcê cruzado ffue ó defturto lhe dievia são quatro cru-
· atisfá ã z o Alvaro Neto o -relho a aliador tres
e cal>t" aôs ditos cruzados e meio que o defunto era a dever são
o tres cruzados e meio os quaes mando que se
ooii logo dar e pag.:,1r, não . ~Hl~r maudo seja ~-
deV•l' e ua Magestíde lhe en a o es- Il ora,da cm tantos de seus bens moy<:;is qu~
mo faremo - a parte de vossa bem bastem á dita quantia e não bastando e
merc o em Ca- será nos de raiz os quaes serão vendidQs uns
ntara ias dezembró e outros cm public~ prllça que .realmente os
d nt vin el ditos officiaes sejam de tudo pagos e satisfei-
da Cu a escr1v o a C so tos sem quebra nem dinrlnuiçito alguma .a oom
mandado. Ualldo d~ Motta - .Alélm 1-eôtie quita~o do~ dit~ avn.nab'ore lhe serio leva-
Jo\ik) p . dos em conta cumpfi-o us.sun uns e outros e al
não façaes dàdo •m São Paulo gob moo signal
somente aos vinté e cinco dias do niez de Oll'"'
tubro Pero Lem o moço escrivão d meu car-
Di o eu oelho procurador do Con- go o fez por meu mtmliado anno do Nascimentd
celho que ev. recebi de Pero de Moráes mil e Qe Nos o S~1'hQr ,J.~tiu~ Chrjsto de mil e eis-
s centos e ses enta réis l)S quac~ pagou por a ccnto. · f vi~t~ ein,oo ;1nno~. gratjs. - João
ora Ma.ria d . 'Moraes dona iuva os ~uà.es de Brillo CaS$Í;iiO.
devia de foro Concelho Hóml> consta cleste
mandad<' e por os ter recebido lhe dei esta qui- Dizenio~ nós Gonçalo Made.if~ e Alv:aro Neto
tação hoje 25 de dezembro d 1625. 8-'tlio q.ue somos pag~ do co1de;~QO neste mundaQo
Coêllí/o'. aci,J,n~ de sete cr1:1zad9s e mew e por verdade
nos assignam-0s aa}llos aqu.i. JJq~ 8 dias d~ j~..
JoãO' de Britó Cassão juiz dos orfão nesta nciro uc 1626 annos. Gonçalo Madeira - AI ..
vi la de Sãó Paulo us termos por Sua: Ma- Va'Nt' elo.
gestade etc. por este meu tnandaoo mando a
102

citara a dita vit1,·a 1· p.·lo dilo cscT1,·ao dn meu o dih :mlor Antonio Haposo T:l\·an~s
l)lll'l'('\'ll
l':trgo me foi dado p.ir l'c~ ~{til' lhe dera fc'· o e me r<•qucrcu mandasse ir concluso •úS ditos
mt'i.-inho d() C':llllpo Diogo :\fartins da Costa <(IU! conlweinwntos <· scnlcndasse a causa çorno me
<'Ili' cilar:1 a dila vi11va M:iria de \loracs para pnrccessc j11stira visto a dita viuva !Hl s 'li pro-
a<ptl'll:1 minha audienda c· dada a dila fl' houve curador niio virem· com cousa que ,d l' condc-
a dil:i viuva por dlad:1 1· ;i co11hc·cimc11to por mnacfío a releve e tc·rcm já passach os klez dias
0

rcc-onlwciclo e I he dei e assignei os dez dias da que• lhl' t'oram assignados e visto por mim. o
Ordenação para embargos do que se· fez termo dito requerimento mandei fosse -apregoada a dila
nos autos e o traslado dos dois c·onhecimcntos ~Iaria de ~foraes e a apregoou () dilo autor por
são Í)s seguintes. Digo cu Domingos de Ahrcu não haver porteiro do Concelho e ,pslar pre-
que <S verdade' que cu <levo ao senhor meu tio sente o dito procurador da dita ,·iuvn a lancei
fionçalo Pires vinte e oito mil réis cm dinh<'iro dos emhargos <XHn qu<' pudera vir (' mandei me
de contado que são de <·m·1ws <ruc me vende viessem os aulos eondusos para no caso prover
me vendeu a meu contento e por verdade lhe dei e mandar o que' me parcoessc jusliça o que me
esl<• por mim feito e assignado hoje vinte e qua- foi logo satisfeito P sendo por mim vistos !1ro-
tro ele maio de mil e seisct•ntos ,. dczcnovc :rn- l111nciei por minha final scnten~·a o ·sl'gnmk.
llf,s e· <fpcJaro que os pagarei da feitura d<•ste Visto os conlwcimcntos apresentados por parte
a 011z1• mc·zes (• me assign0 Domingos dc• .\breu. dt• (ion~·alo Pir<'s (• os dez dias da Ordenarão
Digo c'II D,imi11gos dl' Ah1•eu que v verd:ido qul' l!H• !'oram dados para vir 1'0111 l'mhargos
<(lll' dl'vo a mc·u tio (;on~·alo Pires dez mil <' se os tivesse o que não satisfez no termo do
sl'll'<'t'nlos e setenta réis os quacs são de fa- direito nem mostrou cousa que de condrmna-
rinhas que me vendeu os quacs lhe pagar<•i em ção a releve julgo pague o contendo nos ditos
<linlwiro rfp contado na feitura deste a um :111110 conhecimentos contas que se api·escntarcrn e pa-
h1,jl· cinco de maio de mil •e seiscPutos l' deze .. gue as custas dos autos cm qtw ~ concl_emno
nov1' annos e por ,·erdade lhe dei este pnr mim Sãc Paulo quinze de novembro n11l ,p sc1scr11-
feito e assignado I>omingos de .\hn•u eorn d1•- tos e vinte p cinco annos João de l3rilo Cassão
dar:u::io <[LIC l,·m nas costas dos contwcinwn- a qual minha sentença foi por mi1~1 puhlic~d~
los um reeih i que l; <IP Ires mil réis que na dita minha audicneia que cu fa.-:ta aos fritos
Gon~·:llo Pirl's 1·t•<-chc11 l' se11<h aos ,oito dins e partes nas casas e paços do Concelho aos
do mez de no,·cmhr<> dt•sle anno presente de quinze dias do mez de novembro do auno . di:
mil e seiscentos e \'Ínk e :cinco annos nesta mil e seiscentos e vinte e ~inco annos nesta y11Ia
villa de Sfío Paulo em publica audicncia que de São Paulo cm presença do 'procurador da
eu fazia aos f,,;t is e parles nas casas e p::iços clil.i viu,·:i :\lari:i de :\loraes l' do pro<·m·ador (~O
do 1·011cc•lho dl'lla 11:1 dila minha audicnda ap- flulor (; 111calo Pires o qual disse .qu,' r,·c·dna
- 103-
- 1(}1 -

e vinle e einco :rnnos. ; Sem scUo ex-causa.


:-,(•JllL'll<:a 111:tlldl'i que a dit:1 minlw sentença
l'
se Cllmprissc c·omo Hella se conlém sem duvida - Joião lle Brito Cassão.
nc·m <'lllk1rgo :ilgum e por a parte autor me
n·c1m·n-r llw mandasse lira,· scnll'11<.,·:1 do pro- Termo de coJtlas que d,e,u ~
('esso mandei lh'a liniss •m parn se dnr :í sua ,iuva Maria de. Mioraes por S·f'ilt
dPvid:i <'X<'('t1<.,·1n p ·I l que· 111:111dl'i a qualquer procurador.
ol'ficial de jusli\·n a qncm esta minha sentença
aprt'SPnl:i<la l'tll· <'<Jl11 clla rcquPirmu a elita viuva Aos dez digo aos oito dias do me.z de ja-
:'\h1ria d<' Mo1·fü•s l' ('llntdora ele seu filho Do- m·iro de mil e seiscentos e vinte e oito annos
mingos <Jllc logo c·om effeiLo dê ie pague ao nesta villa de São Panlo cm pousadas do juiz
dito non<;alo Pi,·cs ou a seu pro,eurador An- dos orfãos Jofío di• Brilo Cassão ante ellc ap-
to11in Baposo Tnn1res ;i quantia de lrinla e parceeram M:mncl Mourato p_rocn_ra<!or da viu-
dncc mil e sl'!eeenl,os e selenta rC,is por ler o vn .\faria de Morncs e Anlmuo fühe1ro de .Mo-
dito :rnlor recl'l,ido j:í tres mil réis conforme o raes filho e prncunulor da dila viuva e por PIies
seu r ·dbo nas C'Ostas do conhecimenlo con- amuos juntos e cada um de per si foi dito ?º
l'orm<' aos S<'IIS assig11ados e pngue mais de <·us- dito juiz qnc cllcs vinham em nome da dita
tns dos :iutos e :1rc:10 e citaru.<> fora da yiJla -e' sua c··onstiluinle :1 dar conlas da fazendn que
eh· fPitio desta senll'nça e aC"<,·ão de ludo lre- lhe foi carl'egada neste inventario pelo que lhe
Z<·ntos e s<·ssenla e qualnJ réis pelo que mando reqtH'riam que tis lomasse po1~qrn~n~o linham
que sc·ndo requerida logo dar e pagar não qui- que requerer, o que vislo pelo chto_,1u1z nrnt1<1ou
zer scr:'t pP11l10rada cm tantos de seus bens mo- que déssem contas cm nome da cll1_a sua c?ns-
veis que bem baslcm á dita quantia e ríão bas- titnintc as quaes deram pela 1mmeira ~egnrnte,
tando os scrft nos de raiz os quacs uns ic o,i- <le que fi.z este termo eu Fernão Hodngues ~de
lro;-; serão \·,•ndidt>-; e arrematmlds cm publica Conlova escrivão da Onvidoria digo dos orf:ws
prar:1 <{lt<• realmcnté (, di(; aulor st•Ja de ludo o escrevi.
p:igo do principal (' custas os quars and:1rüo
em prégfio nos lermos que Sua :.\fogestàde man- Descarga que dtí ao que e~l,t
da cm sua Ordcuaçi'io cumpri-') assim uns e carregado nçstie inrnnlario.
outros e ai não façacs dado em São Paulo sob
m<'u signal somenle aos vinte dias do mcz de Primeiramente nm mandado do dito
110\'ClllhJ'v Pero l ,t-Jlle d moro escrivão dos or-
juiz dos orl'ãos por onde pagou a di~a
ffws nesta Yilb dl' Sfi J Paulo 'l' seus termos o viuva a João ,\Iacicl oito patacas dois
fez p',r meu m:rndad,> anno d, . ·ascimcnlo de
mil e q u atroccutos e sessenta réis
• 'os..,, S1•11li J.J' .l,·sus Chrislo de mil e seiscentos
1:~os o l_rasladci do proprio que em meu poder nhorn os que se achar•C'm todos pelo que• 1hc
f1<·n no mvcntari•> de Domingos de .\hr..~u a que requeria mandass,e acostar ao dito mandarlo a
me reporto e vae na verdad<'. e o confC'ri e con- elita petição e juntamente outra que fez para
<'<'r~<'i com um official de justi~·a eommigo aqui se lhe dar o traslado do termo por onde n dita
ass1gnado aos quatorze de ncn'('rnhro de mil e Marin de Moraes está obrigada ás dividas to-
scisc~nlos e trinta a11nos Amhrosio Pereira es- das t' lhe mandasse fazer pen hora ~nos ditos
CTivão dos orJ'ãos pelo Conde ck )fonsanlo que chãos o que visto relo dito juiz mandou a mim
o PS1-revi. <'Scrivão acostasse ao mandado as ditas petições
<! juntamente se fizesse penhora nos ditos chãos
Concertado com o proprio lcrmo por mim
visto a parte não nomear penhores e de tudo
t·sc.Tivão. .\mbrosio Pe-rieira.
fiz este termo .Manuel da Cunha escrivão das
E commigo escrivfio da Ouvidoria. Fra:0- exec11ções o escrevi.
t·ise4"> Uodrigucs Raposo.
.loiio Clemente qnc _para Jwm de sua jus-
Requerimento que fez ,foã,o liça lhe é neoessario mandar-lhe vossa mercê
· Clemente ao j~liz ordinari,o e dnr vista do primeiro e segundo inventario na
<lo. o.·lãos .João l\laeiel. mão do escrivão dos inYenlarios qne se fizeram
por morte ele Franeisco Hodrigues e Domingos
Aos dois dias do mcz dt· dezemlJro do anno de Ahrru e nchando verba 1wde :1 vnss;i m('tTc
presente de mil e seiscentos e trinta annos nesta
vilJa de São Paulo nas pousadas de Francisco Mande ao escrivão dos or-
de Fontes ás suas portas estando nhi o juiz or- fãos lhe· passe ou tire o traslado
dinario João Macicl ante elle apparcceu João da dita verba porquanto é para
Clemente e por ellc lhe foi dito e requerido .ao bem de sua justiça no que n.
<lito juiz que elle mandara requerer a Maria J. M.
de .Moraes por um mandado para pagar ou no-
mear penhores o que não quiz fazer de que elle Como pede. São Paulo 29 de
dite juiz João Clemente lhe fizera petição .a novembro 630 aunos. Maclel.
elle dito juiz para lhe mandar dar Yista dos in-
ventarios para dellies nomeai- penhoresi por- Auto de penhora
quanto os não queriam nomear e sendo-lhe dado
vista delles não achara uns chãos que a dita Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus
1Iaria de Moraes tem defronte de Nossa; Sc- Christo de mil e seis0e11tos e trinta nnnos em
hhora do Carmo os quaes elle os nomeia á pe- os trcs dias do mez d,e junho dn sohrcdita ,ern
11 J ·-

nesta villa d1• S 10 J>:1111 > eu escrivã) L' meirinho Ao~ ({Uatro dias do nwz de dezembro do ,
da 011vidol'i:1 Frandsco da Hocha fomos dc- anno presente de mil e seiscentos <:' lrinhl an-
fron le de 1 'üssa Senhora do Carmo donde eslão nos nesta villa de São Paulo na praça puhlica
os ch:ws nomeados por .João Clemente e sendo drlln :io pé do pclorn·inho cm prcsenç·a de mim
Lí '· dih meirinho f'ez 1w11l10ra nos dilos chãos escrivão um moço ladino do g,entio da terra por
a rr.(lllt'riml'nlo de .Joiio Clemente ([llC siio qua- nome· Ignacio por falia de porlrirn foi lançado
tro hra~·as 1• mei:1 que comc·~·am <h outfío elas prég.:io dizendo que r1ucm quizcsse lançar cm
e:1sas de Jo:ío :\lacil'l defronte dt' , ross,1 Srnhor,1 quatro braças e meia de chãos nos que se
do Carmo l' d:1 011Lra banda : 1>m n rua q{w acharem s,ernm de ,\[aria de l\foracs que estão
esl:1 lomada pPla Camar:1 e desl,1 n1:111eira r,•z drfrnnle ele Nossa Senhora do Carmo pegado
o dito nwirinho 1>e11l10rn de q11l' fiz l'sle termo ao oit:io de João Maciel viesse a (•llc llw rc-.
em <{lll' se assignou aqui ,\IanuPI da Cu11h:1 es- ceberin scn lanço e não foi dado o prégfio da
crivão elas execuçües o escrevi. :\laniuel d:t Lardc por não haver porteiro do Concrlho nesta
Cunha - FranC'iseo da Hocha. Yilla q11c disso mr déss(' stw fc' de que fiz este
termo Manuel dn Cunha escrivií0 das exccn~·fH•s
Ht·qat1 ri111, nl:) (fl'.I(' frz .foão ·que· o escrevi. l\lan1ueJ da Ciunha.
(~h•menh•.

E depc,h disl:> log., no dilo di:t m:z ,' ·1n110 .\PS seis dias d:, Jlll'Z ele dl'z~·mfw, do :111110

atrús ckd:irado nesta \ illa de S:h P~tulo pe- prcsrnle d(• mil e scisccnlüs e trinta :urnos nc:--la
ranll' o juiz orclinario Jo~o :'11:H'it•I appar~:ceu, villa de São Paulo 1w praça puhlicn della ao
João Clenwnl<' e por C'II..- lh,• foi dilo e reque- pé do pelonrinho cm presença de mim escrivão
rido ao dilo juiz 'llll' clk rnandar:i fazer pe- um moç,o ladino do geulio da terra por nome
nhora nos <'h:ios co11leudos dcsles :iulos que ellí' Francisco por falta de porteiro l'oi lançado pré-
nonwara a ({lWI ('slú feita pelo qw.· lhe requeria gfío dizendo que quem quizesse lança•: em uns
m:rndasse correr a C'Xl'<'uç:1o nclks e mandasse chi'ios que estão defronte de Nossa Senhora do
<'orrrssp com ')S dilos prégões um moro ladino Carmo que são de Maria de 1\Ioraes que estão
vistn nesta villa rnio haver porteiro o que visto pegados ás casas de João l\Jaciel viesse n clle
pelo dito juiz mandou cmTessc a execução, e que lhe receberia seu lanço e não foi dado o
qne visto não haver porteiro um moço do gcn- prégfio da tarde por não haver porl{'iro do C~n-
li•, 11-i terra e· JITesse com os ditos prégücs de celho nesta villa que disso me désse sua fé de
que fiz este termo }lannel da Cunha escrivão <1nc fiz este te!'mo Manuel da Cunha escrivão
das rxrcnçõcs qne o pscrcYi. 1Man1Ul'l da
das CXC('UÇt~rs o CSCl'C\'Í.
Cunh'a.
~ ! • q.µe estão ados a9
o:titã ~ á eh ria
eu 9 p por
não haver porteiro. do éuHé'él a que
que f~ este termo ieu
as êxccliçôe$ o cs-

de dezembro do
au o pre e m1 e seiscentos e trinta an-
esta villa de São Paulo 11a ra a uhlica

ar
· em uns eh os nesta vi la de Maria de Moracs
que estão pcgad -:- · l viesse
a elle lhe repe dado o
pr 9"0 da tud o dó Con-
celho nesta viM sua fé de
nha rivno
Mâdílel 1Ía Ounha.

ezehll>ro tio
tinta annos
della ao pê
dq. m escrivão
UJll mo90 r ofule

lanço e a tarde por


não haver port iro do Concelho nesta villa que
.
·a dom~
l e seiscentos
13H
. . . . . . . . Do!Jningos é a dever no rol do
defunto duzentos e quarenta réis $240 ~e podia fazer os quacs jurnram que sim de-
clarariam soh cargo do dito juramento e de
Oividas que o deflUnto ~vre como assim o juraram e o dito juiz deu -0 dito
juramrnto se assignaram aqui Pero Leme o
Primeiramente deve a Simão Borges moço escrivão dos orfãos o escrevi. Brito
Cerqueira labelliâo nesta villa por de Ballhazar Gonçalves - de l\Uguel
um mandado de justiça mil e du- Garcia.
zenlos e cincoenta e quatro réis Gado
como por o dito mandado consta 1$254
Deixou o defunto em seu testamento E logo pelos ditos Balthazar Gonçalves
que devia a Antonio Pinto morador foi dito e :Miguel Garcia e 'declarado
110 Hio de Janeiro cinco mil réis 5$000 o gado na maneira seguinte tres
Que l.levia deixou o defunlo em seu tes- vaccas grandes vasias a mil réis
tamento a Francisco de Siqueira o cada uma somma tres mil réis 3$000
moço <luas varas de panno de al- Mais declararam· outra vacca singela
godão · $320 pequena em oitocentos réis $800
Deixou que devia a Luiz Fernandes Fi0l- Outra novilha grande para parir em 'm il
gado duas varas de panno de ,algo- réis 1$000
dão $320 Uma novilha pequena de um anno :em
quatrocentos réis $100
Termo de juramonl.o a Bal-
thazar Gonçalves e a Miguel Geníe forra
Garcia.
Gaspar carijó com sua mulher Dorothéu
E logo no mesmo dia mez :e anno alrás es- com um filho por nome Antonio e urna filha
cripto e declarado pelo juiz dos orfãos João por nome Cecilia de dois annos pouco mais ou
de Brito Cassão foi dado juramento dos San- menos.
tos Evangelhos sobre um livro delles ,a Baltha- Francisco com sua mulher Esperança.
zar Gonçal\;es e a .Miguel Garcia para que de- Braz com sua mulher Marina com seu fi-
clarassem .sob cargo do dito juramento o que lho rapaz por nome Diogo e outro por nome
valia o gado que fioou do dito defunto o qual João de peito.
juramento deu o juiz dos orfàos por escusar Antonio solteiro.
irem os avaliadores po1: amor dos gastos que Antonia com uma filha por nome Clemen-
cia de nove a dez annos pouco mais ou 'menos.
- Ui -
MG -
teiro ~ de tudo fiz este termo Pero Leme o moço
E logo foi vendida e arrematada a navalha escrivão dos orfãos o escrevi. de l\liguel t
em· trezentos e quarenta réis cm dinheiro de Garcia.
contado que o curador logo recebeu que apre-
goou um rapaz laclino por nome l\Ianucl por- E logo se vendeu e arrematou a espingarda
nfio haver quem mais lançasse que Luiz Furtado a Balthazar Gonçalves Malhador <1uc ncllc lan-
lhe foi arrematado ,e elle logo pagou " o cura- çou dez mil réis pag0s daqui a dois annos cm
dor recebeu logo o dinheiro e de ludo fiz -este dinheiro de contado a paz e a salvo para os or-
termo Pero Leme o moço escrivão dos ort'iios fãos o curador o abonou o qual Ih'o mandou
o <.>scrcvi. Ilrito - 1\IigU12J Garcia. arrematar o juiz dos orfãos João de Brito Cas-
são e o assignara1~ aqui Pero Leme o moço
E logo foi vendido o arrematado o tncho em escrivão dos orfãos o escrevi. - ~rit-0 - de
mil e sessenla réis a Anlonio da Silvt>ira <;m ~liguei + Garcia de Ilallhazar + Gonçalv,es
<linheiro de contado o <Jnal apr goon um rapaz Malhador.
laclinn por nome :Manuel e de ludo fiz Pstc ter-
mo P<.>ro Leme o moço escrivão dos orff1os o E logo se vendeu e arrematou a capa e r.ou-
esl'rcvi. Ilrilo - dl' :mgm•I ' Garc·ia. peta de perpeluana a João Fernandes :\ladeira
aqui morador quP ncHcs la\içou seis mil réis ua
ConfcssfJu n JlllZ dos orf ws .luJ.o <ll Brito <'ap:. e rottpela fiado por dois annos pagos em
Cassfio estar pag'1 t• satisfeii > d • "li c;alario (lp dinheil'o de contado a paz e a salvo para os or-
fazer este inventario e de tudJ pataca t' mch e fãos fiador e principal pagador seu sogro Eslc-
os avaliadores Gonçalo Madl'ira d · uma pata- vão Fernandes ,o curador o acceitou a seu con-
ca e Alvaro i cl) outra pataca c dr e 11110 estão tento e nfio houve quem desse mais e de tudo
pagos e satisfeitos deram q11it:1çfh feita p0r mim fiz este.: termo Pero Leme o moço escrivão dos
escrh'ão hoje cinco dias do mcz de oulnbro de orfãos ,o escrevi. - João Fernandes ~ladeira
mil e seiscentos e vinte e cinco annos Pero Il:-ilo - F:stevão Fernand-es - de )Uiguel f-
Leme o moço esPrivão dos orfi'íos qul' o escrevi. Garcia.
Gonçalo l\ladeira - Alvaro Nelo.
Aos sete dias do mcz de março do anuo
E logo se vendeu e arrematou o espelho a presente de mil e seiscentos e vinte e seis armos
Cuslodio de Aguiar Lobo que ncllc lançou qua- nesta villa de São 'Paulo o juiz dos orfãos João
tro patacas que não houve quem mais désse de Brito Cassão ante ellc apparcccu 1\Iiguel Gar-
em dinh"iro de contado o qual o curador logo cia Carrasco curador neste inventario e por cllc
recebeu o quaí andou em prégão por um rapaz roi dito e requerido ao dito juiz que tinha umas
ladino por nome :\Ianucl por n:io haver por-
--- 482 -

rapaz para salisfação do aulor julgo seja en-


tregue o autor da sua peça ou outra ·c omo clla
e paguem os réus as custas dos autos 1em que
011lrosim os coudcmno. - Dom Simão de To-
h><lo Piza.

Foi publicada a sentença acima pelo juiz


1los orfãos dom Simão de Toledo em audiencia
puhlica que a feitos e partes fazia em suas pou-
sadas em presença do autor e mandou se cam-
prisse cm os dezesete dias do rnez de maio de
seiscentos e cincoenta e nove annos Luiz dl•
Andrade esenvão dos ort'ãos o escrevi.

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