Especialistas defendem que avanços tecnológicos como agricultura de precisão, drones, inteligência artificial e melhoramento acelerado de plantas vão garantir que tenhamos alimentos suficientes para alimentar 10 bilhões de pessoas até 2050, mesmo com as alterações climáticas, através do uso da diversidade genética das plantas e novas tecnologias.
Especialistas defendem que avanços tecnológicos como agricultura de precisão, drones, inteligência artificial e melhoramento acelerado de plantas vão garantir que tenhamos alimentos suficientes para alimentar 10 bilhões de pessoas até 2050, mesmo com as alterações climáticas, através do uso da diversidade genética das plantas e novas tecnologias.
Especialistas defendem que avanços tecnológicos como agricultura de precisão, drones, inteligência artificial e melhoramento acelerado de plantas vão garantir que tenhamos alimentos suficientes para alimentar 10 bilhões de pessoas até 2050, mesmo com as alterações climáticas, através do uso da diversidade genética das plantas e novas tecnologias.
Especialistas defendem que avanços tecnológicos vão assegurar
alimentação no futuro
Investigadoras da rede 'Global Portuguese Scientists' (GPS) defenderam esta terça-
feira que o crescente avanço tecnológico e, consequentemente, a sua aplicação na área alimentar vai permitir desenvolver as ferramentas necessárias para "termos o que comer no futuro". Para marcar o arranque do ciclo de debates e conferências dedicados à Ciência e à Educação, a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) convidou três investigadoras da rede GPS (criada pela fundação que localiza, desde 2016, os cientistas portugueses espalhados pelo mundo) para abordarem o tema da alimentação. A conferência, que decorreu esta terça-feira na Galeria da Biodiversidade do Porto, além de abordar a alimentação de um modo geral, focou-se também nas especificidades das plantas e do atual estado de preparação das mesmas para "lidarem" com as alterações climáticas, como a seca e as temperaturas elevadas. Sónia Negrão, professora na University College Dublin, na Irlanda, e investigadora em melhoramento de plantas, acredita que "o grande desafio" que a ciência enfrenta é "alimentar 10 biliões de pessoas em 2050". "Como vamos conseguir fazer isso, sendo que esse desafio é agravado pelas alterações climáticas?", questionou, apresentando algumas "soluções" e ferramentas utilizadas atualmente. "Para garantir que conseguimos ter o que comer no futuro, temos de utilizar várias estratégias, não só a diversidade genética do que existe e explorá-la, mas recorrer às novas tecnologias, como a agricultura de precisão, 'drones', inteligência artificial e, inclusivamente, o melhoramento acelerado", afirmou. Também Marta Vasconcelos, investigadora da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, que se dedica ao estudo da nutrição e genética de plantas, defendeu que a solução para "termos o que comer" no futuro passa por "munir forças" em diversas áreas. "Acredito que, munindo a tecnologia, algum bom senso, boas políticas e muita informação, conseguiremos ter plantas mais nutritivas, mais sustentáveis e um planeta melhor", afirmou, adiantando que métodos de melhoramento, como os cruzamentos genéticos, transformações e a biofortificação, permitem "melhorar o valor nutricional dos alimentos de forma sustentável". Já a investigadora Sofia Leite, membro da unidade de segurança química e métodos alternativos à experimentação animal do Joint Research Center da Comissão Europeia, salientou a necessidade de a "ciência recorrer a outros métodos" para o estudo humano. "A ciência tem evoluído muito através dos testes animais, mas chegou o momento de alargar mais aquilo que estamos a fazer e introduzir novas tecnologias na forma de prevenção para perceber melhor o humano. Esta é uma estratégia em que ganhamos todos, nós e os animais", concluiu. O ciclo dedicado ao tema da Ciência e Educação, que prossegue até ao dia 16 de novembro, inclui a discussão de temas como as terapias alternativas, a genética, o cérebro e o universo, e vai percorrer o país, passando por cidades como Leiria, Aveiro e Lisboa. in https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/especialistas-defendem-que-avancos- tecnologicos-vao-assegurar-alimentacao-no-futuro