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A coleta, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos urbanos tornaram - se um

dos problemas ambientais mais graves dos tempos atuais para as administrações municipais no
Brasil (Silva e Joia, 2008). O lixo tem diversas formas de percepção para os indivíduos, dentre
elas a visão sociopolítica, pela qual a coleta, o transporte, o tratamento e a eliminação dos
resíduos sólidos são considerados limpeza pública, portanto, atribuição que cabe ao Poder
Público Municipal (PEREIRA, 1993).

A partir de alguns anos as questões ambientais têm ganhado mais visibilidade e espaço,
como um fator de preocupação: os bens naturais finitos, indispensáveis à vida humana mostram
que estão se esgotando. O crescimento econômico e populacional gera quase automaticamente
o aumento da poluição e do consumo desses bens naturais. A conservação do meio ambiente e
o desenvolvimento sustentável deixam, com o passar do tempo, de serem simples e se tornam
urgentes e de grande importância na existência de todos os seres vivos. O projeto capitalista, segundo
Jackson, tem falhado por se basear no crescimento ilimitado, já que “a ideia de uma economia que não
cresce pode ser uma aberração para os economistas, mas a ideia de uma economia em crescimento
constante é uma aberração para os ecologistas” (JACKSON, 2013, p. 28).

Um dos problemas mais discutidos é o destino do lixo produzido pela sociedade,


principalmente nos centros urbanos, onde a concentração maior de pessoas e o crescimento
populacional favorece grande quantidade de lixo nas cidades e dificuldades para encontrar
locais de descarte correto destes materiais. Essa situação facilita a proliferação de ratos e de
vários tipos de insetos que transmitem doenças e geram epidemias, prejudicando a saúde
humana. Além disso, alguns locais se transformam em lixões, poluindo o solo e a água, como
também geram um problema social. Dessa forma, a reciclagem destes materiais torna-se a
maneira mais rápida e prática diminuindo a emissão de dejetos no meio ambiente. Na revisão
bibliográfica realizada por NUCCI (1996) em sua tese de doutoramento, procurou-se apresentar o
máximo de citações possíveis sobre os aspectos relacionados com o clima urbano (ilha de calor,
poluição, etc.), água (enchentes, abastecimento e esgotamento), lixo, poluição sonora, visual,
cobertura vegetal, espaços livres, áreas verdes, recreação, uso do solo, verticalização, densidade
demográfica e tombamento.

O presente trabalho além de contribuir para a preservação dos bens naturais, também
auxilia na mudança de consciência e perspectiva sobre o lixo, que deixa de ser algo sem valor
na comunidade escolar, e se tornar matéria-prima de novos produtos, que poderão ser utilizados
na vida acadêmica, pois a escola tem papel fundamental e importante no processo de transmitir
e influenciar na educação ambiental e social de sua clientela.
A palavra lixo vem do latin e significa “cinza” surgiu na época em que não havia industrialização e
era a sobra do fogão a lenha, depois passou a ser considerado no dicionário como coisas inúteis,
sujeira, mas hoje pode ser entendido como coisas úteis, aproveitadas pelo homem (Rodrigues, 2003).

Uma das propostas de Educação Ambiental é construir no indivíduo e na coletividade


uma conscientização na mudança de atitude que valorize a preservação do ambiente. Adotar a
reciclagem mostra novos comportamentos diante do ambiente ao qual estão inseridos. Assim a
reciclagem ensina a população a não desperdiçar, a ver o lixo como algo que pode ser útil e não
como uma ameaça (SCARLATO; PONTIN, 1992).

Reciclar significa transformar objetos materiais usados em novos produtos para o


consumo. A reciclagem de qualquer material pode ser dividida em coleta, seleção, revalorização e
transformação (ABIPET, 2008). Esta necessidade foi despertada pelos seres humanos, a partir do
momento em que se verificaram os benefícios que este procedimento traz para o planeta Terra. "A
imagem da Terra vista pelos astronautas teve a virtude de nos incutir a consciência de que, longe de
habitar um espaço infinito, habitamos uma espécie de nave espacial isolada, dentro de uma cápsula de
recursos constantes, que consumimos, e que somente não esgotamos porque reciclamos. Este
conceito da necessidade de reciclagem - de nada perder, de nada destruir, de tudo usar de novo. Desta
cápsula de recursos constantes acordou-nos para a ameaça da poluição, que interrompe
o processo de reciclagem pela inutilização do recurso ou pelo envenenamento." (Silva, 1975:1).
A partir da década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis aumentou
significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países desenvolvidos.
Muitos governos e ONGs estão cobrando de empresas posturas responsáveis: o crescimento
econômico deve estar aliado à preservação do meio ambiente. Atividades como campanhas de
coleta seletiva de lixo e reciclagem de alumínio e papel, já são comuns em várias partes do
mundo.

Muitos materiais como, por exemplo, o alumínio pode ser reciclado com um nível de
reaproveitamento de quase 100%. Derretido, ele retorna para as linhas de produção das
indústrias de embalagens, reduzindo os custos para as empresas. Assim como nas cidades, na
zona rural a reciclagem também acontece. O lixo orgânico é utilizado na fabricação de adubo
orgânico para ser utilizado na agricultura. Para aumentar sua produção e seguir regulamentos
ambientais, a indústria da borracha começou a utilizar os elastômeros termoplásticos e novas técnicas
para reforço da borracha (Schneider, 2004).

Na natureza todas as plantas e animais mortos apodrecem e se decompõem. São


destruídos por larvas minhocas, bactérias e fungos, e os elementos químicos que eles contém
voltam à terra. Podem ficar no solo, nos mares ou rios e serão usados novamente por plantas e
animais. É um processo natural de reutilização de matérias. É um interminável ciclo de morte,
decomposição, nova vida e crescimento. compreende não somente o meio ambiente, mas também
pobreza, população, saúde, segurança alimentar, democracia, direitos humanos e paz. A
sustentabilidade é um imperativo moral e ético, no qual a diversidade cultural e o conhecimento
tradicional precisam ser respeitados" (PHILIPPI, 2000). A natureza é muito eficiente no tratamento do
lixo. Na realidade, não há propriamente lixo, pois ele é novamente usado e se transforma em
substâncias reaproveitáveis. Enquanto a natureza se mostra eficiente em reaproveitamento e
reciclagem, os homens o são na produção de lixo. Uma grande parte deste lixo sobrecarrega o sistema.
O problema se agrava porque muitas das substâncias manufaturadas pelo homem não são
biodegradáveis, isto é, não se decompõem facilmente. Vidros, latas e alguns plásticos não são
biodegradáveis e levam muitos anos para se decompuser.

Bibliografia

http://ibdh.org.br/wp-content/uploads/2016/02/44600-Portugu%C3%AAs-Direitos-humanos-e-meio-
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http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal12/Ensenanzadelageografia/
Investigacionydesarrolloeducativo/30.pdf (Miriam Alves Bezerra, Denize Tomaz de Aquino) Acesso:
09/05/2023.

https://www.erambiental.com.br/var/userfiles/arquivos69/documentos/12926/Nucci-
AnalisePaisagemUrbana-1999.pdf (Prof. Dr. João Carlos Nucci) Acesso: 09/05/2023.

https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/reciclagem.pdf (Lúcia Helena Araújo Fonseca) -


09/05/2023.

https://www.revistaea.org/pf.php?idartigo=2647 (Jaqueline Pereira de Oliveira, Maria Pessoa da


Silva) - 25/03/2023.

https://blog.brkambiental.com.br/reciclagem-no-brasil/ (BRK Ambiental) - 25/03/2023.

https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/reciclagem.pdf (Lúcia Helena Araújo Fonseca) -


25/03/2023.
http://www.uezo.rj.gov.br/tcc/tp/Vinicius-Carneiro-Ferraz.pdf (Vinicius Carneiro Ferraz) Acesso:
09/05/2023.

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