Você está na página 1de 33

APRESENTAÇÃO Prof.

Gabriel Matias

Olá, caro aluno,

É com grande entusiasmo que dou as boas-vindas a você nesta jornada de descoberta e aprimoramento
no campo da legislação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Hoje, quero compartilhar com você não
apenas a relevância, mas também a transformação que o domínio desse tema pode trazer para sua carreira na
área da saúde.

Entendemos que a legislação pode muitas vezes parecer um terreno inóspito e complexo, repleto de
termos técnicos e detalhes intricados. A Lei nº 8.080/90, que estabelece os pilares do SUS, não foge a essa regra.
Contudo, aqui estamos para tornar esse processo mais simples e acessível.

Juntos, vamos mergulhar em uma exploração detalhada, desvendando cada artigo, parágrafo e inciso
dessa legislação. Estou comprometido em fornecer a você não apenas explicações detalhadas, mas também
exemplos práticos e contextos relevantes que o ajudarão a não apenas compreender, mas a aplicar eficazmente
essa legislação no mundo real.

Conscientes de que muitos estudantes encontram dificuldades na compreensão da legislação do SUS,


estamos aqui para superar esses obstáculos juntos. Ao término deste eBook, você terá adquirido conhecimento
sólido sobre a Lei nº 8.080/90 e, mais importante, terá confiança para utilizá-la em sua prática profissional.

Neste processo, lembre-se de que simplificamos um texto legislativo complexo para torná-lo acessível e
compreensível. Este eBook é um recurso valioso que o auxiliará a dominar a legislação do SUS de maneira eficaz.

E para garantir ainda mais credibilidade a este trabalho, permita-me compartilhar um pouco do meu
percurso. Sou Gabriel Matias, enfermeiro formado pela Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), com sólida
formação acadêmica em disciplinas essenciais na área de saúde.

Buscando constantemente o aprimoramento, tornei-me especialista em Saúde da Família pela Fundação


Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) por meio do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica. Além disso,
conquistei a especialização em Docência em Enfermagem pelo Instituto Brasil de Ensino e Consultoria.

Minha paixão é compartilhar conhecimento e auxiliar alunos, como você, a desvendar os mistérios da
legislação do SUS. Estamos comprometidos em guiar você a cada passo desse caminho, não importa quão
complexo ele possa parecer agora.

Você está pronto? Vamos começar!

Antes de começarmos, é importante ressaltar que, mesmo com este eBook em mãos, é fundamental que
você leia a Lei nº 8.080/90 na íntegra no site do Planalto Central. Clique na imagem abaixo para acessar a lei:

Lembre-se de que as leis podem ser atualizadas, e este material pode ficar desatualizado. Portanto,
mantenha-se informado e verifique sempre a versão mais recente da legislação. Estamos aqui para fornecer um
guia prático, mas é sua responsabilidade estar atualizado em relação às mudanças legais.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º. Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou
conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou
privado.

Explicação: Um hospital particular fazendo uma campanha de vacinação temporária e um hospital público
oferecendo atendimentos contínuos ambos devem seguir esta lei, independente de serem privados ou públicos.

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 2º. A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis
ao seu pleno exercício.

§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais
que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que
assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.

Art. 3º. Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como
determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços
essenciais.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se
destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.

Explicação: Imagine uma cidade onde o governo (Estado) construiu hospitais, garantiu medicamentos e ofereceu
vacinação gratuita para todos (acesso universal e igualitário), cumprindo o art. 2º. No entanto, esta mesma
cidade tem áreas sem saneamento básico, escolas em más condições e falta de áreas de lazer. Mesmo com bons
serviços de saúde diretos, fatores como saneamento e educação, mencionados no art. 3º, são essenciais para
garantir um padrão de saúde geral elevado, pois a saúde não depende apenas de tratamentos médicos, mas de
uma combinação de diversos fatores sociais e econômicos. A cidade precisa olhar não apenas para os hospitais,
mas para a qualidade de vida geral de seus habitantes para realmente assegurar o bem-estar físico, mental e
social.

CONSTITUIÇÃO DO SUS E INICIATIVA PRIVADA

Art. 4º. O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais
e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o
Sistema Único de Saúde (SUS).
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle
de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de
equipamentos para saúde.
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar.

Explicação: Imagine uma cidade chamada SaúdeVille. Nesta cidade, todos os hospitais, clínicas e postos de saúde
gerenciados pelo governo municipal, estadual e federal fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS) - isso é o
que o Art. 4º está dizendo. Além disso, as instituições que pesquisam novos tratamentos, controlam a qualidade
dos medicamentos e produzem insumos, como o banco de sangue municipal, também fazem parte do SUS,
conforme o § 1º.
Agora, em SaúdeVille, também existe um hospital privado muito moderno chamado "SaúdePremium".
Mesmo sendo uma entidade privada, o "SaúdePremium" pode fornecer serviços para pacientes do SUS quando o
sistema público precisa de ajuda para atender à demanda ou oferecer tratamentos especializados, agindo de
forma complementar ao sistema, como descrito no § 2º.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

SAÚDE COMPLEMENTAR X SAÚDE SUPLEMENTAR

Saúde Complementar: Instituições privadas, como "SaúdePremium", ajudando o SUS quando ele precisa.
Saúde Suplementar: Quando pessoas optam por planos de saúde privados ou pagam diretamente por serviços
médicos.
OBS: “Saúde premium” é o nome do hospital fictício que usamos para dar essa explicação.

OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES DO SUS

Art. 5º. São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:


I - A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;

II - A formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância do
disposto no § 1º do art. 2º desta lei;

III - A assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a
realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.

Explicação:
I: O Departamento de Saúde de SaúdeVille realiza pesquisas para descobrir o que afeta a saúde da população.
Eles descobriram que a poluição do ar e a falta de espaços verdes estão prejudicando a saúde respiratória dos
moradores. Assim, decidem criar uma campanha de mídia para informar a população sobre a importância da
qualidade do ar e a necessidade de áreas verdes.

II: Com base nos estudos anteriores, o conselho municipal de SaúdeVille estabelece uma nova política de saúde.
Eles decidem investir em parques e incentivar o uso de transporte público e bicicletas para reduzir a poluição do
ar. Essa política também alinha-se com um objetivo do Art. 2º, que fala sobre a promoção da saúde no contexto
socioeconômico.

III: Em SaúdeVille, o SUS não apenas trata de doenças quando elas ocorrem, mas também trabalha ativamente
para preveni-las. Por exemplo, eles realizam check-ups anuais gratuitos para todos os moradores e oferecem
aulas de exercícios gratuitas nos parques locais. Além disso, em caso de doença, garantem tratamento e
medicamentos necessários, e também aconselhamento sobre como evitar futuras recorrências ou complicações.

CAMPO DE ATUAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS

Art. 6º. Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
I – A execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; e
c) de saúde do trabalhador; d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; e) de saúde bucal;
II - A participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico;
III - A ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - A vigilância nutricional e a orientação alimentar;
V - A colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;
VI - A formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse
para a saúde e a participação na sua produção;
VII - O controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde;
VIII - A fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano;
IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
X - O incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico;
XI - A formulação e execução da política de sangue e seus derivados.

Art. 6º-A. As diferentes instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS) ficam obrigadas a disponibilizar nas
respectivas páginas eletrônicas na internet os estoques de medicamentos das farmácias públicas que estiverem
sob sua gestão, com atualização quinzenal, de forma acessível ao cidadão comum.”
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

CAMPO DE ATUAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS

Explicação: Art. 6.
I - A execução de ações:
• Vigilância Sanitária: Isso inclui a fiscalização de restaurantes para garantir que os alimentos sejam seguros
para consumo, a inspeção de produtos farmacêuticos para garantir sua qualidade e segurança, e a verificação
das condições sanitárias de hospitais e clínicas.
• Vigilância Epidemiológica: Um exemplo é o monitoramento e controle de surtos de doenças, como a
investigação de casos de dengue e a implementação de medidas para evitar sua propagação.
• Saúde do Trabalhador: Isso pode envolver a realização de exames médicos ocupacionais para trabalhadores
expostos a substâncias perigosas ou a ambientes de trabalho prejudiciais à saúde.
• Assistência Terapêutica Integral, Inclusive Farmacêutica: Isso abrange a oferta de tratamento completo para
pacientes com condições crônicas, como diabetes, incluindo a distribuição de medicamentos necessários.
• Saúde Bucal: Um exemplo é a oferta de consultas odontológicas gratuitas em clínicas públicas para a
população.
II - A participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico: Isso pode incluir a
colaboração na elaboração de políticas que visam melhorar o abastecimento de água em áreas rurais ou urbanas,
bem como medidas para garantir o tratamento adequado de esgoto.
III - A ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde: O SUS pode estabelecer diretrizes para a
formação de profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, para garantir que eles estejam bem
preparados para atender às necessidades da população.
IV - A vigilância nutricional e a orientação alimentar: O SUS pode conduzir campanhas de conscientização sobre
alimentação saudável e monitorar a prevalência de doenças relacionadas à nutrição, como a obesidade.
V - A colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho: Isso pode envolver a
emissão de regulamentos para proteger os trabalhadores de exposições perigosas no ambiente de trabalho, bem
como medidas para evitar a contaminação ambiental por substâncias tóxicas.
VI - A formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse
para a saúde e a participação na sua produção: O SUS pode definir quais medicamentos devem ser
disponibilizados gratuitamente à população e apoiar a produção de medicamentos essenciais.
VII - O controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde: Isso pode incluir
a inspeção de laboratórios farmacêuticos para garantir a qualidade dos medicamentos produzidos e a fiscalização
de clínicas de saúde para garantir padrões adequados de atendimento.
VIII - A fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano: Exemplos incluem
inspeções regulares em fábricas de alimentos para garantir a segurança dos produtos e monitoramento da
qualidade da água potável.
IX - A participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos: Isso pode envolver a regulamentação do uso de substâncias
controladas, como medicamentos psicotrópicos, para evitar o abuso.
X - O incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico: O SUS pode apoiar a
pesquisa científica na área da saúde, bem como promover a adoção de tecnologias avançadas em hospitais e
clínicas.
XI - A formulação e execução da política de sangue e seus derivados: O SUS pode coordenar a coleta de sangue
e garantir que os bancos de sangue tenham estoques adequados para atender às demandas médicas, além de
garantir que o sangue seja seguro para transfusões.
Esses exemplos ilustram como o SUS desempenha um papel fundamental na promoção da saúde pública e na
garantia de que a população tenha acesso a serviços e produtos de saúde de qualidade.

Explicação: Art. 6ªA.


Em SaúdeVille, a Secretaria Municipal de Saúde é responsável pelas farmácias públicas locais. Seguindo o Artigo
6º-A do SUS, eles disponibilizam informações atualizadas sobre os estoques de medicamentos em seu site oficial.
Isso permite que os moradores verifiquem a disponibilidade de medicamentos antes de visitar a farmácia,
economizando tempo e recursos. Essa medida promove transparência na gestão de medicamentos e melhora os
serviços de saúde para a comunidade.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

PRINCÍPIOS E DIRETRIZES

Art. 7º. As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o
Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da
Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
I - Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
II - Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos
e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
III - Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
IV - Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;
V - Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI - Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;
VII - Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação
programática;
VIII - Participação da comunidade;
IX - Descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X - Integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;
XI - Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;
XII - Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e
XIII - Organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.
XIV – Organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de violência
doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas
reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013.

Explicação:
I - Universalidade: Em SaúdeVille, todos os residentes têm direito a serviços de saúde, desde check-ups básicos a
tratamentos especializados, independentemente de sua renda ou status social.
II - Integralidade: Quando Joana, uma residente de SaúdeVille, fica doente, ela não só recebe medicamentos,
mas também orientações sobre prevenção, alimentação saudável e exercícios físicos, tudo em um único sistema.
III - Autonomia: Carlos, outro cidadão, opta por não fazer um procedimento cirúrgico recomendado pelo médico.
O hospital respeita sua decisão, defendendo sua integridade moral e física.
IV - Igualdade: No principal hospital de SaúdeVille, tanto o prefeito quanto um trabalhador local recebem o
mesmo nível de atendimento e cuidado. (lembre-se do conceito de equidade, embora não esteja explicito na lei)
V & VI - Direito e Divulgação de Informações: Os pacientes em SaúdeVille são sempre informados sobre sua
saúde, os tratamentos disponíveis e como otimizar a utilização dos serviços de saúde.
VII - Uso da Epidemiologia: Quando ocorre um surto de gripe em SaúdeVille, as autoridades usam dados
epidemiológicos para decidir quais bairros devem receber vacinas primeiro.
VIII - Participação da comunidade: Os residentes de SaúdeVille são encorajados a dar feedback e participar das
decisões sobre os serviços de saúde.
IX - Descentralização: A gestão dos serviços de saúde em SaúdeVille é dividida entre os níveis municipal, estadual
e federal, com foco na entrega de serviços no nível local e organização regional de atendimento.
X - Integração de Ações: SaúdeVille integra seus serviços de saúde com ações de saneamento básico e meio
ambiente, promovendo saúde preventiva.
XI - Conjugação de Recursos: Os fundos para a saúde em SaúdeVille vêm de fontes municipais, estaduais e
federais, garantindo que todos os residentes tenham acesso a serviços de saúde de qualidade.
XII - Capacidade de Resolução: Todos os centros de saúde em SaúdeVille têm a capacidade de atender e resolver
as necessidades de saúde dos pacientes, seja um resfriado comum ou uma cirurgia complexa.
XIII - Organização Eficiente: Em SaúdeVille, ao invés de ter dois centros de saúde oferecendo os mesmos serviços
no mesmo bairro, eles garantem que cada serviço seja único e complementar, maximizando a eficiência.
XIV – Atendimento Especializado: Em SaúdeVille, Maria, vítima de violência doméstica, tem acesso a um centro
especializado onde recebe atendimento médico, psicológico e, se necessário, cirurgias plásticas reparadoras.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

ORGANIZAÇÃO, DA DIREÇÃO E DA GESTÃO

Art. 8º. As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou
mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma regionalizada e
hierarquizada em níveis de complexidade crescente.

Explicação:
Em SaúdeVille, os serviços de saúde são meticulosamente organizados para atender a todos os cidadãos de forma
eficiente.

Organização Regionalizada: SaúdeVille é dividida em várias regiões, e cada uma tem seus próprios postos de
saúde básicos. Estes postos garantem que os moradores de cada região não precisem viajar longas distâncias para
obter atendimento primário.

Hierarquização em Níveis de Complexidade Crescente:


• Nível Básico: No bairro Flores de SaúdeVille, temos o "Centro de Saúde BairroFlores". Aqui, os cidadãos locais
podem receber vacinas, realizar check-ups regulares e obter tratamentos simples. É o primeiro ponto de
contato para muitos moradores.

• Nível Intermediário: Se alguém do bairro Flores apresenta uma condição que não pode ser tratada no Centro
de Saúde BairroFlores, ele é encaminhado para o "Hospital Regional SaúdeVille". Localizado na parte central de
SaúdeVille, este hospital possui mais recursos e especialistas para lidar com condições médicas de média
complexidade.

• Nível Avançado: Para casos ainda mais complexos, os pacientes são encaminhados ao "Centro Médico
Especializado SaúdeVille", localizado no distrito SaúdeCentral da cidade. É aqui que são tratados os casos mais
graves e complicados, como cirurgias de alta complexidade ou tratamentos oncológicos avançados.

Participação da Iniciativa Privada: Em SaúdeVille, instituições privadas, como a clínica "SaúdePlus", colaboram
com o SUS. Quando o SUS local tem alta demanda, pacientes são direcionados à SaúdePlus, assegurando
tratamento a todos os cidadãos, independente da capacidade do sistema público. Lembrando que a clínica deve
obedecer os princípios e diretrizes do SUS.

Art. 9º. A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituição
Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.

Explicação:
Nível Federal:
Responsabilidade: O Ministério da Saúde define e orienta as políticas de saúde nacionais.
Exemplo em SaúdeVille: Uma campanha de vacinação é lançada pelo Ministério da Saúde, direcionando regiões
para sua implementação.

Nível Estadual:
Responsabilidade: As Secretarias de Saúde estaduais adaptam e implementam as diretrizes nacionais
considerando as necessidades locais.
Exemplo em SaúdeVille: A Secretaria de Saúde de SaúdeLand disponibiliza mais recursos para SaúdeVille devido
ao alto índice de dengue.

Nível Municipal:
Responsabilidade: A Secretaria de Saúde Municipal gerencia os serviços de saúde locais, como postos e hospitais.
Exemplo em SaúdeVille: A Secretaria local organiza postos de vacinação em diversos pontos da cidade,
facilitando o acesso da população à vacina.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

ORGANIZAÇÃO, DA DIREÇÃO E DA GESTÃO

Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os serviços de
saúde que lhes correspondam.
§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da direção única, e os respectivos atos
constitutivos disporão sobre sua observância.
§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e
articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de saúde.

Explicação:
Suponhamos que SaúdeVille e cidades vizinhas, como SaúdeTown e SaúdeCity, decidam formar um consórcio.
Isso permitiria que compartilhassem recursos e conhecimentos, otimizando a prestação de serviços de saúde
para todos os habitantes das cidades envolvidas. Além disso, SaúdeVille pode optar por se organizar em distritos
de saúde, assegurando que todas as áreas da cidade, inclusive as mais remotas, recebam atendimento adequado
e integral.
Art 11. Vetado

Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde,
integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas da sociedade civil.
Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular políticas e programas de interesse
para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais, abrangerá, em especial, as
seguintes atividades:
I - alimentação e nutrição;
II - saneamento e meio ambiente;
III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
IV - recursos humanos;
V - ciência e tecnologia; e
VI - saúde do trabalhador.

Explicação:
Suponha que em SaúdeVille exista uma preocupação crescente com a qualidade da água potável, devido a
atividades industriais próximas. A comissão intersetorial, composta por membros do Conselho de Saúde de
SaúdeVille, representantes da indústria local e outros especialistas em meio ambiente e saúde, poderia trabalhar
juntos para criar políticas que garantam a segurança da água e a saúde da população. Esta colaboração
intersetorial é crucial para abordar questões que vão além do escopo tradicional dos cuidados de saúde, mas que
têm um impacto direto no bem-estar da comunidade.

Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre os serviços de saúde e as instituições
de ensino profissional e superior.
Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor prioridades, métodos e estratégias para
a formação e educação continuada dos recursos humanos do Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera
correspondente, assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições.

Explicação:
Suponha que em SaúdeVille exista uma universidade que ofereça cursos na área da saúde, como medicina e
enfermagem. A Comissão Permanente de integração, composta por representantes da Secretaria de Saúde de
SaúdeVille e da universidade, trabalharia em conjunto para assegurar que a formação desses futuros
profissionais esteja alinhada com as necessidades e realidades locais do SUS. Por exemplo, se SaúdeVille
estivesse enfrentando um aumento nos casos de determinada doença, a comissão poderia propor treinamentos
específicos para os alunos sobre essa doença, preparando-os de maneira mais eficaz para atuar na comunidade.
Além disso, a comissão poderia facilitar pesquisas conjuntas entre os serviços de saúde e a universidade,
buscando soluções para os desafios de saúde da cidade.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

ORGANIZAÇÃO, DA DIREÇÃO E DA GESTÃO

Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como foros de negociação e
pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS).

Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá por objetivo:
I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do SUS, em
conformidade com a definição da política consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de
saúde;

II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a respeito da organização das redes de ações
e serviços de saúde, principalmente no tocante à sua governança institucional e à integração das ações e serviços
dos entes federados;

III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de territórios, referência e
contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os entes
federados.

Explicação:
Imagine que SaúdeVille e cidades vizinhas queiram implementar um novo sistema de referência e
contrarreferência para pacientes. Antes de ser aplicada, essa proposta seria discutida e pactuada na Comissão
Intergestores Bipartite do estado em que SaúdeVille está localizada. Se a proposta tivesse repercussões em mais
de um estado ou em todo o país, então ela seria levada à Comissão Intergestores Tripartite, envolvendo
representantes do Ministério da Saúde, estados e municípios. Essas Comissões garantem que as políticas e ações
sejam definidas de forma colaborativa, levando em conta a realidade e as necessidades de diferentes regiões do
país, como SaúdeVille.

Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde (Conasems) são reconhecidos como entidades representativas dos entes estaduais e
municipais para tratar de matérias referentes à saúde e declarados de utilidade pública e de relevante função
social, na forma do regulamento.

§ 1o O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da União por meio do Fundo Nacional de
Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a
União.

§ 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) são reconhecidos como entidades que
representam os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que
vinculados institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus estatutos.

Explicação:
Em SaúdeVille, como parte do estado de SaúdeLand, as ações e decisões do Conselho de Secretarias Municipais
de Saúde (Cosems) de SaúdeLand impactam diretamente o planejamento e implementação de políticas de saúde
no município.

Quando SaúdeVille deseja implementar um novo programa de saúde local, por exemplo, um rastreio de doenças
crônicas, eles se baseiam em diretrizes e apoio financeiro que vêm tanto do Conass (nível estadual) quanto do
Conasems (nível nacional).

Além disso, após uma conferência nacional de saúde, o Conasems distribui fundos para projetos inovadores.
SaúdeVille, através do Cosems de SaúdeLand, propõe um projeto para melhorar a saúde mental da comunidade.
Graças ao reconhecimento e apoio financeiro do Conasems, SaúdeVille obtém os recursos necessários do Fundo
Nacional de Saúde para iniciar um programa piloto de bem-estar mental na comunidade.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUIÇÕES

Atribuições Comuns: Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito
administrativo, as seguintes atribuições:
I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações e serviços de saúde;
II - administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à saúde;
III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das condições ambientais;
IV - organização e coordenação do sistema de informação de saúde;
V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e parâmetros de custos que
caracterizam a assistência à saúde;
VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade para promoção da saúde do
trabalhador;
VII - participação de formulação da política e da execução das ações de saneamento básico e colaboração na
proteção e recuperação do meio ambiente;
VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde;
IX - participação na formulação e na execução da política de formação e desenvolvimento de recursos humanos
para a saúde;
X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS), de conformidade com o plano de
saúde;
XI - elaboração de normas para regular as atividades de serviços privados de saúde, tendo em vista a sua
relevância pública;
XII - realização de operações externas de natureza financeira de interesse da saúde, autorizadas pelo Senado
Federal;
XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo
iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa
correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes
assegurada justa indenização; (Vide ADIN 3454)
XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;
XV - propor a celebração de convênios, acordos e protocolos internacionais relativos à saúde, saneamento e
meio ambiente;
XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da saúde;
XVII - promover articulação com os órgãos de fiscalização do exercício profissional e outras entidades
representativas da sociedade civil para a definição e controle dos padrões éticos para pesquisa, ações e serviços
de saúde;
XVIII - promover a articulação da política e dos planos de saúde;
XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde;
XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscalização inerentes ao poder de polícia sanitária;
XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos e de atendimento emergencial.

Para essa parte foi criado uma mnemônico das atribuições comuns
Definição - D
Administração - A
Acompanhamento - A
Organização - O
Elaboração (normas técnicas, plano de saúde) - E
Participação (formulação da política) - P
Realização (operações, pesquisas) - R
Implementar - I
Propor (convênios) - P
Promover (articulação, pesquisa) - P
Fomentar (programas estratégicos) - F
Dessa seleção, temos: DAAO EPPRIPF. Podemos tentar fazer isso se tornar algo mais memorável: como: “Nas
atribuições comuns, o sistema DAO é PRIPF!",
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUIÇÕES

Atribuições da União: Art. 16. À direção nacional do SUS compete:


I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição;
II - participar na formulação e na implementação das políticas: a) de controle das agressões ao meio ambiente;
b) de saneamento básico; e c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho;
III - definir e coordenar os sistemas: a) de redes integradas de assistência de alta complexidade; b) de rede de
laboratórios de saúde pública; c) de vigilância epidemiológica; e d) vigilância sanitária;
IV - participar da definição de normas e mecanismos de controle, com órgão afins, de agravo sobre o meio
ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana;
V - participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle das condições e dos ambientes de
trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador;
VI - coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica;
VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução
ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;
VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade sanitária de produtos,
substâncias e serviços de consumo e uso humano;
IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização do exercício profissional, bem como com
entidades representativas de formação de recursos humanos na área de saúde;
X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política nacional e produção de insumos e
equipamentos para a saúde, em articulação com os demais órgãos governamentais;
XI - identificar os serviços estaduais e municipais de referência nacional para o estabelecimento de padrões
técnicos de assistência à saúde;
XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde;
XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o
aperfeiçoamento da sua atuação institucional;
XIV - elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços privados
contratados de assistência à saúde;
XV - promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os Municípios, dos serviços e ações de
saúde, respectivamente, de abrangência estadual e municipal;
XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;
XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, respeitadas as competências estaduais e
municipais;
XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em cooperação técnica com os Estados,
Municípios e Distrito Federal;
XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliação técnica e financeira do SUS em todo o
Território Nacional em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal.
XX - definir as diretrizes e as normas para a estruturação física e organizacional dos serviços de saúde bucal.

Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias
especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção
estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional.

§ 1º A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais, como
na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção estadual do Sistema
Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional.

§ 2º Em situações epidemiológicas que caracterizem emergência em saúde pública, poderá ser adotado
procedimento simplificado para a remessa de patrimônio genético ao exterior, na forma do regulamento.

§ 3º Os benefícios resultantes da exploração econômica de produto acabado ou material reprodutivo oriundo de


acesso ao patrimônio genético de que trata o § 2º deste artigo serão repartidos nos termos da
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUIÇÕES

Explicação:

Para compreender plenamente o papel central da União no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro,
é fundamental analisar com mais profundidade as funções críticas atribuídas a esse nível de governo. Essas
funções têm como objetivo garantir a padronização, a qualidade e a eficiência nas políticas e serviços de saúde
em todo o país, além de assegurar uma resposta ágil a crises de saúde pública. Vamos explorar cada uma dessas
funções em detalhes:

1. Planejamento e Formulação de Políticas Críticas


Alimentação e Nutrição: O planejamento de políticas relacionadas à alimentação e nutrição é essencial, uma vez
que uma dieta equilibrada desempenha um papel fundamental na saúde pública. Políticas inadequadas podem
levar a problemas de saúde, como obesidade e desnutrição.
Políticas Ambientais e de Saneamento: As políticas ambientais e de saneamento são intrinsecamente ligadas à
saúde pública. A poluição ambiental e a falta de saneamento básico podem ser fontes de diversas doenças,
tornando imperativo que a União formule políticas robustas nesse âmbito.

2. Coordenação e Regulação de Serviços Essenciais


Sistemas de Redes de Assistência e Laboratórios: A disponibilidade e a qualidade dos serviços de saúde são
críticas para a eficácia do sistema. A coordenação adequada evita falhas que poderiam prejudicar a saúde da
população.
Vigilância Epidemiológica e Sanitária: A vigilância epidemiológica e sanitária é essencial para monitorar doenças
e tomar ações preventivas. Isso é vital para evitar surtos e epidemias que podem afetar gravemente a saúde
pública.

3. Garantia e Monitoramento de Condições de Trabalho e Ambiente


Controle das Agressões ao Meio Ambiente: Evitar riscos à saúde decorrentes de fatores ambientais, como
poluição do ar e da água, é fundamental para a promoção da saúde pública.
Política de Saúde do Trabalhador: Garantir que os ambientes de trabalho sejam seguros e saudáveis é crucial.
Isso ajuda a prevenir doenças ocupacionais e acidentes no local de trabalho.

4. Intervenção em Situações de Alto Risco


Vigilância Sanitária em Portos, Aeroportos e Fronteiras: O controle rigoroso das entradas e saídas de pessoas e
produtos do país é essencial para evitar a disseminação de doenças transmissíveis e outros riscos à saúde
pública.
Ações de Vigilância em Situações Epidemiológicas Críticas: Em cenários de emergência em saúde pública, como
epidemias, a capacidade de resposta rápida e eficaz é fundamental para conter a propagação da doença e
proteger a população.

5. Normatização e Padronização
Estabelecer Critérios de Qualidade Sanitária: Garantir que produtos e serviços atendam a padrões nacionais de
qualidade é essencial para proteger a saúde da população e evitar a disseminação de produtos prejudiciais.
Regulamentação de Relações com o Setor Privado: O envolvimento do setor privado na saúde deve ser
cuidadosamente regulamentado para garantir que os interesses públicos e o bem-estar da população sejam
sempre priorizados.
Essas funções críticas da União no SUS são fundamentais para garantir que o sistema de saúde do Brasil opere de
maneira eficaz, oferecendo cuidados de qualidade e protegendo a saúde pública em todo o país. O compromisso
da União com essas funções é um pilar central para o sucesso do SUS e para a promoção da saúde de todos os
brasileiros.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUIÇÕES

Atribuições Dos Estados: Art. 17. à direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete:
I - promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações de saúde;.
II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde (SUS);
III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletivamente ações e serviços de saúde;
IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços: a) de vigilância epidemiológica; b) de
vigilância sanitária; c) de alimentação e nutrição; d) de saúde do trabalhador; e) de saúde bucal;
V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que tenham repercussão na
saúde humana;
VI - participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico;
VII - participar das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de trabalho;
VIII - em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a política de insumos e equipamentos
para a saúde;
IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta complexidade, de
referência estadual e regional;
X - coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros, e gerir as unidades que
permaneçam em sua organização administrativa;
XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e avaliação das ações e serviços de saúde;
XII - formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de procedimentos de controle de
qualidade para produtos e substâncias de consumo humano;
XIII - colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores de morbidade e mortalidade no âmbito da
unidade federada.

Explicação:
As atribuições da direção estadual do SUS, conforme disposto no artigo 17 da legislação, são fundamentais para
assegurar a eficiência e eficácia dos serviços de saúde em nível estadual. Para facilitar a compreensão e a
abordagem destas responsabilidades, categorizamos as principais tarefas da direção estadual do SUS conforme a
seguir:

Descentralização e Coordenação:
Promover a descentralização para os municípios
Acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas
Coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros
Suporte e Execução Supletiva:
Prestar apoio técnico e financeiro aos municípios
Executar supletivamente ações e serviços de saúde
Coordenação de Ações Complementares:
Coordenar e executar ações como: vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, alimentação e nutrição, saúde
do trabalhador e saúde bucal
Participação em Controles e Políticas:
Participar do controle de agravos do meio ambiente
Participar da formulação e execução de ações de saneamento básico
Participar das ações de controle e avaliação dos ambientes de trabalho
Gestão e Normatização:
Gerir sistemas públicos de alta complexidade e identificar estabelecimentos hospitalares de referência
Estabelecer normas para o controle e avaliação das ações e serviços de saúde
Formular normas e estabelecer padrões de controle de qualidade
Colaboração e Monitoramento:
Colaborar com a União na vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras
Acompanhar, avaliar e divulgar indicadores de morbidade e mortalidade
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUIÇÕES

Atribuições Dos Municípios Art. 18. À direção municipal do SUS compete:


I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos
de saúde;
II - participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema
Único de Saúde (SUS), em articulação com sua direção estadual;
III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos ambientes de trabalho;
IV - executar serviços: a) de vigilância epidemiológica; b) vigilância sanitária; c) de alimentação e nutrição; d) de
saneamento básico; e) de saúde do trabalhador; f) de saúde bucal;
V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos para a saúde;
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde humana e
atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;
VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;
VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de
serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;
XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;
XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito de atuação.

Explicação:
O Artigo delineia as atribuições da direção municipal do SUS, enfatizando a ênfase nas funções de execução e
gerenciamento. A maioria das atribuições é expressa por meio de verbos no infinitivo, destacando a
responsabilidade da direção municipal em realizar ações concretas. Aqui estão algumas atribuições com
exemplos de aplicação:

I - Gestão de Serviços de Saúde: Responsável pela administração e operação dos serviços de saúde municipais.
II - Planejamento Regional de Saúde: Participação na organização da rede de serviços de saúde, em coordenação
com a direção estadual.
III - Saúde Ocupacional: Promoção e monitoramento da saúde no ambiente de trabalho.
IV - Vigilância Epidemiológica: Detecção, controle e prevenção de doenças contagiosas.
V - Gestão de Insumos em Saúde: Supervisão do suprimento e equipamentos médicos para os serviços de saúde.
VI - Saúde Ambiental: Proteção da saúde relacionada a fatores ambientais e colaboração com órgãos de
fiscalização ambiental.
VII - Parcerias Intermunicipais: Estabelecimento de acordos entre municípios para compartilhar recursos e
serviços de saúde.
VIII - Gestão de Laboratórios de Saúde: Administração de laboratórios para testes de diagnóstico e coleta de
sangue.
IX - Vigilância Sanitária em Pontos de Entrada: Participação na fiscalização sanitária em locais de entrada no
país.
X - Contratação de Serviços Privados: Capacidade de firmar acordos com prestadores de serviços privados de
saúde e supervisionar sua implementação.
XI - Fiscalização de Serviços Privados de Saúde: Monitoramento das atividades dos provedores privados de
serviços de saúde.
XII - Normatização Local de Saúde: Estabelecimento de regulamentos locais para aprimorar os serviços de saúde.
Essa categorização resumida destaca as áreas-chave de responsabilidade da direção municipal do SUS,
abrangendo gestão, prevenção, fiscalização e colaboração regional.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUIÇÕES

Atribuições Dos Municípios Art. 18. À direção municipal do SUS compete: I - planejar, organizar, controlar e
avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde;
II - participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema
Único de Saúde (SUS), em articulação com sua direção estadual;
III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos ambientes de trabalho;
IV - executar serviços: a) de vigilância epidemiológica; b) vigilância sanitária; c) de alimentação e nutrição; d) de
saneamento básico; e) de saúde do trabalhador; f) de saúde bucal; V - dar execução, no âmbito municipal, à
política de insumos e equipamentos para a saúde;
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde humana e
atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;
VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;
VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de
serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;
XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;
XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito de atuação.

Explicação:
O Artigo delineia as atribuições da direção municipal do SUS, enfatizando a ênfase nas funções de execução e
gerenciamento. A maioria das atribuições é expressa por meio de verbos no infinitivo, destacando a
responsabilidade da direção municipal em realizar ações concretas. Aqui estão algumas atribuições com
exemplos de aplicação:
I - Gestão de Serviços de Saúde: Responsável pela administração e operação dos serviços de saúde municipais.
II - Planejamento Regional de Saúde: Participação na organização da rede de serviços de saúde, em coordenação
com a direção estadual.
III - Saúde Ocupacional: Promoção e monitoramento da saúde no ambiente de trabalho.
IV - Vigilância Epidemiológica: Detecção, controle e prevenção de doenças contagiosas.
V - Gestão de Insumos em Saúde: Supervisão do suprimento e equipamentos médicos para os serviços de saúde.
VI - Saúde Ambiental: Proteção da saúde relacionada a fatores ambientais e colaboração com órgãos de
fiscalização ambiental.
VII - Parcerias Intermunicipais: Estabelecimento de acordos entre municípios para compartilhar recursos e
serviços de saúde.
VIII - Gestão de Laboratórios de Saúde: Administração de laboratórios para testes de diagnóstico e coleta de
sangue.
IX - Vigilância Sanitária em Pontos de Entrada: Participação na fiscalização sanitária em locais de entrada no
país.
X - Contratação de Serviços Privados: Capacidade de firmar acordos com prestadores de serviços privados de
saúde e supervisionar sua implementação.
XI - Fiscalização de Serviços Privados de Saúde: Monitoramento das atividades dos provedores privados de
serviços de saúde.
XII - Normatização Local de Saúde: Estabelecimento de regulamentos locais para aprimorar os serviços de saúde.
Essa categorização resumida destaca as áreas-chave de responsabilidade da direção municipal do SUS,
abrangendo gestão, prevenção, fiscalização e colaboração regional.

Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos Municípios.

Explicação:
No Distrito Federal, a Secretaria de Saúde é responsável por tarefas que geralmente seriam realizadas pelos
governos estaduais e municipais. Isso ocorre porque o Distrito Federal funciona como uma única unidade
administrativa, assumindo obrigações de estados e municípios em relação à saúde de sua população.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DO SUBSISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE INDÍGENA

Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das populações indígenas, em todo o
território nacional, coletiva ou individualmente, obedecerão ao disposto nesta Lei.

Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, componente do Sistema Único de Saúde –
SUS, criado e definido por esta Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o qual funcionará em
perfeita integração.

Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena.

Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído por esta Lei com os órgãos responsáveis pela
Política Indígena do País.

Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e não-governamentais poderão atuar
complementarmente no custeio e execução das ações.
§ 1º A União instituirá mecanismo de financiamento específico para os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, sempre que houver necessidade de atenção secundária e terciária fora dos territórios indígenas.
§ 2º Em situações emergenciais e de calamidade pública:
I - a União deverá assegurar aporte adicional de recursos não previstos nos planos de saúde dos Distritos
Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena;
II - deverá ser garantida a inclusão dos povos indígenas nos planos emergenciais para atendimento dos pacientes
graves das Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, explicitados os fluxos e as referências para o
atendimento em tempo oportuno.

Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a realidade local e as especificidades da cultura
dos povos indígenas e o modelo a ser adotado para a atenção à saúde indígena, que se deve pautar por uma
abordagem diferenciada e global, contemplando os aspectos de assistência à saúde, saneamento básico,
nutrição, habitação, meio ambiente, demarcação de terras, educação sanitária e integração institucional.

Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser, como o SUS, descentralizado, hierarquizado e
regionalizado.
§ 1o O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como base os Distritos Sanitários Especiais Indígenas.
§ 1º-A. A rede do SUS deverá obrigatoriamente fazer o registro e a notificação da declaração de raça ou cor,
garantindo a identificação de todos os indígenas atendidos nos sistemas públicos de saúde.
§ 1º-B. A União deverá integrar os sistemas de informação da rede do SUS com os dados do Subsistema de
Atenção à Saúde Indígena.
§ 2o O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, devendo, para isso,
ocorrer adaptações na estrutura e organização do SUS nas regiões onde residem as populações indígenas, para
propiciar essa integração e o atendimento necessário em todos os níveis, sem discriminações.
§ 3o As populações indígenas devem ter acesso garantido ao SUS, em âmbito local, regional e de centros
especializados, de acordo com suas necessidades, compreendendo a atenção primária, secundária e terciária à
saúde.

Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar dos organismos colegiados de formulação,
acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, tais como o Conselho Nacional de Saúde e os Conselhos
Estaduais e Municipais de Saúde, quando for o caso.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DO SUBSISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE INDÍGENA

Explicação:
Essa lista de artigos se refere ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, uma parte importante do Sistema
Único de Saúde (SUS) no Brasil. O objetivo principal desses artigos é garantir que as populações indígenas em
todo o território nacional tenham acesso a serviços de saúde de qualidade que atendam às suas necessidades
específicas.

O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, como definido por esses artigos, opera em perfeita integração com o
SUS e recebe financiamento da União. Ele é descentralizado, hierarquizado e regionalizado, com base nos
Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis), que atuam como unidades de referência para a assistência à
saúde indígena.

Além disso, esses artigos enfatizam a importância de levar em consideração a cultura e as especificidades locais
das populações indígenas ao prestar serviços de saúde. Eles também destacam a necessidade de uma abordagem
diferenciada e global, abrangendo aspectos como assistência à saúde, saneamento básico, nutrição, habitação,
meio ambiente, demarcação de terras, educação sanitária e integração institucional.
Os artigos também mencionam a participação das populações indígenas em organismos colegiados de
formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, como o Conselho Nacional de Saúde e os
Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde.

Em resumo, essa lista de artigos estabelece as bases legais para a criação e operação do Subsistema de Atenção à
Saúde Indígena, assegurando que as populações indígenas tenham acesso a serviços de saúde de qualidade,
respeitando suas tradições e necessidades específicas.

Art. 19-A (Exemplo): Um posto de saúde em uma reserva indígena segue as orientações do SUS para atender as
necessidades de saúde da comunidade indígena.
Art. 19-B (Exemplo): O Subsistema Indígena trabalha em estreita colaboração com as estruturas do SUS para
garantir o acesso à saúde indígena.
Art. 19-C (Exemplo): O governo federal alocará recursos para garantir serviços de saúde nas aldeias indígenas.
Art. 19-D (Exemplo): O Ministério da Saúde trabalha em conjunto com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI)
para atender às necessidades de saúde indígena.
Art. 19-E (Exemplo): Um governo estadual contribui com recursos adicionais para melhorar os serviços de saúde
em uma região indígena.
Art. 19-F (Exemplo): Um programa de saúde em uma comunidade indígena incorpora práticas tradicionais de
medicina e respeita as crenças culturais.
Art. 19-G (Exemplo): Os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) são criados para fornecer assistência à
saúde indígena em diferentes regiões do Brasil.
Art. 19-H (Exemplo): Representantes indígenas contribuem ativamente nas discussões sobre políticas de saúde
em nível nacional.

DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR

Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o atendimento domiciliar e a internação
domiciliar.

§ 1o Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares incluem-se, principalmente, os


procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, entre outros
necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio.
§ 2o O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes multidisciplinares que atuarão nos
níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora.
§ 3o O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados por indicação médica, com expressa
concordância do paciente e de sua família.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR

Explicação:
Um exemplo prático de aplicação do artigo 19-I pode ser encontrado em um paciente idoso com mobilidade
reduzida devido a uma condição de saúde crônica. O médico responsável por esse paciente, após avaliação e
discussão com a família, determina que a melhor abordagem para o tratamento é a internação domiciliar.

Nesse caso, uma equipe multidisciplinar é montada, composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas,
psicólogos e assistentes sociais, conforme previsto no artigo. Essa equipe visita regularmente o paciente em sua
casa, fornecendo tratamento médico, cuidados de enfermagem, sessões de fisioterapia para melhorar a
mobilidade, apoio psicológico para lidar com o estresse e a ansiedade associados à condição de saúde e
assistência social para auxiliar com questões práticas, como fornecimento de medicamentos e dispositivos
médicos.

O paciente e sua família concordam com esse plano de tratamento, conforme exigido pelo artigo, e isso permite
que o paciente receba os cuidados necessários no conforto de seu lar, evitando a necessidade de hospitalização
prolongada. Essa abordagem não apenas promove o bem-estar do paciente, mas também contribui para a
redução de custos do sistema de saúde, uma vez que os recursos hospitalares são direcionados para pacientes
que realmente necessitam de internação hospitalar.
Dessa forma, o artigo 19-I facilita a aplicação do atendimento e internação domiciliares no SUS, garantindo que
pacientes que se beneficiam desse tipo de assistência possam recebê-la de maneira adequada e com a
concordância de todos os envolvidos.

DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO

Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria ou conveniada, ficam obrigados
a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de trabalho de
parto, parto e pós-parto imediato.
§ 1o O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indicado pela parturiente.

§ 2o As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos direitos de que trata este artigo constarão do
regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão competente do Poder Executivo.

§ 3o Ficam os hospitais de todo o País obrigados a manter, em local visível de suas dependências, aviso
informando sobre o direito estabelecido no caput deste artigo.

Art. 19-L.

Explicação:
Determina que os serviços do SUS, sejam eles próprios ou conveniados, têm a obrigação de permitir a presença
de um acompanhante junto à parturiente durante todo o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

Essa medida visa garantir um ambiente mais acolhedor e humanizado para as gestantes, permitindo que tenham
o apoio de uma pessoa de sua escolha durante um momento tão significativo. A presença de um acompanhante
pode oferecer suporte emocional, ajudar na comunicação com a equipe de saúde e proporcionar maior conforto
e segurança à parturiente.

Um exemplo prático de aplicação desse artigo é o seguinte: uma gestante que está prestes a dar à luz chega a um
hospital público conveniado com o SUS para seu parto. Ela deseja que sua mãe a acompanhe durante todo o
processo. De acordo com o artigo 19-J, o hospital é obrigado a permitir a presença da mãe da gestante como
acompanhante.

Os hospitais devem exibir um aviso sobre o direito das gestantes à presença de um acompanhante durante o
parto.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE

Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se refere a alínea d do inciso I do art. 6o consiste em:
I - dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, cuja prescrição esteja em conformidade
com as diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença ou o agravo à saúde a ser tratado ou,
na falta do protocolo, em conformidade com o disposto no art. 19-P;
II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes de tabelas
elaboradas pelo gestor federal do Sistema Único de Saúde - SUS, realizados no território nacional por serviço
próprio, conveniado ou contratado.

Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são adotadas as seguintes definições:
I - produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas coletoras e equipamentos médicos;
II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou
do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando
couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação
dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS.

Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deverão estabelecer os medicamentos ou produtos
necessários nas diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem como aqueles
indicados em casos de perda de eficácia e de surgimento de intolerância ou reação adversa relevante,
provocadas pelo medicamento, produto ou procedimento de primeira escolha.

Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou produtos de que trata o caput deste artigo serão
aqueles avaliados quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade para as diferentes fases
evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que trata o protocolo.

Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a dispensação será realizada:
I - com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal do SUS, observadas as competências
estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores
Tripartite;
II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma suplementar, com base nas relações de
medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será
pactuada na Comissão Intergestores Bipartite;
III - no âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos instituídas
pelos gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no Conselho Municipal
de Saúde.

Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos medicamentos, produtos e
procedimentos, bem como a constituição ou a alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são
atribuições do Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no
SUS.

§ 1o A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja composição e regimento são definidos
em regulamento, contará com a participação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde
e de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo Conselho Federal de Medicina.

§ 1º A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja composição e regimento são definidos em
regulamento, contará com a participação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde, de
1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo Conselho Federal de Medicina e de 1 (um)
representante, especialista na área, indicado pela Associação Médica Brasileira.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE

§ 2o O relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS levará em consideração,


necessariamente:
I - as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança do medicamento, produto ou
procedimento objeto do processo, acatadas pelo órgão competente para o registro ou a autorização de uso;
II - a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às tecnologias já incorporadas,
inclusive no que se refere aos atendimentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar, quando cabível.

§ 3º As metodologias empregadas na avaliação econômica a que se refere o inciso II do § 2º deste artigo serão
dispostas em regulamento e amplamente divulgadas, inclusive em relação aos indicadores e parâmetros de
custo-efetividade utilizados em combinação com outros critérios.

Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se refere o art. 19-Q serão efetuadas mediante a
instauração de processo administrativo, a ser concluído em prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias,
contado da data em que foi protocolado o pedido, admitida a sua prorrogação por 90 (noventa) dias corridos,
quando as circunstâncias exigirem.

§ 1o O processo de que trata o caput deste artigo observará, no que couber, o disposto na Lei no 9.784, de 29 de
janeiro de 1999, e as seguintes determinações especiais:

I - apresentação pelo interessado dos documentos e, se cabível, das amostras de produtos, na forma do
regulamento, com informações necessárias para o atendimento do disposto no § 2o do art. 19-Q;
II - (VETADO);
III - realização de consulta pública que inclua a divulgação do parecer emitido pela Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no SUS;
IV - realização de audiência pública, antes da tomada de decisão, se a relevância da matéria justificar o evento.
V - distribuição aleatória, respeitadas a especialização e a competência técnica requeridas para a análise da
matéria;
VI - publicidade dos atos processuais.

Art. 19-S. (VETADO)

Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS:


I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico
experimental, ou de uso não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA;
II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento e produto, nacional ou
importado, sem registro na Anvisa.

Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo:


I - medicamento e produto em que a indicação de uso seja distinta daquela aprovada no registro na Anvisa,
desde que seu uso tenha sido recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema
Único de Saúde (Conitec), demonstradas as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a
segurança, e esteja padronizado em protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde;
II - medicamento e produto recomendados pela Conitec e adquiridos por intermédio de organismos multilaterais
internacionais, para uso em programas de saúde pública do Ministério da Saúde e suas entidades vinculadas, nos
termos do § 5º do art. 8º da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999.

Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento de medicamentos, produtos de interesse para a
saúde ou procedimentos de que trata este Capítulo será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE

Explicação:

Art. 19-M: A assistência terapêutica integral inclui a dispensação de medicamentos e produtos de saúde de
acordo com protocolos clínicos, bem como a oferta de procedimentos terapêuticos em diversas situações.
Exemplo: Um paciente diagnosticado com diabetes tipo 2 receberá medicamentos para controle da glicose,
como a metformina, conforme as diretrizes terapêuticas estabelecidas, e poderá receber tratamento com um
nutricionista para melhorar sua dieta e gerenciar a condição.

Art. 19-N: Este artigo define produtos de interesse para a saúde e protocolo clínico e diretriz terapêutica.
Exemplo: Próteses ortopédicas, como uma prótese de joelho, são consideradas produtos de interesse para a
saúde. Um protocolo clínico e diretriz terapêutica específico para o tratamento de osteoartrite no joelho definirá
quais pacientes podem receber essa prótese.

Art. 19-O: Os protocolos clínicos devem abordar o uso de medicamentos e produtos ao longo da evolução de
uma doença, incluindo situações em que o medicamento inicial pode ser alterado.
Exemplo: Um paciente com câncer de mama metastático pode iniciar o tratamento com um determinado
medicamento. Se esse medicamento se tornar ineficaz ou causar efeitos colaterais intoleráveis, o protocolo
clínico deve orientar a transição para um medicamento alternativo.

Art. 19-P: Este artigo estabelece diretrizes para a dispensação de medicamentos quando não há protocolo clínico
ou diretriz terapêutica específica.
Exemplo: Se não houver um protocolo clínico para uma doença rara, o fornecimento de medicamentos pode ser
baseado em listas de medicamentos elaboradas pelo gestor federal, estadual ou municipal do SUS, dependendo
do nível de atendimento.

Art. 19-Q: A incorporação, exclusão ou alteração de medicamentos e procedimentos no SUS é da competência


do Ministério da Saúde, com assessoria da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS.
Exemplo: O Ministério da Saúde, com base nas recomendações da Comissão Nacional de Incorporação de
Tecnologias no SUS, pode decidir incluir um novo medicamento para o tratamento de câncer no rol de
procedimentos do SUS.

Art. 19-R: Esse artigo estabelece prazos para a conclusão dos processos administrativos relacionados à
incorporação, exclusão ou alteração de medicamentos e procedimentos no SUS.
Exemplo: Após a apresentação de um pedido de incorporação de um novo medicamento, o processo
administrativo deve ser concluído em até 180 dias, podendo ser prorrogado por mais 90 dias em circunstâncias
especiais.

Art. 19-T: Este artigo proíbe o pagamento ou reembolso de medicamentos experimentais ou sem registro na
Anvisa, a menos que atendam a critérios específicos.
Exemplo: Um medicamento que está em fase de testes clínicos não será pago pelo SUS até que seja aprovado
pela Anvisa e atenda aos critérios estabelecidos.

Art. 19-U: A responsabilidade financeira pelo fornecimento de medicamentos, produtos de interesse para a
saúde ou procedimentos é pactuada na Comissão Intergestores Tripartite, que envolve gestores do SUS em
diferentes níveis.
Exemplo: Os gestores do SUS em nível federal, estadual e municipal se reúnem na Comissão Intergestores
Tripartite para determinar como os custos de um novo medicamento serão distribuídos entre os diferentes níveis
de governo.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE

Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de
profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na promoção, proteção e
recuperação da saúde.

Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão observados os princípios éticos e as
normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu
funcionamento.

Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na assistência à
saúde, salvo através de doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de
entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos.
§ 1° Em qualquer caso é obrigatória a autorização do órgão de direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS),
submetendo-se a seu controle as atividades que forem desenvolvidas e os instrumentos que forem firmados.
§ 2° Excetuam-se do disposto neste artigo os serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas,
para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social.

Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital estrangeiro
na assistência à saúde nos seguintes casos:
I - doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de
cooperação técnica e de financiamento e empréstimos;
II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar: hospital geral, inclusive filantrópico,
hospital especializado, policlínica, clínica geral e clínica especializada; e ações e pesquisas de planejamento
familiar;
III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e
dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e
IV - demais casos previstos em legislação específica.
Explicação:
Os artigos 20 a 23 abordam os serviços privados de assistência à saúde no país. O artigo 20 define esses serviços
como atividades realizadas por profissionais liberais e entidades privadas no campo da saúde. O artigo 21
assegura a liberdade de iniciativa privada na assistência à saúde, enquanto o artigo 22 estabelece a necessidade
de seguir princípios éticos e normas do SUS. Vale ressaltar que em 2015, a Lei nº 13.097 promoveu alterações no
artigo 23, permitindo a participação estrangeira em situações específicas, como doações de organismos
internacionais e a abertura de hospitais gerais.
Art. 20: Os serviços privados de assistência à saúde podem incluir clínicas médicas, consultórios de médicos
particulares, hospitais particulares, laboratórios de análises clínicas e serviços de radiologia oferecidos por
empresas privadas ou profissionais liberais legalmente habilitados.

Art. 21: Um exemplo desse artigo é a abertura de uma clínica de fisioterapia por um fisioterapeuta particular que
presta serviços terapêuticos a seus pacientes.

Art. 22: Este artigo implica que os profissionais de saúde privados devem seguir as diretrizes estabelecidas pelo
órgão de direção do SUS em relação à qualidade dos serviços, registro de pacientes e cumprimento de
regulamentos de saúde.

Art. 23: Um exemplo seria uma organização internacional de saúde que doa equipamentos médicos para um
hospital particular no Brasil. Essa doação é permitida, mas o hospital precisa obter autorização e estar sujeito ao
controle do órgão de direção nacional do SUS.

Art. 23 (com as alterações da Lei nº 13.097, de 2015): Aqui, um exemplo seria a abertura de um hospital geral
por uma empresa estrangeira, com autorização do órgão de direção nacional do SUS.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE

Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial à população
de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa
privada.

Parágrafo único. A participação complementar dos serviços privados será formalizada mediante contrato ou
convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público.

Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência para
participar do Sistema Único de Saúde (SUS).

Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura assistencial serão
estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho Nacional de Saúde.
§ 1° Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de pagamento da remuneração aludida neste artigo, a
direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá fundamentar seu ato em demonstrativo econômico-
financeiro que garanta a efetiva qualidade de execução dos serviços contratados.

§ 2° Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e administrativas e aos princípios e diretrizes do


Sistema Único de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio econômico e financeiro do contrato.

§ 3° (Vetado).

§ 4° Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou serviços contratados é vedado exercer cargo
de chefia ou função de confiança no Sistema Único de Saúde (SUS).

Explicação:

Os artigos 24 a 26 abordam a relação entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços privados de saúde. O
artigo 24 permite que o SUS recorra aos serviços privados quando suas capacidades forem insuficientes. O artigo
25 dá preferência às entidades filantrópicas e sem fins lucrativos na participação no SUS. O artigo 26 estabelece
que critérios e valores para a remuneração de serviços serão definidos pelo SUS, considerando a qualidade na
execução dos serviços. Também impede que proprietários e dirigentes de serviços contratados exerçam cargos
de chefia no SUS.

Artigo 24: Imagine uma região remota com poucos recursos médicos e insuficientes para atender
adequadamente à população. O SUS pode estabelecer contratos com clínicas privadas ou hospitais particulares
para garantir que os residentes locais tenham acesso à assistência médica necessária.

Artigo 25: Suponha que um município necessite expandir seus serviços de saúde para atender a uma crescente
demanda da população. O SUS pode dar preferência a instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos na
concessão de contratos para administrar novos centros de saúde, promovendo um serviço mais acessível e
solidário.

Artigo 26: Em relação ao artigo 26, considere a definição de tarifas para um hospital privado contratado pelo
SUS. O SUS pode estabelecer critérios que levam em conta não apenas os custos, mas também a qualidade do
atendimento ao paciente. Isso garante que o hospital ofereça um serviço de alta qualidade, mesmo sendo
privado, e mantenha o equilíbrio financeiro do contrato.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DA TELESSAÚDE
Art. 26-A. A telessaúde abrange a prestação remota de serviços relacionados a todas as profissões da área da
saúde regulamentadas pelos órgãos competentes do Poder Executivo federal e obedecerá aos seguintes
princípios:
I - autonomia do profissional de saúde;
II - consentimento livre e informado do paciente;
III - direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaúde, com a garantia do atendimento presencial
sempre que solicitado;
IV - dignidade e valorização do profissional de saúde;
V - assistência segura e com qualidade ao paciente;
VI - confidencialidade dos dados;
VII - promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e aos serviços de saúde;
VIII - estrita observância das atribuições legais de cada profissão;
IX - responsabilidade digital.

Art. 26-B. Para fins desta Lei, considera-se telessaúde a modalidade de prestação de serviços de saúde a
distância, por meio da utilização das tecnologias da informação e da comunicação, que envolve, entre outros, a
transmissão segura de dados e informações de saúde, por meio de textos, de sons, de imagens ou outras formas
adequadas.

Parágrafo único. Os atos do profissional de saúde, quando praticados na modalidade telessaúde, terão validade
em todo o território nacional.

Art. 26-C. Ao profissional de saúde são asseguradas a liberdade e a completa independência de decidir sobre a
utilização ou não da telessaúde, inclusive com relação à primeira consulta, atendimento ou procedimento, e
poderá indicar a utilização de atendimento presencial ou optar por ele, sempre que entender necessário.

Art. 26-D. Compete aos conselhos federais de fiscalização do exercício profissional a normatização ética relativa
à prestação dos serviços previstos neste Título, aplicando-se os padrões normativos adotados para as
modalidades de atendimento presencial, no que não colidirem com os preceitos desta Lei.

Art. 26-E. Na prestação de serviços por telessaúde, serão observadas as normas expedidas pelo órgão de direção
do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu funcionamento, observada a competência dos
demais órgãos reguladores.

Art. 26-F. O ato normativo que pretenda restringir a prestação de serviço de telessaúde deverá demonstrar a
imprescindibilidade da medida para que sejam evitados danos à saúde dos pacientes.

Art. 26-G. A prática da telessaúde deve seguir as seguintes determinações:


I - ser realizada por consentimento livre e esclarecido do paciente, ou de seu representante legal, e sob
responsabilidade do profissional de saúde;
II - prestar obediência aos ditames das Leis nºs 12.965, de 23 de abril de 2014C (Marco Civil da Internet), 12.842,
de 10 de julho de 2013 (Lei do Ato Médico), 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de
Dados), 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor) e, nas hipóteses cabíveis, aos
ditames da Lei nº 13.787, de 27 de dezembro de 2018 (Lei do Prontuário Eletrônico).

Art. 26-H. É dispensada a inscrição secundária ou complementar do profissional de saúde que exercer a profissão
em outra jurisdição exclusivamente por meio da modalidade telessaúde.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DA TELESSAÚDE
Explicação:
Os artigos 26-A a 26-H estabelecem as bases para a telessaúde no Brasil. Eles definem a telessaúde como a
prestação remota de serviços de saúde, com princípios como autonomia profissional e consentimento do
paciente. Os atos de profissionais de saúde na telessaúde são válidos em todo o país (Art. 26-B) e o profissional
tem liberdade para escolher entre telessaúde e atendimento presencial (Art. 26-C).

Os conselhos federais regulamentam a ética da telessaúde (Art. 26-D), e as normas do SUS e de órgãos
reguladores devem ser seguidas (Art. 26-E). Restrições à telessaúde devem ser fundamentadas na proteção do
paciente (Art. 26-F). O artigo 26-G detalha diretrizes, incluindo consentimento informado e conformidade com
leis de privacidade. O Artigo 26-H simplifica a inscrição de profissionais que praticam telessaúde em várias
jurisdições.

Art. 26-A: Imagine um médico especialista que realiza consultas virtuais com pacientes que estão em áreas
remotas e têm dificuldade de acesso a cuidados de saúde especializados. A telessaúde permite que o médico
preste serviços remotos, seguindo os princípios da autonomia profissional e do consentimento informado dos
pacientes.

Art. 26-B: Um paciente que mora em uma cidade pequena e distante de grandes centros médicos pode receber
diagnóstico e tratamento para uma condição de saúde específica por meio de uma consulta de telessaúde com
um especialista em uma cidade maior. Nesse caso, os atos médicos praticados remotamente são válidos em todo
o país.

Art. 26-C: Um médico que pratica telessaúde dá ao paciente a opção de escolher entre uma consulta virtual ou
um encontro presencial, com base na necessidade do paciente ou nas circunstâncias clínicas. O paciente tem
total independência para decidir qual modalidade de atendimento prefere.

Art. 26-D: Os conselhos de fiscalização profissional estabelecem diretrizes éticas para a prática da telessaúde,
garantindo que os profissionais sigam padrões éticos e legais em suas interações com os pacientes,
independentemente de serem virtuais ou presenciais.

Art. 26-E: Um serviço de telessaúde segue as normas e regulamentações estabelecidas pelo órgão de direção do
SUS e outros órgãos reguladores para garantir a qualidade e a segurança do atendimento.

Art. 26-F: Se um estado ou município deseja restringir a prática de telessaúde em determinadas circunstâncias,
deve fundamentar essa restrição na necessidade de proteger a saúde dos pacientes, demonstrando que a
medida é imprescindível para evitar danos à saúde.

Art. 26-G: Um médico que realiza telessaúde garante que o paciente concorde livremente com a consulta virtual,
fornece informações claras sobre o processo e mantém a confidencialidade dos dados do paciente. Além disso,
ele se conforma com leis relacionadas à privacidade e proteção de dados.

Art. 26-H: Um profissional de saúde que presta telessaúde a pacientes em jurisdições diferentes não precisa se
inscrever secundariamente em cada conselho de fiscalização profissional dessas jurisdições, simplificando o
processo para ele.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DOS RECURSOS HUMANOS


Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde será formalizada e executada, articuladamente, pelas
diferentes esferas de governo, em cumprimento dos seguintes objetivos:
I - organização de um sistema de formação de recursos humanos em todos os níveis de ensino, inclusive de pós-
graduação, além da elaboração de programas de permanente aperfeiçoamento de pessoal;
II - (Vetado)
III - (Vetado)
IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) constituem campo de prática
para ensino e pesquisa, mediante normas específicas, elaboradas conjuntamente com o sistema educacional.

Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), só
poderão ser exercidas em regime de tempo integral.
§ 1° Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos poderão exercer suas atividades em mais
de um estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
§ 2° O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos servidores em regime de tempo integral, com
exceção dos ocupantes de cargos ou função de chefia, direção ou assessoramento.

Art. 29. (Vetado).

Art. 30. As especializações na forma de treinamento em serviço sob supervisão serão regulamentadas por
Comissão Nacional, instituída de acordo com o art. 12 desta Lei, garantida a participação das entidades
profissionais correspondentes.

Explicação:
Os artigos 27 a 30 tratam da política de recursos humanos na área da saúde. O Artigo 27 estabelece objetivos,
incluindo a formação de profissionais de saúde em todos os níveis, programas de aperfeiçoamento, e valorização
da dedicação ao SUS. O Parágrafo único destaca que os serviços de saúde do SUS são campos de prática para
ensino e pesquisa. O Artigo 28 determina que cargos de chefia no SUS devem ser exercidos em tempo integral e
permite acumulação legal de cargos por servidores. O Artigo 30 menciona a regulamentação de especializações
em treinamento sob supervisão. O Artigo 29 foi vetado.

Art. 27: A política de recursos humanos na área da saúde, conforme estabelecido neste artigo, pode ser aplicada
da seguinte forma: Organização de programas de treinamento para médicos em formação, enfermeiros e outros
profissionais de saúde, garantindo que recebam a educação necessária para atender às demandas do Sistema
Único de Saúde (SUS); Criação de cursos de pós-graduação em saúde pública e áreas relacionadas para promover
o aperfeiçoamento contínuo dos profissionais de saúde; Incentivo à dedicação exclusiva de profissionais de saúde
ao SUS, por meio de políticas de remuneração e benefícios; Estabelecimento de parcerias entre instituições de
ensino e serviços de saúde do SUS para promover a prática clínica e a pesquisa em saúde.

Art. 28: Este artigo estabelece que cargos de chefia, direção e assessoramento no SUS devem ser exercidos em
regime de tempo integral. Isso pode ser aplicado, por exemplo, garantindo que os gestores de hospitais públicos
se dediquem integralmente às suas funções, o que contribui para uma administração mais eficiente e focada na
melhoria dos serviços de saúde.

Art. 30: A regulamentação das especializações em treinamento em serviço sob supervisão pode ser aplicada da
seguinte maneira:

Estabelecimento de cursos de especialização em áreas de demanda prioritária, como saúde da família, para
profissionais que desejam aprimorar suas habilidades enquanto trabalham.

Criação de comissões nacionais ou estaduais para regulamentar esses programas de especialização, com a
participação ativa de entidades profissionais correspondentes, garantindo a qualidade e a relevância dos cursos.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DO FINANCIAMENTO
Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com a receita
estimada, os recursos necessários à realização de suas finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua
direção nacional, com a participação dos órgãos da Previdência Social e da Assistência Social, tendo em vista as
metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos provenientes de:


I - (Vetado)
II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde;
III - ajuda, contribuições, doações e donativos;
IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); e
VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.

§ 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da receita de que trata o inciso I deste artigo, apurada
mensalmente, a qual será destinada à recuperação de viciados.
§ 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em contas
especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde forem arrecadadas.
§ 3º As ações de saneamento que venham a ser executadas supletivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS),
serão financiadas por recursos tarifários específicos e outros da União, Estados, Distrito Federal, Municípios e,
em particular, do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
§ 4º (Vetado).
§ 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em saúde serão co-financiadas pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo orçamento fiscal, além de recursos de instituições de
fomento e financiamento ou de origem externa e receita própria das instituições executoras.
§ 6º (Vetado).

Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, em cada
esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.
§ 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do Orçamento da Seguridade Social, de outros
Orçamentos da União, além de outras fontes, serão administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo
Nacional de Saúde.
§ 2º (Vetado). § 3º (Vetado).
§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu sistema de auditoria, a conformidade à programação
aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados e Municípios. Constatada a malversação, desvio ou não
aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas previstas em lei.

Explicação:
Artigo 31: Este artigo estabelece que o orçamento da seguridade social destinará recursos ao SUS de acordo com
a receita estimada, com base nas metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Isso
garante que o SUS receba os recursos necessários para cumprir suas finalidades.

Artigo 32: Este artigo descreve várias fontes de recursos adicionais para o SUS, incluindo doações, alienações
patrimoniais, taxas e multas. Também menciona a destinação de metade da receita proveniente de jogos de azar
para a recuperação de viciados.

Artigo 33: Os recursos financeiros do SUS serão depositados em contas especiais e movimentados sob a
fiscalização dos Conselhos de Saúde. Na esfera federal, o Ministério da Saúde administrará esses recursos por
meio do Fundo Nacional de Saúde. Isso garante uma gestão transparente e eficaz dos recursos.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DO FINANCIAMENTO
Exemplos:
Artigo 31: Suponha que o orçamento da seguridade social estimado para um ano seja de R$ 100 bilhões. Com
base nas metas de saúde estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias desse ano, R$ 30 bilhões são
destinados ao SUS para a construção de novos hospitais e a compra de equipamentos médicos essenciais para
atender à crescente demanda da população.

Artigo 32: Uma loteria nacional arrecada R$ 10 milhões em receita todos os meses. Metade dessa receita, ou
seja, R$ 5 milhões, é destinada ao tratamento e reabilitação de pessoas viciadas em jogos de azar, conforme
previsto neste artigo.

Artigo 33: O Ministério da Saúde, na esfera federal, recebe uma alocação de R$ 50 bilhões do Orçamento da
Seguridade Social. Esses recursos são depositados em uma conta especial sob a supervisão do Fundo Nacional de
Saúde, que os gerencia e aloca para projetos de saúde em todo o país.

Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da receita efetivamente arrecadada transferirão
automaticamente ao Fundo Nacional de Saúde (FNS), observado o critério do parágrafo único deste artigo, os
recursos financeiros correspondentes às dotações consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a projetos e
atividades a serem executados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros da Seguridade Social será observada a mesma
proporção da despesa prevista de cada área, no Orçamento da Seguridade Social.

Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será
utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e projetos:
I - perfil demográfico da região;
II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;
III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;
IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;
V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;
VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede;
VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo.
§ 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório processo de migração, os critérios demográficos
mencionados nesta lei serão ponderados por outros indicadores de crescimento populacional, em especial o
número de eleitores registrados.
§ 3º (Vetado).
§ 4º (Vetado).
§ 5º (Vetado).
§ 6º O disposto no parágrafo anterior não prejudica a atuação dos órgãos de controle interno e externo e nem a
aplicação de penalidades previstas em lei, em caso de irregularidades verificadas na gestão dos recursos
transferidos.

Explicação:
Artigo 34: Este artigo estabelece que os recursos financeiros arrecadados devem ser automaticamente
transferidos ao Fundo Nacional de Saúde para projetos e atividades do SUS, observando a proporção das
despesas planejadas em cada área.

Artigo 35: Define critérios para a transferência de recursos a Estados, Distrito Federal e Municípios, levando em
consideração fatores como perfil demográfico, epidemiológico, desempenho técnico, entre outros. Metade dos
recursos será distribuída com base no número de habitantes.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DO FINANCIAMENTO
Exemplos:
Artigo 34: Digamos que haja uma dotação de R$ 5 bilhões no Orçamento da Seguridade Social destinada a
projetos de combate à malária. Esses recursos são automaticamente transferidos para o Fundo Nacional de
Saúde, que os distribui entre os Estados e Municípios com base na proporção das despesas planejadas para cada
região no combate à malária.

Artigo 35: Um Estado com uma alta concentração de casos de dengue recebe uma parcela maior dos recursos
destinados ao combate de doenças transmitidas por mosquitos, de acordo com os critérios estabelecidos. Isso
permite que ele intensifique seus esforços para controlar a epidemia.

Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) será ascendente, do nível
local até o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da política de saúde
com a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da
União.
§ 1º Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de direção do Sistema Único
de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na respectiva proposta orçamentária.
§ 2º É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos planos de saúde,
exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde.

Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos
de saúde, em função das características epidemiológicas e da organização dos serviços em cada jurisdição
administrativa.

Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e auxílios a instituições prestadoras de serviços de saúde
com finalidade lucrativa.

Explicação:
Artigo 36: Estabelece que o processo de planejamento e orçamento do SUS será ascendente, partindo do nível
local até o federal. Os planos de saúde serão a base para as atividades de cada nível do SUS, e o financiamento
será previsto na proposta orçamentária.

Artigo 37: O Conselho Nacional de Saúde definirá as diretrizes para a elaboração dos planos de saúde,
considerando as características epidemiológicas e organizacionais de cada jurisdição.

Artigo 38: Proíbe a destinação de subvenções e auxílios a instituições prestadoras de serviços de saúde com fins
lucrativos, garantindo que os recursos sejam direcionados a instituições que atendam ao propósito público.
Esses artigos estabelecem as bases para o financiamento do SUS, garantindo a captação de recursos e sua
alocação eficiente para a promoção da saúde no Brasil.

Exemplos:
Artigo 36: Um Município elabora seu plano de saúde com foco na redução da mortalidade infantil. Com base
nesse plano, ele solicita financiamento do Estado para a construção de uma nova maternidade. O financiamento
é aprovado, alinhando as necessidades locais com os recursos disponíveis.

Artigo 37: O Conselho Nacional de Saúde define diretrizes para a elaboração de planos de saúde em diferentes
estados. Por exemplo, um estado na região Norte, com alta incidência de malária, incorpora estratégias
específicas para o controle da doença em seu plano de saúde.

Artigo 38: Recursos públicos são direcionados para hospitais públicos, garantindo que instituições de saúde sem
fins lucrativos recebam suporte financeiro para fornecer serviços essenciais à comunidade, em vez de direcionar
recursos para instituições de saúde com fins lucrativos.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS


Art. 39. (Vetado).
§ 1º (Vetado) / § 2º (Vetado) / § 3º (Vetado) / § 4º (Vetado)
§ 5º A cessão de uso dos imóveis de propriedade do Inamps para órgãos integrantes do Sistema Único de Saúde
(SUS) será feita de modo a preservá-los como patrimônio da Seguridade Social.
§ 6º Os imóveis de que trata o parágrafo anterior serão inventariados com todos os seus acessórios,
equipamentos e outros bens móveis e ficarão disponíveis para utilização pelo órgão de direção municipal do
Sistema Único de Saúde - SUS ou, eventualmente, pelo estadual, em cuja circunscrição administrativa se
encontrem, mediante simples termo de recebimento.
§ 7º (Vetado).
§ 8º O acesso aos serviços de informática e bases de dados, mantidos pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério
do Trabalho e da Previdência Social, será assegurado às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou órgãos
congêneres, como suporte ao processo de gestão, de forma a permitir a gerencia informatizada das contas e a
disseminação de estatísticas sanitárias e epidemiológicas médico-hospitalares.

Art. 40. (Vetado)

Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das Pioneiras Sociais e pelo Instituto Nacional do Câncer,
supervisionadas pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), permanecerão como referencial de
prestação de serviços, formação de recursos humanos e para transferência de tecnologia.

Art. 42. (Vetado).

Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica preservada nos serviços públicos contratados,
ressalvando-se as cláusulas dos contratos ou convênios estabelecidos com as entidades privadas.

Art. 44. (Vetado).

Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino integram-se ao Sistema Único de Saúde
(SUS), mediante convênio, preservada a sua autonomia administrativa, em relação ao patrimônio, aos recursos
humanos e financeiros, ensino, pesquisa e extensão nos limites conferidos pelas instituições a que estejam
vinculados.
§ 1º Os serviços de saúde de sistemas estaduais e municipais de previdência social deverão integrar-se à direção
correspondente do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme seu âmbito de atuação, bem como quaisquer outros
órgãos e serviços de saúde.
§ 2º Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde das Forças Armadas poderão integrar-
se ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme se dispuser em convênio que, para esse fim, for firmado.

Art. 46. o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá mecanismos de incentivos à participação do setor privado
no investimento em ciência e tecnologia e estimulará a transferência de tecnologia das universidades e institutos
de pesquisa aos serviços de saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e às empresas nacionais.

Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com os níveis estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde
(SUS), organizará, no prazo de dois anos, um sistema nacional de informações em saúde, integrado em todo o
território nacional, abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de serviços.

Art. 48. (Vetado).

Art. 49. (Vetado).

Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e os Municípios, celebrados para implantação dos Sistemas
Unificados e Descentralizados de Saúde, ficarão rescindidos à proporção que seu objeto for sendo absorvido pelo
Sistema Único de Saúde (SUS)
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS


Art. 51. (Vetado).

Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui crime de emprego irregular de verbas ou rendas
públicas (Código Penal, art. 315) a utilização de recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) em
finalidades diversas das previstas nesta lei.

Art. 53. (Vetado).

Art. 53-A. Na qualidade de ações e serviços de saúde, as atividades de apoio à assistência à saúde são aquelas
desenvolvidas pelos laboratórios de genética humana, produção e fornecimento de medicamentos e produtos
para saúde, laboratórios de analises clínicas, anatomia patológica e de diagnóstico por imagem e são livres à
participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros.

Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 55. São revogadas a Lei nº. 2.312, de 3 de setembro de 1954, a Lei nº. 6.229, de 17 de julho de 1975, e
demais disposições em contrário.

Explicação:
Artigo 41: Os serviços e ações de saúde desenvolvidos pela Fundação das Pioneiras Sociais e pelo Instituto
Nacional do Câncer (INCA) continuarão a servir como referência na prestação de serviços de saúde, na formação
de recursos humanos e na transferência de tecnologia, sob supervisão da direção nacional do SUS.
.
Artigo 43: Este artigo estabelece que a gratuidade dos serviços de saúde é preservada nos serviços públicos
contratados. Isso significa que, mesmo quando o governo contrata serviços de saúde de entidades privadas,
como hospitais particulares, os serviços devem continuar sendo oferecidos gratuitamente à população, de
acordo com as cláusulas contratuais.

Artigo 45: Estabelece que os serviços de saúde de hospitais universitários e de ensino devem integrar-se ao SUS
por meio de convênios. Isso permite que esses hospitais continuem a ter autonomia administrativa em relação
ao patrimônio, recursos humanos e financeiros, além de continuarem suas atividades de ensino, pesquisa e
extensão.

Artigo 46: O SUS incentivará o setor privado a investir em ciência e tecnologia na área da saúde e promoverá a
transferência de tecnologia das universidades e institutos de pesquisa para os serviços de saúde nos estados, no
Distrito Federal e nos municípios, bem como para empresas nacionais.

Artigo 47: O Ministério da Saúde, em coordenação com os níveis estaduais e municipais do SUS, organizará um
sistema nacional de informações em saúde, integrado em todo o território nacional, que abrangerá questões
epidemiológicas e de prestação de serviços.

Artigo 50: Estabelece que os convênios entre a União, os estados e os municípios para a implantação dos
Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (referindo-se ao SUS) serão rescindidos à medida que seu
objeto for absorvido pelo SUS.

Artigo 52: Especifica que a utilização indevida de recursos financeiros do SUS para fins diferentes dos previstos
nesta lei constitui crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas.

Artigo 53-A: Este artigo, incluído posteriormente pela Lei nº 13.097/2015, estabelece que atividades de apoio à
assistência à saúde, como laboratórios de genética humana, produção e fornecimento de medicamentos e
produtos para saúde, laboratórios de análises clínicas, anatomia patológica e diagnóstico por imagem, podem ter
participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 54: Declara que a Lei nº 8.080/90 entra em vigor na data de sua publicação.

Artigo 55: Revoga a Lei nº 2.312/1954, a Lei nº 6.229/1975 e outras disposições em contrário.

Exemplos:
Artigo 41: Imagine que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) é um centro de excelência em tratamento de
câncer no Brasil. Conforme o artigo 41, o INCA continua a servir como referência na prestação de serviços de
saúde relacionados ao câncer. Além disso, ele desempenha um papel importante na formação de médicos e
profissionais de saúde especializados em oncologia. A transferência de tecnologia também ocorre, com o INCA
compartilhando práticas e conhecimentos avançados no tratamento do câncer com outras instituições de saúde
do país.

Artigo 43: Suponha que um município tenha contratado um hospital particular para fornecer serviços de saúde à
população local. De acordo com o artigo 43, mesmo sendo um hospital privado, os serviços de saúde prestados
por este hospital devem ser oferecidos gratuitamente à população, conforme o contrato firmado entre o
município e o hospital. Isso significa que os pacientes que utilizarem esses serviços não precisam pagar pelas
consultas, exames ou tratamentos.

Artigo 45: Imagine uma universidade que possui um hospital universitário. De acordo com o artigo 45, esse
hospital universitário deve integrar-se ao Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de um convênio. Embora o
hospital seja parte do SUS, ele mantém autonomia administrativa, o que significa que ele ainda pode gerenciar
seu próprio patrimônio, recursos humanos e financeiros. Além disso, o hospital continua suas atividades de
ensino, pesquisa e extensão, contribuindo para o avanço da medicina e a formação de novos profissionais de
saúde.

Artigo 46: Suponha que uma empresa farmacêutica nacional esteja desenvolvendo um medicamento inovador.
Conforme o artigo 46, o SUS incentiva o setor privado, incluindo empresas nacionais, a investir em pesquisa
científica e tecnológica na área da saúde. Além disso, o SUS promove a transferência de tecnologia, permitindo
que as descobertas científicas das universidades e institutos de pesquisa sejam aplicadas nos serviços de saúde
em todo o país.

Artigo 47: O Ministério da Saúde, em colaboração com os estados e municípios, cria um sistema nacional de
informações em saúde. Isso permite que todas as unidades de saúde compartilhem dados e informações
relevantes para melhorar a prestação de serviços de saúde. Por exemplo, informações epidemiológicas sobre
surtos de doenças podem ser compartilhadas em tempo real, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz.

Artigo 50: À medida que o SUS é implementado e assume a responsabilidade pela prestação de serviços de
saúde, os convênios antigos entre a União, estados e municípios para a gestão descentralizada da saúde são
gradualmente encerrados. Isso significa que as atividades e serviços de saúde que antes eram compartilhados
com a União passam a ser completamente gerenciados pelo SUS.

Artigo 52: Este artigo estabelece que a utilização indevida de recursos financeiros do SUS para fins diferentes dos
previstos na lei constitui crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas. Um exemplo prático disso
seria se um gestor público desviasse fundos do SUS para outros fins que não a saúde, como construção de
infraestrutura não relacionada à saúde.

Artigo 53-A: Suponha que uma empresa estrangeira deseje investir em um laboratório de genética humana no
Brasil. Conforme o artigo 53-A, as atividades de apoio à assistência à saúde, incluindo laboratórios de genética
humana, podem ter participação direta ou indireta de empresas estrangeiras. Isso permite que o laboratório
estrangeiro contribua para avanços na pesquisa genética e na prestação de serviços de diagnóstico genético no
país.
LEI 8.080/90 Prof. Gabriel Matias

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS


Artigo 54: Este artigo estabelece que a Lei nº 8.080/90 entra em vigor na data de sua publicação. Portanto, a lei
começou a ter efeito legal a partir da data em que foi oficialmente publicada.

Artigo 55: Este artigo revoga leis anteriores, como a Lei nº 2.312/1954 e a Lei nº 6.229/1975, e outras
disposições em contrário que possam entrar em conflito com a Lei nº 8.080/90. Isso significa que as leis
anteriores que tratavam de questões de saúde são substituídas por esta nova legislação.

CHEGAMOS AO FIM, MAS É APENAS O COMEÇO


Chegamos ao fim desta jornada de exploração da Lei nº 8.080/90, que estabelece as bases para o
Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Ao longo deste eBook, simplifiquei um texto legislativo complexo,
tornando-o mais acessível e compreensível para estudantes e entusiastas da área da saúde. Fornecemos
explicações detalhadas, exemplos práticos e contextos relevantes para cada artigo, facilitando o entendimento e
a aplicação dessa importante legislação.

Estudar a Lei nº 8.080/90 é crucial para compreender o funcionamento do SUS e contribuir para a
construção de um sistema de saúde mais eficaz e acessível no Brasil. O conhecimento é a chave para aprimorar o
sistema e garantir atendimento de qualidade para todos os cidadãos, independentemente de sua condição
social, econômica ou geográfica.

Lembre-se de que a perseverança é fundamental em sua jornada de estudo e busca pela excelência. O
perfeccionismo, ou seja, a busca constante pela melhoria, é uma meta nobre que pode moldar o futuro da saúde
no Brasil.

Nunca desista da busca pelo conhecimento, pois é por meio do estudo e da compreensão das leis, como
a Lei nº 8.080/90, que podemos contribuir para um SUS mais forte e eficiente.

Continue sua jornada de aprendizado, explore mais sobre o SUS e sua legislação, e lembre-se de que
cada passo em direção ao conhecimento é um passo em direção a um sistema de saúde mais justo e igualitário.

Para continuar essa jornada e manter-se atualizado sobre as últimas novidades em saúde pública e
legislação do SUS, siga-nos no Instagram em @prof.gabrielmatias. Estou ansioso para vê-lo lá, respondendo às
suas perguntas e compartilhando conteúdo valioso.

"Se você quer fazer do mundo um lugar melhor,


olhe para si mesmo e faça uma mudança."
Michael Jackson

Você também pode gostar