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Crescimento econômico e
os desafios do
desenvolvimento
Aula 03/10/23

Disciplina Transversal Meio Ambiente

Christian Luiz da Silva

Professor Titular – Universidade Tecnológica


Federal do Paraná

Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento


Regional (PPGDR) e Programa de Pós-graduação
em Planejamento e Governança Pública (PGP)
Crise Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável

Tópico
Economia de Baixo Carbono
s
Evolução da estimativa de emissões de GEE no Brasil

Oportunidades de redução de emissões de GEE


Crise Ambiental e
Desenvolvimento
Sustentável

Principais componentes da Crise Ambiental

◆ População
– crescimento

◆ Recursos naturais
– não-renováveis
– renováveis

◆ Poluição

Fonte: Braga et al., 2005


CONTEXTO MUNDIAL

CRESCIMENTO POPULACIONAL VERTIGINOSO PÓS SÉCULO


XX
Prof. Christian - Política Urbana

Fonte: Braga et al., 2005


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CUSTOS DA BENEFÍCIOS DA
AGLOMERAÇÃO AGLOMERAÇÃO

Preço dos Imóveis Mercados


Transporte e Tráfico Lazer ONDE A POPULAÇÃO
Poluição Transporte público SE CONCENTRA?
Crime Empregos
Desigualdades Salários
Limites dos recursos naturais Serviços Públicos (educação
Gestão de resíduos e saúde)

Alguns Custos e Benefícios das Grandes Aglomerações Urbanas


PROJEÇÃO PARA 2100 – 9 BILHÕES DE PESSOAS E
85% EM ÁREAS URBANAS

OCDE, 2015a
ALTA CORRELÇÃO ENTRE
URBANIZAÇÃO E CRESCIMENTO DA RENDA PER CAPITA

OCDE, 2015a
Um novo modelo de desenvolvimento....

...pautado em
Nova organização industrial
Nova padrão de consumo
Nova forma de utilização dos recursos
Novo padrão de vida
Novas formas de apropriação do território
Novas formas de minimização da exclusão
Nova forma de redistribuição dos recursos

Caminhamos para este novo?


Desenvolvimento Sustentável é...

Goldsmith e co-autores (1972): propósitos e intenções atendidos


indefinidamente com satisfação ótima para membros
Pronk e ul Haq (1992): papel do crescimento econômico na
sustentabilidade
Constanza (1991): relação dinâmica entre sistema econômico
humano e o sistema ecológico
Munasinghe e McNeely (1995): Dresner (2002): ponto de encontro dos
bem-estar ambientalistas e desenvolvimentistas
WCED (1987): atender as necessidades das gerações correntes sem
comprometer a capacidade de atender as necessidades e aspirações
das gerações futuras

Clayton e Radcliffe (1996): nível de interação entre o sistema


humano complexo e todos fatores diretamente relacionados ao
sistema ambiental
Dimensões do Desenvolvimento Sustentável
A velha forma de enxergar o novo...

REPENSAR a forma de análise do


desenvolvimento sustentável sobre diferentes
dimensões sem precisamente realizar tais
divisões
ESPAÇO e TERRITÓRIO
um território é um espaço definido e
delimitado por e a partir de relações
de poder [...] um campo de força objetivos da análise e da própria
concernente a relações de poder dinâmica da região em discussão
espacialmente delimitadas” (Souza,
1997, p. 24).

“o território se define, mais


estritamente, a partir de uma
abordagem sobre o espaço que
prioriza [...] as problemáticas de
caráter político, ou que envolvem a
manifestação/realização das relações
de poder, em suas múltiplas esferas”
(Haesbaert, 2009,p. 625).

O território diferencia-se do espaço


por repousar na dimensão política real dinâmica regional
(estatal, sobretudo) de tal espaço
construído (Lefebvre, 1991).
CONCENTRAÇÕES LOCAIS: UM PROBLEMA “CENTRAL”
SOCIAL
capital social
interação dos indivíduos Confiança

situação da sociedade em termos da sua condição de vida


AMBIENTAL

meio ambiente pode ser conceituado...

...como o “conjunto de condições, leis, influências e interações


de ordem física, química e biológica, o que permite, abriga
e rege a vida em todas as suas formas”. (SILVA, 2004: p. 21).
CULTURAL
cultura pode ser conceituado...

...como experiências humanas


“cultivadas” por uma determinada
sociedade
ECONÔMICO
remuneração do capital e de reprodução contínua do mesmo

otimização dos recursos e uso com


escolhas conscientes da melhor
combinação
INSTITUIÇÕES

Instituições são as “regras do jogo”


Desenvolvimento Sustentável é...
...uma forma de estabelecer uma ótica multidisciplinar de observar
um determinado processo ao longo do tempo.

Processo este que é resultado da interação social

em um determinado espaço,
com bases culturais “cultivadas” ao longo do tempo, com
finalidades econômicas e

obedecendo às instituições reconhecidas naquela sociedade e


considerando a manutenção do estoque ambiental existentes.

Apesar do processo ter como base a interação social, parte de


objetivos individuais que se consolidam no coletivo, mas que se
alteram particularmente conforme os anseios de cada pessoa
Desenvolvimento Sustentável é...

... um processo de
transformação que ocorre
de forma harmoniosa
nas dimensões espacial,
social, ambiental, cultural
e econômica a partir do
individual para o global

SILVA, 2008
SUSTENTABILIDADE
Ações que buscam o impossível

A partir de bases possíveis


Economia de
Baixo Carbono

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CONSUMO DE CARVÃO
AFETANDO O CLIMA.

▪ As fornalhas do mundo estão


queimando cerca de
2.000.000.000 de toneladas de
carvão por ano. Quando este é
queimado, unindo-se ao
oxigênio, adiciona cerca de
7.000.000.000 de toneladas de
dióxido de carbono à atmosfera
anualmente. Isso tende a tornar
o ar com uma cobertura mais
eficaz para a terra e assim
aumentar a temperatura. O
efeito pode ser considerável em
alguns séculos.
▪ A transição para o baixo carbono envolve mudanças em padrões de
◤produção, de consumo, de instituições e de comportamentos para
reduzir estruturalmente emissões de GEE.
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O QUE É A ECONOMIA DE BAIXO

CARBONO?

▪ Economia de baixo carbono procura


reduzir o consumo de energia, a poluição e
as emissões de gases com efeito de estufa
(GEE) para a atmosfera. É uma estratégia
importante para a mitigação das alterações
climáticas.

• Uma economia de baixo carbono (EBC) é


uma economia baseada em fontes de
energia que produzem baixos níveis
de emissões de gases do efeito
estufa (GEE).
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QUAIS
◤ SÃO OS PRINCIPAIS GASES
DE EFEITO ESTUFA (GEE)?

Mudanças do Clima:
GEE (CO2 - CH4 - N2O)

Quais são os principais gases de
efeito de estufa?

▪ O dióxido de carbono (CO2), o metano e o


óxido nitroso são os principais GEEs. O
CO2 perdura na atmosfera por até mil
anos, o metano por cerca de uma
década e o óxido nitroso por
aproximadamente 120 anos. Com base
em um cálculo de 20 anos, o metano é 80
vezes mais potente do que o CO2 como
causa do aquecimento global e o óxido
nitroso é 280 vezes mais potente.
A emissão de CO2 precisa reduzir com um novo modelo – uma mudança estrutural

1979 1989 1999

Fonte:
https://earthobservatory.nasa.gov/blogs/climateqa/category/climate-gre
enhouse-gases/
2009 2019

Em 2019, padrões climáticos anormais na atmosfera


superior da Antártida limitaram drasticamente a destruição
do ozônio, levando ao menor buraco desde 1982.
https://earthobservatory.nasa.gov/world-of-change/Ozone
https://ozonewatch.gsfc.nasa.gov/monthly/SH.html
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INVENTÁRIO
COM EFEITOS
CRESCENTES
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CRESCIMENTO

CONTÍNUO DA
EMISSÃO DE CO2

https://gml.noaa.gov
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Economia de Baixo Carbono

A transição para uma Economia de Baixo Carbono (EBC) não consiste


apenas em uma redução das emissões de CO2, mas espera-se que
desempenhe um papel significativo no crescimento econômico, na criação de
novos empregos, redução da dependência de fontes externas de energia, e,
principalmente, melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas.

A EBC representa uma mudança estrutural com características


complexas, que não pode ser compreendida por simplificação ou análise de
seus elementos de forma individualizada, deve ser analisado como um todo, o
que dificulta ou mesmo impossibilita prever seu comportamento (HAAS ET AL., 2023).
ESTIMATIVA DE EMISSÕES DE
GEE NO BRASIL POR SETOR 2010-202
(TCO2E - GWP AR5) 2000 2005 2010 2015 2020 0

AGROPECUÁRIA 438.056.921 518.418.722 534.074.403 551.441.640 577.022.998 8%

ENERGIA 289.813.578 317.645.745 371.944.837 455.716.186 393.705.260 6%


MUDANÇA DE USO DA TERRA E
FLORESTA 1.535.605.023 1.709.241.145 678.977.243 871.038.630 997.923.296 47%

PROCESSOS INDUSTRIAIS 74.145.831 80.506.037 95.548.484 102.089.519 99.964.389 5%

RESÍDUOS 49.153.902 61.883.530 71.991.841 83.006.746 92.047.812 28%


EMISSÕES BRUTAS 2.386.775.255 2.687.695.179 1.752.536.808 2.063.292.721 2.160.663.755 23%
Fonte: Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima
- seeg.eco.br

EFETIVIDADE DA PNMC
“(...) Desde 2010, quando a PNMC foi regulamentada,
o Brasil aumentou em 23,2% suas emissões de gases
de efeito estufa. Todos os setores, sem exceção,
tiveram aumento de suas emissões: 47% em uso da
terra, 28% em resíduos, 8% em agropecuária, 6% em
energia e 5% em processos industriais. Portanto,
pode-se dizer que, apesar de ter cumprido a meta
numérica, o país não alterou sua trajetória de
emissões, nem o tipo de perfil de poluição, altamente
contaminado por um tipo de emissão (o
desmatamento) que não tem virtualmente nenhum
impacto positivo no PIB. Pior ainda, o Brasil falhou em
usar a política nacional de clima como um
instrumento para uma virada rumo a uma economia
de baixo carbono”.
O Brasil cumpriu a meta do PNMC agregada de redução de emissões em
36,8% em 2020

FONTE: Análise das emissões brasileiras de gases de efeito estufa e suas implicações para as metas climáticas do Brasil
1970 – 2020 - OBSERVATÓRIO DO CLIMA

A urbanização resultou predominantemente em


consumo de energia e emissões de carbono. A
proporção das emissões
globais de CO2
relacionadas às cidades é de 70%
Alinhamentos da Economia de Baixo Carbono
• Uma economia de baixo carbono (EBC) é
uma economia baseada em fontes de
energia que produzem baixos níveis
de emissões de gases do efeito estufa (GEE).

• Economia Verde pode ser considerada como aquela com baixo teor de
carbono, eficiência de recursos e inclusão social.

• Cidade sustentável está relacionada à


minimização do uso dos recursos naturais por Economia
conta dos cidadãos, o que envolve a preservação Circular
dos recursos naturais e os direitos iguais da
natureza e da humanidade
• Apropriação do conceito de Cidade Sustentável
pela questão da dinâmica territorial, das políticas
públicas vinculadas ao planejamento urbano e da
abordagem multidimensional
◤ CAMINHOS DA EBC

▪ SUSTENTABILIDADE NO CENTRO DA DECISAO

▪ NOVAS FORMAS DE PRODUÇAO

▪ CADEIAS DE VALOR – ECONOMIA CIRCULAR

▪ MUDANCA DOS HABITOS/ CULTURA, COMO TRANSPORTE

▪ INCENTIVO PARA RECONVERSAO PRODUTIVA

▪ RECONVERSAO TECNOLOGICA

▪ (...)
Integrar princípios de sociedade equitativa e de baixo carbono nas decisões estratégicas,
táticas e operacionais da cadeia de abastecimento e dos problemas de gestão de operações;
M A S Caminhos para ter localização de instalações de baixo carbono, planejamento de capacidade
G U I A S
AL A T É G e decisões de layout;
T R
ES DA Decisões estratégicas, táticas e/ou operacionais para operações verdes globais e gestão
R A A O da cadeia de suprimentos;
PA E R S
O N V Gestão da remanufatura na busca por uma sociedade de baixo carbono e equitativa;
C Operações enxutas e ágeis para uma economia de baixo carbono;
E B C Sustentabilidade em logística, atendimento de pedidos, distribuição e transporte;
Cadeia de Valor/Cadeia de Suprimentos Enxuta;
Remoção de resíduos de processos e serviços não fabris vice Indústria;
Customização em massa para sustentabilidade;
Materiais ecológicos e gerenciamento de estoque;
Inventário e transporte baseados em baixo carbono integrados decisões;
Operações sustentáveis e planejamento de produção, programação e controle;
Medição de desempenho para produção verde e cadeia de suprimentos e gestão de
operações para este novo cenário;
Integrar ferramentas descritivas, como abordagens baseadas em ACV, com ferramentas
preditivas e prescritivas para apoiar a gestão e tomadores de decisão;
Produção local e descentralizada para uma economia de baixo carbono;
Fabricação social e novos modelos de governança corporativa para uma sociedade de baixo
carbono e mais equitativa;
Gestão do relacionamento fornecedor/cliente na área de produção verde e operações da
cadeia de suprimentos;
Dentre outras estratégias.
Desafios e oportunidades - EBC

Política Pública de Recurso Envolvimento de Políticas Monitorament

Estado s Diferentes Setores Integradas o

Objetivos e Ações Financeiro estrutura Alinhar Políticas Maior


bem delineados Institucional institucional Industriais, Transparência e
que promovam Técnico PNRS, PNMA, PNMC Agropecuárias (ABC+) Participação Social
mudança de = ótimas políticas, e das Cidades às
modelo de mas com resultados PNMC
desenvolvimento em desenvolvimento

O movimento global de
transição da produção
linear para a economia
circular aplicado ao
desenvolvimento
sustentável das cidades Jun. 23

Crise do Modelo linear

▪ O modelo linear de processo de produção vem sendo utilizado desde o início da


produção em escala industrial dos recursos naturais, produção, uso e disposição de
resíduos.

▪ Desafios para as cidades


▪ Condições alarmantes de descarte de lixo e poluição em todos os sentidos.
▪ O impacto no meio ambiente causa mudanças climáticas e afeta a saúde e o
bem-estar de todos os seres vivos

▪ O modelo econômico predominantemente linear gera 2,01 bilhões de toneladas


de resíduos no mundo anualmente, podendo chegar a 3,40 bilhões de toneladas
até 2050. Desse total, cerca de 33% dos resíduos são descartados em lixões a céu
aberto, 25% em aterros não especificados, 7,7% em aterros com controle de gás e
4% em aterros controlados, 11% são incinerados e 19% são reciclados (13,5%) ou
compostagem (5,5%).

“Novo” Modelo - Circular

▪ Os modelos circulares são baseados em processos de manufatura, porém,


abarcam mudanças no consumo social e na dissociação do crescimento
econômico do esgotamento dos recursos naturais e da degradação ambiental

▪ Cidades que abrigam metade da população mundial, em tendência ascendente


pelas projeções de crescimento populacional e aumento da urbanização, são as
cidades que mais consomem: cerca de 2/3 do consumo global de energia e são
responsáveis por 70% do as emissões de gases de efeito estufa

▪ A oportunidade de fazer mudanças e encontrar soluções vitais para a


sustentabilidade do planeta surge nas cidades devido à sua relevância no
crescimento populacional, na produção e no consumo.

▪ Conceitos e princípios da economia circular: as suas estratégias, as mudanças


sociais, econômicas e industriais necessárias, os benefícios holísticos para o
ambiente, o papel dos stakeholders, a importância dos sistemas de inovação, sua
relação direta com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em
conjunto com seu valor e sua aplicabilidade nas cidades.

Economia Circular

▪ “... um modelo de produção e consumo (com grande ênfase na produção), cujo


objetivo final é alcançar a dissociação do crescimento econômico do
esgotamento dos recursos naturais e degradação ambiental..” (Williams 2019,
p. 2749).

▪ As principais estratégias da economia circular assentam no prolongamento da


vida útil dos produtos e materiais, na sua reutilização e refabricação. A
redução de desperdícios, perdas e produtos descartados vai reduzir o uso de novos
recursos e, consequentemente, haverá melhorias no meio ambiente.

▪ Girard e Nocca (2019), Fogarassy et al. (2020) destacam que o sucesso dos
sistemas circulares depende principalmente da mudança de hábitos de
consumo e que o marketing digital contribui para a mudança de
comportamento, principalmente entre os membros mais jovens da sociedade.
Novo ciclo e oportunidade


Territorialização da economia circular:
cidades
▪ as cidades consomem cerca de 70% dos recursos naturais, 60% da energia global,
geram cerca de 50% dos resíduos globais e emitem 75% dos gases de efeito estufa.
Estima-se que as grandes cidades sejam responsáveis por 91% do crescimento do consumo
e 81% do consumo total entre 2015 e 2030

▪ Cidades como ecossistemas complexos, nos quais diversos atores independentes atuam
na produção e consumo de recursos combinados em diversas atividades, campos e escalas

▪ Sustentabilidade da urbanização, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa,


promovendo o uso de energia renovável, gestão eficiente de recursos e resíduos, melhor
qualidade de vida e preservação do patrimônio cultural

▪ Consiste na territorialização dos princípios da economia circular, onde tudo é


desperdiçado, tornando-se sistemas urbanos regenerativos e acessíveis que unem
sustentabilidade ambiental, produtividade econômica e justiça social, reduzindo as
desigualdades sociais

Dimensões EC e Cidades
▪ Conceitual
▪ Dissociação do crescimento econômico do esgotamento dos recursos
naturais e da degradação ambiental.
▪ Manter o valor dos produtos, e manter os recursos e materiais pelo maior
tempo possível na economia, minimizando a geração de resíduos.

▪ Estratégias
▪ Prolongar a vida útil dos produtos e materiais, por meio do
reaproveitamento e remanufatura.
▪ Reduzir desperdícios, perdas e produtos descartados.
▪ Reduzir o uso de novos recursos.
▪ Melhoria ambiental.

Dimensões EC e Cidades
▪ Mudanças sociais, económicas e industriais

▪ Design de produto sustentável.

▪ Planejamento e gestão sustentável da cadeia produtiva.

▪ Padrões de consumo sustentáveis.

▪ Benefícios holísticos

▪ Economia de materiais e energia.

▪ Formas eficientes de produção e consumo.

▪ Redução de residuos.

▪ Auto-suficiência de matéria-prima.

▪ Faça a circularidade funcionar para pessoas, regiões e cidades.

▪ Melhorias no desempenho ambiental.

▪ A interação e cooperação entre os stakeholders promovem e qualificam um ecossistema de inovação


circular.

Dimensões EC e Cidades
▪ Stakeholdres
▪ A interação e cooperação entre os stakeholders promovem e qualificam um
ecossistema de inovação circular.

▪ Tecnologias Digitais - IoT, big data


▪ Facilitadores da implementação da economia circular.
▪ Permitem a análise e apresentação dos resultados.
▪ Melhorias na performance de uso dos produtos.

▪ Inovação
▪ Investimentos em pesquisas que viabilizem inovações para converter produtos usados
em novos materiais para reinserção no processo produtivo.
▪ Desenvolvimento de novas habilidades e capacidades.

Dimensões EC e Cidades
▪ Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS
▪ Os ODS contribuem para o desenvolvimento sustentável e para o alcance dos 17 ODS
da Agenda 2030.

▪ Cidades circulares
▪ Territorialização dos princípios da economia circular.
▪ A aplicação da economia circular pode tornar a urbanização sustentável.
▪ Abordagem holística e inclusiva proporciona benefícios econômicos, sociais e
ambientais.
▪ Sistemas circulares utilizados nas cadeias produtivas, de serviços e urbanísticas da
cidade.
▪ Indicadores de desempenho econômico, social e ambiental.

Desafios

▪ Desafios e recursos de ação a serem observados durante a instalação da economia circular


em um território para maximizar os resultados esperados:

▪ (i) apoio político aos sistemas e negócios circulares, por exemplo, criando locais para
atividades que promover a economia circular;

▪ (ii) marco regulatório que apoie mudanças e evite conflitos;

▪ (iii) padronização de materiais reciclados, reutilizados e recuperados;

▪ (iv) estruturas institucionais eficientes e qualificadas e

▪ (v) banco de dados em que novas instituições possam coletar, analisar e monitorar dados
que subsidiem os stakeholders na tomada de decisão. Este autor acrescenta que é
importante analisar e clarificar a viabilidade financeira do negócio circular, bem como é
essencial que a infraestrutura disponível seja flexível e adaptável ao longo do tempo.
Williams (2019b)

Problemas e Oportunidades
▪ Estudos de modelos de economia circular mostram que eles estão focados em
aspectos técnicos como maximização do uso de materiais e energia, uso de
energia renovável e agregação de valor aos resíduos na cadeia produtiva
(Schroeder et al.2019). Alguns aspectos sociais permanecem excluídos da
economia circular (Prendeville et al. 2018), como a inclusão dos catadores na
cadeia de valor dos resíduos e aspectos da cultura local.

▪ uma cidade circular não deve se basear apenas na gestão dos recursos e
fluxos de resíduos, mas inserir o bem-estar de seus habitantes no
centro de suas decisões estratégicas. Bem-estar não é apenas prosperidade
econômica, mas também necessidades de saúde e educação, qualidade de vida,
direitos humanos garantidos e coesão social (Girard & Nocca 2019). Reconhece-se
que embora algumas práticas de economia circular estejam comprometidas com o
desenvolvimento sustentável do ecossistema, a economia circular ainda está em
estágio inicial nos discursos de desenvolvimento sustentável das cidades
(Schroeder et al. 2019).

Problemas e Oportunidades
▪ O modelo de economia circular tem potencial para facilitar o
desenvolvimento sustentável local, regional e global, pois busca
alinhar seus processos com o ciclo natural. No entanto, é claro que a
dimensão humanística está quase ausente das principais
estratégias dos exemplos existentes, ao contrário dos temas dos
resíduos e da energia. Se processos circulares continuarem sendo
projetados e implementados sem considerar as pessoas no centro de
suas decisões, os resultados podem não conduzir ao desenvolvimento
sustentável do território. A economia circular tem que ser mais
inclusiva e equitativa para as pessoas, caso contrário os
problemas continuarão nas mesmas lacunas deixadas
pela economia linear. (Girard & Nocca 2019).

Como? EC precisa estar alinhado ao DS
▪ As gestões públicas participativas têm a capacidade de ser
e aproximar os atores envolvidos no desenvolvimento das cidades,
sendo um agente catalisador de ideias inovadoras e um gestor de
conflitos.

▪ Podem conduzir a formação de um arcabouço de políticas


públicas alinhadas à transição dos modelos lineares de
produção para a economia circular, investindo nas
necessidades humanas de forma equitativa e inclusiva,
voltadas para o desenvolvimento sustentável das cidades
“There is only one alternative to sustainability: unsustainability”
Bossel (1999)

Prof. Dr. Christian Luiz da Silva

Pesquisador CNPq 1D

Professor Titular UTFPR

Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Planejamento e Governança Pública


http://lattes.cnpq.br/8046559694932152

christiansilva@utfpr.edu.br

Grupo de Pesquisa – Políticas Públicas e Dinâmicas do Desenvolvimento Territorial (PD2T)

Prof. Dr. Christian Luiz da Silva


Professor Titular da UTFPR – PPGDR/ PGP/ PPGTE

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